Sociologia introdução fundamentos e bases

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SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO, FUNDAMENTOS, BASES

1. Estudo da Sociedade: Senso Crítico X Senso Comum

Senso Crítico (Científico):

o O conhecimento científico é produto do uso da razão na compreensão da natureza e fenômenos.

o Questionava – se a religião como explicadora da verdade e a Igreja como dona do conhecimento.

o Métodos de investigação levaram a explicações racionais e universais para os fenômenos analisados.

Senso Comum:

o Experiências e conhecimentos pessoais oriundos de crenças, do cotidiano, sem críticas e análises, formando visões de mundo fantasiosas como verdades absolutas.

o A primeira forma de compreensão do mundo, superficial e acrítica: família, tradição, televisão, ditados, crenças religiosas, etc.

“Todo aquele que trabalha tem.”

“O Sol nasceu pra todos.”

“Todos são iguais perante a lei.”

“Dinheiro não traz felicidade.”

“Aqui se faz, aqui se paga.”

SENSO COMUM X SENSO CRÍTICO (CIENTÍFICO)

Quem foi que disse que amar é sofrer? Quem foi que disse que Deus é brasileiro?

Que existe ordem e progresso, enquanto a zona corre solta no congresso?

Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?

Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!

Os dias passam lentos, aos meses seguem os aumentos

Cada dia eu levo um tiro que sai pela culatra

Eu não sou ministro, eu não sou magnata, eu sou do povo,

Eu sou um Zé Ninguém, aqui embaixo,

as leis são diferentes,

Quem foi que disse que os homens nascem iguais?

Quem foi que disse que dinheiro não traz felicidade?

Se tudo aqui acaba em samba?

(no país da corda bamba, querem me derrubar!!)

Quem foi que disse que os homens não podem chorar?

Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta?

A minha acabou faz tempo, agora entendo por que ....

Zé Ninguém – Biquíni Cavadão

Função das Ciências Sociais (Humanas):

o Buscar a visão científica da realidade social.

o Usar senso crítico (razão) na análise/compreensão do mundo ao nosso redor.

o Alterar nosso comportamento diante da realidade, numa perspectiva mais crítica e desmistificadora.

o Transformar senso comum em senso crítico.

Objetivo da Sociologia

o Estudar e buscar entender como o homem produz o conhecimento e a vida em sociedade.

o Estabelecer relações de causa e efeito entre os fenômenos sociais.

o Estudar o homem em seus múltiplos aspectos: social, político, econômico e cultural.

o Fugir do Senso Comum usando o Senso Crítico.

2. Era das Revoluções burguesas – Séc. XVIII/XIX

Grécia – Filosofia em busca da razão/compreensão

Platão (à esquerda) aponta sua mão para cima, indicando o mundo inteligível (das

ideias) como fonte do conhecimento. Aristóteles (à direita) com a palma da

mão para baixo, afirma a possibilidade de se obter o conhecimento a partir do

mundo material.

Idade Média – A Igreja Católica determina a verdade

Teocentrismo:

o A Ética Cristã (10 mandamentos) levaria a Deus.

o Somente a crença (fé) era o caminho da verdade.

o Quem discordasse (herege) era punido/morto.

o Com os pregadores e suas doutrinas ocorreu a oposição entre razão e fé e Platão e Aristóteles adaptados ao Cristianismo católico.

A razão e a Ciência na Renascença (Séc. XIV/XVI):

o O Renascimento Comercial e Urbano favoreceu o surgimento da burguesia e do Capitalismo.

o A Expansão Marítima e Comercial levou ao conhecimento de novas regiões e culturas.

o Ampliou – se a visão de mundo e a razão, levando à Renascença, revolucionando as artes e a ciência.

o Menos teocentrismo mais racionalismo.

"Eu, Galileu, filho do falecido florentino Vicenzo Galilei, setenta anos de idade, juro que sempre acreditei e continuarei a

acreditar em tudo o que crê, prega e ensina a Santa igreja Católica e Apostólica”.

Com o Renascimento o Racionalismo se fortaleceu. Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, com a razão e as

pesquisas em alta surgiram grandes descobertas: telescópio, órbita dos planetas, máquina de calcular,

funcionamento do coração, geometria analítica, células, microscópio, lei da gravidade.

Era das Revoluções Burguesas – Séc. XVII/XIX

Iluminismo:

o Movimento intelectual, abalou a França e o resto da Europa, defendendo os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, em oposição ao Antigo Regime (Absolutismo Monárquico).

o O Iluminismo exaltou a Razão Natural como instrumento de análise e compreensão do mundo.

A liberdade guiando o povo/De Lacroix

Revolução Francesa:

o Inspirada pelo Iluminismo, fez desmoronar o Antigo Regime e a Idade Média: Absolutismo, Feudalismo e a Sociedade Estamental.

Revolução Industrial:

o A aplicação da razão e do conhecimento viabilizou as máquinas na produção, consolidou a burguesia, o Capitalismo, excluindo o proletariado.

Uma rua de um bairro pobre de Londres (Dudley Street). Gustavo Doré, 1872.

Importante:

o Criou – se um contexto baseado nos ideais iluministas, no fim do Absolutismo, na consolidação da burguesia e numa sociedade contraditória que excluía o povo política e socialmente.

o O Liberalismo defendia os interesses da burguesia ao legitimar a riqueza e o Socialismo sonhava com uma sociedade igualitária.

o Havia um contexto a ser explicado e compreendido, surgindo as Ciências Sociais/Humanas.

Revolução Científica no séc. XIX

Sociedades para o Progresso da Ciência:

o Debates e pesquisas científicas.

o Busca da melhoria da qualidade de vida.

o Questionava – se para qual classe os avanços científicos deveriam acontecer.

o A Revolução Científica trouxe ganhos imensos para a humanidade.

Biologia – Evolucionismo X Criacionismo:

o O Evolucionismo de Darwin colocava a ciência explicando a origem do homem, contrariando o criacionismo da religião.

o Gregor Mendel divulgou estudos sobre a hereditariedade e abriu caminhos para a genética.

o Louis Pasteur impulsionou a medicina com suas pesquisas em torno microbiologia (vacinas).

Sociologia – revolução no estudo das sociedades:

o Compreender cientificamente as transformações e contradições da nova sociedade industrial.

Capitalismo Industrial e Imperialismo

o Com o domínio da África e Ásia era preciso compreender cientificamente as novas culturas.

o Teorias evolucionistas foram utilizadas na difusão da superioridade racial e tecnológica europeia.

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