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1 Prof. Fabrício Ramos Ferreira Aula VII 1

06. Instrumentos de gestão ambiental - PNMA

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Prof. Fabrício Ramos FerreiraAula VII

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Conjunto de ações envolvendo políticas públicas, setor produtivo e comunidade visando o uso racional e sustentável dos recursos ambientais.

“A gestão ambiental se define como um conjunto de ações necessárias à implementação da política ambiental, ou para a manutenção de um capital ambiental suficiente para que a qualidade de vida das pessoas e o patrimônio natural sejam o mais elevados possível, dentro de um complexo sistema de relações econômicos e sociais, que condiciona esse objetivo”.

Fonte: Bursztyn adaptado de Bursztyn, 1982

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“A gestão ambiental compreende, assim, o conjunto de atividades, meios e técnicas, voltados a conservar os elementos dos ecossistemas e as relações ecológicas entre eles, especialmente quando existem alterações causados pelo Homem.”

Fonte: Fernadez –Vítora, 19973

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Ordenamento do território; Otimização do uso dos recursos; Previsão e prevenção dos impactos

ambientais; Monitoramento da capacidade de absorção

dos meios receptores; Monitoramento do estoque de recursos

ambientais;

Fonte: Bursztyn adpatado de Bursztyn, 1982 4

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Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltadas para a melhoria da qualidade ambiental:◦ tem como finalidade incentivar a adoção de novos métodos de

produção, que contribuam para reduzir os impactos negativos provocados pela atividade produtiva no meio ambiente, melhorando, por sua vez, a qualidade ambiental.

Cadastro técnico federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental:◦ É um “registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se

dedicam à consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras” (inciso I, do art. 17, da Lei 6.938/1981, com a nova redação dada pela Lei 7.804, de 1989).

Fonte: F. Neta (2006)5

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Cadastro técnico federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais:◦ tem como finalidade colocar sobre o controle e

monitoramento do IBAMA, todas as pessoas físicas ou jurídicas, “que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora” (Lei 6.938/81, alterada pela Lei 7.804/89).

Fonte: F. Neta (2006)6

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Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (SINIMA):◦ tem como objetivo “sistematizar a informação necessária

para apoiar a tomada de decisão na área de meio ambiente, permitindo a rápida recuperação e atualização, bem como o compartilhamento dos recursos informacionais e serviços disponíveis”.

◦ 2001 – transferência do SINIMA para MMA: base de dados sobre a fauna; dados sobre membros do MP, ONGs e biblioteca especializadas; aprovação da Lei 10.650/03 que dispõe sobre o acesso público

aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama;

Criação do Comitê gestor;

Fonte: F. Neta (2006)7

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Garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente:◦ esse instrumento obriga o Poder Público a produzir informações

relativas ao meio ambiente, de interesse da sociedade se estas não existirem.

◦ A Garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente, está prevista também: Agenda 21 Declaração do Rio de Janeiro Constituição, o inciso XXXIII, do art. 5º Lei 10.650/03, que trata do direito de acesso a dados e

informações existentes nos órgãos públicos pela sociedade.

Fonte: F. Neta (2006)8

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Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (RQMA):◦ tem como finalidade dotar o órgão ambiental

federal de uma ferramenta de monitoria e acompanhamento da qualidade do meio ambiente no País e de planejamento de suas ações de intervenção.

◦ O Relatório, RQMA deve ser elaborado anualmente pelo IBAMA, enquanto agência ambiental federal, e divulgado para toda a sociedade.

Fonte: F. Neta (2006)

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Avaliação de Impacto Ambiental (AIA):◦ Conceito de AIA - segundo Monosowski (1991), a AIA “estrutura

uma política ambiental, baseada, por um lado no controle das fontes poluidoras e, por outro lado, em um processo de licenciamento de atividades que possa criar algum tipo de impacto”.

Bursztyn (1994: 45), afirma que a AIA é... ◦ Um instrumento de planejamento que permite associar as

preocupações ambientais às estratégias do desenvolvimento social e econômico e se constitui num importante meio de aplicação de uma política preventiva numa perspectiva de curto, médio e longo prazos.

Fonte: F. Neta (2006)10

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A AIA permite planejar projetos não somente com base em critérios técnicos e econômicos, mas também de acordo com outros imperativos que visam o desenvolvimento sustentável.

Para Canter (1998) a AIA serve para a “identificação e valoração dos impactos (efeitos) potenciais de projetos, planos, programas ou ações normativas relativas aos componentes físico-químicos, bióticos, culturais e socioeconômicos do entorno”.

Fonte: F. Neta (2006)

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Sánchez (1993), afirma que a AIA só pode ser considerada como um instrumento eficiente de política pública quando ela desempenhar quatro diferentes papéis que são complementares entre si. São eles:

◦ instrumento de ajuda à decisão;◦ instrumento de concepção de projeto e

planejamento;◦ instrumento de negociação social, e;◦ instrumento de gestão ambiental”.

Fonte: F. Neta (2006)12

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A AIA, no Brasil, é implementada em diversas etapas, das quais a mais importante refere-se à elaboração de estudos ambientais; e o processo de tomada de decisão quanto à concessão ou não de licença ambiental para a instalação de empreendimento ou projeto.

Fonte: F. Neta (2006)

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Penalidades disciplinares ou compensatórias ao não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental:◦ tem por finalidade obrigar a adoção de medidas

corretivas e/ou de recuperação, por aqueles que provocaram danos ambientais durante a instalação e funcionamento de atividades produtivas. Esse instrumento tem como base o princípio poluidor-pagador, em que é imputado àquele que causa dano ao meio ambiente a obrigatoriedade de reparação do dano.

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Lei 6.938, de 1981, da PNMA – prevê penalidades nos artigos 4º e 14.

Lei 7.347/85 - disciplina a Ação Civil Pública – prevê sanções penais e administrativas para as infrações contra o meio ambiente.

Lei 9.605/98 - Lei de Crimes Ambientais, ou Lei da Natureza - prevê sansões penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

Decreto 3.179/99 – especifica as sanções aplicáveis às condutas lesivas ao meio ambiente.

Fonte: F. Neta (2006)15

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Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental:◦ entende-se por padrão de qualidade ambiental

“as condições limitantes da qualidade ambiental, muitas vezes expressas em termos numéricos, usualmente estabelecidos por lei e sob jurisdição específica, para a proteção da saúde e do bem-estar dos homens” (FEAM, 1991).

Fonte: F. Neta (2006)

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Existem, atualmente, diversos padrões de qualidade ambiental estabelecidos, como:

◦ balneabilidade das águas interiores e das praias;◦ qualidade do ar – estabelecem os limites de poluentes

toleráveis no meio ambiente; ◦ qualidade da água – fixa, a partir de determinados

parâmetros, a qualidade que a água deve ter para determinados usos;

◦ padrões de efluentes (líquidos) – definem quais os padrões a serem obedecidos pelas atividades poluidoras para lançamento de seus efluentes no meio ambiente;

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◦ padrões de emissão – referem-se à qualidade máxima de poluentes que é permitida lançar no ar por uma única fonte poluidora;

◦ padrões de produto e de processo – são limitações de lançamentos de poluentes – sólidos, líquidos ou gasosos – no ambiente, dados ou por unidade de produto ou a partir de processos industriais específicos; e,

◦ padrões de desempenho – são estabelecidos para um determinado poluente, que deverá ser removido ou reduzido dos efluentes lançados no ambiente (FEEMA, 1991).

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Criação de espaços territoriais, especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal (ETEP)◦ a criação de áreas protegidas ocorre por meio de ato

administrativo normativo, que é o Decreto, que deve ser baixado pelo chefe do executivo. A criação dessas áreas deve ser precedida de consulta pública a ser feita pelo órgão proponente

Zoneamento Ambiental (ZA)◦ tem como objetivo estabelecer zonas de uso restritivo nas áreas

urbanas e rurais, para fins de proteção do meio ambiente. O zoneamento é, portanto, uma espécie de limitação imposta pela administração pública ao direito de propriedade privada, por meio de critérios de uso e ocupação do solo.

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a FEEMA/RJ (1982), conceituou ZA como "a integração sistemática e interdisciplinar da análise ambiental ao planejamento dos usos do solo, com o objetivo de definir a melhor gestão dos recursos ambientais identificados”.

Para Milaré, Pereira e Coimbra (2005) o ZA “se ocupa das bases de sustentação das atividades humanas que requisitam os espaços naturais de cunho social – como são o solo, em geral, e os grandes biomas, em especial –, para utilização de seus recursos (de interesse coletivo) e o desenvolvimento das atividades econômicas”.

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Decreto 4.297/02 - zoneamento ambiental recebe a denominação de Zoneamento Estratégico Econômico (ZEE). O ZEE tem como objetivo [...] organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.

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Licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras◦adotado pela primeira vez no País, no estado de São Paulo (Lei Estadual 997/76) - estabeleceu a obrigatoriedade de autorização do órgão ambiental para “instalação de fontes de poluição”.

◦Em âmbito federal, o licenciamento ambiental foi instituído pela Lei 6.938/81.

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Eficácia ambiental – atingir os objetivos ambientais estabelecidos;

Eficiência estática – atingir os objetivos com um custo mínimo para a sociedade;

Eficiência dinâmica – incentivar permanentemente a redução da poluição e a inovação tecnológica;

Flexibilidade – permitir aos poluidores a escolha das técnicas de redução da poluição ou de estratégias de adaptação;

Facilidade de implementação – permitir alta taxa de aceitação e evitar transgressões.

Fonte: OCDE23

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Baixos custos de implementação; Integração da política ambiental com as políticas

setoriais ; Redução máxima dos efeitos regressivos na distribuição

de renda – evitar efeitos sociais indesejáveis; Conformidade com acordos internacionais e com as regras

de comércio internacional ; Aceitação política – função do custo, da facilidade de

implementação, transparência, participação social, etc.; Efeitos econômicos – evitar efeitos negativos nos preços,

na taxa de emprego e na taxa de crescimento.

Fonte: OCDE24

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Instabilidade Institucional◦ Males da descontinuidade das administrações;◦ Falta de organismos de gestão fortalecidos.

Conflitos Institucionais◦ áreas gerenciadas por outros órgãos passaram a ter

que dividir o espaço institucional com a área ambiental;

◦ falta de articulação intersetorial – os problemas ambientais são complexos e envolvem múltiplos atores e instituições.

Fonte: Bursztyn25

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Coercitivos (comando e controle) – apoiados em interdições, autorizações, regulamentação das ações e atividades que causam problemas ambientais (ex: licenciamento);◦ Trata-se de todas as medidas de ordem institucional que visam

a regulamentar os processos ou os produtos utilizados, a proibir emissão de certos poluentes, a controlar certas atividades impondo por exemplo, normas, autorizações e interdições.

◦ Regulamentam processos e produtos;◦ Proíbem ou limitam o lançamento de certos poluentes;◦ Controlam certas atividades, por meio de normas e

autorizações.

Fonte: Larue,adaptado por Bursztyn.26

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NORMAS

De lançamento – limitam a quantidade de lançamento de determinada carga poluente no meio ambiente;

De processos e procedimentos – obrigam a utilização de tecnologias específicas, para reduzir emissões (ex: catalizadores);

De produtos – estabelecem características necessárias a certos produtos (ex: gás com odor de enxofre);

De qualidade – especificam as características dos meios receptores.

Fonte: Bursztyn.

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Não incita à inovação tecnológica na medida que já se tem uma tecnologia que atenda os objetivos de norma.

Atinge todos os agentes da mesma maneira sem considerar as particularidades de cada um (2 poluidores tem custos de poluição diferentes – impor uma norma de emissão única custará coletivamente mais caro);

Falta de um controle eficaz (falta de recursos e interesse das autoridades responsáveis pelo controle ambiental;

Não são aceitos por aqueles que deveriam se submeter ao controle.

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Fonte: Bursztyn

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Não atingem os objetivos propostos; Pode gerar clima de confrontação entre

regulador e regulado; Pode favorecer a alguns grupos de interesse; Ausência de incentivos aos atores sociais

regulados; Tem implementação excessivamente morosa,

demorada; A complexidade crescente dos problemas e

números elevado de atores envolvidos tornam a regulamentação de aplicação incerta.

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Fonte: Bursztyn

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Persuasivos – apoiados principalmente na informação, formação, conhecimento científico e sua difusão (ex: educação ambiental);

Incitativos (econômicos) – apoiados principalmente em taxas e subvenções (ex: cobrança pelo uso da água).

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31Fonte: Bursztyn.

Tipos Aplicações

Instrumentos econômicos baseados no mercado e em instrumentos econômicos específicos

Incentivos diretos (impostos de contaminação); incentivos indiretos (impostos de produtos e subsídios a substitutos limpos); criação de mercados ambientais (mercado da água, permissão de emissões comerciáveis).

Instrumentos de regulamentação e normatização (comando e controle)

Normas diretas sobre a qualidade ambiental ou emissões contaminantes;Regulação de processos, produtos, equipamentos e insumos.

Instrumentos de auto-regulação voluntários dos setores produtivos

Acordos voluntários do setor industrial;Normas e exigências internas de controle ambiental

Planejamento e investimento público Intervenção direta com projetos, programas e planos de limpeza, depuração e eliminação de resíduos;Mecanismos de vigilância e coação direta;Procedimentos administrativos (ALA);Fomento do desenvolvimento tecnológico e pesquisas

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Fonte: Bursztyn.

Tipos AplicaçõesPersuasão moral e co-responsabilidade social

Conscientização social, educação ambiental e consumo racional;Exortação ao consumo ecológico, publicidade

Acordos de gestão global Convênio mundiais (cúpula da terra)Acordos internacionais específicos

Medidas econômicas e estruturais Ajustes estruturaisTipos de câmbioPolítica monetáriaNormas de trocas estrangeiras

Reforma dos direitos de propriedade Propriedades de terras Contratos de arrendamentosReformas setoriais

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Um estudo destinado a identificar e interpretar – assim como prevenir as conseqüências ambientais ou os efeitos que determinados projetos ou ações podem causar à saúde e ao bem estar do homem e ao entorno, ou seja, os ecossistemas em que o homem vive e de que depende (BOLÉA, 1977)

É identificar, predizer e descrever, em termos apropriados, os prós e os contras (danos e benefícios) de uma proposta de desenvolvimento. Para ser útil a avaliação deve ser comunicativa em termos compreensíveis para a comunidade e os responsáveis pela tomada de decisão. Os prós e contras devem ser identificados com base em critérios relevantes para os países afetados (PNUMA, 1978)

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Fonte: Bursztyn

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FEEMA (1990) define AIA como um instrumento de política ambiental formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de um ação posposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados. Além disso, os procedimentos devem garantir a adoção das medidas de proteção do meio ambiente determinadas, no caso de decisão sobre a implantação do projeto.

BURSTYN (1994) conceitua AIA como “um instrumento de planejamento que permite associar as preocupações ambientais às estratégias do desenvolvimento social e econômico e se constitui num importante meio de aplicação de uma política preventiva numa perspectiva de curto, médio e longo prazos.

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Fonte: Bursztyn

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AIA no Brasil Foi introduzida em 1980, pela Lei nº

6.803, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, onde passou-se a exigir um estudo prévio de impacto ambiental para aprovação de zonas estritamente industriais (ZEIs), destinadas à localização de pólos petroquímicos, cloroquímicos, carboquímicos e instalações nucleares.

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AIA no Brasil Em 1981, através da Lei nº 6938 (PNMA), a AIA passou a ser

um instrumento da PNMA.Em 1983, o CONAMA recebe a competência para fixar os

critérios para o EIA.A Resolução CONAMA nº 001/86 estabeleceu as definições,

responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para a AIA, como um instrumento da PNMA

A Constituição de 1988, em seu art. 225 (caput, inc. IV, § 1º impôs ao poder público a incumbência de exigir, “(...) na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação ambiental, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.”

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Identificar e estimular a importância dos impactos de uma determinada intervenção sobre os meios biológicos, físico e sócio-econômicos;

Apreciar as oportunidades de realizar o projeto considerando as vantagens e desvantagens técnicas, econômicas-sociais e ambientais;

No caso de decisão favorável à ação proposta, oferecer uma alternativa menos impactante (em termos técnicos ou via medidas de intervenção).

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Fonte: Bursztyn

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Objetivos da AIA OBJETIVO DA AVALIAÇÃO:Considerar os impactos ambientais como um critério de

decisão

Instrumento de apoio ao processo decisório.

Não é a decisão!!! Promove acesso às informações sobre o

empreendimento

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Servir de instrumento de consideração dos aspectos ambientais na concepção de projetos;

Conhecer os ecossistemas antes da intervenção;

Constituir elemento do processo de decisão pública;

Viabilizar os canais de participação da população.

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Fonte: Bursztyn

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• Recursos humanos e financeiros das instituições

• Interpretação da Resolução CONAMA n° 001/86 e 237/97

• Falta de dados ambientais• Impactos secundários,

cumulativos e sinérgicos• EIA: diagnósticos

“enciclopédicos” e prognósticos sumários

• Desconsideração das alternativas

• Falta de regulamentação das leis

• Falta de aplicação de AIA a políticas, planos e programas

• Ausência de acompanhamento pós-licença

• Falta de procedimentos informatizados

• Pouca participação da sociedade

• Pressões políticas e econômicas

Fonte: Bursztyn

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Tipos Contexto de Aplicação

Estudos e Estratégias •Estado do meio ambiente e sua gestão em nível nacional•Gestão de empresas

Avaliação Ambiental Estratégica •Avaliação de programas, planos e políticas

Avaliação de Impacto Ambiental Projetos e atividades

Avaliação de Ciclo de Vida •Energia e materiais utilizados e lançados nos meios receptores desde a concepção de um produto até a sua eliminação

Auditoria Ambiental •Conformidade das operações com as leis, programas ou políticas da empresa ou do Estado

Avaliação Ambiental Interna •Atividade de planejamento de construção ou de modernização no interior da empresa

Fonte: Bursztyn

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA/Rima Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA Projeto Básico Ambiental – PBA Plano de Controle Ambiental – PCA Plano de Recuperação de Áreas Degradadas –

PRAD Relatório de Avaliação Ambiental – RAA Relatório de Controle Ambiental – RCA

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Conceito de EIA – “é o estudo das prováveis modificações nas características sócio-econômicas e biofísicas que ocorrerão no meio ambiente, a partir da introdução de obra, atividade ou empreendimento capaz de causar significativa degradação” “consiste em um conjunto de atividades científicas e técnicas de diagnóstico, previsão e medição dos impactos e definição de suas medidas mitigadoras” (Geraldo Mario Rohde)

Previsão Legal:◦ CF – art. 225, § 1°, IV◦ Lei 6803/80 (art. 10, § 3°)◦ Lei 6938/81 (art. 9°, III)◦ Dec. 99274/90 (art. 17, §§ 1°, 2° e 3°)◦ Resolução CONAMA 1/86 e 9/87

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▪ Plano de Controle Ambiental (PCA) - foi estabelecido pela Resolução Conama 009, de 1990, como pré-requisito para obtenção da Licença de Instalação (LI) para atividade de extração mineral das classes I, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX. O PCA, de acordo com esta resolução, deverá conter os projetos executivos de minimização dos impactos ambientais avaliados na fase anterior, da Licença Prévia (LP).

Fonte: F. Neta (2006)

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▪ Relatório de Controle Ambiental (RCA) -estabelecido pela Resolução Conama 010, de 1990, é exigido para obtenção de Licença Prévia (LP) para a instalação e funcionamento de atividades de extração mineral da classe II, em substituição ao EIA/RIMA. Essa Resolução do CONAMA deu uma opção a mais ao órgão ambiental em termos de estudos ambientais, que deve ser apresentado pelo empreendedor para obtenção de licença ambiental.

Fonte: F. Neta (2006)

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▪ Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) - é um estudo ambiental contendo procedimentos que deverão ser adotados pelo(s) responsável(eis) por atividades de exploração mineral, tendo como finalidade restabelecer a cobertura vegetal nas áreas degradadas. Ele deve ser entregue ao órgão licenciador, juntamente com o EIA/RIMA, conforme preconizado no Decreto 97.632, de 1989.

Fonte: F. Neta (2006)

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▪ Relatório Ambiental Simplificado (RAS) – exigido de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental.

RAS - estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentados como subsídios para a concessão da licença prévia requerida, que conterá, dentre outras, as informações relativas ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento, sua caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das medidas de controle, de mitigação e de compensação. (art. 1º, Res. Conama 279/01)

Fonte: F. Neta (2006)45

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▪ Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA) - “é o documento que detalha todas as medidas mitigatórias e compensatórias e os programas ambientais propostos no RAS - Relatório Ambiental Simplificado”

Fonte: F. Neta (2006)

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Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) - é o nome dado a um tipo mais complexo de estudo ambiental e seu resumo executivo, cuja elaboração se baseia em diretrizes contidas em um “Termo de Referência”, fornecido pelo órgão licenciador.

No Brasil, os EIA/RIMA foram estabelecidos pela Resolução Conama 001, de 1986.

Fonte: F. Neta (2006)

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INSTRUMENTOS ECONÔMICOS DE GESTÃO AMBIENTAL

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Tipos de instrumentos Econômicos:

◦ I – Tarifas sobre emissões◦ II – Tarifas sobre produtos◦ III – Sistema de Consignação◦ IV – Licenças Negociáveis◦ V – Subsídios*

49Fonte: OCDE, 1991

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I – Tarifas sobre emissões Definição: são tarifas baseadas na quantidade de

poluentes lançados nos meios receptores (ar, água, solo) ou em casos de emissão de ruídos.

Pertinência◦ Água – forte (facilidade para medir os poluentes);◦ Ar – média (dificuldade para medir a poluição);◦ Resíduos – fraca (complexidade dos fluxos dos resíduos);◦ Ruídos – forte (para avião)◦ fraca (para automóveis)

Contexto apropriado– Principalmente para fontes fixas – Possibilidade para os poluidores de reduzir suas emissões e

mudar seu comportamento– Perspectivas de inovações tecnológicas

50Fonte: OCDE, 1991

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Factibilidade e custo razoável de avaliação das emissões;

Vantagens:– Redução dos custos de adequação às normas– Efeito incitativo potencial– Geração de receitas

Desvantagens– Necessidade de avaliar sistematicamente os

efeitos distributivos– No caso de distribuição de recursos há

necessidade de se estabelecer um sistema de alocação coerente.

51Fonte: OCDE, 1991

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II – Tarifas sobre produtos Definição: são tarifas estabelecidas sobre produtos nocivos ao meio

ambiente (no processo produtivo, ou no consumo, ou na eliminação).

Pertinência◦ Água – médio (quando se trata de fertilizantes e pesticidas);◦ Ar – forte (para combustíveis e óleo lubrificante);◦ Resíduos – forte (para produtos que devem ser reciclados ou

eliminados, como sacos plásticos, embalagens);◦ Ruídos – médio (para controle de ruídos de motores)

Contexto apropriado– Produtos consumidos em quantidade e volumes importantes; – Produtos facilmente identificáveis;– Existência de produtos substitutos;– Possibilidade de recorrer as estruturas administrativas e fiscais

existentes;– Forte elasticidade de demanda.

52Fonte: OCDE, 1991

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Vantagens– Redução no consumo de produtos considerados

degradadores do meio ambiente– Promoção de produtos substitutos– Geração de receitas– Facilidade de implementação

Desvantagens– Não aplicabilidade a produtos altamente tóxicos (é

preferível recorrer a interdição)– Incidência sobre o comércio e a concorrência– Elasticidade fraca da demanda e tem poucas soluções

de mudanças– Eventuais problemas administrativos.

53Fonte: OCDE, 1991

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III – Sistema de Consignação Definição: são taxas impostas a produtos potencialmente poluentes,

reembolsáveis quando da devolução do produto nos sistema de recebimento, tratamento ou reciclagem

Pertinência◦ Água – fraca (poderia ser aplicados para recipientes de produtos que

poluem a água, como os pesticidas ou certos produtos como mercúrio e cádmio nas pilhas);

◦ Ar – médio (para os produtos que contenham poluentes atmosféricos potenciais ou recipientes que poluem o ar na combustão, como o plástico);

◦ Resíduos – forte (para carcaça de automóveis e recipientes de bebidas);◦ Ruídos – não é aplicado

Contexto apropriado– Problemas ambientais sérios ligados à eliminação dos produtos; – Possibilidade e rentabilidade de reciclagem e de reutilização (existência

de um mercado para os materiais recicláveis);– Cooperação entre produtores, varejistas e consumidores;– Custos administrativos reduzidos.

54Fonte: OCDE, 1991

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Vantagens– Eliminação, reutilização ou reciclagem apropriadas de

produtos;– Redução eficaz do volume de resíduos;– Facilidade de implementação quando ligados aos

sistemas de distribuição implantados;– Facilidade de implementação.

Desvantagens– Risco de fraude (depósito em áreas proibidas);– Eventuais incidências comerciais;– Sistemas de distribuição eventualmente mal adaptados.

55Fonte: OCDE, 1991

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IV – Licenças Negociáveis Definição: são autorizações ou cotas de emissão atribuídas por autoridades

competentes que podem ser negociadas num contexto pré-determinado Pertinência

◦ Água – fraca (porque depende da localização das fontes de poluição e do período do ano);

◦ Ar – forte (cumprimento de padrões de missões estabelecidos);◦ Resíduos – fraca (em razão da estreita relação entre o impacto ambiental e o local

de disposição de resíduos);◦ Ruídos – fraca (em razão da estreita relação entre o impacto das emissões

sonoras e a localização das fontes). Contexto apropriado

– Concentrações máximas de poluição no meio ambiente já fixadas e/ou atingidas; – diferenças de custos marginais de adequação às normas entre os diferentes

grupos regulamentados;– número de fontes suficientemente elevado para permitir o bom funcionamento

do mercado;– sistema mais facilmente aplicado à fontes fixas;– Perspectivas de inovação tecnológica.

56Fonte: OCDE, 1991

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Vantagens– Compatibilidade entre o crescimento econômico e

industrial numa determinada área e a proteção ambiental;

– Redução dos custos de adequação às normas. Desvantagens

– Aplicabilidade limitada quando mais de um produto está em questão, a não ser que se estabeleça um índice de equivalência;

– Estudo criterioso para a atribuição inicial de licenças;– Os objetivos iniciais devem ser definidos de maneira

precisa e rigorosa;– As regras e procedimentos de implantação e aplicação

podem se revelar complexos.

57Fonte: OCDE, 1991

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De acordo com a International Standards Organization (ISO), o objetivo de um rótulo (selo) ecológico consiste em “encorajar a procura e oferta de produtos que causam menores pressões no ambiente ao longo do seu ciclo de vida, através da comunicação de informação verificável e fiável, não enganosa, acerca dos aspectos ambientais de produtos e serviços” (ISO 14020:1998).

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Os sistemas de rotulagem ecológica têm as seguintes características:◦ São instrumentos de atuação voluntária;◦ Envolvem mecanismos de auditoria por terceiras

partes;◦ Resultam na rotulagem do produto;◦ São baseados em critérios ambientais

estabelecidos, disponíveis ao público;◦ São utilizados para identificar e promover

produtos com características ambientais superiores.

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Existem várias formas de regulamentar a comercialização das permissões de emissão negociáveis (ALMEIDA, 1997):

Política de compensação (offset policy) - em áreas consideradas “sujas” (por exemplo aquelas onde a qualidade do ar não atende aos padrões ambientais) admite-se a entrada de novas empresas poluidoras ou expansão das antigas desde que adquiram permissões de emissão negociáveis de empresas já existentes na área, compensando as novas emissões com reduções ainda maiores nas fontes já existentes. Ou seja, em vez de impor uma lei de zoneamento rígida, barrando a expansão de atividades na área, permite-se o ingresso de novas empresas, uma vez que a qualidade ambiental local não seja prejudicada, mas melhorada;

ALMEIDA, L. T. 1997. O Debate Internacional sobre Instrumentos de Política Ambiental e Questões para O Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, São Paulo, p 3-21.

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Política da bolha (bubble policy) - esta denominação é devido ao fato de tratar múltiplos pontos de emissão (que lançam o mesmo poluente) de uma planta poluidora existente em determinada área como se estivessem envoltos numa bolha. O que se controla é o total de emissões de cada poluente (por exemplo dióxido de enxofre) lançado pela bolha. Enquanto este total estiver abaixo do total permitido (que resulta da somatória dos padrões de emissão de todos os pontos de descarga da bolha), alguns pontos de descarga podem não estar atingindo o padrão fixado, mas são compensados por permissões de emissão negociáveis de outros pontos mais “limpos”. Dessa forma, os poluidores têm liberdade para montar a combinação de pontos de descarga “sujos” e “limpos” que melhor lhes convier, desde que atendido o padrão de emissão total da bolha. Esta mesma política também pode ser aplicada a bolhas multi-plantas, abrindo a possibilidade de comercialização de permissões de emissão negociáveis entre diferentes poluidores;ALMEIDA, L. T. 1997. O Debate Internacional sobre Instrumentos de Política Ambiental e Questões para O Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, São Paulo, p 3-21.

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Page 67: 06. Instrumentos de gestão ambiental - PNMA

Política de rede ou de emissão líquida (netting policy) - permite a empresas já existentes, que queiram promover alguma reestruturação ou expansão, escapar dos controles mais rigorosos que incidem sobre novas fontes poluidoras, desde que o aumento líquido das emissões (podendo descontar as permissões de emissão negociáveis obtidas em outros pontos da planta) seja compensado por uma redução em outras partes da planta. Esta política propriamente mais alivia o agente poluidor de uma regulamentação do que exerce efeitos regulatórios;

ALMEIDA, L. T. 1997. O Debate Internacional sobre Instrumentos de Política Ambiental e Questões para o Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, São Paulo, p 3-21.

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Page 68: 06. Instrumentos de gestão ambiental - PNMA

Estoque de permissões (banking) - permite às empresas estocar permissões de emissão negociáveis, para uso futuro, nas políticas de compensação (offset policy), políticas da bolha (bubble policy), política de rede ou de emissão líquida (netting policy) ou vendê-los para terceiros.

ALMEIDA, L. T. 1997. O Debate Internacional sobre Instrumentos de Política Ambiental e Questões para o Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, São Paulo, p 3-21.

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Geração de recursos financeiros Incentivos a inovação tecnológica; Podem direcionar os impostos e taxas para

atividades mais degradantes ambientalmente;

Induzem os agentes econômicos à melhoria ambiental através de incentivos econômicos;

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Fonte: Bursztyn

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A implementação dos instrumentos Econômicos levanta quatro questões fundamentais:– A concepção dos instrumentos;– A aceitação política dos instrumentos;– O efeito dos instrumentos econômicos

sobre a distribuição de renda;– Repercussão dos instrumentos econômicos

no mercado internacional

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