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PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 05. NOV.2013 N.614 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Twitter: o progressismo de alguns, intimida os outros? A transparência não chega às escolas O futuro energético: mais carvão e mais petróleo AGENDA Semana internacional traz dirigentes angolanos à AESE “As Serviçais” Alemanha: a dispendiosa renúncia à energia nuclear 4º Torneio de Golfe dos Alumni da AESE Portugal, o mercado e o mundo Aumentar o impacte social e económico na cadeia de produção Ética nos processos de reestruturação Lisboa, 13 de novembro de 2013 A agenda do Diretor Geral Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 7 de novembro de 2013 Média “Ricos mas pobres”, entre outros… Evelyn Billings, pioneira da regulação natural da natalidade Responsabilidade familiar corporativa Porto Palácio Congress Hotel, 20 de novembro de 2013 Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 25 de novembro, 2, 9 e 16 de dezembro de 2013 A Direção responsável Lisboa, 27 de novembro de 2013 O Japão regressa à energia nuclear Novos programas na AESE Boletim da Capelania Negócio 4º Concurso de Casos da AESE Lisboa, 30 de novembro de 2013 Passaporte O apagão nuclear sai caro

05. NOV.2013 N - aese.pt · O debate gerou-se em torno do ... operacional, do alinhamento dos ... Com o início do ano letivo, a AESE deu início a três novos programas,

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NOTÍCIAS

05. NOV.2013 N.614

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Twitter: o progressismo de alguns, intimida os outros?

A transparência não chega às escolas

O futuro energético: mais carvão e mais petróleo

AGENDA

Semana internacional traz dirigentes angolanos à AESE

“As Serviçais”

Alemanha: a dispendiosa renúncia à energia nuclear

4º Torneio de Golfe dos Alumni da AESE

Portugal, o mercado e o mundo

Aumentar o impacte social e económico na cadeia de produção

Ética nos processos de reestruturação Lisboa, 13 de novembro de 2013

A agenda do Diretor Geral Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 7 de novembro de 2013

Média

“Ricos mas pobres”, entre outros…

Evelyn Billings, pioneira da regulação natural da natalidade Responsabilidade familiar

corporativa Porto Palácio Congress Hotel, 20 de novembro de 2013

Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 25 de novembro, 2, 9 e 16 de dezembro de 2013

A Direção responsável Lisboa, 27 de novembro de 2013

O Japão regressa à energia nuclear

Novos programas na AESE

Boletim da

Capelania

Negócio

4º Concurso de Casos da AESE Lisboa, 30 de novembro de 2013

Passaporte

O apagão nuclear sai caro

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A Accenture, a Administração do Porto de Lisboa, a Galp, o Grupo Luís Simões, o Millennium bcp e a Portway receberam os participantes do 2º e do 3º PDE – Programa de Direcção de Empresas de Luanda, no dia 8 de outubro. As visitas dos dirigentes angolanos realizaram-se no âmbito da semana internacional dos participantes da ASM na AESE em Lisboa, que decorreu de 7 a 11 de outubro. “3 meses depois” de José Bento, Diretor de Recursos Humanos do BDA ter começado o PDE, comentou: “não sou a mesma pes-soa: bebi muita experiência de várias áreas. Este programa dá-me a possibilidade de perceber temas que se encontram fora da minha zona de conforto, como marketing, planeamento, finanças. Sinto-me mais preparado para outros desa-fios. Este programa dá maior con-

sistência sobre os aspetos de liderança e empowerment na par-tilha de responsabilidades.” Mireya Itembo, empresária em nome individual na área de comér-cio e prestação de serviços, decidiu fazer o PDE, por recomendação do marido, Alumnus do PADE da ASM, e ainda “pelo grau de importância e maturidade que já tem o programa em Angola.” Decorridas seis sema-nas do programa, considera existir um “antes e um depois”, porque na interação com os colegas e profes-sores “consegue-se ter uma visão global daquilo que é necessário para que uma organização cresça de forma promissora”. O programa “mudou a minha maneira de pensar em relação à gestão dos empre-gados numa organização e à definição das tarefas e trabalhos - incluindo o que eu posso e sei fazer e o que eu não posso e não

2 CAESE novembro 2013

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Semana internacional traz dirigentes angolanos à AESE

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A semana da Angola School of Management em Lisboa, decorreu de 7 a 11 de outubro

Lisboa, de 7 a 11 de outubro de 2013

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sei fazer para terciarizar e incrementar a qualidade e eficiên-cia na minha empresa.” A semana em Portugal foi muito intensiva: “os professores têm um nível muito elevado de conhecimento e focam- -se muito na nossa realidade”. O PDE da ASM terminará no dia 7 de dezembro.

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3 CAESE novembro 2013

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Antonino Vaccaro, Diretor do Cen-ter for Business in Society do IESE, foi o convidado pela Cátedra AESE- -EDP para falar sobre a "Ética na cadeia de produção". A confe-rência decorreu a 16 de outubro, na AESE, em Lisboa. A cadeia de produção é, para o Professor, a parte central da vida de uma empresa. "Quando uma or-ganização tem problemas sérios nesta área, pode ter de arcar com consequências graves a nível com-petitivo." Contemplar a ética na cadeia de produção, pressupõe uma atitude proativa e continuada de melhoria, aumentando o impacte social e também criando mais vantagem económica. "O efeito positivo da

crise é o de aumentar a sensibi-lidade ética dos consumidores. O dirigente deve olhar atentamente para o contributo social das empre-sas e fazer uma reengenharia da cadeia produtiva", em prol de um impacte social e económico positi-vos para as organizações. A próxima sessão do ciclo da Cátedra AESE – EDP de Ética na empresa e na sociedade será sobre “Ética nos processos de reestru-turação”, com o Prof. José Luis Illueca, do IESE, no dia 13 de novembro, em Lisboa.

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Aumentar o impacte social e económico na cadeia de produção

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4 CAESE novembro 2013

Com o Prof. Antonino Vaccaro, do IESE

Lisboa, 16 de outubro de 2013

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O 16º “Global CEO Survey” da PwC foi apresentado por António Brochado Correia, Partner da PwC, a dirigentes e executivos. A sessão, integrada no programa de conti-nuidade do Agrupamento de Alumni da AESE, realizou-se nesta, em Lisboa, no dia 17 de outubro de 2013. O debate gerou-se em torno do modo como as empresas estão a encarar os seus atuais desafios, quais as soluções que estão a adotar e as previsões do mercado no futuro. A amostra dos CEO portugueses inquiridos permite estabelecer uma comparação entre os dados recolhidos globalmente e as convicções dos CEO nacionais. A gestão criteriosa das oportu-nidades, tão necessária à susten-tabilidade da economia portuguesa, depende, segundo o estudo da definição de estratégias de longo

prazo, de um bom plano de curto prazo. Para António Correia, importa “avaliar bem as oportuni-dades nos mercados existentes” e conhecer bem os clientes fideliza-dos e as características dos poten-ciais. Para isso, os CEO reconhecem haver um caminho a percorrer em matéria de melhoria da eficiência operacional, do alinhamento dos processos e da estrutura organiza-cional. A confiança é identificada no Global CEO Survey como um elemento chave neste processo, em que a gestão passa a ser feita por princípios em vez de regras, comprometendo os profissionais numa responsabilidade pessoal de fazer o correto. As relações inter-pessoais e as capacidades de comunicação e de negociação fo-ram apontadas como mais valias a estimular no seio das empresas a operar em Portugal.

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Portugal, o mercado e o mundo

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5 CAESE novembro 2013

O olhar dos CEO portugueses

Lisboa, 17 de outubro de 2013

António Brochado Correia, PwC

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Após a intervenção do orador principal, Alexandre Portugal (33º PADE) testemunhou a sua experiência enquanto Membro da Administração da COBA, uma média empresa de projeto da área das infraestruturas e construção. “Do ponto de vista técnico, temos gente com conhecimento.” É a nível das soft skills que se sente neces-sidade de um maior investimento. Pedro Seabra (31º PADE), Adminis-trador da Viatecla, defendeu que a preparação das soft skills é comple-tamente diferente do que há uns anos atrás. “Cada mercado é particular” e defende que “se ainda hoje é extremamente difícil vender um produto ou serviço português em Portugal, quanto mais no estrangeiro.”

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6 CAESE novembro 2013

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Os objetivos estratégicos da AESE foram colocados em cima da mesa de trabalho do Conselho Geral da Escola, que se reuniu a 12 de outubro, em Lisboa. Como equilibrar a diversificação e a focalização nos programas da

AESE?; como estreitar cada vez mais a relação com os CEO e cor-responder aos Alumni e às Empre-sas Patrocinadoras, de acordo com as necessidades e expecta-tivas do momento, foram algumas das questões debatidas a pensar numa escola de negócios pioneira.

O Conselho Geral é constituído por várias personalidades do mundo académico e empresarial, o que revela a importância dada pela Escola à ligação com o mundo das empresas e a atenção dada às questões que estão na ordem do dia para dirigentes e empresários.

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Formar dirigentes no presente para empresas de futuro

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7 CAESE novembro 2013

Reunião do Conselho Geral da AESE

Pedro Pimentel (AESE), José Silva Rodrigues (AESE), Raul Diniz (AESE), Ana Paula Carvalho (Pfizer), Jon Velasco (HUF Portuguesa), Suzana Toscano (Presidência da República), Adelino Santos, Maria de Fátima Carioca (AESE), Luís Cabral (AESE e Universidade de Nova Iorque), Ana Moutela (Zara Portugal), José Maria Wanassi (ASM), José Ramalho Fontes (AESE) e Rui Semedo (Banco Popular)

Lisboa, 12 de outubro de 2013

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Com o início do ano letivo, a AESE deu início a três novos programas, em áreas distintas. O Executive LL.M, dirigido a advogados e juristas, arrancou com participantes, detentores de uma experiência média de dezassete anos na sua atividade profissional. A frequência do programa, pre-tende desenvolver os seus conheci-mentos nas áreas da gestão, da economia e do direito dos negócios. O programa teve início a 7 de outubro, na AESE, em Lisboa, e terminará a 28 de julho de 2014. Cerca de vinte empresários e dirigentes de empresas e organizações do setor da Economia do Mar optaram por aperfeiçoar as suas competências em gestão, durante treze semanas. O programa Gestão Avançada da Economia do Mar, em sessões específicas, visa o mapeamento

dos diversos setores e subsetores de atividade, como obter financia-mento para projetos da Economia do Mar, perceber o valor da Economia do Mar em Portugal e na Europa e o quadro normativo em vigor, entre outros temas impor-tantes para fazer negócio. O GMP – General Management Program que começou a 15 de outubro, reuniu dirigentes do norte e do sul, com uma média etária de 40 anos. Para adequar o programa ao ritmo profissional destes empresários e gestores, o GMP tem sessões de três em três semanas.

Ao concluírem os programas, os participantes adquirem a condição de Alumni da AESE, que lhes permite estabelecer uma rede de contactos entre si e destes com a Escola.

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Estas são as mais recentes apos-tas da AESE, uma Business School atenta às necessidades dos líderes empresariais.

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Novos programas na AESE

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8 CAESE novembro 2013

Ano letivo 2013/2014

Manuel Angel Lopez (Universidade de Navarra) e António Gaspar (Diretor do Executive LL.M da AESE).

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A 4ª edição do Torneio de Golfe dos Alumni da AESE realizou-se no dia 5 de outubro, no Belas Clube de Campo, uma iniciativa do Agru-pamento de Alumni da AESE, em colaboração com os Alumni do IESE. O convívio animado entre Alumni da AESE, colaboradores e clientes das entidades patrocinadoras fluiu especialmente bem para os vencedores: 1º lugar Gross | Rui Almeida 2º lugar Gross | Mário M. Pinto Longest Drive | Rui Almeida Nearest the pin | Hernâni Bento 1º lugar Net | Carlos Andrade 2º lugar Net | Emílio Fernandes 3º lugar Net | José G. Roberto Senhora mais bem classificada | Olga Caixinha Taça AESE | Mário M. Pinto, vence-dor pelo 3º ano consecutivo.

Na Clínica de Golfe, destacaram-se os seguintes premiados: 1º lugar | João Fernandes 2º lugar | Rui Santos 3º lugar | José Luís Simões Prémio Júnior | Frederica Santos.

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4º Torneio de Golfe dos Alumni da AESE

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9 CAESE novembro 2013

Com o patrocínio do Barclays e da Konica-Minolta

Da esquerda para a direita, Emílio Fernandes (36º PADE) e Mário Marques Pinto (1º PADE)

Belas Clube de Campo, 5 de outubro de 2013

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Não fosse Jesus de Nazaré judeu e, decerto, os Evangelhos não seriam tão ricos de termos empre-sariais, sobretudo nas suas pará-bolas: são episódios que nos falam, invariavelmente, de compras e ven-das, de juros e interesses, de frutos e salários, etc. De certo modo, mesmo sem enveredar por uma linha excessivamente mercantilista na exegese do texto sagrado, poder-se-ia dizer que toda a dou-trina cristã se resume num manda-mento do Senhor: negociai até que eu venha! (cf. Lc 19, 13). A vida é um negócio porque, como ensina o Livro do Génesis e São Josemaria Escrivá de Balaguer gostava de recordar, o homem foi feito para trabalhar (cf. Gn 2, 15). O negócio é, até etimologicamente, o contrário do ócio, entendido como a culpável omissão de quem, por preguiça e maldade, não põe a render, ao serviço de Deus e da

comunidade, os seus talentos (cf. Mt 25, 26). Se toda a vida é, com efeito, um negócio, há contudo um produto que sobressai em relação a todos os outros: a salvação. Não em vão, a parte da teologia que estuda os meios a recorrer para garantir a felicidade eterna é, precisamente, a economia da salvação. Nesta em-presa multinacional, que é a Igreja, cada qual tem que gerir a sua vida em ordem ao grande negócio: a santidade, porque, com efeito, de que serve ganhar o mundo inteiro se, depois, se perder para sem-pre?! (cf. Lc 12. 16-21). Dois dias dão o mote a este mês de novembro. No primeiro, a Igreja celebra festivamente todos os san-tos, ou seja, todos os empresários de sucesso, que triunfaram no ne-gócio da eternidade. No dia 2, são recordados os que, tendo acertado

10 CAESE novembro 2013

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Negócio

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Boletim da Capelania

Novembro de 2013

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no rumo a seguir, são ainda, pelo seu pouco amor a Deus e ao próximo, devedores ao banco da misericórdia divina e, por isso, ca-recem dos nossos sufrágios. Que as nossas orações de ação de graças aos santos e de petição pelas almas do Purgatório nos ani-mem a viver com intensidade cristã este último mês do Ano da Fé. P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Edições anteriores: Tempo de sonhar julho de 2013 Como eliminar um valor junho de 2013 Maio maio de 2013 Um novo estilo abril de 2013 Novo Papa março de 2013 Este novo mundo fevereiro de 2013

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11 CAESE novembro 2013

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Evento A Direção responsável Lisboa, 27 de novembro de 2013 › Saiba mais >

Seminário Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 25 de novembro, 2, 9 e 16 de dezembro de 2013 Saiba mais >

Sessão de continuidade Responsabilidade familiar corporativa Porto Palácio Congress Hotel, 20 de novembro de 2013 Saiba mais >

Sessão de Continuidade A agenda do Diretor Geral Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 7 de novembro de 2013 Saiba mais >

Evento 4º Concurso de Casos da AESE 30 de novembro de 2013 Saiba mais >

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AGENDA

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12 CAESE novembro 2013

Seminário

Sessões de Continuidade

Cátedra AESE-EDP “Ética na empresa e na sociedade” Ética nos processos de reestruturação Lisboa, 13 de novembro de 2013 › Saiba mais >

Eventos

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Fernando Braz (38º PDE) é o novo Diretor Comercial da SAS Portugal. Nuno Ascensão, (31º PADE), sócio fundador da Ábaco, a melhor agência Remax da Europa, recebe prémio pelo seu modelo de negó-cio, num universo de 1500 agên-cias. .

Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni. Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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13 CAESE novembro 2013

João Brás Jorge (30º PADE) foi nomeado presidente do BCP na Polónia, sucedendo ao histórico fundador Boguslaw Kott. .

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"Governos precisam de open innovation" Entrevista a Henry Chesbrough In Exame- 01-11-2013 Corte das pensões: PSD e CDS querem limite mínimo de 600€ para corte nas pensões In ETV- 31-10-2013 Intervenção do Prof. Jorge Ribeirinho Machado 00:12:00 – 00:14:19 00:23:00 – 00:27:00 Rui Freire é o novo responsável pela divisão... In OJE- 22-10-2013 Agenda In Voz do Campo- 01-09-2013 Clientes "de olho" nas promoções | iOnline In i Online- 21-10-2013

AESE nos Media

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De 19 de outubro a 1 de novembro de 2013

14 CAESE novembro 2013

Compras online. Clientes mudam de hábitos para poupar tempo e dinheiro In i- 21-10-2013 Ricos mas pobres In Público- 19-10-2013 Saúde por telecomando In Invest- 01-10-2013

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PANORAMA

Twitter: o progressismo de alguns, intimida os outros? A opinião predominante no Twitter não é o que a maioria da socie-dade pensa: aquela inclina-se mais para a esquerda e para a crítica. É o que mostra um estudo do Pew Research Institute, depois de comparar, durante um ano, as reações nesta rede social com as opiniões expressas nos inquéritos perante oito grandes aconteci-mentos da vida política dos Estados Unidos. O estudo “Twitter Reaction to Events Often at Odds with Overall Public Opinion” (Amy Mitchell e Paul Hitlin; 4.3.2013) do Pew, conclui que “as reações no Twitter a importantes acontecimentos e

decisões políticas diferem muitas vezes bastante do sentir da opi-nião pública nos inquéritos”. A divergência assenta em que “por vezes, o Twitter é mais progres-sista do que o expresso nas res-postas dos inquéritos, e noutras é mais conservador. Normalmente, o que destacam são os comen-tários negativos”. A julgar pela conclusão do Pew – aquilo que têm repetido de forma assética muitos meios de comuni-cação –, parece que a falta de coincidência se desenvolve bem, porque os twitteiros passam ao lado das classificações de pro-gressistas e de conservadores. No

entanto, os mesmos casos anali-sados pelo Pew desmentem essa conclusão tão neutral: na reali-dade, a opinião predominante no Twitter é a progressista, e é esta a que com mais frequência não coincide com a dos inquéritos. Em quatro dos oito acontecimen-tos analisados pelo Pew, a reação no Twitter foi mais inclinada para posições progressistas do que a média nacional. Só em dois hou-ve, nesta rede social, uma in-clinação para posições conserva-doras. E, nos outros dois casos, as respostas no Twitter e nos inquéritos foram similares.

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15 CAESE novembro 2013

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Por exemplo, quando Obama foi reeleito em novembro de 2012, um inquérito realizado nos dias seguintes mostrava uma divisão de opiniões ajustada: 52% decla-ravam-se “contentes” com a sua vitória, contra 45% de “desconten-tes”, coerente com o ocorrido nas urnas. Mas, no Twitter, os comen-tários a favor de Obama alcan-çaram os 77%, contra 23%. O Twitter também foi mais positivo com a sentença de um tribunal federal que, em fevereiro de 2012, declarou inconstitucional a lei da Califórnia, a qual reconhecia so-mente o casamento entre homem e mulher na Constituição estadual. 46% aplaudiram a decisão contra 8%. Estes resultados contrastam com os de um inquérito do Pew, onde 33% se mostram a favor contra 44% de críticos. Sobre esta

temática, o Supremo Tribunal dos EUA (em junho de 2012) não deu seguimento à contestação da decisão do tribunal federal. Os dois casos onde a reação do Twitter foi mais conservadora do que a do sentir dos inquéritos são: o discurso de Obama sobre o Estado da Nação pronunciado em janeiro de 2012 e o de investidura no seu segundo mandato. Os dois casos em que as respostas do Twitter e as dos inquéritos foram semelhantes: a decisão do Supre-mo Tribunal sobre a reforma da saúde e a designação de Paul Ryan como companheiro eleitoral (para vice-presidente dos EUA) do candidato presidencial republicano Mitt Romney. Outra conclusão interessante é que as reações no Twitter se

inclinam mais para a crítica do que para o elogio. Isto observou- -se, por exemplo, no acompanha-mento da campanha presidencial norte-americana: tanto Obama como Romney receberam mais comentários negativos nessa rede social do que nos inquéritos. No Twitter, o candidato republicano foi criticado especialmente entre setembro e novembro de 2012. O estudo do Pew cita três razões para explicar o desajustamento que acontece entre o que é expresso no Twitter e as opiniões dos inquéritos. A primeira é demo-gráfica: somente 13% dos adultos norte-americanos utilizam essa rede social, e apenas 3% deles twitteia de forma habitual ou, às vezes, sobre notícias de atuali-dade. Além disso, acrescenta o Pew, os utentes desta rede social

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16 CAESE novembro 2013

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tendem a ser mais jovens e – agora isso é dito com clareza – de esquerda. A segunda razão é a amostragem: as conversas no Twitter podem incluir os não votantes: menores de 18 anos e estrangeiros. E a terceira tem que ver com os grupos opinantes: nem todos os que twitteiam sobre política se pronunciam sobre cada aconte-cimento político. Graças às eti-quetas (hashtags), o Pew pôde identificar que muitos dos que se pronunciavam sobre a Proposta 8 da Califórnia não eram os mesmos que twitteavam sobre o discurso de investidura de Obama ou sobre a designação de Ryan.

Isto é o que refere o estudo. Mas pode-se avançar com uma hipótese para explicar porque na rede do pássaro domina a opinião crítica e progressista: o mecanismo de funcionamento do Twitter inclui vários ingredientes que podem desencadear a dinâmica da “espiral do silêncio” que Elisabeth Noelle-Neuman descreveu (“La espiral del silencio. Opinión pública: nuestra piel social”. Paidós, Barcelona, 1995). Ver resenha em http://www.aceprensa.com/articles/la-espiral-del-silencio-opini-n-p-blica-nuestra-pi/. Segundo esta autora, as pessoas procuram evitar o isolamento

quando existe uma controvérsia de valores. Nestes debates, os que estão convencidos de que os seus pontos de vista são popu-lares expressam-se abertamente e defendem-nos com entusiasmo, enquanto que os defensores da posição contrária tendem a retirar--se e a calar-se. Esta inibição faz com que a opinião objeto de apoio explícito pareça mais forte do que realmente é, e a outra mais fraca.

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17 CAESE novembro 2013 »»

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Assim descreve Noelle-Neuman o desenlace desta dinâmica: “As observações realizadas em deter-minados contextos estenderam-se a outros e incitaram as pessoas a proclamar as suas opiniões ou a ‘engoli-las’ e a manterem-se em silêncio até que, num processo em espiral, um ponto de vista veio a dominar o espaço público e, o outro, desapareceu da consciên-cia pública ao silenciar os seus partidários”. Esta “espiral do silêncio”, que se desencadeia na vida offline quando há polémicas sobre valo-

res, encontra um terreno fértil no Twitter, a rede social por exce-lência que convida a tomar partido em debates controversos: aqueles que são tendência a cada momento. Além disso, o meca-nismo de recompensa do Twitter (retuits, menções e favoritos) pode levar a que algumas pessoas não expressem as suas verdadeiras ideias por medo de virem a perder seguidores. É verdade que no Twitter nunca faltam pássaros cujas grosserias – progressistas ou conservadoras – lhes fazem ganhar ainda mais

seguidores, sejam admiradores ou inimigos. Mas nada exclui que a dinâmica descrita por Noelle- -Neuman possa alimentar os utentes inseguros: evitar o isola-mento é uma necessidade pre-mente numa comunidade que se alimenta da aceitação.

J.M.

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18 CAESE novembro 2013 »»

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PANORAMA

Evelyn Billings, pioneira da regulação natural da natalidade Em 16 de fevereiro, morreu a australiana Evelyn Billings, pio-neira dos métodos naturais de planeamento familiar, juntamente com o seu marido John (falecido em 2007). O Dr. Billings desen-volveu um método de regulação natural da natalidade baseado na observação do colo do útero, que permite à mulher determinar quando é ou não fértil. Os Billings percorreram o mundo durante mais de meio século, difundindo este método que foi adotado por milhões de casais. John levou a cabo atividades de assessoria a casais desde 1953.

John e Evelyn publicaram The Billings Method, traduzido para 22 idiomas e reimpresso 16 vezes, a última em 2011. Profundamente católicos, foram amigos pessoais de três Papas e obtiveram honras académicas em numerosos paí-ses. Como recorda Antonella Mariani num artigo “Addio a Evelyn Billings. La natura del «metodo»” publicado em “Avvenire” (21.2.2013), o casal Billings in-sistia em que não eram “inventores” do seu método: “Foi Deus quem o fez, criando a mulher de um modo que inclui também o método. Procurámos

compreender melhor o plano de Deus”, afirmaram em 2001 numa entrevista. O método Billings baseia-se na observação dos sinais que acom-panham o momento mais fértil do ciclo feminino, através de uma educação que fomenta a respon-sabilidade, a liberdade e o respei-to mútuo nas relações conjugais. Este método foi também a base de outros métodos naturais, que constituem uma alternativa à men-talidade da anticonceção artificial. Com este método, segundo o Dr. Billings, “fomenta-se um melhor entendimento e uma cooperação estreita entre marido e mulher, e o

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19 CAESE novembro 2013

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casal une-se mais; o marido agradece a participação nas decisões que afetam os filhos e pode dizer-se verdadeiramente que a responsabilidade é parti-lhada”. O método Billings é utilizado não só para espaçar as gravidezes, como, cada vez mais, para propiciar a chegada de um filho. Os métodos naturais estão tam-bém a ser aplicados com sucesso no combate à esterilidade. Kevin Hume, secretário da Woomb Internacional, organização cujo objetivo é a promoção do método Billings, afirmou sobre a regulação natural da fertilidade em países com escassa alfabetização: “Na Woomb, educamos a mulher na sua própria fertilidade. E também impulsionamos o seu desenvolvi-mento. Uma vez que a mulher

reconhece a sua fertilidade, cres-ce a sua autoestima e também o controlo sobre o seu próprio corpo”. Lorenzo Schoepflin num artigo “Evelyn Billings, un’esistenza per la vita” publicado em “La Nuova Bussola Quotidiana” (23.2.2013), destaca que o enorme legado do casal Billings não tem fronteiras. A Índia e a China acolheram favora-velmente este método para a regulação da fertilidade. A Madre Teresa de Calcutá conseguiu que, durante a campanha de esterili-zação forçada fomentada pelo governo indiano nos anos setenta, tenham ficado isentos dessa im-posição os que dessem provas de praticar este método de planea-mento natural. Na China, em 1986, os Billings foram convida-dos a participar em programas de

formação empreendidos pela Comissão Estatal de Planeamento Familiar. O casal Billings deu formação a milhares de profes-sores de métodos naturais. Evelyn, membro do Conselho Pontifício para a Vida, apoiou-se na sua fé em Deus e na família. Ela e John tiveram 9 filhos, 39 netos e 31 bisnetos. O elevado número de filhos valeu-lhes por vezes certas ironias, mas Evelyn respondia que tinham sempre querido ter uma família grande. Nos países desenvolvidos, as vantagens do recurso à regulação natural da natalidade parecem ser melhor compreendidas pelas mulheres com maiores níveis de ensino. É o que se depreende, no caso dos EUA, de novos dados proporcionados pelo Centro

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Nacional de Estatísticas de Saúde, baseados em entrevistas com 12.000 mulheres sexual-mente ativas de 2006 a 2012, a que se refere o “The New York Times” (14.2.2013). Segundo este estudo (“Contra-ceptive Methods Women Have Ever Used: United States, 1982- -2010”), o ensino influi no tipo de método anticoncecional utilizado. 40% das mulheres que não concluíram o ensino secundário, escolheram o método mais radical, a esterilização, algo que somente fizeram 10% das mulheres com título universitário. 36% das que não concluíram o secundário, usaram mais os anticoncecionais injetáveis, como o Depo-Provera, algo que fizeram

apenas 13% das mulheres com título universitário. A abstinência periódica baseada no ciclo menstrual é uma conduta mais habitual nas mulheres que têm maiores níveis de ensino. Cerca de 28% das que obtiveram uma licenciatura ou uma pós- -graduação, recorrem à regulação natural da natalidade, contra 13% das que não terminaram o secundário. Realce-se que esta investigação inclui a regulação natural da natalidade dentro dos métodos anticoncecionais, embo-ra também possa ser utilizada de modo a detetar o melhor momento para a conceção. O recurso mais habitual aos métodos naturais das mulheres

com título universitário pode refletir o seu melhor conhecimento dos riscos dos anticoncecionais orais, a sua maior inclinação a adaptar-se aos ritmos naturais e a sua maior capacidade para entender o funcionamento destes métodos. Entre os diversos métodos anticoncecionais, a pílula do dia seguinte foi utilizada por 11% das mulheres inquiridas. Isto significou um aumento de 4% em relação a 2002. 12% das licenciadas disse-ram que tinham usado a anti-conceção de emergência, contra 7% das que só têm o ensino secundário.

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PANORAMA

A transparência não chega às escolas As famílias têm direito a saber se a escola que escolhem, passa ou não nos critérios de avaliação. “Transparência” é o novo lema na esfera pública. O cidadão tem direito a saber, desde a fortuna dos políticos aos contratos com a Administração. Tem de se saber em que é gasto o dinheiro dos contribuintes e com que resulta-dos. Já está comprovado que o secretismo e o silêncio administra-tivo são terreno fértil para a corrupção e as más práticas. Neste clima surpreende que o setor escolar seja tão opaco. (…) Nos âmbitos internacionais da avaliação escolar sopram outros

ares, como se adverte no docu-mento da OCDE sobre este as-sunto (“Synergies for Better Lear-ning. An International Perspective on Evaluation and Assessment”). Aí a avaliação junta-se à publica-ção dos resultados e a uma exi-gência de responsabilidade dos agentes escolares: “Há crescente tendência para a informação públi-ca, incluindo a publicação dos re-sultados de avaliações padroni-zadas dos alunos no âmbito esco-lar para uso dos pais, das autori-dades educativas, dos meios de comunicação e de outros interes-sados; a publicação dos relatórios da inspeção educativa, os relató-rios anuais da escola, e de rela-tórios de conjunto do sistema que avaliem o estado do ensino”.

Além disso, as avaliações estão ligadas a uma exigência de responsabilidade. “Podem servir”, diz também o documento, “como um instrumento para a respon-sabilidade dos agentes escolares quando os resultados da avalia-ção se encontram ligados a promoções na carreira ou a melhorias salariais, prémios, san-ções, ou simplesmente para infor-mar os pais sobre sistemas baseados na escolha de escola”. Com estas avaliações, “trata-se de criar incentivos para melhorar o rendimento e identificar escolas e agentes escolares de baixo rendimento”. (…)

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22 CAESE novembro 2013

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PANORAMA

“As Serviçais” “The help” Realizador: Tate Taylor Atores: Viola Davis, Octavia Spencer, Jessica Chastain Duração: 146 min. Ano: 2011 A ação do filme decorre nos anos 60 numa pequena cidade do Mississípi, no sul dos EUA. A história descreve e acompanha a vida de algumas criadas negras que trabalham para as famílias brancas. As suas tarefas vão desde cuidar das crianças até às lides domésticas. O tema do filme não se esgota na questão do

“racismo", abrindo-se ao campo das relações pessoais. De facto, faz um retrato profundo da natureza humana, das suas facetas mais sublimes e elevadas, até às mais mesquinhas e miseráveis. Tudo começa quando uma jovem rapariga branca resolve escrever um livro sobre a vida das criadas. Sabe que é arriscado, mas encontra apoio numa empregada que aceita relatar na primeira pessoa a sua experiência. As duas lançam-se corajosamente à ação. Têm consciência de que estão a ir contra a mentalidade

vigente. Vencem o temor, pois sentem que podem alterar o rumo de tantas injustiças. São empreen-dedoras. Aproveitam as circuns-tâncias e criam oportunidades para agir e dizer a verdade. Isso liberta-as de constrangimentos e encoraja outras a segui-las. Ganham um sentido novo para o que fazem e esse projeto desen-volve-lhes novas capacidades e proporciona-lhes as ocasiões de concretizarem mais iniciativas, que apesar de sonhadas, só depois dessa coragem vivida se executam.

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23 CAESE novembro 2013

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Este filme ganhou vários prémios e óscares, absolutamente mere-cidos, pois interpela o espectador ao questionar o sentido e impacto das suas ações em si mesmo e nos outros. Tópicos de análise: 1. A coragem é inventiva e

desenvolve capacidades ador-mecidas.

2. A valentia de uma pessoa

atrai outros a segui-la no seu projecto.

3. A persistência na luta por uma

causa justa valoriza essa iniciativa.

Paulo Miguel Martins

Professor da AESE

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24 CAESE novembro 2013

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DOCUMENTAÇÃO

O futuro energético: mais carvão e mais petróleo Os EUA estão a caminho da suficiência energética, segundo o relatório “World Energy Outlook 2013” da Agência Internacional da Energia (AIE), que calcula, para o ano de 2030, uma procura ener-gética nesse país satisfeita pelos seus próprios recursos. De facto, além da possibilidade de evitar importações de crude de países árabes e de recuperar o seu primeiro lugar como produtor de petróleo, perdido há dez anos, os EUA ultrapassarão também a Rússia na produção de gás em 2015.

Isto pressupõe uma mudança importante no panorama energé-tico: enfraquecerá o predomínio da OPEP e os EUA contribuirão em grande parte para satisfazer o aumento das necessidades dos países em desenvolvimento. Con-cretamente, a AIE prevê que de agora até 2035, a procura total de energia subirá entre 30% e 45%, e mais de metade (60%) desse aumento corresponderá à Índia, à China – o maior consumidor de energia atualmente – e ao Médio Oriente.

Afloram o petróleo e o gás O aumento da produção norte- -americana, junto com políticas de eficiência energética adotadas no país, explicam a mudança de ten-dência. A possibilidade de obter gás de xisto, graças a métodos mais eficazes de exploração e extração, permitiu explorar jazigos antes não conhecidos ou não rentáveis. A maior quantidade de gás causou uma queda importante dos preços da energia e possi-bilitou exportar excedentes.

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A mesma tecnologia de explora-ção começou a ser aplicada para extrair petróleo, com o que se espera um embaratecimento simi-lar dos preços do crude. No entanto, a melhor exploração dos seus recursos não basta para explicar a situação preponderante que os EUA vão adquirir. Também têm influência as medidas de efi-ciência energética nos transpor-tes, na indústria ou nos usos domésticos. O futuro, não tão verde nem sustentável Embora exista um certo avanço no uso de fontes de energia lim-

pas, o relatório adverte que ainda se está longe de alcançar a sustentabilidade. Desta forma, por exemplo, a procura de carvão decresce nos EUA, mas não acontece o mesmo com a produ-ção, que é exportada sobretudo para a Europa, China ou Índia, onde o preço das energias alternativas é maior. O carvão, mais poluente que os outros combustíveis fósseis, cobriu qua-se todo o aumento de procura de energia nos últimos anos e o seu uso cresceu mais rapidamente do que o conjunto das energias renováveis. A AIE prognostica que, em 2017, o consumo de carvão irá ultrapassar

o de petróleo e converter-se-á na primeira fonte mundial de energia. Dentro de dez anos, a China e a Índia serão os maiores impor-tadores e consumidores de car-vão. Pelo contrário, o relatório prevê que recuará a energia nuclear, em grande parte como consequência das mudanças de política ado-tadas pelo Japão e outros países, causadas pelo acidente na central de Fukushima.

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DOCUMENTAÇÃO

Alemanha: a dispendiosa renúncia à energia nuclear A Angela Merkel poderá sair caro o plano que empreendeu para substituir gradualmente a eletrici-dade de origem nuclear pela de fontes renováveis. A Alemanha pretende prescindir por completo da primeira em 2022 e aumentar a segunda, para 80% do total, no ano de 2050. Os alemães inter-rogam-se se valerá a pena a renúncia da energia nuclear à custa do seu bolso. Conhecido na Alemanha como o Energiewende, este plano de transformação da energia não é uma invenção de Merkel. Na realidade, a chanceler decidiu restaurar um plano anterior ado-

tado em 2002 pela coligação de sociais-democratas e ecologistas, e interrompido, em 2010, pelo governo de democratas-cristãos e liberais. O plano original estabelecia o encerramento definitivo da energia nuclear em 2022, mas o governo de Merkel dilatou, até 2036, o fecho da última central. Foi em virtude do acidente na central japonesa de Fukushima, por cau-sa do terramoto e do tsunami de 2011, que a chanceler alemã mudou de política e decidiu acele-rar o processo. Nessa mesma altura (março de 2011), o governo fechou sete centrais.

Limpa sim, mas não barata A mudança de energia não vai sair barata. Refere Melissa Eddy no “The New York Times” (16.10.2012), que as quatro princi-pais empresas de eletricidade da Alemanha estimam, para o finan-ciamento da substituição, um aumento de mais 60 euros na fatura elétrica do lar médio de três pessoas. Estas estimativas, afirma Eddy, abriram um debate no país: quanto se pode gastar para ter energia limpa e quem deveria entrar com o dinheiro?

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A pergunta ainda é mais pertinen-te se se tiver em conta que os alemães são dos que mais gastam com a eletricidade na Europa, em torno de 25 cêntimos de euro o quilowatt-hora. Em França, onde as centrais nuclea-res fornecem 78% da energia, os utentes pagam 14 cêntimos. Em Espanha, o preço médio é de 19 cêntimos. Além da eletricidade, os alemães pagam uma sobretaxa nos seus recibos de eletricidade para boni-ficar as empresas de energia renovável, desde a energia solar à

eólica. Este ano subiu de 3,6 para 5,3 cêntimos por quilowatt-hora. Essa sobretaxa implicou muitos benefícios para as renováveis: em 2011, gerou-lhes ganhos de 17.000 milhões de euros, sendo espectáveis, no ano em curso, uns 25.000 milhões. Se Merkel quer converter a Alemanha numa primeira potência verde parece que vai por bom caminho. Mas terá de avaliar até que preço os utentes estão dispostos a pagar: desde 2009, a sobretaxa multi-plicou-se por mais de quatro.

Em novembro de 2012, Merkel afirmou que “os alemães podem estar certos de que estamos dispostos a implementar o plano sobre a mudança de energia”, numa cimeira realizada em Berlim. Nela, Merkel reuniu-se com os presidentes dos 16 estados federados alemães para imple-mentar de forma coordenada a reforma energética. Também de-bateram um plano para ampliar a rede de fornecimento elétrico.

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O Japão regressa à energia nuclear Mudança de planos. Após a catástrofe de Fukushima, a políti-ca energética japonesa centrou-se em abandonar a energia nuclear. As cinquenta centrais nucleares existentes, que produziam cerca de 30% da eletricidade do país, foram quase todas fechadas e agora funcionam somente duas. O anterior governo do Partido Democrático decidiu que, em 2030, se eliminaria totalmente a energia nuclear. Mas o novo governo de Shinzo Abe, do Partido Liberal Demo-crático, decidiu revogar a medida e fez um plano para voltar a pôr em funcionamento as centrais

nucleares. Alega que “o Japão necessita de eletricidade de origem nuclear estável e barata para poder competir economi-camente”. O fecho de centrais fez aumentar os custos da geração de eletricidade e obrigou a importar mais combustíveis fósseis. Ora, a reabertura de centrais estará condicionada ao cumpri-mento de medidas de segurança mais estritas. Entraram em vigor em julho, custando a sua implan-tação o equivalente a 11.000 milhões de dólares. Haverá para as controlar, um novo organismo regulador, independente da indús-tria e do governo. Com a nova

regulamentação, irão fechar e ser desmanteladas várias centrais por se encontrarem em zonas de risco sísmico. Em outubro do ano pas-sado, a empresa de eletricidade TEPCO, que explorava a central de Fukushima, reconheceu que estava consciente de que podia produzir-se uma catástrofe em caso de tsunami ou de terramoto; mas não o tornou público, nem reforçou a segurança com medo de que a opinião pública ou uma ação judicial nos tribunais pedis-sem o fecho da central.

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Apesar da mudança de planos, o governo de Abe comprometeu-se a continuar a promover energias limpas para reduzir a dependência da energia nuclear e a ainda maior dos combustíveis fósseis. Por outro lado, a OMS adverte, num relatório publicado, que aumentou a prevalência de cancro na população vizinha de Fukushima e, sobretudo, nas pessoas que se encarregaram dos trabalhos de estabilização da

central após o acidente. No entanto, não se julga que a radiação que escapou da central provoque abortos, malformações físicas ou deficiências mentais em crianças nascidas depois do acidente. Tão-pouco se considera em perigo a população que se encontrava a mais de 20 km da central. Os autores do estudo advertem que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas sobre os efeitos que o desastre nuclear possa ter na saúde: haverá que

continuar a observar a evolução durante muitos anos.

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O apagão nuclear sai caro O fecho de centrais nucleares na Alemanha e no Japão corres-ponde às inquietações da opinião pública, mas também encarece a eletricidade e aumenta as emis-sões de CO2. Na Alemanha, embora continuem a funcionar oito centrais nuclea-res, o fecho das outras nove nota--se já muito na fatura de eletrici-dade. A preocupação de particu-lares e empresas revelou-se pou-co na campanha para as eleições de 22 de setembro último, porque a opinião pública e os grandes partidos estão de acordo em dizer adeus à energia nuclear no ano de 2022. Mas o próximo governo terá de gerir bem uma transição energética (Energiewende) que

está a revelar-se difícil e cara, para manter o apoio ao plano. O objetivo de, em 2050, a Alemanha extrair 80% da sua eletricidade de fontes renováveis está hoje nos 22%. Mas ao mesmo tempo, devido à descida da energia nuclear, de 25% para 18%, subiu a parte correspon-dente ao carvão, de 43% para 52%. Isto contribuiu para, no ano passado, terem aumentado as emissões de CO2, apesar da ex-pansão das energias limpas. Es-tas, por sua vez, custaram 16.750 milhões de euros em subsídios, que se repercutem na fatura. Agora, a sobretaxa para financiar as renováveis, 5,3 cêntimos por

quilowatt-hora, significa 185 euros anuais, a mais, para um lar médio de três pessoas. No próximo ano haverá um aumento de 4% na fatura, aumento muito significativo num país onde a inflação se situa em 1,7% ao ano. Acusam mais a subida os lares com rendimentos baixos, como os dos pensionistas. Há organiza-ções que ajudam aqueles impossi-bilitados de pagar a fatura, para que não lhes cortem o forneci-mento de eletricidade. Também as empresas se ressen-tem. Várias centenas recebem subsídios para as compensar pela subida e, assim, evitar que per-cam competitividade. As restantes

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receiam ficar em desvantagem no mercado internacional. E o Insti-tuto de Investigação Económica, de Colónia, afirma ter detetado uma descida de investimentos industriais estrangeiros devido ao aumento dos custos energéticos. A Energiewende, além disso, exi-ge grandes investimentos em centrais de energia renovável e na rede de alta tensão. Os trabalhos estão a atrasar-se e a ultrapassar o orçamento. O Japão importa carvão, petróleo e gás Por sua vez, o Japão ficou pela primeira vez sem eletricidade de origem atómica em maio de 2012, depois de parar progressivamente todas as centrais que se mantinham ainda em serviço. Em

julho seguinte, foi autorizado o funcionamento de dois reatores, de modo a satisfazer a procura estival na região de Quioto. Mas, no dia 15 de setembro, cumpriu- -se em ambos os reatores o prazo de paragem obrigatória para a revisão periódica, a cada treze meses. O reatamento fica sujeito a condições de segurança mais estritas, aprovadas pelo governo para restaurar a energia nuclear. As empresas de eletricidade apresentaram já solicitações para voltar a pôr a funcionar doze rea-tores no total. O novo organismo regulador independente não termi-nará o respetivo exame ainda este ano e, se for dada a licença, ainda faltará a das autoridades locais, menos favoráveis que o governo à energia atómica.

A falta de energia nuclear foi suprida principalmente com as centrais térmicas, pelo que o Japão, pobre em recursos minerais, terá este ano de gastar mais 38.000 milhões de dólares do que em 2010, na sua importação de carvão, petróleo e gás natural. Isto fez elevar o défice comercial, que, em julho, alcançou 10.300 milhões de dólares. Por outro lado, as empresas de eletricidade resistem a contribuir para o fomento de energias renováveis, de acordo com o plano aprovado pelo governo no ano passado, porque lhes exige a compra da eletricidade de origem limpa a preço fixo. Daí o interesse que têm em manter as centrais.

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De qualquer forma, mesmo que anulado o plano adotado pelo governo anterior, de abandonar por completo a energia nuclear em 2030, na prática haverá pouca diferença. Nessa altura, a maioria dos reatores atuais terão esgo-tado a sua vida útil e, dos mais recentes, só cinco poderão durar até meados do século. Assim, o Japão está condenado a viver sem energia nuclear, a não ser que construa novas centrais, algo muito improvável depois de Fukushima. Os reatores agora em

construção não são mais do que três, e talvez não sejam con-cluídos. A questão é, portanto, se o fim da energia nuclear no Japão será gradual ou não, e como adaptar- -se à sua ausência. O governo e grande parte do setor empresarial querem ganhar tempo, para aliviar o custo. Segundo o diário económico “Nihon Keizai Shimbun” (abre-viado, “Nikkei”), de 3.9.2013, há

um fator que “poderia esvaziar a incipiente recuperação económica do país”: o fecho das centrais nucleares. Por causa disso, “per-de-se riqueza nacional e aumenta a carga fiscal que os cidadãos suportam”.

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33 CAESE novembro 2013

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