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CONVÊNIO DNER/IME Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS) PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO Julho/2001 COMANDO DO EXÉRCITO MINISTÉRIO DA DEFESA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO - licenciamento.ibama.gov.brlicenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGTMO/COTRA/EIA_DNIT... · 6.2.3 Exemplos das Planilhas ... NBR 8799– Avaliação

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CONVÊNIO DNER/IME

Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL

BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS)

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO

Julho/2001

COMANDO DO EXÉRCITOMINISTÉRIO DA DEFESA

INST I TUTO MIL I TAR DE ENGENHARIA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

ÍNDICE

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1

2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 3

3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................................................................

4

4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Considerações Gerais ........................................................................................... 7

4.2. Comunicação Social ............................................................................................. 9

4.3. Participação das Comunidades Envolvidas ....................................................... 9

4.4. Processo de Desapropriação ................................................................................ 11

4.5. Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda .........................................................................................................

16

4.5.1 Identificação e Caracterização do Público Alvo ....................................... 16

4.5.2 Reconstrução das Moradias ....................................................................... 22

5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

5.1. Aspectos Gerais .................................................................................................... 30

5.2. Parceiros Institucionais ....................................................................................... 32

5.2.1 No Rio Grande do Sul ................................................................................. 32

5.2.2 Em Santa Catarina ..................................................................................... 33

6. MONITORAMENTO

6.1. Atividades Básicas ................................................................................................ 34

6.2. Plano de Monitoramento para Auxílio na Reconstrução de Moradias ........... 36

6.2.1 Na Situação Ex-ante .................................................................................... 37

6.2.2 Na Situação Ex-post .................................................................................... 37

6.2.3 Exemplos das Planilhas .............................................................................. 38

6.3. Indicadores para Monitoramento ....................................................................... 39

7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS ............................................................... 40

8. CRONOGRAMA ........................................................................................................... 41

9. REFERÊNCIAS

9.1. Estudos e Projetos ................................................................................................ 42

9.2. Legislação Pertinente ........................................................................................... 42

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Programa de Desapropriação

9.3. Outras Referências ............................................................................................... 42

10. ANEXOS ....................................................................................................................... 43

ANEXO I - Equipes de Apoio (SC/RS)

ANEXO II - Perfil Socioeconômico do Público Alvo

ANEXO III - Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC/RS)

ANEXO IV - Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC/RS)

ANEXO V - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC/RS)

ANEXO VI - Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC/RS)

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Programa de Desapropriação

1. INTRODUÇÃO

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Programa de Desapropriação

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1. INTRODUÇÃO

A faixa de domínio atual da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades de Palhoça (SC) e Osório (RS), apresenta situações distintas nos dois Estados envolvidos.

No segmento Catarinense da BR-101, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, quando da implantação da rodovia, na década de 60, efetuou a desapropriação de uma faixa de domínio com largura variável de 60 a 70 metros. Algumas áreas não foram desapropriadas até o presente momento, em sua maioria como decorrência de problemas com documento de titularidade dos imóveis.

No Rio Grande do Sul, o trecho da BR-101 situado entre a Divisa SC/RS e a cidade de Osório, relacionados com a titularidade dos imóveis, teve sua implantação iniciada em 1947, através da Secretaria Estadual da Agricultura, sendo transferida sua gestão, em 1955, para a Secretaria dos Transportes/DAER. A delegação ao Estado perdurou até 1959, ano em que o Governo Federal, através do DNER, assumiu a gerência da rodovia. A pavimentação do trecho foi iniciada no ano de 1963 e concluída em maio de 1968.

Informações do Órgão Rodoviário Estadual, DAER/RS, dão conta que não houve processo de desapropriação à época da implantação da rodovia, tendo havido a cessão amigável das áreas por parte dos proprietários.

As obras de duplicação se desenvolverão predominantemente no interior da faixa de domínio atual. A regularização da faixa de domínio existente e a necessidade de novas desapropriações, não só para a implantação das variantes de traçado como também para construção de ruas laterais, interseções, acessos e obras de contenção, justificam a necessidade do desenvolvimento deste programa ambiental.

O DNER, responsável por este empreendimento, tem desenvolvido ações de desapropriação ao longo de sua existência, como atividade básica para a implantação das rodovias de jurisdição federal. Para tal são desenvolvidos os Projetos de Desapropriação que usualmente constituem um capítulo do escopo dos Projetos Executivos de Engenharia elaborados para a implantação, restauração e ampliação de capacidade de rodovias.

A inserção deste tema no Projeto Básico Ambiental – PBA, para desenvolvimento de um programa específico, segue a orientação estabelecida no Estudo de Impacto Ambiental – EIA e no respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, referentes às obras de ampliação da capacidade do segmento rodoviário em pauta. Além disso, reflete a preocupação do Empreendedor e dos Organismos de Financiamento com a questão, pois o DNER editou em abril/98 as Diretrizes e Procedimentos para Reassentamento de Populações Afetadas em Obras Rodoviárias, enquanto o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID elaborou a Política OP-710 intitulada “Reasentamiento Involuntário em los Proyectos del BID”.

O Programa de Desapropriação abrange duas fases distintas:

− O processo de desapropriação propriamente dito, e;

− O auxílio na reconstrução de moradias da população de baixa renda, em área remanescente da atual propriedade.

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Este Programa Ambiental está intimamente relacionado com outro programa do PBA, o que trata do Reassentamento da População de Baixa Renda diretamente afetada pelo empreendimento.

São comuns a estes dois programas ambientais as atividades iniciais relacionadas com suas demandas, tais como a identificação das famílias afetadas, o cadastro físico de suas propriedades e a pesquisa sócio-econômica para a caracterização da população atingida. Feita a triagem das famílias para o enquadramento em um ou outro grupo, através de critérios de elegibilidade e da análise da área remanescente da propriedade, cada um dos programas segue caminhos independentes com a proposição de ações específicas.

Para facilitar o entendimento sobre abrangência destes dois programas, cabe destacar que o Reassentamento da População de Baixa Renda contempla as famílias de baixa renda afetadas pelo empreendimento, cuja solução de moradia exige sua transferência para uma nova propriedade. Os demais casos de benfeitorias e terrenos atingidos pelas obras de duplicação terão as soluções encaminhadas através do Programa de Desapropriação. O esquema geral apresentado na Figura 01, Capítulo 4, que sintetiza as principais atividades destes Programas, permite visualizar o inter-relacionamento e abrangência dos mesmos.

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2. OBJETIVOS

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2. OBJETIVOS

Este Programa tem como objetivo regularizar a faixa de domínio atual e efetuar as novas desapropriações necessárias para a implantação das obras de duplicação, abrangendo o trecho da rodovia BR-101 situado entre Palhoça/SC (km 216,5) e Osório/RS (km 99,5).

O programa também se propõe a praticar preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que as famílias afetadas não sofram perdas patrimoniais e de qualidade de vida, fazendo com que o processo transcorra sem conflitos e questões judiciais.

A elaboração e implantação do Programa atendem à regulamentação legal e às normas do DNER, com destaque para:

− As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, (i) NBR 5676 – Avaliação de Imóveis Urbanos, (ii) NBR 8799 – Avaliação de Imóveis Rurais, (iii) NBR 8951 – Avaliação de Glebas Urbanizadas, (iv) NBR 8976 – Avaliação de Unidades Padronizadas e (v) NBR 12.721 – Avaliação de Custos Unitários;

− A Instrução Normativa no 1, de 10/11/1994, da Secretaria do Patrimônio da União – SPU, do Ministério da Fazenda;

− As normas, instruções de serviços e diretrizes do DNER, (i) Norma – DNER-154/84 – Normas e Procedimentos Administrativos para Desapropriação, (ii) DNER-15-23 – Instruções de Serviços para Projeto de Desapropriação e (iii) Diretrizes e Procedimentos para Reassentamento de Populações Afetadas em Obras Rodoviárias.

Além desses critérios e de outros procedimentos usuais em casos de desapropriação, serão tomados cuidados especiais de modo a minimizar os transtornos temporários/permanentes inerentes ao processo, principalmente os que envolvem as famílias de baixa renda ou que apresentam algum tipo de vulnerabilidade (chefes de família doentes, idosos, analfabetos, etc), com pouca mobilidade social e quase sem nenhum poder de negociação. Para tal, a equipe técnica responsável pela implementação do Programa será integrada além dos técnicos do setor rodoviário, por profissionais das áreas de Comunicação Social, Direito e Assistência Social.

A implementação do Programa de Desapropriação ocorrerá antes do início das obras (ver cronograma apresentado no capítulo 8).

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3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA

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3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA

A elaboração deste Programa, concomitantemente ao desenvolvimento do Projeto de Engenharia, envolveu, em termos práticos, as seguintes etapas de trabalho:

− Levantamento da situação da faixa de domínio atual, a partir de informações prestadas pelos Distritos Rodoviários de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul;

− Análise dos Projetos de Engenharia referentes aos 13 lotes, com vistas à identificação, ao longo dos trechos, da necessidade da adoção de procedimentos objetivando a liberação da faixa de domínio, com conseqüentes ações expropriatórias;

− Análise dos instrumentos normativos adotados/vigentes e referentes à questão em pauta, com destaque para os termos de referência do edital de projeto, instruções de serviço, normas, diretrizes e procedimentos administrativos do DNER, políticas operacionais do BID, instruções normativas da Secretaria do Patrimônio da União – SPU e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

− Estabelecimento das premissas básicas do Programa, com base nas recomendações contidas no EIA/RIMA e na documentação analisada conforme tópico anterior;

− Avaliação da necessidade de alteração ou de incorporação aos Projetos de Desapropriação, integrantes dos Projetos de Engenharia, de tópicos julgados pertinentes em função das análises precedidas;

− Interação com as empresas encarregadas da elaboração do Projeto de Engenharia, com o objetivo de encontrar soluções de projeto que reduzam a necessidade de desapropriações. Por conseqüência, foram introduzidas alterações de traçado, estudadas soluções para acesso aos lotes e ajustada a largura da faixa de domínio sempre que esta medida redundasse em redução significativa do número de domicílios a desapropriar;

− Realização da Pesquisa Socioeconômica para a caracterização da população afetada. Os resultados desta pesquisa, devidamente tabulados e analisados, constam do relatório denominado Cadastro Socioeconômico da População Residente na Faixa de Domínio Projetada da BR-101, que integra o documento auxiliar denominado Base de Dados do PBA. Os dados desta pesquisa, uma vez definidos os critérios de vulnerabilidade, permitiram efetuar a triagem das famílias afetadas e estabelecer os mecanismos a serem empregados para o correto equacionamento da questão desapropriação/reassentamento;

− Avaliação da experiência recente do DNER na implementação do processo de desapropriação do trecho norte da BR-101/SC observando os procedimentos adotados e a estrutura técnico-administrativa disponibilizada para execução dos trabalhos;

− Formulação do Programa de Desapropriação, com a definição dos seguintes aspectos relacionados com a implementação do programa:

• Atividades/ações previstas;

• Equipe técnica envolvida;

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• Articulação institucional;

• Monitoramento;

• Orçamento e fontes de recursos;

• Cronograma.

O Projeto de Desapropriação, desenvolvido no âmbito do Projeto de Engenharia, é a referência básica para elaboração deste Programa. Foi elaborado de acordo com os termos de referência do edital de licitação do projeto e as instruções de serviço do DNER, contemplando as seguintes atividades:

− Levantamento cadastral da faixa de domínio, contendo o conjunto de todas as propriedades, cujas plantas individuais são apresentadas em escala variável em função do tamanho da propriedade;

− Pesquisa e obtenção de certidões e títulos de propriedades, com a respectiva transcrição no Registro de Imóveis, quando for necessário;

− Pesquisa de valores do terreno e benfeitorias, em consonância às normas do Grupo de Perícias e Avaliação do DNER;

− Preparação de dossiê para cada propriedade e formação e constituição de processos administrativos para fins expropriatórios. Inclui-se aqui a revisão, atualização e complementação de processos já abertos e em andamento no Distrito Rodoviário no trecho objeto da presente licitação;

− Levantamento de ocupação ilegal na faixa de domínio, indicando: localização, área ocupada, tipo de ocupação (residencial, comercial, outros), número de residentes (se familiar), histórico da ocupação, etc;

− Estimativa do valor das desapropriações.

Na determinação do valor dos terrenos, foram obedecidos os procedimentos preconizados pelas Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Face às informações obtidas e os dados disponíveis, foi adotado o “Método Comparativo de Dados de Mercado”. Neste método:

• A definição do valor é obtido através de comparação com dados de mercado assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas;

• As características e os atributos dos dados pesquisados, são tratados estatisticamente, respeitados os níveis de rigor definidos pela Norma;

• A sua aplicação está condicionada a existência de um conjunto de dados que possam ser tomados estatisticamente como amostra do mercado imobiliário.

Foram pesquisados dados de terrenos, nas zonas urbanas e rurais, com o levantamento das características influenciadoras na formação do valor, tais como:

• Melhoramentos públicos existentes na região, principalmente energia elétrica, água, telefone, pavimentação, transporte coletivo, etc;

• Utilização atual, potencial legal e econômico destacando o aproveitamento econômico da região e indicando as atividades predominantes;

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• Restrições e limitações de uso previsto no plano diretor municipal e outros;

• Classificação dos imóveis.

No desenvolvimento da pesquisa, procurou-se assegurar: a idoneidade da fonte de informação; a sua atualidade; a sua semelhança com o objeto da avaliação no que diz respeito a sua situação, a destinação, o porte, a forma, o grau de aproveitamento, as características físicas e a adequação aos meios ambiente e social.

Convém destacar que toda vez em que a área remanescente do terreno (área total menos área desapropriada) tinha dimensões que inviabilizavam sua exploração econômica ou a utilização urbana, este mesmo remanescente foi incluído processo de desapropriação, sendo objeto de indenização.

Na determinação do valor das benfeitorias, utilizou-se o Método do Custo de Reprodução, que consiste, em síntese, na determinação do valor necessário para se construir obra semelhante. Foram pesquisados os custos dos materiais, da mão-de-obra na construção civil e demais encargos, valendo-se também de informações de preços fornecidos pelo SINDUSCON e de publicações técnicas do setor. Além disso, foram pesquisados em cartórios, corretores de imóveis e imobiliárias, os valores de mercado em transações recentes.

As benfeitorias para o cálculo para o custo de construção foram divididas em obras de alvenaria, de madeira e mistas, considerando-se diferentes padrões de materiais e acabamento.

Na fixação do fator de depreciação lançou-se mão do critério de ROSS-HEIDECKE, que leva em consideração a idade e estado de conservação de cada benfeitoria.

O detalhamento dos custos das indenizações é apresentado no volume 3-A – Projeto de Desapropriação, que integra o Projeto de Engenharia das Obras de duplicação da BR-101, trecho Florianópolis (SC) – Osório (RS). Do citado relatório constam, para cada lote de projeto, a metodologia aplicada às pesquisas de preços, as tabulações efetuadas e os valores considerados na determinação dos custos de desapropriação.

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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Considerações Gerais

A implementação do Programa de Desapropriação precederá o início das obras de duplicação, tendo como pré-condição, a aprovação formal do Projeto de Engenharia e publicação, no Diário Oficial, do correspondente Ato Declaratório de Utilidade Pública para efeitos de desapropriação. Envolverá, além da estrutura formal do DNER, uma equipe de apoio especialmente contratada para esta finalidade e também uma empresa de gestão ambiental. Ademais, serão celebrados convênios com diversos parceiros institucionais para o acompanhamento e prestação de assistência técnica ao longo de todo o Programa, conforme detalhado no Capítulo 5-Articulação Institucional.

Algumas atividades descritas a seguir são comuns aos Programas de Desapropriação e de Reassentamento de População de Baixa Renda. O esquema geral apresentado na Figura 01 mostra o interrelacionamento entre estes Programas Ambientais, sintetizando as principais atividades envolvidas.

A implementação do Programa é dividida em duas etapas:

− Processo de Desapropriação;

− Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda.

O processo de desapropriação gera impactos significativos no cotidiano das famílias atingidas, principalmente as de baixa renda ou que apresentem outros quadros de vulnerabilidade (chefes de família doentes, pessoas idosas, analfabetos, deficientes, etc.). Para minimizar estes impactos, a implementação do Programa deve ser acompanhada, desde seu início e ao longo de todo período, de ações voltadas para a Comunicação Social e Participação das Comunidades envolvidas, em consonância com os itens subseqüentes.

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PRÉ-CONDIÇÕESATIVIDADES

PREPARATÓRIAS IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS (13 meses)

GE

STÃ

OA

TIV

IDA

DE

SC

ON

NIO

S

DNER / DISTRITOS RODOVIÁRIOS FEDERAIS - COMISSÕES DISTRITAIS / PROCURADORIA DISTRITAL

Negociação comDesapropriandos

Valores

Indenizações

Programas deAssistência

Critérios deElegibilidade

Adesão aosProgramas

Efetivação daDesapropriação

Moradores Proprietários

Não Elegíveis Indenização (conclusão)

Elegíveis p/ Reconstrução Indenização

Elegíveis p/ Reassentamento Solução habitacionalou

Indenização (conclusão)Moradores não Proprietários

Inquilinos Indenizações para Multas e Auxílio Mudança (conclusão)

Moradores de Favor Compensação Financeira e Auxílio Mudança

Ocupação Irregular Solução Habitacional

Contratuais

(conclusão)

Imóveis Sem Domicílios

Regra Geral Indenização (conclusão)

Casos Excepcionais Análise Individual

Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda

Assistência SocialOrientação na Aplicação dos Recursos da Indenização

Orientação p/ Aumento da Geração de Renda Familiar

Melhoria nas técnicas de produção agropecuária e implementação de agroindustrias (EMATER)

Promoção da Participação Comunitária

Assistência TécnicaAnotação de Responsabilidade Técnica - ART

Elaboração de Projetos-Tipo

Orientação na Implantação no Terreno (Localizaçãodo novo domicílio e acesso ao mesmo)

Acompanhamento na Execução

Programa de Reassentamento da População de Baixa Renda

Solução Habitacional Coletiva

Solução Habitacional Individual

Monitoramento do Subprograma deAuxílio na Reconstrução deMoradias das Famílias de Baixa Renda

MONITORAMENTO (06 meses)

Organização do comércio de beira de estrada

Projeto de EngenhariaAprovado

Elaboração dosProgramas Ambientaisde Desapropriaçãoe Reassentamento

Ato Declaratório deUtilidade Pública

Instauração doProcessoExpropriatório

Constituição dasComissões Distritais

Contratação dasEquipes de Apoio

Celebração deConvênios

Revisão/Complementação/Atualização dos Laudos de Avaliação

Cadastro Físico(Planta de Situação e Planta Baixa das Benfeitorias)

Pesquisa Documental

Pesquisa de Preços

Ficha Resumo dosLaudos de Avaliação

Pesquisa Socioeconômica Complementar

GESTÃO DO PROGRAMA - Gerenciadoras / Gestora Ambiental

Indenização pelos Imóveis ExpropriadosSeleção/Aquisição/Preparação de Terrenos paraReassentamentoAuxílio Técnico na Auto-construção da HabitaçãoAuxílio Mudança

Seleção de Terrenos e no Auxílio Técnico naAuto-construção da Habitação ou Orientação Técnica na Aquisição de MoradiaAuxílio Mudança

ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

EQUIPE DE APOIO

SÍNTESE DAS PRINCIPAIS AÇÕES / ATIVIDADES

PROGRAMAS DE DESAPROPRIAÇÃO E REASSENTAMENTO

Promoção da Participação Comunitária

Indenização pelos Imóveis Expropriados

Monitoramento do Programa de Reassentamento da População deBaixa Renda

Assistência JurídicaAuxílio para obtenção do Documento de PropriedadeAcompanhamento do Processo de DesapropriaçãoAuxílio para Registro em Cartório da Nova Moradia

Figura 01 – Interrelacionamento entre os Programas de Desapropriação e de Reassentamento de População de Baixa Renda

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4.2. Comunicação Social

Obras rodoviárias, como é o caso da duplicação da BR-101, envolvem grande parte das famílias que vivem ao longo do trajeto. Essa dispersão espacial dos afetados dificulta reunir as pessoas atingidas para tratar dos assuntos de seu interesse. Por esse motivo, devem ser adotadas formas próprias para promover a comunicação social, ou seja, proporcionar algumas informações gerais e outras específicas sobre o andamento do empreendimento que possam ser de interesse da comunidade em geral e das famílias afetadas por este Programa, em particular.

Para o bom andamento dos trabalhos, propõem-se alguns procedimentos visando assegurar a participação da comunidade diretamente envolvida nos moldes geralmente previstos por órgãos de licenciamento ambiental, instituições de financiamento e pelo próprio empreendedor.

O empreendimento, os seus eventuais transtornos como também os benefícios, devem ser objeto de ampla divulgação, compreendendo as seguintes atividades:

a) Elaboração de matérias especialmente preparadas para jornais, programas de rádio e televisão de alcance local e regional;

b) Realização de reuniões e/ou palestras em escolas, centros comunitários, associações de bairros e clubes de serviço, para autoridades municipais, membros de associações, moradores interessados, ONGs;

c) Realização de reuniões específicas com grupos de moradores que sejam diretamente afetados e que estejam enquadrados no Programa de Desapropriação. Essas reuniões devem ser realizadas com participação de terceiros, p. ex. assistente social da Prefeitura do município em que moram as famílias atingidas;

d) Realização de reuniões unifamiliares, nos casos em que os domicílios estejam distantes um dos outros e que seja difícil reunir os interessados. Essas reuniões devem ser realizadas com participação de terceiros, p. ex. assistente social da Prefeitura do município em que mora a família afetada.

Nos casos “a” e “b”, propostos, as informações a serem transmitidas serão mais de cunho genérico, essencialmente informativo, destacando os transtornos e os benefícios permanentes do empreendimento. Ao passo que, nas situações “c” e “d” o enfoque deverá ser essencialmente voltado para o tratamento e a solução das questões que dizem respeito às famílias afetadas por este Programa.

O detalhamento destas atividades de comunicação social, a formatação da equipe necessária para sua implementação e a apropriação dos custos pertinentes, constam do Programa de Comunicação Social, integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA do empreendimento. A execução destas atividades, que ocorrerão ao longo de todo o período de duração deste Programa, ficará a cargo da empresa de consultoria responsável pela Gestão Ambiental.

4.3. Participação das Comunidades Envolvidas

A participação das comunidades envolvidas constitui procedimento importante do ponto de vista democrático e do exercício da cidadania. Este tópico deve ser visto como extensão e

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integração com o trabalho de comunicação social. É necessário ressaltar que durante todo o Programa de Desapropriação deverão ser realizadas amplas consultas às comunidades (famílias) afetadas, de modo a que as soluções adotadas e recomendadas sejam legitimadas pelos principais interessados, beneficiando-os de uma forma geral.

Em várias oportunidades, especialmente através de inúmeras reuniões e mesmo audiências públicas formais já realizadas em diferentes épocas e localidades, grande parte da população humana afetada pelo empreendimento teve a chance de conhecer, discutir e analisar as vantagens e transtornos decorrentes das obras de duplicação da rodovia. No entanto, é necessário que na fase de implementação do Programa, a participação seja retomada, incentivada, dirigida e orientada especificamente para as famílias diretamente envolvidas.

Os procedimentos a seguir descritos referem-se essencialmente à segunda etapa do Programa, em que as famílias de baixa renda, selecionadas por critérios claramente definidos no item 4.3, serão contempladas com medidas de auxílio para a reconstrução de suas moradias na área remanescente de suas propriedades.

Em termos de procedimentos operacionais, um primeiro passo consiste na identificação de lideranças. Nos núcleos habitacionais, ou seja, onde há um certo aglomerado de famílias passiveis de desapropriação, devem ser identificadas as lideranças locais existentes. Caso a comunidade não tenha um líder representativo, os responsáveis pela gestão do programa, com o devido cuidado, poderão fomentar o surgimento de uma liderança (representante), pessoa essa que, devidamente orientada, poderá ser muito útil no desenvolver do processo como um todo. Deverá ser dada especial atenção quanto ao comportamento dos líderes existentes, ou seja, saber se eles realmente representam e defendem os anseios da comunidade evitando a ação de aventureiros, munidos de fortes interesses pessoais ou mesmo político-partidários. Líderes e/ou representantes muitas vezes querem levar vantagens sobre os demais membros dos grupos.

Aos membros da comunidade afetada, deve ser esclarecido e enfatizado que o auxílio na reconstrução das moradias de famílias de baixa renda, tem diretrizes e limites, a saber:

− O empreendedor já possui levantamento do número de domicílios e famílias afetadas (a serem beneficiadas) existentes, por isso, novos moradores, recém chegados ou que queiram vir, não serão contemplados, incluídos ou beneficiados pelo auxílio na reconstrução de moradias;

− O orçamento do Programa possui recursos financeiros definidos e limitados, portanto, se por acaso mais pessoas queiram ser beneficiadas, as famílias anteriormente existentes e inscritas serão prejudicadas, ou seja, o mesmo valor dividido por um maior número de beneficiados será proporcionalmente menor para cada família;

− O empreendedor vai tratar de evitar, compensar ou minimizar os danos e transtornos sociais, econômicos e ambientais causados pelo empreendimento. Outras questões socioeconômicas de interesse comunitário, mas não da alçada do empreendedor, deverão ser pleiteadas junto aos órgãos e nas instâncias administrativas correspondentes, podendo até contar com o apoio do responsável pelas obras de duplicação da rodovia.

Para cada um dos municípios atingidos pelo Programa, deverá ser organizado um grupo de participação comunitária, composto por:

− Representante do poder público executivo municipal (saúde, educação, trabalho, habitação, assistência social) voltado para a defesa dos interesses dos afetados;

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− Lideranças (representantes) dos diferentes núcleos/comunidades existentes no município onde residem as famílias afetadas;

− Representante de ONG´s, somente atuantes no município, de preferência no bairro da comunidade afetada (p. ex. associação de moradores);

− Representantes do empreendedor, e/ou do Convênio a ser celebrado para gestão do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, que desempenhará as funções de presidência e secretaria executiva;

− Em casos especiais, para maior democratização da participação, poderão ser convidados todos os titulares das famílias envolvidas no auxílio para reconstrução de moradias.

O conteúdo das atividades do Grupo de Participação estará voltado para a boa prática de execução do Programa, devendo privilegiar a ampla participação das famílias envolvidas, seja de forma direta e/ou mediante seus representantes. Assim, o Grupo, organizado com o objetivo de analisar, discutir e consensuar os aspectos pertinentes ao auxílio na reconstrução de moradias, especialmente sob a ótica das famílias a serem afetadas, terá como principais atribuições:

− Consolidar as aspirações gerais do grupo de famílias contempladas;

− Motivar a participação destas famílias;

− Identificar e definir a infra-estrutura física e social adequada à comunidade;

− Evitar a perda de qualidade de vida das famílias contempladas;

O Grupo de Participação deverá ser organizado e reunir-se logo no início dos trabalhos de campo. Suas reuniões ordinárias deverão ser mensais, as extraordinárias deverão ser realizadas sempre que se fizer necessário. Os custos para a participação nas atividades do Grupo correrão por conta de cada um dos segmentos sociais representados.

4.4. Processo de Desapropriação

Para esta primeira fase do Programa, que abrange a totalidade das famílias a serem desapropriadas, as atividades previstas são:

a) Constituição das Comissões Distritais de Desapropriação A implementação do processo desapropriatório é iniciada com a constituição das Comissões de Desapropriação nos Distritos Rodoviários do DNER, neste caso envolvendo os Distritos de Santa Catarina (16o DRF/Florianópolis) e do Rio Grande do Sul (10o DRF/ Porto Alegre). Estas Comissões Distritais serão constituídas por três técnicos de nível superior do quadro permanente do DNER. Para dar suporte ao trabalho destas Comissões, deverão ser contratadas empresas de consultoria para a alocação de Equipes de Apoio, cuja composição é mostrada no Anexo I ao final de presente Relatório.

b) Instauração do Processo Expropriatório Compete à Procuradoria Distrital a iniciativa da instauração do processo expropriatório. Satisfeitas as exigências de que trata a Norma Administrativa de Desapropriação (DNER-PRO 154/85), com destaque para a verificação da existência de recursos financeiros disponíveis para o atendimento, no exercício, do pagamento das indenizações, é

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promovida então a abertura, “ex-officio”, dos processos administrativos de desapropriação, um para cada desapropriando.

c) Regularização da Atual Faixa de Domínio da Rodovia - Em Santa Catarina: a Comissão Distrital efetuará, com o auxílio da equipe técnica de apoio, gestões para agilizar os processos em andamento, de modo a concluir, no menor espaço de tempo possível, as ações de desapropriação pendentes.

- No Rio Grande do Sul: a Comissão Distrital promoverá, sempre que necessário, a instauração de Ações de Usucapião para as áreas de domínio atual da rodovia. Estas áreas estão individualizadas e constam dos Laudos de Avaliação elaborados no âmbito do Projeto de Desapropriação. Poderá haver, entretanto, redefinição de áreas, em função da negociação para as novas desapropriações. Neste processo, a comissão Distrital será auxiliada pela equipe técnica de apoio.

d) Revisão dos Laudos de Avaliação e dos Valores de Desapropriação A Comissão Distrital promoverá, com o auxílio da equipe técnica de apoio, a revisão, atualização e complementação dos Laudos de Avaliação elaborados no âmbito do Projeto de Desapropriação. O quando abaixo relaciona, por lote de projeto, o número de propriedades a serem desapropriadas, indicando a quantidade de edificações atingidas (residenciais e outras).

LOTE Propriedades a Desapropriar Edificações Atingidas

02/SC 158 96

03/SC 162 36

04/SC 211 21

05/SC 13 1

06/SC 75 20

07/SC 165 47

08/SC 334 4

09/SC 56 35

10/SC 38 1

Subtotal Santa Catarina 1212 261

01/RS 431 124

02/RS 452 127

03/RS 295 132

04/RS 242 40

Subtotal Rio Grande do Sul 1420 423

TOTAL 2632 684

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Esta revisão/atualização é necessária tendo em vista o intervalo de tempo transcorrido entre a elaboração do projeto e a efetivação da desapropriação, no qual novas benfeitorias podem ter sido construídas, ou mesmo transferida a titularidade da propriedade. Serão preenchidas lacunas observadas na elaboração do projeto. Far-se-á, nesta etapa, uma exaustiva pesquisa documental para a obtenção de certidões e títulos de propriedade, com a respectiva transcrição no Registro de Imóveis. Quando da elaboração do projeto de desapropriação e da pesquisa sócio-econômica para a caracterização da população atingida, observou-se que uma parcela significativa das famílias que se declaram detentoras da propriedade, informam não dispor de escritura registrada. Para a solução desta questão propõe-se a realização de um mutirão para obtenção da documentação necessária envolvendo os desapropriandos, os Cartórios de Registros de Imóveis da região, as Prefeituras Municipais, Associações de Municípios e o próprio DNER, razão pela qual a equipe de apoio à Comissão Distrital conta com a participação de um advogado e é proposta a celebração de um Convênio de Assistência Jurídica.

Atenção maior deve ser dada à titulação irregular, incompleta ou especial, no concernente, dentre outros, aos seguintes itens:

- Títulos aquisitivos não transcritos, títulos de direito não registrados ou construções não averbadas no Registro Imobiliário;

- Casos de divergência entre a área levantada no campo e a metragem constante do título aquisitivo;

- Divergência entre a metragem e confrontações constantes do título aquisitivo e o transcrito no Registro Imobiliário;

- Superposição de títulos referentes à mesma área;

- Terras públicas, terras devolutas, terrenos de marinha e seus acrescidos e imóveis sujeitos à enfiteuse.

No cadastro das benfeitorias existentes nas áreas a serem desapropriadas, devem ser contempladas também aquelas edificações não residenciais. Muitas vezes existem benfeitorias que num primeiro momento podem não parecer relevantes do ponto de vista quantitativo ou monetário, mas são de grande importância para as famílias que a elas estão apegadas ou delas necessitam para a sobrevivência (p. ex. árvores frutíferas, acessos viários, suprimento de água, energia, etc.). A listagem de benfeitorias apresentada adiante visa auxiliar a manutenção e a recomposição mínima das condições de vida das famílias atingidas.

Lista de bens patrimoniais (benfeitorias) a serem considerados por domicilio:

ü Casa;

ü Edícula;

ü Garagem;

ü Latrina, patente, sanitário;

ü Muro, cerca;

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ü Acesso (extensão) para água (mangueira, canos, registros);

ü Acesso para esgoto (fossas);

ü Acesso para energia elétrica (postes, fiação);

ü Acesso para telefone (postes, fiação);

ü Acesso para pedestres, p. ex. escada, rampa, calçada;

ü Acesso para veículos, p. ex. rampa, saibro, calçada, asfalto, ruas laterais;

ü Bueiros, pontilhões;

ü Antena, p. ex. deslocamento e adequação de base para parabólica;

ü Árvores frutíferas;

ü Árvores ornamentais;

ü Hortas, estufas;

ü Paiol, celeiro, tulha;

ü Estábulo, chiqueiro, pocilga, galinheiro, curral;

ü Açude (tanque) para peixes, lazer ou irrigação;

ü Cisterna (cacimba);

ü Poço comum ou artesiano;

ü Caixa d’água, em especial a estrutura de sustentação;

ü Forno de argila, cimento ou tijolos;

ü Valas de drenagem ou irrigação;

ü Sistemas de irrigação;

ü Pastagem (tradicional, tecnificada);

ü Outros, relacionar.

Nesta etapa deverá ser atualizada e complementada a Pesquisa Sócioeconômica efetuada anteriormente, através do preenchimento de formulários apropriados, apresentados nos capítulos subseqüentes. As informações obtidas serão utilizadas não só na seleção das famílias contempladas com medidas de auxílio na reconstrução de moradias, mas também no monitoramento de todo o Programa. A realização da pesquisa complementar ficará a cargo de assistentes sociais da equipe técnica de apoio e das prefeituras municipais.

No procedimento de revisão dos laudos de avaliação, é de fundamental importância que seja efetuado o registro fotográfico, preferivelmente com equipamento digital, para uma perfeita caracterização do patrimônio das famílias.

Será feita também a atualização dos custos das desapropriações, de modo a refletir corretamente os valores praticados no momento da efetivação do processo expropriatório.

e) Negociações com os Desapropriandos Esta é a etapa crítica do processo de desapropriação. Estas negociações, mesmo sendo individuais, deverão seguir critérios comuns a todo o Programa, como as diretrizes já citadas:

− Praticar preços justos nas avaliações e indenizações;

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− Evitar que as famílias afetadas sofram perdas patrimoniais ou de qualidade de vida;

− Fazer com que o processo transcorra sem conflitos e questões judiciais.

Portanto, mesmo se tratando de negociações caso a caso, os valores aplicados às indenizações deverão ter um caráter isonômico regional – levando em conta padrões de construção e características sociais das famílias, e não resultarem do poder de negociação dos desapropriandos.

É também nesta etapa do trabalho, que as famílias elegíveis (ver critérios de elegibilidade definidos no item 4.3) deverão formalizar sua adesão ao Programa de Reassentamento ou à segunda fase deste Programa de Desapropriação, que prevê o auxílio na reconstrução de moradias, atividade que será executada especificamente sob a modalidade de adesão voluntária de famílias afetadas. Esse procedimento requer a disposição do afetado pela obra a se engajar no sistema de participação, aderindo aos procedimentos propostos pelo empreendedor e definidos de comum acordo entre as partes envolvidas.

A formalização da adesão ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias estará expressa no verso do cadastro (inventário) patrimonial de titularidade da terra e de benfeitorias, levantado para fins de indenização e/ou recomposição da forma de residência e vivência da família afetada. O documento deverá ser assinado pelas seguintes partes (intervenientes):

− Representante formal do empreendedor.

− Proprietário ou titular da família e o correspondente cônjuge, se houver.

− Assistente social designado pela Prefeitura Municipal onde reside a família assistida.

f) Efetivação da Desapropriação Concluído o processo de negociação, é realizado em Cartório o pagamento dos valores da indenização acordada e efetuada a transferência da propriedade para o empreendedor.

O processo de desapropriação se encerra aqui, à exceção das famílias de baixa renda, elegíveis para o Programa de Reassentamento e o Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias, que formalizarem sua adesão aos mesmos.

Além da indenização paga aos desapropriandos, deverão ser implementadas as seguintes medidas, sempre que necessárias:

− Ordenamento e construção dos acessos aos lotes, nos segmentos sem ruas laterais. Esta ação tem como objetivo, por um lado garantir a acessibilidade aos lotes, e por outro disciplinar o fluxo local de veículos, proporcionando maior fluidez e segurança no tráfego da rodovia. Nos acessos múltiplos (vias paralelas ao traçado da rodovia construídas no interior da faixa de domínio projetada que atendem diversos lotes é prevista a construção de duas cercas, uma no limite da faixa de domínio e outra, por razão de segurança nas proximidades das cristas dos cortes mais altos. Junto a esta última cerca, deverá ser implantada uma barreira vegetal arbustiva, que além de proporcionar maior segurança, atuará como elementar paisagístico e de redução de ruídos.

− Construção de áreas para a comercialização da produção local. Atualmente, parte da produção agropecuária das propriedades lindeiras à rodovia, é comercializada através de barracas instaladas irregularmente no interior da faixa de domínio, junto ao acostamento oferecendo elevado risco aos moradores e usuários da rodovia. A regularização desta

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atividade, fundamental para a subsistência das famílias, terá grande significado social,e está contemplada no Convênio de Assistência Social a ser celebrado com os parceiros institucionais(Associações de Municípios e Prefeituras da região).

Estas medidas ficarão a cargo do empreendedor, através das empresas de construção responsáveis pelas obras de duplicação da rodovia.

4.5. Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda

Compreende as ações de apoio na reconstrução das moradias das famílias de baixa renda atingidas pelo processo de desapropriação.

Para maior clareza ,são estabelecidas as seguintes definições:

− Famílias de baixa renda: são famílias que se enquadram nos critérios de elegibilidade descritos no item 4.3.2, adiante, que envolvem outros aspectos além da renda familiar per capita;

− Reconstrução de moradias: edificação de novos domicílios, pelo processo de auto-construção, em área remanescente do imóvel desapropriado;

− Participação no Subprograma: será por adesão voluntária das famílias elegíveis, que possuam área remanescente suficiente para a edificação de novas moradias;

As famílias da baixa renda, atingidas pelo processo de desapropriação, que não possuírem terreno para as novas moradias, serão incluídas no Programa de Reassentamento.

4.5.1. Identificação e Caracterização do Público Alvo

4.5.1.1. Pesquisa Socioeconômica

Para a identificação e caracterização do público alvo deste Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda, e também do Programa de Reassentamento, efetuou-se uma pesquisa socioeconômica junto às familias atingidas pelo processo desapropriação. Esta pesquisa , descrita de modo sintetizado a seguir, é relatada com detalhes no Programa de Reassentamento, compondo o volume denominado Relatório da Pesquisa Socioeconômica.

Os aspectos sociais, econômicos e ambientais pertinentes aos estudos para a duplicação da BR-101 vêm sendo considerados e analisados há algum tempo, ou seja, desde os levantamentos iniciais e pesquisas de campo realizados para a elaboração do EIA-RIMA e, mais recentemente, com os trabalhos voltados especificamente para o Projeto Básico Ambiental, onde se enquadra o Programa de Reassentamento.

Os dados básicos para o presente trabalho foram obtidos de pesquisas de campo executadas em três fases:

a) Levantamentos de campo para o EIA-RIMA, durante o mês de outubro de 1998, quando foram aplicados 522 questionários com 19 questões, organizadas em quatro blocos;

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b) Pesquisa de campo específica para o PBA, ou seja, orientadas para os Programas de Reassentamento e Auxílio na Reconstrução de Moradias, realizada nos meses de setembro e outubro de 1999, com a aplicação de 511 questionários;

c) Pesquisa de campo complementar para os citados Programas, realizada em julho de 2000, com inclusão de 94 questionários

d) Pesquisa de campo complementar relativa aos imóveis atingidos pelo Contorno Oeste da cidade de Araranguá/SC, realizada em maio de 2001, com a aplicação de 15 questionários.

O levantamento realizado, na fase a para a caracterização socioeconômica da população para o EIA-RIMA, foi feito pela escolha aleatória de domicílios localizados à margem da estrada a ser duplicada, variando a relação de um domicílio a cada 5 até a relação de um domicílio a cada 15, conforme o número de habitações existentes, uma vez que não se pesquisou domicílios isolados, mas somente aqueles que conformavam pequenas aglomerações de casas relativamente próximas. Estas residências não precisavam ser contíguas umas com as outras para definir uma área de pesquisa. Era suficiente que formassem uma pequena aglomeração, mesmo que a distância entre uma e outra fosse maior do que aquelas que normalmente se encontra numa área urbana.

Nas duas pesquisas realizadas posteriormente, denominadas fases b e c, os imóveis estavam previamente identificados, na fase b pelo ante-projeto de desapropriação e na fase c, pela minuta do projeto final de engenharia.

Para o desenvolvimento da fase b da pesquisa, a equipe técnica contou com a colaboração de técnicos das empresas projetistas que tinham identificado, listado e plotado em mapas os imóveis a serem atingidos pelas obras de duplicação. O trabalho precursor foi feito em viagens de reconhecimento com a participação da equipe e representantes das projetistas, para as devidas verificações in loco.

O cadastro voltado para o PBA foi feito mediante o uso de um questionário, com 51 perguntas, distribuídas em cinco blocos, cada um deles referindo-se à um tema particular ou à temas semelhantes, exceto o bloco um, destinado ao controle do questionário e à identificação dos entrevistados.

Para a tabulação dos dados obtidos nas pesquisas de campo foram utilizados os recursos oferecidos pelo Access para a organização e construção do banco de dados, sendo as tabelas emitidas em Excel. O Banco de Dados é formado, de fato, por 3 “subbancos”, compostos pelos resultados da pesquisa de setembro/outubro de 1999, denominado BR101Set/99, pela pesquisa de julho de 2000, denominado BR101Jul/00, e outro consolidado, denominado BR101Final. As tabelas emitidas em Excel correspondem àquelas do plano tabular, organizada por blocos. O Banco de Dados possui uma célula chave, o número do questionário (NDF), que figura em todas as planilhas e arquivos.

Com base nos resultados obtidos da pesquisa realizada para o PBA foi elaborado o relatório Cadastro Socioeconômico da População Residente na Faixa de Domínio Projetada da BR-101, setembro/novembro 1999, que trata principalmente dos aspectos sociais e econômicos e da mobilidade dos habitantes entrevistados.

A pesquisa de campo seguinte (fase c) proporcionou informações complementares necessárias em função de pequenas alterações de traçado do trecho rodoviário. Por fim, tais resultados foram consolidados em um novo relatório, nos moldes do anterior e com o mesmo título, com

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os dados consolidados em tabelas especificadas pelo plano tabular aprovado anteriormente. Além disso, a relatório apresenta, ainda, um conjunto de 71 tabelas desagregadas, cada uma, para cada uma das 4 áreas em que o a margem da estrada foi subdividida, conformando cada uma delas um conjunto de lotes, com exceção da área um, composta do lote 2, do trecho catarinense.

A Tabela 01 mostra, por município, os imóveis cadastrados e o correspondente número de domicílios, famílias e pessoas moradoras. Esta tabela já incorpora os dados obtidos com a pesquisa socioeconômica realizada em maio/2001, referente aos imóveis atingidos pelo contorno oeste da cidade de Araranguá.

A maioria dos imóveis localiza-se, isoladamente, em um lote ou terreno e em poucos outros casos esses imóveis dividem um mesmo lote ou terreno com outros imóveis. A forma mais comum dessa ocorrência é que num terreno existam dois ou mais imóveis, sendo que, normalmente um deles é destinado ao uso não residencial, ou todos de uso residencial, cedidos a parentes ou alugados. Em outros casos, o proprietário não mora ali, têm ali um estabelecimento comercial e aluga ou cede os demais imóveis. Este é o caso, por exemplo, da maioria das olarias, em cujos terrenos estão uma ou mais casas cedidas ou alugadas para empregados.

A íntegra do relatório final do Cadastro Socioeconômico da População Residente na Faixa de Domínio Projetada da BR-101, trecho Palhoça/SC – Osório/RS, faz parte do documento auxiliar denominado Base de Dados do PBA, disponível no Convênio DNER/IME no Rio de Janeiro e no DNER em Brasília.

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Tabela 01 – Número de Imóveis, Domicílios, Famílias e Pessoas Afetadas, por Município

Municípios Imóveis Domicílios Famílias Pessoas

Palhoça 71 69 78 281

Paulo Lopes 20 19 21 78

Garopaba 3 3 3 14

Imbituba 9 8 8 21

Tubarão 8 8 8 31

Jaguaruna 5 5 5 18

Sangão 9 9 12 48

Içara 24 21 26 88

Criciúma 1 1 1 3

Araranguá 15 13 13 46

Sombrio 1 1 1 2

Santa Catarina (subtotal) 166 157 176 630

Torres 26 22 23 83

Dom Pedro de Alcântara 11 11 12 44

Três Cachoeiras 91 87 92 286

Três Forquilhas 10 7 7 29

Terra de Areia 54 53 58 198

Maquine 49 49 52 151

Osório 52 46 52 183

Rio Grande do Sul (subtotal) 293 275 296 974

Total 459 432 472 1.604

Fonte: Cadastro Socioeconômico de out/99, jul/00 e mai/01.

4.5.1.2. Critérios de Elegibilidade

A adoção de critérios para eleger as famílias que podem participar do programa funda-se num método que permite selecionar de um grupo social específico, aquele atingido pela duplicação da rodovia, um subgrupo que se distingue pelas características particulares que o difere dos demais membros. Essas características são aquelas que permitem predizer a alta probabilidade de que o grupo venha a sofrer prejuízos irreparáveis no caso de não ser assistido. O desenvolvimento dessa metodologia, mostrada a seguir, não contradiz o princípio da adesão voluntária ao programa.

O programa foi concebido para atender aos objetivos e princípios expostos pelo DNER para projetos de reassentamento. Na sua publicação “Diretrizes e procedimentos para reassentamento de populações afetadas em obras rodoviárias”, de abril de 1998, com o objetivo de minimizar os impactos da implantação de projetos que envolvem o remanejamento a ser gerenciado pelo DNER são considerados sete princípios, dos quais merece destaque, em primeiro lugar, aquele que realça a necessidade de analisar sempre as alternativas que evitem ou minimizem a necessidade de desapropriação/reassentamento, se

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necessário modificando traçados de obras. Quando houver necessidade de remanejamento de famílias, as diretrizes recomendam que os planos de ação deverão fazer parte do projeto, minimizando os impactos ocasionados; os custos correspondentes serão internalizados nos projetos. Para isso, esses programas deverão ser elaborados durante a concepção dos projetos para serem incorporados ao seu custo total. Além disso, recomendam aquelas diretrizes que a população atingida deverá participar das decisões , devendo, inclusive, monitorar, a implementação das ações referentes ao programa. Finalmente, merece destaque é o que aquele documento do DNER denomina de “Teste de Vulnerabilidade”, concebido para identificar grupos vulneráveis, constituídos de:

− Portadores de deficiência física;

− Habitantes de favelas ou zonas de risco;

− Famílias que vivem do produto de pequenos negócios;

− Lares humildes, sem pai-de-família;

− Aposentados;

− Pequenos camponeses com economia de subsistência;

− População em risco de marginalização;

− População analfabeta, minorias étnicas e idosos;

− Grupos de população com risco de empobrecimento e de marginalização da sociedade.

Com base nesses princípios, particularmente no teste de vulnerabilidade, foram estabelecidos os critérios de elegibilidade indicados adiante, que permitem selecionar os grupos familiares que poderão participar do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Famílias de Baixa Renda.

Critérios de Elegibilidade:

− Famílias com renda per capita inferior a um salário mínimo por mês (critério renda);

− Famílias em que seus titulares são pessoas idosas, isto é, maiores de 65 anos (critério idade);

− Famílias em que os titulares ou cônjuges tenham deficiência física (critério deficiência física);

− Famílias em que os titulares são viúvas, pensionistas ou não (critério estado civil);

− Famílias em que os titulares são aposentados (critério aposentadoria).

As famílias para participarem deste Subprograma, além de se enquadrarem nos critérios indicados, deverão possuir área remanescente (área do terreno menos área desapropriada) suficiente para a edificação da nova moradia. Esta condição foi analisada através das informações contidas nos projetos de desapropriação desenvolvidos pelas empresas de consultoria encarregadas da elaboração do Projeto de Engenharia.

A Tabela 02 apresenta o público alvo deste Subprograma, que abrange 197 domicílios, com 215 famílias e 666 pessoas, a maioria delas residindo no trecho gaúcho da rodovia.

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Tabela 02 – Número de Domicílios, Famílias e Pessoas Selecionados para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, Segundo os Municípios em que Residem

Número de Pessoas Municípios Domicílios Famílias

Família Principal Família Secundária

Palhoça 1 1 3

Paulo Lopes 1 1 3

Garopaba 1 1 3

Imbituba 7 7 19

Tubarão 4 4 18

Jaguaruna 3 3 8

Sangão 6 9 24 10

Içara 18 23 66 14

Criciúma 1 1 3

Araranguá 4 4 13

Sombrio 1 1 2

Santa Catarina (subtotal) 47 55 159 24

Torres 11 12 34 2

Dom Pedro de Alcântara 4 4 13

Três Cachoeiras 48 51 129 9

Três Forquilhas 2 2 6

Terra de Areia 26 28 81 7

Maquine 30 32 87 8

Osório 29 31 99 5

Rio Grande do Sul (subtotal) 150 160 452 31

Total 197 215 611 55

Fonte: Cadastro Socioeconômico de out/99, jul/00 e mai/01

Algumas das famílias selecionadas enquadram-se em mais de um desses critérios, sendo que a renda1 foi o critério que permitiu selecionar o maior número de famílias (Tabela 03).

1 Algumas famílias foram incluídas sem que houvessem declarado a renda familiar.

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Tabela 03 – Número de Famílias Conforme os Critérios de Seleção para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, Segundo os Municípios em que Residem

Critérios Municípios N.º de

Famílias Renda Idade Deficiência Estado Civil Aposentadoria

Palhoça 1 1

Paulo Lopes 1 1

Garopaba 1 1 1

Imbituba 7 4 1 1 3 2

Tubarão 4 3 1 1

Jaguaruna 3 1 1 4

Sangão 9 6 1 1 1

Içara 23 14 5 5

Criciúma 1 1

Araranguá 4 2 2 1 1 2

Sombrio 1 1

Santa Catarina (subtotal) 55 52 13 10 14 28

Torres 12 6 3 1 3 6

Dom Pedro de Alcântara 4 1 2 1 1

Três Cachoeiras 51 27 18 9 11 12

Três Forquilhas 2 2

Terra de Areia 28 15 9 6 7 15

Maquine 32 22 10 2 7 11

Osório 31 20 13 6 4 15

Rio Grande do Sul (subtotal) 160 93 55 25 33 70

Total 215 145 68 35 47 98

Fonte: Cadastro Socioeconômico de out/99, jul/00 e mai/01.

O perfil socioeconômico do público alvo deste subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda é apresentado no Capítulo 10 – ANEXOS.

4.5.2. Reconstrução das Moradias

Famílias em geral e as de baixa renda em particular são extremamente vulneráveis a eventuais modificações repentinas no seu cotidiano, custando-lhes muito a recuperação de um quadro de vida, pelo menos equivalente ao anterior.

O remanejamento de domicílios, necessário para a duplicação da rodovia BR-101, nos municípios gaúchos e catarinenses, requer atenção por parte do empreendedor visto que nessa atividade incluem-se pessoas de baixa renda, que têm particularmente dificuldade em

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recompor seu modus vivendi. A par disso, muitas dessas famílias de menor poder aquisitivo enquadram-se no conceito de projetos de moradia econômica e/ou popular que possuem características próprias.

A reconstrução das moradias de famílias de baixa renda se dará pelo sistema de autoconstrução, tendo como fonte de recursos a indenização paga pelo empreendedor no processo de desapropriação.

As famílias poderão utilizar os materiais das habitações e edificações objeto de desapropriação, mediante demolição e transporte para o local da nova moradia. Dependendo do material e do estado de conservação das mesmas, certamente há situações em que as habitações existentes poderão ser transportadas inteiras, montadas, de um local para outro, conforme é costume em algumas regiões.

Para esta tarefa de autoconstrução das novas moradias, o empreendedor colocará à disposição destas famílias, as medidas de auxílio descritas a seguir:

− Assistência social, visa proporcionar apoio às famílias durante a demolição e reconstrução das edificações afetadas e a mudança das mesmas, para a nova casa.

− Assistência jurídica, consiste no apoio a ser dado às famílias tanto para assegurar a lisura dos atos a serem praticados entre as partes, bem como promover junto a cartórios e prefeituras a legalização ou regularização da titularidade dos imóveis.

− Assistência técnica, visa essencialmente dar orientação para a correta execução do projeto e das obras da nova moradia, incluindo a obtenção de licença de construção e anotação da responsabilidade técnica.

É importante salientar que, tanto a assistência social quanto a assistência jurídica, mesmo tendo seu foco de atuação voltado para este Subprograma de Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda, contemplam atividades a serem desenvolvidas na fase relacionada com o processo de desapropriação propriamente dito (item 4.2).

Para a implementação destas formas de assistência, o empreendedor celebrará convênios com parceiros institucionais, envolvendo a participação de organizações privadas, entidades de classe, associações de municípios, administrações públicas municipais e instituições judiciais.

Na seqüência, são descritos os aspectos operacionais necessários para o desenvolvimento da assistência social, jurídica e técnica no âmbito do Subprograma Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda.

É importante destacar que os parceiros institucionais, principalmente as prefeituras, poderão utilizar esta forma de cooperação e a experiência adquirida nesta atividade, para a solução de problemas semelhantes encontrados em seus municípios.

4.5.2.1. Assistência Social

A assistência social às famílias de baixa renda durante a demolição e reconstrução das edificações afetadas, e a mudança das mesmas para a nova casa, visa minimizar danos e transtornos decorrentes da execução do projeto, bem como atender instrumentos normativos de diretrizes e exigências do BID, DNER e do IBAMA.

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As atividades e ações, bem como as formas de execução e responsabilidades inerentes à assistência social exigem um trabalho de cooperação e integração entre várias instituições. As mesmas encontram-se agrupados em três grandes blocos:

a) Participação das famílias assistidas;

b) Acompanhamento na desapropriação, na reconstrução de moradias e mudança de domicílio;

c) Melhoria da qualidade de vida das famílias assistidas.

Nesse contexto, os aspectos fundamentais da assistência social segundo essa classificação, encontram-se descritos nos quadros seguintes.

a) Participação das famílias assistidas

Objetivo

Incentivar a participação comunitária, principalmente em grupos de defesa de interesses e de promoção do bem estar familiar e público.

Atividades/Ações Forma de Execução e

Responsabilidade

1. Difundir na comunidade a necessidade de participar organizadamente nas reuniões destinadas a implantação do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda.

2. Difundir a idéia e os sentimentos positivos relacionados à importância da participação comunitária sem perda da noção fundamental da individualidade.

3. Difundir a idéia e os sentimentos de que cada grupo social tem interesses específicos e que estes devem e podem ser defendidos nas instâncias apropriadas, de acordo com regras explícitas e pactuadas entre as partes.

4. Promover o conhecimento de técnicas relacionadas à organização de reuniões, registros e deliberações.

5. Estabelecer em comum com a comunidade organizada, uma lista de interesses e um programa de encaminhamentos desses interesses, tendo em vista a implantação da obra de duplicação da rodovia.

6. Fornecer informações sobre o conteúdo e a forma de operação do termo de adesão de responsabilidade das famílias.

Execução

a) Reuniões em grupos com as famílias incluídas no Subprograma Auxílio na Reconstrução de Moradias das comunidades afetadas.

b) Reuniões individuais com as famílias dispersas incluídas no Auxílio na Reconstrução de Moradias

Responsabilidade

Todos os parceiros institucionais:

DNER: Coordenador e gestor da atividade.

Associação dos Municípios ou Prefeituras Municipais: participação e acompanhamento.

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b) Acompanhamento na desapropriação, auxílio na reconstrução de moradias e mudança de domicílio

Objetivo

Fornecer subsídios e orientar as famílias para que possam acompanhar os procedimentos de desapropriação e reconstrução das habitações e a mudança para os novos domicílios. Sempre que necessário, exercer vigilância sobre a correta aplicação dos recursos resultantes das indenizações pagas.

Atividades/Ações Responsabilidade

1. Elaborar cartilha de orientação para prover informações às famílias a serem relocadas (contendo por ex. direitos e deveres, procedimentos de levantamento patrimonial, formas de fixar valores, modalidades, participantes, prazos etc.).

- Equipe de comunicação social do empreendedor (DNER)

- Apoio e contribuições das Associações de Municípios e Prefeituras Municipais

2. Dar assistência social às famílias atingidas, mediante reuniões de orientação e integração ao subprograma.

− Assistente social dos parceiros institucionais

3. Acompanhar a revisão e atualização de todos os laudos de avaliação no processo de desapropriação, bem como efetuar a atualização dos dados socioeconômicos, mediante coleta complementar de informações sobre as famílias afetadas.

− Assistente social da Equipe de Apoio (DNER) e dos parceiros institucionais

4. Acompanhar as etapas de negociação do valor das indenizações e da efetivação da desapropriação, orientando e exercendo vigilância sobre a correta aplicação dos recursos obtidos com estas indenizações.

− Assistente social dos parceiros institucionais

5. Fazer registro fotográfico das moradias antes e depois do Auxílio na Reconstrução de Moradias assistida.

− Assistente social da Equipe de Apoio (DNER) e dos parceiros institucionais

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c) Melhoria da qualidade de vida das famílias assistidas

Objetivo

Promover o desenvolvimento auto-sustentável para a melhoria econômica, social e ambiental da qualidade de vida das famílias envolvidas.

Atividades/Ações Forma de Execução Responsabilidade

1. Promover a difusão de conhecimentos e técnicas de:

− Economia doméstica;

− Manutenção da saúde e higiene familiar;

− Melhoria das condições ambientais adequadas nas imediações da residência, (por exemplo, construção, manutenção e limpeza de fossas, deposição e lançamentos apropriados de dejetos residenciais).

2. Promover o conceito de agricultura integrada e auto-sustentável do ponto de vista econômico e ambiental, apropriada para os pequenos estabelecimentos rurais.

3. Estudar e viabilizar a integração de pequenas propriedades em unidades maiores para uma agricultura cooperada, que possa superar as dificuldades relacionadas ao excessivo fracionamento das propriedades.

4. Analisar a incorporação de proprietários interessados (compradores e vendedores) no programa Banco da Terra.

5. Orientar e treinar os proprietários rurais para adicionarem maior valor agregado aos seus produtos (P. ex. manufaturando os mesmos).

6. Organizar centros de comercialização de produtos regionais em determinados pontos estratégicos da rodovia.

7. Promover o espírito de participação em cooperativas.

Forma de Execução

Estabelecimento de parcerias entre as Prefeituras e os Órgãos de assistência e extensão rural (EPAGRI, EMATER, etc), envolvendo as secretarias municipais pertinentes (Agricultura, Ação Social, Saúde, etc).

Responsabilidade

Associações de Municípios e Prefeituras Municipais.

4.5.2.2. Assistência Jurídica

Segundo informações constantes dos laudos de avaliação elaborados para fins de desapropriação verifica-se que, no universo das propriedades existentes ao longo do trajeto de duplicação da BR-101 trecho Florianópolis (SC) até Osório (RS), parcela significativa dos imóveis apresenta problemas de titularidade.

Para fazer frente a essas dificuldades das provas documentais, o DNER terá, em suas Equipes de Apoio, advogados e engenheiros civis que farão a revisão dos laudos patrimoniais e a

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respectiva comprovação da titularidade. O empreendedor também poderá contar com programas de regularização fundiária, a saber:

− Projeto More Legal sob a responsabilidade da Corregedoria Geral da Justiça do Rio Grande do Sul;

− Projeto Lar Legal sob a responsabilidade da Corregedoria Geral da Justiça de Santa Catarina.

Ambos os projetos possuem características e objetivos semelhantes, a título de informação geral optou-se por apresentar um resumo do Projeto More Legal consiste em proceder com segurança o registro de loteamento, desmembramento ou fracionamento de imóveis urbanos ou urbanizados, com o objetivo de assegurar ao cidadão não somente a posse e propriedade do bem, mas sua decorrente e imprescindível titulação. No entanto, desde já deve ser ressaltado que, segundo o Provimento (*) no 17/99-CGJ, que institui o Projeto More Legal em seu Art. 1o, Parágrafo único, reza "Ficam excluídas as áreas de risco ambiental, áreas indígenas, de preservação natural e outros casos previstos em lei." Ademais, o mencionado Provimento estabelece normas para:

− A regularização do parcelamento;

− O registro dos contratos;

− Localização de áreas em condomínio;

− Ações de usucapião.

A Assistência jurídica prevista para a regularização fundiária das áreas afetadas pelo Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, deverá contar com a participação e apoio das seguintes instituições:

− DNER;

− Associações de Municípios;

− Prefeituras municipais;

− Corregedoria Geral da Justiça do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Além das ações voltadas para a regularização da titularidade dos imóveis com vistas ao processo de desapropriação, prevê-se a orientação jurídica para a averbação das novas moradias, resultantes da implementação deste Subprograma.

4.5.2.3. Assistência Técnica

Para a execução do Subprograma Auxílio na Reconstrução das Moradias de Famílias de Baixa Renda, o empreendedor deverá buscar formas para elaborar convênios de assistência técnica com vistas a atender as necessidades de construção e/ou reconstrução adequada para as edificações dos moradores afetados. A assistência técnica preconizada contará com a participação das seguintes instituições:

(*) Em Santa Catarina o Projeto Lar Legal é regido pelo Provimento n. 37/99 da Corregedoria Geral da Justiça do Estado.

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− DNER;

− CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

− Associações de Engenheiros e Arquitetos que atuam na área de abrangência do projeto;

− Associações de Municípios atuantes na área de abrangência do projeto;

− Prefeituras dos municípios atravessados pela rodovia;

− Famílias afetadas.

A cooperação a ser efetivada entre CREA e as associações de engenheiros e arquitetos deverá privilegiar os seguintes componentes:

a) Isenção e/ou redução da taxa de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica);

b) Elaboração de projetos-padrão, ou seja, gabaritos que possam integrar um "conjunto de modelos de residências";

c) Implantação do projeto, ou seja, localização e demarcação no terreno;

d) Execução do projeto, compreendendo o acompanhamento da realização das obras em campo.

Cada um dos atores participantes do processo de assistência técnica assumirá competência e responsabilidades inerentes, claramente definidas conforme descrito a seguir.

DNER

− Fazer a coordenação geral das atividades pertinentes a assistência técnica a ser oferecida aos moradores;

− Mobilizar a comunidade para que ela acompanhe a elaboração dos projetos e a construção das obras;

− Promover a participação efetiva dos proprietários de imóveis nos treinamentos de conservação e manutenção das edificações, oferecidos pelos engenheiros e arquitetos;

− Arcar com os encargos financeiros da implantação do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias.

CREA

− Coordenar no âmbito das Associações de Engenheiros e Arquitetos as atividades profissionais pertinentes;

− Fornecer gratuitamente as guias de ARTs às entidades convenentes;

− Conceder isenção e/ou redução da taxa de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica).

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Associações de Engenheiros e Arquitetos

− Elaboração de projetos construtivos com base nas características gerais identificadas nos laudos de avaliação patrimonial a serem fornecidos pelo empreendedor.

− Orientação técnica e legal durante a construção das obras;

− Cumprimento das normas de segurança durante as construções;

− Presença dos engenheiros e arquitetos junto à comunidade orientando -a com relação a técnicas de conservação e manutenção das residências e outras edificações.

Associações de Municípios

− Coordenar e apoiar a participação dos municípios;

− Disponibilizar do seu quadro ou das prefeituras envolvidas, profissionais da área de engenharia e arquitetura bem como assistente social para acompanhamento e apoio aos trabalhos.

Prefeituras Municipais

− Agilizar a concessão de alvarás ou licenças de construção e laudos de vistoria de conclusão de obras;

− Efetuar, sempre que necessário às obras de terraplenagem para a preparação do terreno no local da nova moradia, e também do acesso à mesma;

− Conceder o documento de habite-se.

Famílias Assistidas

− Participar do programa de adesão;

− Aderir, quando possível de ser enquadrada, ao Programa de Assistência à Moradia Econômica (PAME) nos trechos do Rio Grande do Sul e ao Programa de Moradia Econômica nos percursos de Santa Catarina;

− Escolher o modelo (gabarito) de moradia, segundo as características do plano de participação podendo valer-se da utilização de materiais usados de edificações demolidas, construção de nova habitação ou a combinação de ambos;

− Respeitar e executar as determinações técnicas propostas pelos profissionais.

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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

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5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

5.1. Aspectos Gerais

A responsabilidade pela implantação, gerenciamento e supervisão da execução do Programa de Desapropriação, em suas diferentes fases, é do empreendedor, ou seja, do DNER. Para a realização das ações previstas, o mesmo contará, além de seu quadro permanente de funcionários, com o apoio de empresas especialmente contratadas para esta finalidade e a participação de parceiros institucionais através da celebração de convênios de cooperação.

Os Convênios de Cooperação de previstos neste Programa são:

− Convênio de Assistência Social e Jurídica, envolvendo o DNER, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais;

− Convênio de Assistência Técnica, que engloba, além das Instituições anteriormente citadas, o CREA de cada Estado e as Associações de Engenheiros e Arquitetos com atuação na região;

Foram realizadas diversas reuniões com os futuros Parceiros Institucionais, nas quais foram discutidas e acordadas as atribuições e responsabilidades de cada Instituição. Como resultado destas negociações preliminares, são apresentadas ao final deste Relatório, no Capitulo 10 – Anexos, os Planos de Trabalho e as Minutas dos Convênios a serem celebrados para a implementação do Programa de Desapropriação.

Além destes Convênios, na fase de implementação do Programa dever-se-á buscar a cooperação de outras Instituições, como a Corregedoria Geral de Justiça do Rio Grande do Sul (Projeto Casa Legal) e de Santa Catarina (Projeto Lar Legal), os Órgãos de Pesquisa e Extensão Rural (EPAGRI, EMATER, etc), a Ordem dos Advogados do Brasil –OAB, entre outras.

Considerando que as famílias envolvidas neste Subprograma deverão permanecer na mesma área em que elas vivem atualmente, ou seja, o terreno disponível permite que as suas benfeitorias possam ser recolocadas e adequadas ali mesmo, sem necessidade de um reassentamento no sentido amplo, a Secretaria Especial de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (SEHAB) através de contatos com o pessoal técnico do DEPRO - Departamento de Produção Habitacional informou não estar diretamente vinculado à problemática do auxílio na reconstrução de moradias de famílias de baixa renda, mas solicitou que lhe seja dado conhecimento quando da realização deste Subprograma. Nesse sentido caberá ao empreendedor:

− Informar formalmente a Secretaria sobre o desenvolvimento e a implantação do programa;

− Manter a Secretaria informada sobre o andamento e a conclusão da implantação do mesmo.

Secretaria Especial de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (SEHAB), Departamento de Produção Habitacional (DEPRO)

Centro Administrativo - 14. andar

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Av. Borges de Medeiros, 1501 - 90110-150 - Porto Alegre - RS

Fone 0xx51-228-5604, contatos arquitetos Gentil e Ricardo, do DEPRO

No que se refere à cooperação institucional na área ha bitacional, envolvendo Prefeituras Municipais e Associações de Profissionais de Engenharia e Arquitetura, tem-se a registrar experiência desenvolvida pelo CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná, num programa denominado Casa Fácil. Os benefícios se estendem a todos os participantes conforme pode ser visto no quadro resumo apresentado a seguir.

Benefícios do Projeto de Cooperação Institucional para Moradia Popular

Para as famílias Para as prefeituras Paras as entidades de classe

• Terão projetos gratuitos de até 70m2, ou conforme metragem definida pela Associação.

• Terão à sua disposição, toda orientação técnica necessária.

• Com a ART (isenta de taxas) poderão obter o alvará e o laudo de vistoria de conclusão de obras junto à Prefeitura e o habite-se junto à Saúde Pública.

• Poderão matricular a obra junto ao INSS, que também concede isenção de taxas para moradias de padrão popular até 70m2.

• Poderão averbar a moradia no Cartório de Registro de Imóveis, garantindo a sua legítima propriedade e seu valor comercial.

• Terão a garantia de uma edificação segura, econômica e de melhor qualidade.

• Cada moradia popular construída de acordo com o Projeto Casa Fácil será uma a menos no rol das edificações clandestinas e uma a mais no cadastro técnico municipal.

• Os engenheiros civis e arquitetos das Prefeituras ficam liberados de responder civilmente pela construção nos cinco anos exigidos pela lei. A responsabilidade está sendo assumida pelo proprietário.

• Possibilita o crescimento organizado da cidade, já que, serão seguidas as normas de utilização e uso do solo urbano.

• Os municípios que firmarem o convênio de Moradia Popular terão facilidades no ato de regularização das obras integrantes do Projeto.

• O Projeto é um aliado importante dos programas habitacionais das Prefeituras.

• As Associações de Engenheiros e Arquitetos passam a ter presença mais atuante junto à comunidade, fortalecendo sua imagem de prestadoras de serviços, já que estarão à disposição dos interessados para a necessária orientação técnica durante a construção da obra.

• Seus associados ficam também liberados da responsabilidade técnica e civil.

Fonte: Adaptado de CREA-PR - Casa Fácil - Projeto Moradia Popular.

Com características semelhantes, o CREA do Rio Grande do Sul possui o Programa de Assistência à Moradia Econômica (PAME) e o CREA de Santa Catarina possui o Programa

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de Moradia Econômica. Ambas instituições e seus respectivos programas possuem objetivos e procedimentos semelhantes ao programa do CREA paranaense, salvo algumas características específicas, como por exemplo, a fixação da área construída a ser considerada para fins de inclusão e benefício.

5.2. Parceiros Institucionais

Para a execução do Subprograma Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda está prevista a participação de várias Instituições, identificadas a seguir.

5.2.1. No Rio Grande do Sul

Os Parceiros Institucionais envolvidos são, além do Empreendedor, o CREA-RS a AMLINORTE, a ASENART e as Prefeituras Municipais atravessadas pelo trecho rodoviário em questão.

CREA-RS

Rua Guilherme Alves, 1010 90680-000 Porto Alegre - RS

Fone 0xx51-320-2268, contato Ubirajara Flores, Chefe de Gabinete

CREA-RS - Torres

Av. Barão do Rio Branco, 243, cj. 1102 Torres - RS

Fone 0xx51-626-1031, contatos Carlos Lange e Gerson Luiz Teixeira

AMLINORTE - Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Secretária Executiva: Sandra dos Santos

Av. Mal. Floriano, 1459 95520-000 Osório - RS

Fone 0xx51-663-23000, contato Alceu Moreira da Silva, Prefeito de Osório

ASENART - Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral

Av. Barão do Rio Branco, 243, cj. 1102 - Torres - RS

Fone 0xx51-626-1031, contatos Gerson Luiz Teixeira e Carlos Lange

Prefeituras Municipais: Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório.

5.2.2. Em Santa Catarina

No estado de Santa Catarina, os parceiros institucionais envolvidos são, além do empreendedor, o CREA-SC, as Associações de Engenheiros e Arquitetos, Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais.

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CREA – SC

Rodovia SC-404, km 4 – 89.900-000 - Itacorobi, Florianópolis/SC

Fone: (0xx48) 334-1733, contato: Ana Paula Lopes de Souza ( Assessora Técnica )

Associações de Engenheiros e Arquitetos

Em conseqüência da dispersão das famílias afetadas ao longo do trecho catarinense, deverão participara dos convênios de assistência técnica, as seguintes associações de profissionais:

Associação de Arquitetos e Engenheiros do Extremo Sul Catarinense (AESC).

Av, Padre Antônio Luiz Dias, 537 – 89900-000, Araranguá/SC

Fone: (0xx48) 524-0266, contato Engº. Luciano Freitas de Oliveira - Presidente

Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos (ASCEA)

Rua XV de Novembro 117 - Centro, 88801-140 - Criciúma-SC

Fone (0xx48) 433-0953, contato Sr. Ricardo Lino Silva (Diretor de Planejamento da Prefeitura de Içara)

Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão (AREA-TB)

Rua Januário Alves Garcia, 368 - Margem Esquerda, 88704-310 Tubarão-SC

Fone (0xx48) 622.1901 ou 626-3100, contato Sr. Joel Porto Larroyd, Presidente

Associações de Municípios

No estado de Santa Catarina, considerando a extensão do trecho e as características regionais, participarão dos Convênios as seguintes Associações de Municípios:

Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Fone 0xx48-433-5946

Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC), Fone 0xx48-522-0435

Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL), Fone 0xx48-626-5711

Prefeituras Municipais: Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio.

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6. MONITORAMENTO

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6. MONITORAMENTO

6.1. Atividades Básicas

A implantação de um plano de monitoramento, com o respectivo conjunto de indicadores de desempenho, constitui um meio capaz de acompanhar e avaliar as ações desenvolvidas no âmbito do Subprograma e estimular a formação de rede social e de solidariedade, assegurando que o plano de Auxílio na Reconstrução de Moradias corresponda às necessidades e aspirações das pessoas afetadas.

O monitoramento do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias terá por objetivo avaliar a situação socioeconômica das famílias assistidas, considerando a situação antes das mudanças em seu modo de vida e após a implantação do Programa. Propõe-se desenvolver as seguintes atividades básicas:

− Avaliação socioeconômica antes do Programa. Os dados dos levantamentos de campo realizados, as respectivas tabulações e os relatórios emitidos permitirão fazer uma adequação das informações existentes para que se possa ter um panorama da situação inicial. Portanto, a pesquisa socioeconômica já realizada serve de banco de dados para o diagnóstico “ex-ante”. Algumas das informações mais relevantes da pesquisa de campo poderão ser atualizadas e os domicílios não pesquisados terão seus dados obtidos através de um conjunto das fichas domiciliares, cujo modelo é apresentado a seguir:

Modelo de Ficha Domiciliar

Identificação do imóvel

Número U.F.

Lote Imóvel

01. Características dos moradores no domicílio

Nº Nome Idade (anos)

Sexo (M/F) Estado Civil

01

02

03

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02. Características das famílias residentes nos domicílios

02. 01. Família principal

Relação de parentesco com

Nº Nome Chefe do domicílio

Titular da família principal

Tempo de residência no

domicílio

02.02. Família secundária/convivente (1)

Relação de parentesco com

Nº Nome Chefe do domicílio

Titular da família secundária (1)

Tempo de residência no

domicílio

02.03. Família secundária/convivente (2)

Relação de parentesco com N.º Nome Chefe do

domicílio Titular da família

secundária (2)

Tempo de residência no

domicílio

03. Renda dos moradores

03.01. Família principal

Renda de todas as fontes (último mês, em R$) Nº Nome Atividade

principal Outras

atividades Aposentadori

a e pensão Juros, aluguel,

renda, etc. Outras fontes Total

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04. Opinião dos moradores sobre o empreendimento e o programa de desapropriação/Auxílio na Reconstrução de Moradias

Opinião e expectativas com relação à/ao Morador Duplicação da

rodovia Mudança para outro

local Tratamento dispensado pelos empreendedores

Titular da família principal

Cônjuge da família principal

Titular da família secundária

Cônjuge da família secundária

Titular da família secundária

Cônjuge da família secundária

− Ainda que, por ocasião da pesquisa de campo, realizada no início dos trabalhos voltados para as questões de Auxílio na Reconstrução de Moradias, tenha sido feito um registro fotográfico geral, sugere-se que nesta fase, ou seja, por ocasião do levantamento, avaliação e definição do acordo de desapropriação e indenização, seja feito um novo registro fotográfico específico dos principais aspectos das benfeitorias de cada domicílio afetado;

− Após as famílias terem sido remanejadas, deverá ser feito um novo registro fotográfico das novas benfeitorias, que possibilitará fazer comparações e também poderá servir de prova para eventuais reclamações futuras;

− O monitoramento também deverá envolver o acompanhamento criterioso de todos os procedimentos operacionais que envolvem o Auxílio na Reconstrução de Moradias das famílias. Compreendendo: levantamento de benfeitorias, escolha da opção pretendida, liberação de recursos, execução das obras, aplicação de recursos, qualidade dos materiais e serviços utilizados;

Para os aspectos e elementos objeto de monitoramento deverão ser elaboradas planilhas específicas e relatórios circunstanciados que permitam o real acompanhamento e avaliação das ações a serem desenvolvidas no âmbito do Subprograma.

Os trabalhos de monitoramento serão executados por equipe técnica habilitada, da Empresa de Gestão Ambiental.

6.2. Plano de Monitoramento para Auxílio na Reconstrução de Moradias

O plano de monitoramento, como exposto anteriormente, deverá ser feito tendo em vista uma situação ex-ante e uma situação ex-post. Tanto para a situação ex-ante como para a ex-post serão elaboradas duas planilhas, uma para as famílias assistidas e outra para os domicílios que estas famílias ocupam. A primeira planilha será preenchida com os dados do cadastro sócio-econômico, alguns deles atualizados pelas fichas domiciliares, que servirá como banco de dados. Na situação ex-post, tão logo as famílias estejam relocadas e após transcorridos seis meses, serão feitas duas enquetes domiciliares com o objetivo de colher os dados relativos às variáveis consideradas pelo monitoramento.

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6.2.1. Na Situação ex-ante

A. Planilha das Famílias

− Nome dos moradores;

− Idade e sexo dos moradores;

− Rendimento médio mensal proveniente do trabalho;

− Relação com o chefe do domicílio.

B. Planilha dos Domicílios

− Número de pessoas no domicílio;

− Número de cômodos no domicílio;

− Número de quartos;

− Aspectos construtitivos.

6.2.2 Na Situação ex-post

I) Após a Auxílio na Reconstrução de Moradias, isto é, quando todas as famílias estiverem relocadas.

A. Planilha das Famílias

− Idade e sexo dos moradores;

− Relação com o chefe do domicílio.

B. Planilha dos Domicílios

− Número de pessoas no domicílio;

− Número de cômodos no domicílio;

− Número de quartos.

II) Transcorridos seis meses após a Reconstrução de Moradias2

A. Planilha das Famílias

− Nome dos moradores;

− Idade e sexo dos moradores;

− Pessoas trabalhando;

− Rendimento médio mensal proveniente do trabalho;

− Principais itens da despesa familiar;

− Relação com o chefe do domicílio;

2 O monitoramento não pode coincidir exatamente com o cronograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, pois alguns resultados do programa só se manifestarão quando transcorrido um tempo mínimo.

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− Pessoas estudando;

− Nível de satisfação com a nova residência.

B. Planilha dos Domicílios

− Número de pessoas no domicílio;

− Número de cômodos no domicílio;

− Número de quartos;

− Aspectos construtivos (qualidade construtiva).

6.2.3. Exemplos das Planilhas

As planilhas (formulários) a serem utilizadas no monitoramento serão preenchidas3 de tal forma que existam células chaves que permitam estabelecer a interatividade entre elas. A seguir são apresentados três modelos referentes aos moradores, às famílias e aos domicílios respectivamente.

Planilha para Moradores

Nome N.º do morador

N.º do domicílio

Data de nascimento Sexo Posição no

domicílio Situação escolar

Rendimento proveniente do trabalho

Planilha para as Famílias

Principais itens da despesa familiar Situação Número do domicílio Primeiro Segundo Terceiro Quarto

Renda familiar

Nível de satisfação com

a Moradia antes/depois

3 O preenchimento será feito usando os códigos utilizados no cadastro sócio-econômico e que estão no banco de dados do cadastro.

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Planilha para os Domicílios

Localização do domicílio

N.º do domicílio

Nome do chefe do domicílio

N.º de moradores

N.º de cômodos

N.º de quartos

Data do registro

6.3. Indicadores para Monitoramento

Para o monitoramento serão utilizados indicadores que expressem numericamente as variáveis escolhidas para o acompanhamento do programa. Os indicadores devem, também, captar com clareza as modificações ocorridas nessas variáveis.

Os indicadores recomendados para o monitoramento do programa são os seguintes:

− Número de cômodos por domicílio e sua taxa de variação;

− Número de quartos por morador e sua taxa de variação;

− Número de pessoas por domicílio e sua taxa de variação;

− Média de idade dos moradores e variação na média das idades;

− Nível de satisfação com a nova residência, mediante atribuição de notas (alto, de 7 a 10; médio, de 4 a 6, e baixo, menos de 4), expressa cada uma dessas possibilidades em percentuais referentes ao número de moradores que responderam à pergunta, agrupados, posteriormente, num indicador único, mediante média ponderada.

Os indicadores serão utilizados nos relatórios periódicos de monitoramento, nos quais constarão o comportamento das demais variáveis que não foram incorporadas ao sistema de indicadores e planilhas, resumindo todas as informações obtidas.

Por fim, recomenda-se que o DNER, estabeleça os meios necessários para que as experiências com as ações/atividades gerais para a implantação dos componentes do PBA, especialmente as voltadas para a assistência social, jurídica e técnica a serem realizadas durante a execução das obras de duplicação da BR-101 possam servir de subsídios para outros projetos rodoviários. Nesse sentido, além da execução do monitoramento o empreendedor deverá desenvolver as seguintes ações:

− Fazer registro dos procedimentos e resultados obtidos;

− Analisar e avaliar as experiências;

− Elaborar documento dos resultados;

− Publicar e divulgar as experiências.

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7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS

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7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS

Os componentes básicos do orçamento deste Programa referem-se aos recursos previstos nos Convênios a serem celebrados com os Parceiros Institucionais.

Os valores das indenizações não foram computados como custos Ambiental, pois simplesmente fazem parte do procedimento de transferência de propriedade das áreas afetadas, dos moradores para o DNER. Os custos previstos para as indenizações são obtidos do Projeto de Desapropriação e estão consolidados, por lote de projeto, no quadro apresentado no item 4.4. alínea d do presente Relatório. Convém destacar que se tratam de valores estimados, que refletem as condições existentes à época da elaboração do projeto, e que serão objeto de revisão quando da implementação do Programa. Também os custos de contratação das Equipes de Apoio constam de outra rubrica, relativa à complementação do projeto de desapropriação.

Os custos de Assistência Social e Jurídica e de Assistência Técnica são detalhados nos Planos de Trabalho e constam das Minutas dos Convênios a serem celebrados com os Parceiros Institucionais, apresentados nos Anexos III a VI. O quadro abaixo consolida os custos do Programa de Desapropriação.

CUSTO (em R$) ITEM

Santa Catarina Rio Grande do Sul Total

- Convênio de Assistência Social e Jurídica 35.820,00 101.080,00 136.900,00

- Convênio de Assistência Técnica 72.486,00 209.720,00 282.206,00

TOTAL 108.306,00 310.800,00 419.106,00

Os recursos para fazer frente aos custos acima, terão como fonte o Orçamento da União e serão disponibilizados pelo DNER.

Os custos das medidas auxiliares, como o ordenamento e construção dos acessos definitivos aos lotes e a construção de áreas de comercialização da produção local fazem parte do custo geral das obras de duplicação, nas componentes de terraplenagem, pavimentação e obras complementares.

A gestão e o monitoramento deste Programa terão seus custos vinculados aos Programas de Gestão Ambiental e Monitoramento Ambiental, respectivamente.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

8. CRONOGRAMA

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

41

8. CRONOGRAMA

A implementação do Programa de Desapropriação ocorrerá na fase de pré-implantação do empreendimento. O cronograma apresentado a seguir situa no tempo as principais ações envolvidas.

Programa de Desapropriação – Cronograma das Principais Atividades

MÊS ATIVIDADES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Gestão do Programa (2)

Instalação do Processo Expropriatório(3)

Constituição das Comissões Distritais (3)

Contratação das Equipes de Apoio (3) (1)

Celebração de Convênios

Comunicação Social

Organização/Participação de Comunidades e Famílias

Revisão/Complementação/Atualização dos Laudos de Avaliação (3)

Negociação com Desapropriandos (3)

Efetivação da Desapropriação/Pagamento das Indenizações (3)

Reconstrução de Moradias de Famílias de Baixa Renda

Convênio de Assistência Social e Jurídica

Convênio de Assistência Técnica

Monitoramento do Programa (2)

(1) O processo licitatório deverá ser iniciado 4 meses antes da data prevista para a Contratação das Empresas que proverão as Equipes de Apoio.

(2) Estas atividades se estenderão por mais 6 meses, período necessário para a conclusão do Monitoramento do Programa.

(3) Estas atividades são comuns aos Programas de Desapropriação e de Reassentamento.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

9. REFERÊNCIAS

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

42

9. REFERÊNCIAS

9.1. Estudos e Projetos

ENGEMIN Engenharia e Geologia Ltda. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) - Projeto de ampliação da capacidade rodoviária das ligações com os países do Mercosul, BR-101, Florianópolis/SC e Osório/RS. Setembro1999.

DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – Projeto de Engenharia das Obras de Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis (SC) – Osório (RS), Anteprojeto (1999) e Projeto Final (2000/2001).

9.2. Legislação Pertinente

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem:

Norma – DNER-154/85: Normas e Procedimentos Administrativos para Desapropriação.

DNER – IS-23: Instruções de Serviços para Projeto de Desapropriação.

Diretrizes e procedimentos para reassentamento de populações afetadas em obras rodoviárias.

SPU – Secretaria do Patrimônio da União/ Ministério da Fazenda

Instrução Normativa no 1, de 10/ 11/ 1994.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5.676: Avaliação de imóveis urbanos.

NBR 8.799: Avaliação de imóveis rurais.

NBR 8.951: Avaliação de glebas urbanizáveis.

NBR 8.976: Avaliação de unidades padronizadas.

NBR 12.721: Avaliação de custos unitários.

9.3. Outras Referências

BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. Reassentamento involuntário em projetos do BID – Princípios e Diretrizes – Versão Preliminar. Washington, DC. Novembro de 1996. No. IND96-101.

BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) Guideline para el manejo social en proyectos viales. Banco Mundial. Minuta de 20-11-1998.

CREA-PR - Casa Fácil - Projeto Moradia Popular. Curitiba, 1999.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação

43

CREA-SC – Programa de Moradia Econômica, 2000.

CREA-RS – PAME – Programa de Assistência à Moradia Econômica.

Corregedoria Geral da Justiça/RS – Projeto More Legal, 1999.

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Diretrizes e procedimentos para reassentamento de populações afetadas em obras rodoviárias. DNER. Abril de 1998.

KLIKSBERG, Bernardo. Seis tesis no convencionales sobre participacion. sd.

MIGLINO, Luis C. P. Como minimizar o evitar el aumento "espontáneo" de la población a ser reasentada en proyectos de infraestructura financiados por el Banco. Julho de 2000.

RIBEIRO, Darcy Marzulo e JUCHEM, Peno Ari. Cadastro socioeconômico da população residente na faixa de domínio projetada da BR-101. Setembro/Outubro de 1999, Julho de 2000 e Maio de 2001.

RIBEIRO, Darcy Marzulo e JUCHEM, Peno Ari. Relatório sobre políticas e programas habitacionais. Julho de 2000 e complemento de Agosto de 2000.

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Programa de Desapropriação

10. ANEXOS

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Programa de Desapropriação

44

10. ANEXOS

São apresentados em anexo, os seguintes documentos:

ANEXO I - Equipe de Apoio (SC/RS)

ANEXO II - Perfil Socioeconômico do Público Alvo

ANEXO III - Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC/RS )

ANEXO IV - Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC/RS )

ANEXO V - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC/RS )

ANEXO VI - Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC/RS )

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo I-a - Equipe de Apoio SC

ANEXO I-a:

EQUIPE DE APOIO (SC)

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Programa de Desapropriação Anexo I-a - Equipe de Apoio SC

1

ANEXO I-a (SANTA CATARINA)

Equipe de Apoio à Comissão Distrital

A) EQUIPE DE APOIO GERAL (Atenderá o trecho Florianópolis - Divisa SC/RS)

Prazo: 9 meses

• 1 Engº Coordenador Geral;

• 1 Advogado em tempo integral;

• 1 Assistente Social em tempo parcial;

• 2 Auxiliares em tempo integral (1 na área de direito e 1 na área de sociologia);

• 2 Veículos (Sedan);

• 2 Motoristas.

B) EQUIPE DE APOIO À COMISSÃO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDOS (Aproximadamente 1 Equipe para cada 4 lotes de projeto, portanto 2 equipes)

Prazo: 9 meses

Resumo de uma equipe:

• 2 Técnicos nível médio para serviços de campo (T1 e T2);

• 1 Técnico nível médio para informatização dos dados (T4);

• 1 Veículo (Sedan);

• 1 Motorista.

As duas equipes estarão assim localizadas:

• Equipe b.1. Em Florianópolis, atuando nos lotes 2, 3, 4 e 5;

• Equipe b.3. Na Residência de Tubarão, atuando nos lotes 6, 7, 8, 9 e 10.

C) EQUIPE DE TOPOGRAFIA (2 Equipes, uma em Florianópolis e outra na Residência de Tubarão)

Prazo: 6 meses

Resumo de uma equipe:

• 1 Topógrafo;

• 2 Auxiliares de topografia;

• 1 Veículo (Utilitário);

• 1 Motorista.

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Programa de Desapropriação Anexo I-b - Equipe de Apoio RS

ANEXO I-b:

EQUIPE DE APOIO (RS)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo I-b - Equipe de Apoio RS

1

ANEXO I-b (RIO GRANDE DO SUL)

Equipe de Apoio à Comissão Distrital

A) EQUIPE DE APOIO GERAL (Atuação no Distrito)

Prazo: 9 meses

• 1 Engº Coordenador Geral;

• 1 Advogado em tempo integral;

• 1 Assistente Social em tempo parcial;

• 2 Auxiliares em tempo integral (1 na área de direito e 1 na área de sociologia);

• 2 Veículos (Sedan);

• 2 Motoristas.

B) EQUIPE DE APOIO À COMISSÃO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDOS (1 Equipe para cada 2 lotes de projeto)

Prazo: 9 meses

Resumo de uma equipe:

• 2 Técnicos nível médio para serviços de campo (T1 e T2);

• 1 Técnico nível médio para informatização dos dados (T4);

• 1 Veículo (Sedan);

• 1 Motorista.

As duas equipes estarão assim localizadas:

• Equipe b.1. Em Três Cachoeiras, atuando nos lotes 1 e 2;

• Equipe b.2. Na Residência de Osório, atuando nos lotes 3 e 4.

Para a Equipe b.1, é previsto o aluguel de uma casa para escritório/moradia com equipamentos de informática (computador e impressora) aplicativos: AUTOCAD, WORD e EXCEL.

C) EQUIPE DE TOPOGRAFIA (2 Equipes, uma em Três Cachoeiras e outra em Osório)

Prazo: 6 meses

Resumo de uma equipe:

• 1 Topógrafo;

• 2 Auxiliares de topografia;

• 1 Veículo (Utilitário);

• 1 Motorista.

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Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

ANEXO II:

PERFIL SOCIOECONÔMICO DO PÚBLICO ALVO

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Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

1

ANEXO II

PERFIL SOCIOECONÔMICO DO PÚBLICO ALVO

Ao se traçar o perfil socioeconômico da população que pode participar do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias constata-se alguns fatores relevantes para a implantação do mesmo:

− A relativa estabilidade da população, expressa no número muito pequeno de moradores que mudaram de residência nos últimos anos;

− A proximidade das residências dos moradores dos locais de trabalho e das escolas freqüentadas pelas crianças, retratadas no tempo e na forma de deslocamento das pessoas que trabalham e das que freqüentam a escola, e

− A inexistência de edificações residenciais que poderiam, eventualmente, serem utilizadas no programa de Auxílio na Reconstrução de Moradias.

O Subprograma deverá afetar cerca de 666 pessoas, sendo que quase dois terços delas sempre moraram no município em que foi cadastrada pelo levantamento de campo. Tirando os moradores já computados entre aquelas 442 pessoas que sempre moraram no município, cerca de 112 pessoas moram no município há pelo menos 10 anos. Assim, a população a ser atingida pelo programa citado é constituída de pessoas relativamente enraizadas ou estáveis do ponto de vista dos movimentos populacionais que caracterizam o país (Tabela 01).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

2

Tabela 01 – Número de Moradores do Programa de Auxílio na Reconstrução de Moradias, Conforme o Tempo de Residência no Município, Segundo o Local de Residência Anterior

Tempo de residência no município (anos)

Local de Residência Anterior

Men

os

de

1

De

1 a

men

os

de 2

De

2 a

men

os

de 5

De

5 a

men

os

de 1

0

De

10 e

m

ais

Não

re

spon

deu Total de

moradores

Sempre morou no domicílio 3 3 7 43 56

Sempre morou no município 6 19 27 299 351

Zona rural do município 13 2 20 35

Zona rural de outro município 5 13 16 60 2 96

Zona urbana de outro município 2 20 14 11 40 1 88

Outro Estado da Região Sul 1 3 3 7

Outro Estado 2 3 4 9

Outros 1 1 1 3

Não respondeu 13 1 3 1 18

Total de moradores 15 38 63 67 466 4 653

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

Além disso, essa população apresenta pouca mobilidade espacial dentro do próprio município, haja visto que 363 pessoas moram no domicílio que ocupam atualmente há pelo menos dez anos. Os moradores que estão morando nos mesmos domicílios há pelo menos 5 anos somam 467 pessoas, o que representa 70,2% dos moradores identificados como pertencentes ao grupo de risco para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias (Tabela 02).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

3

Tabela 02 – Numero de Moradores do Subprograma Conforme o Tempo de Residência no Domicílio, Segundo o Tempo de Residência no Município

Tempo de residência no domicílio (anos) Tempo de residência no

município Menos de 1

De 1 a menos de 2

De 2 a menos de 3

De 3 a menos de 5

De 5 a menos de 10

De 10 e mais

Não respondeu

Total de moradores

Menos de 1 ano 15 15

De 1 a menos de 2 38 38

De 2 a menos de 5 1 6 29 29 65

De 5 a menos de 10 2 6 4 57 69

De 10 e mais 8 17 15 25 47 362 474

Não respondeu 1 1 3 5

Total 24 63 50 59 104 363 3 666

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

Dos 666 moradores que compõem o universo de pessoas afetadas pelo empreendimento e que podem aderir ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, cerca de 222 exercem alguma atividade econômica, o que representa cerca de 33,3% dos moradores. Desses moradores que trabalham, em torno de 115 trabalham no local, representando 51,8% daqueles que trabalham. O deslocamento para o trabalho não demanda grandes esforços ou dispêndio de tempo uma vez que trabalham no local ou deslocam preferencialmente a pé e isso não exige mais que 30 minutos na maioria dos casos (Tabela 03).

Tabela 03 – Pessoas que Trabalham e se Deslocam da Residência para o Trabalho, Conforme a Forma e a Duração do Deslocamento

Forma de deslocamento Duração do deslocamento Trabalha

no local A pé De

ônibus De bicicleta De carro De moto Outros

Total

Trabalha no local 101 7 7 115

Até 15 minutos 2 21 7 16 4 4 54

Entre 15 e 30 minutos 1 8 7 9 7 2 34

Entre 30 e 60 minutos 2 5 2 1 10

Entre 1 hora e 2 horas 2 1 3

Mais de 2 horas

Indefinido 1 2 1 2 6

Total 104 38 28 28 15 7 2 222

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

No deslocamento para o trabalho menos da metade dos trabalhadores faz a transposição da rodovia, principalmente aqueles que demandam mais tempo para chegarem ao trabalho (Tabela 04).

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Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

4

Tabela 04 - Pessoas que Trabalham e que se Deslocam da Residência ao Trabalho Conforme Transposição da Rodovia, Segundo Duração do Deslocamento

Transposição da BR Duração do deslocamento

Sim Não Não respondeu Total

Trabalho no local 19 85 11 115

Até 15 minutos 37 17 54

Entre 15 e 30 minutos 29 4 1 34

Entre 30 e 60 minutos 6 4 10

Entre 1 hora e 2 horas 3 3

Mais de 2 horas

Indefinido 5 1 6

Não sabe, não declarou 3

Total 99 110 13 222

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

No caso das pessoas que freqüentam a escola a situação é semelhante. São cerca de 126 o número de moradores pertencentes às famílias identificadas para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias que vão à escola, fazendo -o, preferencialmente, de ônibus (56,4%) ou a pé ( 33,33 % dos casos). Para a quase totalidade dos estudantes o trajeto para a escola não exige, também, mais do que 30 minutos e, nesta circunstância, estão praticamente, todos os que vão à escola a pé (Tabela 05).

Tabela 05 - Número de Moradores do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias que Freqüentam a Escola e se Deslocam da Residência para a Escola, Conforme a Forma e Duração do Deslocamento

Forma de deslocamento Duração do deslocamento

A pé De ônibus

De bicicleta De carro De moto Outros

Total

Escola no local 7 3 1 11

Até 15 minutos 26 43 9 1 79

Entre 15 e 30 minutos 8 19 1 1 29

Entre 30 e 60 minutos 1 5 6

Mais de 1 hora 1 1

Indefinido

Total 42 71 11 2 126

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

A maioria dos estudantes transpõe a rodovia no trajeto para a escola, independentemente do tempo de duração do deslocamento (Tabela 06).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

5

Tabela 06 - Pessoas que se Deslocam para a Escola Conforme a Transposição da Rodovia, Segundo a Duração do Deslocamento

Transposição da BR Duração do deslocamento

Sim Não Total

Escola no local 8 3 11

Até 15 minutos 55 24 79

Entre 15 e 30 minutos 27 2 29

Entre 30 e 60 minutos 5 1 6

Mais de 1hora 1 1

Indefinido

Total 95 31 126

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00

Na introdução do relatório do cadastro socioeconômico foi destacado que a cada residência ou domicílio pesquisado se fez corresponder um lote, o que, como ali foi registrado, divergia dos critérios das consultoras que fizeram o projeto de desapropriação. Essas observações são feitas a título de advertência para relativizar os comentários sobre a próxima tabela, onde se mostra o número de edificações residenciais por lote.

Existem 197 imóveis residenciais elegíveis para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias, a cada um correspondendo, portanto, um lote. Nesses lotes, de acordo com a resposta do entrevistado, existem outras edificações, residenciais ou não, de tal forma que para 197 lotes constatou-se a existência de 304 edificações residenciais, sendo que 27 estavam desocupadas na época em que se fez o cadastro.

Na absoluta maioria dos lotes existe 1 residência (65,5 dos lotes) ou 2 (22,3 % dos lotes), o que mostra a necessidade, no caso de Auxílio na Reconstrução de Moradias, de se verificar a relação de parentesco dos moradores nas demais residências e, ainda, a forma como essas outras moradias foram cedidas (Tabela 07).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

6

Tabela 07 – Números de Residências Existentes nos Lotes, Segundo os Grupos de Residências

Número de residências Grupos de Residências no lote Número de lotes

Total Ocupadas Desocupadas

1 129 129 125

2 44 88 76 12

3 10 30 25 5

4 13 52 43 9

5

8 1 8 7 1

Total 197 307 276 27

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01.

Dos moradores que podem se incorporar ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias e declaram que participam de alguma associação ou entidade representativa de interesses, quase 68% participam das atividades sindicais, fato este que pode ser atribuído, em primeiro lugar, ao grande número de pessoas moradoras em áreas rurais no trecho gaúcho da estrada, em segundo lugar, às características dominantemente assistencialistas desses sindicatos. A maior parte das pessoas participam das atividades relacionadas à religião, sendo mais de 67% as pessoas que disseram participar dessas entidades ou associações. De qualquer forma, tendo em vista o número total de pessoas ligadas ao programa, os moradores não mostram maior interesse em participar de outras entidades ou associações.(Tabela 08)

Tabela 08 - Número de Moradores do Programa de Relocação que Participa em Associações e Entidades, Segundo as Classes de Entidades

Número de Associados Classes de Entidades

Absoluto Relativo (%)

Associação de moradores 11 4,06

Sindicatos 157 57,93

Igreja, associações religiosas 182 67,16

Conselhos comunitários 22 8,12

Outros 6 2,21

Total(1) 271 100,00

Fonte: Cadastro Socioeconômico, out/99, jul/00 e mai/01. 1) Refere-se ao total de pessoas que declaram participar de alguma entidade

A tabela seguinte refere-se às condições de ocupação das residências. A maioria das residências listadas para o programa pertencem a seus moradores, o que não exclui a existência de 30 residências que se enquadram numa das condições que definem os imóveis que não são próprios, o que representa 15% das residências, definindo-se o caso de dupla compensação. Somadas as famílias secundárias àquelas que não são proprietárias das

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo II – Perfil Socioeconômico do Público Alvo

7

residências para delimitar um universo de moradores que se incorporam ao programa em condições particulares, isto é, de não proprietários, num universo em que a maioria dos moradores cadastrados e elegíveis são proprietários de suas residências. (Tabela 09)

Tabela 09 - Número de Residências do Programa de Relocação, Conforme Condição de Ocupação das Residências

Número de Residências Condição de Ocupação da Residência

Absoluto Relativo (%)

Quitado 165 83,75 Próprio

Financiado 1 0,51

Alugado 6 3,04

Cedido 22 11,17 Não próprio

Ocupado 2 1,02

Outras condições 1 0,51

Total 197 100,00

Fonte: Cadastro Sócio-econômico, out/99, jul/00 e mai/01.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-a – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC)

ANEXO III-a:

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA (SC)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-a – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC)

1

ANEXO III-a (SANTA CATARINA)

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA

O presente Plano de Trabalho é parte integrante do Convênio de Assistência Social e Jurídica para implementação do Programa de Desapropriação, com ênfase para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, referente às obras de duplicação da BR-101, trecho Florianópolis – Osório, subtrecho Palhoça/SC Divisa SC/RS.

1. APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Plano de Trabalho a ser desenvolvido pela Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC), Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL) e as Prefeituras Municipais de Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio, no âmbito do convênio firmado entre estes e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, com o objetivo de prestar serviços de assistência social e jurídica na implementação do Programa de Desapropriação necessário para a execução das obras de duplicação da BR 101, no subtrecho situado no Estado de Santa Catarina.

2. JUSTIFICATIVA

De acordo com o projeto de desapropriação, desenvolvido no âmbito do Projeto de Engenharia, e a pesquisa socioeconômica efetuada junto às famílias diretamente afetadas pelas obras de duplicação da rodovia BR-101, detectou-se dois aspectos de grande relevância:

− Parcela significativa dos imóveis atingidos apresentam problemas relacionados com documentos que comprovam sua titularidade;

− Grande parte dos domicílios atingidos correspondem à moradias de famílias de baixa renda, assim considerados os grupos familiares que, além de auferirem pouca renda, apresentam outros quadros de vulnerabilidade (chefes de família doentes, pessoas idosas, analfabetos, deficientes, etc.).

Diante desta situação, o Programa de Desapropriação, atendendo recomendações dos Estudos de Impacto Ambiental – EIA e às Políticas Ambientais tanto do empreendedor (DNER) quanto do órgão financiador (BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento), prevê a necessidade de se desenvolver ações voltadas para o atendimento destas questões.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-a – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC)

2

Assim sendo, cabe delinear sucintamente as ações e procedimentos necessários a serem desenvolvidos de forma integrada entre as partes conveniadas, conforme previsto nas cláusulas do Convênio em vigor a partir de sua assinatura.

3. OBJETIVO

Promover, em parceria com as entidades e órgãos envolvidos, a assistência social e jurídica às famílias de baixa renda cujos domicílios serão atingidos pelas obras de duplicação da rodovia BR-101, subtrecho Palhoça/SC - Divisa SC/RS. Para estas famílias foi desenvolvido um subprograma de auxílio na reconstrução de moradias. Algumas ações previstas neste Plano de Trabalho, principalmente de Comunicação Social, se estenderão à todas as famílias afetadas pelo Programa de Desapropriação.

4. NÚMERO DE FAMÍLIAS E PESSOAS A SEREM ATENDIDAS

Na primeira etapa do Programa, que corresponde ao processo de desapropriação propriamente dito, serão atendidas todas as famílias cujos imóveis serão atingidos pelas obras de duplicação da rodovia, o que corresponde a 157 domicílios, além de outras benfeitorias e terrenos. Na segunda etapa, relacionada com o auxílio na reconstrução de moradias de famílias de baixa renda, serão contemplados com estas medidas aproximadamente 51 domicílios, que abrigam 59 famílias, totalizando 188 pessoas.

Estão aí considerados 4 domicílios cujas famílias foram selecionadas para o Programa de Reassentamento, mas por estarem dispersas ao longo do trecho (1 em Garopaba, e em Tubarão e 1 em Jaguaruna) serão atendidos neste Subprograma de auxílio na reconstrução de moradias.

5. ENTIDADES E ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

AMREC - Associação dos Municípios da Região Carbonífera

AMESC - Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

AMUREL - Associação dos Municípios da Região de Laguna

PREFEITURAS MUNICIPAIS – Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio.

6. EQUIPE TÉCNICA

Para a realização das atividades previstas neste Plano de Trabalho, a equipe técnica será composta por representantes qualificados de todas as instituições envolvidas, de acordo com as incumbências estabelecidas no Capítulo 7 - Operacionalização.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-a – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC)

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7. OPERACIONALIZAÇÃO

7.1. Diretrizes e Procedimentos

O DNER deverá elaborar as diretrizes de procedimentos para orientar e prestar informações às famílias a serem beneficiadas, contemplando os aspectos legais, sociais e econômicos do Programa de Desapropriação, com ênfase para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, incluindo as metas a serem atingidas, normas relativas às reuniões programadas, as formas com serão feitos os registros e métodos de acompanhamento, a definição clara e precisa da participação dos conveniados. Essas diretrizes deverão ser adotadas em comum acordo por todos os integrantes do presente Convênio.

7.2. Coordenação das Ações das Prefeituras

De posse dessas diretrizes, as Associações de Municípios (AMREC, AMESC e AMUREL) coordenarão e acompanharão a participação dos Municípios, atribuindo as responsabilidades inerentes ao presente Convênio. Para isto, as Associações de Municípios mobilizarão junto às Prefeituras Municipais numa equipe de profissionais habilitados voltados às atividades de coordenação do programa.

7.3. Mobilização e Comunicação

O DNER deverá mobilizar a comunidade para que ela participe das atividades do Programa de Desapropriação, de forma que as ações de assistência social e jurídica se façam a contento; para isso usará os meios de comunicação apropriados para dar informações sobre o Programa e para convocação para reuniões. Para essas reuniões as Prefeituras Municipais deverão disponibilizar as instalações necessárias, quando seus assistentes sociais deverão enfatizar a necessidade de participar, estabelecendo uma lista de interesses comuns a serem atendidos dentro do programa.

As Prefeituras Municipais deverão participar ativamente dessa atividade de mobilização, promovendo a participação e o engajamento das famílias afetadas pelo programa de reconstrução das moradias. Recomenda-se que as Prefeituras tenham um assistente social a disposição dessas atividades, uma vez que a mobilização e participação são atividades permanentes, ou sejam não cessam com apenas uma ou duas reuniões.

7.4. Revisão, Atualização e Complementação dos Laudos de Avaliação e da Pesquisa Socioeconômica

O DNER, através da Comissão Distrital de Desapropriação e Equipe de Apoio, efetuará a revisão, atualização e complementação dos laudos de avaliação constantes do Projeto de Desapropriação e da Pesquisa Socioeconômica realizada para a elaboração deste programa ambiental.

As Prefeituras Municipais deverão, por meio de profissionais habilitados, principalmente na área de assistência social, participar ativamente destas atividades, informando e orientando as

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-a – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (SC)

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famílias quanto a seus direitos e deveres, metodologia de levantamento patrimonial, necessidade de obtenção e fornecimento de documentos de propriedade, prazos, etc.

No caso específico da falta de documentos de propriedade, as Prefeituras deverão orientar as famílias quanto aos procedimentos necessários para obtenção dos mesmos, buscando o apoio da Corregedoria Geral de Justiça de Santa Catarina (Projeto Lar Legal) e dos organismos de assistência jurídica gratuita às famílias carentes (Governo do Estado, OAB, etc).

Ficará a cargo das Prefeituras Municipais o pagamento de eventuais taxas em cartórios, referentes à obtenção destes documentos, sempre que as famílias de baixa renda não puderem arcar com estas despesas.

7.5. Negociação com as Famílias e Efetivação de Desapropriação

Uma vez concluído o laudo de avaliação e a pesquisa de preços de mercado, o DNER iniciará a negociação com os desapropriandos para a definição dos valores das indenizações a serem pagos. Estabelecido o acordo, é efetuado o pagamento da indenização e transferida a propriedade do imóvel para o DNER, encerrando o processo de desapropriação propriamente dito.

As Prefeituras Municipais, por meio de seus profissionais, participarão diretamente deste processo, orientando as famílias quanto ao procedimento para a fixação dos valores das indenizações, forma de pagamento e transferência de propriedade e prazos para desocupação do imóvel desapropriado. Os assistentes sociais das Prefeituras deverão exercer estreita vigilância sobre a correta aplicação dos recursos obtidos com estas indenizações, necessários à autoconstrução das novas moradias.

7.6. Seleção das Famílias Elegíveis e Formalização da Adesão ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias

Encerrada a primeira etapa do Programa, com a efetivação da desapropriação do imóvel, inicia-se, para as famílias de baixa renda, o subprograma de auxílio na reconstrução de moradias.

A partir dos dados da pesquisa socioeconômica, o DNER, em conjunto com as Prefeituras Municipais, fará a seleção das famílias elegíveis para o subprograma, tendo como base os critérios de elegibilidade detalhadamente estabelecidos no relatório de Programa de Desapropriação.

As famílias eleitas serão contatadas por assistentes sociais do DNER e Prefeituras para formalizarem sua adesão ao Subprograma. Caberá às Prefeituras a orientação das famílias quanto aos procedimentos a serem seguidos, definindo claramente as responsabilidades das partes envolvidas.

A assistência técnica para a reconstrução das moradias é objeto de Convênio específico.

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7.7. Promoção do Bem Estar e do Desenvolvimento Econômico das Famílias

Sob orientação do DNER e acompanhamento das Associações de Municípios, as Prefeituras Municipais farão convênios com Instituições de Pesquisa e de Extensão Rural para implantação de programas de extensão rural, voltados tanto para as famílias quanto para as atividades produtivas das propriedades, considerando principalmente:

− A difusão de conhecimentos técnicos de economia doméstica, manutenção da saúde e higiene familiar, melhoria das condições ambientais nas imediações da residência;

− A promoção do conceito e implantação de agricultura integrada e auto-sustentável do ponto de vista econômico e ambiental;

− Outras atividades voltadas para o bem estar das famílias e o melhoramento econômico.

7.8. Apoio Logístico ao Programa

Para o bom desempenho dessas atividades, as Prefeituras Municipais deverão deverá colocar à disposição dos profissionais envolvidos no programa os meios de transporte adequados, cedendo veículos de sua propriedade ou mediante locação, providenciar hospedagem e alimentação para os colaboradores a serem colocados a disposição do programa de reconstrução de moradias e relocação das famílias, e para os profissionais envolvidos nas atividades de assistência social.

7.9. Registros e Anotações

O DNER deverá organizar um sistema de registro e de procedimentos, acordado entre as partes conveniadas, para acompanhar o andamento do Programa.

8. ESTIMATIVA DE CUSTOS

A planilha apresentada a seguir, mostra a estimativa de custos para as diferentes atividades contempladas neste Plano de Trabalho. Os custos unitários foram estipulados com base em trabalhos semelhantes, na experiência dos Consultores envolvidos no desenvolvimento deste Programa e na troca de informações com os Parceiros Institucionais nas reuniões para a elaboração da minuta do Convênio.

Estes custos serão objeto de revisão/ajuste quando da negociação final para a celebração do Convênio.

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Assistência Social:

- Mobilização e participação das famílias. domicílio 51 50,00 2.550,00 2.550,00

- Acompanhamento na desapropriação, seleção das famílias elegiveis e adesão ao Programa, na autoconstrução de moradias e mudança de domícilio. domicílio 51 250,00 12.750,00 12.750,00

- Melhoria da qualidade de vida das famílias assistidas. domicílio 51 100,00 5.100,00 5.100,00Assistência jurídica: - Acompanhamento do processo de desapropriação incluindo a orientação para a obtenção dos documentos de propriedade e a averbação da nova moradia. domicílio 51 100,00 5.100,00 5.100,00

- Pagamento de taxas em cartório domicílio 51 120,00 6.120,00 6.120,003. Coordenação das ações dos Municípios. mês 14 300,00 4.200,00 4.200,00

35.820,00 31.620,00 4.200,00

2.

TOTAL(*) O valor a ser repassado a cada Parceiro Institucional será proporcional ao nº de domicílios atendidos em sua jurisdição

VALOR A REPASSAR (*)

ITE

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1.

Estimativa de Custos de Assistência Social e Jurídica

9. ACOMPANHAMENTO

A avaliação e acompanhamento da execução dos serviços serão feitos pelas empresas de Gestão Ambiental ou outro preposto designado pelo DNER.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

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ANEXO III-b:

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA (RS)

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ANEXO III-b (RIO GRANDE DO SUL)

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA

O presente Plano de Trabalho é parte integrante do Convênio de Assistência Social e Jurídica para implementação do Programa de Desapropriação , com ênfase para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, referente às obras de duplicação da BR 101, trecho Florianópolis – Osório, subtrecho Divisa SC/RS – Osório.

1. APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Plano de Trabalho a ser desenvolvido pela Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (AMLINORTE) e as Prefeituras Municipais de Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório, no âmbito do Convênio firmado entre estes e Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, com o objetivo de prestar serviços de assistência social e acompanhamento jurídico na implementação do Programa de Desapropriação necessário para a execução das obras de duplicação da BR-101, no subtrecho situado no Estado do Rio Grande do Sul.

2. JUSTIFICATIVA

De acordo com o projeto de desapropriação, desenvolvido no âmbito do Projeto de Engenharia, e a pesquisa socioeconômica efetuada junto às famílias diretamente afetadas pelas obras de duplicação da rodovia BR-101, detectou-se dois aspectos de grande relevância:

− Parcela significativa dos imóveis atingidos apresentam problemas relacionados com documentos que comprovam sua titularidade;

− Grande parte dos domicílios atingidos correspondem à moradias de famílias de baixa renda, assim considerados os grupos familiares que, além de auferirem pouca renda, apresentam outros quadros de vulnerabilidade ( chefes de família doentes, pessoas idosas, analfabetos, deficientes, etc.).

Diante desta situação, o Programa de Desapropriação, atendendo recomendações dos Estudos de Impacto Ambiental – EIA e às Políticas Ambientais tanto do empreendedor ( DNER ) quanto do órgão financiador ( BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento ), prevê a necessidade de se desenvolver ações voltadas para o atendimento destas questões.

Assim sendo, cabe delinear sucintamente as ações e procedimentos necessários a serem desenvolvidos de forma integrada entre as partes conveniadas, conforme previsto nas cláusulas do Convênio em vigor a partir de sua assinatura.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

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3. OBJETIVO

Promover, em parceria com as entidades e órgãos envolvidos, a assistência social e jurídica às famílias de baixa renda cujos domicílios serão atingidos pelas obras de duplicação da rodovia BR-101, subtrecho Divisa SC/RS - Osório. Para estas famílias foi desenvolvido um subprograma de auxílio na reconstrução de moradias. Algumas ações previstas neste Plano de Trabalho, principalmente de Comunicação Social, se estenderão à todas as famílias afetadas pelo Programa de Desapropriação.

4. NÚMERO DE FAMÍLIAS E PESSOAS A SEREM ATENDIDAS.

Na primeira etapa do Programa, que corresponde ao processo de desapropriação propriamente dito, serão atendidas todas as famílias cujos imóveis serão atingidos pelas obras de duplicação da rodovia, o que corresponde a 275 domicílios, além de outras benfeitorias e terrenos. Na segunda etapa, relacionada com o auxílio na reconstrução de moradias de famílias de baixa renda, serão contemplados com estas medidas aproximadamente 154 domicílios, que abrigam 165 famílias, totalizando 500 pessoas.

Nestes quantitativos estão incluídos 4 domicílios (5 famílias) do Município de Osório, inicialmente selecionados para o Programa de reassentamento, mas que em função do número reduzido de casos, serão atendidos neste Subprograma de auxílio na reconstrução de moradias.

5. ENTIDADES E ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

AMLINORTE - Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório

6. EQUIPE TÉCNICA

Para a realização das atividades previstas neste Plano de Trabalho, a equipe técnica será composta por representantes qualificados de todas as instituições envolvidas, de acordo com as incumbências estabelecidas no Capítulo 7 - Operacionalização.

7. OPERACIONALIZAÇÃO

7.1. Diretrizes e Procedimentos

O DNER deverá elaborar as diretrizes de procedimentos para orientar e prestar informações às famílias a serem beneficiadas, contemplando os aspectos legais, sociais e econômicos do Programa de Desapropriação, com ênfase para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, incluindo as metas a serem atingidas, normas relativas às

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-b – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (RS)

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reuniões programadas, as formas com serão feitos os registros e métodos de acompanhamento, a definição clara e precisa da participação dos conveniados. Essas diretrizes deverão ser adotadas em comum acordo por todos os integrantes do presente Convênio.

7.2. Coordenação das Ações das Prefeituras Municipais

De posse dessas diretrizes, a AMLINORTE coordenará e acompanhará a participação dos Municípios, atribuindo as responsabilidades inerentes ao presente Convênio. Para isto, a AMLINORTE mobilizará junto às Prefeituras, uma equipe de profissionais habilitados voltados às atividades de coordenação do programa.

7.3. Mobilização e Comunicação

O DNER deverá mobilizar a comunidade para que ela participe das atividades do Programa de Desapropriação, de forma que as ações de assistência social e jurídica se façam a contento; para isso usará os meios de comunicação apropriados para dar informações sobre o Programa e para convocação para reuniões. Para essas reuniões as Prefeituras Municipais deverão disponibilizar as instalações necessárias, quando seus assistentes sociais deverão enfatizar a necessidade de participar, estabelecendo uma lista de interesses comuns a serem atendidos dentro do programa.

As Prefeituras Municipais deverão participar ativamente dessa atividade de mobilização, promovendo a participação e o engajamento das famílias afetadas pelo programa de reconstrução das moradias. Recomenda-se que as Prefeituras tenham um assistente social a disposição dessas atividades, uma vez que a mobilização e participação são atividades permanentes, ou sejam não cessam com apenas uma ou duas reuniões.

7.4. Revisão, Atualização e Complementação dos Laudos de Avaliação e da Pesquisa Socioeconômica

O DNER, através da Comissão Distrital de Desapropriação e Equipe de Apoio, efetuará a revisão, atualização e complementação dos laudos de avaliação constantes do Projeto de Desapropriação e da Pesquisa Socioeconômica realizada para a elaboração deste programa ambiental.

As Prefeituras Municipais deverão, por meio de profissionais habilitados, principalmente na área de assistência social, participar ativamente destas atividades, informando e orientando as famílias quanto a seus direitos e deveres, metodologia de levantamento patrimonial, necessidade de obtenção e fornecimento de documentos de propriedade, prazos, etc.

No caso específico da falta de documentos de propriedade, as Prefeituras deverão orientar as famílias quanto aos procedimentos necessários para obtenção dos mesmos, buscando o apoio da Corregedoria Geral de Justiça do Rio Grande do Sul (Projeto Casa Legal) e dos organismos de assistência jurídica gratuita às famílias carentes (Governo do Estado, OAB, etc).

Ficará a cargo das Prefeituras Municipais o pagamento de eventuais taxas em cartórios, referentes à obtenção destes documentos, sempre que as famílias de baixa renda não puderem arcar com estas despesas.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-b – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (RS)

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7.5 Negociação com as Famílias e Efetivação de Desapropriação

Uma vez concluído o laudo de avaliação e a pesquisa de preços de mercado, o DNER iniciará a negociação com os desapropriandos para a definição dos valores das indenizações a serem pagos. Estabelecido o acordo, é efetuado o pagamento da indenização e transferida a propriedade do imóvel para o DNER, encerrando o processo de desapropriação propriamente dito.

As Prefeituras Municipais, por meio de seus profissionais, participarão diretamente deste processo, orientando as famílias quanto ao procedimento para a fixação dos valores das indenizações, forma de pagamento e transferência de propriedade e prazos para desocupação do imóvel desapropriado. Os assistentes sociais das Prefeituras deverão exercer estreita vigilância sobre a correta aplicação dos recursos obtidos com estas indenizações, necessários à autoconstrução das novas moradias.

7.6. Seleção das Famílias Elegíveis e Formalização da Adesão ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias

Encerrada a primeira etapa do Programa, com a efetivação da desapropriação do imóvel, inicia-se, para as famílias de baixa renda, o subprograma de auxílio na reconstrução de moradias.

A partir dos dados da pesquisa socioeconômica, o DNER, em conjunto com as Prefeituras Municipais, fará a seleção das famílias elegíveis para o subprograma, tendo como base os critérios de elegibilidade detalhadamente estabelecidos no relatório de Programa de Desapropriação.

As famílias eleitas serão contatadas por assistentes sociais do DNER e Prefeituras para formalizarem sua adesão ao Subprograma. Caberá às Prefeituras a orientação das famílias quanto aos procedimentos a serem seguidos, definindo claramente as responsabilidades das partes envolvidas.

A assistência técnica para a reconstrução das moradias é objeto de Convênio específico.

7.7. Promoção do Bem Estar e do Desenvolvimento Econômico das Famílias

Sob orientação do DNER e acompanhamento das Associações de Municípios, as Prefeituras Municipais farão convênios com Instituições de Pesquisa e de Extensão Rural para implantação de programas de extensão rural, voltados tanto para as famílias quanto para as atividades produtivas das propriedades, considerando principalmente:

− A difusão de conhecimentos técnicos de economia doméstica, manutenção da saúde e higiene familiar, melhoria das condições ambientais nas imediações da residência;

− A promoção do conceito e implantação de agricultura integrada e auto-sustentável do ponto de vista econômico e ambiental;

− Outras atividades voltadas para o bem estar das famílias e o melhoramento econômico.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-b – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (RS)

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PR

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EIT

UR

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IPA

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ICÍP

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Assistência Social:

- Mobilização e participação das famílias. domicílio 154 50,00 7.700,00 7.700,00

- Acompanhamento na desapropriação, seleção das famílias elegiveis e adesão ao Programa, na autoconstrução de moradias e mudança de domícilio. domicílio 154 250,00 38.500,00 38.500,00 - Melhoria da qualidade de vida das famílias assistidas. domicílio 154 100,00 15.400,00 15.400,00Assistência jurídica: - Acompanhamento do processo de desapropriação incluindo a orientação para a obtenção dos documentos de propriedade e a averbação da nova moradia. domicílio 154 100,00 15.400,00 15.400,00

- Pagamento de taxas em cartório domicílio 154 120,00 18.480,00 18.480,003. Coordenação das ações dos Municípios. mês 14 400,00 5.600,00 5.600,00

101.080,00 95.480,00 5.600,00

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VALOR A REPASSAR (*)

(*) O valor a ser repassado a cada Parceiro Institucional será proporcional ao nº de domicílios atendidos em sua jurisdição

1.

2.

TOTAL

7.8. Apoio Logístico ao Programa

Para o bom desempenho dessas atividades, as Prefeituras Municipais deverão deverá colocar à disposição dos profissionais envolvidos no programa os meios de transporte adequados, cedendo veículos de sua propriedade ou mediante locação, providenciar hospedagem e alimentação para os colaboradores a serem colocados à disposição do programa de reconstrução de moradias e relocação das famílias, e para os profissionais envolvidos nas atividades de assistência social.

7.9. Registros e Anotações

O DNER deverá organizar um sistema de registro e de procedimentos, acordado entre as partes conveniadas, para acompanhar o andamento do Programa.

8. ESTIMATIVA DE CUSTOS

A planilha a seguir, mostra a estimativa de custos para as diferentes atividades contempladas neste Plano de Trabalho. Os custos unitários foram estipulados com base em trabalhos semelhantes, na experiência dos Consultores envolvidos no desenvolvimento deste Programa e na troca de informações com os Parceiros Institucionais nas reuniões para a elaboração da minuta do Convênio.

Estes custos serão objeto de revisão/ajuste quando da negociação final para a celebração do Convênio.

Estimativa de Custos de Assistência Social e Jurídica

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo III-b – Plano de Trabalho de Assistência Social e Jurídica (RS)

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9. ACOMPANHAMENTO

A avaliação e acompanhamento da execução dos serviços serão feitos pelas empresas de Gestão Ambiental ou outro preposto designado pelo DNER.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

ANEXO IV-a:

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA (SC)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

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ANEXO IV-a (SANTA CATARINA)

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA

(Programa de Desapropriação – Rio Grande do Sul)

TERMO DE CONVÊNIO para prestação de serviços e cooperação técnica, administrativa e operacional firmado entre o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC), Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL) e as Prefeituras Municipais de Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETIVO

O presente Convênio tem por objetivo a cooperação na prestação de serviços de assistência social e jurídica às famílias cujos imóveis serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101, no trecho situado no estado de Santa Catarina. Estes serviços estão detalhados no Plano de Trabalho anexo, que atende às recomendações contidas no Programa de Desapropriação, integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA das referidas obras de duplicação.

CLÁUSULA SEGUNDA – QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

AMREC - Associação dos Municípios da Região Carbonífera

AMESC - Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

AMUREL - Associação dos Municípios da Região de Laguna

PREFEITURAS MUNICIPAIS – Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

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CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO DNER

Compete ao DNER:

1. Manter a supervisão, gestão e acompanhamento do Programa com pessoal próprio ou mediante delegação para terceiros.

2. Elaborar as diretrizes de procedimentos para orientar e prestar informações às famílias afetadas. As mesmas deverão ser adotadas de comum acordo por todos os integrantes do presente Convênio.

3. Mobilizar a comunidade para que ela participe das atividades relacionadas com a desapropriação dos imóveis atingidos pela duplicação da rodovia BR-101.

4. Fornecer às Associações de Municípios e às Pr efeituras, a relação detalhada dos imóveis a serem desapropriados em cada município, com a indicação dos proprietários e outras informações pertinentes.

5. Fazer a revisão, atualização e complementação dos laudos patrimoniais e da pesquisa socioeconômica, mantendo uma equipe técnica composta por, no mínimo, um engenheiro civil, um advogado e um assistente social.

6. Fornecer aos parceiros institucionais os dados cadastrais dos levantamentos pertinentes aos laudos de desapropriação e da pesquisa socioeconômica pertinentes às famílias atingidas.

7. Analisar e atestar a execução das tarefas pertinentes ao cumprimento das ações e responsabilidades operacionais e financeiras assumidos pelos integrantes do Convênio.

8. Manter registros e procedimentos adequados para acompanhar o andamento do objeto do presente Convênio.

9. Arcar com o ônus financeiro relativo ao cumprimento do presente Convênio mediante repasse dos recursos necessários conforme estabelecido em cláusula específica.

10. Repassar aos participantes deste Convênio, com direito ao recebimento de recursos financeiros, os valores estabelecidos conforme cronograma de desembolso.

11. Delegar ou terceirizar atribuições e responsabilidades assumidas no presente Convênio.

12. Fazer o registro do presente Convênio no Cartório competente.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DAS ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS

Compete às Associações de Municípios:

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

3

1. Coordenar nas áreas de sua jurisdição a participação dos Municípios nas tarefas, ações e responsabilidades inerentes ao presente Convênio.

2. Analisar, discutir e consensuar entre os parceiros do presente Convênio, especialmente com a participação das Prefeituras Municipais, os assuntos pertinentes ao Programa de Desapropriação, em especial no que se refere aos aspectos de:

a) revisão e atualização de laudos patrimoniais;

b) avaliação e definição de preços médios da terra e de benfeitorias;

c) orientação para ações de assistência social;

d) orientação para ações de assistência jurídica;

e) promoção e fortalecimento das famílias para a melhoria da qualidade de vida.

3. Buscar, para a implementação de Assistência Jurídica às famílias, a participação da Corregedoria Geral da Justiça de Santa Catarina, visando o apoio e a cooperação do Projeto Lar Legal regulamentado e gerido por essa Corregedoria. Diligenciar junto ao Governo Estadual e OAB, no sentido de operacionalizar, sempre que necessária, a assistência jurídica gratuita para as famílias carentes.

4. Elaborar relatório mensal das suas ações referentes aos serviços de assistência social e jurídica realizados em benefício do reassentamento e relocação de famílias, a ser encaminhado ao DNER até o quinto dia útil do mês subseqüente.

5. Prestar orientação e informação aos municípios participantes do presente Convênio sobre o andamento das ações previstas a serem executadas.

CLÁUSULA QUINTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS

Compete às Prefeituras Municipais:

1. Participar, por meio do Prefeito Municipal ou seu representante, das ações e reuniões pertinentes ao Programa de Desapropriação e do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda.

2. Disponibilizar do seu quadro de funcionários, mediante reembolso de despesas, profissionais para viabilizar a execução das ações de assistência social e jurídica previstas no presente Convênio.

3. Prover apoio logístico ao Programa, disponibilizando instalações, transportes, alimentação e hospedagem aos funcionários envolvidos nas ações previstas neste convênio.

4. Prestar esclarecimentos às famílias afetadas sobre os critérios e procedimentos adotados, observadas as diretrizes específicas para essa finalidade obtidas por consenso entre os signatários do presente Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

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5. Promover a participação e o engajamento das famílias afetadas pelo Programa de Desapropriação Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda das obras de duplicação da rodovia BR-101.

6. Estabelecer cooperação técnica com EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.

CLÁUSULA SEXTA – DO VALOR, EMPENHO E DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O valor do presente Convênio é de R$ 35.820,00 (trinta e cinco mil, oitocentos e vinte reais). As despesas correspondentes correrão por conta da dotação do Orçamento do DNER/2001, Dotação Orçamentária n° __________, conforme Nota de Empenho n° _____________, no valor de R$ __________(.x.x.x.x.x.x.x), emitida pelo Serviço Financeiro do _____ DRF – Distrito Rodoviário Federal do DNER.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA REMUNERAÇÃO

A título de remuneração pelo cumprimento das ações e responsabilidades, como agentes promotores as Associações de Municípios receberão R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais) e as Prefeituras Municipais receberão R$ 31.620,00 (trinta e um mil, seiscentos e vinte reais), quantias essas a serem repassadas conforme consta de cláusula específica.

CLÁUSULA OITAVA – DO REPASSE DE VALORES

O DNER adiantará o repasse dos recursos financeiros à AMLINORTE e a cada uma das Prefeituras Municipais integrantes do Convênio, depositando em conta corrente bancária aberta para este fim específico, o montante orçado em quatro parcelas previamente estabelecidas como segue:

INSTITUIÇÃO - VALORES EM R$

ASSOCIAÇÕES PREFEITURAS MUNICIPAIS

PA

RC

EL

AS

AM

RE

C

AM

ESC

AM

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EL

Pal

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Sang

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a

Ara

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Som

brio

Tot

al

Primeira

Segunda

Terceira

Quarta

Total

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

5

CLÁUSULA NONA - DA DIVULGAÇÃO

Toda e qualquer publicidade ou divulgação relativos aos objetivos do presente instrumento deverão referir, expressa e obrigatoriamente a cooperação das partes signatárias.

CLÁUSULA DÉCIMA – DA VIGÊNCIA

O presente Convênio terá a vigência de 13 (treze) meses a partir da data da ordem de início, podendo ser prorrogado por igual período, de comum acordo entre as partes.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

As Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais, independente da prestação de contas que, por lei ou regulamento, devem prestar aos órgãos ou autoridades competentes da União e/ou do Estado, prestarão contas ao DNER da aplicação dos recursos recebidos em razão do presente Convênio.

Para acompanhamento e controle de fluxo dos recursos financeiros e das suas aplicações as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais apresentarão ao DNER, mensalmente, relatório de andamento e, quando concluído o reassentamento e/ou relocação das famílias afetadas, deverá apresentar um relatório final. Esses relatórios se farão acompanhar de demonstrativos físicos e financeiros, sem prejuízo da fiscalização indispensável sobre a execução local dos trabalhos.

Na eventualidade de rescisão do presente Convênio, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais se obrigam a prestar contas ao DNER, dentro do prazo da notificação prevista na cláusula décima terceira do Convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DAS ALTERAÇÕES

As modificações aos termos deste Convênio, caso necessárias, serão objeto de Termo Aditivo, devidamente assinado pelas partes.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCERIA - DA RESCISÃO

O presente Convênio poderá ser rescindido por consenso entre as partes, assim como unilateralmente, mediante a manifestação prévia e expressa da(s) parte(s), com 60 (sessenta) dias de antecedência à(s) outra(s).

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DA EFICÁCIA

O presente instrumento, assim como as suas eventuais alterações ou aditamentos terão sua eficácia condicionada à publicação das respectivas súmulas no Diário Oficial da União.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-a – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (SC)

6

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DO FORO

As dúvidas resultantes da interpretação de qualquer cláusula do presente Convênio quando não resolvidas administrativamente serão dirimidas no Foro de Florianópolis/SC.

E, por assim estarem justos e conveniados, os integrantes deste documento inicialmente nominados, assinam o presente Convênio em 16 (dezesseis) vias de igual teor e forma, na presença de 2 (duas) testemunhas que assistiram ao ato.

Localidade __________________________, data __________

Diretor do DNER Presidente de cada uma das Associações de Municípios

Procurador do DNER

Prefeito Municipal de ___________________________ (de todas as Prefeituras envolvidas)

Testemunhas:

________________________________________ _________________________________________

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

ANEXO IV-b:

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA (RS)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

1

ANEXO IV-b (RIO GRANDE DO SUL)

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E JURÍDICA

(Programa de Desapropriação – Rio Grande do Sul)

TERMO DE CONVÊNIO para prestação de serviços e cooperação técnica, administrativa e operacional, firmado entre o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Associação dos Municípios do Litoral Norte (AMLINORTE) e as Prefeituras Municipais de Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETIVO

O presente Convênio tem por objetivo a cooperação na prestação de serviços de assistência social e jurídica às famílias cujos imóveis serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101, no trecho situado no estado do Rio Grande do Sul. Estes serviços estão detalhados no Plano de Trabalho anexo, que atende às recomendações contidas no Programa de Desapropriação, integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA das referidas obras de duplicação.

CLÁUSULA SEGUNDA – QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

AMLINORTE - Associação dos Municípios do Litoral Norte

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório.

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO DNER

Compete ao DNER:

1. Manter a supervisão, gestão e acompanhamento do Programa com pessoal próprio ou mediante delegação para terceiros.

2. Elaborar as diretrizes de procedimentos para orientar e prestar informações às famílias afetadas. As mesmas deverão ser adotadas de comum acordo por todos os integrantes do presente Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

2

3. Mobilizar a comunidade para que ela participe das atividades relacionadas com a desapropriação dos imóveis atingidos pela duplicação da rodovia BR-101.

4. Fornecer à AMLINORTE e às Prefeituras, a relação detalhada dos imóveis a serem desapropriados em cada município, com a indicação dos proprietários e outras informações pertinentes.

5. Fazer a revisão, atualização e complementação dos laudos patrimoniais e da pesquisa socioeconômica, mantendo uma equipe técnica composta por, no mínimo, um engenheiro civil, um advogado e um assistente social.

6. Fornecer aos parceiros institucionais os dados cadastrais dos levantamentos pertinentes aos laudos de desapropriação e da pesquisa socioeconômica pertinentes às famílias atingidas.

7. Analisar e atestar a execução das tarefas pertinentes ao cumprimento das ações e responsabilidades operacionais e financeiras assumidos pelos integrantes do Convênio.

8. Manter registros e procedimentos adequados para acompanhar o andamento do objeto do presente Convênio.

9. Arcar com o ônus financeiro relativo ao cumprimento do presente Convênio mediante repasse dos recursos necessários conforme estabelecido em cláusula específica.

10. Repassar aos participantes deste Convênio, com direito ao recebimento de recursos financeiros, os valores estabelecidos conforme cronograma de desembolso.

11. Delegar ou terceirizar atribuições e responsabilidades assumidas no presente Convênio.

12. Fazer o registro do presente Convênio no Cartório competente.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DA AMLINORTE

Compete a AMLINORTE:

1. Coordenar nas áreas de sua jurisdição a participação dos Municípios nas tarefas, ações e responsabilidades inerentes ao presente Convênio.

2. Analisar, discutir e consensuar entre os parceiros do presente Convênio, especialmente com a participação das Prefeituras Municipais, os assuntos pertinentes ao Programa de Desapropriação, em especial no que se refere aos aspectos de:

a) revisão e atualização de laudos patrimoniais;

b) avaliação e definição de preços médios da terra e de benfeitorias;

c) orientação para ações de assistência social;

d) orientação para ações de assistência jurídica;

e) promoção e fortalecimento das famílias para a melhoria da qualidade de vida.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

3

3. Buscar, para a implementação de Assistência Jurídica às famílias, a participação da Corregedoria Geral da Justiça do Rio Grande do Sul, visando o apoio e a cooperação do Projeto Casa Legal regulamentado e gerido por essa Corregedoria. Diligenciar junto ao Governo Estadual e OAB, no sentido de operacionalizar, sempre que necessária, a assistência jurídica gratuita para as famílias carentes.

4. Elaborar relatório mensal das suas ações referentes aos serviços de assistência social e jurídica realizados em benefício do reassentamento e relocação de famílias, a ser encaminhado ao DNER até o quinto dia útil do mês subseqüente.

5. Prestar orientação e informação aos municípios participantes do presente Convênio sobre o andamento das ações previstas a serem executadas.

CLÁUSULA QUINTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS

Compete às Prefeituras Municipais:

1. Participar, por meio do Prefeito Municipal ou seu representante, das ações e reuniões pertinentes ao Programa de Desapropriação e do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda.

2. Disponibilizar do seu quadro de funcionários, mediante reembolso de despesas, profissionais para viabilizar a execução das ações de assistência social e jurídica previstas no presente Convênio.

3. Prover apoio logístico ao Programa, disponibilizando instalações, transportes, alimentação e hospedagem aos funcionários envolvidos nas ações previstas neste convênio.

4. Prestar esclarecimentos às famílias afetadas sobre o s critérios e procedimentos adotados, observadas as diretrizes específicas para essa finalidade obtidas por consenso entre os signatários do presente Convênio.

5. Promover a participação e o engajamento das famílias afetadas pelo Programa de Desapropriação Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda das obras de duplicação da rodovia BR-101.

6. Estabelecer cooperação técnica com EMATER.

CLÁUSULA SEXTA – DO VALOR, EMPENHO E DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O valor do presente Convênio é de R$ 101.080,00 (cento e um mil e oitenta reais). As despesas correspondentes correrão por conta da dotação do Orçamento do DNER/2001, Dotação Orçamentária n° __________, conforme Nota de Empenho n° _____________, no valor de R$ __________(.x.x.x.x.x.x.x), emitida pelo Serviço Financeiro do _____ DRF – Distrito Rodoviário Federal do DNER.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

4

CLÁUSULA SÉTIMA – DA REMUNERAÇÃO

A título de remuneração pelo cumprimento das ações e responsabilidades, como agentes promotores a AMLINORTE receberá R$ 5.600,00 (cinco mil e seiscentos reais) e as Prefeituras Municipais receberão R$ 95.480,00 (noventa e cinco mil, quatrocentos e oitenta reais), quantias essas a serem repassadas conforme consta de cláusula específica.

CLÁUSULA OITAVA – DO REPASSE DE VALORES

O DNER adiantará o repasse dos recursos financeiros à AMLINORTE e a cada uma das Prefeituras Municipais integrantes do Convênio, depositando em conta corrente bancária aberta para este fim específico, o montante orçado em quatro parcelas previamente estabelecidas como segue:

INSTITUIÇÃO - VALORES EM R$

PREFEITURAS MUNICIPAIS

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AMLINORTE

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Osó

rio

Tot

al

Primeira

Segunda

Terceira

Quarta

Total

CLÁUSULA NONA - DA DIVULGAÇÃO

Toda e qualquer publicidade ou divulgação relativos aos objetivos do presente instrumento deverão referir, expressa e obrigatoriamente a cooperação das partes signatárias.

CLÁUSULA DÉCIMA – DA VIGÊNCIA

O presente Convênio terá a vigência de 13 (treze) meses a partir da data da ordem de início, podendo ser prorrogado por igual período, de comum acordo entre as partes.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

A AMLINORTE e as Prefeituras Municipais, independente da prestação de contas que, por lei ou regulamento, devem prestar aos órgãos ou autoridades competentes da União e/ou do Estado, prestarão contas ao DNER da aplicação dos recursos recebidos em razão do presente Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

5

Para acompanhamento e controle de fluxo dos recursos financeiros e das suas aplicações a AMLINORTE e as Prefeituras Municipais apresentarão ao DNER, mensalmente, relatório de andamento e, quando concluído o reassentamento e/ou relocação das famílias afetadas, deverá apresentar um relatório final. Esses relatórios se farão acompanhar de demonstrativos físicos e financeiros, sem prejuízo da fiscalização indispensável sobre a execução local dos trabalhos.

Na eventualidade de rescisão do presente Convênio, a AMLINORTE e as Prefeituras Municipais se obrigam a prestar contas ao DNER, dentro do prazo da notificação prevista na cláusula décima terceira do Convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DAS ALTERAÇÕES

As modificações aos termos deste Convênio, caso necessárias, serão objeto de Termo Aditivo, devidamente assinado pelas partes.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCERIA - DA RESCISÃO

O presente Convênio poderá ser rescindido por consenso entre as partes, assim como unilateralmente, mediante a manifestação prévia e expressa da(s) parte(s), com 60 (sessenta) dias de antecedência à(s) outra(s).

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DA EFICÁCIA

O presente instrumento, assim como as suas eventuais alterações ou aditamentos terão sua eficácia condicionada à publicação das respectivas súmulas no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DO FORO

As dúvidas resultantes da interpretação de qualquer cláusula do presente Convênio quando não resolvidas administrativamente serão dirimidas no Foro de Porto Alegre/RS.

E, por assim estarem justos e conveniados, os integrantes deste documento inicialmente nominados, assinam o presente Convênio em 10 (dez) vias de igual teor e forma, na presença de 2 (duas) testemunhas que assistiram ao ato.

Localidade __________________________, data __________

Diretor do DNER Presidente da AMLINORTE

Procurador do DNER

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo IV-b – Minuta do Convênio de Assistência Social e Jurídica (RS)

6

Prefeito Municipal de ___________________________ (de todas as Prefeituras envolvidas)

Testemunhas:

____________________________________________ ________________________________________

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

ANEXO V-a:

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (SC)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

1

ANEXO V-a (SANTA CATARINA)

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O presente Plano de Trabalho é parte integrante do Convênio de Assistência Técnica para implementação do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, que integra o Programa de Desapropriação das obras de duplicação da BR 101, trecho Florianópolis – Osório, subtrecho Palhoça - Divisa SC/RS.

1. APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Plano de Trabalho a ser desenvolvido pelas inspetorias regionais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC, Associação de Arquitetos e Engenheiros do Extremo Sul Catarinense (AESC), Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos (ASCEA), a Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão (AREA-TB), Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) e as Prefeituras Municipais de Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio, no âmbito do convênio firmado entre estes e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, tendo como objetivo a prestação de assistência técnica de engenharia e arquitetura para elaboração e execução de projetos - tipo, acompanhamento da implantação das obras e orientação técnica à construção, reconstrução e reforma de habitações e benfeitorias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101 no trecho situado no estado de Santa Catarina.

2. JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a duplicação da Rodovia BR 101, no âmbito do Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária entre Florianópolis (SC) e Osório (RS), e considerando que a ampliação da faixa de domínio atual nos municípios situados no segmento catarinense da estrada, afetará, conforme pesquisa socioeconômica e o projeto de desapropriação, 51 imóveis residenciais pertencentes à famílias de baixa renda, elaborou-se um programa de auxílio na reconstrução de moradias e outras benfeitorias, atendendo às Políticas Ambientais tanto do empreendedor (DNER) quanto do órgão financiador (BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Assim sendo, cabe delinear sucintamente as ações e procedimentos necessários a serem desenvolvidos de forma integrada entre as partes conveniadas, conforme previsto nas cláusulas do Convênio em vigor a partir de sua assinatura.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

2

3. OBJETIVO

Promover, em parceria com as entidades e órgão envolvidos, o auxílio na reconstrução de moradias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados para execução das obras de duplicação da rodovia BR 101, subtrecho Palhoça Divisa SC/RS.

4. META

Acompanhar a reconstrução de aproximadamente 51 domicílios, dentro do terreno que ocupam atualmente, de forma a liberar a área destinada à ampliação da faixa de domínio para a duplicação da BR 101.

5. ENTIDADES E ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

CREA-SC - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina

AESC - Associação de Arquitetos e Engenheiros do Extremo Sul Catarinense

ASCEA - Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos

AREA-TB - Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão

AMREC - Associação dos Municípios da Região Carbonífera

AMESC - Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

AMUREL Associação dos Municípios da Região de Laguna

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio

6. EQUIPE TÉCNICA

Para a realização das atividades previstas neste Plano de Trabalho, a equipe técnica será composta por representantes qualificados de todas as instituições envolvidas, de acordo com as incumbências estabelecidas no capítulo 8.

7. NÚMERO DE FAMÍLIAS E PESSOAS PARTICIPANTES DESTE SUBPROGRAMA

Serão atendidas 51 domicílios com 59 famílias de baixa renda, totalizando 188 pessoas, conforme cadastro sócio-econômico realizado pelos consultores contratados pelo Instituto Militar de Engenharia. A Tabela 01 discrimina estes dados para cada um dos municípios afetados.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

3

Tabela 01 – Número de Domicílios, Famílias e Pessoas Selecionados para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias

Seleção para programas assistenciais Municípios

Domicílios Famílias Pessoas

Palhoça 1 1 3

Paulo Lopes 1 1 3

Garopaba 1 1 3

Imbituba 7 7 19

Tubarão 4 4 18

Jaguaruna 3 3 8

Sangão 6 9 34

Içara 18 23 80

Criciúma 1 1 3

Araranguá 4 4 13

Sombrio 1 1 2

Santa Catarina 51 59 188

Fonte: Cadastro Socioeconômico de out/99, jul/00 e mai/01.

8. OPERACIONALIZAÇÃO

8.1. Consolidação das Informações Cadastrais e Formação de “Conjunto de Modelos de Residências”

O DNER providenciará em tempo hábil as informações cadastrais relativas às características das edificações identificadas nos respectivos laudos de avaliação patrimonial, bem como quantificará as obras que deverão ser feitas, com suas principais características construtivas. Com base nestas informações, as Associações de Engenheiros e Arquitetos com atuação na região, apresentarão em conjunto um pacote de projetos-tipo de residências para que as famílias participantes do Subprograma optem por um deles, e os encaminhará para o DNER que, após analisados e aprovados, serão enviados para as Prefeituras Municipais que emitirão alvarás para construção.

É apresentada a seguir, a seqüência detalhada das atividades consideradas neste tópico, indicando-se, entre parênteses, os responsáveis por seu andamento:

− Informações cadastrais ( DNER );

− Esboço detalhamento e disponibilização dos Projetos-tipo (DNER, ou seu preposto);

− Análise dos esboços ( todos os Conveniados e representantes da população afetada );

− Escolha do Projeto-Tipo ( Famílias participantes );

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

4

− Anotação de Responsabilidade Técnica dos Projetos (Associações de Engenheiros e Arquitetos e CREA-SC - Inspetorias regionais);

− Concessão do Alvará de Construção e emissão do documento de habite-se ( Prefeituras Municipais).

Atestada a entrega dos projetos-tipo, o DNER repassará para as Associações de Engenheiros e Arquitetos os recursos referentes as atividades previstas no Convênio, para a remuneração dos profissionais envolvidos no programa, de acordo com um cadastro de controle das atividades profissionais dos colaboradores, cadastro a ser elaborado pelo CREA-SC.

8.2. Coordenação das Atividades dos Municípios Envolvidos no Projeto de Reconstrução de Moradias

Os municípios do trecho catarinense das obras de duplicação serão coordenados pelas respectivas Associações de Municípios na execução das atividades que lhe competem conforme definido pelo Convênio do qual este plano é parte integrante.

8.3. Mobilização e Treinamento das Famílias Participantes do Subprograma

O DNER e as Prefeituras Municipais deverão promover a mobilização da comunidade para a participação das famílias mediante adesão ao Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda e seleção do projeto-padrão adequado ao seu perfil. Também serão fornecidas informações sobre manutenção das residências e outras edificações.

8.4. Implantação da Obra no Terreno e Acompanhamento da Construção

As Associações de Engenheiros e Arquitetos das respectivas áreas de atuação designarão profissionais para realizarem a implantação (localização do projeto no terreno, considerando uma área total máxima de “x” metros quadrados por profissional) e acompanhar a execução das obras, no máximo de “x” obras por profissional, emitindo relatórios mensais, que depois de consolidados pela instituição, encaminhados ao DNER, o qual deverá confrontá-los com os demais relatórios com a finalidade de atestar a realização das atividades que tratam.

As Associações de Profissionais remunerarão os profissionais envolvidos, de conformidade com o cadastro de controle das atividades profissionais elaborado pelo CREA-SC.

8.5. Aspectos Legais e Procedimentos Administrativos Relacionados à Construção das Moradias e sua Liberação Final

Para atender exigências legais e o correto procedimento administrativo, serão adotadas várias medidas que agilizem o processo de reconstrução e transmita segurança às famílias que aderirem a este Subprograma, tais como:

− O CREA-SC, para maior agilidade na elaboração dos projetos e redução dos custos fornecerá gratuitamente as guias de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) às entidades convenientes, fixando o valor da taxa de ART igual ao da Taxa Especial de

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

5

ART e emitirá relações periódicas das ARTs para os convenientes, com base no cadastro de atividades profissionais. Esses relatórios para efeito de repasse de recursos serão encaminhados ao DNER;

− As Prefeituras Municipais do trecho catarinense deverão dispor de funcionário habilitado para agilizar os trabalhos relativos à concessão de alvarás, aprovação de projetos, laudos de vistoria e outras atividades necessárias ao atendimento de exigências legais, como, entre outras, registros em cartório, solicitação de habite-se. Esses procedimentos serão registrados e encaminhados para as Associações de Engenheiros e Arquitetos das respectivas áreas de atuação para divulgação e discussão com interessados;

− As Associações de Municípios procederão aos registros das atividades que estão sendo desenvolvidas pelas prefeituras, mantendo funcionários habilitados para essas tarefas de forma que possa sempre que necessário ou solicitada, sugerir correções ou inovações nos procedimentos.

8.6. Registros para Acompanhamento da Execução do Projeto

As entidades intervenientes deverão organizar registros específicos que permitam o acompanhamento físico e financeiro do Subprograma, comprometendo-se o DNER a consolidar as informações (atas de reuniões, deliberações e emissões de ordem de serviço ou de orientações técnicas,etc.) e disponibilizá-las a todas as instituições conveniadas. Assim sendo, o CREA-SC, além do cadastro de controle das atividades profissionais dos colaboradores, manterá um cadastro com as ARTs concedidas. as Associações de Engenheiros e Arquitetos e as Prefeituras manterão registros adequados dos processos de escolha dos projetos selecionados pelas famílias, bem como atas ou outros registros de efeito equivalente sobre as reuniões de treinamento destinado as famílias reassentandas.

9. ESTIMATIVA DE CUSTOS

A planilha a seguir, mostra a estimativa de custos para as diferentes atividades contempladas neste Plano de Trabalho. Os custos unitários foram estipulados com base em trabalhos semelhantes, na experiência dos Consultores envolvidos no desenvolvimento deste Programa e na troca de informações com os Parceiros Institucionais nas reuniões para a elaboração da minuta do Convênio.

Estes custos serão objeto de revisão/ajuste quando da negociação final para a celebração do Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

6

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ção

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Ass

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ção

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unic

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1. Elaboração de projeto-tipo das moradias. projeto-tipo 12 1.000,00 12.000,00 12.000,002. Responsabilidade técnica na implementação e

execução das obras, incluindo pequenas adequações no projeto-tipo escolhido. domicílio 51 800,00 40.800,00 40.800,00

3. Remuneração das Associações de Engenheiros e Arquitetos (10% do custo dos itens 1 e 2). vb 4.266,00 4.266,00

Apoio das Prefeituras:

- Taxas (alvará, habite-se, averbação da construção, etc). domicílio 51 100,00 5.100,00 5.100,00 - Acompanhamento técnico, incluindo despesas de locomoção. domicílio 51 120,00 6.120,00 6.120,00

5.Coordenação da ação dos Municípios.

mês 14 300,00 4.200,00 4.200,00

72.486,00 57.066,00 11.220,00 4.200,00TOTAL

4.

Nota: O valor a ser repassado a cada Parceiro Institucional será: - Associação de Profissionais: - item 1 = para a Associação que elaborar os projetos-tipo. - item 2 = proporcional ao nº de domicílios atendidos. - Prefeituras Municipais: - proporcional ao nº de domicílios atendidos. - Associação de Municípios: - proporcional ao nº de domicílios atendidos.

ITE

M

ATIVIDADE

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VALOR A REPASSAR

Estimativa de Custos de Assistência Técnica

10. ACOMPANHAMENTO

A avaliação e acompanhamento da execução dos projetos será feita pelas Associações de Municípios, conforme estipulado pelo Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-a - Plano de Trabalho de Assistência Técnica (SC)

ANEXO V-b:

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (RS)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

1

ANEXO V-b (RIO GRANDE DO SUL)

PLANO DE TRABALHO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O presente Plano de Trabalho é parte integrante do Convênio de Assistência Técnica para implementação do Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda, que integra o Programa de Desapropriação das obras de duplicação da BR 101, trecho Florianópolis – Osório, subtrecho Divisa SC/RS – Osório.

1. APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Plano de Trabalho a ser desenvolvido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral (ASENART), Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (AMLINORTE) e as Prefeituras Municipais de Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório, no âmbito do convênio firmado entre estes e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, tendo como objetivo a prestação assistência técnica de engenharia e arquitetura para elaboração e execução de projetos - tipo, acompanhamento da implantação das obras e orientação técnica à construção, reconstrução e reforma de habitações e benfeitorias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101 no trecho situado no estado do Rio Grande do Sul.

2. JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a duplicação da Rodovia BR 101, no âmbito do Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária entre Florianópolis (SC) e Osório (RS), e considerando que a ampliação da faixa de domínio atual nos municípios situados no segmento gaúcho da estrada, afetará, conforme pesquisa socioeconômica e o projeto de desapropriação, 154 imóveis residenciais pertencentes à famílias de baixa renda, que deverão ser deslocados dentro do terreno que ocupam atualmente, elaborou-se um programa de auxílio na reconstrução de moradias e outras benfeitorias, atendendo às Políticas Ambientais tanto do empreendedor (DNER) quanto do órgão financiador (BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Assim sendo, cabe delinear sucintamente as ações e procedimentos necessários a serem desenvolvidos de forma integrada entre as partes conveniadas, conforme previsto nas cláusulas do Convênio em vigor a partir de sua assinatura.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

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3. OBJETIVO

Promover, em parceria com as entidades e órgão envolvidos, o auxílio na reconstrução de moradias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados para execução das obras de duplicação da rodovia BR 101, subtrecho Divisa SC/RS - Osório.

4. META

Acompanhar a reconstrução de aproximadamente 154 domicílios, dentro do terreno que ocupam atualmente, de forma a liberar a área destinada à ampliação da faixa de domínio para a duplicação da BR 101.

5. ENTIDADES E ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

CREA-RS - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul

ASENART - Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral

AMLINORTE - Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório

6. EQUIPE TÉCNICA

Para a realização das atividades previstas neste Plano de Trabalho, a equipe técnica será composta por representantes de todas as instituições envolvidas, conforme indicado no capítulo 8.

7. NÚMERO DE FAMÍLIAS E PESSOAS PARTICIPANTES DESTE SUBPROGRAMA

Serão atendidas 160 famílias de baixa renda, totalizando 483 pessoas, conforme cadastro sócio-econômico realizado pelos consultores contratados pelo Instituto Militar de Engenharia. A Tabela 01 discrimina estes dados para cada um dos municípios afetados.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

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Tabela 01 – Número de Domicílios, famílIas e Pessoas Selecionados para o Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias

Número de Pessoas Municípios Domicílios Famílias

Fam. Principal Fam. Secundária

Torres 11 12 34 2

D. Pedro de Alcântara 4 4 13

Três Cachoeiras 48 51 129 9

Três Forquilhas 2 2 6

Terra de Areia 26 28 81 7

Maquine 30 32 87 8

Osório 33 36 144 7

Total RS 154 165 467 33

Fonte: Cadastro Socioeconômico de out/99, jul/00 e mai/01.

8. OPERACIONALIZAÇÃO

8.1. Consolidação das Informações Cadastrais e Formação de “Conjunto de Modelos de Residências”.

O DNER providenciará em tempo hábil as informações cadastrais relativas às características das edificações identificadas nos respectivos laudos de avaliação patrimonial, bem como quantificará as obras que deverão ser feitas, com suas principais características construtivas. Com base nessas informações, a ASENART apresentará um conjunto de projetos-tipo de residências para que as famílias participantes do Subprograma optem por um deles, e os encaminhará para o DNER que, após analisados e aprovados, serão enviados para as Prefeituras Municipais que emitirão alvarás para construção.

É apresentada a seguir, a seqüência detalhada das atividades consideradas neste tópico, indicando-se, entre parênteses, os responsáveis por seu andamento:

− Informações cadastrais (DNER);

− Esboço dos Projetos-tipo (ASENART);

− Análise dos esboços (todos os Conveniados e representantes da população afetada);

− Elaboração dos Projetos Arquitetônicos dos esboços aprovados (ASENART);

− Escolha do Projeto-Tipo (Famílias participantes);

− Detalhamento do Projeto Executivo dos modelos selecionados (ASENART);

− Anotação de Responsabilidade Técnica dos Projetos (ASENART e CREA/RS);

− Concessão do Alvará de Construção (Prefeituras).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

4

Atestada a entrega dos projetos-tipo, o DNER repassará para a ASENART os recursos referentes às atividades previstas no Convênio, para a remuneração dos profissionais envolvidos no programa, de acordo com um cadastro de controle das atividades profissionais dos colaboradores, cadastro a ser elaborado pelo CREA-RS.

8.2. Coordenação das Atividades dos Municípios Envolvidos no Projeto de Reconstrução de Moradias

Os municípios do trecho gaúcho das obras de duplicação serão coordenados pela AMLINORTE na execução das atividades que lhe competem conforme definido pelo Convênio do qual este plano é parte integrante.

8.3. Mobilização e Treinamento das Famílias Participantes do Subprograma

O DNER e as Prefeituras Municipais deverão promover a mobilização da comunidade para que ela acompanhe a elaboração dos projetos enquanto ASENART promoverá, mediante profissional habilitado e com o apoio do DNER, as orientações sobre questões técnicas e legais relativas à fase de execução das obras e também técnicas de manutenção das residências e outras edificações.

8.4. Implantação da Obra no Terreno e Acompanhamento da Construção

A ASENART designará profissionais para realizarem a implantação (localização do projeto no terreno, considerando uma área total máxima de “x” metros quadrados por profissional) e acompanhar a execução das obras, no máximo de “x” por profissional, emitindo relatórios mensais, que depois de consolidados pela instituição, encaminhados ao DNER, o qual deverá confrontá-los com os demais relatórios com a finalidade de atestar a realização das atividades que tratam.

A ASERNART remunerará os profissionais de conformidade com o cadastro de controle das atividades profissionais elaborado pelo CREA-RS.

8.5. Preparação do Terreno

Nos casos em que a implantação da nova moradia ocorre em terrenos de relevo acidentado (encostas), as Prefeituras Municipais farão a terraplenagem do local e de seu respectivo acesso, de acordo com as indicações do DNER e da ASENART.

8.6. Aspectos Legais e Procedimentos Administrativos Relacionados à Construção das Moradias e sua Liberação Final

Para atender exigências legais e o correto procedimento administrativo, serão adotadas várias medidas que agilizem o processo de reconstrução e transmitam segurança às famílias que aderirem a este Subprograma, tais como:

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

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− O CREA-RS, para maior agilidade na elaboração dos projetos e redução dos custos fornecerá gratuitamente as guias de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) às entidades convenentes, fixando o valor da taxa de ART igual ao valor da Taxa Especial de ART e emitirá relações periódicas das ARTs para os convenentes, com base no cadastro de atividades profissionais. Esses relatórios para efeito de repasse de recursos serão encaminhados ao DNER;

− As Prefeituras Municipais deverão agilizar os trabalhos relativos à concessão de alvarás, aprovação de projetos, laudos de vistoria e outras atividades necessárias ao atendimento de exigências legais, como, entre outras, registros em cartório, emissão de habite-se. Esses procedimentos serão registrados e encaminhados para a AMLINORTE para divulgação e discussão com interessados;

− A AMLINORTE procederá o registro das atividades que estão sendo desenvolvidas pelas prefeituras, mantendo funcionários habilitados para essas tarefas de forma que possa sempre que necessário ou solicitada, sugerir correções ou inovações nos procedimentos.

8.7. Registros para Acompanhamento da Execução do Projeto

As entidades intervenientes deverão organizar registros específicos que permitam o acompanhamento físico e financeiro do Subprograma, comprometendo-se o DNER a consolidar as informações (atas de reuniões, deliberações e emissões de ordem de serviço ou de orientações técnicas,etc.) e disponibilizá-las a todas as instituições conveniadas. Assim sendo, o CREA-RS, além do cadastro de controle das atividades profissionais dos colaboradores, manterá um cadastro com as ARTs concedidas. A ASENART e as Prefeituras manterão registros adequados dos processos de escolha dos projetos selecionados pelas famílias, bem como atas ou outros registros de efeito equivalente sobre as reuniões de treinamento destinado as famílias reassentandas.

9. ESTIMATIVA DE CUSTOS

A planilha a seguir, mostra a estimativa de custos para as diferentes atividades contempladas neste Plano de Trabalho. Os custos unitários foram estipulados com base em trabalhos semelhantes, na experiência dos Consultores envolvidos no desenvolvimento deste Programa e na troca de informações com os Parceiros Institucionais nas reuniões para a elaboração da minuta do Convênio.

Estes custos serão objeto de revisão/ajuste quando da negociação final para a celebração do Convênio.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo V-b – Plano de Trabalho de Assistência Técnica (RS)

6

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1.Elaboração de projeto-tipo das moradias.

projeto-tipo 12 1.000,00 12.000,00 12.000,002. Responsabilidade técnica na implementação e

execução das obras, incluindo pequenas adequações no projeto-tipo escolhido. domicílio 154 800,00 123.200,00 123.200,00

3. Remuneração das Associações de Engenheiros e Arquitetos (10% do custo dos itens 1 e 2). vb 10.440,00 10.440,00

Apoio das Prefeituras:

- Taxas (alvará, habite-se, averbação da construção, etc) domicílio 154 100,00 15.400,00 15.400,00 - Acompanhamento técnico, incluindo despesas de locomoção. domicílio 154 120,00 18.480,00 18.480,00

- Terraplenagem dos terrenos e acessos.domicílio 65 400,00 26.000,00 26.000,00

5.Coordenação da ação dos Municípios.

mês 14 300,00 4.200,00 4.200,00

209.720,00 145.640,00 59.880,00 4.200,00

ITE

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ATIVIDADE

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VALOR A REPASSAR

4.

TOTAL

(*) O valor a será repassado as Prefeituras Municipais, proporcionalmente ao nº de domicílios atendidos em cada município

(*)

Estimativa de Custos de Assistência Técnica

10. ACOMPANHAMENTO

A avaliação e acompanhamento da execução dos serviços serão feitos pela empresa de Gestão Ambiental ou outra designada pelo DNER.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

ANEXO VI-a:

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (SC)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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ANEXO VI-a (SANTA CATARINA)

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

(Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda – SC)

TERMO DE CONVÊNIO para prestação de serviços e cooperação técnica, administrativa e operacional, firmado entre o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), Associação de Arquitetos e Engenheiros do Extremo Sul Catarinense (AESC), Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos (ASCEA) e a Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão (AREA-TB), Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC), Associação dos Municípios da Região de Laguna (AMUREL) e as Prefeituras Municipais de Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETIVO

O presente Convênio tem por objetivo a prestação de assistência técnica de engenharia e arquitetura para elaboração e execução de projetos-tipo, acompanhamento da implantação das obras e orientação técnica na reconstrução de habitações e benfeitorias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101 no trecho situado no estado de Santa Catarina. Estes serviços estão detalhados no Plano de Trabalho anexo, que atende às recomendações contidas no Programa de Desapropriação, integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA das referidas obras de duplicação.

CLÁUSULA SEGUNDA – QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

CREA-SC - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina

AESC - Associação de Arquitetos e Engenheiros do Extremo Sul Catarinense

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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ASCEA - Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos

AREA-TB - Associação Regional dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Tubarão

AMREC - Associação dos Municípios da Região Carbonífera

AMESC - Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

AMUREL - Associação dos Municípios da Região de Laguna

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Tubarão, Jaguaruna, Sangão, Içara, Criciúma, Araranguá e Sombrio

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO DNER

Compete ao DNER:

1. Observar, cumprir e adequar as diretrizes de desenvolvimento, divulgação e prática dos procedimentos técnicos e operacionais do CREA-SC, AESC, ASCEA, AREA-TB, AMREC, AMESC, AMUREL aos objetivos do presente Convênio.

2. Mobilizar a comunidade para que ela acompanhe a elaboração dos projetos e a construção das obras de reassentamento e relocação de famílias afetadas pela duplicação da rodovia BR-101.

3. Promover a participação efetiva das famílias de baixa renda nos treinamentos de conservação e manutenção das edificações, oferecidos pelos engenheiros e arquitetos.

4. Indicar ao CREA-SC e às Associações de Profissionais, os municípios onde deverão ser feitas as reconstruções das moradias das famílias de baixa renda, com as respectivas quantidades e características das obras.

5. Fornecer às Associações de Engenheiros e Arquitetos, as informações cadastrais dos levantamentos pertinentes às características gerais das edificações identificadas nos laudos de avaliação patrimonial que possibilitem elaborar um conjunto de gabaritos-padrões a serem colocados à disposição das famílias beneficiadas.

6. Arcar com o ônus financeiro relativo ao cumprimento do presente Convênio mediante repasse dos recursos necessários conforme estabelecido em cláusula específica.

7. Analisar e atestar a execução dos trabalhos para efeito de cumprimento dos compromissos operacionais e financeiros assumidos pelos integrantes do Convênio.

8. Manter registros e procedimentos adequados para acompanhar o andamento do objeto do presente Convênio.

9. Repassar aos participantes deste Convênio, com direito ao recebimento de recursos financeiros, os valores estabelecidos conforme cronograma de desembolso.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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10. Delegar ou terceirizar atribuições e responsabilidades assumidas no presente Convênio.

11. Fazer o registro do presente Convênio no Cartório competente.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO CREA-SC

Compete ao CREA-SC:

1. Coordenar o acordo de cooperação objeto do presente Convênio no âmbito dos profissionais de engenharia e arquitetura envolvidos.

2. Fornecer gratuitamente as guias de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) às Entidades Convenentes.

3. Conceder isenção e/ou redução da taxa de ARTs (Taxa Especial de ART).

4. Manter cadastro específico respectivo, para efeito de controle das atividades profissionais dos colaboradores, no máximo “x” obras, área máxima “x” metros quadrados, vinculados às Entidades Convenentes.

5. Do cadastro específico acima aludido o CREA emitirá relações periódicas das ARTs e as fornecerá aos convenentes, sem qualquer ônus.

CLÁUSULA QUINTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DA ASENART

Compete às Associações de Engenheiros e Arquitetos:

1. Definir em conjunto com o DNER ou seu preposto as características dos gabaritos de um conjunto de projetos a serem colocados à disposição das famílias reassentadas ou relocadas.

2. Apresentar os projetos construtivos padrão, ou seja, gabaritos que possam integrar um “conjunto de modelos de residências” a serem colocados a disposição das famílias beneficiadas.

3. Orientar as famílias para a escolha mais adequada do projeto, elaborando termo de adesão e concordância com a execução do mesmo.

4. Orientar os proprietários sobre questões técnicas e legais pertinentes às obras durante a fase de construção.

5. Acompanhar a necessária demarcação do projeto no que se refere a sua localização no terreno.

6. Acompanhar e orientar a realização das obras do projeto em campo.

7. Orientar individual ou coletivamente as famílias beneficiadas em relação à técnicas de conservação e manutenção das residências e outras edificações.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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8. Prestar atendimento e orientações necessárias ao esclarecimento de dúvidas aos interessados e aos profissionais colaboradores, para o correto encaminhamento dos procedimentos administrativos perante o CREA-SC e as Prefeituras Municipais participantes deste Convênio.

9. Designar os profissionais e distribuir as tarefas pertinentes ao cumprimento do presente Convênio entre os engenheiros e arquitetos membros das associações profissionais integrantes deste Convênio.

CLÁUSULA SEXTA - DAS ATRIBUIÇÕES DAS ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS

Compete às Associações de Municípios:

1. Coordenar a participação dos Municípios das suas áreas de atuação nas tarefas, ações e responsabilidades inerentes ao presente Convênio.

2. Analisar, discutir e consensuar entre os parceiros do presente Convênio, especialmente com a participação das Prefeituras Municipais, os assuntos pertinentes ao Programa de Desapropriação e Subprograma de Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda

3. Elaborar relatório mensal das suas ações referentes aos serviços de assistência social e jurídica realizados em benefício do reassentamento e relocação de famílias, a ser encaminhado ao DNER até o quinto dia útil do mês subseqüente.

CLÁUSULA SÉTIMA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS

Compete às Prefeituras Municipais:

1. Agilizar a concessão de alvarás e laudos de vistoria de conclusão de obras.

2. Emitir o documento de concessão do habite-se.

3. Fazer averbação da moradia junto ao Cartório de Registro Civil quando for o caso.

4. Encaminhar, após vistoriados pelo DNER, os processos para serem analisados, registrados e executados pelas Associações de Profissionais e pelo CREA.

5. Manter em seu quadro de funcionários, profissional para responder pela aprovação de projetos, desde que devidamente habilitado perante o CREA.

6. Dar prioridade no andamento e deferimento de pedidos de emissão de alvará para as famílias a serem beneficiadas.

7. Emitir, mediante apresentação da cópia da ART devidamente registrada no CREA-SC, o Alvará de Construção, assinalando tratar-se de edificação decorrente das obras de duplicação da rodovia BR-101 amparada pelo presente Convênio de cooperação, sem

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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prejuízo de constar o nome do Autor do Projeto e, quando for o caso, do profissional designado à orient ação e ao acompanhamento da construção.

8. Fazer constar, mesmo no caso de projeto padrão, o número da respectiva ART, considerando que sua repetição será delimitada mediante termo firmado entre o profissional e a PREFEITURA ou as Associações de Municípios a que o mesmo pertencer.

CLÁUSULA OITAVA – DO VALOR, EMPENHO E DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O valor do presente Convênio é de R$ 72.486,00 (setenta e dois mil, quatrocentos e oitenta e seis reais). As despesas correspondentes correrão por conta da dotação do Orçamento do DNER/2001, Dotação Orçamentária n° __________, conforme Nota de Empenho n° _____________, no valor de R$ __________(.x.x.x.x.x.x.x), emitida pelo Serviço Financeiro do _____ DRF – Distrito Rodoviário Federal do DNER.

CLÁUSULA NONA – DA REMUNERAÇÃO

A título de remuneração pelo cumprimento das ações e responsabilidades, como agentes promotores, as Associações de Engenheiros e Arquitetos receberão R$ 57.066,00 (cinqüenta e sete mil e sessenta e seis reais), as Associações de Municípios receberão R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais), e os municípios participantes receberão R$ 11.220,00 (onze mil, duzentos e vinte reais), quantias essas a serem repassadas conforme consta de cláusula específica.

CLÁUSULA DÉCIMA – DO REPASSE DE VALORES

O DNER adiantará o repasse dos recursos financeiros as Associações de Engenheiros e Arquitetos, às Associações de Municípios e a cada uma das Prefeituras Municipais integrantes do Convênio, depositando em conta corrente bancária aberta para este fim específico, o montante orçado em quatro parcelas previamente estabelecidas como segue:

INSTITUIÇÃO- VALORES EM R$

ASSOCIAÇÕES DE

ENG. E ARQ MUNICÍPIOS PREFEITURAS MUNICIPAIS

PA

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AS

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SC

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Sang

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Içar

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Ara

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Som

brio

Tot

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Primeira

Segunda

Terceira

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

6

Quarta

Total

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DA DIVULGAÇÃO

Toda e qualquer publicidade ou divulgação quanto aos objetivos do presente instrumento deverão referir expressa e obrigatoriamente a cooperação das partes signatárias.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA VIGÊNCIA

O presente Convênio terá a vigência de 13 (treze) meses a partir da data da ordem de início, podendo ser prorrogado por igual período, de comum acordo entre as partes.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

As Associações de Profissionais, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais, independente da prestação de contas que, por lei ou regulamento, devem prestar aos órgãos ou autoridades competentes da União e/o do Estado, prestarão contas ao DNER da aplicação dos recursos recebidos em razão do presente Convênio.

Para acompanhamento e controle de fluxo dos recursos financeiros e das suas aplicações, as Associações de Profissionais, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais apresentarão ao DNER, mensalmente, relatório de andamento e, quando concluído o reassentamento e/ou relocação das famílias afetadas, deverá apresentar um relatório final. Esses relatórios se farão acompanhar de demonstrativos físicos e financeiros, sem prejuízo da fiscalização indispensável sobre a execução local dos trabalhos.

Na eventualidade de rescisão do presente Convênio, as Associações de Profissionais, as Associações de Municípios e as Prefeituras Municipais se obrigam a prestar contas ao DNER, dentro do prazo da notificação prevista na cláusula décima quarta do Convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DAS ALTERAÇÕES

As modificações aos termos deste Convênio, caso necessárias, serão objeto de Termo Aditivo, devidamente assinado pelas partes.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DA RESCISÃO

O presente Convênio poderá ser rescindido por consenso entre as partes, assim como unilateralmente, mediante a manifestação prévia e expressa da(s) parte(s), com 60 (sessenta) dias de antecedência à(s) outra(s).

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-a – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (SC)

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CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DA EFICÁCIA

O presente instrumento, assim como as suas eventuais alterações ou aditamentos terão sua eficácia condicionada à publicação da respectiva súmula no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - DO FORO

As dúvidas resultantes da interpretação de qualquer cláusula do presente Convênio quando não resolvidas administrativamente serão dirimidas no Foro de Florianópolis/SC.

E, por assim estarem justos e conveniados, os integrantes deste documento inicialmente nominados, assinam o presente Convênio em 20 (vinte) vias de igual teor e forma, na presença de 2 (duas) testemunhas que assistiram ao ato.

Localidade __________________________, data __________

Diretor do DNER Presidente do CREA-SC

Procurador do DNER Presidente de cada uma das Associações de Profissionais

Presidente de cada uma das Associações de Municípios

Prefeito Municipal de ___________________________ (de todas as Prefeituras envolvidas)

Testemunhas:

______________________________________ ___________________________________

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

ANEXO VI-b:

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA (RS)

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

1

ANEXO VI-b (RIO GRANDE DO SUL)

MINUTA DO CONVÊNIO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

(Subprograma de Auxílio na Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda – RS)

TERMO DE CONVÊNIO para prestação de serviços e cooperação técnica, administrativa e operacional, firmado entre o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral (ASENART), Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (AMLINORTE) e as Prefeituras Municipais de Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETIVO

O presente Convênio tem por objetivo a prestação de assistência técnica de engenharia e arquitetura para elaboração e execução de projetos-tipo, acompanhamento da implantação das obras e orientação técnica na reconstrução de habitações e benfeitorias das famílias de baixa renda, cujos domicílios serão desapropriados em função das obras de duplicação da rodovia BR-101 no trecho situado no estado do Rio Grande do Sul. Estes serviços estão detalhados no Plano de Trabalho anexo, que atende às recomendações contidas no Programa de Desapropriação, integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA das referidas obras de duplicação.

CLÁUSULA SEGUNDA – QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

CREA-RS - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul

ASENART - Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral

AMLINORTE - Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul

PREFEITURAS MUNICIPAIS - Torres, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Terra de Areia, Maquiné e Osório

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

2

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO DNER

Compete ao DNER:

1. Observar, cumprir e adequar as diretrizes de desenvolvimento, divulgação e prática dos procedimentos técnicos e operacionais do CREA-RS, da ASENART e AMLINORTE aos objetivos do presente Convênio.

2. Mobilizar a comunidade para que ela acompanhe a elaboração dos projetos e a construção das obras de reassentamento e relocação de famílias afetadas pela duplicação da rodovia BR-101.

3. Promover a participação efetiva das famílias de baixa renda nos treinamentos de conservação e manutenção das edificações, oferecidos pelos engenheiros e arquitetos.

4. Indicar ao CREA-RS e à ASENART, os municípios onde deverão ser feitas as reconstruções das moradias das famílias de baixa renda, com as respectivas quantidades e características das obras.

5. Fornecer à ASENART informações cadastrais dos levantamentos pertinentes às características gerais das edificações identificadas nos laudos de avaliação patrimonial que possibilitem elaborar um conjunto de gabaritos-padrões a serem colocados à disposição das famílias beneficiadas.

6. Arcar com o ônus financeiro relativo ao cumprimento do presente Convênio mediante repasse dos recursos necessários conforme estabelecido em cláusula específica.

7. Analisar e atestar a execução dos trabalhos para efeito de cumprimento dos compromissos operacionais e financeiros assumidos pelos integrantes do Convênio.

8. Manter registros e procedimentos adequados para acompanhar o andamento do objeto do presente Convênio.

9. Repassar aos participantes deste Convênio, com direito ao recebimento de recursos financeiros, os valores estabelecidos conforme cronograma de desembolso.

10. Delegar ou terceirizar atribuições e responsabilidades assumidas no presente Convênio.

11. Fazer o registro do presente Convênio no Cartório competente.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO CREA-RS

Compete ao CREA-RS:

1. Coordenar o acordo de cooperação objeto do presente Convênio no âmbito dos profissionais de engenharia e arquitetura envolvidos.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

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2. Fornecer gratuitamente as guias de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica). às entidades convenentes.

3. Conceder redução da taxa de ARTs (Taxa Especial de ART).

4. Manter cadastro específico respectivo, para efeito de controle das atividades profissionais dos colaboradores, no máximo “x” obras, área máxima de “x” metros quadrados vinculados às Entidades Convenentes.

5. Do cadastro específico acima aludido o CREA emitirá relações periódicas das ARTs e as fornecerá aos Convenentes, sem qualquer ônus.

CLÁUSULA QUINTA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DA ASENART

Compete à ASENART:

1. Definir em conjunto com o DNER ou seu preposto as características dos gabaritos de um conjunto de projetos a serem elaborados para seleção das famílias reassentadas ou relocadas.

2. Apresentar os projetos construtivos padrão, ou seja, gabaritos que possam integrar um “conjunto de modelos de residências” a serem colocados a disposição das famílias beneficiadas.

3. Orientar as famílias para a escolha mais adequada do projeto, elaborando termo de adesão e concordância com a execução do mesmo.

4. Orientar os proprietários sobre questões técnicas e legais pertinentes às obras durante a fase de construção.

5. Acompanhar a necessária demarcação do projeto no que se refere a sua localização no terreno.

6. Acompanhar e orientar a realização das obras do projeto em campo.

7. Orientar individual ou coletivamente as famílias beneficiadas em relação à técnicas de conservação e manutenção das residências e outras edificações.

8. Prestar atendimento e orientações necessárias ao esclarecimento de dúvidas aos interessados e aos profissionais colaboradores, para o correto encaminhamento dos procedimentos administrativos perante o CREA-RS e as Prefeituras Municipais participantes deste Convênio.

9. Designar os profissionais e distribuir as tarefas pertinentes ao cumprimento do presente Convênio entre os engenheiros e arquitetos associados da ASENART.

CLÁUSULA SEXTA - DAS ATRIBUIÇÕES DA AMLINORTE

Compete à AMLINORTE:

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

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1. Coordenar a participação dos Municípios nas tarefas, ações e responsabilidades inerentes ao presente Convênio.

2. Analisar, discutir e consensuar entre os parceiros do presente Convênio, especialmente com a participação das Prefeituras Municipais, os assuntos pertinentes ao Programa de Desapropriação e Subprograma de Reconstrução de Moradias das Famílias de Baixa Renda

3. Elaborar relatório mensal das suas ações referentes aos serviços de assistência social e jurídica realizados em benefício do reassentamento e relocação de famílias, a ser encaminhado ao DNER até o quinto dia útil do mês subseqüente.

CLÁUSULA SÉTIMA – DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS

Compete às Prefeituras Municipais:

1. Agilizar a concessão de alvarás e laudos de vistoria de conclusão de obras.

2. Emitir o documento de concessão do habite-se.

3. Fazer averbação da moradia junto ao Cartório de Registro Civil quando for o caso.

4. Encaminhar, após vistoriados pelo DNER, os processos para serem analisados, registrados e executados pela ASSOCIAÇÃO e pelo CREA.

5. Manter em seu quadro de funcionários, profissional para responder pela aprovação de projetos, desde que devidamente habilitado perante o CREA.

6. Dar prioridade no andamento e deferimento de pedidos de emissão de alvará para as famílias a serem beneficiadas.

7. Emitir, mediante apresentação da cópia da ART devidamente registrada no CREA-RS, o Alvará de Construção, assinalando tratar-se de edificação decorrente das obras de duplicação da rodovia BR-101 amparada pelo presente Convênio de cooperação, sem prejuízo de constar o nome do Autor do Projeto e, quando for o caso, do profissional designado à orientação e ao acompanhamento da construção.

8. Fazer constar, mesmo no caso de projeto padrão, o número da respectiva ART, considerando que sua repetição será delimitada mediante termo firmado entre o profissional e a PREFEITURA ou a ASSOCIAÇÃO a que o mesmo pertencer.

9. Fazer a terraplenagem do terreno no local da nova moradia e do acesso ao mesmo, nos casos indicados pelo DNER e ASENART.

CLÁUSULA OITAVA – DO VALOR, EMPENHO E DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

O valor do presente Convênio é de R$ 209.720,00 (duzentos e nove mil, setecentos e vinte reais). As despesas correspondentes correrão por conta da dotação do Orçamento do

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

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DNER/2001, Dotação Orçamentária n° __________, conforme Nota de Empenho n° _____________, no valor de R$ __________(.x.x.x.x.x.x.x), emitida pelo Serviço Financeiro do _____ DRF – Distrito Rodoviário Federal do DNER.

CLÁUSULA NONA – DA REMUNERAÇÃO

A título de remuneração pelo cumprimento das ações e responsabilidades, como agentes promotores a ASENART receberá R$ 145.640,00 (cento e quarenta e cinco mil, seiscentos e quarenta reais), a AMLINORTE receberá R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais), e as Prefeituras Municipais receberão R$ 59.880,00 (cinqüenta e nove mil, oitocentos e oitenta reais), quantias essas a serem repassadas conforme consta de cláusula específica.

CLÁUSULA DÉCIMA – DO REPASSE DE VALORES

O DNER adiantará o repasse dos recursos financeiros ao CREA-RS, à ASENART, à AMLINORTE e a cada uma das Prefeituras Municipais integrantes do Convênio, depositando em conta corrente bancária aberta para este fim específico, o montante orçado em quatro parcelas previamente estabelecidas como segue:

INSTITUIÇÃO - VALORES EM R$

PREFEITURAS MUNICIPAIS

PA

RC

EL

A

ASE

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AM

LIN

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Tor

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Dom

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Ter

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Maq

uiné

Osó

rio

Tot

al

Primeira

Segunda

Terceira

Quarta

Total

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DA DIVULGAÇÃO

Toda e qualquer publicidade ou divulgação quanto aos objetivos do presente instrumento deverão referir, expressa e obrigatoriamente a cooperação das partes signatárias.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA VIGÊNCIA

O presente Convênio terá a vigência de 13 (treze) meses, a partir da data da ordem de início, podendo ser prorrogado por igual período, de comum acordo entre as partes.

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Desapropriação Anexo VI-b – Minuta do Convênio de Assistência Técnica (RS)

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CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

A ASENART, a AMLINORTE e as Prefeituras Municipais, independente da prestação de contas que, por lei ou regulamento, devem prestar aos órgãos ou autoridades competentes da União e/o do Estado, prestarão contas ao DNER da aplicação dos recursos recebidos em razão do presente Convênio.

Para acompanhamento e controle de fluxo dos recursos financeiros e das suas aplicações, a ASENART, a AMLINORTE e as Prefeituras Municipais apresentarão ao DNER, mensalmente, relatório de andamento e, quando concluído o reassentamento e/ou relocação das famílias afetadas, deverá apresentar um relatório final. Esses relatórios se farão acompanhar de demonstrativos físicos e financeiros, sem prejuízo da fiscalização indispensável sobre a execução local dos trabalhos.

Na eventualidade de rescisão do presente Convênio, a ASENART, a AMLINORTE e as Prefeituras Municipais se obrigam a prestar contas ao DNER, dentro do prazo da notificação prevista na cláusula décima quarta do Convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DAS ALTERAÇÕES

As modificações aos termos deste Convênio, caso necessárias, serão objeto de Termo Aditivo, devidamente assinado pelas partes.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DA RESCISÃO

O presente Convênio poderá ser rescindido por consenso entre as partes, assim como unilateralmente, mediante a manifestação prévia e expressa da(s) parte(s), com 60 (sessenta) dias de antecedência à(s) outra(s).

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DA EFICÁCIA

O presente instrumento, assim como as suas eventuais alterações ou aditamentos terão sua eficácia condicionada à publicação da respectiva súmula no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - DO FORO

As dúvidas resultantes da interpretação de qualquer cláusula do presente Convênio quando não resolvidas administrativamente serão dirimidas no Foro de Porto Alegre/RS

E, por assim estarem justos e conveniados, os integrantes deste documento inicialmente nominados, assinam o presente Convênio em 12 (doze) vias de igual teor e forma, na presença de 2 (duas) testemunhas que assistiram ao ato.

Localidade __________________________, data __________

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

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Diretor do DNER Presidente do CREA-RS

Procurador do DNER Presidente da ASENART

Procurador da AMLINORTE

Prefeito Municipal de ___________________________ (de todas as Prefeituras envolvidas)

Testemunhas:

____________________________________________ _______________________________________