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CONVÊNIO DNER/IME Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS) PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA PROGRAMA DE TRANSPORTES DE PRODUTOS PERIGOSOS ANEXO II PLANO DE EMERGÊNCIA PARA ATENDIMENTO A ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS NA RODOVIA BR-101/RS Trecho: Divisa SC/RS – Osório/RS Julho/2001 COMANDO DO EXÉRCITO MINISTÉRIO DA DEFESA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

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CONVÊNIO DNER/IME

Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL

BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS)

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

PROGRAMA DE TRANSPORTES DE PRODUTOS PERIGOSOS

ANEXO II

PLANO DE EMERGÊNCIA PARA ATENDIMENTO A ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS

NA RODOVIA BR-101/RS Trecho: Divisa SC/RS – Osório/RS

Julho/2001

COMANDO DO EXÉRCITOMINISTÉRIO DA DEFESA

INST I TUTO MIL I TAR DE ENGENHARIA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

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ÍNDICE

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ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 1

1.1. Objetivo ................................................................................................................. 2

1.2. Metodologia .......................................................................................................... 3

1.3. Áreas de Influência de Cobertura do Plano de Emergência ............................ 4

1.3.1. Área de Influência Direta ......................................................................... 4

1.3.2. Área de Influência Indireta ...................................................................... 5

2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA RODOVIA ..............................................

2.1. Climatologia .......................................................................................................... 6

2.1.1. Condicionantes Climáticos ....................................................................... 6

2.1.2. Precipitação ............................................................................................... 7

2.1.3. Temperatura .............................................................................................. 7

2.1.4. Ventos ......................................................................................................... 8

2.1.5. Formação de Nevoeiros ............................................................................. 8

2.2. Recursos Hídricos ................................................................................................. 9

2.3. Meio Biológico ...................................................................................................... 10

2.3.1. Cobertura Vegetal e Fauna ...................................................................... 10

2.3.2. Unidades de Conservação ......................................................................... 11

2.3.3. Áreas Notáveis ........................................................................................... 11

2.4. Uso do Solo ............................................................................................................ 12

2.5. Comunidades Populacionais ................................................................................ 12

2.5.1. Interseções .................................................................................................. 13

2.5.2. Trechos de Rampas Acentuadas e Encostas Íngremes .......................... 14

2.5.3. Trechos Sinuosos ....................................................................................... 14

2.5.4. Túneis ......................................................................................................... 14

2.5.5. Trechos Sujeitos a Incidências Meteorológicas Prejudiciais ao Tráfego .......................................................................................................

14

2.6. Conceitos e Definições .......................................................................................... 15

2.7. Avaliação dos Riscos na Rodovia BR-101 .......................................................... 17

2.7.1. Perfil do Tráfego de Cargas Perigosas na BR-101-RS .......................... 17

2.7.2. Total de Acidentes por Classes de Risco da ONU na BR-101 – Período de 1987 a 2001 .............................................................................

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2.7.3. Identificação de Locais de Maior Vulnerabilidade de Riscos Ambientais .................................................................................................

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3. DETALHAMENTO DO PLANO DE EMERGÊNCIA

3.1. Procedimentos de Combate a Acidentes ............................................................ 25

3.1.1. Produtos Químicos Perigosos Transportados na Rodovia .................... 25

3.2. Respostas às Situações Emergenciais ................................................................. 35

3.2.1. Classificação e Hierarquização dos Acidentes ........................................ 35

3.2.2. Estrutura e Organização do Plano .......................................................... 36

3.2.3. Tipologia e Atendimento dos Acidentes .................................................. 36

3.2.4. Recursos Disponíveis para Atendimento dos Acidentes ........................ 37

3.3. Ações de Respostas às Emergências ................................................................... 38

3.3.1. Descrição das Atividades .......................................................................... 41

3.3.2. Logística do Atendimento ......................................................................... 42

3.3.3. Centro de Controle de Operações ............................................................ 42

3.3.4. Recursos da Polícia Rodoviária Federal-PRF ........................................ 44

3.3.5. Brigada Militar/RS .................................................................................... 44

3.3.6. Corpo de Bombeiros Militar do RS ......................................................... 45

3.3.7. Recursos Adicionais de terceiros (Alocação) .......................................... 45

3.4. Procedimentos Básicos de Segurança ................................................................. 45

3.5. Procedimentos de Combate ................................................................................. 46

3.5.1. Combate à Incêndio .................................................................................. 47

3.5.2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual ........................................ 47

3.6. Procedimentos de Transbordo e Descontaminação de Cargas Perigosas ....... 48

3.7. Monitoramento das Áreas Atingidas .................................................................. 49

3.8. Banco de Dados de Apoio ao Atendimento de Emergências ........................... 49

3.9. Entidades Conveniadas Participantes do Plano ................................................ 50

3.10. Programa de Treinamento Operacional ........................................................... 50

4. MEDIDAS PREVENTIVAS ......................................................................................... 51

4.1. Colocação de Barreiras ........................................................................................ 51

4.2. Proposta de Fiscalização no Transporte de Produtos Perigosos ..................... 51

4.3. Construção de Estacionamentos Específicos ..................................................... 51

4.4. Colocação de Sinalização Específica ................................................................... 51

4.5. Desenvolvimento de Programas de Educação Ambiental ................................ 52

4.6. Postos Especializados de Socorro de Emergência ............................................. 52

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4.7. Sistema de Comunicação de Emergência ........................................................... 52

5. ASSINATURA DOS CONVÊNIOS E HOMOLOGAÇÃO DO PLANO ................ 53

6. APENSOS ....................................................................................................................... 54

6.1. Rótulos de Riscos e Guias Correspondente da ABIQUIM ............................... 54

6.2. Legislação, Normas e Portarias .......................................................................... 55

6.3. Catálogo de Endereços para Emergências ........................................................ 58

6.3.1. Relação de Entidades Conveniadas ......................................................... 58

6.3.2. Outros Órgãos federais, Estaduais e Municipais ................................... 59

6.3.3. Empresas e Organizações não Governamentais ..................................... 60

6.3.4. Relação de Consultoras Especializadas ................................................... 61

6.3.5. Àcessos Informativos na INTERNET ..................................................... 62

6.3.6. Serviços de Apoio e Estacionamentos Autorizados ................................ 63

6.3.7. Relação de Hospitais e Postos de Abastecimento ................................... 63

6.4. Equipe Técnica ..................................................................................................... 65

6.5. Dicionário de Siglas e Definições usadas ............................................................ 66

6.6. Classificação de Produtos Químicos Perigosos pelo Ministério dos Transportes ..........................................................................................................

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6.7. Planta Retigráfica ................................................................................................ 71

6.8. Bibliografia ........................................................................................................... 75

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1. APRESENTAÇÃO

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1. APRESENTAÇÃO

A Rodovia BR–101 no trecho entre Palhoça/SC e Osório/RS, apresenta tráfego intenso devido às suas condições de eixo viário principal que percorre o litoral sul, do Brasil, no sentido longitudinal, entre Curitiba e Porto Alegre.

Além disso, desempenha relevante papel na integração viária do MERCOSUL e conexões para as regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Para o desenvolvimento do Plano de Emergência, considerou-se o trecho dividido em duas partes e, conseqüentemente em dois Planos, sendo o primeiro correspondente ao segmento de Palhoça à Divisa/RS, no município de Passo de Torres/SC, e o segundo, do município de Torres/RS até Osório/RS, em território gaúcho.

Esse Plano de Emergência refere-se ao segundo segmento que se inicia no km 0,00 da BR-101/RS, no município de Torres e termina na cidade de Osório/RS, no km 99,50, situando-se em faixa litorânea lagunar.

Essa região apresenta-se na chamada Planície Gaúcha e, somente nas proximidades da divisa com Santa Catarina, encontra-se o Promontório de Torres constituído de rochas efusivas básicas da formação da Serra Geral., situando-se entre as vertentes orientais da Serra e a Região Lagunar Costeira .

Em função dessa situação, a região sofre uma penetração de massas oceânicas anticiclone sul-atlânticas que, modificam e determinam a situação climática deste trecho do litoral.

O alto volume de tráfego existente, atualmente, na BR-101 Sul recomendou a sua duplicação e a intensificação das medidas de segurança.

Medições oficiais efetuadas apresentam volumes de tráfego que ultrapassam a média de 10.500 veículos diários, registrando, nas atuais condições, um elevado número de acidentes (EIA/RIMA-1999).

A pavimentação existente foi construída no período de 1968/71, com pistas simples com 7,00m de largura e acostamentos pavimentados com 2,00 m. Apresenta, porém, extensões descontínuas com acostamentos de larguras reduzidas ou não pavimentadas.

Por este motivo, apesar das obras de manutenção e restauração efetuadas, até hoje, no trecho considerado, a Rodovia, está com sua capacidade esgotada, constituindo-se num freio ao desenvolvimento sócio–econômico da Região Sul do Brasil.

Assim, conclui-se que, havendo um aumento constante de tráfego ano a ano, inclusive de cargas perigosas, verifica-se também um aumento da insegurança na Rodovia, que justifica plenamente a implementação imediata desse Plano, mesmo antes das suas obras de duplicação.

O Plano de Emergência, na sua concepção, prevê respostas imediatas para as situações acidentais com cargas perigosas que transitam pela Rodovia, e também ações preventivas nas áreas consideradas críticas.

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São, também, propostos Convênios com entidades de atendimento emergencial e de meio ambiente, no Estado do Rio Grande do Sul, para aplicação de diversas medidas mitigadoras de impactos no meio ambiente e de segurança.

Foi também proposto, dentro do âmbito dos Convênios, o desenvolvimento de Bancos de Dados de Acidentes de Produtos Perigosos, de Toxicologia e de Vulnerabilidade e Riscos, operado pelas organizações conveniadas, para dar apoio às respostas em ações emergenciais,.

1.1. Objetivo

O objetivo do Plano de Emergência para Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos na Rodovia BR-101/RS é assegurar uma resposta imediata aos acidentes, na Rodovia, através de ações que preservem a segurança dos usuários, público lindeiro, ecossistemas naturais (recursos hídricos, lagoas, florestas naturais preservadas, etc.), e áreas culturais e históricas submetidas à situações de perigo, decorrentes de derramamento de produtos perigosos.

As seguintes ações de segurança de caráter preventivo e corretivo serão, de imediato, implementadas através do plano.

- Ações de Caráter Preventivo:

• Prevenção de acidentes, através da análise de situações de risco e ocorrência de acidentes em pontos críticos;

• Fiscalização na rodovia, com a verificação das normas de segurança que preconizam o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos.

• Apoio aos programas de Educação Ambiental e Comunicação Social, nos aspectos voltados para os motoristas, usuários da via, bem como, a divulgação de informação às comunidades e usuários, sobre situações de perigo, através dos recursos de comunicação das entidades conveniadas, da empresa de Gestão Ambiental e da futura Concessionária da Rodovia BR-101;

• Colocação de sinalização e barreiras específicas nos pontos mais críticos, quando necessário, uso de sistemas de alerta como sonorizadores, iluminação reflexiva noturna em áreas de nevoeiros, barreiras tipo New Jersey ,etc.;

• Adoção de um Banco de Dados dos Produtos Perigosos transportados com mais freqüência na Rodovia, para apoio as ações de emergência do grupo de resgate;

- Ações de Caráter Corretivo:

• Isolamento da Área pelos critérios de periculosidade adotados pela ABIQUIM/SP;

• Atendimento técnico emergencial para contenção, remoção e/ou neutralização dos poluentes;

• Atendimento médico emergencial (primeiros socorros) e transporte até o hospital mais próximo;

• Restauração do local contaminado, com monitoração ambiental;

• Transbordo final da carga acidentada para local seguro , enquanto aguarda o destino.

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1.2. Metodologia

Para o desenvolvimento do Plano de Emergência para Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos da Rodovia, foram adotados critérios, para que todos os elementos ambientais envolvidos fossem contemplados, no sentido de proporcionar o máximo de eficiência ao Plano, especialmente no que diz respeito à identificação e dimensionamento dos recursos humanos e logísticos necessários ao seu adequado funcionamento.

Para tanto, realizou-se uma sintética análise dos riscos existentes, pela interpretação dos acidentes já ocorridos, a partir da análise da localização das comunidades lindeiras e do estudo da caracterização ambiental das áreas adjacentes à Rodovia, efetuado pelo EIA/RIMA (ver Bibliografia), onde foram destacados os elementos físicos, bióticos e antrópicos a proteger, confrontados com os produtos perigosos que transitam com mais freqüência .nessa Rodovia.

A caracterização ambiental incluiu as unidades de conservação, as micro-bacias de drenagem, as lagoas e áreas urbanas de ocupação rarefeita ou de interfaces urbanas, as áreas urbanas de ocupação econômica, áreas de uso agrícola, bem como, as comunidades populacionais isoladas.

A introdução de elementos químicos estranhos nos ambientes naturais e antrópicos gera modificações na sua estrutura que podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a vegetação e a fauna, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e, a qualidade dos recursos ambientais.

Para essas possíveis interferências denominadas impactos, foram propostas medidas mitigadoras para reduzir e/ou anular seus efeitos.

Os impactos, em Rodovias, estendem-se muito amplamente, já que, especialmente quando acontecem em áreas não urbanizadas, cortam vários ecossistemas e, conseqüentemente, abrem acessos à inúmeros fatores impactantes sucessivos dos recursos naturais e das organizações sociais, deixando-os extremamente vulneráveis.

Alguns dos principais impactos ambientais gerados em conseqüência de acidentes com produtos perigosos na área de influência da Rodovia, considerados neste trabalho são:

- Degradação da qualidade da água dos rios, subterrânea, lagoas e mar;

- Degradação da qualidade do ar atmosférico;

- Degradação da qualidade dos solos;

- Prejuízos à saúde humana;

- Destruição e depreciação do patrimônio público e privado;

- Prejuízo às atividades econômicas.

Definidas as áreas de influência e, com base em parâmetros preestabelecidos, projetou-se de forma sintética o provável alcance das possíveis interferências que ocorrerão em caso de acidentes, tomando-se como base, os produtos perigosos mais freqüentemente transportados ao longo desta Rodovia.

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Os dados e estudos constantes do Plano de Emergência foram baseados no documento “Análise e Proposições do Transporte de Produtos Perigosos, efetuado pelo prof. Bustamante e outros (DNER/IME ), além das contribuições efetuadas pelos órgãos conveniados (FEPAM/RS, Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, e Coordenadoria Estadual da Defesa Civil - CEDEC/RS).

A partir dos dados disponíveis, foram percorridos e identificados os locais de maior incidência de acidentes no trecho estudado da Rodovia, com base nas estatísticas realizadas pelos órgãos citados e por intermédio da análise conjunta dos riscos .

Em seguida, foram identificados os locais de maior risco ambiental, considerando-se os elementos descritos acima e através do intercruzamento destas variáveis, foi possível detalhar os recursos para o Plano de Ação de Emergência, que incluem as medidas preventivas e corretivas, as ações propostas de prevenção e orientação para o treinamento das equipes.

1.3. Áreas de Influência de Cobertura do Plano de Emergência

Para a definição da área de influência, onde se manifestam as ações impactantes, referentes ao transporte de cargas perigosas geradoras de impactos, neste estudo, tomou-se como referência a área de toda a faixa de domínio da Rodovia e, ainda mais extensa, devido a possibilidade de espalhamento dos produtos perigosos e incêndios ou, de acordo com a vazão dos rios, atingindo não só os ecossistemas hídricos, como também os terrestres. Comprometendo as populações lindeiras, as áreas dos trechos à jusantes das bacias hidrográficas (rios e lagoas) ou áreas florestadas e de preservação (APA’s) na passagem da Rodovia, de acordo com a definição aposta no item nº1.3.

Esses limites, com base nas áreas institucionais, justificam-se por encontrarem-se diretamente envolvidos, no Plano de Emergência para a Rodovia, as autoridades estaduais e municipais, pois neles se concentram eventuais recursos de apoio específicos ao combate dos acidentes com produtos perigosos. Além de estarem também inseridos as comunidades e os ecossistemas que sentirão direta e indiretamente a influência dos eventuais acidentes.

As áreas de influência de cobertura do Plano de Emergência são lindeiras à Rodovia BR-101 e seus acessos conforme estão citados na planta retigráfica apresentada no Apenso nº 6.1, ou ainda, áreas que embora não próximas da Rodovia, são passíveis de serem afetadas, por ações impactantes do derramamento de produtos perigosos.

1.3.1. Área de Influência Direta

O Plano de Emergência, para o Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos, para a BR-101, tem como objetivo atender às duas pistas de rolamento da BR-101, no trecho considerado, na sua faixa de domínio correspondente à área adjacente à Rodovia, que varia de 60m à 70m, além da área de reserva obrigatória de 15 metros de cada lado da faixa de domínio, prevista na Lei 6766/79, correspondente à denominada área non aedificandi da Rodovia.

Inclui, também, as áreas relevantes do meio ambiente cortadas pela Rodovia onde são considerados os ecossistemas pelos seus meios, físico, biológico e antrópico que estão delimitados em função da extensão do alcance dos eventuais impactos decorrentes de

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possíveis acidentes com produtos perigosos e que alcançam áreas consideradas num raio de até 2 km à partir do eixo da Rodovia (DNER –1996).

1.3.2. Área de Influência Indireta

A área de influência indireta corresponde à área territorial dos município s lindeiros à Rodovia dentro do Estado do Rio Grande do Sul, no ponto onde ocorrer o acidente, ou seja aquela onde se manifestam os impactos indiretos que podem ser visualizadas em pequenas escalas de mapeamento, são as micro-bacias hidrográficas, lagoas e mar, que estão em território das regiões municipais no trajeto da Rodovia.

Os municípios do Rio Grande do Sul atravessados por este segmento da BR-101/RS estão listados no Quadro nº 1.3.2.1.

Quadro nº 1.3.2.1

LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DOSUL

Início - km Final - km

1 Torres 0,0 10,0

2 D. Pedro de Alcântara 10,0 16,4

3 Três Cachoeiras 16,4 37,0

4 Três Forquilhas 37,0 40,2

5 Terra de Areia 40,2 57,8

6 Maquiné 57,8 68,4*

7 Osório 68,4* 99,5

* Quilometragem pela variante de Morro Alto

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2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA RODOVIA

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2. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA RODOVIA

2.1. Climatologia

A caracterização do clima tem como objetivo subsidiar as condições ambientais da na parte de risco de acidentes para o Plano de Emergência da Rodovia BR-101.

Segundo a classificação climática apresentada por Nimer (IBGE-1990), o clima da Região Sul nessa parte litorânea enquadra-se nos grupos: temperado mesotérmico, brando, super úmido, sem seca, na região litorânea riograndense.

Sua ocorrência se deve unicamente , à posição da região em latitudes sub-trpopicais , constantemente sujeitas à invasão de massas frias de origem polar.

O inverno nesse clima ,é bastante sensível e possui, pelo menos ,um mês com temperatura média inferior a 15ºC, entretanto as variações de altitude , promovem importantes diferenciações com respeito à temperatura.

Na latitude mais alta (em torno de 30º) o clima mesotérmico brando é o mesmo de quase todo o território restante da Região Sul , cerca de 87,7 % do território.

O inverno é bastante sensível e é pouco intenso possuindo pelo menos um mês com temperatura média inferior a 15ºC.

O verão é considerado quente.

2.1.1. Condicionantes Climáticos

Durante a maior parte do ano essa região está sob a influência do Anticiclone Semi-fixo do Atlântico Sul, que estabelece temperaturas mais ou menos elevadas, bem como uma umidade elevada devido à penetração oceânica constante.

Essa situação é interrompida devido às direções predominantemente de NE dos ventos litorâneos, que se contrapõem às massas polares marítimas muito mais frias originárias da Antártida.

Dessa forma, essas massas polares frias penetram no Continente e caminham em direção ao norte, promovendo as baixas temperaturas .

A Frente Fria de origem circumpolar (correntes perturbadas de sul), quando então a região fica sob a ação direta do Anticiclone Polar ; imediatamente após a passagem da frente fria , a pressão torna a subir levemente , a temperatura cai sob o vento frio que passa a soprar do quadrante sul; a chuva frontal termina , sendo logo substituída por chuvas finas e leves, por vezes intermitentes e nevoeiro (primeira situação pós-frontal) . Os ventos que acompanham tais chuvas são denominados pela população local de Minuano, e atingem velocidades moderadas de até 20 nós;(IBGE-1990).

Para o conhecimento dos parâmetros climáticos da região foram consultados os Postos Climatológicos constantes do Quadro nº 2.1.1.1.

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Quadro nº 2.1.1.1 - Estações Climatológicas Consultadas

Posto Código Município Lat. Long. Alt. Anos

Florianópolis INMET Florianópolis ND ND ND ND

Urussanga 02849011 Urussanga 28º31 ‘49º19 ‘48 49-73

Porto guerreiro 02949011 Torres 29º24 ‘49º52 ‘38 55-76

Osório INMET Osório ND ND ND ND

Fonte:INMET, Hasenack (EIA/RIMA-1999)

2.1.2. Precipitação

Quadro nº 2.1.2.1 - Precipitação Total; em mm Período 1961 a 1990

ESTAÇÕES Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Total

Florianópolis1 176.2 197.7 186.3 96.6 96.9 75.2 94.6 92.5 126.8 126.0 129.1 146.2 1544.1

Urussanga1 192.8 196.1 141.6 136.9 104.2 103.4 129.1 109.7 107.8 150.9 154.6 173.9 1701

Torres1 117.5 137.5 141.6 96.4 88.5 98.2 100.1 138.9 136.2 123.6 106.3 102.2 1387.0

Osório2 124.5 121.4 164.9 82.8 104 119.9 122.8 157.9 155.6 116.1 102.6 131.9 1504.4

Fonte: INMET1 , Hasenack2.

Os maiores totais de precipitação ocorrem em Urussanga, com pouco mais de 1700 mm anuais nenhum mês inferior a 100 mm, com o trimestre mais chuvoso ocorrendo nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e os meses de menor precipitação nos meses de setembro, outubro e novembro.

Nas outras estações, podemos observar dois máximos. Em Osório e Torres o comportamento da precipitação é semelhante, embora com valores diferentes, ocorrendo dois períodos de maior precipitação, o primeiro em março e o segundo em agosto e setembro.

2.1.3. Temperatura

Na Tabela – 2.1.3.1 são apresentados os dados de temperatura das estações meteorológicas próximas á BR- 101. A marcha das temperaturas médias anuais é semelhante em todas as estações meteorológicas analisadas.

As médias anuais situam-se torno de 200 C, sendo Torres a localidade com menor média anual, (180 90 C) A maior amplitude térmica anual fica em Urussanga, com 9,90 C, seguindo-se Osório (90 C), Torres (8,50C) e Florianópolis (7,90 C).

Essas temperaturas amenas parecem estar relacionadas ao relevo, visto que esta região encontra-se protegida pelas escarpas da Serra do Mar, dos ventos frios que sopram do oeste no inverno (Hasenack, 1989). Essa amenidade de temperaturas, em relação a outras regiões do Rio Grande do Sul pode ser confirmada pela vegetação e culturas que ai se desenvolvem (Hasenack, 1989, EIA/RIMA-1999).

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Tabela nº 2.1.3.1 - Temperaturas Média (0 C) Período: 1961 a 1990

ESTAÇÕES Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Média

Florianópolis1 24.3 24.3 23.7 21.4 19.2 17.4 16.4 16.8 17.8 19.2 20.8 22.2 20.3

Urussanga1 23.9 24.0 22.7 20.2 16.8 14.3 14.1 15.5 16.6 19.2 21.3 22.7 19.3

Torres1 22.9 23.3 22.6 20.1 17.5 15.0 14.8 15.2 16.3 18.2 20.0 21.4 18.9

Osório2 24.9 25.0 23.4 20.8 18.3 15.9 16.0 16.1 173.6 19.6 21.3 23.6 20.2

Fonte: INMET1 ,Hasenack2.

2.1.4. Ventos

A análise dos ventos foi elaborada a partir dos dados fornecidos pelo 8º Distrito de Meteorologia, para o período de 1981 a 1993, que possibilitaram a confecção das Rosas dos Ventos, Figura-2.1.4.1, para melhor visualização da direção predominante, e das freqüências relativa , mostradas a seguir:

Figura 2.1.4.1

2.1.5. Formação de Nevoeiros

A formação de nevoeiros é um fenômeno climatológico localizado dependente de fenômenos atmosféricos decorrentes da frente fria polar do sul (ver Cap. nº 2.1.1)

Existe, também, a probabilidade de formação de nevoeiros do tipo de radiação, em noites submetidas à formação de inversão térmica de radiação, especialmente em locais onde há maior concentração de umidade nas baixas camadas atmosféricas e que ocorrem próximo à superfície do solo.

Nessas condições , a ocorrência de nevoeiros é mais freqüente nas noites e madrugadas de inverno.

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2.2. Recursos Hídricos

O trecho subseqüente da rodovia, que se inicia na divisa de Santa Catarina e termina no município de Osório no Rio Grande do Sul, está inserido no sistema lagunar do litoral norte do Rio Grande do Sul. Este sistema apresenta dois subsistemas hidrográficos: norte e sul. O subsistema norte compreende as lagoas de Itapeva e de Tramandaí, e o subsistema sul, que se inicia na lagoa Cerquilha e deságua na de Tramandaí, está fora da área em estudo.

A lagoa de Itapeva tem como seu principal contribuinte o Rio Três Forquilhas, recebendo ainda o Rio Cardoso. A Lagoa Itapeva liga-se à Lagoa dos Quadros através do Rio dos Cornélios.

O Rio Maquiné é o principal contribuinte da Lagoa dos Quadros e esta, por sua vez, deságua no sistema lagunar composto pelas lagoas: Malva, Palmital, Pinguela, através do Canal de João Pedro. O Rio dos Postes é o responsável pela interligação entre este complexo lagunar e a Lagoa do Passo.

Finalmente a Lagoa do Passo deságua na de Tramandaí, composta em realidade de duas lagoas, denominadas do Armazém e Tramandaí, através do Rio Tramandaí (que é a única ligação com o mar de todo esse sistema lagunar).

Nesta região ocorrem também lagoas isoladas de pequeno porte, tais como: Veados (Pombas), Rincão, Inácio, Traíras, Caconde, Biguá e Emboaba.

Além dos rios e dos sistemas lacunares, ocorrem ainda na área em estudo, banhados e áreas de relevo plano, justapostas aos terraços lacunares. Exemplos destas ocorrências podem ser observadas em locais interiorizados às lagoas do Jacaré e Morro do Forno, no Rio Grande do Sul. Ocasionalmente podem ocorrer cheias nas áreas de planícies das bacias da região em estudo. Este é um fenômeno que tem se acentuado ao longo do tempo devido à degradação ambiental provocada pela erosão e carreamento de sólidos para o leito dos rios.

Considerando que, cada ponte da futura BR-101 duplicada, constitui-se em ponto crítico no caso da ocorrência de acidentes com produtos perigosos, apresenta-se a seguir nas Tabela nº 2.2.1, levantamento, detalhado por lote de projeto, de todas as pontes sobre os corpos d’água, recordando que o projeto prevê pontes separadas para cada sentido de pista.

Tabela nº 2.2.1 - Pontes no Trecho no Rio Grande do Sul

Lote Cursos de Água / Lagoas Localização (km) Extensão (m)

1/RS Rio Mampituba 000,00 84

Rio Cardoso 021,00 90

2/RS Rio Chimarrão 030,80 30

Rio Três Forquilhas 040,30 216

3/RS Rio Sanga Funda 052,80 45

Rio Maquiné 064,50 150

Total 615 m

A extensão total das pontes no Rio Grande do Sul perfaz 1.230 metros (615 m x 2).

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Foram também considerados críticos os trechos onde a rodovia margeia áreas do sistema lagunar do norte do Rio Grande do Sul. Na Tabela nº 2.2.2, a seguir, são relacionados os trechos tangenciais a corpos hídricos, que deverão ser objeto de uma proteção mais eficiente, tipificada pelas barreiras “new jersey”.

Tabela nº 2.2.2 – Proposição de Barreiras New Jersey para Trechos Paralelos a Lagoas

Lote Lagoa Extensão da Barreira [m] Localização [km] Pista (sentido)

1/RS Lagoa Itapeva 2.700,00 014,5 ao 015,1

015,9 ao 016,5

017,3 ao 018,8

Sul-Norte

3/RS Lagoa dos Quadros 1.300,00 057,4 ao 058,1

058,3 ao 058,7

058,9 ao 059,0

059,3 ao 059,4

Sul-Norte

Extensão Total = 4.000,00

O uso das águas para mananciais urbanos reveste-se de grandes preocupações em casos de acidentes com cargas perigosas. Entretanto, as captações existentes para o abastecimento urbano de água, ao longo da rodovia, localizam-se em distância superior a um ou vários quilômetros da mesma o que indica que muito remotamente poderão ser afetados por derrame de poluentes ou por ações inadequadas na implantação das obras.

Embora sejam improváveis as interferências sobre mananciais localizados a jusante da rodovia, serão objeto de monitoramento, as seguintes lagoas:

- Lagoa Itapeva: abastece Torres;

- Lagoa dos Quadros: abastece Capão da Canoa;

- Lagoa Peixoto: abastece Osório;

- Lagoa Passos: abastece Balneários (Rainha do Mar e outros)

O Plano de Monitoramento e a sua execução serão da responsabilidade da FEPAM, dentro do Convênio.

2.3. Meio Biológico

2.3.1. Cobertura Vegetal e Fauna

Face à uniformidade climática já mencionada e, em particular a uniformidade pluviométrica, existem condições ideais na região sul brasileira para o desenvolvimento das formações florestais. Assim, na estreita faixa litorânea que é percorrida pela BR-101, originalmente essas áreas eram ocupadas por:

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- Floresta Ombrófila Densa de Montana à partir de Florianópolis para o sul (Mata Atlântica) de preservação permanente, até quase o paralelo 30º (Tramandaí);

- Áreas de Formações Pioneiras de Influência Flúvio – Marinhas (Mangues) em estreita faixa, que começa na altura do paralelo 29º (Araranguá) e termina no Arroio Chuí, ocupando a faixa litorânea que insere as lagoas costeiras desse litoral.

As áreas de Floresta Ombrófila Densa hoje estão compostas de vegetação secundária e atividades agro-pecuárias; as áreas de Formações Pioneiras foram ocupadas mais por atividades agrárias.

Outra formação vegetal característica na região são as chamadas Matas Ciliares.

São matas nativas ao longo dos rios, principalmente próximo às cabeceiras nas alturas da Serra Geral. Essas matas são preservadas por lei federal (Código Florestal).

A fauna característica da região é a constante da Mata Atlântica que ainda permanece.

2.3.2. Unidades de Conservação

Toda a zona costeira, Serra do Mar e Mata Atlântica brasileiras são áreas de preservação permanente e pela que pela Constituição de 1988 ficou estabelecido como Patrimônio Nacional.

Além disso, a Mata Atlântica foi declarada como Reserva da Biosfera (1991/93) pela UNESCO com o aval do governo brasileiro. Essa região esta contida entre os paralelos 2º e 33º de latitude sul. (ver Bibl. nº).

Na área de influência indireta (AID) da Rodovia, considerando-se um raio de 10km, existem as unidades de Conservação que são áreas tombadas, federais, estaduais e municipais, apresentadas no Quadro nº 2.3.2.1.

Quadro nº 2.3.2.1 - Unidades de Conservação da Região Catarinense e Riograndense

Unidade de Conservação Área (ha) Localização Principais

Problemas Características

Físicas e Vegetação

Parque Nacional da Serra Geral

18000 ha Parte em S. Catarina e parte no R.G.do Sul

N.D. N.D.

Parque Nacional dos aparados da Serra

10250 ha Praia Grande /SC e Cambará do Sul/RS

N.D. N.D.

Fonte : Bibliografia EIA/RIMA

2.3.3. Áreas Notáveis

Além das Unidades de Conservação, algumas áreas são existentes na área de influência da Rodovia que foram destacadas pelo estudo de EIA/RIMA como áreas de importância ecológica notáveis:

- Reserva Biológica do Município de Osório (1.700ha);

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- Área de Proteção do Morro de Osório (6.896,75 ha);

- Área de Proteção Ambiental Terra de Areia- APA Municipal (110 km2);

- Estação Ecológica de Aratinga (Terra de Areia);

- Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa (Terra de Areia);

- APA da Rota do Sol (incluindo a Estação Ecológica de Aratinga);

- Área de especial interesse Turístico na Praia de Itapeva (Torres, 210 ha);

- APA da Lagoa de Itapeva (em criação).

2.4. Uso do Solo

No percurso de toda a extensão do trecho da duplicação da BR-101, entre Torres e Osório, no Rio Grande do Sul, existem trechos com uso urbano e trechos com uso rural, principalmente para atividades agropecuárias .

2.5. Comunidades Populacionais

O quadro nº 2.5.1 apresenta as comunidades populacionais da Rodovia no Rio Grande do Sul.

Quadro nº2.5.1-População do Entorno da BR-101, no Rio Grande do Sul

Lote Cidades/Povoados/Localidades Km Ocupação

São João do Sul 01 / 02 Média

Campo Bonito 05 / 06 Média

01/RS

Travessia Urbana de Três Cachoeiras 22 / 24 Densa

Zona Urbana de Fernando Ferrari 30,70 / 32,90 Média 02/RS

Travessia Urbana de Terra de Areia 43 / 49 Densa

03/RS

Localidade de Aguapés 81 / 82 Média

Localidade de Serão 84 / 85 Média

Osório 92 / 93 Média

04/RS

Travessia Urbana de Osório 93 / 100 Densa

Fonte: Cadastro para Ordenamento Territorial – Programa de Ordenamento Territorial

As comunidades populacionais existentes na travessia da Rodovia por áreas urbanizadas está apresentadas no Apenso 6.1-Planta Retigráfica.

Pontos Críticos das Travessias em Áreas Urbanizadas

Do ponto de vista de acidentes com cargas perigosas, as travessias, em áreas urbanas densamente ocupadas, representam situações complexas, pelas conseqüências possíveis sobre a população residente ou de passagem, destacando-se determinadas cargas com fácil

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difusibilidade no ar atmosférico, como por exemplo: o cloro e seus derivados diretos, por seu alto grau de letalidade.

A limitação da largura da faixa de domínio, como decorrência da própria ocupação urbana, aumenta a gravidade dos acidentes pelo pronto impacto sobre a população lindeira e suas atividades. O fato dos derramamentos serem de mais difícil absorção pelo solo, devido às superfícies pavimentadas, aumenta de forma significativa as oportunidades de contaminação de pessoas, exigindo prevenção por meio de canaletas e barreiras de contenção no limite da faixa de domínio.

Ao longo da BR-101, entre Torres e Osório, tem-se o tangenciamento ou travessia das seguintes áreas urbanas mais significativas: Três Cachoeiras, Terra de Areia e Osório.

Sem constituir caso extremamente crítico, observa-se que apenas o adensamento populacional urbano de Osório (26.000 habitantes, entre os Km 96 e 99), apresenta população superior a 10.000 habitantes e pela sua proximidade à BR 101, poderia exigir maiores recursos, esforços e coordenação, no caso de uma operação de evacuação de emergência.

2.5.1. Interseções

Embora as interseções sejam em desnível, verificam-se conexões com pistas de aceleração para veículos que queiram ingressar na BR-101 e de desaceleração para veículos que queiram deixá-la; podendo, em ambos os casos, contar-se com imprudências dos motoristas em manobras, gerando as chamadas colisões tangenciais que, na dependência da velocidade e do porte dos veículos infratores podem apresentar gravidade e, no caso de cargas perigosas, resultarem em derramamentos de produtos com elevado risco. A Tabela nº 2.5.1.1, mostra a relação destes viadutos no Estado do Rio Grande do Sul.

Tabela nº 2.5.1.1: Viadutos da BR-101 no Rio Grande do Sul

Lote Localização (km) Extensão (m) Observações

1/RS 001,500 336

023,160 252

024,251 251

2/RS 045,284 200

046,030 200

046,690 200

3/RS 063,294 82 Só para a pista Norte

063,330 47 Só para a pista Sul

064,980 175

066,064 175

067,034 60 Alternativa B

075,734 175

4/RS 095,580 280

097,020 280

098,150 280

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2.5.2. Trechos de Rampas Acentuadas e Encostas Íngremes

Os trechos de rampas acentuadas obrigam a redução da velocidade dos caminhões no aclive e tendência de exagerá-la no declive, em ambos os casos, aumenta a probabilidade de acidentes entre veículos ou mesmo de capotagem. No primeiro caso, por exemplo, obrigam aos caminhões carregados com maior peso a reduzirem substancialmente sua velocidade, gerando mais ansiedade nas ultrapassagens de outros veículos, por vezes em condições imprudentes. Outra situação é representada por contornos em borda de taludes íngremes, fazendo com que saídas acidentais do leito estradal resultem em geral em acidentes de grande monta, agravados no caso de envolverem cargas tóxicas e perigosas.

Dada as características morfológicas da região percorrida, existem poucos locais nesta categoria e, como se trata de uma rodovia da classe especial, apresentando rampas limitadas a um máximo de 6 %, para efeito do presente estudo foram consideradas como acentuadas aquelas que têm greide com aclive igual ou superior a 4% e extensão superior a 50m, constantes da Tabela nº2.5.2.1, a seguir.

Tabela nº 2.5.2.1: Rampas Acentuadas na BR 101/RS (Inclinação > 4,0% e extensão > 50,0 m)

Lote Localização (km) Inclinação [%] Extensão [m]

2/RS 039,7 - 5,40 72

3/RS 062,8 - 4,15 55

2.5.3. Trechos Sinuosos

Nesses segmentos as ultrapassagens imprudentes e veículos parados sem boa visibilidade podem levar a colisões que, no caso de cargas perigosas, apresentam impactos ambientais além das conseqüências danosas de um acidente. No caso presente, considerando-se a topografia plana da região, as características técnicas do traçado e da velocidade diretriz adotada, o nível de risco pode ser considerado desprezível.

2.5.4. Túneis

Os túneis, mesmo quando separados por septo ou formando binários, pela falta de áreas de escape, para evitar choques ou, ainda pela possibilidade de emanação de gases tóxicos, associada à ventilação restrita, constituem situações complexas em acidentes com produtos perigosos. O único túnel previsto para este segmento, situado no Km 67,5 e destinado a travessia do Morro Alto, possui galerias separadas, solução que, em caso de acidente com cargas perigosas, reduz naturalmente a abrangência de possíveis impactos, mas podem dificultar a chegada ao local das equipes de socorro.

2.5.5. Trechos Sujeitos a Incidências Meteorológicas Prejudiciais ao Tráfego

As chuvas torrenciais, nevoeiros muito densos e ventos fortes, constituem fontes de possíveis acidentes, representados por derrapagens, choques e capotagens, verificando-se como pontos particularmente vulneráveis as pontes de comprimento expressivo. Segundo indicações dadas

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pela Polícia Rodoviária Federal essas condições apresentam-se particularmente nas proximidades de Torres.

Com base nos pontos de incidência desses fenômenos, foram analisadas as possíveis soluções tecnológicas para minimizar a probabilidade de acidente com cargas perigosas, contemplando as já citadas barreiras new jersey no margeamento imediato, do sistema lagunar gaúcho; a sinalização de advertência e/ou orientação em áreas de interesse ambiental e áreas urbanas, onde a probabilidade poderia advir da velocidade ou do estacionamento dos veículos transportadores. Na análise do Projeto de Engenharia, as medidas relativas à sinalização e à proteção lateral, nas obras de arte, encontravam-se incorporadas no projeto de engenharia, visando a melhoria do tráfego nos segmentos em questão.

2.6. Conceitos e Definições

A análise preliminar de riscos tem se mostrado um instrumento valioso na identificação de cenários e determinação de áreas vulneráveis. O conhecimento das situações de riscos e áreas vulneráveis permite planejar ações de emergências e treinar previamente as comunidades envolvidas no acidente.

Não obstante lacunas e deficiências no cumprimento de leis e normas, a prática mostra que a probabilidade de acidentes com cargas perigosas é relativamente baixa, mas quando acontecem provocam forte impacto social, seja pelo número de vítimas diretas e indiretas, como no recente derrame de ácido clorídrico em Tabaí, RS, seja pelo dano ambiental decorrente, como no tombamento de caminhão e sua carga no canal do Vigário, parte do sistema de abastecimento de água do Grande Rio, obrigando a suspensão de sua operação.

Em qualquer dos casos o ônus de operadores, concessionários e polícias é grande, com enorme repercussão nos meios de comunicação social, fato que futuramente irá dificultar a implantação de empreendimentos semelhantes, embora como se disse no Capítulo I seja impossível à sociedade moderna não conviver com este tipo de carga.

Este contexto induz que se avalie com cuidado os riscos prováveis de acidentes e em que medida se pode preveni-los ou, ao menos reduzir seu impacto ambiental. Para tanto, a análise da experiência internacional e, em diversos pontos do País, a respeito e, a adaptação dessas experiências, para os cenários da região do estudo é de vital importância. Evitando-se a pretensão de reinventar sistemáticas que podem resultar ineficazes. Neste aspecto, no campo mundial os trabalhos da United Nations Environment Programme - UNEP, e na área nacional a ação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico - CETESB de São Paulo, pela experiência que acumulou no trato da região que detém a maior intensidade destes fluxos e a sede de seus produtores, são básicos para um bom plano a respeito.

O progressivo aumento da fabricação de produtos químicos, tóxicos ou potencialmente tóxicos e o contínuo aumento do lançamento de novas substâncias no mercado mundial, tornam cada vez mais freqüentes os acidentes com esses produtos. Muitos deles classificados como perigosos, nas operações de transporte em vias públicas.

São considerados produtos perigosos (de acordo com a Norma ABNT-7501), todos aqueles que, segundo a definição, têm a propriedade de causar danos, e estão relacionados na Portaria 204/97 do Ministério dos Transportes e alterações posteriores, ou que representem risco para

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a saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, entendendo-se por risco, a probabilidade da ocorrência de acidentes com esses produtos perigosos.

O risco é a relação matemática entre a freqüência de ocorrência do evento e a conseqüência (magnitude). O risco que a população como um todo está submetida significa o chamado risco social que pode ser involuntário quando as pessoas não têm noção da sua magnitude e ocorrência ou voluntário, como exemplo é considerado o risco que corre um operário de fábrica de produto perigoso.

O risco que correm as populações lindeiras da Rodovia é certamente involuntário e, por isso, cabe às autoridades da região a responsabilidade de sua mitigação.

A mitigação e/ou anulação dos riscos sociais é feita primeiramente através da sua identificação (pontos críticos de probabilidade de ocorrências acidentais) e, em seguida, de aplicação de medidas preventivas e corretivas que são desenvolvidas nesse Plano.

RISCO SOCIAL E INDIVIDUAL

Conceito:

Risco Social = freqüência (eventos/ano) x magnitude (conseqüências por evento).

Risco Individual = risco social = probabilidade de cada evento ocorrer. População

Os produtos perigosos passam a representar um perigo, no momento em que saem da embalagem apropriada ou quando algum procedimento adotado em relação a eles for inadequado sob o aspecto de segurança.

Os produtos ditos perigosos, enquanto devidamente acondicionados e armazenados, em procedimentos comerciais, apresentam sempre o chamado risco intrínseco ou o potencial de danos (toxicológico); mas não o risco acidental, cuja periculosidade é promovida pela manipulação e/ou transporte desses produtos.

As ações de segurança previstas para mitigação e/ou anulação dos danos referentes à riscos acidentais são consubstanciadas no que se denominou Plano de Emergência para atendimento a Acidentes Ambientais com produtos perigosos na rodovia BR-101.

Esse Plano está voltado para prevenir e conter de forma emergencial os impactos gerados por acidentes no meio físico, social e biótico, de ocorrência com produtos perigosos na área de influência considerada da Rodovia.

Entende-se por acidente ambiental, aquele ocorrido durante a manipulação, armazenamento ou transporte de produtos químicos, que promova alterações nas condições do meio ambiente, provocando a degradação da qualidade ambiental e prejudicando a saúde, a segurança e o bem estar da população podendo, ainda, criar condições adversas às atividades econômicas e sociais.

São exemplos de acidentes ambientais graves aqueles envolvendo produtos químicos gasosos voláteis, que se espalham através da ação dos ventos, afetando o ambiente e as comunidades circunvizinhas na área do acidente; ou aqueles em que o produto perigoso se espalha através da rede de drenagem de um rio que abastece a uma determinada comunidade, contaminando-

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a; ou ainda um derramamento de produto na Rodovia que escorre pela drenagem para uma lagoa de preservação.

2.7. Avaliação dos Riscos na Rodovia BR-101

Para uma avaliação de riscos com cargas perigosas, são necessárias informações capazes de levar à análise do problema ocorrido nos seus aspectos mais relevantes, a população afetada, os recursos naturais afetados e as modificações nos setores ambientais.

No sentido de projetar-se de modo eficaz a alocação de recursos para atendimento em caso de acidentes com cargas perigosas, procurou-se traçar um perfil do tráfego na Rodovia BR – 101 e identificar os locais de maior ocorrência de acidentes e a característica dos acidentes mais comuns (local, situação, produto envolvido e vítimas).

Em seguida foram identificados os locais de maior risco ambiental possibilitando conclusões a partir da sobreposição dos resultados destas análises.

2.7.1. Perfil do Tráfego de Cargas Perigosas na BR-101/RS

Para traçar o perfil do movimento de cargas perigosas na Rodovia tomou-se como parâmetro o resultado de pesquisas efetuadas pelos órgãos regionais.

Os estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, têm um mecanismo de ação conjunta e coordenação, que é o Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul - CODESUL, sentindo a necessidade de um controle regional destes fluxos perigosos, que freqüentemente circulavam de um estado para o outro, em 09/12/94 assinaram, em Porto Alegre, por intermédio de seus governadores, um Protocolo de Intenções para a “cooperação operacional e técnica no transporte rodoviário de produtos perigosos”. Entre as principais resoluções do novo sistema estavam:

- Pesquisas integradas para caracterizar estes fluxos e controlar sua operação; colaboração entre as Defesas Civis Estaduais, padronizando metodologias e procedimentos, inclusive para formação de uma base comum de dados;

- Cessão de recursos humanos e equipamentos em caso de catástrofes;

- Montagem de um sistema Regional de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos pela conjugação de Sistemas Estaduais correspondentes;

- Realização de encontros regionais para troca de informações, implantação de ações conjuntas e avaliação do Sistema.

Examinando mais especificamente o objeto deste estudo, verifica-se que as metas da CODESUL ainda estão distantes de uma perfeita execução, existindo sensíveis lacunas de informação localizada, embora sejam disponíveis dados mais gerais. Dentro deste contexto, pode-se, por exemplo, concluir que a situação no trecho a ser duplicado da BR-101 não deverá tender a ser muito diferente das condições hoje existentes em outros trechos de rodovias federais que lhe dão acesso, onde o volume de irregularidades é significativo, como expressa uma amostra aleatória feita pelas Polícias Rodoviárias Federal e Estadual no Paraná, e que demonstra a necessidade de rigoroso controle no novo trecho, se quisermos reduzir a níveis mínimos as probabilidades de tais ocorrências. Agregue-se ainda, para agravamento do

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quadro, que conforme o dia da semana um percentual entre 30 e 36% da frota fazia este tipo de transporte à noite, na faixa de 19 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte, horário com maior incidência de acidentes. Observou-se o seguinte:

IRREGULARIDADES NO TRANSPORTE

13%

32%

39%20%

39% S E M F I C H A D EE M E R G Ê N C I A

SEM EPIs

S E M C O N J U N T O D EE M E R G Ê N C I A

S E M C E R T I F I C A D ODE CAPACITAÇÃO

S E MP L A Q U E T A G E M

- 13% dos caminhões com produtos perigosos não levavam a Ficha de Emergência, de porte obrigatório e que contém orientações ao motorista em caso de acidente;

- 32% não tinham os equipamentos de proteção individual - EPIs - completos ou adequados;

- 39% em igual situação quanto aos materiais e equipamentos do Conjunto de Emergência;

- 20% com irregularidades diversas ou sem o Certificado de Capacitação para este tipo de produto;

- 39% com irregularidades ou mesmo ausência na plaquetagem externa de identificação dos produtos.

O Rio Grande do Sul, talvez devido a uma ação mais constante das autoridades estaduais e às fortes multas que são aplicadas, resultados de blitzen nas rodovias mostraram resultados melhores. Blitzen, estas realizadas em pontos diversos do sistema rodoviário, no primeiro semestre de 1999, envolvendo 328 caminhões, geraram os dados apresentados na Tabela nº 2.7.1.1 a seguir.

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Tabela nº 2.7.1.1 - Acidentes Registrados no Trecho da BR-101 – Osório / Torres – de 1987 a 2001 - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

Nº DATA LOCAL PRODUTO CLASSE DE RISCO

ÁREA AÇÃO (CB)

01 11/02/87 Maquiné, Rio Maquiné Butadieno (ONU 1010) “2” - Gases Capão da Canoa

02 06/01/90 Torres Propeno (ONU 1077) “2” - Gases Torres

03 16/01/91 Osório, Posto Renascença GLP (ONU 1075) “2” - Gases Osório

04 19/12/94 3 Cachoeiras Produtos inflamáveis “3” Líquidos inflamáveis Torres

05 03/02/95 3 Cachoeiras, km 21,4 Acetona (ONU 1090) “3” Líquidos inflamáveis Torres

06 19/11/95 Maquiné Ácido Oxálico ou etanodióico “8” Corrosivos Capão da Canoa

07 30/08/96 Osório Agrotóxicos diversos “6”– Substâncias tóxicas Osório

08 05/12/96 Torres Amianto branco (ONU 2590) “9”Subst. perig. diversas Torres

09 22/08/97 3 Forquilhas, km 39 Corrosivos diversos “8” - Corrosivos Torres

10 14/05/98 3 Forquilhas, km 37 Cola e solventes (ONU 1263) “3” Líquidos inflamáveis Torres

11 19/05/99 3 Forquilhas, Ponte do Rio Tintas, vernizes e solventes (ONU 1263) “3” Líquidos inflamáveis Torres

12 21/01/01 Torres, km 13,5/Lagoa de Itapeva

Mercaptoetanol de sódio (ONU 3267) “8” - Corrosivos Torres

Fonte: CEDEC – FEPAM – COPESUL – Corpo de Bombeiros da Brigada Militar/1º GCI – CBBR – GEACCAP

Obs. 1: “Classe de Risco” refere-se a classificação internacional da ONU, que é composta de 9 classes;

Obs. 2: “Área de Ação (CB)“ refere-se a Unidade do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar que possui jurisdição territorial sobre determinada área;

Obs. 3: “CEDEC” refere-se a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil;

Obs. 4: “FEPAM” refere-se a Fundação Estadual de Proteção Ambiental;

Obs. 5: “COPESUL” refere-se a Companhia Petroquímica do Sul, junto ao Pólo Petroquímico de Triunfo;

Obs. 6: “1º GCI” refere-se ao 1º Grupamento de Combate a Incêndio;

Obs. 7: “CBBR - GEACCAP” refere-se a Corpo de Bombeiros de Busca e Resgate – Grupo Especial de Apoio no Controle de Cargas Perigosas.

2.7.2. Total de Acidentes por Classes de Risco da ONU na BR-101 – Período de 1987 a 2001

“3” – Líquidos Inflamáveis: 04 Acidentes (33,34% DO TOTAL);

“2” – Gases: 03 Acidentes (25% do total);

“8” – Corrosivos: 03 Acidentes (25% do total);

“6” – Substâncias Tóxicas: 01 Acidente (8,33% do total);

“9” – Substâncias Perigosas Diversas: 01 Acidente (8,33% do total).

2.7.2.1. Locais de Maior Incidência de Acidentes na BR-101 – Período de 1987 a 2001, por Área de Ação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar

Corpo de Bombeiros de Torres: 08 Acidentes (66,67% do total), sendo:

- Três Forquilhas: 03 Acidentes (25% do total);

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- Torres: 03 Acidentes (25% do total);

- . Três Cachoeiras: 02 Acidentes (16,67% do total).

Corpo de Bombeiros de Capão da Canoa: 02 Acidentes (16,67% do total), em Maquiné;

Corpo de Bombeiros de Osório: 02 Acidentes (16,67% do total), em Osório.

Tabela nº 2.7.1.2 - Dados Amostrais do Transporte de Produtos Perigosos no Rio Grande do Sul (1º semestre de 1999)

Condição Plaquetagem EPIs Ficha de Emergência

Correta 94,5 96,4 97,6

Incorreta 4,6 3,0 1,2

Ausente 0,9 0,6 1,2

Fonte: Relatório de Atividades da Defesa Civil/RS

Nestas mesmas "blitzen", o perfil dos motoristas entrevistados mostrou os seguintes valores:

- Idade média: 41 anos

- Idade superior a 60 anos: 4,9 %

- Tempo médio neste transporte: 0,8 anos

- Oriundos de cursos especializados: 91,2 %

- Duração média dos cursos: 4.2 horas

- Habilitados para este serviço: 99,1 %

- Aprovados no uso de EPIs: 98,5 %

- Envolvidos em acidentes neste serviço: 3,4 %

O curso mais freqüentado foi o MOPE, sobre movimentação de produtos perigosos, dos sistemas SENAI/SENAT, com duração de 40 horas, apresentando um percentual de 86,9 % dos entrevistados.

Quanto aos caminhões vistoriados, os dados amostrais mais expressivos foram: 73,7 % eram tanques, 19,8 % de carroceira aberta e 6,1% baús; 96,0% em bom estado, 3,7% em estado regular e 0,3% em más condições; 97,9% com condicionamento adequado da carga, 1,5% razoável e 0,6% mau.

Dados obtidos junto ao Serviço de Emergência Ambiental da FEPAM sobre o tráfego no trecho gaúcho da BR-101, entre Osório e Torres, mostram o resultado relativo a acidentes com produtos perigosos registrados pela PRF, expresso na Tabela nº2.7.1.2.

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Tabela nº 2.7.1.2 – Acidentes com Produtos Perigosos no Trecho Gaúcho da BR-101

Ano Acidentes Locais Produtos

1994 01 Mun. Três Cachoeiras Liquido Inflamável

1995 02 Mun. Três Cachoeiras- km 21,4

Mun. Maquiné

Dimetil Cetona

Ácido Oxálico

1996 02 Mun. Osório- Posto PRF

Mun. Torres

Agrotóxico

Amianto

1997 01 Mun. Três Forquilhas- km 39 Produtos Diversos

1998 01 Mun. Três Forquilhas- km 37 Colas e Solventes

1999 01 Ponte no rio Três Forquilhas Tintas, Vernizes e Solventes

2000 00 Nenhum acidente até 22/07/00 nada

Fonte : FEPAM/2000

Note-se que neste mesmo trecho nos primeiros 8 meses de 1999, segundo estatísticas da PRF registrou-se um total de 159 acidentes com toda a frota de caminhões, e no estado todo a FEPAM aponta no período 1994/1998 totais respectivamente de 14, 22. 17, 14 e 21 acidentes com cargas perigosas.

Observa-se que os produtos das classes 3 e 8 da ONU costumam ser transportados em caminhões-tanques, fato que geralmente implica em grande quantidade de produto envolvida, enquanto que os da classe 2 normalmente vão em invólucros metálicos, como os cilindros, envolvendo quantidades menores, porém de disseminação mais rápida pelo ambiente.

O aumento do intercâmbio entre os países participantes da Associação Latino-Americana de Integração - ALADI, especialmente entre os do chamado Cone Sul, fez com que o tema adquirisse relevância neste contexto, embora restrito mais especificamente aos produtos industriais, por considerarem que a probabilidade de transferência zonal de rejeitos perigosos entre países-membros, seja para reciclagem, seja para estocagem segura, já estava disciplinada no âmbito internacional pelas regras de Basiléia, de alcance mundial. Como a BR-101 vem cada vez mais se caracterizando como a "Rodovia do MERCOSUL", já transitam por suas pistas cargas classificadas como perigosas e, é provável que sigam em aumento a não ser que se especifique outra rota como obrigatória.

Verificada a primeira hipótese, incidiria sobre estes fluxos o conveniado no Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos, assinado em Montevidéu em 30/12/1994, no marco da Associação Latino - Americana de Integração - ALADI, por ainda não haver sido firmado na data o Tratado de Assunção, mas aplicável somente aos quatro membros do MERCOSUL ( Argentina / Brasil / Paraguai / Uruguai). Este instrumento passou a vigir no Brasil pelo Decreto nº 1.797 de 25/01/1996. Foram selecionados 2096 produtos de comercialização regional mais provável entre os 3250 constantes da codificação mundial, seleção que tem a distribuição da Tabela nº2.7.1.3 entre as nove classes de adoção internacional:

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Tabela nº 2.7.1.3 - Universo de Produtos Perigosos no MERCOSUL

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 Classe 6 Classe 7 Classe 8 Classe 9

Explosivos Gases Líquido inflamável

Solvente Inflamável

Oxidantes Tóxicas Radioativo Corrosivos Outros

361 190 416 250 148 435 13 255 22

Fonte: MERCOSUL: Acordo Parcial

Levantamento feito pelo IPR registrou no trecho atual fluxos de produtos perigosos no sentido Brasil-Argentina, em número de 4, todos com origem na firma CRIOS da Cidade de São Carlos, no estado de São Paulo, constituídos pelos seguintes produtos e suas tonelagens anuais.

Tabela nº2.7.1.4: Fluxos de Produtos Perigosos na BR-101 para o MERCOSUL

Origem Destino Produto t/ano

S. Carlos, SP Argentina Resina fenólica líquida 351

S. Carlos, SP Argentina Isocianato em solução 78

S. Carlos, SP Argentina Resina fenólica aquosa 280

S. Carlos, SP Argentina Resina furânica 64

Fonte: IPR, “Fluxos de Produtos Perigosos em Rodovias Federais”

A situação do transporte de cargas perigosas neste trecho não difere substancialmente da encontrada em outras rodovias federais em áreas de mesmo nível de desenvolvimento, mas sem uma industrialização muito acentuada, embora servindo como canal de passagem a regiões de forte industrialização. Neste contexto, cinco fluxos se destacam como mais significativos:

- derivados de petróleo, para bases de distribuição ou a postos de serviço;

- gás liqüefeito de petróleo – GLP, para uso doméstico e de unidades produtivas;

- cloro ou seus derivados para tratamento de água captada;

- tintas, vernizes e solventes de uso variado e;

- agrotóxicos e fertilizantes para emprego agrícola.

Como os três primeiros se vinculam ao crescimento demográfico e a área servida, ainda em ritmo de maior ocupação permanente e mesmo temporária por se tratar de região turística relevante, a tendência é de se manterem em alta os fluxos correspondentes, embora não se disponha de dados para comprovação.

O quarto fluxo deverá manter-se crescente, em especial no sub-ramo de tintas imobiliárias mas, o ritmo depende do momento econômico. O quinto é constituído por fluxos de passagem, por não se tratar de área com agricultura intensa; o volume depende de influências exteriores ao entorno da rodovia.

Cumpre notar que derivados de petróleo se originam particularmente da Refinaria Alberto Pasqualini, da PETROBRAS, em Canoas, RS, com destino a bases distribuidoras e aos postos

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de serviço na área de influência direta da rodovia; o mesmo ocorre com o GLP. Os produtos petroquímicos no rumo norte tem origem principal no Polo Petroquímico de Triunfo, RS, a cerca de 90 km de Porto Alegre. No rumo sul, a maior fonte é o estado de S. Paulo, com destino mais expressivo para a Grande Porto Alegre. Dados do IPR formam a Tabela nº 2.7.1.5.

Tabela nº 2.7.1.5 - Fluxos de Produtos Perigosos na BR-101, Trecho Palhoça - Osório

Origem Destino Produto t/ano

BA RS Buteno 3

BA RS Isopropil cellosolve 38

RJ RS Hidróxido de potássio líquido 890

RJ RS Terebentina 10

RS RJ Benzeno 20

RS SP Benzeno 6

RS SP Butadieno 1

RS SP Butadieno 1,5

RS SP Butadieno 200

RS SP C9 aromático 5,5

RS SP Mistura de isoxilenos 27

RS SP Propeno grau polímero 250

RS SP Propeno grau polímero 250

RS PB Refinado C6C8 16

RS SP Refinado C6C8 15

RS SP Resíduo aromático 3

RS PB Solvente C9 1,2

RS SP Tolueno 35

RS PR Cloro 18

SP SR Oleum 45

SP SC Hidróxido de sódio sólido 438,5

SP RS Isoparafina 260

SP RS N-hexano 5,5

SP RS Resinas (compostos inflamáveis) 930

SP RS Oleum 3

SP RS Cloro líquido 2201

SP RS Dicloroetano 156,5

SP RS Ucon-quenchant-en 17

SP RS Dietilenotriamina 1

SP RS Sulfeto de sódio em escamas 401

SP RS Acetato de etila 1000

SP RS Acetona 3700

Total Anual 10.908,5

Fonte: IPR

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Obs: Não constam da Tabela anterior o transporte de combustíveis e óleos lubrificantes, bem como os de GLP e fertilizantes, produtos que formam os fluxos mais significativos.

Dadas as capacidades mais usualmente encontradas em veículos que transportam cargas perigosas químicas, que em média giram em torno de 12 t, e considerando 300 dias operacionais por ano, estes fluxos significariam cerca de 3 caminhões/dia, lembrando-se que não estão incluídos neste cômputo os tanques com combustível e os de GLP, que somam valores muito mais altos, em torno de 70% deste tipo de carga. Neste sentido, pesquisas pontuais feitas na atual BR-101, exemplificadas anteriormente, mostram por classe de produto os percentuais detectados. Não se pode deixar de notar que são dados pontuais, no tempo e colhidos sem maiores preocupações com técnicas estatísticas consagradas para tais medições, o que torna sua precisão muito relativa, devendo cercar sua análise das precauções recomendáveis nestas circunstâncias.

2.7.3. Identificação de Locais de Maior Vulnerabilidade de Riscos Ambientais

Os locais de maior vulnerabilidade de riscos ambientais, mostrados em seguida no Quadro 2.7.2.1 foram determinados confrontando-se as informações em função da ocorrência de elementos relevantes ou comunidades populacionais, nas áreas sob influência de acidentes com cargas comuns e perigosas presentes no trecho em concessão, guardando-se os limites da área de influência direta, já descrita no capítulo 1.4.

Quadro nº 2.7.2.1 - Locais de Maior Risco Ambiental

Fisiografia Localização

Travessias Urbanas Três Cachoeiras, Terra de Areia, São João do Sul, Campo Bonito, Fernando Ferrari, Aguapés, Sertão, Sacramento.

APA Municipal de Osório.

APA Municipal de Terra de Areia.

Aldeia Indígena Campo Bonito.

Sistemas Lacunares Itapeva, Tramandaí, Quadros, Pinguela, Peixoto.

Travessia de Rios Três Forquilhas, Sanga Funda, Maquine.

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3. DETALHAMENTO DO PLANO DE EMERGÊNCIA

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3. DETALHAMENTO DO PLANO DE EMERGÊNCIA

3.1. Procedimentos de Combate a Acidentes

Os riscos de acidentes envolvendo cargas perigosas na BR-101/RS, são qualificados pela sua tipologia em 9 (nove) categorias cujos procedimentos de combate aos acidentes seguem orientação para as respectivas classes gerais. Para riscos específicos a cada uma das cargas acidentadas (produtos), devem ser feitas consultas nas fichas de segurança do Banco de Dados, pelas entidades conveniadas.

3.1.1. Produtos Químicos Perigosos Transportados na Rodovia

Nesse capítulo foram exemplificados os produtos e fabricantes que transitam mais freqüentes em Rodovias e, embora não detectados ainda na BR-101, tem grandes possibilidades de estarem sendo transportados nessa Rodovia.

Procedimentos Gerais sobre os Produtos Perigosos com Maior Possibilidade de Tráfego na Região

3.1.1.1. Classe 1

Quadro nº 3.1.1.1 - Classe 1 – Materiais Explosivos

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

N.º ONU PRODUTO CLASSE ND

0065 CORDEL DETONANTE 1.1.D ND

0081 EXPLOSIVO DEMOLIÇÃO TIPO A ND

0082 EXPLOSICO DEMOLIÇÃO TIPO B ND

0360 DETORNADORES 1.1.B ND

Obs.: Liberação rápida de energia com violência (explosão).

Definição de explosão: liberação rápida e violenta de energia, cuja intensidade depende da velocidade com que a energia é liberada.

- Tipos de energia liberada:

• Física – pressão dos gases, elétrica, etc.;

• Química – reações exotérmicas de polimerização e de decomposição.

- Ocorrência de explosão:

• Mistura explosiva + fonte de ignição.

- Fontes de ignição:

• Fogo;

• Superfície quente;

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• Centelha ou faísca;

• Produtos químicos (reativos, catalisadores, etc.);

• Eletricidade estática;

• Compressão.

- Tipos de Explosão:

• Deflagração = mistura inflamável com queima relativamente lenta; a velocidade é da ordem de 1 m/s (hidrocarboneto/ar).

• Detonação = a chama de frente viaja como uma onda de choque, seguida por uma onda de combustão que libera energia para sustentar a onda de choque. A velocidade para a mistura hidrocarboneto/ar é da ordem de 2.000 a 3.000 m/s. Acontece mais comumente quando o hidrocarboneto apresenta tripla ligação ou quando possui uma faixa larga no limite de inflamabilidade.

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Os eventos acidentais comuns de fogo e/ou explosão são provocados por compressão, choque ou reação química;

• Primeiramente isolar a área num raio mínimo de 100 (cem) metros se não houver fogo;

• Eliminar todas as fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas, não fumar, não tocar no produto tombado;

• Isolar a área num raio mínimo de 600 (seiscentos) metros se o fogo e/ou explosão atingirem a área;

• Cuidado com a queima de gases tóxicos;

• Usar equipamentos de proteção ao fogo e máscaras de respiração autônoma;

• Se o fogo for na carga, não combater o fogo, somente se for no caminhão usando: água, pó químico ou terra;

- Primeiros Socorros:

• Solicitar assistência médica de emergência, ministrar primeiros socorros de acordo com a natureza dos ferimentos;

• Deslocar a vítima somente com maca e viatura especializada.

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3.1.1.2. Classe 2

Quadro nº 3.1.1.2 - Classe 2 – Gases Comprimidos e Liquefeitos Dissolvidos Sob Pressão ou Altamente Refrigerados

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE/ENGARRAFADOR

1001 ACETILENO 2.3 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1005 AMÔNIA ANIDRA LÍQUIDA 2.6 ULTRAFÉRTIL – SP

1006 ARGÔNIO 2.0 WHITE MARTINS

1017 CLORO 2.6 Nd

1023 GÁS DE CARVÃO 2.3 C.S.N.

1033 ÉTER DIETÍLICO 2.3 DIVERSOS

1044 EXTINTOR INCÊNDIO C/GÁS COMPR.

2.0 DIVERSOS

1070 ÓXIDO NITROSO 2.5 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1072 ÓXIGÊNIO COMPRIMIDO 2.5 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1073 ÓXIGÊNIO LIQUEFEITO REFRIGERADO

2.5 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1075 G.L.P. (GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO)

2.3 MINASGÁS S.A./SUPERGASBRAS S.A./AGIL PLIQUIGÁS S.A./NACIONAL GÁS BUTANO/COPAGÁS/HELIOGÁS

1077 PROPENO 2.3 PETROBRÁS/

1082 TRIFLUOR CLORO ETENO 2.3 NÃO IDENTIFICADO

1703 DITIO PIRO FOSFATO DE TETRAETILA

2.6 NÃO IDENTIFICADO

1951 ARGÔNIO LÍQUIDO REFRIGERADO

2.0 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1956 GASES COMPRIMIDO N.E. 2.0 AIR LIQUID/WHITE MARTINS/AGA

1971 GÁS NATURAL 2.3 PETROBRÁS

1977 NITROGÊNIO LÍQUIDO REFRIGERADO

2.0 WHITE MARTINS

1980 MISTURA DE GASES RAROS COM OXIGÊNIO

2.0 WHITE MARTINS

2187 DIÓXIDO CARBONO LÍQUIDO REFRIGERADO

2.0 WHITE MARTINS

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Gases podem ser nocivos e irritantes se inalados, usar máscara de respiração autônoma;

• Cuidado com queimaduras com gases comprimidos e liqüefeitos ao se vaporizarem;

• Os gases inflamáveis por contato com o ar, fazem misturas explosivas;

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• Os gases corrosivos em contato com a água têm reação violenta;

• Os gases liqüefeitos são mais pesados que o ar formando colchões alongados e provoca a morte por asfixia (falta de oxigênio);

• Os colchões alongados (Butano e GLP) podem caminhar distâncias consideráveis na direção do vento dominante e, na presença de fontes de ignição se inflamam até alcançar a origem da fonte, na direção do vento down wind, formando um colchão explosivo e inflamável.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados: manter a vítima em observação.

3.1.1.3. Classe 3

Quadro nº 3.1.1.3 - Classe 3 - Materiais Líquidos Inflamáveis

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

Nº ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE/DISTRIBUIDOR

1090 ACETONA 3.0 RHODIA DO BRASIL LTDA – SP CIA. BRAS. PETRÓLIO IPIRANGA

1120 BUTANOIS 3.0 PETROBRÁS S/A

1133 ADESIVO COM LÍQUIDO INFLAM. 3.0 ND

1134 CLORO BENZENO 3.0 RHODIA S/A

1136 DESTILADO DE ALCATRÃO 3.0 C.S.N.

1155 ÉTER DIETÍLICO 3.0 DISTRIB.SERVIÇOS HOSPIT.LTDA.

1170 ETANOL 3.0 PETROBRAS S.A./

1202 GASÓLEO 3.0 PETROBRAS S/A

1203 GASOLINA/ÁLCOOL/DIESEL 3.0 PETROBRAS/SHELL/EXXON/TEXACO/IPIRANGA-ATLANTIC/WAL

1213 ACETATO DE ISOBUTILA 3.0 RHODIA DO BRASIL S/A

1223 QUEROSENE 3.0 PETROBRAS/POLISOLVENTE .

1228 MERCAPTONA LÍQUIDA N.E. 3.6 PETROBRAS

1230 METALNOL 3.6 ND

1245 METIL ISOBUTIL CETONA 3.0 RHODIA BRASIL LTDA. SP

1263 TINTAS/SOLVENTES 3.0 SUVINIL/SHERWIN WILLIANS/CORAL/AKZO

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(continuação)

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

Nº ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE/DISTRIBUIDOR

1815 CLORETO DE PROPINILA 3.8 OXITENO DO NORDESTE S/A

1863 COMBUSTÍVEL P/AVIÃO A TURBINA 3.0 PETROBRAS – CENTRAL PROD.AVIAÇÃO

1866 SOLUÇÃO RESINA INFLAMÁVEL 3.0 RESANA S/A / CRAY VALLEY BRASIL LTDA.-SP

1294 BTX (BENZENO,TOLUENO,XILENO 3.0 COPESUL

1991 CLOROPRENO - INIBIDO 3.0 ND

1992 LIQUIDOS VENENOSOS INFLAMÁV.N.E. 3.6 ND

1993 LIQUIDOS INFLAMÁVEIS N.E. 3.0 ND

1999 ALCATRÃO / ASFALTO DILUÍDO 3.0 Nd

2055 ESTIRENO 3.0 Nd

2784 PESTICIDA ORGANO FOSFORADO LÍQUIDO

3.6 ND

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Líquidos inflamáveis com tensão de vapor alta, o contato com o ar forma uma mistura explosiva;

• Provocam irritação por inalação, ingestão ou contato breve com a pele, olhos e mucosa;

• Provocam queimaduras e intoxicação pela ingestão ou contato grande com a pele olhos e mucosa;

• Na presença de fontes de ignição provocam chamas rápidas direcionais (flash fire) muito perigosas;

• Evitar que o produto vaze para a rede pluvial e fluvial, para não contaminar as galerias (risco de explosão) e rios (poluição);

• Sempre que possível conter o derramamento com terra e recolher o produto restante mediante sistema adequado;

• Os recipientes submetidos ao calor de chamas, podem explodir;

• Para combate ao fogo, usar canhão de lançamento à distância com pó químico, CO 2, nuvem de água ou espuma de álcool, (para incêndios grandes);

• Resfriar os reservatórios lateralmente com água, se estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo;

• Nos grandes derramamentos canalizar (abrir valas) para escoamento e armazenagem do produto longe de área do acidente em formação de uma pequena barragem de contenção ou com uso de barreiras de contenção (oil-boom);

A neblina de água elimina vapores e se possível evitará ignição em recipientes fechados.

- Primeiros Socorros:

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• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos; lavar a pele com água e sabão;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.

3.1.1.4. Classe 4

Quadro nº 3.1.1.4 - Classe 4 – Sólido Inflamável

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE

1320 DINITROFENOL 4.1.6 NÃO IDENTIFICADO

1923 DITONITO DE CÁLCIO 4.2 NÃO IDENTIFICADO

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Intoxicação e queimaduras por inalação, ingestão ou contato com a pele;

• Pode inflamar-se quando exposto ao ar;

• Pode reinflamar-se após a extinção do fogo, por isso deve ser coberto com terra;

• Pode reagir violentamente com a água;

• Manter as pessoas afastadas e isolar a área;

• Usar máscaras de respiração autônomas;

• Para grandes incêndios inundar a área com água, mantendo-se à distância; usar canhão de lançamento;

• Para pequenos incêndios usar, pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

• Não deixar a água penetrar nos recipientes, resfriar lateralmente os tanques com água.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco; solicitar assistência médica de emergência;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos.

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3.1.1.5. Classe 5

Quadro nº 3.1.1.5 - Classe 5 – Material Oxidante

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRÁFEGO NA REGIÃO

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE

1748 HIPOCLORITO DE CÁLCIO 5.1 ND

2014 PERÓXIDO HIDROGÊNIO-SOL. AQUOSA 5.1.8 ND

2015 PERÓXIDO HIDROGÊNIO-SOL. AQUOSA 5.1.8 ND

2183 PERCROTONATO DE TERC-BUTILA 5.2 ND

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Não tocar no produto derramado;

• Manter materiais combustíveis (madeira, papel, óleo, etc.) longe do produto derramado.

• Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento.

• Pequenos derramamentos líquidos: Absorver com areia, terra ou outro material absorvente não combustível.

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco; solicitar assistência médica de emergência;

• Se não estiver respirando, fazer respiração artificial, se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados, manter a vítima em observação.

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3.1.1.6. Classe 6

Quadro nº 3.1.1.6 - Classe 6 – Tóxico/Infectante

PRODUTOS COM POSSIBILIDADE DE TRAFEGO NA REGIÃO

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE

2078 TOLUENO DIISOCIANATO 6.1 ND

2587 BENZOQUINONA 6.1 ND

2611 PROPENO CLORIDRINA 6.1 ND

2754 N-ETIL TOLUIDINAS 6.1 ND

2810 LÍQUIDOS VENENOSOS N.E. 6.1 ND

2874 ÁLCOOL FURFURÍLICO 6.1 ND

Obs.: Na pesquisa efetuada não passou nenhum produto dessa classe.

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais fechados.

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte.

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco; solicitar assistência médica de emergência;

• Se não estiver respirando, fazer respiração artificial, se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos;

• É de extrema importância a rápida remoção do produto da pele;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados, manter a vítima em observação.

3.1.1.7. Classe 7

A classe 7 se refere a SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS regulamentadas pela CNEN

Não foram ainda detectadas na Rodovia BR-1`01, nesse trecho.

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3.1.1.8. Classe 8

Quadro nº 3.1.1.8 - Classe 8 – Material Corrosivo

PRODUTOS QUE TRANSITAM NA RODOVIA

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE

1759 SÓLIDOS CORROSIVOS N.E. 8.0 ND

1760 LÍQUIDOS CORROSIVOS N.E. 8.0 ND

1778 ÁCIDO FLUORSILÍCICO 8.0 NÃO IDENTIFICADO

1789 ÁCIDO CLORÍDRICO 8.0 CARBOCLORO – SP BAYER BRASIL

1791 HIPOCLORITO 8.0 ND

1824 HIDRÓXIDO DE SÓDIO 8.0 ND

1825 MONÓXIDO DE SÓDIO 8.0 ND

1830 ÁCIDO SULFÚRICO 8.0 COOPBRAS/ULTRA FÉRTIL/BAYER/ELLEKEIROZ – SP

2582 CLORETO FÉRRICO 8.0 NHEEL QUÍMICA LTDA. – SP

2586 TOLUENO SULFÔNICO 8.0 NÃO DISP.

2794 BATERIAS COM SOLUÇÃO ÁCIDA 8.0 PULSAR - PR

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco.

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte.

• Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento.

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco; solicitar assistência médica de emergência;

• Se não estiver respirando, fazer respiração artificial, se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos;

• É de extrema importância a rápida remoção do produto da pele;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados, manter a vítima em observação.

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3.1.1.9. Classe 9:

Quadro nº 3.1.1.9 - Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas

PRODUTOS QUE TRANSITAM NA RODOVIA

N.º ONU PRODUTO CLASSE FABRICANTE

1845 DIÓXIDO DE CARBONO-SÓLIDO (GELO) 9.0 ND

3082 ÓLEO COMBUSTÍVEL 9.0 PETROBRAS/SHELL

3257 ASFALTO/ALCATRÃO 9.0 PETROBRAS/IPIRANGA/

- Atuação em Caso de Perda ou Derrame:

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas;

• Mesmo após a extinção do fogo, manter-se longe dos tanques.

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halo, neblina de água ou espuma normal.

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal.

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco.

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte.

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

- Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco; solicitar assistência médica de emergência;

• Se não estiver respirando, fazer respiração artificial, se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos;

• É de extrema importância a rápida remoção do produto da pele;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados, manter a vítima em observação;

• Em caso de lesões por congelamento, descongelar com água as partes afetadas.

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3.2. Respostas às Situações Emergenciais

As respostas às situações emergenciais são ações efetuadas pelas equipes de plantão da estrutura das entidades conveniadas, que no caso específico de cargas perigosas desenvolverão as ações seqüenciais constantes do fluxograma de respostas às emergências, operado sob a coordenação da Defesa Civil , de acordo com a classificação e hierarquização dos acidentes adotada.

3.2.1. Classificação e Hierarquização dos Acidentes

A classificação dos Acidentes leva em consideração os acidentes de maior probabilidade de ocorrência, que foram classificados pela sua tipologia de danos e severidade, com a finalidade de facilitar, de imediato, a sua identificação no sistema de comunicação e atendimento dos órgãos conveniados;.

Quadro nº 3.2.1.1 - Acidentes Quanto aos Danos

ACIDENTES QUANTO AOS DANOS

TIPO DANO

A Proximidade de população, casas, comércio.

B Proximidade de rios, lagos, designados para usos nobres (potabilidade, imersão, etc.)

C Proximidade de Áreas de Preservação Ambiental – APAS e Lagoas

D Proximidade de indústrias e outros empreendimentos

Quadro nº 3.2.1.2 - Acidentes Quanto à Severidade

ACIDENTES QUANTO À SEVERIDADE

GRAU DE SEVERIDADE DISCRIMINAÇÃO OBSERVAÇÃO

0 Sem severidade Embalagem intacta, produto não tóxico ou pouco tóxico.

1 Severidade aparente Embalagem rompida, produto não-tóxico.

2 Pouca severidade Embalagem ou tanques rompidos, vazamento para o meio ambiente - produtos perigosos.

3 Mediana severidade Embalagem ou tanques rompidos, vazamentos com potencial de fogo e explosividade.

4 Grande severidade Embalagem ou tanques rompidos, vazamentos para a rede de drenagem; tóxicos; hidrocarbonetos; fogo e explosividade.

5 Severidade catastrófica Grandes danos com mortes; nuvens tóxicas ameaçando populações próximas; tóxicos e óleos.

A associação das tipologias de acidentes quanto aos danos e à severidade fornecerá, de início informações para a mobilização de recursos. Assim, um acidente determinado pelo informante terá a seguinte classificação como exemplo:

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- A.0 – significará acidente próximo à população, casas ou comércio, porém sem severidade, com as embalagens dos produtos intactas.

- A.5 – significará acidente próximo à população, casas ou comércio, com severidade catastrófica provocando grandes danos com mortes, ou vazamentos tóxicos, óleos (hidrocarbonetos) no sistema de abastecimento d’água das cidades.

3.2.2. Estrutura e Organização do Plano

A estrutura e organização do Plano visam estabelecer o sistema de atendimento emergencial para execução de todas as ações de prevenção e combate à acidentes na Rodovia com cargas perigosas.

As ações são executadas através de instruções pré-estabelecidas, de forma que o atendimento aos eventos acidentais seja o mais eficiente possível.

A estrutura e a organização foram dimensionadas em função das hipóteses acidentais postuladas nos diversos cenários: população, matas, rios, etc.

Foram analisadas as ocorrências históricas constantes do capítulo 2.7.1 para o dimensionamento de todos os recursos disponíveis.

Como a estrutura de atendimento às emergências da BR–101/RS já opera em acidentes com viaturas, será implementado o Plano através de um treinamento para a questão específica das cargas perigosas, envolvendo a Coordenadoria da Defesa Civil e a FEPAM, com seu pessoal especializado, que fazem parte do sistema de atendimento de emergência ao usuário, até que a Concessionária assuma suas funções na Rodovia.

3.2.3. Tipologia e Atendimento dos Acidentes

O atendimento emergencial de acordo com o Plano se dará em 3(três) níveis de atendimento de acidentes:

- Nível 1 - Acidente de Pequeno porte;

- Nível 2 -Acidente de Grande Porte;

- Nível 3 - Acidente Catastrófico.

3.2.3.1. Atendimento à Acidentes de Nível 1 – Pequeno Porte

Os acidentes de nível 1 pequeno porte, serão atendidos com os recursos próprios dos órgãos conveniados, que serão usados nos acidentes tipos A, B, C, D com graus de severidade 0 e 1, portanto considerados de pequena porte, atendidos sem a necessidade de outros recursos de terceiros.

O atendimento desses acidentes será efetuado com a estrutura existente da Defesa Civil, IBAMA,FEPAM e Polícia Rodoviária Federal ( e no futuro a Concessionária )

Os recursos próprios das entidades conveniadas serão usados nesses acidentes considerados de pequeno porte, sem a necessidade de outros recursos de terceiros., uma vez que os Convênios DNER/Defesa Civil/IBAMA/FEPAM, visam suprir essas necessidades.

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Em Porto Alegre, o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do RS possui um Grupamento Especial para Atendimento a Cargas Perigosas- GEACCAP/POA, que dispõe de veículo adaptado para combate a derramamentos com produtos perigosos, equipado dentre outros com roupas de aproximação, oxi-explosímetro, explosímetro, e medidor de radioatividade.

3.2.3.2. Atendimento à Acidentes de Nível 2 - Grande Porte

Os acidentes de nível 2-grande porte são de tipologia A, B, C, D com severidade de 2, 3, 4 e 5.

Esses acidentes serão atendidos pela Defesa Civil (GEACAP/POA), IBAMA/RS, FEPAM e a Patrulha Rodoviária Federal (no futuro a Concessionária), mas acrescidos dos recursos institucionais existentes na região: Prefeituras, Defesa Civil Municipal, federal, etc., além de recursos de empresas contratadas, se necessário.

3.2.3.3. Atendimento a Acidentes de Nível 3 - Catastróficos

Os acidentes de nível 3-catastróficos, são aqueles que promovem riscos potenciais de sinistros graves e/ou catastróficos, tais como acidentes com danos em populações ribeirinhas ,e/ou ecossistemas notáveis

Nesses casos, serão usados todos os recursos disponíveis no país, coordenados pela Defesa Civil Federal.

3.2.4. Recursos Disponíveis para Atendimento dos Acidentes

Os acidentes de tipologia A, B, C, D com severidade de 2, 3, 4 e 5 serão atendidos pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (através da equipe de sobreaviso), Unidade do Corpo de Bombeiros mais próxima (GEACCAP/POA, CB Osório, Cb Capão da Canoa, CB Torres, CB Cidreira, CB Tramandaí e/ou CB Santo Antônio), a FEPAM e a Polícia Rodoviária Federal (no futuro a Concessionária), mas acrescidos dos recursos institucionais existentes na região: Prefeituras, Defesa Civil Municipal, etc., além de recursos das empresas contratadas para transporte.

- Localização do Centro de Controle de Acidentes com Produtos Perigosos;

- A localização do Centro de Operações de acidentes com produtos perigosos será:

• Centro de Controle de Operações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - CCO/CEDEC , em Porto Alegre.

A operacionalização do sistema existente como resposta às situações emergenciais seguirá um fluxo de ações coordenadas à partir da comunicação do acidente com carga perigosa na Rodovia , informado por qualquer pessoa que usar o sistema de comunicações do CCO ( tel., radio, etc.), e movimentando o GEACAP/POA e as entidades conveniadas

Futuramente o Centro de coordenação de operações será deslocado pela Concessionária para:

- CCO da Praça do Pedágio no km 26,5.

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Postos de Emergência

Futuramente existirá 1 (um) Posto de Emergência na área lagunar gaúcha, junto da Lagoa de Itapeva, na Praça do pedágio de Três Cachoeiras, km 26,5, local em que a contaminação dos corpos d’água por produtos perigosos teria maior impacto ambiental

Estacionamento Específico para Viaturas com Produtos Perigosos

Existirão estacionamentos específicos para veículos transportando produtos perigosos, áreas que no momento estão em estudo no DNER.

Estacionamentos Específicos para Produtos perigosos BR-101/RS

LOCALIZAÇÃO LADO* CONDIÇÃO OBSERVAÇÃO

22,5-Três Cachoeiras Direito Proposto Próximo ao Posto Esso

5,8-Campo Bonito - (Torres) Esquerdo Proposto Próximo ao posto Esso-24horas-BelvedereB

OBS.: Levantamento do IME

Escritórios de Fiscalização de Cargas

2 (dois) Escritórios de Fiscalização de cargas perigosas, de cada lado das pistas após duplicadas.

LOCALIZAÇÃO LADO MUNICÍPIO

Km 0,2 D/pista de retorno Torres

Km 94,2 D/pista de retorno Osório

OBS.: Levantamento do IME

3.3. Ações de Respostas às Emergências

As respostas às emergências são ações efetuadas pelas equipes de plantão da estrutura das entidades conveniadas, que no caso específico de cargas perigosas desenvolverão as ações seqüenciais constantes do fluxograma de respostas às emergências, operado pelas conveniadas sob a coordenação da Defesa Civil, será o seguinte:

Atendimento de Acidentes pela Estrutura do IBAMA/RS, da Defesa civil, FEPAM e Polícia Rodoviária Federal (e no futuro a Concessionária)

As respostas às situações emergenciais são ações efetuadas pelas equipes de plant ão da estrutura das entidades conveniadas, que no caso específico de cargas perigosas desenvolverão as ações seqüenciais constantes do fluxograma de respostas às emergências, operado pelas conveniadas sob a coordenação da Defesa Civil, será o seguinte:

Atendimento de Acidentes pela Estrutura do IBAMA/RS, da Defesa civil, FEPAM e Polícia Rodoviária Federal (e no futuro a Concessionária).

A operacionalização do sistema existente de atendimento como resposta às situações emergenciais seguirá um fluxo de ações coordenadas a partir da comunicação do acidente

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com carga perigosa na Rodovia , informado por qualquer pessoa que usar o sistema de comunicações do Centro de Comunicações da Coordenadoria Estadual de Defesa civil - CEDEC:

Tel 190 e 193 e/ou tel.51-210-4257/210-4175.

End.: Palácio Piratini-Gabinete Militar

Rua Duque de Caxias, 1005-Centro, Porto Alegre

Resp: Cel.QOPM José Luiz Mafalda- Coordenador -Estadual de Defesa Civil

As ações que seguem o Fluxograma de Respostas às Emergências está desenvolvido no quadro seguinte:

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Fluxograma de Respostas às Emergências na BR-101 - Trecho Catarinense

Procedimentos de Retorno à Normalidade

Avaliação da gravidade e ações de combate

(Procedimentos)

Centro de Controle de Acidentes – COO/CEDEC

Recursos Operacionais Alocados Coordenação Operacional –

Defesa Civil – Plantão

CCO - Coordenação Aciona GEACAP/POA e Providência

Atendimento e combate

Aciona FATMA IBAMA.

Pol. Militar Bombeiros

Defesa Civil Fed. Municípios Contrato com firmas

especializadas e consultores (Recursos de Terceiros)

Acidente com carga perigosa na

BR-101-RS

Classificação do acidente é de pequeno porte

O acidente está sob controle

Informação de qualquer

origem

Organismos informam

recursos para o CCO

Comunicação as autoridades participantes - Rádio VHF - Telefones

- FAX

Reavaliação da gravidade e Alocação

Novos recursos

Recursos para Monitoramento do Meio

Ambiente

Situação está

debelada?

CCO - Relatório do Acidente (REA) e Comunicações às

Autoridades

(1,0)

(1.1.1) (1.4)

SIM

NÃO

NÃO

SIM

(1.2)

(1.3) (1.2.1)

(1.4)

(1.5)

(1.1.4)

SIM

(1.6) (1.5.1)

NÃO

(1.1.2)

(1.1.3)

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3.3.1. Descrição das Atividades

ATIVIDADE DESCRIÇÃO

(1.0) Comunicação de qualquer pessoa de acidente com carga perigosa BR - 101/RS através de informação ao CCO/CEDEC, por denuncias em comunicações telefônicas da Rodovia .

(1.1) CCO – Centro de Controle de Operações da Defesa Civil recebe a informação, classifica o acidente, e aciona a GEACAP/POA; consulta o Banco de Dados, ABIQUIM; comunica a Polícia Rodoviária ,à FEPAM, e ao IBAMA/RS;

(1.1.1) O coordenador de plantão assume a operação no CCO, vai para o local; recalcificando o porte do acidente.

(1.1.2) O CCO recebe a informação de acidente de pequeno porte e aciona o socorro ao usuário.

ACIDENTE DE NÍVEL 1 - PEQUENO PORTE

(1.1.3) Coordenador avalia recursos disponíveis e aciona outros recursos e inicia atendimento ao combate (pequeno porte).

Coordenador verifica se a situação está sob controle.

(1.1.4) Coordenador verifica se a situação está debelada e comunica as autoridades participantes do Plano de Contingência, através do rádio, telefone ou fax.

(1.5.1) Coordenador providencia os procedimentos de retorno à normalidade, comunicando à PRF para desinterdição da pista, e providenciando para ser levada a carga remanescente para o local de transbordo designado mais próximo.

(1.6) Coordenador executa o Relatório do Acidente-REA para ser enviado ao DNER, com cópia para as autoridades locais (FEPAM, IBAMA,BOMBEIROS, PATRULHA PRF,MUNICIPIOS).

ACIDENTE DE NÍVEL 2 - GRANDE PORTE

(1.2) Coordenador aciona imediatamente o IBAMA, a PRF, os Bombeiros municipais a FEPAM, e avalia a necessidade de acionar, outros recursos institucionais e de terceiros Policia Militar (brigada Militar/RS);

(1.2.1) Coordenador aciona o recurso de terceiros (empresas privadas especializadas e consultores).

(1.3) Coordenador consulta o Banco de Dados no CCO , ABIQUIM, e o Manual Básico da Coordenadoria da Defesa Civil Estadual , além de consultores, se necessário, e avalia a gravidade do acidente bem como providencia novas ações de combate.

(1.4) Coordenador no CCO aciona imediatamente os fabricantes do produto, se necessário.

(1.5) Coordenador verifica se a situação está debelada e solicita à FEPAM/IBAMA providenciar recursos para o monitoramento do Meio Ambiente (coleta de amostra de água, solo, ar, etc.).

(1.5.1) Coordenador providencia o retorno à normalidade.

(1.6) Coordenador do CCO emite Relatório do Acidente (REA) e encaminha para a o DNER, com cópias para todas as autoridades envolvidas.

ACIDENTES DE NÍVEL 3 - CATASTRÓFICOS

(1.2) a

(1.6)

Esses acidentes percorrem o mesmo fluxo de atividades dos acidentes de nível-2, acrescentando-se todos os recursos disponibilizados institucionais municipais, estaduais e federais, além do de terceiros, e a participação da Defesa Civil Federal

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3.3.2. Logística do Atendimento

Em Porto alegre, o Corpo de bombeiros Militares do RS, através do Grupamento Especial para atendimento a Cargas Perigosas- GEACAP/POA, que é uma corporação subordinada à Casa Militar do Governo , juntamente com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil-CEDEC,

A logística do atendimento a acidentes com cargas perigosas na Rodovia BR-101, se dará através do telefone tel.199 ou do GEACAP/POA tel.(0xx)-51-224-8963 disponíveis 24 horas aos usuários; para que se possa, em poucos minutos atender aos chamados de socorro, e daí tomar as providências necessárias .

3.3.3. Centro de Controle de Operações

O Centro de Controle de Operações-CCO, faz parte do sistema de controle de informações da Rodovia.

O CCO é ligado a todos os veículos da Defesa Civil.

Além do acima descrito, o CCO está ligado por uma central telefônica direta com a Polícia Rodoviária Federal .

O CCO possui materiais e equipamentos para o atendimento e a sinalização de emergência diurna e noturna.

Nos computadores do CCO há um banco de dados com telefones de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Delegacia, IBAMA, FEPAM, ABIQUIM, CEDEC, Prefeituras, Polícia Rodoviária e Empresas de que operam com Guindastes / Munch.

3.3.3.1. Organograma Coordenadoria Estadual da Defesa Civil

O organograma da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil-CEDEC é o seguinte:

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COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL

Organograma

3.3.3.2. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos que os órgãos conveniados dispõem para atendimento emergencial de cargas perigosas são os seguintes:

3.3.3.2.1. FEPAM

Possui um setor de atendimento de emergências, o Serviço de emergência Ambiental que conta com cerca de 6 (seis) funcionários, 2(duas) viaturas, um Banco de Dados de Acidentes informatizado, e um Cadastro de Transportadores de Produtos Perigosos licenciados na FEPAM, com validade para o Estado do Rio Grande do Sul.

O organograma da FEPAM é o seguinte:

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA

CIVIL - CEDEC

CASA MILITAR

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

FEPAM

SERVIÇO DE EMERGÊNCIA AMBIENTAL

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3.3.3.2.2. IBAMA/RS

O IBAMA/RS possui um setor de atendimento de emergências e fiscalização, com técnicos qualificados e treinados no exterior, contando com cerca de 4 (Quatro) técnicos especializados na questão de cargas perigosas, e viaturas de atendimento.

O organograma do IBAMA/RS é o seguinte:

3.3.3.2.3. Coordenadoria de Defesa Civil - CODEC

Os recursos materiais disponíveis da Defesa Civil são: um Centro de comunicações localizado no Palácio Farroupilha, no centro de Porto Alegre, que possui cerca de 10 (dez) funcionários num plantão de atendimento emergencial para todo tipo de ocorrências no território estadual; com rádio e viaturas.

A atuação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil é em conjunto com o Grupamento Especial para atendimento a Cargas Perigosas- GEACAP/POA, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul.

3.3.4. Recursos da Polícia Rodoviária Federal - PRF

Para dar cumprimento às suas funções, a Polícia Rodoviária Federal nos dois Estados emprega viaturas para policiamento e fiscalização, ambulâncias de resgate e motocicletas. Em termos de equipamentos de comunicação, a PRF dispõem de rádio VHF fixo, móvel e portátil, repetidora VHF, linhas de telefone nos Postos e de telefone e fax nas Delegacias. Embora a PRF apresente deficiências na disponibilidade de equipamentos de proteção individual para combate a acidentes com produtos químicos, os plantões que cobrem 12 horas trabalhadas / 36 horas descansadas, contam com policiais com cursos especializados.

3.3.5. Brigada Militar/RS

No trecho gaúcho atua a Polícia Militar do Rio Grande do Sul - PMRS, mais conhecida localmente como Brigada Militar, com a mesma missão da PM de outros estados nas rodovias estaduais.

IBAMA/RS Gerente Regional

Setor de Emergência

Viaturas e Recursos

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Tem seu comando na Rua dos Andradas,522,centro de Porto Alegre, e o telefone é (oxx)-51-2882703 e o fax (0xx) 0-51-28882716. Ao longo do trecho considerado possui junto a Osório: o 8º Batalhão, no km 97 da BR101.

3.3.6. Corpo de Bombeiros Militar do RS

Em Porto alegre, o Corpo de bombeiros Militares do RS, através do Grupamento Especial para atendimento a Cargas Perigosas- GEACAP/POA, dispõe de veículo para combate a derramamentos com produtos perigosos, equipado dentre outros com roupas de aproximação, explosímetros e medidores de radiatividade, além de terem estoque com produtos neutralizastes, tais como barrilha e vermiculita.

3.3.7. Recursos Adicionais de terceiros (Alocação)

Como o lidar com acidentes com produtos perigosos requer notória especialização e experiência comprovada, o serviço terceirizado através de empresa que preencha essas prerrogativas, poderá ser contratada no caso de acidentes do tipo A, B, C, D, 2, 8, 4 e 5.

- Equipamentos Mínimos Necessários: (de uma empresa especializada)

Para fazer frente à acidentes com produtos perigosos (exceção das classes 1 e 7) estarão a disposição os seguintes equipamentos contidos em uma viatura utilitária, com capacidade mínima de 650 Kg: extintores de incêndio; gerador de energia; bombas; mangotes diversos; engates diversos para saída de válvulas de carretas tanque; holofotes; material para contenção de líquidos; turfa natural; massa especial para eliminação de vazamentos; batoques diversos, inclusive de teflon; pás e enxadas anti – faiscantes; sacos reforçados para resíduos; mangueiras; materiais de neutralização; cones de sinalização; máscaras para gases e vapores químicos; lanterna aprova de explosão; macacões anti-ácido e aventais; luvas e botas e outros equipamentos para primeiras providências.

3.4. Procedimentos Básicos de Segurança

Os procedimentos básicos de segurança, considerados iniciais, são referentes às primeiras equipes que chegam ao local e dizem respeito à segurança das pessoas (todas), envolvidas ou não, no acidente.

Assim, devem seguir os seguintes procedimentos:

- Aproximação cuidadosa do local;

- Retirar todas as pessoas;

- Atender feridos à distância;

- Manter-se sempre à montante do vento, em relação ao ponto de vazamento;

- Não manter contato com o produto vazado (não pisar no produto);

- Isolar o local imediatamente com recursos de cones reflexivos e cordas (raio mínimo de 50 metros);

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- Colocar as viaturas de apoio interditando a pista;

- Tentar identificar o produto (consultar nota fiscal, ficha de emergência, rótulo de risco, nº de ONU);

- Solicitar ajuda técnica ao CCA e/ou ligar para a FEPAM Plantão tel:51-982-7840

- Ligar para a ABIQUIM – 0800-118270 (ligação gratuita para todo o país);

- Solicitar ajuda técnica de especialista, consultores e serviços de terceiros;

- Solicitar a presença de autoridades (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, etc.);

- Classificar o acidente e informar a todos (CCO, FEPAM, IBAMA, etc.), de acordo com o Critério de Danos e Severidade (capítulo 3.2).

- Cuidados especiais da Equipe de Emergência para conter acidentes com Produtos Perigosos

Quando do acidente ou incidente com produtos perigosos, que pode ser um simples vazamento de válvula ou furo de tambor, até o tombamento do veículo com perda total do produto, a equipe de emergência quando chegar ao local, identificará o produto (verificar informações iniciais), obterá informações adicionais do produto, e adotará as medidas iniciais tais como: isolamento de área (após reavaliação); Conter o vazamento com batoques e massa de calafetar; Isolar a carga não avariada (quando fracionada); Desviará ou conterá produtos químicos de cursos d’água; Utilizará barreiras de contenção para confinar produto derramado; Alertará a todos (principalmente bombeiros) sobre as incompatibilidades do produto; Neutralizará os produtos; Preparará a situação para o transbordo de carga; Efetuará o transbordo; Solicitará dos órgãos públicos (Defesa Civil) evacuação de área, se a situação assim o exigir; Retirará o resíduo contaminado (tamborando ou ensacando); Atenderá as orientações dos órgãos públicos; Enfim adotará todas as providências pertinentes que a situação exigir, visando a segurança do meio ambiente, das pessoas, e a desobstrução segura da Rodovia.

3.5. Procedimentos de Combate

Após a execução das ações referentes aos procedimentos básicos de segurança que a equipe de plantão da Defesa Civil toma no local do sinistro, em seguida inicia as ações de combate com ou sem a ajuda das autoridades, com as seguintes ações:

- Decidir a entrada no local do sinistro (isolada) sem arriscar a sua própria segurança; no caso de vazamento de gases ou vapores usar máscara adequada, ver a direção do vento, não tocar no produto derramado; (obs.: não pensar que pela ausência de odor não existe risco);

- Se o acidente for de médio e grande portes avisar a Defesa Civil, FEPAM, IBAMA, PRF,DNER e Bombeiros (capítulo 8.3).

- Acionar fabricantes, uma vez que alguns possuem estrutura de atendimento.

Os contatos estão colocados no Apenso nº 6.4 – Catálogo de Endereços para Emergências.

- Fazer uma avaliação da situação com as autoridades presentes e solicitar novos recursos, se necessário;

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- Preencher a ficha do acidente contendo:

• Identificação do informante;

• Local correto da ocorrência (km);

• Forma de acesso ao local;

• Produtos envolvidos;

• Classificação do vazamento (porte);

• Horário da ocorrência;

• Autoridades presentes;

• Características ambientais do local (rio, floresta, população, etc.);

• Ocorrência de incêndio e explosões;

• Número de vítimas e seus estados aparentes.

- Ações Finais de Rescaldo:

• Limpar o local e retirar restos do produto;

• Usar absorventes para a pista e adjacências com neutralizante;

• Providenciar monitoramento local (coleta de amostras de água, etc.);

• Encaminhar pedido de providências restauração das áreas atingidas;

• Emissão de relatórios e ressarcimento de custos.

3.5.1. Combate à Incêndio

Na ausência do Corpo de bombeiros , atentar para as observações do Capítulo 3.1.

3.5.1.1. Restrições à Utilização de Água no Combate

A água é geralmente usada para apagar incêndios e lavar locais contaminados com produtos.

Esse procedimentos são restritos à orientação do órgão ambiental tendo em vista que a rede de drenagem (bueiros) da Rodovia leva os efluentes para os rios que podem ser contaminados na sua qualidade.

Outro problema importante é verificar que alguns produtos são altamente reativos com a água, como ácidos e bases fortes, estes em contato com a água podem provocar novos acidentes.

3.5.2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual

Os equipamentos de proteção individual (EPI) devem estar presentes em todas as operações, dimensionados convenientemente para cada produto em combate.

Os equipamentos de EPI são classificados de acordo com o risco apresentado e as partes do corpo humano a serem protegidas.

As equipes de plantão serão submetidas a treinamento técnico para seleção e uso dos mesmos.

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a) Proteção da Cabeça:

• Respiradores; Máscaras Semi-Faciais e Faciais; Óculos de Segurança e Capacetes para Proteger o Crânio.

b) Proteção dos Membros Superiores:

• Luvas e Mangas de Proteção.

c) Proteção dos Membros Inferiores:

• Calçados, Botas e Perneiras.

d) Proteção Contra Quedas com Diferença de Nível:

• Cintos de Segurança.

e) Proteção Auditiva:

• Protetores Auriculares.

f) Proteção Respiratória:

• Respiradores; Máscaras e Equipamentos Autônomos ou de Adução de Ar.

g) Proteção do Tronco:

• Aventais; Jaquetas; Capas e Macacões.

h) Proteção de Todo o Corpo:

• Aparelhos de Isolamento (Autônomos ou de Adução de Ar).

O uso desses EPI’s poderá levar o indivíduo a uma desidratação a qualquer momento. Nestas condições, é importante que o técnico consuma água antes, durante e depois do trabalho a ser executado. Após a realização das atividades, sempre que possível o técnico deverá consumir frutas, a fim de repor os sais minerais.

Todos os equipamentos de proteção individual devem ser higienizados após sua utilização, ou descartados se excessivamente contaminados.

3.6. Procedimentos de Transbordo e Descontaminação de Cargas Perigosas

O sistema de transbordo e descontaminação de cargas perigosas usará uma viatura para transporte das bombas para atendimento de transbordo dos produtos, assim como para o transporte de bombonas de PVC para recolhimento da carga das classes com maior freqüência de transporte e acidentes, e/ou será acionada empresa especializada para execução dos serviços, ou ainda o próprio fabricante.

Via de regra o primeiro transbordo efetua-se no local do próprio acidente, e a carga recuperada será levada para local seguro (a ser determinado) no eixo da Rodovia, onde ficará aguardando até que os proprietários do produto e/ou transportador, providenciem sua remoção definitiva através de um segundo transbordo.

A descontaminação seguirá estritamente a orientação técnica do órgão de meio ambiente (FEPAM/IBAMA) ou autoridade toxicológica presente.

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3.7. Monitoramento das Áreas Atingidas

Será efetuado o monitoramento ambiental das áreas atingidas por derramamentos de produtos perigosos pelos órgãos competentes ( IBAMA/RS e FEPAM/RS ), sempre que for necessário

3.8. Banco de Dados de Apoio ao Atendimento de Emergências

O Banco de Dados de apoio ao atendimento de emergências é um Banco de Dados de Informações sobre os produtos mais freqüentes que transitam na Rodovia, bem como sobre os acidentes ocorridos, e que servirá de apoio ao atendimento de emergência para o caso de consultas imediatas ao CCO por parte das equipes de resgate no local.

O Banco de Dados informatizados permanecerá disponível no CCO para consultas pela equipe de atendimento de resgate ao atendimento de emergência, via rádio VHF, do local do sinistro, e envolverá a seguinte hierarquização de cenários:

A classificação deste tipo de acidente envolve simultaneamente critérios técnicos e de política social, que por vezes são subjetivos, variáveis segundo os conceitos típicos de cada comunidade. Assim, o que para uma é um fato de apenas regular relevância, para outra pode ser de extrema gravidade. De forma geral, muitos países do Mundo para quantificar uma hierarquia de cenários se utilizam do critério de tomar como base os seguintes parâmetros:

- A quantidade de poluente derramada;

- O número de vítimas fatais;

- O número de vítimas hospitalizadas;

- O número de pessoas evacuadas;

- Extensão e gravidade dos danos ambientais.

- Ecossistemas notáveis e sensíveis.

Além disso necessitará desenvolver um Banco de Dados Toxicológico com links para outros bancos , como os da ABIQUIM,CETESB, FEEMA e FATMA; e um Banco de Dados de Vulnerabilidades e RIscos ambientais na Rodovia.

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3.9. Entidades Conveniadas Participantes do Plano

Estão conveniadas para atuação direta neste Plano as seguintes entidades:

- Coordenadoria da Defesa Civil/RS - CEDEC

- FEPAM/RS

- IBAMA/RS

Obs.: Os endereços e responsáveis pelas entidades estão colocados no Apenso nº 6.4.1-Catálogo de Endereços.

3.10 Programa de Treinamento Operacional

Um programa periódico de treinamento operacional de todas as equipes de resgate e atendimento para uso do Plano de Ação de Emergência, Banco de Dados e uso técnico de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, será implementado a cada 12 (doze) meses para garantir a operacionalidade do Plano.

O primeiro treinamento será efetuado com a orientação da consultora e os órgãos oficiais conveniados e envolvidos no Plano de Emergência, por ocasião da homologação do Plano.

Além disso, pelo Convênio, (incluído no Plano de Trabalho), as entidades participantes, poderão receber treinamento acadêmico para atendimento de emergências em Cursos ministrados pelas universidades, ou pelos projetos de desenvolvimento de recursos humanos para capacitação de corpos técnicos multidisciplinares , constantes da Política Nacional de Defesa Civil, do Sistema Nacional de Defesa Civil- SINDEC, ligado à Secretaria Especial de Políticas Regionais do Departamento de Defesa Civil , do Ministério do Planejamento e Orçamento.

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4. MEDIDAS PREVENTIVAS

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4. MEDIDAS PREVENTIVAS

No caso do empreendimento das obras de duplicação da rodovia BR-101,em questão, as medidas estruturais previstas na prevenção de ocorrências de acidentes envolvendo veículos transportadores de produtos perigosos, ou na atenuação das conseqüências inerentes a essas fatalidades, congregam a implementação de:

- Estruturas fixas de prevenção e defesa representadas por barreiras tipo new jersey; padrão para impacto de caminhão carregado, sendo colocadas nos seguintes locais

- Implementação de Escritórios de Fiscalização junto aos postos da Polícia Rodoviária Federal;

- Criação de paradouros e estacionamentos específicos para veículos transportadores de produtos perigosos;

- Colocação de sinalização específica em locais vulneráveis;

- Desenvolvimento de Programas de Educação Ambiental;

- Criação de Postos especializados de socorro de emergência;

- Melhoria do Sistema de Comunicação de acidentes pelos órgãos conveniados.

4.1. Colocação de Barreiras

Serão colocadas barreiras tipo new jersey para trechos paralelos às lagoas, nos seguintes locais (Ver cap.2.2):

4.2. Proposta de Fiscalização no Transporte de Produtos Perigosos

A proposta de fiscalização no transporte de produtos perigosos envolvendo a Rodovia BR-101, será motivo de uma proposta de Convênio com a Patrulha Rodoviária Federal e os órgãos ambientais, estadual e municipais existentes.

Serão colocados postos de fiscalização junto as barreiras da Policia Rodoviária Federal, conforme consta do capítulo no 3.2.4.

4.3. Construção de Estacionamentos Específicos

Serão construídos, na fase de Concessão estacionamentos específicos (paradouros de pernoite) para viaturas transportando cargas perigosas, de acordo com o que consta do capítulo nº 3.2.4.

4.4. Colocação de Sinalização Específica

Serão colocadas placas informativas, barreiras, sonorizadores, olhos de gato e outros sinalizadores, nos locais críticos onde há maior probabilidade de acidentes, e nos locais onde

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há problemas ambientais freqüentes (ventos, neblina, chuva, etc.), no seu trecho litorâneo, de acordo com o Plano Geral de Sinalização do DNER.

Como no caso de instalações e equipamentos das obras de prevenção e defesa contra acidentes com cargas perigosas, as placas de sinalização específicas para esse caso seguirão os padrões e normas contidos no Manual de Sinalização Rodoviária para Rota de Produtos perigosos do DNER, edição de 1998, tanto no que se refere ao tipo construtivo e seus desenhos, frases e cores, como quanto à localização ao longo do trecho, nos pontos citados pelo Manual, como travessias urbanas, áreas de preservação e mananciais, locais de estacionamento e locais de restrições de parada, circulação e velocidade, ou somente para educação dos condutores.

Está sendo recomendável a implantação de delineadores reflexivos entre faixas de tráfego e nas bordas das mesmas , tipo olho de gato ou similar, nos trechos mais sujeitos à neblina, bem como, faixas pintadas com tintas reflexivas nas barreiras de contenção nas obras de arte especiais.

4.5. Desenvolvimento de Programas de Educação Ambiental

Serão desenvolvidos periodicamente Programas de Educação Ambiental pelos órgãos conveniados voltados para a população lindeira e usuários da Rodovia, que incluirão conhecimentos da legislação e procedimentos em caso de emergência.

A primeira campanha educativa envolverá a distribuição de um folheto específico para motoristas de cargas perigosas nas Patrulhas Rodoviárias, contendo informações, a legislação e documentos necessários ao transporte de cargas perigosas, bem como procedimentos no caso de emergências.

Posteriormente (fase de Concessão) serão desenvolvidos outros programas de Educação Ambiental junto às comunidades.

4.6. Postos Especializados de Socorro de Emergência

Serão criados postos especializados de socorro de emergência, que possuirão entendimentos com Hospitais próximos da Rodovia ( fase de Concessão).

4.7. Sistema de Comunicação de Emergência

Será efetivada a melhoria das comunicações do Sistema de Emergência na Rodovia, através da criação dos chamados call-boxes (caixas de chamadas), que poderão ficar espaçadas a cada quilômetro da Rodovia (fase de Concessão).

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5. ASSINATURA DOS CONVÊNIOS E HOMOLOGAÇÃO DO PLANO

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5. ASSINATURA DOS CONVÊNIOS E HOMOLOGAÇÃO DO PLANO

A assinatura dos convênios com as entidades intervenientes no Plano é encaminhada através do Convênio DNER/IME.

É denominada homologação do Plano a sua aprovação e concordância pelas autoridades federais e estaduais intervenientes, no caso o DNER, a Defesa Civil/RS e a FEPAM para o início de seu funcionamento,

A apresentação para as autoridades que solicitaram a sua execução e a respectiva assinatura do Convênio de participação , configuram a homologação.

A sua aprovação foi condicionada ao cumprimento de todas as determinações do “Termo de Referência” emitida pelas autoridades. Ambientais ( FEPAM e IBAMA).

Para a sua homologação definitiva, após sua aprovação, propõe-se através de ato de simulação de acidente na Rodovia, a viabilidade do seu atendimento com as autoridades presentes, participantes do Plano.

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6. APENSOS

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6. APENSOS

6.1. Rótulos de Riscos e Guias Correspondentes da ABIQUIM

Quadro 8.1.1 - Rótulos de Riscos e Guias Correspondentes da ABIQUIM

CLASSE FORMA COR SIMBOLOGIA ALGARISMO GUIA

1 Explosivos Quadrado de ponta

Laranja

1.1, 1.2, 1.3 na parte inferior

46

1 Explosivos Quadrado de ponta

Laranja

1.1, 1.2, 1.3, 1.5 na parte

central

46

1 Substâncias e Artefatos que não representam risco significativo

Quadrado de ponta

Laranja

1.4 ou 1.4s na parte central

50

2 Gases inflamáveis, comprimidos, liqüefeitos, dissolvidos sob pressão/ altamente refrigerado.

Quadrado de ponta

Vermelha

2 na parte inferior

19

2 Gases não inflamáveis, comprimidos, liqüefeitos, dissolvidos sob pressão/ altamente refrigerado

Quadrado de ponta

Verde

2 na parte inferior

16

2 Gases tóxicos, comprimidos, liqüefeitos, dissolvidos sob pressão /altamente refrigerados.

Quadrado de ponta

Branca

2 na parte inferior

15

3 Líquidos inflamáveis Quadrado de ponta

Vermelha

3 na parte inferior

26

4.1 Sólidos Inflamáveis Quadrado de ponta

Listas brancas e vermelhas na

vertical

4.1 na parte inferior

38

4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea.

Quadrado de ponta

Parte superior: branca e parte

inferior: vermelha

4.2 na parte inferior

37

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(continuação)

CLASSE FORMA COR SIMBOLOGIA ALGARISMO GUIA

4.3 Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis

Quadrado de ponta

Azul

4.3 na parte inferior

41

5.1 Substância oxidantes Quadrado de ponta

Amarela

5.1 na parte inferior

47

5.2 Peróxidos orgânicos Quadrado de ponta

Amarela

5.2 na parte inferior

52

6.1 Substâncias tóxicas Quadrado de ponta

Branca

6.1 na parte inferior

55

6.2 Substâncias infectantes Quadrado de ponta

Branca 4 anéis sobrepostos, com

os dizeres:

SUBSTÂNCIAS

INFECTANTES

6.2 na parte inferior

24

7 Substâncias radioativas Quadrado de ponta

Parte inferior: amarela e parte superior: branca

7 na parte inferior

63

8 corrosivos Quadrado de ponta

Parte superior: branca e parte inferior preta

8 na parte inferior

59

9 Substâncias perigosas diversas Quadro de ponta

Superior: listas brancas e pretas na vertical e inf.:

branca

9 na parte inferior

11

6.2. Legislação, Normas e Portarias

A legislação Federal de cargas perigosas para Rodovias no Brasil é a seguinte::

- Lei n.º 6.938/91 – dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e dá outras providências.

- Artigo n.º 159 – Código Civil Brasileiro

“Aquele que violar direitos ou causar prejuízos a terceiros fica obrigado a reparar os danos.”

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- Decreto Federal n.º 96.044 de 18/05/1988, que aprova o Regulamento para Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no seu artigo 7º proíbe o transporte de produto perigoso juntamente com animais, alimentos, medicamentos e outros tipos de carga.

- Decreto-lei n.º 2.063, de 06 de outubro de 1983, que dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos.

- Decreto nº 88.821 de 06/10/83 regulamentando o transporte rodoviário de produtos perigosos, tratado pelo Decreto-Lei anterior;

- Decreto nº 99.274 de 06/06/90 sobre Cadastramento e Operação para Movimentação de Produtos Perigosos;

- Decreto nº 1.797 de 26/01/96, dispondo da execução em Território Brasileiro do Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos de 30/12/94, celebrado na sede da ALADI, abrangendo todos os modais entre os países que pouco depois vieram a constituir o MERCOSUL

- Decreto nº 24.463 de 10/07/34 que promulga o Código de Águas;

- Portaria nº 36/GM de 19/01/96 do Ministério da Saúde, aprovando Normas e Padrão de Potabilidade da Água a serem observados no Território Nacional;

- Resolução CONAMA nº 20 de 18/06/86 que estabelece a Classificação de Águas Doces, Salobras e Salinas no território nacional;

- Lei nº 9.433 de 08/01/97 que estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos;

- Portaria MT nº 204 de 20/05/97 sobre classificação de produtos perigosos e sinalização de veículos com estas cargas;

- Lei nº 9.503/97 apresentando o Código Nacional de Trânsito

- Resolução CNEN-NE-5.01- de julho de 1998-Regula o transporte de Material Radioativo no país.

- Resolução CONAMA 5/93- de 05/08/1993-Destinação dos Resíduos de Terminais Rodoviários.

- Normas Brasileiras – ABNT

NBR-7500 – símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

Anexo A – Rótulos de Risco

Anexo B – Símbolos de Risco

Anexo C – Modulação da moldura e dos símbolos de risco.

Anexo D – Rótulos para embalagem classe 7 (Radioativos)

Anexo E – Cores empregadas nos rótulos de risco

Anexo F – Cores empregadas no painel de segurança

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Anexo G – Dimensões para o painel de segurança

Anexo H – Exemplos de painéis de segurança

Anexo I – Tipos de algarismos a empregar

Anexo J – Símbolos de manuseio

Anexo K – Modulação para símbolos de manuseio

Anexo L – Rótulos especiais

Anexo M – Modulação para rótulos especiais

Anexo N – Valores dos módulos, etc.

Anexo O – Valores dos módulos, etc.

NBR-7501 – Transporte de Produtos Perigosos - Terminologia

NBR-7503 – Ficha de Emergência para o Transporte de Produto Perigoso (características e dimensões).

NBR-7504 – Envelope para o Transporte de Carga Perigosa – Dimensões e Utilizações – Padronização

NBR-8285 – Preenchimento da Ficha de Emergência para o Transporte de Produto Perigoso.

NBR-8286 – Emprego de Sinalização nas Unidades de Transporte e de Rótulos nas Embalagens de Produtos Perigosos.

NBR-9734 – Conjunto de Equipamentos de Proteção Individual para Avaliação de Emergência e Fuga no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

NBR-9735 – Conjunto de Equipamentos para Emergências no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

- Normas Interestaduais

Resolução nº 555 da CODESUL de 09/12/1994- Controle no Transporte Rodoviário de Cargas Perigosas nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul

- Legislação Estadual do Rio Grande do Sul

• Lei nº 11.520 de 03/08/2000- Lei Estadual do Meio Ambiente, que institui o Código Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e dá outras providências

• Decreto 23.823 de 12/03/75 que organiza e regulamenta o "Sistema de Defesa Civil do Estado";

• Decreto 29.621 de 12.05.80 que organiza o "Sistema Estadual de Proteção Ambiental";

• Lei 7877 de 28/12/83 que dispõe sobre o transporte de produtos perigosos no estado;

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• Lei 7917 de 16/07/84 que cria o Grupo de Avaliação das Cargas Perigosas;

• Lei 7990 de 19/04/85 que exige estudo do impacto ambiental para complexos industriais, barragens e rodovias;

• Lei 9.077 de 04/06/90 que cria e estabelece competências da Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM;

• Decreto nº 10.350 de 30/12/94 que cria o Sistema Estadual de Recursos Hídricos;

• Portaria nº 07 de 07/95 da Secretaria do Meio Ambiente que fixa critérios para Classificação de Águas Interiores segundo Uso.

• DECRETO Estadual/RS- nº 35.760 de 28/12/1994-Cria o Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Rio Grande do Sul.

6.3. Catálogo de Endereços para Emergências

6.3.1. Relação de Entidades Conveniadas

DNER/RS

Rua Siqueira Campos, 664- Centro , Porto Alegre, RS

(0xx)-51-221-8030/Ramal 285

Engª . Resp.: Terezinha Maria Barth Santos

Coordenadoria Estadual de Defesa Civil/RS

Tel. (0xx)-51-210-4257 / 210-4175

End.: Palácio Farroupilha, Centro, Porto Alegre

Resp.: Cel. QOPM José Luiz Mafalda- Chefe da Casa Militar do Governador

Maj.Gerson Luiz Kochenborger

Cap.Alexandre Zeleniakas Corrêa

FEPAM/RS

End: Rua Carlos Chagas, 55, Centro

Porto Alegre, RS;

Tel.: 51-0225-1588/Fax:51-212-4491;

Emergência Ambiental -tel. (0xx)-51-982-7840 ( Dia e Noite )

Resp.:Eng. Vilson Trava Dutra e /ou Químico Mauro Gomes de Moura

IBAMA/RS

End.: Rua Miguel Teixeira, 126,

Cidade Baixa, Porto Alegre,RS

Tel: 051-228-7290

Fax:051-226-6392

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Resp: Engº. Rodney Ritter Morgado, Gerente Regional

Fiscalização:

Bióloga. Leda Famer

Eng.João C. Pujol Jr

Bióloga Denise M. Mazzocco

6.3.2. Outros Órgãos federais, Estaduais e Municipais

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

Av.: General Severiano, n.º 90 – Botafogo, RJ

Tel.: (21) 295-0289

Contato: Eng.º Airton Caubi da Silva

Diretoria de Radio-proteção e Segurança

Polícia Militar Estadual (Brigada Militar/RS)

Rua dos Andradas,522,centro de Porto Alegre

Telefone é (oxx)-51-2882703 e o fax (0xx) 0-51-28882716.

Ao longo do trecho considerado possui junto a Osório: o 8º Batalhão, no km 97 da BR-101.

Polícia Rodoviária Federal - PRF

Detém o poder de polícia na Rodovia BR-101, constituindo um dos principais componentes no esquema de fiscalização, prevenção e primeiros socorros das ocorrências acidentais com cargas perigosas. Além das unidades constituídas pelos Postos da PRF ao longo da via, tem vital importância a eficiência de seu plantão como elemento desencadeador das operações de atendimento e socorro, devendo acionar os mecanismos previstos nos Planos de Contingência e Emergência, segundo o local do acidente, grau de gravidade e abrangência do acidente.

O trecho da BR-101 no Rio Grande do Sul encontra-se sob responsabilidade da 9a Superintendência Regional da PRF, com sede na Rua Siqueira Campos, 664 – Centro, em Porto Alegre, tel.: (0xx)-51-221-3680 e fax: (0xx)- 51- 221-6912. Esta Superintendência conta com o Telefone de Plantão (051) 371-2021 em Porto Alegre e ao longo do trecho em estudo da BR-101 comanda as seguintes unidades operacionais:

- Km 03 - Posto de Torres, tel. (0xx)- 51-605-2500;

- Km 94 - Delegacia de Osório, tel. (0xx)- 51-666-1494 e fax (0xx) -51-663-4141;e

- Km 94 - Posto de Osório, tel. (051) 663-1035.

Para dar cumprimento às suas funções, a Polícia Rodoviária Federal nos dois Estados emprega viaturas para policiamento e fiscalização, ambulâncias de resgate e motocicletas. Em termos de equipamentos de comunicação, a PRF dispõem de rádio VHF fixo, móvel e portátil, repetidora VHF, linhas de telefone nos Postos e de telefone e fax nas Delegacias. No Rio

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Grande do Sul, os postos e delegacias, têm previsão de todos os postos contarem com computador.

Embora a PRF nos dois estados apresente deficiências na disponibilidade de equipamentos de proteção individual para combate a acidentes com produtos químicos, os plantões que cobrem 12 horas trabalhadas / 36 horas descansadas, contam com policial com curso de Socorrista.

Corpo de Bombeiros Militar/RS

No Rio Grande do Sul, para o atendimento a acidentes na BR-101 no trecho em questão, o Corpo de Bombeiros Militares conta com quartéis em Torres tel. (0xx)- 51-664-3133, Osório tel. (0xx)- 51-663-1020 e Capão da Canoa tel. (0xx)- 51-665-3699. O telefone de emergências 193 faz contato direto com a unidade do Corpo de Bombeiros mais próxima de onde se origina a chamada. Estas unidades só contam com veículos ASU e ABT. Em Porto Alegre, o Corpo de Bombeiros Militares do RS possui um Grupamento Especial para Atendimento a Cargas Perigosas - GEACAP/POA tel. (0xx)- 51-224-8963, que dispõe de Veículo para Combate a Produtos Perigosos, equipado dentre outros com roupas de aproximação, explosímetros e medidores de radioatividade, além de ter em estoque produtos neutralizantes, tais como barrilha e vermiticulita.

6.3.3. Empresas e Organizações não Governamentais

- ABIQUIM –Pró-Química– 0800-118270 (ligação gratuita para todo o Brasil)

- Bayer do Brasil S/A

24 Horas – (21) 761-3334 e 762-5318

Contato: Costa

- COPESUL

Rua Sete de Setembro, 722,11 and., Centro, Porto Alegre

Tel.:51-228-4468

Tel.Triunfo:51-557-1100

Telefax.:51-657-1135

Chefe da Div. de M. Ambiente: Eduardo Mannis Torres

- S/A White Martins

Central de Atendimento – (21) 800-8471

Grande Rio – (21) 233-1198

Telex: (21) 213-7888

- Shell do Brasil S/A

Praia de Botafogo, 370/11º andar

Tel.: (21) 559-7496

Contato: Ricardo J. Shama dos Santos

Coordenação de Meio Ambiente

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- Esso Brasileira de Petróleo S/A

End.: Praça Floriano, 19/22º andar

Tel.: (21) 277-2576

Contato: Eng.º Alexandre Nunes

Proteção Ambiental

- Cia. Brasileira de Petróleo Ipiranga

Tel.: (21) 577-6555 R.260

- CSN – Companhia Siderúrgica Nacional

Bombeiros (24 horas)

Tel.: (243) 44-4000

(243) 44-5555

Chefe turno – (243) 44-5551

- PETROBRAS

Superintendência de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Eng. Irani Carlos Varella- Superintendente

Av. Rep. do Chile, 65, sala 1102,Centro,Rio de Janeiro, RJ

Tel.21-534-1830/Fax:21-534-1846

E-mail: [email protected]

6.3.4. Relação de Consultoras Especializadas

- Escritório Técnico H. Lisboa da Cunha Ltda.

End.: Av. Beira Mar, 406 sala 305 - Castelo – RJ

CEP: 20.021.060

Tel. (21) 220-2644 Fax (21) 262-7782

email: [email protected] Res. (21) 275-1413

Contato: Eng.º Ricardo Lisboa da Cunha ou Augusto F. Tavares

- S.O.S Cotec Com. e Tecnologia de Produtos Químicos Ltda.

End.: Rod. Anhanguera, km 120

Cx. Postal 2508 – Americana – SP

CEP: 13.477-990

Tel.: (19) 467-1555

email:[email protected]

- SUATRANS - Emergências Químicas (São Paulo )

Centro de Controle a Emergências-CECOE

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Plantão permanente: 0800-17-2020

6.3.5. Àcessos Informativos na INTERNET

A) Nacionais

Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM

www.abiquim.org.br

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

www.abnt.org.br

Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB

www.cetesb.br

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER

www.dner.gov.br

Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT

www.geipot.gov.br

Fundação Estadual de Proteção Ambiental/RS - FEPAM

www.rs.fepam.gov.br

Fundação de Amparo à Tecnologia do Meio Ambiente/SC - FATMA

[email protected]

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

www.ibama.gov.br

B) Internacionais

Inter-American Development Bank - IDB

www.idb.org

Organization of American States - OAS

www.oas.org

Organization for Economic Co-operation and Development - OECD

www.oecd.org

United Nations Environment Programme - UNEP

www.unep.org

United States Department of Transportation

www.dot.gov

United States Federal Highway Administration - FHWA

www.fhwa.gov

United States Environment Protection Agency - EPA

www.epa.gov

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United States National Environmental Protection Information System

www.nepis.gov

United States Transportation Research Board - TRB

www.trb.gov

World Bank - BIRD

www.wb.org

6.3.6. Serviços de Apoio e Estacionamentos Autorizados

Não existe hoje nenhum serviço de apoio e estacionamento autorizado pelo DNER (paradouros), identificados por placas como de “cargas perigosas”, no trecho gaúcho da rodovia BR-101;

Estão propostos 2(dois) novos estacionamentos , um em cada pista:

Km e Localização Lado * Condição Observação

22,5 - Três Cachoeiras Direito Proposto Próximo ao Posto Esso

5,8 - Campo Bonito - (Torres) Esquerdo Proposto Próximo ao posto Esso – 24 horas – BelvedereB

Obs.* Levantamento do IME

6.3.7. Relação de Hospitais e Postos de Abastecimento

Os acidentes com veículos transportando cargas perigosas, além de vítimas com traumatismos, comuns a todos acidentes rodoviários envolvendo veículos, podem apresentar duas outras categorias de acidentados específicos, a saber: intoxicados por inalação de gases tóxicos liberados por produtos químicos em vazamento, e queimados, seja por contato com produtos irritantes para a pele, seja por incêndio desencadeado pelo acidente, particularmente quando envolve tanques de combustíveis.

Verifica-se que ao longo da BR-101, nos trechos em estudo nos dois estados, não existem hospitais especializados para o atendimento de queimados e intoxicados por produtos perigosos. Nestes casos, deverá ser considerada a remoção dos acidentados para unidades hospitalares externas à área de estudo, como é o caso do Hospital Municipal Pronto Socorro em Porto Alegre, Apresenta-se a seguir, na Tabela nº 6.3.5.1, tem-se a lista dos principais hospitais por município, onde podem ser prestados os primeiros socorros no caso de acidentados comuns.

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Tabela nº 6.3.5.1 - Hospitais de Primeiro Atendimento

MUNICÍPIO HOSPITAIS TELEFONES

Porto Alegre Hospital Municipal Pronto Socorro (0xx)-51-330-9888

Torres N. Snra. dos Navegantes 48-533-0489

Capão da Canoa Santa Luzia 51-665-2391

Osório São Vicente de Paula 51-663-3377

Postos de Abastecimento, Oficinas e Socorros Mecânicos

Os postos de abastecimento, oficinas mecânicas e de socorro mecânico na Rodovia atual, em situações de emergência por acidente com cargas perigosas podem ser um auxiliar importante tanto para o socorro imediato, como para a contenção do impacto ambiental. Para tanto, esses serviços e a disponibilidade existente nos mesmos de equipamentos e utilitários passíveis de serem mobilizados, de acordo com a gravidade das ocorrências, devem ser considerados.

Os titulares e funcionários lotados nesses serviços deverão ser objeto de comunicação informativa, recebendo material esclarecedor sobre as questões inerentes ao atendimento emergencial e como estabelecer comunicação rápida e eficiente com as autoridades envolvidas na solução do problema.

A Tabela nº 6.3.5.2, apresentada a seguir contém um levantamento dos principais pontos de apoio ao longo da BR-101 atual, em termos de postos de abastecimento, oficinas mecânicas e elétricas, borracharias e socorro mecânico, do km 213 em Santa Catarina (próximo a Palhoça), ao km 098 no Rio Grande do Sul (próximo a Osório).

Segundo a quilometragem, são localizadas pela faixa (F) da BR-101 onde está localizado o ponto de apoio, convencionado como S, quando instalado do lado da faixa sentido sul e como N, quando na faixa sentido norte; apresentando a atividade principal, o horário de funcionamento, comercial ou ininterrupto, o telefone e informações adicionais.

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Tabela nº 6.3.5.2 - Pontos de Apoio na BR-101

Km F Atividade Hora Telefones Informações Adicionais

001 N Posto BR 24h 605-2545

002 N Posto Ypiranga 24h 605-2505 Borracharia 24h/Mecânica 24h

006 N Posto Esso 24h 605-2212 Borracharia 24h

013 N Posto Texaco 24h 664-0055 Borracharia 24h

023 S Posto Esso 24h 667-1061 Borracharia 24h

024 N Mecânica Com. 667-1712

024 N Posto Shell 24h 667-1064 Borracharia 24h/Elitricista 24h

033 N Posto Ypiranga 24h 622-8044 Borracharia 24h/Mecânica

042 N Posto Atlantic 24h 666-1384 Borracharia/Mecânica/Elitricista

045 S Posto Ypiranga 24h 666-1146 Borracharia 24h/Mecânica 24h

047 N Posto Texaco 24h 666-1138 Borracharia /Mecânica

049 S Posto Shell 24h 666-1262 Borracharia 24h/Mecânica

050 N Posto BR 24h 666-1238 Borracharia 24h

062 N Borracharia Com.

082 N Posto Ypiranga 24h 683-8002 Borracharia 24h

093 N Posto Ypiranga 24h 663-1122 Borracharia 24h

093 N Posto Ypiranga 24h 663-1436 Borracharia 24h/Elericista 24h

095 S Socorro 24h 663-2344 Cel. 983-1221

095 N Posto Shell 24h 663-4344 Borracharia 24h/Mecânica

096 S Socorro 24h 663-2402 Cel. 983-1084

098 S Posto Shell 24h 663-1986 Borracharia 24/Mecânica

Fonte: pesquisa de campo da Equipe do IME

6.4. Equipe Técnica

A equipe técnica executora desse Plano foi a seguinte:

a) CONVÊNIO IME/DNER

Cel QEM Paulo Roberto Dias Morales – Coordenação Geral

Cel. Renato Ernesto Ligneul – Coordenação Administrativa

Supervisão Técnica: Engº José Roberto Rauber

Geógr. Angela Pantoja

Versão Preliminar do Plano

Engº José de C. Bustamante

Engº Angelo F. M. Gonçalves

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Engº Quim.Lucila M. T. Caselato

Versão Final do Plano

Engº Ricardo Lisboa da Cunha e Augusto F. Tavares do Escritório Técnico H. Lisboa da Cunha Ltda

b) COORDENADORIA de DEFESA CIVIL/RS

Cel. QOPM José Luiz Mafalda- Chefe da Casa Militar do Governador

Maj.Gerson Luiz Kochenborger

Cap.Alexandre Zeleniakas Corrêa

c) IBAMA

Engº. Rodney Ritter Morgado, Gerente Regional

Bióloga. Leda Famer

Eng.João C. Pujol Jr

d) FEPAM

Engº. Químico Vilson Trava Dutra

Químico Mauro Gomes de Moura

6.5. Dicionário de Siglas e Definições usadas

As siglas e definições usadas nesse Relatório do Plano de Emergência são as seguintes:

ABIQUIM Associação Brasileira de Indústria Química

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABT Veículo Auto-bomba tanque com 3,5 a 5 mil litros de água

ABTR Veícu;lo auto-bomba tanque com 3,5 mil lts de água e material de resgaste

ALADI Associação Latino Americana de Integração

APA Área de Proteção Ambiental

ASU Veículos de auto-socorro de urgência

AT Veículo auto-tanque com 10 a 12 mil litros de água

BIRD Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento-Banco Mundial

BPF Óleo de Baixo Ponto de Fusão (Petrobrás)

CB Caminhão Baú

CC Carreta

CCO Centro de Controle de Operações Defesa Civil/RS

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CETESB Cia de Tecnologia ,Saneamento Básico e Meio Ambiente,SP

CODEC Coordenação de Defesa Civil/RS

CODESUL Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul

CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear,RJ

CONDEC Comissão Municipal de Defesa Civil

CT Caminhão Tanque

DEDC Diretoria de Defesa Civil/SC

DER Departamento de Estradas de Rodagem/SC

DMI Difenil Metil Diisocianato

DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

EIA Estudo de Impacto Ambiental

EPI Equipamento de Proteção Individual

FATMA Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina

FEHIDRO Fundo Estadual de Recursos Hídricos

FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler-RS

FIRE POINT Ponto de Ignição – é a mais baixa temperatura à qual um óleo vaporiza rapidamente e bastante para queimar, pelo menos 5 segundos depois da ignição, sob condições padrão.

FLASH POINT É a mais baixa temperatura a qual um óleo produz suficiente vapor para formar uma queima em condições padrão.

FLASH-FIRE Ignição por segundo de nuvem de vapor

GEACAP Grupo Especial para Atendimento a Cargas Perigosas do Corpo de Bombeiros Militar do RS

GLP Gás Liquefeito do Petróleo ( Propano/Butano)

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IME Instituto Militar de Engenharia

INMET Instituto Nacional de Metrologia

IPR Instituto de Pesquisas Rodoviárias do DNER

MDI Metileno Difenil Diisocianato (Bayer)

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MERCOSUL Mercado Comum do Sul

MOPE Curso do SENAI/SENAT- Movimentação de Produtos Perigosos

ND Dado não disponível

ONU Organização das Nações Unidas

PQS Pó Químico Seco para carregar Extintores de Incêndio

PMRS Polícia Militar do Rio Grande do Sul

PVC Cloreto de Polivinila-(Plástico)

REA Relatório do Acidente

RIMA Relatório de Impacto Ambiental

RISCO. Probabilidade de Ocorrência do Acidente

PRF Polícia Rodoviária Federal

SENAI Serviço Nacional de aprendizado Industrial

SENAT Serviço Nacional de Aprendizado em Transportes-SENAI

TDI Tolueno Diisocianato (Bayer)

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

UNEP Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

VHF “Very High Frequency”- faixa de transmissão de rádio em alta freqüência

ZPE Zona Portuária de Exportação

6.6. Classificação de Produtos Químicos Perigosos pelo Ministério dos Transportes

Os produtos perigosos são ordenados em classes definidas na Portaria nº 291 de 31/05/1998, do Ministério dos Transportes.

Classe 1 – Explosivos (Ministério do Exército)

- Subclasse 1.1 - Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa

- Subclasse 1.2 - Substâncias e artefatos com risco de projeção

- Subclasse 1.3 - Substâncias e artefatos com risco predominante de fogo

- Subclasse 1.4 - Substâncias e artefatos que não apresentam risco significativo

- Subclasse 1.5 - Substâncias pouco sensíveis

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Classe 2 – Gases Comprimidos, Liquefeitos, Dissolvidos sob Pressão ou Altamente Refrigerados

- Gases comprimidos = não se liquefazem sob pressão à temperatura ambiente

- Gases liquefeitos = tornam-se líquidos sob pressão à temperatura ambiente

- Gases dissolvidos = se dissolvem em líquidos sob pressão

- Gases altamente refrigerados

Classe 3 – Líquidos Inflamáveis

- Grupos de riscos l, ll e lll

Classe 4 – Sólidos Inflamáveis; Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea; Substâncias que, em Contato com a Água, Emitem Gases Inflamáveis

- Subclasse 4.1 - Sólidos Inflamáveis

- Subclasse 4.2 - Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea

- Subclasse 4.3 - Substâncias que, em Contato com a Água, Emitem Gases Inflamáveis

Classe 5 – Substâncias Oxidantes; Peróxidos Orgânicos

- Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes

- Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos

Classe 6 – Substâncias Tóxicas; Substâncias Infectantes

- Subclasse 6.1 - Substâncias Tóxicas (provocam morte ou danos à saúde em caso de ingestão, inalação ou contato com a pele)

- Subclasse 6.2 - Substâncias Infectantes (infecciosas)

Classe 7 – Substâncias Radioativas (responsabilidade da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear)

Classe 8 – Corrosivos

- Grupo I – Substâncias muito perigosas (provocam visível necrose da pele após um período de contato de até três minutos)

- Grupo II – Substâncias que apresentam risco médio (provocam visível necrose da pele após período de contato superior a três, mas não maior do que sessenta minutos)

- Grupo III – Substâncias de menor risco, incluindo:

• As que provocam visível necrose da pele num período de contato inferior a quatro horas;

• As com taxa de corrosão sobre superfícies de aço ou de alumínio superior a 6,25 mm por ano, a uma temperatura de teste de 55°C.

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Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas

Nesta classe são enquadradas as substâncias que não apresentam nenhuma característica que as possa enquadrar nas precedentes. Via de regra apresentam baixa

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6.7. Planta Retigráfica

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6.8. Bibliografia

Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM: "APELL - Alerta e Preparação de Comunidades para Emergências Locais", tradução do Manual da UNEP, edição da ABIQUIM, São Paulo, 1990;

ABIQUIM: "Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos", edição da ABIQUIM, São Paulo, 1999;

B.I.D.-Respuesta de Emergencia para El Sistema Carreteiro de Uruguai-, Montevidéu, s.data.

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB: "Atendimento a Acidentes com Produtos Químicos", edição da CETESB, São Paulo, 1993;

CETESB: “Cadastro de Acidentes Ambientais - CADAC”, edição CETESB, São Paulo, 1998;

Convênio-DNER/IME-Bustamante,-José-de-C.;-Gonçalves,-Angelo F.M.;Caselato,Lucila , M.T- Transporte de Produtos Perigosos na BR-101- Trecho Palhoça/SC- Osório - Análise e Proposições-.,RJ,6/04/2000;

Convênio DNER-IME: “Estudo de Impacto Ambiental da BR-101 - Trecho Florianópolis - Osório”, 3 vols., edição do Convênio, Rio de Janeiro, 1999;

Cunha, R.L. e outros, Poluição Acidental – Uma Nova Área de Atuação-FEEMA-RJ,1987.

DNER-Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais, Rio de Janeiro,1996.

Departamento de defesa Civil-S.E.P.R.-M.P.O – Glossário de Defesa Civil- estudos de Riscos e Medicina de desastres, Brasília, DF, 1998

DER/MG-Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais: “Sistema de Prevenção e Atendimento a Acidentes com Transportes de Carga de Produtos Perigosos na BR-381”, edição do DER-MG, Belo Horizonte, 1996;

EIA/RIMA-Convênio DNER/IME, Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL- BR101,Florianópolis/SC-Osório/RS, Outubro de 1999

Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT: “Diretrizes Ambientais para o Setor de Transportes”, edição do GEIPOT, Brasília, 1992;

Exército Brasileiro: "Manual Técnico T9-1903 - Armazenamento, Conservação, Transporte e Destruição de Munições, Explosivos e Artifícios", edição do Estado Maior do Exército, Brasília, sem data;

ETEL Estudos Técnicos Ltda.: “Atendimento às Exigências do DAia/SMA-SP para Segurança e Prevenção de Acidentes com Cargas Perigosas na Duplicação da Rodovia Fernão Dias” - Edição ETEL, S. Paulo, 1997

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FEEMA-Prevenção e Controle da Poluição Acidental – Curso Teórico e Prático –RJ.,1998.

IBGE, Geografia do Brasil, Vol.2 ,Região Sul, RJ,1990;

Heggie, Ian: "Designing Enviromentally Sound Transport Projects", World Bank, Washington, D.C., 1990;

Lima, Jaime E. P. et allii: "Planejamento de Ações em Emergências Envolvendo o Transporte de Produtos Químicos Perigosos", Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 1998;

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Organización de los Estados Americanos - OEA: “Manual de Procedimentos” , edição OEA, Washington, DC, 1996;

Organization for Economic Co-operation and Development - OECD: “Trade Measures in the Basel Convention on the Control of Transboundary Movements of Hazardous Wastes and their Disposal”, edição OECD, Paris, 1998;

United Nations Environmental Programme - UNEP: “Manual do APELL - Alerta e Preparação para Emergências a Nível Local”, edição ABIQUIM, São Paulo, 1996;

Secretaria de Defesa Civil- M.I.N.- Manual para a Decretação de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, Vols. 1e 2, Brasília, DF,1999

US Department of Transportation: “Hazardous Materials Shipments”, edição DOT, Washington, DC, 1998;

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Vrolyk, J.J.; Mitchell, R.C.; Melvold, R.W. Rockwell International Corporation, Califórnia; EPA. “Prototype system for plugging leaks in ruptured containers”. Ohio (US), EPA, 1976.