03 Aula

Embed Size (px)

DESCRIPTION

História do Brasil, tema:

Citation preview

Aula 03 - Povos indgenas e africanosA escravizao no Brasil ColonialPr-Vestibular Ganga Zumba (Parquia Nossa Senhora do Sagrado Corao)Prof. Ricardo Jorge (graduando do 6 perodo de Histria da Universidade Estcio de S)

#A expanso do homem

Hoje a cincia, tem como referncia a origem mais remota do homem ser na frica e que dali tenha migrado para diversas parte da Terra, durante Eras, como a Glacial.#Os povos pr-colombianos

Nas Amricas os primeiros habitantes se dividiram entre povos caadores-coletores e outros que se organizaram em sociedades agrcolas - que foi o caso das 3 mais famosas sociedades amerndias: Maia, Asteca e Inca.

As sociedades agrcolas se sedentarizaram e precisaram organizar formas de melhor produo; estrutura social e poltica. A localizao geogrfica influenciava sobre a produo agrcola do homem e tambm a religiosidade seria como referncia para a agricultura.

Na regio do Brasil, prevaleceu os povos caadores-coletores. Alguns destes povos podiam se tornar sedentrios, mas to logo esgotassem os recursos migravam.

Recentemente, h pesquisas sobre povos encontrados no litoral do Brasil, quando da chegada dos portugueses de um movimento migratrio rumo a costa brasileira.#Os povos pr-colombianosEntre os povos astecas e incas havia o trabalho compulsrio, assim eles dedicavam um dia de trabalho ao imprio e aos deuses.Trabalho compulsrio:Asteca era o Cuatequil;Inca era a Mita.

Este modo de trabalho foi de grande utilidade aos espanhis depois da conquista.

Quando os espanhis chegaram ao territrio continental das Amricas, povo Maia j estava em processo de extino.O conhecido povo da floresta, a medida que crescia se tornava mais visvel aos conquistadores e dominadores Astecas.Sugesto: ver o filme Apocalypto, de Mel Gibson sobre o povo MaiaOs povos caadores-coletores no tinham a prtica do trabalho compulsrio.

#Os povos indgenas, a sua escravizao e a Igreja no Brasil ColniaAt o incio do sc. XVII houve a tentativa de escravizar o negro da terra (ndios).Mas dentre os fatores que dificultaram a escravizao do indgena no Brasil temos:o conhecimento deles sobre o territrio, que facilitavam as fugas e;a atuao da Igreja.

Ao mesmo cumprindo suas misses religiosas, as Ordens Religiosas no deixavam de ser um instrumento usado pelos colonizadores para dominar os indgenas.Sobre as Ordens Religiosas que vieram para o Brasil colonial, destacam-se: jesutas, dominicanos e beneditinos. Considerados soldados de Cristo, os jesutas foram importantes no contato com os ndios e na educao do Brasil colonial.Da relao com conquistadores, colonizadores e missionrios religiosos, os indgenas tiraram proveitos para no serem escravizados, para derrotar tribos rivais, etc...

#A frica subsaariana e o Brasil

#Os povos africanos e o BrasilA expanso Bantu

Aproximadamente 2000 a.C uma populao, chamada Bantu comea a migrar para vrias regies da frica subssariana. Algumas das caractersticas desse povo: o imaginrio do pertencimento a um grupo, e isso se relaciona a ancestralidade;o poder poltico era baseado na antiguidade e na numerosidade familiar;o domnio do ferroo tronco lingustico;Essa dispora (migrao) vai gerar mudanas nesta populao, inclusive na composio tnica devido aos efeitos do clima e geogrficos desta regio.Ateno: O domnio do ferro entre o povo Bantu, tinha vrios significados, como o ferreiro ser considerado um feiticeiro. Viviam isolados, mas tinham influncias polticas. #

Hoje a cincia credita a fatores geogrficos a pigmentao da pele.#Os povos africanos e o BrasilReinos, Cidades Estados e escravizao...As separaes ocorridas entre o povo Bantu resultou em outros povos. Cada um seguindo organizaes polticos, administrativas diferentes, mas ainda sim mantendo certas semelhanas oriundas mesma origem.Em certas regies Reinos e Cidades Estados se desenvolveram, tendo como principal atividade: a comercializao, os centros de peregrinao religiosa, a agricultura, a pecuria, o ouro, a pintura, a tapecaria, a escultura.Muitas destas populaes no conheciam a monetizao. A comercializao era a base de escambo e em algumas regies eram trocados por conchinhas de praia.Poltica e AdminstraoA questo da antiguidade e numerosidade familiar vai ser mantida. Filhos de escravas eram contabilizados para obteno de poder poltico.A escarificao na fricaPara alguns povos representavam o reale da beleza. As mulheres e escravas etiops eram cobiadas pela beleza.Mas para outros povos significava uma marca de inferiorizao de um indviduo na sociedade.A noo de inferiorizao praticada pelo homem pode ser compreendida inclusive na domesticao de animais.

#Os povos africanos e o Brasil bom ressaltar que as sociedades destes Reinos e Cidades-Estados da frica subsaarina bem antes do sc. XV, j mantinham contatos com os povos do antigo Egito, os islmicos e at asiticos.E foi atravs tanto dos antigos egipcios, como os islmicos que esses povos at passam a serem comercializados como escravos para a Europa.

A importncia da numerosidade no jogo do poder para esses povos vai ser importante fator para eles se livrarem de seus oponentes.

Ateno: quando os portugueses chegam ao litoral Atlntico africano, no sc. XV, conseguiram converter alguns povos ao cristianismo. Alguns desses povos sero trazidos como escravos para o Brasil, especificamente para Salvador, Bahia, que entre o sc. XVI e XVIII foi a capital da Brasil colonial. Esses eram chamados de negros de Guin pelos portugueses e iam atender famlias importantes na capital. Tambm para a Bahia viro outros negros escravizados islmicos.#A resistncia dos africanos a escravizao na fricaA escravizao era um costume antigo na frica, tinha como caractersticas:a serventia de extenso familiar;subjulgar um povo vencido;um status social.

Na frica antiga, para fugirem da escravido povos se organizavam em quilombos. E tambm eram criadas tcnicas de lutas usadas nas guerras perpetradas entre os povos.

Fortaleza de So Jorge da Mina (Elmina), atual GanaOs portugueses construram feitorias em certos pontos do litoral africano, onde eram comercializados produtos e escravos atravs do escambo.

Para os africanos a captura de escravos era uma possibilidade de vantagem na luta contra povos rivais, inclusive em termos de armas que recebiam dos portugueses.A arma preferida pelos africanos era o mosquete, porque os ferreiros consertavam e era comum o uso de pedras como projtil.

#Os povos africanos e o Brasil

#Tabela do trfico atlntico de escravos entre os sculos XVI e XIX

#

Foto de um navio negreiro em 1882, feita por Marc Ferrez.

Filme sugerido: Amistad

#

#A resistncia dos africanos a escravizao no BrasilAps a dura travessia, os negros escravizados que chegavam no Brasil eram vendidos para vrios tipos de uso: para o trabalho no agro-negcio; para famlias; para a Igreja.Escravos de famlia e os da Igreja podiam ser escravos-de-ganho. Eles podiam fazer servios para seus donos e repartirem com eles o ganho. Esse ganho vai ser importante para a compra de alforria pelos escravos.Havia tambm um esforo da Igreja em mudar hbitos religiosos dos escravos, que tiravam proveito desta relao contra a escravido.Os negros no foram passivos a escravido, alm de relaes amistosas com os brancos serem usadas como benefcio, tambm a fuga e luta foram usadas contra a escravido.QuilombosEram estruturas que abrigavam escravos fugidos, mas serviam para ndios, mestios e para parte de uma populao rejeitada.Tambm eram centros de produo e comercializao com engenhos e cidades.Sugesto: Um passeio virtual pelo Quilombo do Palmares.

#A resistncia dos africanos a escravizao no Brasil e a religiosidadeA religiosidade desenvolvida no Brasil colonial, vai ter uma composio de religiosidades dos povos que se encontraram neste territrio, mas tomando como uma importante referncia o cristianismo catlico.Os ndios contriburam com aspectos de suas religiosidades, mas no sero to suscetveis a absorver a influncia religiosa de outros. bom ressaltar que no caso do indgena, desde a chegada do europeu se d uma diminuio entre sua populao. Alm de matanas, preciso pontuar sobre contaminaes por doenas oriundas dos brancos e negros - estes crescendo em nmero populacional e ainda com imunizaes a doenas entre eles e os brancos.

Os africanos no vo simplesmente abandonar os seus ritos ancestrais, suas estruturas sociais, sua cultura, etc Mas, tambm, como um instrumento de resistncia vo adapt-los a um costume que vo conhecer aqui, seja com os brancos, os ndios e a Igreja.#A resistncia dos africanos no BrasilMuitos escravos se organizavam em irmandades sob tutela da Igreja. O sustento dessas irmandades vinha de escravos-de-ganho. Esses fundos eram usados para compra de alforria, apadrinhamentos, construo de igrejas e emprstimos.

Escravos alforriados que voltavam para a frica eram chamados l por: gudas (os afro-brasileiros).

Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosrio e So Benedito dos Homens PretosRua Uruguaiana, 77 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20050-094 Telefones: (21) 2224 2900 / 2224 2941 - Fax : 2224 2957Site: http://www.irmandadedoshomenspretos.org.br/

#Ganga ZumbaGanga Zumba foi o primeiro lder do Quilombo dos Palmares, regio do Estado de AL. Governou entre entre 1670 e 1678. Tinha descendncia nobre, por ser filho da princesa Aqualtune - de origem do reino do Kongo, assim tinha o ttulo de Rei. O Reino do Kongo era um reino africano que se converteu ao cristianismo.Tentou alguns acordos de paz com os portugueses, onde os palmarinos pediam liberdade para os nascidos em Palmares, permisso para estabelecer ''comrcio e trato'' com os moradores da regio e um lugar onde pudessem viver ''sujeitos s disposies'' da autoridade da capitania. Prometiam entregar os escravos que dali em diante fugissem e fossem para Palmares.O acordo no foi seguido pelo grupo de seu sobrinho Zumbi e acabou sendo assassinado por estes.Sugesto: filme Ganga Zumba, de Cac Diegueshttps://www.youtube.com/watch?v=72qfTvRhn0g

#Exerccio(FGV - adaptada) Com relao aos indgenas brasileiros, pode-se afirmar que:os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleoltica (idade da pedra) do desenvolvimento humano; os ndios brasileiros no aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura no por preguia, e sim porque no conheciam a agricultura; os ndios brasileiros falavam todos a chamada "lngua geral" tupi-guarani;os tupis do litoral no precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis";os ndios brasileiros, como um todo, no tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e naes.#Exerccio(Enem 2013) A recuperao da herana cultural africana deve levar em conta o que prprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. No se trata, portanto, do resgate ingnuo do passado nem do seu cultivo nostlgico, mas de procurar perceber o prprio rosto cultural brasileiro. O que se quer captar seu movimento para melhor compreend-lo historicamente.MINAS GERAIS: Cadernos do Arquivo 1: Escravido em Minas Gerais. Belo Horizonte: Arquivo Pblico Mineiro, 1988.

Com base no texto, a anlise de manifestaes culturais de origem africana, como a capoeira ou o candombl, deve considerar que elas:permanecem como reproduo dos valores e costumes africanos.perderam a relao com o seu passado histrico.derivam da interao entre valores africanos e a experincia histrica brasileira.contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relao aos europeus.#Refernciashttp://ideiasdacaca.blogspot.com.br/2014/11/onde-estao-os-herois-negros-na-historia.htmlhttp://www.fcsh.unl.pt/cham/eve/content.php?printconceito=1196https://blogdojuarezsilva.wordpress.com/2014/06/18/o-que-camaroes-tem-a-ver-com-o-brasil/http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/africa-portuguesa.htmlhttp://senesis.blogspot.com.br/2013/06/armas-de-fogo-invencao-e-evolucao.htmlhttps://redhis.wordpress.com/2011/02/12/tabela-trafico-de-escravos-para-as-americas/http://www.punkbrega.com.br/2014/01/navio-negreiro-poema-de-castro-alves/http://serradabarriga.palmares.gov.br/http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/zumbi_21.htmhttp://www.irmandadedoshomenspretos.org.br/

#