Uma visão incomum do ser humano

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Reconstruindo a totalidade do ser. Informações essenciais para o autoconhecimento e a realização do Eu Sou.

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Uma visãoincomum datotalidadedo ser

FFlorion

Uma visãoincomum datotalidadedo ser

DEZ 2007

Um ser híbrido

Vamos tentar solucionar um problema conceitual sobre o que seja o corpo, o espírito e a alma, postoque se tornaram termos banalizados e generalizados para as três partes do ser humano e que se colocamnumas os atributos de outras, deixando os incautos desinformados e confusos.

O ser humano é muito simples, ainda que complexas as suas relações e conexões, dependentes da consci-ência que cada um tem do universo em que vive e atua. É um ser híbrido, sistêmico, composto de partesvísiveis e invisíveis, e para estudá-lo, nessas perspectivas, é necessário utilizar conhecimentos de váriasorigens e culturas.

Fala-se da totalidade do ser humano, de modo geral ou como objetivo a ser alcançado pelo Homem em suapassagem terrestre, mas os componentes e elementos dessa totalidade são tratados em fragmentos, o quedificulta a sua compreensão.

Tomamos da Alquimia (de Paracelso e Flamel) a composição do corpo humano; do conhecimento hindu/tibetano e dos teósofos, a constituição do espírito; da cultura tolteca e dos Mensageiros Celestes, a almacom seus centros de consciência, por onde circula o que é consciente, a luminosidade da percepção, o Eu.

O ser humano é composto de três partes, que os antigos denominaram corpo físico, alma e espírito. Na vi-são alquímica de Flamel e Paracelso, as partes se integram de tal forma, que só é possível conhecê-las emseparado depois da morte, quando cessa o calor humano (fogo). Aí teremos: o corpo que volta à terra comoenxofre; o espírito que se desconecta da alma, reduzido a sal; e a alma que deixa o corpo, evolando como afumaça de mercúrio.

A totalidade do ser deve ser conhecida portodos aqueles que se aventuram pela estrada

do conhecimento ou das práticas mágicas.

Para diferenciar as partes, Paracelso usou de um exemplo simples, que permite compreender o que são. Umpalito de fósforo, queimando até apagar, mostrará uma fumaça que se evola (a alma), a cinza que resta (o espíri-to) e o corpo que queima (terra, enxofre) e desaparece.

Tanto a alma e o espírito como o corpo dispõem de centros perceptivos e, juntos, formam o ser luminosoque os videntes de todas as épocas relataram e procuraram atingir.

Nas suas relações com o universo, o ser luminoso é confrontado ou afetado por cinco naturezas, o que le-vou Paracelso a admitir que, no corpo físico, além dos sete centros conhecidos, interagiam também cincooutras entidades.

Sobre o espírito, Paracelso assegurou que ele surgia no homem nos primeiros momentos do nascimento ese separava com a morte. Sua finalidade é desenvolver-se e fazer a conexão do corpo e da alma por meio desete chakras, centros ou vórtices de força. Eles permitem influxo de energia para o corpo, mantendo-o fun-cionando com a alma.

Esse ser luminoso que todos somos (em potencial), na verdade, encerra doze dimensões passíveis de serematingidas a partir de centros específicos da alma do Eu Consciente, que é justamente quem organiza, conectae controla todos eles.

I - A Múmia

A entidade astral é uma coisa indefinida e invisível. É o ar que mantém e conserva a vida de todas ascoisas do universo dotadas de sentimento. Todavia, dos astros (e planetas) emanam tão só o frio, o calor, aseca, a umidade, a digestão e outras propriedades desse tipo e, não, as influências astrológicas. Se a entida-de astral deixasse de existir, a vida não seria possível e nem os astros prosperariam em suas evoluções.

Entretanto, como se diz na Alquimia, os astros não afetam diretamente o ser humano, ainda que de algu-ma forma possam matá-lo, ferí-lo ou deixá-lo doente por meio do cheiro, respiração (vapor) e do suor dasestrelas misturados com o ar.

Assim, para sobreviver, o homem, como todas as criaturas, precisa de um filtro em seu firmamento, que conser-ve seu corpo vivo, em sua própria substância, e acalente o ar que o envolve.

Esse algo se chama “princípio M” (M de múmia), que foi bem empregado pelos egípcios em suasmumificações. É a casca do ser luminoso, visto como um ovo (filosófico).

As cinco entidades físicas

Para sobreviver, o homem, como todas ascriaturas, precisa de um filtro em seufirmamento.

II - O Microcosmo

A entidade natural reproduz no corpo, semelhantemente ao que ocorre no cosmos, o seu firmamento esuas constelações próprias em movimentos harmônicos. Apesar de serem diferentes em sua essência, osastros do céu também estão presentes no corpo. Assim é que correlacionamos a Terra com o corpo; o Solcom o coração – seus raios são com o sangue; a Lua com o cérebro; Saturno com o baço; Marte com a bilis;Vênus com os rins; Mercúrio com os pulmões; Júpiter com o fígado etc.

A entidade natural, o microcosmo, cuida para que cada astro e planeta desse firmamento pessoal desen-volva suas evoluções, sem que uma órbita entre em outra. Ela faz esse trabalho num tempo determinado,cuidando para que o corpo, seus órgãos, membros e humores cumpram a predestinação que cada umcarrrega consigo.

A entidade natural é que controla os humores e licores (líquidos corporais), enfatizando uma de suas com-pleições (colérica, sangüínea, melancólica ou fleugmática) e reconhecendo o ácido, o amargo, o doce e osalgado. É o corpo que se exercita ou movimenta com seu organismo em constante desgaste.

A entidade natural faz esse trabalho numtempo determinado, cuidando para que o

corpo, seus órgãos, membros e humorescumpram a predestinação que cada um

carrrega consigo.

III - O Alquimista interno

No corpo do ser humano, existe uma outra entidade que atua como um alquimista, separando o vene-no contido nas coisas estranhas do alimento. Pois é certo que todas as coisas da natureza são perfeitas emsi mesmas, mas quando elas se separam e se misturam a outras tornam-se venenosas ou imperfeitas.

O alquimista interno se ocupa em separar o mau do bom, colorindo-os para serem melhor identificados.Conduzir o processo digestivo é sua função.

Paracelso denominava esse alquimista deentidade dos venenos.

IV - O Duplo-étérico

De início, temos de dizer que a entidade espiritual não é o mesmo que espírito (parte imaterial do serhumano, que une a alma ao corpo por meio de diversos centros de energia). Ela é assim chamada por serinvisível e impalpável. Um nome que lhe fica bem é duplo-etérico. Sua finalidade é conservar o corpo damesma maneira como o ar protege as criaturas contra a asfixia.

Os termos espírito, mente e razão, principalmente, têm significados variados, segundo a disciplina que os estu-da, advindo daí grande confusão de conceitos. Assim, quando falamos da entidade espiritual não estamos nosreferindo ao espírito ou à alma, ou ainda à mente, mas tão somente ao conjunto energético, que reflete a aparên-cia da pessoa e se liga a esta, por meio do centro da vontade, que se encontra na alma do ser.

Estreitamente conectado ao molde humano, o duplo cuida para que algumas funções humanas essenciais sedesenvolvam no plano físico, proporcionando a troca de informações e dados entre o Eu Consciente e a realida-de percebida:

- animus (porção de fluído universal manipulado no coração), que dá coragem, valores morais, he-roismo, arrojo e impetuosidade;

- anima (porção de fluído universal), que dá vitalidade ao corpo e o defende instintivamente da morte;

- mens (responsável pelo discernimento entre o bem e o mal), que atua por meio da intuição e dacontemplação, e, não, pelo estudo;

- ratio (iluminador do entendimento), que busca a verdade e percebe a sutileza dos conceitos, sendodiferente da Razão (apenas semelhança de processo), que é um instrumento da alma para orientar o falar,o expressar.

Esta entidade não é vista normalmente pelosórgãos dos sentidos corporais, mas ésubstancial, visível, tangível e sensível paraoutros duplos.

- intellectus (responsável pelo entendimento), que dá a compreensão sobre nós mesmos e nossa di-vindade por meio do estudo e da observação;

- spiritus (força agregadora de todos os princípios e entidades), que mantém o equilíbrio corporal edá coerência à existência.

Esse duplo benficia-se nossas sensações e meditações, mas está sujeito a sofrer, tolerar e suportar por simesmo as mesmas coisas que acontecem ao corpo. É contra o duplo que agem os nigromantes, os encanta-mentos e outras influências ocultas.

Aliás, como asseverava Paracelso, essa entidade não é vista normalmente pelos órgãos dos sentidos corpo-rais, mas é substancial, visível, tangível e sensível para outros duplos, que utilizam uma linguagem especi-al com a qual conversam livremente, sem nenhuma relação com os discursos humanos.

Esse duplo tem importância especial para o ser humano, no plano físico, porque é nele que um serinorgânico chamado de predador, diabo ou lúcifer se conecta para produzir e consumir energias negati-vas, interferindo nos sentimentos e emoções e nas relações de afinidades, inimizades ou ódios.

Por fim, resta dizer que o duplo-etérico(apesar das semelhanças)nada tem a ver com o corpo sonhador(ou sósia) dos xamãs, que é criadocom a arte de sonhar,resultando assim, exclusivamente,da vontade e do querer, e não do corpo.

V - O Molde Divino

A entidade divina é o molde do homem, a fôrma, o padrão de energia de cada atributo humano. É aestampa, a matriz, a impressão, a aparência divina do ser humano, destituído de qualquer poder de aju-dar-nos, recompensar-nos ou punir-nos pelos nossos acertos ou erros.

É um protótipo estático sem qualquer outro poder que o de manter nossa individualidade e nossa coesãocorporal. Não é o criador onipotente e onisciente, e nem deve ser confundido com Deus, que é o Eu Superi-or, o Supremo Senhor do Universo.

Conectada ao duplo-etérico, a entidade divinatransmite a ele as qualidades de humanidadeque o corpo físico, por si só, não tem.

a ponte entre a alma e o corpo

A neurologia, a física quântica e as ciências psíquicas avançaram muito em seus conhecimentos daparte mais material do ser humano, composto de aglomerados de energia que cumprem funções distintase interrelacionadas. Daí que a visão do corpo humano expandiu-se dos órgãos e membros, que compõemsua anatomia mais visível (um terço do seu ser), para seus limites físicos situados nos umbrais da mente.Justamente ali onde o corpo se conecta com o espírito.

Por considerar que a palavra “espírito” tem inúmeros sentidos e pode ser interpretrada segundo o conhe-cimento que cada pessoa guarde dele, teceremos um novo conceito em que se expurgará alguns equívocos.Observo que os estudiosos, referindo-se ao espírito, descrevem-no como o duplo-etérico, o corpo astral, amente perceptiva, o corpo sutil, o inconsciente e subconsciente, o ego (self) superior, a alma humana, e ou-tros. Até se referem ao espírito, como sendo o abstrato, as coisas de Deus, a parte imaterial do ser humano,enfim, aquilo que não está visível e que às vezes toma modos fantasmagóricos. Mas essas visões descrevemapenas a parte mais refinada da energia que envolve o corpo humano, hoje tão bem tratado pela ciênciaquântica. Mas não é o Espírito.

A noção de espírito que estudamos agora tem uma outra conotação. Em verdade, defenderemos o conheci-mento apresentado pelos filósofos, teósofos, cientistas, videntes e religiosos de todas as épocas e culturas.O que ocorre é apenas a remoção de um equívoco de nomenclatura, que se tornou genérico e confuso, im-pedindo a pessoa de se conhecer melhor e de perceber os componentes do seu ser total.

O espírito energético

Ocorpo humano é tão perfeito em si mesmo, que até nos confunde quando o vemos em suas energias,perfeitamente dispostas para atender as condições de vida requeridas pela Terra, o sistema solar e a ViaLáctea. Podemos compará-lo a um equipamento superavançado, que permite a uma pessoa (o Eu Consci-ente) viver neste planeta e realizar a sua experiência existencial.

Por comparação grosseira, é como um escafandro em águas profundas. Este é como o corpo físico. Dentroestá o homem, o espírito, que recebe ar e se comunica com seu controlador, o Eu, numa embarcação estaci-onada na superfície (a alma). O controlador dispõe de vários mecanismos e sistemas que lhe possibilitamperceber e experimentar o que é vivenciado pelo escafandro, transmitido pelo homem e percebido na em-barcação. Assim funcionam a alma, seu sistema espiritual e seu corpo experimentador sob as atenções doEu Consciente.

Assim, o espírito é um veículo pelo qual fluem as correntes vitais que mantém o corpo vivo, e que serve deelo ou ponte para transferir as emanações de pensamentos e emoções para a alma (a segunda terça parteinvisível do ser humano) ou através dela receber comandos do Eu. É por meio dele que a alma utiliza ocorpo físico, a mente, o duplo-etérico, outras criaturas e energias que estão nos planos astral e causal. Épor meio dele ainda que a alma processa as suas experiências terrenas, propiciando ao Eu evoluir com osresultados e criar novas possibilidades.

Enunciado de outra forma, é o Eu Consciente quem dispõe de uma alma eletromagnética, conectada a umespírito energético, que controla um corpo de entidades físicas e mentais, em busca de experiência eautoconhecimento.

É por meio dele que a alma utiliza o corpofísico, a mente, o duplo-etérico, outrascriaturas e energias que estãonos planos astral e causal.

Vórtices energizadores do espírito

O Espírito pode ser descrito como um corpo sutil, composto de uma rede de filamentos condutores deenergia (os nadis) que se ligam a inúmeros centros, dentre os quais se destacam sete vórtices especiais(chakras), bastante estudados pelos teósofos e filósofos tibetanos, budistas, chineses e indus, entre tantos,incluindo os xamãs e os místicos. E sobre isso não há o que acrescentar, a não ser que devemos manter esseveículo limpo, saudável e funcionando bem.

A literatura sobre os sete chakras e nadis é bastante rica e de muito proveito para aqueles que desejam me-lhorar a percepção, a saúde geral, avançar no caminho do conhecimento ou encontrar prazer na existên-cia. O que apresentamos aqui é apenas uma noção sobre o espírito e o seu papel vital, para que de imediatose tenha uma concepção precisa de sua anatomia etérea.

– O primeiro chakra é o rádico, fundamental, situado na base da espinha dorsal. Recebe energiaprimária da Terra, a força elétrica da criação que ali se encontra com o fogo interior, produzindo o calorhumano. Influencia no olfato e estimula o conhecimento da fala.

– O segundo chakra é o esplênico, situado na raiz dos órgãos genitais. Sua função é especializar,subdividir e difundir a vitalidade dimanante do Sol. Influencia o paladar e estimula a função dos rins eda região adbominal inferior (incluindo as pernas).

– O terceiro é o umbilical, situado na região lombar oposta ao umbigo, no plexo solar. Influenciatodo o sistema digestivo e o sentido da vista. Está vinculado ao ciclo menstrual das mulheres eintimamente relacionado com os sentimentos e as emoções.

Uma rede de filamentos condutoresde energia (os nadis) que se ligama inúmeros centros

– O quarto é o cardíaco, situado no coração, onde está o centro do ser irradiante. Influencia osentido do tato, o pênis, todo o sistema circulatório e o sistema locomotor.

– O quinto é o laríngeo, situado na base da garganta. Influencia o sentido da audição, a pele, aboca e o sistema respiratório. É a porta de entrada da sabedoria e do conhecimento mais elevado.

– O sexto é o frontal, o terceiro olho, o centro de comando, situado entre as sombrancelhas.Realimenta as faculdades mentais do ser humano e aviva a consciência individual sobre a divindade daqual faz parte.

– O sétimo é coronário, situado acima do topo da cabeça, é o ponto de união das três principaisartérias que conectam todos os demais chakras, com suas extensas redes de nadis. Um ponto focaltranscendental por onde a alma entra e sai do corpo físico no nascimento e na morte.

O espirito é, portanto, um veículo invísível, que interpenetra o corpo físico e, ao mesmo tempo, se conectaà alma para transferir-lhe as ondulações de pensamentos, sentimentos e emoções vividos no plano físico emental. É apenas um meio pelo qual fluem as correntes vitais ou energias que mantêm o corpo vivo. Não seconfunde com a alma, nem com a entidade espiritual (o duplo-etérico) do corpo físico e nem com o abs-trato, Deus ou qualquer outro nome que se queira referenciar.

É apenas um meio pelo qual fluemas correntes vitais ou energias que mantêmo corpo vivo.

As energias do espírito

As energias que circulam pelos chakras e nadis do espírito são de diversas modalidades, mas algumassão muito especiais, como a eletromagnética, o fogo serpentino, a vitalidade e a energia de Vida.

O fogo serpentino, ou kundalini, é semelhante a um fogo líquido que se difunde por todo o ser quando avontade o atualiza e circula em espiral como uma serpente. A principal função desta energia, resultanteda eletricidade e magnetismo da terra, é que ao passar pelos chakras ela os aviva e os converte em eficazespontos de conexão entre o corpo e a alma. Este fluído eletromagnético mantém constante a circulação dasenergias do espírito por todo o ser, especialmente pelos nervos e nadis.

A vitalidade, como a luz e o calor, dimana continuamente do sol, sendo conhecida por prana, a energiamais material que circula pelo espírito. São aqueles pontinhos de luz, que se mexem para todos os lados eque podemos perceber em dias ensolarados, olhando para o céu azul. É o alimento do espírito e regula asaúde do corpo por onde passa.

O fluxo de energia de vida que desce da alma para o corpo, está sintonizada de modo a passar por uma telade textura compacta, constituída por uma camada de átomos físicos ultérrimos, muito comprimidos ebanhados por energia divina, que protege o ser de outras modalidades de energia e impede a comunica-ção direta entre a alma e o plano físico.

Essas energias, resta ainda a dizer, não estão relacionadas com a vida mental e emocional do ser huma-no, mas tão-somente com o seu bem-estar corporal. Todavia, também penetram pelos chakras energias quepodem qualificar-se de psíquicas e astrais. Os dois primeiros chakras (fundamental e esplênico) não ma-nifestam nenhuma das energias mencionadas, mas o chakra umbilical e os demais situados acima sãocomo portas de entrada para as energias que afetam a consciência humana.

Sobre esta parte espiritual do ser humano, o teósofo C. W Leadbeater esclarece que a natureza toma pre-cauções para resguardar os chakras de energias estranhas, mas este não é o seu propósito central. Há umprocesso normal de abrí-los, isto é, de compreender sua constituição e beneficiar-se de suas atividades. Paraisso, a pessoa deve construir sua própria visão do espírito e aperfeiçoar-se de modo que os seus chakraspossam atuar conscientemente.

Compreender sua constituiçãoe beneficiar-se de suas atividades...

uma alma com espírito e corpo

Equívocos observados sobre o espírito os encontramos também em toda literatura sobre a alma, to-mada, na maioria dos casos, no sentido de espírito humano, emanação da divindade, o abstrato, Deus. Nãose faz a diferenciação dos dois termos e há muitas suposições divergentes e genéricas. A teosofia complicamuito, a filosofia evita estudá-la fora dos dogmas, o ocultismo a mistifica e ritualiza e os tradutores, poe-tas, canalizadores e médiuns a confundem com seus próprios conhecimentos e experiências. De um confu-so explicando a confusão não pode sair alguma coisa lúcida, apesar de as explicações conterem muito daverdade.

E a questão é muito simples: o ser humano, o Eu Consciente, possui uma alma que lhe permite perceberexperiências e conhecimentos, e emprega para isso (dependendo de seu desenvolvimento evolutivo) umespírito energético, composto de vórtices e filamentos interconectados, e um corpo físico autônomo, com-posto de um organismo biológico e de entidades não-orgânicas, que garantem a subsistência do ser, mes-mo quando desconhece a sua totalidade.

A alma é um aglomerado de emanações, formando vários pontos especializados, que se conectam a inú-meras fontes localizadas em outras dimensões, e que lhe permite perceber, estar consciente, memorizar earquivar suas experiências e observações, com o fim de enriquecer a sua própria concepção do Eu – umabolha de luz e escuridão incognoscíveis – buscando seu autoconhecimento e sua perfeição criativa.

Enquanto o duplo-etérico e o espírito podem ser observados pelos videntes e místicos, a alma só é percebi-da quando a totalidade do ser é situada no Eu Supremo ou quando se tratar de fé ou de crenças. São doiscaminhos, mas um só destino: o Eu perceber sua unidade trina. É isso o que procuramos de gerações emgerações.

À medida que a pessoa evoluina sua compreensão do Eu, ela acrescentaou aperfeiçoa um ponto em seu ser.Alguns pontos foram aglutinadosno início da Humanidade,outros estão sendo agora.

Os doze campos eletromagnéticos da alma

Segundo os ensinamentos toltecas de Juan Matus, registrados por Carlos Castañeda, a totalidade do seré um conglomerado de milhares de vórtices giratórios, em sua maioria energéticos, que se destacam, noespírito, como centros de vitalidade (os sete chakras e a rede de nadis), ena alma, como pontos de consciência, conectados no espírito, no corpo ea algo lá fora (os doze campos eletromagnéticos da percepção e da cons-ciência).

Os antigos videntes toltecas destacavam oito campos eletromagnéticosna alma de um ser humano evoluido, aos quais alguns seres pleiadianosacrescentaram mais quatro, um deles ainda desconhecido, mas perfeita-mente compreensível e coerente.

I I I I I - Um dos campos mais importantes é o da vontade, que está ligado dire-tamente a outros nove, denominados por suas características de ver, sen-tir, sonhar, tonal, nagual, planetário, solar, galáctico e um ponto que podeser conectado para além da Via Lactea. Outro campo importante é o darazão, interligado diretamente com o ponto chamado de falar que, porsua vez, está ligado a sonhar, sentir e ver, e, assim, indiretamente ligado avontade. Aos campos do tonal, nagual, solar, galáctico e ao outro só é pos-sível se conectar através da vontade. Não estão acessíveis a sonhar, sentir,ver, razão e falar.

O campo da vontade compreende o controle máximo sobre os centros energéticos do espírito e dos níveisde eficiência do corpo. É o poder manifesto do Eu Consciente - agente aglutinador dos campos e chakras,ordenador da forma humana, o Deus pessoal – que se irradia da parte média do ser humano. A vontadepode ser usada para perceber o universo e suas particularidades.

Um conglomerado de milhares de vórticesgiratórios.

IIIIIIIIII - O campo de sonhar realiza o processo de descarregar os sonhos comuns (gerados no duplo-etérico) e detransformá-los numa conscientização controlada por meio de atenção voluntária. No sonhar, o Eu forjaum corpo sonhador, em réplica perfeita do corpo físico (porém sem os olhos), um sósia viajante, que o levaa qualquer lugar dos mundos alcançáveis pelo ser humano. Não se confunde com o duplo-etéreo, nem como espírito, que têm outras funções.

III III III III III - O campo do sentir proporciona o desenvolvimento das emoções e dos sentimentos, em relação ao mun-do que nos rodeia. É o campo auxiliar do ver.

IVIVIVIVIV e V V V V V - A razão e o falar são bem conhecidos e respondem ou refletem o que se passa no tonal. O falar é ocampo da expressão e da comunicação do ser humano, enquanto a razão é a coordenadora da mente emseus diversos planos.

VIVIVIVIVI - O campo de ver proporciona uma outra sensação, a de saber alguma coisa sem resquício de dúvida,diferente do olhar comum. Ele transmite a voz do Eu Consciente que conta o que é o quê, que dá explica-ções, que permite o conhecimento direto, sem o processamento da razão, mas conjugado com o sentir. Oscampos de sentir e ver funcionam juntos.

VIIVIIVIIVIIVII - O campo do tonal é o organizador do mundo e protetor do ser, além de reunir todo o conhecimento etoda a sabedoria alcançados pelo Eu Consciente. É o responsável pela sociabilidade. Inclui tudo o que éconhecido, tudo que tem nome. Este campo tem dois polos: a parte externa, dura, controlando a ação e oagir, e a parte interior, mais suave e complexa, controlando a decisão e o julgamento.

Oito campos eletromagnéticos na almade um ser humano evoluido,aos quais alguns seres pleiadianosacrescentaram mais quatro, um delesainda desconhecido, mas perfeitamentecompreensível e coerente.

VIIIVIIIVIIIVIIIVIII - O campo do nagual é a parte do ser humano para a qual não há descrições, palavras, nomes, sensa-ções ou conhecimento. A ele só tem acesso o corpo energético do sonhador. É a única parte do Eu capaz decriar e de fazer coisas inconcebíveis, dependendo da percepção reforçada pela vontade. Está relacionadoao misterioso e infinito mundo que cerca o ser humano, em dado momento e lugar. É a partir do nagualque a pessoa pode acessar os outros campos do ser, compreendê-los, e até manejá-los, como se faz com osoito anteriores.

IXIXIXIXIX - O campo de conexão com a Terra, onde se desenvolve a vida humana, neste estágio, recebe e processa asemanações da Natureza e estimula a troca de percepções entre o planeta e a rede cósmica. É a parte do serque desenvolve a consciência planetária, e alimenta o chakra raiz, e, a partir deste, todos os centros do es-pírito.

XXXXX - O campo de conexão com o sistema solar, recebe emanações relacionadas à reprodução, à preservaçãoda vida e à temporalidade. Está conectado a vários pontos do espírito, acendendo a kundalini. Proporcio-na o intercâmbio de conhecimentos e percepções com o sistema solar e a rede cósmica.

XIXIXIXIXI - O campo de conexão com a Via Láctea, processa e seleciona emissões provindas de vários pontos dagaláxia, levando o ser humano a ampliar sua concepção do Universo e do Infinito. Quando este campoestá ativo, permite conexão com inteligências alienígenas e aspectos da Criação até então insuspeitáveis.Dá a consciência do ser cósmico.

XIIXIIXIIXIIXII - O campo de conexão de algum ponto fora da galáxia, em outros mundos, permite ao corpo sonhadorconectar-se com outras possibilidades dimensionais, outras civilizações. A ativação deste campo dependeda evolução e uso consciente dos demais campos. Faz a ligação do Eu Consciente com algo indescritível, doqual faz parte.

O Eu e os seres inorgânicos

Observando o que foi dito sobre os três corpos que perfazem a totalidade do ser humano podemosenunciar uma nova concepção. A totalidade do ser é o conjunto de possibilidades, recursos e instrumen-tos manejados pelo Eu Consciente – o brilho da consciência – que tem uma atenção para cada nível derealização do ser.

A primeira atenção é a consciência normal que lida com o mundo diário do corpo físico, com o conheci-do. A segunda atenção lida com as coisas do espírito, com o desconhecido. E a terceira atenção é a consci-ência intensificada que lida com a sincronia dos corpos físico e espiritual, e que propicia ao Eu a consci-ência total do ser e suas conexões e implicações cósmicas.

Uma das possibilidades evolucionárias que um Eu pode realizar, quando compreende sua totalidade, éusar suas atenções para perceber o que vai pelo mar escuro da consciência, reconhecendo o que é parte desi e o que lhe é estranho.

Por exemplo, o corpo sonhador, o sósia, que não se confunde com a parte espiritual do corpo físico ou du-plo-etérico, é um corpo energético desenvolvido pelo Eu por meio dos centros do sonhar e da vontade (daalma) e que lhe permite viajar e perceber diversos aspectos do desconhecido.

Nessa viagem no desconhecido, o corpo sonhador do Eu não está sozinho, pois em seu caminho existemseres inorgânicos que interagem com ele, tornando-se batedores ou opositores. Eles são como espias imó-veis mandados pelo reino inorgânico em estranhos fluxos de energia opaca. São exploradores de energia econsciência do Eu Sonhador. É preciso identificá-los e isolá-los.

Uma instalação forânea

Outro fato energético, estranho à totalidade do ser, é um predador das profundezas do desconhecido,fora do reino da sintaxe, que assume os preceitos existenciais do Eu, tornando-se senhor e mestre da vida.Muitas vezes foi identificado como o Diabo, Lúcifer, Demônio, Satã etc.

Os videntes o vêem como uma sombra que interage com os chakras coronário e frontal (principalmente),apesar de se ter notícia de que pode conectar-se com outros chakras envolvidos na consciência, como oumbilical, cardíaco e laríngeo.

Conectados ao duplo-etérico, são eles que nos dão nossos sistemas de crenças, as idéias do bem e do mal, oscostumes sociais, nossas esperanças e expectativas, sonhos de sucesso e fracasso, nossa ganância, avareza ecovardia. São eles que nos tornam complacentes, rotineiros e egomaníacos. Suas mentes são barrocas, con-traditórias, morosas e medrosas de serem descobertas.

Esse predador também é um ser inorgânico e seu alimento é a energia luminosa produzida pelos lampejosde sua consciência, a partir de pseudopreocupações mundanas, o que dificulta e muitas vezes impede aevolução do Eu Consciente.

Pouco há que se possa fazer com essa instalação forânea ou alienígena. Ela sempre estará a postos com suaconsciência pesada, manobrando a existência com sentimentos e emoções negativos para se aproveitar dosresultados.

O que se pode fazer, então, é prestar atenção nos três níveis de realização do ser, ver que tipo de energia estásendo produzida e procurar evitar aquelas que sirvam de alimento para o Predador. Vai reduzir bastanteseu poder de intrusão e conflito e aumentar a capacidade do Eu perceber-se como um ponto de aglutinaçãode emanações e energias de um universo incognoscível.

O homem pode espalhar-seaté o Infinito desconhecido, pois tem nelesuas raízes. Não existem limitespara a consciência.

Walk-in

Um walk-in é um Ser Celestial (sem corpo, espírito e alma) que se acerca da pessoa, quando esta não vêmais perspectivas nem expectativas nem esperanças em sua vida. Nessa situações, ele se aproxima e assu-me o controle do ser desamparado, como se fosse seu próprio Eu Consciente.

Algumas vezes, sem ocupar nenhuma parte do ser, ele pode também manter estreita ligação com o Eu Cons-ciente, passando a atuar como parceiro de uma meta comum.

O walk-in não se confunde com a incorporação de espíritos, possessões etc. Também é bem diferente doPredador, que é um consumidor de brilho de consciência. Provem daquelas regiões que ficam para alémdas galáxias – aquele outro ponto do universo alcançável pelo Eu Consciente por meio do décimo-segun-do centro da alma, que se atinge com a vontade intensificada navegando no nagual.

O walk-in, na verdade, é um Eu Consciente altamente evoluído e motivado por um objetivo humanitáriouniversal, que precisa de um corpo/espírito/alma para executar sua obra. São como ajudantes da auto-compreensão para o Eu Consciente perceber seu Eu Superior Eu Sou o que Eu Sou. São semeadores de con-ceitos novos sobre a terra e o universo humano.

A entrada de um walk-in na vida de um ser, o transforma lenta e profundamente em outra pessoa. De re-pente, algo dispara uma nova concepção da vida, uma nova visão de humanidade. Há uma mudança sen-sível na pessoa que acolhe um walk-in. O interessante é que este não assume o controle sem a aquiescênciado Eu Consciente original e nem antes de ajudá-lo em suas dívidas kármicas. O único problema com owalk-in é que quando entra em uma vida isso é definitivo; não há como voltar ao Eu antigo, até que secomplete o tempo para o qual o ser foi destinado.

As experiências do walk-in se comunicam como Eu Consciente e avivam sua evolução.

Eu Sou o que Eu Sou

E Eu é a consciência de ser, silenciosa e incorpórea, que se faz sonora e corpórea. É o inaudível que setorna audível; o invisível que se torna visível; a visão que permite ver o que se não vê; a audição que permi-te ouvir o que se não ouve.

Basta pensar Eu e um mar de pensamentos se agitará dentro da cabeça. É uma criação do Eu, que é, ao mes-mo tempo, o pensador e o pensamento.

Basta sentir Eu para abrir uma fonte de sentimentos. Também uma criação do Eu, que é, ao mesmo tempo,aquilo que sente e aquilo que é sentido.

Pelo mero pronunciar Eu é trazido à vida uma multidão de palavras, cada qual símbolo de alguma coisa;cada coisa, símbolo de um mundo; cada mundo, parte de um universo. É outra criação do Eu, o qual é, aomesmo tempo, o criador e a criatura.

Eu Sou o que Sou, Deus em ação e compreensão.

O Eu é a fonte da qual tudo fluie à qual tudo reflui.

Nada pode servir sem queseja servido, servindo,

e nada pode ser servido semque sirva o servente.

Este escrito vem da Grande Potência Infinita.E, por isso, será guardado, escondido, velado e deposto na morada

onde a raiz de tudo tem seus fundamentos.

O verdadeiro conhecimento sempre foi escondidoe dado somente àqueles que o merecem. Existem muitos

segredos e vários deles estão vindo à luz em nosso tempo.

Não se sabe com certeza quem foi o autor deste ensaio.O verdadeiro autor é aquele cuja obra é anônima,

pois deste modo ninguém se interpõeentre o leitor e o que está escrito.