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XX 75 03/05/2012 * Venda de Twier muda o foco para ocultar ilegalidade - p.01 * Falta de estrutura auxilia fuga - p.17 * Blindagem governista cai na CPI, e Delta será invesgada em todo o País - p.23

03 Maio 2012

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XX 75 03/05/2012

* Venda de Twitter muda o foco para ocultar ilegalidade - p.01

* Falta de estrutura auxilia fuga - p.17

* Blindagem governista cai na CPI, e Delta será investigada em todo o País - p.23

O TEMPO - P. 06 - 03.05.2012Anúncios. Propaganda, agora, promete consultoria para candidatos

Venda de Twitter muda o foco para ocultar ilegalidade

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hOjE EM dia - P. 02 - ESPORTES - 03.05.2012

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O TEMPO - P. 09 - 02.05.2012Pesquisa. Deputado fez orçamentos e encontrou embalagens compostáveis a R$ 0,10 no atacado

Cliente pode pagar até 90% a mais do que o custo da sacola

Suspeita. Ministério Público quer discutir preço das sacolas e diz que valor único sugere cartel

JOAO MIRANDA - 27-4-2012

MP analisa sacolasO Ministério Público estadual vai

criar uma força-tarefa para coletar sa-colas no comércio da capital e enviar para análise em laboratório. O obje-tivo é verificar se as embalagens que vêm sendo vendidas a R$ 0,19 são de fato compostáveis (ecológicas), com tempo de degradação menor que as de plástico comum, que estão proibidas em Belo Horizonte. Em reunião entre MP e Associação Mineira de Super-mercados foi feito balanço da proi-bição das sacolas plásticas em BH e discutidas propostas para incentivo ao uso de embalagens alternativas.

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O TEMPO - P. 05 - 03.05.2012

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Juliana Cipriani

Quase cinco meses depois de sofrer veto do Executivo, a possibilidade de extinguir pro-cessos em tramitação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) volta às mãos dos deputados es-taduais. Desta vez, a prescrição é proposta pelo próprio órgão, em projeto de lei complemen-tar, com algumas regras diferentes. Pelo novo texto, prescrevem todas as ações que estiverem paradas em um mesmo setor por pelo menos cinco anos ou as que em 10 anos contados da primeira interrupção do prazo de contagem da prescrição não tiverem o mérito julgado.

Aprovada ontem na Comissão de Consti-tuição e Justiça (CCJ), a nova versão retirou o prazo de cinco anos contados apenas da data de ocorrência do fato para prescrever a ação do TCE. Além disso, ampliou de cinco para 10 anos no caso dos processos que tiveram a con-tagem de prazo prescricional interrompida. O projeto também acaba com a necessidade de lei específica para punir, mediante processo disciplinar, os responsáveis por paralisação in-justificada da tramitação do processo.

No ano passado, a prescrição foi incluída por emenda parlamentar em um projeto que criava o termo de ajustamento de gestão (TAG) com o TCE. Conforme levantamento feito pelo Ministério Público de Contas a pedido do Estado de Minas na época, com a prescrição simples por cinco anos proposta anteriormen-te pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), cer-ca de 30 mil agentes públicos ficariam livres de punições. Ainda segundo os dados, há pelo menos 25 deputados estaduais mineiros en-volvidos em 128 processos administrativos ou inspeções e 58 tomadas de contas. Em caso de condenação, todos podem ser punidos com o pagamento de multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 25 mil.

Na justificativa do projeto, o presidente do TCE, Antônio Carlos Andrada, alega que o veto do governador Antonio Anastasia (PSDB)

resultou na “incompletude e incongruência do texto normativo”, ou seja, deixou a lei incom-pleta. Anastasia vetou o texto, a pedido do pró-prio conselheiro Andrada, argumentando que ele contrariava o interesse público. Segundo a justificativa, a norma proposta desvirtuava “toda a lógica do tratamento que se pretendeu dispensar ao instituto da prescrição no âmbito da pretensão punitiva do tribunal”.

Na ocasião, Andrada disse que mandaria um novo projeto. No PLC, ele diz que se não houver extinção do processo no período entre a primeira interrupção do prazo de prescrição e o trânsito em julgado da decisão de mérito as ações poderão tramitar por vários anos sem solução, “o que inequivocadamente fere os princípios da razoável duração do processo e da segurança jurídica”.

Como causas para interromper ou suspen-der a prescrição de ações, o projeto coloca qual-quer ato do tribunal com objetivo de fiscalizar, além de despachos ou decisões determinando inspeções ou autuações no caso de tomadas de conta. A proposta também estabelece que o re-conhecimento da prescrição se dará de ofício pelo relator mediante provocação do Ministé-rio Público ou requerimento do responsável ou interessado.

Enquanto isso...…Mais um andidato

O peemedebista Ivair Nogueira entrou na briga pela vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, que já tinha outros quatro concorrentes. Ontem, a bancada do PMDB anunciou apoio unânime à candidatura dele. Na corrida pelo cargo vitalício com salário de R$ 24.117,62 já estão os deputados Doutor Viana (DEM), Sebastião Costa (PPS), Dalmo Ribeiro (PSDB) e o secretário extraordinário de Regularização Fundiária, Wander Borges (PSB). Todos querem a vaga do presidente An-tônio Carlos Andrada, que anunciou a intenção de renunciar ao cargo ainda este mês para se candidatar a prefeito de Barbacena.

ESTadO dE MinaS - P. O8 - 03.05.2012 LEGiSLaTiVO

Roupa nova para projeto vetado Tribunal de Contas do Estado reapresenta proposta polêmica para extinguir processos

antigos, que havia sido barrada pelo governador. Pela nova redação, prazos são dilatados

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Grasielle Castro

“Aqui não se fala ou se discute o amar, e sim a im-posição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem e adotarem filhos” Nancy Andrighi, ministra do STJ

Brasília – Pela primeira vez, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou um pai a pagar multa de R$ 200 mil a uma filha por danos morais decorrentes de abandono afetivo. A ministra relatora do processo, Nancy Andrighi, viu a questão como a busca da filha pelo seu direito de ser cuidada, independentemente da discussão de amor entre os dois. A decisão é vista por juristas como um avanço no en-tendimento do direito de família, mas também acende um alerta para filhos que possam se aproveitar do precedente para transformar o sentimento em dinheiro.

A autora da ação, que já é adulta, casada e tem filhos, entrou com o processo após obter judicialmente o reco-nhecimento da paternidade. Seu argumento foi de que ela não teve o mesmo tratamento que os irmãos. A filha alegou também que sofreu abandono material e afetivo durante a infância e a adolescência. Em seu texto, a ministra Nancy destacou que os sentimentos de mágoa e de tristeza causa-dos pela negligência paterna perduraram.

O processo tramita na Justiça brasileira desde 2000 e, mesmo com a decisão do STJ, ainda cabe recurso. Na primeira instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reconheceu a questão e cobrou multa de R$ 415 mil. A condenação foi contestada e o STJ manteve a decisão do tribunal paulista, embora tenha considerado alto o valor inicial da indenização. A penalidade foi, então, fixada em R$ 200 mil, e deve ser corrigida desde 2008, quando o TRT-SP julgou a questão.Embora para o STJ o pai tenha dito que não abandonou a filha e argumentado que o direito não prevê esse tipo de dano, a ministra afirmou que não há porque excluir os danos decorrentes de relações familiares. Para a relatora, o prejuízo moral pode envolver questões extremamente subjetivas, como afetividade, mágoa e amor. No entendimento da magistrada, a partir do momento em que o vínculo foi consentido, ele trouxe responsabilidades e direitos que não foram atendidos. “Aqui não se fala ou se discute o amar, e sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pes-soas de gerarem ou adotarem filhos”, explicou a ministra.

Entre esses deveres estão os de convívio, cuidado, criação e educação dos filhos, que envolvem atenção e acompanhamento do desenvolvimento sociopsicológico da criança. O presidente do Instituto Brasileiro de Direto Familiar (IBDFam), Rodrigo da Cunha Pereira, acredita que o reconhecimento dessas questões é um dos maiores

avanços no direito civil. “É uma decisão fundamental para ajudar a reinstalar um novo paradigma dentro do direito de família. Isso faz as pessoas repensarem se estão cuidando bem dos filhos”, ponderou.VaLORES

No entanto, a especialista em direito de família e pro-fessora da Universidade de Brasília (UnB) Suzana Viegas se preocupa com possíveis abusos por parte dos filhos. “Espero que não haja uma patrimonialização dos valores familiares. Valorizar o afeto é importante, mas ele não está restrito a questões biológicas. O direito também reconhece que outras pessoas, como um padrasto, pode ter exercido esse papel na vida de uma criança”, explica.

O presidente do IBDFam conta que, após defender um caso parecido, recebeu uma avalanche de pessoas querendo entrar na Justiça. “Assim como existe a responsabilidade do pai, tem que haver a do advogado. Sempre falo para os meus clientes que, se eles estiverem querendo o dinheiro, não vale a pena: o trâmite é demorado e o dinheiro não vai mudar a vida”. Rodrigo explica que esse precedente só vale nos casos em que o filho consegue provar que o pai não o reconhece e não se responsabiliza pela sua educação.

indEniZaÇÃO

Ação rejeitada há sete anosEm 2005, o STJ analisou uma questão semelhante e

rejeitou sentença da Justiça de Minhas Gerais, que havia reconhecido a possibilidade de dano moral decorrente de abandono afetivo. No caso, o pai foi condenado a pagar ao filho uma indenização de 200 salários mínimos. O parecer, no entanto, contradiz o argumento atual, de que foi julgado o direito ao cuidado e não amor.

Os argumentos do advogado do pai considerados na época foram os de que a indenização era abusiva e que se tratava de uma forma de “monetarizar” o amor. No pa-recer do Ministério Público, aceito pelo STJ, consta que não cabe ao Judiciário condenar alguém ao pagamento de indenização por desamor.

Naquele julgamento, o abandono era apenas afetivo, porque o pai sempre pagou pensão alimentícia. De acordo com o processo, os dois tiveram convívio regular até o me-nino completar 6 anos.

O pai se afastou depois do nascimento de uma filha de outro relacionamento. O filho argumentou que tentou se aproximar do pai, mas foi rejeitado em todas as situações. A Justiça mineira reconheceu que a responsabilidade do pai não era apenas de alimentar o filho. Na época, o então ministro Fernando Gonçalves destacou que, se o pai fosse condenado a indenizar o filho, poderia ser criada uma bar-reira que manteria os dois definitivamente afastados. (GC)

indEniZaÇÃO

STJ condena pai por abandonar filha Reconhecida apenas depois de processo judicial, mulher alega não ter recebido o mesmo tratamento dado aos irmãos e poderá receber R$ 200 mil, pelos danos morais decorrentes

ESTadO dE MinaS - P. 10 - 03.05.2012

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O TEMPO - P. 24 - 03.05.2012

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LUCAS SIMÕESFalta de agentes penitenciários, superlotação nas ce-

las e insuficiência de profissionais para realizar a revis-ta de visitantes. Esses são alguns dos graves problemas que podem ter facilitado a fuga de 14 detentos da Cadeia Pública de Cássia, no Sul de Minas, no feriado de ante-ontem. A constatação é do delegado Marcos Roberto Pie-dade, que abriu um inquérito para investigar o caso, em que o único agente penitenciário de plantão na cadeia foi rendido e espancado pelos presos.

Três fugitivos foram recapturados ontem à tarde, em um matagal no distrito de Laje, em Ibiraci, a 30 km de Cássia. Ao todo, seis detentos foram encontrados pela polícia e outros oito ainda permaneciam foragidos até o início da noite de ontem.

Imagens do circuito interno de TV da delegacia regis-traram toda a ação dos bandidos. Eles renderam o agente por volta das 9h e o deixaram trancado em uma cela por cerca de dez minutos, junto com nove detentos que cum-prem regime semiaberto. Em seguida, roubaram o celular do agente e fugiram.

“Eu posso garantir que não houve conivência do agen-te de plantão, ele correu risco de vida ali. O que aconteceu foi culpa da precariedade de uma instituição policial”, fri-sou o delegado Piedade. Segundo ele, a cadeia conta com um efetivo de cinco agentes, que se revezam nos plantões de 24 horas, sendo que em cada turno, apenas um agen-te fica responsável pela alimentação e segurança dos 52 presos, distribuídos em seis celas com capacidade para 16 detentos.

Cássia.Delegado de cadeia onde 14 presos escaparam denuncia déficit de agentes e falta de revista de visitantes

Falta de estrutura auxilia fugaAté ontem à noite, seis detentos haviam sido recapturados pela Polícia Civil

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cOnT... O TEMPO - P. 24 - 03.05.2012Além disso, a cadeia

não tem nenhum policial do sexo feminino para fazer o trabalho de revis-ta das visitantes. Para o delegado Piedade, isso pode ter contribuído para a entrada das ferramentas que ajudaram os detentos a serrarem duas barras de ferro de uma cela da ca-deia. “A gente depende de que tenha uma policial militar disponível para fa-zer essa revista. Só que, na maioria das vezes, isso não é possível. Aí, realmente fica fácil entrar alguma coisa na cadeia”, criticou Piedade.

O delegado frisou que vai indiciar todos os fugi-tivos por cárcere privado, roubo e dano ao patrimô-nio público. A fuga foi a oitava em 24 dias em Mi-nas - média de uma a cada três dias.

Responsabilidade. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) in-formou que ainda não há uma data definida para que a Cadeia Pública de Cássia passe a ser admi-nistrada pela Subsecreta-ria de Administração Pri-sional (Suapi). Dessa for-ma, a Seds informou que não tem competência para investigar o caso.SEM VaGa

Superlotação. O sis-tema penitenciário de Mi-nas tem 15 mil pessoas além de sua capacidade. A lentidão da Justiça em dar prosseguimento aos processos contribui para o problema. Na sexta-feira, cem presos foram soltos em Três Corações.

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hOjE EM dia - P. 19 - 03.05.2012

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve liminar na Justiça que obriga a Cadeia Pública de Governador Valada-res, no Vale do Rio Doce, a se adequar às normas de pre-venção de incêndio do Corpo de Bom-beiros. Em 30 dias, o estabelecimento prisional deverá apresentar o Pro-jeto de prevenção e combate a incên-dio e pânico e terá mais 30 dias para fazer as adequa-ções necessárias. A reforma da cadeia deverá ser feita em 120 dias e, quando concluída, haverá 30 dias de prazo para que o Corpo de Bombeiros re-queira a vistoria fi-nal e mais 30 dias para as adequações finais. Caso a deci-são seja descumpri-da, a multa será de mil reais por dia de atraso em qualquer uma das etapas.

Durante as vi-sitas de rotina feitas pelo Ministério Pú-blico à Cadeia Pú-blica, localizada na rua Soldado Edson Veloso, s/n.º, bair-ro Santos Dumont, foi detectada a au-sência de um siste-ma de prevenção e combate a incêndio,

colocando em risco os mais de 500 pre-sos recolhidos, que se encontram sob a responsabilidade do Estado de Mi-nas Gerais; os 181 agentes penitenciá-rios, além das cen-tenas de visitantes e vizinhos. Em agos-to de 2008, o dire-tor-geral da cadeia recebeu notificação emitida pelo Corpo de Bombeiros para que protocolizasse o processo de prote-ção contra incêndio e pânico e regulari-zasse a situação.

A Secretaria de Estado de De-fesa Social (Seds) respondeu à notifi-cação, dizendo que “será contratada a elaboração de Pro-jeto de prevenção e combate a incêndio e pânico, visto que o projeto existente encontra-se em des-conformidade com a legislação vigen-te”. Em 18 de agos-to de 2009, a Seds novamente afirmou ter solicitado a ela-boração do referido projeto. O MPMG, por sua vez, en-viou vários ofícios à direção da cadeia e à Seds pedindo a regularização do sistema de combate a incêndio, porém, passados mais de três anos, a questão

O TEMPO - MG - cOnaMP - 03.05.2012

Cadeia Pública de Governador Valadares terá que ser reformada em 120 dias, sob pena de multa diária de mil reais

ainda encontra-se pen-dente.

Em quatro vis-torias realizadas pelo Corpo de Bombeiros, foram constatadas também falta de si-nalização e de ilumi-nação de emergência e ainda de sistema de hidrantes interligados; hidrantes sem sinali-zação e sem as chaves de mangueiras; extin-tores vencidos ou com lacres rompidos; Ins-talações elétricas com

gambiarras e escadas em desacordo com as normas técnicas.

“Some-se a isto o fato de a capacidade do estabelecimento ser de 248 presos, enquan-to 534, mais do que o dobro, ocupavam a Cadeia Pública em junho de 2011. Desse modo, com a sobrelo-tação, a caixa d?água é insuficiente para combater um eventual incêndio e não atende sequer o consumo di-

ário dos presos, sen-do necessário o uso de caminhões pipa. A própria Secretaria de Estado de Defesa So-cial já constatou tal fato, verificando ?a necessidade de estudo do sistema de abaste-cimento de água potá-vel para atender satis-fatoriamente à deman-da da unidade?”, diz o promotor de Justiça Leonardo Valadares Cabral, responsável pela ação.

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hOjE EM dia - P. 23- 28.04.2012

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O ESTadO dE SP - P. c1 E c3 - 03.05.2012

Promotor de Justiça do Ministério Público, Laércio Conceição Lima, com atribuição Criminal e de Defesa dos Direitos Humanos, acaba de solicitar a intervenção da Pro-curadoria-Geral de Justiça contra a decisão do juiz da 1ª Vara Criminal, Ricardo Cavalcante Motta, que determinou o relaxamento da prisão em flagrante do investigado Francis-co Gonçalves da Costa Neto. Francisco está sendo investiga-do por suspeita de praticar tráfico de drogas no Residencial Bela Vista.

Recentemente foi impetrado Mandado de Segurança contra a decisão do juiz, com o objetivo de conseguir limi-nar para suspender a decisão e decretar a imediata prisão do investigado.

Além disso, o mandado pedia ainda que fosse mantida a custódia cautelar de Francisco Gonçalves, até a decisão final na ação criminal a ser proposta. Porém, o pedido liminar

foi negado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), cujo relator é o desembargador Eduardo Brum. “Já foi solicitada à Procuradoria-Geral de Justiça a interposição de Agravo Regimental, a fim de que seja reapreciada a decisão que indeferiu o pedido liminar”, afirma o promotor Laércio Conceição.

A urgência se deve ao fato de que Francisco é investiga-do por tráfico de drogas, em razão de que no dia 30 de março de 2012, no Residencial Bela Vista, ele mantinha em depósi-to, 405,71 gramas de maconha, acondicionada em pedaço de bambu e seis buchas envoltas por plástico branco, além da quantia de 0,30 gramas de cocaína. Na época, respondendo a mandado de busca e apreensão, policiais militares e civis apreenderam essa grande quantidade de drogas, que para Laércio Lima, seria destinada ao comércio com usuários do bairro.

jORnaL da Manhà - MG - cOnaMP - 03.05.2012

Promotor solicita intervenção da PG em caso de tráfico

Congresso aprova criação de banco de dados de DNA para crimes violentos

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cOnT... O ESTadO dE SP - P. c1 E c3 - 03.05.2012

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O ESTadO dE SP - P. a4, a6 E a8 - 03.05.2012

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cOnT... O ESTadO dE SP - P. a4, a6 E a8 - 03.05.2012

Gurgel evita depor e diz que todos serão alvo da procuradoria

Investigação indica que Cachoeira agiu em SC

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VaLOR EcOnôMicO - SP - P. a6 - 02.05.2012

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cOnT... VaLOR EcOnôMicO - SP - P. a6 - 02.04.2012

Adriana CaitanoBrasília Donos de hospitais ou funcionários que apresentarem algum empe-

cilho para o atendimento de pacientes na emergência poderão ser punidos com detenção de três meses a um ano e multa. O Projeto de Lei 3.331/12, de autoria do Executivo, foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados por unanimidade e seguiu para o Senado. Com a aprovação do texto, im-por condições para receber uma pessoa que precise de cuidados, como a exigência de cheque caução, nota promissória e preenchimento de formu-lários, passa a ser crime previsto no Código Penal.

A proposta foi encomendada no início do ano pela presidente Dilma aos ministérios da Saúde e da Justiça, após a morte do secretário de Re-cursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, de 55 anos. Em 19 de janeiro, o secretário procurou os hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, em Brasília, mas teve o atendimento negado porque seu plano de saúde não era aceito e ele não tinha um talão de cheques em mãos. Quando Devanier chegou ao Hospital Planalto, seu quadro de saúde

já era grave e ele morreu após sofrer um infarto agudo do miocárdio.Ao apoiar a proposta, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-

RJ), integrante da Comissão de Seguridade Social e Família, criticou o que chamou de “ganância pelo lucro” de clínicas e hospitais que recusam pacientes em estado grave. “Neste momento, ao aprovar um projeto como este, a Câmara vai de fato dar resposta em nome da defesa da vida huma-na, da emergência, porque a vida das pessoas não pode ir até onde o bolso possa pagar”, destacou.

Se a proposição for aprovada pelos senadores, a pena aos respon-sáveis pela negativa do atendimento nos hospitais poderá ser aumentada até o dobro, caso o paciente recusado sofra algum tipo de lesão grave por não ter recebido socorro; e chega ao triplo, caso ele morra após o episó-dio. Punição semelhante – detenção de um a seis meses ou multa – já é prevista pelo Código Penal a quem omitir socorro a pessoas em situação de perigo ou feridas.

Os hospitais serão obrigados ainda a deixar em local visível um car-taz informando a existência da lei.

ESTadO dE MinaS - P. 11 - 03.05.2012 nOS hOSPiTaiS

Cheque caução com os dias contados

Estados precisam aprovar regra própria

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Apontado pelos corregedores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a Corte mais refratária ao controle externo em todo o País, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) conti-nua enfrentando uma crise que pode culminar num fato inédito - a cassação da aposentadoria de um de seus ex-presidentes, o desembargador Roberto Vallim Bellocchi. Ele é acusado de ter violado os princípios da isonomia, da impesso-alidade e da moralidade, que regem o serviço público, ao tomar decisões administrativas que o beneficiaram.

Quando estava à frente do TJSP, Bellocchi furou a fila dos magistrados que têm direito a receber antigos créditos trabalhistas. Por falta de disponibilidade orçamentária, esse paga-mento vem sendo feito de forma escalonada. Cinco desembargadores - entre eles Bellocchi - foram acusados de ter recebido quase todos os créditos a que tinham direito de uma só vez. Entre salário e desembolsos extraordinários re-lativos a férias e licenças-prêmio, Bellocchi re-cebeu R$ 723 mil num único mês, em 2008.

Os dados constam de uma planilha expe-dida pela Diretoria da Folha de Pagamento da Magistratura, que foi divulgada pelo Estado (25/4). No total, ele recebeu R$ 1,4 milhão, entre 2007 e 2010, sob a rubrica de “pagamen-tos excepcionais”. Além de Bellocchi, estão sob investigação outro ex-presidente do TJSP, Antonio Carlos Vianna Santos, e o atual pre-sidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Alceu Penteado Navarro. Santos, que faleceu em 2011, recebeu R$ 1,26 milhão em 2010, quando estava no exercício do cargo. Navarro recebeu R$ 640 mil, no ano em que integrava a comissão de orçamento da Justiça paulista.

Desde que os resultados das investigações feitas pelos corregedores do CNJ na Justiça paulista começaram a ser divulgados, em 2011, vários magistrados denunciaram a quebra da isonomia e pediram que aos responsáveis pela infração fossem aplicadas as sanções previstas pela Lei Orgânica da Magistratura. À medida que às correições do CNJ avançaram, desco-briu-se que, além dos 5 desembargadores acu-sados de furar a fila, outros 41 magistrados fo-

ram contemplados com pagamentos superiores a R$ 100 mil. Agora se sabe que 200 magis-trados receberam valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Este grupo, no entanto, não está sendo investigado pela sindicância aberta pelo presi-dente do TJSP, Ivan Sartori.

Por isso, os desembargadores que estão sob inspeção se rebelaram, alegando que sua ima-gem pública está sendo maculada. Em nome do princípio da isonomia - o mesmo que não teria sido respeitado quando receberam os créditos a que tinham direito - eles exigem “investigação geral” no TJSP.

Ao apresentar sua defesa, um dos desem-bargadores investigados, Vianna Cotrim, ale-gou que não se oporá à compensação das an-tecipações que recebeu, “conquanto observado que referidos descontos se estendam a tantos quantos, independentemente das cifras recebi-das, hajam sido destinatários finais dos mencio-nados adiantamentos”. Cotrim foi categórico. “Se a preocupação da douta presidência é pres-tigiar os princípios da isonomia, da moralidade e da impessoalidade, por qual motivo tão só in-fringiriam esses princípios as antecipações su-periores a determinada quantia, sendo portanto isonômicos e impessoais os adiantamentos que não chegassem a R$ 100 mil?”

Já o atual presidente do TRE, cuja renúncia vem sendo exigida por uma das alas da magis-tratura paulista, que o acusa de não ter condição de permanecer à frente do cargo num ano elei-toral, alegou que, apesar de ter sido favorecido por pagamentos antecipados, não postulou as antecipações recebidas. “Esses adiantamentos decorreram de ordens explícitas da presidência (...), voltando-se principalmente a satisfazer necessidades inadiáveis e urgentes do benefi-ciado, inclusive de natureza médica, física e psíquica do magistrado então favorecido, ou de seus familiares próximos.”

Se fosse menos refratária ao controle exter-no, a magistratura paulista certamente não es-taria atravessando a maior crise de sua história e sua imagem pública não estaria contaminada pelos vícios do corporativismo.

O ESTadO dE S.P - On LinE - 02.05.2012A crise da Justiça paulista

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Conrado Hübner Mendes, doutor em Direito pela Uni-versidade de Edimburgo e em Ciência Política pela USP - O Estado de S.Paulo

Quando o STF invalida uma lei ou lhe dá nova interpre-tação, opositores ocasionais da decisão costumam alegar que o tribunal interferiu indevidamente na esfera legislativa. Não foi diferente no caso recente sobre antecipação do parto de fetos anencéfalos: ao reconhecer a constitucionalidade dessa prática, o STF teria invadido a prerrogativa do Congresso de elaborar normas jurídicas. O próprio ministro Lewando-wski, em voto vencido, argumentou que “não é dado aos in-tegrantes do Judiciário promover inovações no ordenamento normativo como se parlamentares eleitos fossem”.

Essa crítica se inspira numa leitura tradicional de dois princípios adotados pela Constituição brasileira: a separação de Poderes, arranjo pelo qual se busca prevenir o abuso de poder; e a democracia, ideal político que almeja institucio-nalizar um governo do povo. Cartilhas de Direito ensinam que a fusão dos dois princípios, na prática, confere ao Parla-mento eleito, e só a ele, a função de legislar e aos outros dois Poderes, o papel subordinado de aplicar o Direito. Portanto, segundo essa sabedoria convencional, um tribunal que le-gisla romperia simultaneamente com esses dois princípios - primeiro, porque não lhe caberia legislar; segundo, porque não é eleito pelo povo.O controle judicial de constitucionali-dade, é bem verdade, complica um pouco essa fórmula sim-ples e didática. Afinal, permite que juízes revoguem uma lei quando a julgam incompatível com o texto constitucional. Para nos tranquilizarem, aquelas cartilhas dizem que tal ato de insubordinação ao Parlamento é necessário em nome da supremacia da Constituição. Tal atividade de controle, de-fendem, não faria do tribunal um “legislador positivo”, que cria normas, mas apenas um “legislador negativo”, que se limita a vetar certas normas emanadas do Congresso. Estaria preservada, assim, a integridade da separação de Poderes e da democracia.

A má notícia é que essa equação, aparentemente tão bem ajustada na teoria, não funciona. Não por má-fé de ju-ízes, mas por simples impossibilidade prática. E enquanto usarmos tal equação para observar o controle judicial de constitucionalidade, essa função continuará a ser uma das mais mal compreendidas das democracias contemporâneas.

O STF, no exercício dessa competência, legisla o tem-po todo, com maior ou menor visibilidade e intensidade. Algo comum, diga-se, a toda Corte Constitucional no mun-do. Seja quando revoga uma lei e explica seus parâmetros ao Congresso, quando estabelece a interpretação válida de uma lei e elimina outras interpretações plausíveis, ou quan-do diagnostica a omissão do Legislativo e ocupa o vazio normativo, está atribuindo significado à Constituição, uma atividade essencialmente construtiva. Sem eufemismos, cria normas jurídicas e regula os atos dos outros atores políticos. Não tem outra escolha: é isso que lhe pede a Constituição e é o que, bem ou mal, vem fazendo, tanto nos casos mais po-lêmicos, como o da anencefalia, quanto em outros de menor

saliência.A divisão de trabalho entre tribunal e Congresso não

obedece a uma fórmula estanque, oscila conforme os movi-mentos da política. Esse é um fenômeno dinâmico observa-do em qualquer regime democrático que, como o brasileiro, reserva espaço relevante ao controle judicial de constitucio-nalidade. Portanto, à medida que o STF se expande na po-lítica brasileira, processo gradual e contínuo há pelo menos 15 anos, torna-se mais urgente perdermos a inocência sobre a natureza do seu papel.

Nossa Carta Magna e nossa prática institucional abo-liram o monopólio da legislação. A função de criar normas é compartilhada, não exclusiva do Congresso. Não há que perguntar, pois, se o STF pode legislar. Ainda giramos em falso ao redor dessa pergunta e desperdiçamos muita energia crítica nesse custoso debate. Melhor começarmos a pergun-tar quando, como, quanto e por que o STF deve legislar. Ob-viamente, não deve legislar como se “parlamentares eleitos fossem”, para usar as palavras de Lewandowski. Seu papel é fazê-lo a conta-gotas, de forma cirúrgica e oportuna, em face das ações e, sobretudo, das omissões injustificadas do Legislativo.A superação do mito de que aplica passivamente a Constituição e o reconhecimento dessa forma especial de colegislar geram maior responsabilidade para o STF. Embu-tido em tal responsabilidade há um dever mais rigoroso de prestar contas e de construir uma jurisprudência transparen-te que forneça orientações normativas inteligíveis para os casos futuros. Essa é a maior dívida pública do tribunal, mas só poderemos cobrá-la adequadamente se evitarmos aquela confusão conceitual.

A constatação de que há um “STF legislador” ao lado do “STF juiz” dá outra magnitude à Corte. É nessa perspec-tiva que se podem entender os desafios da gestão do minis-tro Ayres Brito, que herda uma agenda explosiva ao tomar posse na presidência do STF. Entre suas várias atribuições, caberá a ele definir, em negociação com os outros ministros, os casos que entram na pauta de julgamento e os que devem esperar. Esse poder de agenda precisa ser exercido com co-ragem e sensibilidade para os prejuízos sociais oriundos da demora em cada caso.Não fará bem à saúde política do STF, por certo, deixar que o mensalão prescreva.

Apesar de não envolver complexidade jurídica extraor-dinária, as pressões externas o tornam o caso mais delicado na história recente do “STF juiz”. Mas isso não pode ofuscar as responsabilidades do “STF legislador”, que promove im-pactos mais profundos no ordenamento jurídico. Nessa pau-ta específica, grande quantidade de casos antigos continua à espera de solução - uma combinação eclética que reúne de grandes temas de direitos fundamentais a temas com am-plas consequências na economia nacional. Embora lhe reste pouco tempo na presidência, já que se aposenta no final do ano, Ayres Britto tem a oportunidade de deixar uma marca histórica na jurisprudência da Corte. A aprovação unânime do programa de cotas nas universidades, na semana passada, deu uma amostra disso.

O ESTadO dE S.P - On LinE - 02.05.2012Colegisladores

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