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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1
Unidade Auditada: SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA
UNIÃO/PE
Exercício: 2014
Município: Recife - PE
Relatório nº: 201601025
UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE
PERNAMBUCO
_______________________________________________ Análise Gerencial
Senhor Chefe da CGU-Regional/PE,
Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201601025, e consoante o
estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC nº 01, de 6 de abril de
2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual
apresentada pela Superintendência do Patrimônio da União no Estado de Pernambuco
(SPU/PE).
1. Introdução
Os trabalhos de campo foram realizados no período de 7 a 15 de abril de 2016, por meio de
testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e
a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância
às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.
Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.
O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos,
que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que
contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao
julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Registra-se que os Achados de Auditoria apresentados neste relatório foram estruturados,
preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em títulos e subtítulos,
respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam diretamente.
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Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente
relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos.
2. Resultados dos trabalhos
De acordo com o escopo de auditoria firmado, por meio da Ata de Reunião realizada em 12
de fevereiro de 2016, entre a Controladoria Regional da União no Estado de Pernambuco
(CGU/PE) e a Secretaria de Controle Externo no Estado de Pernambuco (Secex-PE), foram
efetuadas as seguintes análises:
2.1 Avaliação da Conformidade das Peças
Com objetivo de avaliar a conformidade das peças do processo anual de prestação de contas
da Superintendência do Patrimônio da União no Estado de Pernambuco (SPU/PE), conforme
disposto no art. 13 da IN TCU nº 63/2010, foram analisados os arquivos referentes à Unidade
disponíveis no sítio eletrônico do Tribunal de Contas da União
(portal.tcu.gov.br/cidadao/cidadao.htm), constatando-se a elaboração de todas as peças a ela
atribuídas pelas normas do TCU para o exercício em pauta.
A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise de todos os itens que compõem o
Relatório de Gestão e o Rol de Responsáveis.
Ressalta-se que a Unidade Jurisdicionada cumpriu o prazo previsto no Anexo I da DN TCU
nº.146/2015 para envio, exclusivamente em meio eletrônico, das peças previstas nos incisos
I a III do art. 13 da IN/TCU nº 63/2010.
No que se refere aos formatos e conteúdos obrigatórios, entretanto, verificou-se que o
Relatório de Gestão não contempla todos os conteúdos obrigatórios nos termos das Decisões
Normativas TCU n.º 146/2015 e 147/2015 e da Portaria TCU n.º 321/2015, pois a Unidade
não apresentou ou apresentou de forma incorreta algumas das informações exigidas.
Em análise ao Rol de Responsáveis, verificaram-se ausências de informações que foram
solicitadas à Unidade e incluídas no sistema e-Contas.
##/Fato##
2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão
As atividades da SPU estruturaram-se em torno de três ações orçamentárias (Adequação e
Modernização dos Imóveis de Uso Especial; Gestão do Patrimônio Imobiliário da União;
Fiscalização, Controle e Avaliação de Imóveis da União), as quais são controladas,
monitoradas e avaliadas pelo MP por meio do Sistema Integrado de Orçamento e
Planejamento (SIOP).
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O controle e registro de informações acerca da execução orçamentária e financeira no
referido sistema é feito de forma centralizada pela Unidade Central da SPU.
A SPU/PE, assim como as demais Superintendências do Patrimônio nos Estados, tem metas
locais estabelecidas em relação à Gratificação de Incremento à Administração do Patrimônio
Imobiliário da União (GIAPU).
As metas definidas no âmbito da GIAPU são vinculadas aos principais macroprocessos da
SPU e são monitoradas por meio de indicadores de desempenho.
Especificamente para a SPU/PE, foram fixadas, no exercício de 2015, metas relativas a:
A) Redução de Inconsistência Cadastral;
B) Fiscalização;
C) Destinação Patrimonial;
D) Publicação de Portaria de Declaração de Interesse Público;
E) Novo Registro SPIUNET;
F) Arrecadação Patrimonial; e
G) Demarcação de LPM e LMEO do Plano Nacional de Caracterização (PNC).
Consta do Relatório de Gestão da Unidade que as metas relativas a Redução de
Inconsistência Cadastral, Arrecadação Patrimonial e Demarcação de LPM e LMEO não
foram atingidas.
Conforme definido em reunião entre a Controladoria Regional da União em Pernambuco
(CGU/PE) e o Tribunal de Contas da União (Secex-PE), o escopo da avaliação de resultados
2015 é a avaliação dos processos licitatórios no Âmbito do Plano de Alienação de Imóveis
e o exame da execução das metas do Plano Nacional de Caracterização.
Não houve, no exercício de 2015, qualquer processo de alienação de imóveis concluído.
Com relação ao Plano Nacional de Caracterização, a SPU/PE, ademais de não atingir as
metas fixadas, as considera inatingíveis para o Estado, tanto para o exercício que está sendo
avaliado (2015) quanto para os exercícios subsequentes.
##/Fato##
2.3 Avaliação da Gestão de Pessoas
Conforme consta do Relatório de Gestão, a força de trabalho da Unidade ao final do exercício
de 2015 era a seguinte:
Tabela 01 – Força de Trabalho SPU/PE
Tipologias dos Cargos Lotação Efetiva
1. Servidores em Cargos Efetivos (1.1 + 1.2)
67
1.1. Membros de poder e agentes políticos
1.2. Servidores de Carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 67
1.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão 54
1.2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado
1.2.3. Servidores de carreira em exercício provisório
1.2.4. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas 13
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2. Servidores com Contratos Temporários
3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública
1
4. Servidores Anistiados
4
5. Compor Força de Trabalho
2
6.Total de Servidores (1+2+3+4+5)
74
Fonte: Relatório de Gestão 2015
Em vários trechos do Relatório de Gestão da Unidade há referências sobre insuficiência de
pessoal e ausência de investimento em capacitações.
Entretanto, a SPU/PE não efetuou qualquer estudo quanto à adequabilidade de sua força de
trabalho frente às atribuições que desempenha de modo a poder utilizar essa informação para
embasar solicitações de pessoal a serem encaminhadas ao Órgão Central.
Tampouco existe na Unidade, levantamento sobre a necessidade de capacitação de seus
servidores.
##/Fato##
2.4 Avaliação dos Controles Internos - Demonstrações Contábeis
Não se aplica à Superintendência Regional, visto que suas Demonstrações Contábeis e
Relatórios Financeiros são elaborados pela Coordenação de Contabilidade do Ministério do
Planejamento (CCONT/CGEOF/SPOA/SE/MP).
##/Fato##
2.5 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU
Por meio de pesquisa no site do TCU e de informações contidas no Relatório de Gestão da
Unidade, foi verificado que não foram expedidas, pelo Tribunal de Contas,
determinações/recomendações para a Superintendência Regional, no exercício de 2015, para
as quais deveria existir o acompanhamento por parte da CGU.
##/Fato##
2.6 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU
A fim de verificar se a SPU/PE mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das
recomendações emanadas pela CGU e se existem recomendações pendentes de atendimento
que podem impactar a gestão da Unidade, foi verificada a implementação do Plano de
Providências Permanente (PPP) em relação às recomendações emitidas em 2015 e exercícios
anteriores.
Constatou-se que a SPU/PE, apesar de possuir uma rotina de acompanhamento das
recomendações da CGU, não foi capaz de garantir o atendimento de todas elas. Restaram
sem atendimento nove recomendações relativas, principalmente, à atualização das
avaliações dos imóveis.
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Cabe ressaltar que a não adoção de providências pode causar prejuízo ao Patrimônio da
União provocando diminuição da arrecadação de receitas patrimoniais. ##/Fato##
2.7 Avaliação do CGU/PAD
Não se aplica à Superintendência Regional, visto que a competência para a instauração de
procedimentos administrativos disciplinares é da Corregedoria do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).
##/Fato##
2. 8 Ocorrências com dano ou prejuízo
Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.
3. Conclusão
Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente
relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente
Certificado de Auditoria.
Recife/PE.
Relatório supervisionado e aprovado por:
_____________________________________________________________
Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Pernambuco
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_______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201601025
1 Democracia e Aperfeiçoamento da Gestão Pública
1.1 Gestão do Patrimônio Imobiliário da União
1.1.1 ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO
1.1.1.1 INFORMAÇÃO
Informação acerca do macroprocesso Gestão do Patrimônio Imobiliário da União.
Fato
Conforme consta do Relatório de Gestão 2015, no âmbito do PPA 2012-2015, as atividades
da SPU estruturaram-se em torno de três ações orçamentárias (Adequação e Modernização
dos Imóveis de Uso Especial; Gestão do Patrimônio Imobiliário da União; Fiscalização,
Controle e Avaliação de Imóveis da União), que por sua vez desdobram-se em diversos
planos orçamentários, cujas metas para o período do PPA são controladas, monitoradas e
avaliadas pelo MP por meio do Sistema Integrado de Orçamento e Planejamento (SIOP).
Entretanto, as metas das ações e planos orçamentários não são regionalizadas no SIOP. O
controle e registro de informações no referido sistema é feito de forma centralizada pela
Unidade Central da SPU.
A SPU/PE, assim como as demais Superintendências do Patrimônio nos Estados, tem metas
locais estabelecidas em relação à Gratificação de Incremento à Administração do Patrimônio
Imobiliário da União (GIAPU).
As metas definidas no âmbito da GIAPU são vinculadas aos principais macroprocessos da
SPU e são monitoradas por meio de indicadores de desempenho.
Na edição nº 191, segunda-feira, 5 de outubro de 2015 do Diário Oficial da União foram
publicadas as metas GIAPU para o exercício de 2015. Especificamente para a SPU/PE,
foram fixadas as seguintes metas:
A) Redução de Inconsistência Cadastral
Meta: reduzir a inconsistência cadastral do SIAPA por meio do tratamento de 20
RIPs
Indicador: quantidade de imóveis com redução de inconsistência no campo
CPF/CNPJ
B) Fiscalização
Meta: realizar 40 fiscalizações
Indicador: número de fiscalizações realizadas
C) Destinação Patrimonial
Meta: Realizar a publicação de 115 atos de destinação patrimoniais
Indicador: Quantidade de atos de destinações patrimoniais publicados
D) Publicação de Portaria de Declaração de Interesse Público
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Meta: Realizar a publicação de 2 PDISP
Indicador: Quantidade de portarias publicadas
E) Novo Registro SPIUNET
Meta: Inserir 130 novos imóveis no SPIUnet
Indicador: Quantidade de novos imóveis inseridos no SPIUnet
F) Arrecadação Patrimonial
Meta: Arrecadar R$ 136.709.741,91 em receitas patrimoniais
Indicador: Valores arrecadados
G) Demarcação de LPM e LMEO do Plano Nacional de Caracterização - PNC
Meta: 209,09 km de demarcação LPM/LMEO
Indicador: Extensão Linear de traçado de LPM ou LMEO
O indicador de demarcação de Linha de Preamar Médio (LPM) e Linha Média de Enchentes
Ordinárias (LMEO) foi criado em 2015 para acompanhar as metas do Plano Nacional de
Caracterização (PNC), o qual tem como objetivo demarcar 100% dos terrenos de marinha e
marginais de rios federais navegáveis do Brasil até 2020.
A meta definida é considerada ousada no próprio PNC, no capítulo destinado às
considerações finais, pois a SPU, em 160 anos de existência, identificou e demarcou apenas
23,3% de terrenos de marinha e 1% de terrenos marginais.
##/Fato##
1.1.2 QUANTITATIVO DE PESSOAL
1.1.2.1 CONSTATAÇÃO
Gestão de recursos humanos ineficiente.
Fato
Analisando-se o Relatório de Gestão da SPU/PE, verificou-se, no item referente à análise
crítica da estrutura de pessoal, a seguinte afirmação:
“Em referência à quantidade de servidores e a demanda da Superintendência, observa-se
que há uma deficiência tanto na quantidade quanto na qualificação dos servidores, em
relação às atividades da área meio desempenhadas pela unidade.
No exercício de 2015, observou-se o aumento do número de aposentadorias, afastamentos
por motivo de doença e o falecimento de servidores, impactando assim no trabalho da
Superintendência. Há ainda servidores que já possuem os requisitos para aposentadoria,
fazendo jus ao abono de permanência, que a qualquer momento podem vir a se aposentar.
[...]
Somando-se a esta situação, em referência ao impacto na área de pessoal, há ainda muita
dificuldade por parte da maioria dos servidores em se trabalhar, exclusivamente, no
computador, seja pela falta de treinamento, seja pela idade e dificuldade em lidar com a
informática.”
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Por intermédio do Ofício nº 19078/2016-MP, de 8 de abril de 2016, o Superintendente da
SPU/PE informou que a gestão de pessoas é realizada pelo Órgão Central, através da
Coordenação-Geral de Administração e Divisão de Gestão de Pessoas e que não houve
instrumentos formais para comunicar tal órgão acerca de necessidade/carência do quadro de
pessoal da SPU/PE sendo essa necessidade informada em videoconferências, reuniões e
formalmente relatada através dos Relatórios de Gestão.
No mesmo ofício, esclarece que a SPU/PE não realizou estudos sobre a sua força de trabalho,
tais como:
a) estudos quanto à suficiência quantitativa e qualitativa do quadro de pessoal frente aos
objetivos, metas e estratégias da Superintendência;
b) estudos sobre soluções locais (parcerias, requisições, cooperações, etc.) para reduzir a
defasagem (se existente) entre o quantitativo e o perfil atual e o desejado, com estimativa
de custos e cronograma de implementação; ou
c) estudos quanto ao impacto no quantitativo de pessoal decorrente da evolução futura dos
desligamentos e aposentadorias;
Posteriormente, por intermédio do Ofício nº21700/2016-MP, o Superintendente declarou
que não existe na SPU/PE levantamento comparativo entre a qualificação do pessoal
disponível e as competências necessárias ao desenvolvimento das atividades concernentes
aos macroprocessos finalísticos da Unidade e que não houve na Unidade, durante o exercício
de 2015, qualquer curso/treinamento oferecido pelo Órgão Central.
Em que pese a informação do gestor de que a necessidade/carência do quadro de pessoal da
SPU/PE é formalmente relatada através dos Relatórios de Gestão, verificou-se, por
intermédio da leitura de tal documento, os seguintes trechos referentes ao tema:
“A equipe atual de servidores para atendimento às muitas demandas é extremamente
pequena. Essa deficiência crônica de pessoal reflete diretamente na qualidade dos serviços
técnicos demandados pelo público afeto às atribuições e atividades da SPU- PE.
[...]
Dentre os fatores mais relevantes a dificultar a adoção de providências e o conseqüente
atendimento de todas as determinações, se situa na falta de servidores, especialmente, com
relação capacitação para atuar nas diversas áreas desta Superintendência.
[...]
Portanto, a SPU tem muitas ações neste Estado, em virtude da sua geografia, sendo
necessário para um bom desempenho operacional o aumento no seu quadro de servidores
e, especialmente, investimento na capacitação dos mesmos, pois não existe a prática de
admissão de servidores, neste órgão, com treinamento, principalmente, levando-se em conta
que a legislação aplicável ao Patrimônio da União é muito específica, além da cultura do
órgão que tem características peculiares.” (Original sem grifo)
Note-se que os trechos referem-se genericamente a falta de servidores e de capacitação. Não
há qualquer menção ao quantitativo de servidores ou especificação das capacitações
necessárias à realização das atividades.
##/Fato##
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Causa
Ausência de mapeamento para identificar a força de trabalho necessária ao desempenho das
atribuições executadas pela SPU/PE.
Conforme o artigo 49, inciso V do Regimento Interno da Secretaria do Patrimônio da União,
compete às Superintendências do Patrimônio da União programar e gerir os recursos
humanos e logísticos sob sua responsabilidade.
##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por intermédio do Ofício nº 25082/2016 – MP, o Superintendente da SPU/PE manifestou-se
nos seguintes termos acerca dos fatos apontados:
“Preliminarmente reiteramos que esta SPU-PE não é responsável pela gestão de pessoas,
a qual compete ao Órgão Central.
Trata de questionamento da CGU-PE sobre a necessidade de estudo por parte desta SPU-
PE relativos a sua força de trabalho de modo que possa informar formalmente ao Órgão
Central a sua real necessidade de pessoal e capacitação.
Sobre o assunto, informamos que iniciamos projeto em 05/04/2016, através do processo
04962.001638/2016-16, para solicitação de servidor Especialista em Políticas Públicas e
Gestão Governamental – EPPGG, para exercer atribuições de planejamento e organização
da SPU-PE. Tendo em vista a demanda da CGU-PE apresentada, estamos incluindo no
projeto, como atividade a ser desempenhada pelo servidor EPPGG, um estudo sobre a
necessidade de pessoal da SPU-PE.
Complementando as informações anteriormente prestadas através do ofício 19078/2016-
MP, acerca da comunicação formal ao Órgão Central (Solicitação de Auditoria
201601025/01) sobre a necessidade/carência do quadro de pessoal desta SPU-PE,
informamos que no ENCONTRO NACIONAL DE SUPERINTENDENTES DO
PATRIMÔNIO DA UNIÃO, ocorrido nos dias 1 a 3 de março do corrente ano, a SPU-PE
se manifestou no sentido de alertar para a deficiência de pessoal do órgão com o quadro de
servidores envelhecido, com muitos em via de aposentadoria. Tudo registrado no Relatório
do Encontro, no processo administrativo 04905.000957/2016-99”.
##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
A informação do Gestor de que vai incluir um estudo sobre a necessidade de pessoal da SPU-
PE como atividade a ser desempenhada por um servidor EPPGG, apesar de reafirmar que a
gestão de pessoas da SPU/PE compete ao Órgão Central, corrobora o fato de que não
existem, na Unidade, informações relativas a força de trabalho necessária ao desempenho de
suas atribuições.
Com relação à afirmação de que a gestão de pessoas compete ao Órgão Central, verificou-
se no Regimento Interno da Secretaria do Patrimônio da União as seguintes competências
de gestão relativas às Superintendências do Patrimônio da União:
“Art.49. Às Superintendências do Patrimônio da União compete:
[...]
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V - programar e gerir os recursos humanos e logísticos sob sua responsabilidade, com
apoio da Unidade Central e das Superintendências de Administração do Ministério da
Fazenda - S AMF, segundo as normas aplicáveis, por meio dos seguintes processos:
a) apoio à realização de contratações para aquisição de bens ou prestação de serviços e os
respectivos recebimentos;
b) organização dos arquivos documentais;
c) organização do serviço de protocolo e registro de documentos;
d) administração da unidade de atendimento ao público;
e) realização da programação orçamentária da Superintendência;
f) execução das operações financeiras da Superintendência;
g) manutenção de controles sintético e analítico de bens mobiliários; h) identificação e
demanda de concessão de diárias e passagens; e
i) identificação de necessidades de capacitação dos servidores;
[...]
XI - exercer outras atividades necessárias ao desempenho da gestão local de recursos
humanos, físicos e logísticos;”
Portanto, resta claro que compete às superintendências a gestão local dos recursos humanos.
Logo, o trabalho de identificação da força de trabalho necessária ao desempenho das
atribuições executadas pela SPU/PE é um trabalho interno.
Tal trabalho possibilitará a inclusão de informações mais robustas no Relatório de Gestão,
evitando-se dessa forma a utilização de expressões genéricas como equipe pequena ou falta
de servidores.
Ademais, entende-se que o levantamento da necessidade de força de trabalho servirá de base
para fundamentar solicitações de pessoal a serem encaminhadas ao Órgão Central e,
portanto, não pode ficar na dependência de um servidor (EPPGG) que não tem data para
ingressar na Unidade.
Por fim, o Regimento Interno atribui às Superintendências a tarefa de identificar as
necessidades de capacitação dos servidores. Tal informação é relevante para que se possam
pleitear cursos/recursos junto ao Órgão Central de modo a manter qualificada a força de
trabalho existente na Unidade.
##/AnaliseControleInterno##
Recomendações:
Recomendação 1: Efetuar estudos quanto à adequabilidade de sua força de trabalho frente
às atribuições que desempenha, de modo a poder utilizar essa informação para embasar
solicitações de pessoal a serem encaminhadas ao Órgão Central.
Recomendação 2: Efetuar levantamento sobre a necessidade de capacitação de seus
servidores.
1.1.3 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS
1.1.3.1 INFORMAÇÃO
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Não atingimento das metas da SPU/PE estipuladas no Plano Nacional de
Caracterização (PNC).
Fato
O Plano Nacional de Caracterização – PNC, aprovado pela Portaria nº 317, de 17 de
dezembro de 2014, tem como objetivo demonstrar as situações das demarcações em todo o
Brasil, de forma a nortear as ações da Secretaria do Patrimônio da União referentes à
caracterização das áreas de domínio da União ao longo dos seus 160 anos e as estratégias
para concluir as demarcações até o ano de 2020.
Consta do Anexo II do referido documento o Cronograma das metas e prazos – LPM e
LMEO estabelecendo metas de demarcações para os Estados no período entre 2014 e 2020.
De acordo com o cronograma em questão, no exercício de 2015, deveriam ser demarcados
em Pernambuco 60km de LPM e 149,09km de LMEO.
Conforme informação da SPU/PE, foram executados 130Km de LPM e 0Km de LMEO.
Por intermédio do Ofício no 20386/2016-MP, o superintendente da SPU/PE encaminhou
despachos do Coordenador da Divisão de Caracterização do Patrimônio -DICAP nos
seguintes termos:
“
Resultado X Metas
Demarcação LPM e
LMEO
META Executado LPM Executado LMEO
Plano Nacional de
Caracterização
209,09 Km 130 Km 0 Km
Foi estabelecido pelo órgão central, para o exercício de 2015, como meta para demarcação
de LPM / LMEO, a demarcação 209,09 KM para o Estado de Pernambuco.
Primeiramente, cumpre destacar que a meta imposta de realizar 209,09 KM de novas
demarcações no Estado pela SPU/PE para o exercício de 2015 foge de qualquer
razoabilidade, e é inexequível diante da razão abaixo fundamentada:
I) Impossibilidade temporal. O Estado de Pernambuco possui atualmente 62 linhas de
Marinha Definitiva, fruto de 62 processos demarcatórios distintos, englobando litoral e rios,
totalizando 163 km de linhas demarcadas. Para chegar a este número a SPU/PE levou 53
anos de trabalho, dando uma media de 1,17 processos demarcatórios por ano. Processos
demarcatórios são atividades complexas, que demandam tempo e uma equipe dedicada em
tempo integral para realizar a demarcação. Querer que a SPU/PE demarque 209,09 km de
linhas em um ano é algo que foge completamente da realidade, do bom senso, sendo
totalmente inexequível, razão pela qual o plano de caracterização está passando por
revisão.
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Sendo as metas revistas para um valor realizável, os seguintes meios se fazem necessários
para o cumprimento delas:
a) RECOMPOSIÇÃO DO QUADRO DE SERVIDORES - Nos últimos dois anos a Divisão
de Identificação e Caracterização (DICAP/SPU/PE) passou por um processo de
enxugamento de sua estrutura ocasionada pela saída de 08 (oito) servidores em razão do
término do contrato dos servidores temporários e aposentadorias.
O fim do contrato dos servidores temporários foi especialmente danoso às atividades de
identificação e demarcação, já que a DICAP/SPU/PE perdeu engenheiro cartográfico
(único no órgão), engenheiro agrimensor (único no órgão) e arquitetos, conforme se verifica
na tabela 1,todos pertencentes a comissão de demarcação.
Servidores DICAP
Engenheiro Arquiteto Nível
Superior
Analista
Infra
Total
Servidores
Removidos
3 3 1 1 8
Tabela 1
Deste modo se faz premente a recomposição do quadro de servidores. No início do exercício
de 2016 a SPU/PE recebeu 04 servidores (02 engenheiros, 01 arquiteto e 01 geógrafo)
oriundos do último concurso, contudo a quantidade de servidores recebidos ainda é
insuficiente para a recomposição da força de trabalho.
b ) CAPACITAÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL - Não houve suporte do órgão central
da SPU/PE para capacitação de novos servidores para a demarcação de LPM/LMEO,
especialmente em razão da alteração da legislação que trata do procedimento demarcatório
em razão da vigência da Lei 13.139/2015, bem como capacitação na metodologia científica
para a determinação da Linha Média de Enchentes ordinárias de 1831 - cálculo de cota
básica, efeito da dinâmica das ondas, tabelas maregráficas, poligonal diretriz, etc.). Na
última demarcação realizada pela SPU/PE esses cálculos foram realizados por servidor
enviado pelo órgão central em razão de não existir servidor da SPU/PE capacitado para
estes cálculos.
c) ATUALIZAÇÃO DOS NORMATIVOS PARA DEMARCAÇÃO DE ÁREAS DA
UNIÃO - A ON GEADE 002, que trata e disciplina a demarcação de terrenos de marinha
e acrescidos, não cumpre mais as exigências constante lei (audiência públicas, notificação
pessoal etc..), estando parte da norma derrogada em razão da Lei 13.139/2015. Até o
presente momento não foi editada, por parte do órgão central, orientação normativa de
acordo com a legislação atual ou revisão da ON GEAD 002.
Em videoconferência realizada em dezembro/2015, a própria diretora do Departamento de
Caracterização do Patrimônio, Sra. Eliane Hirai informou existir dúvidas em alguns pontos
referentes a alteração da legislação que trata da Demarcação LPM/LMEO demandado
consultas jurídicas por parte da SPU. Deste modo, a ausência de revisão da orientação
normativa gera insegurança no procedimento demarcatório que pode gerar sua anulação
em juízo.
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d) RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS - A realização de demarcação de áreas da União
demanda recursos para deslocamento de servidores por períodos longos (LMEO rio São
Francisco ou LPM litoral norte e sul), bem como para realizar mapeamento (voo aéreo,
elaboração de ortofotocartas etc)
Um ponto que impacta negativamente o procedimento demarcatório no Estado de
Pernambuco é a falta de cooperação dos Municípios. Com a alteração do Decreto Lei
9760/46 cabe à SPU/PE notificar pessoalmente os proprietários dos imóveis localizados na
área demarcada, oportuna a descrição da norma :
Art. 12-A. A Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do
Planejamento , Orçamento e Gestão fará notificação pessoal do s
interessado s certo s alcançado s pelo traçado da linha demarcatória para,
no prazo de 60 (sessenta) dias, oferecerem quaisquer impugnações. (Incluído
pela Lei nº 13.139, de 2015)
§ 1o Na área urbana, considera-se interessado certo o responsável pelo
imóvel alcançado pelo traçado da linha demarcatória até a linha limite de
terreno marginal o u de terreno de marinha que esteja cadastrado na
Secretaria do Patrimônio da União o u inscrito no cadastro do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) o u outro cadastro que vier a substituí-
lo . (Incluído pela Lei nº 13.139, de 2015)
§ 2o Na área rural, considera-se interessado certo o responsável pelo imóvel
alcançado pelo traçado da linha demarcatória até a linha limite de terreno
marginal que esteja cadastrado na Secretaria do Patrimônio da União e,
subsidiariamente, esteja inscrito no Cadastro Nacional de Imóveis Rurais
(CNIR) o u outro que vier a substituí-lo . (Incluído pela Lei nº 13.139, de
2015)
§ 3o O Município e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), no prazo de 30 (trinta) dias contado da solicitação da Secretaria do
Patrimônio da União , deverão fornecer a relação do s inscrito s no s
cadastro s previsto s no s §§ 1o e 2o . (Incluído pela Lei nº 13.139, de 2015)
Mesmo com a previsão legal, os municípios não fornecem o cadastro do IPTU para SPU/PE
realizar as notificações pessoais. Este é o caso da demarcação da LMEO no trecho urbano
do Município de Petrolina, onde a prefeitura se recusa a enviar o cadastro do IPTU. A
SPU/PE solicitou ajuda do Ministério Público Federal - MPF e mesmo com as
recomendações feitas pelo MPF a prefeitura de Petrolina se recusa a encaminhar o
cadastro.
Não existindo revisão das metas e permanecendo o atual plano de caracterização nacional,
nossa projeção é que as metas não serão atingidas nos próximos exercícios.”
Em resumo, o gestor, ademais de confirmar que a meta do PNC para o exercício de 2015
não foi atingida, previa o descumprimento das metas para os exercícios subsequentes caso
não houvesse uma revisão do Plano.
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Entretanto, foi publicada no Diário Oficial da União – DOU, de 11 de maio de 2016, uma
repactuação das metas para o exercício de 2016, que, segundo o gestor, são passíveis de
atingimento.
##/Fato##
1.1.4 Avaliação dos Controles Internos Administrativos
1.1.4.1 CONSTATAÇÃO
Inexatidão de registros contábeis.
Fato
Toda Unidade Prestadora de Contas (UPC) deve elaborar suas demonstrações contábeis
conforme as normas contábeis a que se submete para fins de comunicação da sua situação
financeira, patrimonial ou orçamentária.
As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) são compostas pelas
demonstrações enumeradas pela Lei nº 4.320/1964, pelas demonstrações exigidas pela
NBCT 16.6 – Demonstrações Contábeis e pelas demonstrações exigidas pela Lei
Complementar nº 101/2000, as quais são (a) Balanço Orçamentário; (b) Balanço Financeiro;
(c) Balanço Patrimonial; (d) Demonstração das Variações Patrimoniais; (e) Demonstração
dos Fluxos de Caixa (DFC); e (f) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL).
Conforme consta de Declaração do Contador apresentada pela SPU/PE, emitida pela
Coordenadora da CCONT/CGEOF/SPOA/SE/MP e disponibilizada no sistema e-Contas,
não houve execução orçamentária ou financeira na SPU/PE no exercício de 2015.
Tal declaração afirma ainda que os Demonstrativos Contábeis constantes do Sistema SIAFI,
relativos ao exercício de 2015, refletem adequadamente a situação patrimonial da SPU/PE.
Entretanto, não foi possível verificar a exatidão dos dados constantes do Balanço Patrimonial
da Unidade.
Constam do Balanço Patrimonial os seguintes valores referentes a bens móveis e imóveis
referentes ao exercício 2015:
a) Bens Móveis: R$ 39.508,62; e
b) Bens Imóveis: R$ 3.947.132.477,15.
Questionado a respeito da lista dos bens móveis da Unidade em 31/12/2015, o gestor da
SPU/PE apresentou um Relatório de Inventário Geral Por Localização, emitido pela
Coordenação-Geral de Administração Predial (CGDAP), no qual constam 1088 bens num
valor total de R$1.072.567,58. Ou seja, o valor constante do relatório de inventário é mais
de 27 vezes maior que o valor registrado no Balanço Patrimonial.
Com relação aos bens imóveis, a SPU/PE não informou a lista de Registros Imóveis
Patrimoniais (RIPs) que compõem o total dos bens imóveis constantes no Balanço
Patrimonial. O Relatório de Gestão da Unidade apresenta um quadro intitulado “Imóveis na
UG da SPU-PE” cujo valor total dos imóveis é de R$ 314.892.158,50, ou seja, mais de doze
vezes menor que o valor registrado no Balanço Patrimonial.
##/Fato##
Causa
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O gestor não instituiu controles visando garantir a veracidade dos dados divulgados no
Relatório de Gestão.
Conforme o artigo 49, inciso VIII do Regimento Interno da Secretaria do Patrimônio da
União, compete às Superintendências do Patrimônio da União acompanhar e consolidar as
informações para atendimento das auditorias, diligências, monitoramentos e expedientes
oriundos dos órgãos de controle e da Unidade Central.
##/Causa##
Manifestação da Unidade Examinada
Por intermédio do Ofício nº 25082/2016 – MP, o Superintendente da SPU/PE, manifestou-
se nos seguintes termos acerca dos fatos apontados:
“Preliminarmente informamos que esta SPU-PE não elaborou o Balanço Patrimonial nem
qualquer Demonstração Contábil, e que não possui setor de Contabilidade. Assim,
sugerimos que a presente demanda seja encaminhada, por competência, ao Órgão Central.
O Balanço Patrimonial apresentado foi encaminhado para esta SPU-PE pela DIRETORIA
DE PLANEJAMENTO E GESTÃO – DIPLA, para quem esta Superintendência solicitou
através do Ofício nº 19290/2016-MP e do Memorando nº 4624/2016-MP a lista analítica
dos imóveis que compõem o ativo no Balanço Patrimonial desta SPU-PE.
Recebemos em resposta a lista em anexo (CDROM), a qual, em análise preliminar, a
COGES/SPU/PE verificou uma inconsistência nos valores e solicitou revisão ao Órgão
Central (despacho em anexo).
Quanto aos bens móveis, as informações já foram prestadas por esta SPU-PE mediante o
Ofício nº 20996/2016-MP. No que se refere à inconsistência apontada pela CGU em relação
ao Balanço Patrimonial, novamente sugerimos demandar ao Órgão Central, por
competência.”
##/ManifestacaoUnidadeExaminada##
Análise do Controle Interno
Ainda que o gestor não seja o responsável pela elaboração do Balanço Patrimonial, tem
obrigação de publicá-lo como anexo do seu Relatório de Gestão.
Considerando que a amplitude da diferença entre os valores de bens móveis e imóveis
contidos no Balanço Patrimonial e os apresentados pela SPU/PE por meio dos documentos
disponibilizados é bastante expressiva, caberia um questionamento ao Órgão Central a
respeito da fonte das informações constantes do referido balanço antes de publicá-lo.
##/AnaliseControleInterno##
Recomendações:
Recomendação 1: Apurar junto ao Órgão Central a razão para a divergência entre os valores
de bens móveis e imóveis constantes das Declarações Contábeis e os valores que constituem
o Relatório de Inventário Geral e o Relatório de Gestão da SPU/PE.
Recomendação 2: Instituir mecanismos de controle que visem garantir a exatidão dos dados
publicados no Relatório de Gestão.
2 CONTROLES DA GESTÃO
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2.1 CONTROLES INTERNOS
2.1.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS
2.1.1.1 INFORMAÇÃO
Não conformidade das peças do processo de Contas do exercício de 2015.
Fato
Nas peças do Processo de Contas do exercício 2015, enviadas por meio do sistema e-Contas
ao Tribunal de Contas da União, a Superintendência do Patrimônio da União em
Pernambuco (SPU/PE), vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
deixou de apresentar ou apresentou de forma incorreta no Relatório de Gestão as seguintes
informações abaixo relacionadas.
Quadro 01 – Informações do Relatório de Gestão
INFORMAÇÃO INCORRETA
OU NÃO APRESENTADA
SEÇÃO DO
RELATÓRIO/ITEM
DE CONTEÚDO
JUSTIFICATIVA DO GESTOR
Na ementa da folha de rosto a
indicação dos normativos utilizados
para a elaboração da Prestação de
Contas está desatualizada.
As listas de tabelas, quadros, anexos e
apêndices, bem como o sumário não
contém a indicação da página que
contém o item listado dificultando o
acesso rápido a uma informação
específica do relatório.
Elementos Pré-
Textuais/ 1.2, 1.4
No Relatório de Gestão 2015, onde lê-
se: da Decisão Normativa TCU nº 134
de 2013, Decisão Normativa – TCU
140, de 15 de outubro de 2014 e da
PORTARIA - TCU Nº 90, de 16 de
abril de 2014, Leia-se: Decisão
Normativa TCU nº 146 de 2015,
Decisão Normativa - TCU 147, de 2015
e da PORTARIA - TCU Nº 321 de2015.
A falta da numeração seguiu orientação
do próprio TCU, no Fórum sobre o
Relatório de Gestão 2015 em anexo.
Normas citadas para definir a forma
como está apresentado o relatório estão
desatualizadas.
Apresentação/2
No Relatório de Gestão 2015, onde lê-
se: da Decisão Normativa TCU nº 134
de 2013, e da PORTARIA - TCU Nº 90,
de 16 de abril de 2014, Leia-se: Decisão
Normativa TCU nº 146 de 2015,
Decisão Normativa - TCU 147, de 2015
e da PORTARIA - TCU Nº 321 de
2015.
No subitem “Finalidade e
Competências” deveriam ter sido
evitadas as transcrições extensas da
fundamentação legal das competências
normativas da Unidade.
O subitem “Organograma” deveria
conter uma descrição sucinta dos
papéis das áreas estratégicas na
condução da missão da Unidade. No
entanto, contrariando o que está
Visão Geral da
Unidade/3.2, 3.6
Pedimos desculpas pela transcrição
extensa da fundamentação legal das
competências normativas desta
Unidade.
As informações sucintas encontram-se
no quadro “Informações sobre áreas ou
subunidades estratégicas”.
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INFORMAÇÃO INCORRETA
OU NÃO APRESENTADA
SEÇÃO DO
RELATÓRIO/ITEM
DE CONTEÚDO
JUSTIFICATIVA DO GESTOR
definido nos tópicos de ajuda do
sistema e-Contas, das oito páginas que
compõem este subitem, seis foram
utilizadas para relacionar
competências legais ou normativas de
tais áreas.
No subitem “Estágio de
Implementação do Planejamento
Estratégico” deveria ter sido
apresentado o cronograma para
instituição do Plano Estratégico da
Unidade.
Planejamento
Organizacional e
Desempenhos
Orçamentário e
Operacional/4.1.3
O planejamento estratégico é de
responsabilidade do Órgão Central, não
sendo realizado pela SPU-PE.
No subitem “Gestão de Riscos e
Controles Internos”, a Unidade deveria
ter demonstrado sua percepção acerca
dos riscos que podem comprometer
seus objetivos institucionais e da
qualidade do funcionamento dos
controles internos administrativos.
Entretanto, consta do subitem em
questão uma tabela referente à
avaliação do sistema de Controles
Internos nos moldes da PORTARIA-
TCU Nº 90, DE 16 DE ABRIL DE
2014. Na referida tabela foram
atribuídos valores a elementos do
sistema de controle interno. O leitor do
relatório não tem como entender o
significado dos valores atribuídos,
visto que não existe no texto a escala
correspondente à interpretação destes
valores.
Governança/5.9 Utilizamos o modelo do Relatório de
Gestão 2014 para este subitem,
fornecido pelo próprio TCU. Não há
gestão de riscos no nível dessa
Regional.
Segue abaixo a escala para
interpretação dos valores, que estava
faltando.
Escala de valores da Avaliação:
(1) Totalmente inválida: Significa que
o conteúdo da afirmativa é
integralmente não observado no
contexto da UJ.
(2) Parcialmente inválida: Significa
que o conteúdo da afirmativa é
parcialmente observado no contexto
da UJ, porém, em sua minoria.
(3) Neutra: Significa que não há como
avaliar se o conteúdo da afirmativa é ou
não observado no contexto da UJ.
(4) Parcialmente válida: Significa que
o conteúdo da afirmativa é
parcialmente observado no contexto
da UJ, porém, em sua maioria.
(5) Totalmente válido. Significa que o
conteúdo da afirmativa é integralmente
observado no contexto da UJ.
No subitem “Canais de acesso do
cidadão”, não há informações
referentes ao registro de dados
gerenciais e estatísticos sobre a
Relacionamento com a
Sociedade/6.1
Não foi apresentada a informação,
porque não é feito esse registro no nível
da SPU/PE.
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INFORMAÇÃO INCORRETA
OU NÃO APRESENTADA
SEÇÃO DO
RELATÓRIO/ITEM
DE CONTEÚDO
JUSTIFICATIVA DO GESTOR
quantidade de solicitações,
reclamações, denúncias, sugestões
recebidas e sobre o
atendimento/encaminhamento das
demandas apresentadas ou qualquer
análise dos resultados observados em
relação aos dados registrados em
exercícios anteriores.
As informações contidas no subitem
“Demonstrações contábeis exigidas
pela Lei 4.320/64 e notas explicativas”
tratam de ocorrências relativas à
restrição de conformidade de Registro
de Gestão nas Unidades Gestoras do
Maranhão, Espírito Santo e Tocantins.
Não existe razão para apresentar tais
informações no Relatório de Gestão da
SPU/PE.
As demonstrações contábeis e notas
explicativas devem figurar como
anexo do Relatório de Gestão e,
portanto esta seção deve apenas fazer
referência ao seu remanejamento para
tal anexo.
Desempenho
Financeiro e
Informações
Contábeis/7.7
Apresentamos as referidas informações
conforme orientação do Órgão Central
da SPU mediante o Memorando
Circular nº 101/2016-MP no processo
administrativo 04905.000325/2016-25.
Não compreendemos este item, uma
vez que não incluímos demonstrações
contábeis OU notas explicativas no item
“5.3) Demonstrações Contábeis
Exigidas Pela Lei 4.320/64 E Notas
Explicativas” limitando a replicar o
conteúdo recebido do Órgão Central.
No subitem “Gestão do Patrimônio
Imobiliário da União” não há
necessidade de individualizar os
imóveis, o objetivo é apresentar uma
visão gerencial da gestão empreendida.
As informações relevantes detalhadas
sobre os imóveis de responsabilidade
da Unidade devem, prioritariamente,
estar disponíveis no seu sítio na
Internet, devendo o caminho de acesso
ser declarado neste subitem se for o
caso.
A seguir, lista de tópicos que podem
ser abordados neste subitem, entre
outros que a unidade julgar relevantes:
a) estrutura de controle e de
gestão do patrimônio no
âmbito da unidade
jurisdicionada;
b) distribuição geográfica dos
imóveis da União;
Áreas Especiais da
Gestão/8.2
Utilizamos o modelo de
quadro/planilha do Relatório de Gestão
2014 para este subitem, fornecido pelo
próprio TCU.
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INFORMAÇÃO INCORRETA
OU NÃO APRESENTADA
SEÇÃO DO
RELATÓRIO/ITEM
DE CONTEÚDO
JUSTIFICATIVA DO GESTOR
c) qualidade e completude dos
registros das informações dos
imóveis no Sistema de
Registro dos Imóveis de Uso
Especial da União SPIUnet;
d) informação sobre a
ocorrência e os atos de
formalização de cessão, para
terceiros, de imóveis da
União na responsabilidade da
unidade, ou de parte deles,
para empreendimento com
fins lucrativos ou não,
informando o locador, a
forma de contratação, os
valores e benefícios recebidos
pela unidade jurisdicionada
em razão da locação, bem
como a forma de
contabilização e de utilização
dos recursos oriundos da
locação;
e) despesas de manutenção e a
qualidade dos registros
contábeis relativamente aos
imóveis;
f) riscos relacionados à
gestão dos imóveis e os
controles para mitigá-los.
No subitem “Tratamento de
determinações e recomendações do
TCU”, além das informações
prestadas, deveria ter sido apresentada
uma visão geral sobre das deliberações
feitas pelo TCU em acórdãos do
exercício de referência, informando a
quantidade de determinações e
recomendações recebidas do TCU
comparativamente à quantidade
atendida pela Unidade.
Ademais, a Unidade deveria informar
também acerca das formas de que
dispõe para o efetivo acompanhamento
das deliberações do TCU, tais como
designação de área específica, sistema
informatizado, estrutura de controles
etc.
Conformidade da
Gestão e Demandas
dos Órgãos de
Controle/9.1
Para este subitem (7.1 TRATAMENTO
DE DETERMINAÇÕES E
RECOMENDAÇÕES DO TCU)
informamos no primeiro parágrafo que:
“As determinações/recomendações
recebidas através do Acórdão
170/2015-TCU-Plenário foram todas
respondidas por esta SPU-PE, e
acreditamos ter atendido a todas. No
entanto, como não recebemos
resposta/confirmação sobre o
atendimento das mesmas, optamos por
inseri-las nesta parte do relatório de
Gestão como ainda pendentes, uma vez
que aguardamos manifestação do
TCU”. Assim, acreditamos que
atendemos à presente demanda.
Informamos que o acompanhamento
das deliberações do TCU é realizado
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INFORMAÇÃO INCORRETA
OU NÃO APRESENTADA
SEÇÃO DO
RELATÓRIO/ITEM
DE CONTEÚDO
JUSTIFICATIVA DO GESTOR
pela Coordenação de Gestão
Estratégica – COGES, que demanda
junto aos setores desta SPU-PE as
informações solicitadas e consolida
para resposta e encaminhamento. O
controle é feito através de planilha
Excel (normalmente consultada
mensalmente), NÃO havendo sistema
informatizado próprio de
acompanhamento. Além disso, são
realizadas todas as segundas-feiras,
reunião entre o Superintendente e as
chefias do órgão, nas quais são tratados,
dentre outros assuntos, acerca das
demandas do TCU e CGU.
Fonte: Relatório de Gestão da SPU/PE, exercício 2015 e Ofício nº 24668/2016-MP.
##/Fato##
2.1.1.2 INFORMAÇÃO
Existência de recomendações emanadas pela CGU pendentes de atendimento e que
impactaram a gestão da SPU/PE em 2015.
Fato
Mediante revisão do Plano Permanente de Providências – PPP, verificou-se a existência das
seguintes recomendações pendentes de atendimento ao final do exercício de 2015:
Quadro 02 – Recomendações pendentes de atendimento
Número do
Relatório
Número da
Constatação/
Número da
Recomendação
Descrição
Sumária da
Constatação
Texto da Recomendação Número da
Recomendação
no PPP
201108652* 1.1.3.2/1 Existência de
imóveis com
prazo de validade
da avaliação
expirado,
representando
94,32% do total
cadastrado no
SPIUNET.
Recomendamos que a Unidade
elabore um plano de ação para
reavaliação dos imóveis,
priorizando àqueles imóveis com
avaliações vencidas há mais tempo
e/ou com base em critérios de
relevância/materialiade/criticidade.
61258
201316876** 1.1.1.6/2 Omissão da
Superintendência
do Patrimônio da
União em
Pernambuco
quanto ao
cumprimento das
Que a SPU, antes da formalização
de novo contrato de cessão, busque
comprovação de que o Governo do
Estado de Pernambuco tenha
montado estrutura administrativa
capaz de efetivamente cumprir as
cláusulas do contrato e de
131875
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Número do
Relatório
Número da
Constatação/
Número da
Recomendação
Descrição
Sumária da
Constatação
Texto da Recomendação Número da
Recomendação
no PPP
cláusulas do
Contrato de
Cessão de Uso
do arquipélago
de Fernando de
Noronha.
administrar corretamente o uso dos
imóveis da União em Fernando de
Noronha.
OBSERVAÇÃO: esta
recomendação foi revisada em
29/3/2016 e o texto revisado está
listado a seguir.
Que a SPU, após definir
cronograma de implementação
para os procedimentos propostos
pela Administração de Fernando de
Noronha e implementar as questões
sugeridas pela equipe que realizou
vistoria no arquipélago, manifeste-
se acerca da capacidade do
Governo do Estado de Pernambuco
manter estrutura administrativa
capaz de efetivamente cumprir as
cláusulas do contrato e de
administrar corretamente o uso dos
imóveis da União em Fernando de
Noronha
201412557*** 1.1.1.3/2 Discrepâncias no
valor do metro
quadrado de
áreas de
abrangência
homogêneas e
lotes-padrão da
Planta Genérica
de Valores -
PGV.
Elaborar plano de ação para dirimir
as falhas relatadas, a ser
implementado enquanto aguarda
resposta do Órgão central.
140287
201412557*** 1.1.1.4/2 Divergência
entre a
documentação
constante dos
processos
administrativos
de imóveis da
União e os dados
cadastrados no
SIAPA.
Quando da análise da averbação de
transferência com vistas à
verificação da necessidade de
cobrança de diferença de laudêmio,
instituir rotina de inclusão dos
Fatores de Comercialização e de
Valorização Comercial, quando for
o caso, levando em consideração a
valorização da região onde se
encontra o imóvel.
140282
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Número do
Relatório
Número da
Constatação/
Número da
Recomendação
Descrição
Sumária da
Constatação
Texto da Recomendação Número da
Recomendação
no PPP
201412557*** 1.1.1.5/1 Falha na
atualização dos
dados de imóveis
da União no
SIAPA a partir
das informações
prestadas pelos
interessados
quando da
averbação da
transferência.
Criar e anexar aos respectivos
processos administrativos check-
List de conferência dos dados
informados na Escritura Pública do
imóvel com os dados constantes do
SIAPA, incluindo a porcentagem
de transferência.
140283
201412557*** 1.1.1.5/2 Falha na
atualização dos
dados de imóveis
da União no
SIAPA a partir
das informações
prestadas pelos
interessados
quando da
averbação da
transferência.
Proceder revisão do cálculo do
laudêmio para as transferências
constantes do Fato, realizando
cobrança da diferença de laudêmio
se for o caso.
140294
201412557*** 1.1.1.6/1 Inexistência de
comprovação, no
respectivo
processo, de
notificação ao
interessado da
Diferença de
Laudêmio.
Instituir rotina de controle da
juntada ao respectivo processo da
notificação ao interessado quando
da existência de diferença de
laudêmio a pagar, em cumprimento
da exigência contida no Decreto nº
95.760/88 e incluir a notificação no
respectivo processo administrativo.
140284
201412557*** 1.1.1.7/2 Ausência de
relação factual
entre as
transações e
construção de
unidades
imobiliárias em
imóvel da União,
e a
documentação
constante do
respectivo
Processo
Administrativo.
Elaborar plano de ação para dirimir
as falhas relatadas, a ser
implementado enquanto aguarda
resposta do Órgão central, como
comunicação ao Ministério
Público, à Prefeitura do Município
e ao Cartório de Registro de
Imóveis.
140295
201412557*** 1.1.1.8/3 Utilização, nos
casos de permuta
de terrenos, de
valores
Realizar cobrança de diferença de
laudêmio para os casos apontados
na presente constatação que ainda
não estejam prescritos.
140296
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Número do
Relatório
Número da
Constatação/
Número da
Recomendação
Descrição
Sumária da
Constatação
Texto da Recomendação Número da
Recomendação
no PPP
desatualizados
com os
praticados pelo
mercado, com
fins de cálculo de
laudêmio.
Fonte: Plano de Providências Permanente
* Relatório de auditoria Anual de Contas nº 201108652;
** Relatório de Auditoria nº 201316876, encaminhado para a SPU/PE em 14 de novembro de 2013;
*** Relatório de Avaliação de Gestão nº 201412557, encaminhado para a SPU/PE em 31 de março de 2015;
##/Fato##
3 GESTÃO OPERACIONAL
3.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
3.1.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS
3.1.1.1 INFORMAÇÃO
Identificação do Rol de Responsáveis.
Fato
Em análise ao Rol de Responsáveis, disponibilizado por intermédio do sistema e-Contas ao
TCU, verificou-se a inexistência dos agentes que ocupam cargos de direção no nível de
hierarquia imediatamente inferior e sucessivo ao dirigente máximo da Unidade (Art. 10,
inciso II, da IN TCU nº 63/2010).
Durante os trabalhos de campo da auditoria, solicitou-se à Unidade os dados relativos a tais
agentes e efetuou-se a sua inclusão no sistema e-Contas.
##/Fato##
Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno
Certificado: 201601025 Unidade(s) Auditada(s): Superintendência do Patrimônio da União em Pernambuco Ministério Supervisor: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Município (UF): Recife (PE) Exercício: 2015 1. Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2015 pelos responsáveis das áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução Normativa TCU nº 63/2010.
2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.
3. Não foram registradas constatações relevantes para as quais, considerando as análises realizadas, tenha sido identificado nexo de causalidade com atos de gestão de agentes do Rol de Responsáveis.
4. Diante do exposto, proponho que o encaminhamento das contas dos integrantes do Rol de Responsáveis seja pela regularidade.
5. Ressalta-se que dentre os responsáveis certificados por Regularidade há agentes cuja gestão não foi analisada por não estar englobada no escopo da auditoria de contas, definido conforme art. 9º, § 6º, da Decisão Normativa TCU nº 147/2015.
Recife (PE), 12 de julho de 2016. O presente certificado encontra-se amparado no relatório de auditoria, e a opção pela certificação foi decidida pelo:
CHEFE DA CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Certificado de Auditoria Anual de Contas
Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno
Parecer: 201601025
Unidade Auditada: SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO/PE
Ministério Supervisor: MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
Município/UF: RECIFE/PE
Exercício: 2015
Autoridade Supervisora: DYOGO OLIVEIRA
Tendo em vista os aspectos observados no processo de prestação de contas anual do exercício de
2015 da SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO/PE, expresso a seguinte opinião acerca
dos atos de gestão, com base nos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria.
A Unidade apresentou desempenho positivo quanto ao atingimento das metas estabelecidas para
o exercício, referente aos indicadores de “Destinação Patrimonial”; “Novo Registro SPIUNET”; “Publicação
de Portaria de Declaração de Interesse Público”; e “Fiscalização”.
Não obstante, foram constatadas deficiências na gestão, especialmente quanto ao macroprocesso
de demarcação. No exercício de 2015, deveriam ser demarcados em Pernambuco 60km de LPM e 149,09km
de LMEO. Entretanto, foram executados pela Superintendência 130Km de LPM e 0Km de LMEO.
Importa mencionar que as impropriedades verificadas decorrem, principalmente, da falta de
capacidade técnica e operacional da Superintendência, tendo em vista que as atividades de demarcação
demandam servidores qualificados e suporte instrumental adequado.
Cabe destacar que a SPU/PE mantém rotina de acompanhamento das recomendações da CGU;
todavia, não foi capaz de garantir o atendimento a todas recomendações. Continuam em monitoramento nove
recomendações relativas, principalmente, à atualização das avaliações de imóveis.
Quanto aos controles internos administrativos, observou-se necessidade de fortalecimento dos
controles da Unidade, especialmente quanto aos componentes “Informação e Comunicação” e “Avaliação de
Riscos”. A própria SPU/PE informa não haver gestão de riscos no âmbito da Regional.
Como boa prática administrativa, pode-se citar, diante da inexistência de sistema informatizado de
acompanhamento, o controle por meio de planilha excel das deliberações do Tribunal de Contas da União,
com rotina mensal de verificação e solicitação de informações das áreas competentes.
Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92,
combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010
e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria. Desse
modo, o Ministro de Estado supervisor deverá ser informado de que as peças sob a responsabilidade da CGU
estão inseridas no Sistema e-Contas do TCU, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que
trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União por meio do mesmo
sistema.
Brasília/DF, 26 de julho de 2016.
ITAMAR JOSÉ PADILHA
Diretor de Auditoria da Área Econômica - Substituto