1
Jornal São José do Rio Preto, domingo 8 de abril de 2018 Fabrício Carareto, Maria Elena Covre e Beck [email protected] O “circo” armado por Lula antes de se entregar à PF, e a consequente indignação provocada nas redes so- ciais pelos que se antipatizam com o petista, poderia ter sido evitado. Isso porque, segundo advogado e repre- sentante do Ministério Público ouvi- dos pela coluna, nada impedia o juiz Sérgio Moro de mandar a PF surpre- ender Lula já na tarde de quinta, 5, com uma ordem de prisão em mãos. Sem barulho ou mobilização, Lula seria “encarcerado”. Com o cará- ter midiático da determinação com prazo de 24 horas para Lula se en- tregar, o juiz abriu margem para que petista também investisse na “ence- nação e nos holofotes”, situação que paralisou o país, acirrou ânimos e potencializou o clima de guerra em redes sociais, por exemplo. “A meu ver, ele (Moro) deveria ter expedido o mandado sem alarde e, hora que percebessem, (Lula) já esta- ria preso. Garantiria ao mesmo tem- po a segurança e evitaria esse ‘espe- táculo’”, opina o promotor de justiça, Sérgio Clementino. O advogado Fernando Fukas- sawa concorda que nada impedia Moro de surpreender Lula com a prisão de imediato. Mas ele acredi- ta que o resultado pode até ter sido positivo. “Não é usual ‘dar um tempo para o acusado se apresentar’. Mas, no final das contas, apesar da novela, talvez esse tempo tenha evitado al- guns traumas ou confrontos desne- cessários. Essa pode não ter sido a in- tenção de Moro, mas parece que tem evitado confronto com militantes mais exaltados”, afirma Fukassawa. As mil faces de Lula ANÁLISE Circo armado antes de cumprir ordem de prisão é mais um tijolo de Lula na sua tentativa de construir um mito em torno do seu nome OLHA ELE LÁ E por falar em João Paulo, seguem fortes as evidências de que ele saiu do PT, mas o PT não saiu dele. Olha lá o deputado estadual do PSOL levando seu apoio ao ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, no ato que antecedeu a prisão do petista. OLHOS FURADOS 1 O prefeito Edinho Araújo (MDB) “furou os olhos” do vereador Fabio Marcondes (PR) e apresentou na semana passada projeto de lei exatamente igual ao protocolado pelo parlamentar há um mês. No estilo “CtrlC CtrlV” (copia e cola). Disse o prefeito em sua justificativa que a proposta de Marcondes era meritória, mas que sofreria “vício de iniciativa” já que se trata de parcelamento de solo. O projeto foi encaminhado por Edinho para ser votado em regime de urgência. FOI, MAS NÃO FOI A ex-vereadora Eni Fernandes não nega que sua decisão de retornar ao PT neste momento está, sim, calcada na saída do deputado estadual João Paulo Rillo, que migrou para o PSOL. Até porque, não é novidade para ninguém que a crise dela dentro do partido se deu devido a embates internos por poder com os Rillos. “Em parte tem a ver com a saída dele, sim, mas isso não foi determinante. O mais forte foi a questão do que está acontecendo com o Lula, com o que aconteceu com a Dilma. Acho que não posso ficar de braços cruzados diante do agravamento da situação”, disse ela à coluna. Eni, que estava no PSB desde 2011, afirmou que num outro partido não teria como “ir para a rua abraçar a causa”. SEM CANDIDATURA? Eni afirmou ainda que não comentaria nota do presidente local do PT, Carlos Henrique, na qual ele diz que a sua volta ainda está “em processo de diálogo”. “Eu não falei com ele desde que vi esta nota, então não vou comentar”. Eni disse que, quando saiu, deixou as portas abertas nas instâncias superiores do partido e que sua “missão” é ajudar a reestruturar a sigla na cidade. Ela nega que tenha interesse em aproveitar o vácuo deixado por João Paulo na legenda e sair com candidata nestas eleições. ZONA ELEITORAL por Beck PLIM - PLIM: OLHOS FURADOS 2 Sobre o teor do projeto em si, ele libera os loteadores de doar 5% dos terrenos de seus empreendimentos – as chamadas áreas dominiais – ao município. Marcondes afirma na sua proposta que essa exigência é ilegal e pode ser passível de questionamento na Justiça. Já a Prefeitura alega que a doação de áreas dominiais está dentro da legalidade, mas quer retirar a obrigação “para melhor atender o desenvolvimento urbano”. De uma forma ou de outra, os loteadores agradecem. Mas a capivara, que é um bicho chato, pergunta: se a exigência das áreas dominiais foi instituída em 1992 – há 26 anos, portanto -, por que a urgência em revogar essa obrigação do dia para noite? CAPIVARAS PENSANTES Edinho Baffi POSTADO NO Não importam as razões, tampouco as emoções. Amor e ódio dividem corações, multidões e opiniões. Ninguém tinha dúvida de que seria daquele jeitinho. A missa em memória da ex-primeira-dama Ma- risa Letícia, que completaria ontem (7) 68 anos, virou um autêntico co- mício político – como disseram nas redes sociais, um “showmissa”. Mais do que isso: foi mais uma etapa na tentativa de lula de construir uma figura mítica e imolada aos olhos dos seus fiéis seguidores. Em clima apoteótico, e antes de se entregar à Polícia Federal, ele falou por 55 minutos e fez aquilo que todo mundo esperava que fi- zesse: falou sobre seu passado de sindicalista, do seu período como presidente, distribuiu críticas pesa- das e se disse vítima de uma injus- tiça tremenda. Claro que o discurso foi auto- laudatório. “Há muito tempo atrás eu sonhei que era possível um me- talúrgico sem diploma na universi- dade cuidar mais da educação do que os diplomados e concursados que governaram esse país. Se foi esse o crime que eu cometi, eu vou continuar sendo criminoso”, disse o ex-presidente. Discursando de improviso, como é sua característica desde sempre, ele atacou a Polícia Fede- ral, o Ministério Público, a impren- sa e, claro, o juiz Sergio Moro. “Eu sou o único ser humano que estou sendo processado por um aparta- mento que não é meu. Eu pensei que o Moro fosse resolver e ele mentiu também”, afirmou. “Eu não os perdoo por terem passado para a sociedade a ideia de que eu sou um ladrão.” Até a ex-primeira-da- ma, morta no ano passado, foi lem- brada para enfatizar seu discurso político: “Não é fácil o que sofreu a Marisa. A antecipação da morte da Marisa foi a maior safadeza e saca- nagem que a imprensa e o Ministé- rio Público fizeram”. Nada muito novo. Ao contrário, tudo bem antigo. Seus discursos inflamados, suas referências cons- tantes à infância pobre, ao seu passado como torneiro mecânico e à sua trajetória até chegar à Pre- sidência da República tentam evo- car ao que o mitólogo norte-ame- ricano Joseph Campbell descreveu como Jornada do Herói. No livro “O Herói de Mil Faces”, Campbell afirma que todos os mitos mile- nares têm a mesma essência e a mesma trajetória. Não interessa se são gregos, nórdicos ou chineses, a estrutura é sempre a mesma: tem início no “mundo comum”, passa pelo “chamado da aventura”, o en- contro com “aliados e inimigos”, o surgimento da “provação difícil” e por aí vai. Ao todo, são 12 etapas para a transformação de uma pessoa co- mum em um herói. Dá pra dizer que Lula coloca a si mesmo na 11ª fase: a da morte e ressurreição, de- finida pelo mitólogo norte-ameri- cano como “a última provação”. A morte do político Lula começou com as primeiras denúncias da La- va-Jato e teve seu ápice com a pri- são pela Polícia Federal. Essa é a lenda que o ex-presi- dente tenta construir pra si. A res- surreição viria com uma absolvição na Justiça e a posterior conclusão da 12ª etapa, chamada de “o re- gresso” – no caso, regresso à Pre- sidência da República. Resta saber se o povo brasileiro vai comprar essa jornada ou se vai considerar essa história toda uma aventura de quinta categoria. A cela em que Lula ficará preso na sede da PF de Curitiba Moro podia ter evitado o “circo” de Lula Divulgação Acesso Elevador vai apenas até o terceiro andar. Uma escada leva ao último andar Mobilidade restrita Lula não poderá circu- lar pelos corredores. Os próprios funcionários do local têm acesso restrito ao andar Isolado Lula ficará sozinho na cela, mas sem confor- tos como frigobar ou televisão Rotina Tanto as visitas como o banho de sol de Lula serão realizados sepa- radamente dos demais presidiários Longe dos companhei- ros Vale lembrar que no mesmo prédio, mas na Custódia, longe do quar- to andar, estão presos Antonio Palocci e o sócio da OAS Léo Pinheiro Fonte: PF Localização Fica no NIP (Núcleo de Inteligência Policial). É uma sala na cobertura, no quarto andar, isolada do resto do edifício Tamanho 15 metros quadrados Mobília Uma cama de solteiro Uma mesa Higiene Banheiro rústico com chuveiro (que foi trocado) Janela A janela dá vista para a parte interna do prédio Porta O cômodo não tem grades, mas será vigiado 24 horas por dia por equipes da polícia Cada um tem o direito de apoiar quem quiser, de acordo com sua ideologia e militância. Como @tulio.gadelha, mais famoso como o “namorado de @fatimabernardes”, que decidiu apoiar Lula em seu “calvário midiático”, encenado há mais de 24h no Sindicato dos Metalúrgicos, em #SãoBernardoDoCampo. Túlio é candidato a deputado federal por Pernambuco e, de acordo com post aqui no seu Instagram, ele só foi “defender a ordem constitucional e a democracia. Não sou petista, sou jurista”, escreveu. Além de Tulio, outros “famosos” também foram apoiar Lula em sua cenografia histórica, como as cineastas Tata Amaral, Laís Bodanzky e Anna Muylaert. O ator Ailton Graça e o técnico Vanderlei Luxemburgo foram igualmente vistos na “showmissa” armada neste sábado (7), em São Bernardo, com o pseudo-intuito de homenagear a finada ex-primeira-dama Marisa Letícia. Outras subcelebridades usaram as redes para se manifestar, como algumas “mulheres-frutas” e ex-BBBs. Ou seja: tem holofote? Bóra lá. Afinal, todo picadeiro precisa de plateia.

dhojeinterior.com.brdhojeinterior.com.br/wp-content/uploads/2018/04/A3-Conexao-Capiv… · Created Date: 4/7/2018 6:15:22 PM

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: dhojeinterior.com.brdhojeinterior.com.br/wp-content/uploads/2018/04/A3-Conexao-Capiv… · Created Date: 4/7/2018 6:15:22 PM

JornalSão José do Rio Preto, domingo8 de abril de 2018

Fabrício Carareto, Maria Elena Covre e [email protected]

O “circo” armado por Lula antes de se entregar à PF, e a consequente indignação provocada nas redes so-ciais pelos que se antipatizam com o petista, poderia ter sido evitado. Isso porque, segundo advogado e repre-sentante do Ministério Público ouvi-dos pela coluna, nada impedia o juiz Sérgio Moro de mandar a PF surpre-ender Lula já na tarde de quinta, 5, com uma ordem de prisão em mãos.

Sem barulho ou mobilização, Lula seria “encarcerado”. Com o cará-ter midiático da determinação com prazo de 24 horas para Lula se en-tregar, o juiz abriu margem para que petista também investisse na “ence-nação e nos holofotes”, situação que paralisou o país, acirrou ânimos e potencializou o clima de guerra em redes sociais, por exemplo.

“A meu ver, ele (Moro) deveria ter expedido o mandado sem alarde e, hora que percebessem, (Lula) já esta-ria preso. Garantiria ao mesmo tem-po a segurança e evitaria esse ‘espe-táculo’”, opina o promotor de justiça, Sérgio Clementino.

O advogado Fernando Fukas-sawa concorda que nada impedia Moro de surpreender Lula com a prisão de imediato. Mas ele acredi-ta que o resultado pode até ter sido positivo. “Não é usual ‘dar um tempo para o acusado se apresentar’. Mas, no final das contas, apesar da novela, talvez esse tempo tenha evitado al-guns traumas ou confrontos desne-cessários. Essa pode não ter sido a in-tenção de Moro, mas parece que tem evitado confronto com militantes mais exaltados”, afirma Fukassawa.

As mil faces de LulaANÁLISE

“Circo armado antes de cumprir ordem de prisão é mais um tijolo de Lula na sua tentativa de construir

um mito em torno do seu nome

“OLHA ELE LÁE por falar em João Paulo, seguem fortes as evidências de que ele saiu do PT, mas o PT não saiu dele. Olha lá o deputado estadual do PSOL levando seu apoio ao ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, no ato que antecedeu a prisão do petista.

OLHOS FURADOS 1O prefeito Edinho Araújo (MDB) “furou os olhos” do vereador Fabio Marcondes (PR) e apresentou na semana passada projeto de lei exatamente igual ao protocolado pelo parlamentar há um mês. No estilo “CtrlC CtrlV” (copia e cola). Disse o prefeito em sua justificativa que a proposta de Marcondes era meritória, mas que sofreria “vício de iniciativa” já que se trata de parcelamento de solo. O projeto foi encaminhado por Edinho para ser votado em regime de urgência.

FOI, MAS NÃO FOI A ex-vereadora Eni Fernandes não nega que sua decisão de retornar ao PT neste momento está, sim, calcada na saída do deputado estadual João Paulo Rillo, que migrou para o PSOL. Até porque, não é novidade para ninguém que a crise dela dentro do partido se deu devido a embates internos por poder com os Rillos. “Em parte tem a ver com a saída dele, sim, mas isso não foi determinante. O mais forte foi a questão do que está acontecendo com o Lula, com o que aconteceu com a Dilma. Acho que não posso ficar de braços cruzados diante do agravamento da situação”, disse ela à coluna. Eni, que estava no PSB desde 2011, afirmou que num outro partido não teria como “ir para a rua abraçar a causa”.

SEM CANDIDATURA? Eni afirmou ainda que não comentaria nota do presidente local do PT, Carlos Henrique, na qual ele diz que a sua volta ainda está “em processo de diálogo”. “Eu não falei com ele desde que vi esta nota, então não vou comentar”. Eni disse que, quando saiu, deixou as portas abertas nas instâncias superiores do partido e que sua “missão” é ajudar a reestruturar a sigla na cidade. Ela nega que tenha interesse em aproveitar o vácuo deixado por João Paulo na legenda e sair com candidata nestas eleições.

ZONA ELEITORAL

por Beck

PLIM - PLIM:

OLHOS FURADOS 2Sobre o teor do projeto em si, ele libera os loteadores de doar 5% dos terrenos de seus empreendimentos – as chamadas áreas dominiais – ao município. Marcondes afirma na sua proposta que essa exigência é ilegal e pode ser passível de questionamento na Justiça. Já a Prefeitura alega que a doação de áreas dominiais está dentro da legalidade, mas quer retirar a obrigação “para melhor atender o desenvolvimento urbano”. De uma forma ou de outra, os loteadores agradecem. Mas a capivara, que é um bicho chato, pergunta: se a exigência das áreas dominiais foi instituída em 1992 – há 26 anos, portanto -, por que a urgência em revogar essa obrigação do dia para noite?

CAPIVARAS PENSANTES

Edinho BaffiPOSTADO NO

Não importam as razões, tampouco as emoções.Amor e ódio dividem corações, multidões e opiniões.

Ninguém tinha dúvida de que seria daquele jeitinho. A missa em memória da ex-primeira-dama Ma-risa Letícia, que completaria ontem (7) 68 anos, virou um autêntico co-mício político – como disseram nas redes sociais, um “showmissa”. Mais do que isso: foi mais uma etapa na tentativa de lula de construir uma figura mítica e imolada aos olhos dos seus fiéis seguidores.

Em clima apoteótico, e antes de se entregar à Polícia Federal, ele falou por 55 minutos e fez aquilo que todo mundo esperava que fi-zesse: falou sobre seu passado de sindicalista, do seu período como presidente, distribuiu críticas pesa-das e se disse vítima de uma injus-tiça tremenda.

Claro que o discurso foi auto-laudatório. “Há muito tempo atrás eu sonhei que era possível um me-talúrgico sem diploma na universi-dade cuidar mais da educação do que os diplomados e concursados que governaram esse país. Se foi esse o crime que eu cometi, eu vou continuar sendo criminoso”, disse o ex-presidente.

Discursando de improviso, como é sua característica desde sempre, ele atacou a Polícia Fede-ral, o Ministério Público, a impren-sa e, claro, o juiz Sergio Moro. “Eu sou o único ser humano que estou sendo processado por um aparta-mento que não é meu. Eu pensei que o Moro fosse resolver e ele

mentiu também”, afirmou. “Eu não os perdoo por terem passado para a sociedade a ideia de que eu sou um ladrão.” Até a ex-primeira-da-ma, morta no ano passado, foi lem-brada para enfatizar seu discurso político: “Não é fácil o que sofreu a Marisa. A antecipação da morte da Marisa foi a maior safadeza e saca-nagem que a imprensa e o Ministé-rio Público fizeram”.

Nada muito novo. Ao contrário, tudo bem antigo. Seus discursos inflamados, suas referências cons-tantes à infância pobre, ao seu passado como torneiro mecânico e à sua trajetória até chegar à Pre-sidência da República tentam evo-car ao que o mitólogo norte-ame-ricano Joseph Campbell descreveu como Jornada do Herói. No livro “O Herói de Mil Faces”, Campbell afirma que todos os mitos mile-nares têm a mesma essência e a mesma trajetória. Não interessa se são gregos, nórdicos ou chineses, a estrutura é sempre a mesma: tem início no “mundo comum”, passa pelo “chamado da aventura”, o en-contro com “aliados e inimigos”, o surgimento da “provação difícil” e por aí vai.

Ao todo, são 12 etapas para a transformação de uma pessoa co-mum em um herói. Dá pra dizer que Lula coloca a si mesmo na 11ª fase: a da morte e ressurreição, de-finida pelo mitólogo norte-ameri-cano como “a última provação”. A

morte do político Lula começou com as primeiras denúncias da La-va-Jato e teve seu ápice com a pri-são pela Polícia Federal.

Essa é a lenda que o ex-presi-

dente tenta construir pra si. A res-surreição viria com uma absolvição na Justiça e a posterior conclusão da 12ª etapa, chamada de “o re-gresso” – no caso, regresso à Pre-

sidência da República. Resta saber se o povo brasileiro vai comprar essa jornada ou se vai considerar essa história toda uma aventura de quinta categoria.

A cela em que Lula ficará preso na sede da PF de Curitiba

Moro podia ter evitado o “circo” de Lula

Divulgação

Acesso Elevador vai apenas até o terceiro andar. Uma escada leva ao último andar

Mobilidade restritaLula não poderá circu-lar pelos corredores. Os próprios funcionários do local têm acesso restrito ao andarIsoladoLula ficará sozinho na cela, mas sem confor-tos como frigobar ou televisãoRotinaTanto as visitas como o banho de sol de Lula serão realizados sepa-radamente dos demais presidiários Longe dos companhei-ros Vale lembrar que no mesmo prédio, mas na Custódia, longe do quar-to andar, estão presos Antonio Palocci e o sócio da OAS Léo Pinheiro

Fonte: PF

LocalizaçãoFica no NIP (Núcleo de Inteligência Policial). É uma sala na cobertura, no quarto andar, isolada do resto do edifícioTamanho 15 metros quadrados

MobíliaUma cama de solteiroUma mesa

HigieneBanheiro rústico com

chuveiro(que foi trocado)

Janela A janela dá vista para a parte interna do prédio

Porta O cômodo não tem grades,

mas será vigiado 24 horas por dia por equipes da polícia

Cada um tem o direito de apoiar quem quiser, de acordo com sua ideologia e militância. Como @tulio.gadelha, mais famoso como o “namorado de @fatimabernardes”, que decidiu apoiar Lula em seu “calvário midiático”, encenado há mais de 24h no Sindicato dos Metalúrgicos, em #SãoBernardoDoCampo. Túlio é candidato a deputado federal por Pernambuco e, de acordo com post aqui no seu Instagram, ele só foi “defender a ordem constitucional e a democracia. Não sou petista, sou jurista”, escreveu.

Além de Tulio, outros “famosos” também foram apoiar Lula em sua cenografia histórica, como as cineastas Tata Amaral, Laís Bodanzky e Anna Muylaert.

O ator Ailton Graça e o técnico Vanderlei Luxemburgo foram igualmente vistos na “showmissa” armada neste sábado (7), em São Bernardo, com o pseudo-intuito de homenagear a finada ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Outras subcelebridades usaram as redes para se manifestar, como algumas “mulheres-frutas” e ex-BBBs. Ou seja: tem holofote? Bóra lá. Afinal, todo picadeiro precisa de plateia.