ALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA NORTE S.A.licenciamento.ibama.gov.br/Processo PNMA/EIA's CGTMO/COTRA/PBA... · Cargo: Gerente de licenciamento e conformidade ambiental Fone/Fax:

ALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA NORTE S.A.

SEGMENTO III E TERMINAL DE RONDONÓPOLIS

ITIQUIRA/RONDONÓPOLIS – MT

PROGRAMA DE MONITORAMENTO E MITIGAÇÃO DOS

ATROPELAMENTOS DA FAUNA

Outubro/2011

América Latina Logística Malha Norte S.A. Programa de monitoramento e mitigação dos

atropelamentos da fauna

Revisão: 01

Data: Outubro/2011 Programa de monitoramento e mitigação dos atropelamentos da fauna

Aprovação:

2

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 4

LISTA DE TABELAS 5

INTRODUÇÃO 6

1. IDENTIFICAÇÃO 8

1.1. EMPREENDEDOR 8

2. OBJETIVOS 9

2.1. OBJETIVO GERAL 9

2.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 9

3. REQUISITOS LEGAIS 10

3.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL 10

3.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL 11

3.3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 11

4. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS 12

5. METODOLOGIA 14

5.1. PREDEFINIÇÃO DE ÁREAS SENSÍVEIS 14

5.2. EQUIPE TÉCNICA 16

5.3. RECURSOS 17

5.4. LEVANTAMENTO DE CAMPO 19

5.4.1. DADOS A SEREM OBSERVADOS 19

5.4.2. FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM 23

5.4.3. RELATÓRIOS 23

5.5. ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS 24

5.6. INDICADORES AMBIENTAIS 27

5.7. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS 27

5.8. ALERTAS AMBIENTAIS 28

5.9. FLUXOGRAMA DAS INFORMAÇÕES 31

6. CRONOGRAMA 32

7. RESPONSABILIDADES 33

8. REFERÊNCIAS 34

9. ANEXOS 35

I. ART E CTF 36



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3

II. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS FAUNODUTOS 39



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4

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS PASSAGENS DE FAUNA. ............................................. 15

FIGURA 2 – FICHA DE REGISTRO DO PROGRAMA. ............................................................... 22

FIGURA 3 – MODELO DE DOCUMENTO REFERENTE AOS ALERTAS AMBIENTAIS. .............................. 29



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Aprovação:

5

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – INTER-RELAÇÃO COM OS PROGRAMAS DO PBA.................................................... 12

TABELA 2 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA. ...................................................... 32



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6

INTRODUÇÃO

O programa de monitoramento e de mitigação dos atropelamentos da

fauna apresenta-se como parte integrante da gestão ambiental da Malha

Norte – segmento III (Itiquira- Rondonópolis) e do terminal ferroviário de

Rondonópolis. Elaborado em atendimento as recomendações e medidas

mitigadoras apresentadas no Estudo de Impacto Ambiental do

empreendimento, e condicionantes do licenciamento ambiental realizado

pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA).

O estabelecimento de empreendimento linear em áreas naturais e/ou

agrícolas representa impacto significativo não só a paisagem, em função

das modificações no terreno como para a fauna associada à ambientes

naturais remanescentes. Após o estabelecimento de uma ferrovia ou

rodovia, a sua operação conflita com o ecossistema através do risco

constante de atropelamento de animais.

A mortandade de vertebrados em função de atropelamentos tem sido

objeto de estudo no Brasil (VIEIRA, 1996; PRADA, 2004; LIMA & OBARA,

2004; ROSA & MAUHS, 2004; CHEREM et al., 2007) e em vários países.

A presença da ferrovia provoca um efeito de barreira, impedindo

migrações diárias ou sazonais (MADER 1984; FAHRIG & MERRIAM 1994).

Como resultado, as populações são obrigadas a cruzar uma ou mais vias

durante seus deslocamentos, com os conseqüentes riscos de

atropelamento durante a operação ferroviária. A mortalidade por

atropelamento pode ser altamente impactante para populações naturais,

principalmente para espécies que ocorrem em baixas densidades e as que



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7

possuem área de vida relativamente grande e taxas reprodutivas baixas

como as de carnívoros (KNICK, 1990).

Considerando o transporte ferroviário de cargas a oferta de alimento

permite a aproximação de animais junto à linha férrea aumentando o

risco. Foi constatado que os próprios animais mortos por atropelamento

representam atrativo às espécies necrófagas, que se alimentam

basicamente de carniça, tornando-se por sua vez potenciais vitimas.

Embora seja um impacto que possa ser remediado mediante a instalação

de estruturas de transposição que facilitem de forma segura a travessia

ou impeçam a passagem da fauna pela ferrovia, não há garantias de que

atropelamentos não ocorram, portanto, o impacto, sobre este ponto de

vista é irreversível e com probabilidades de ocorrer durante toda a vida

útil do empreendimento. Da mesma forma, embora as ações impactantes

ocorram na área diretamente afetada pela ferrovia, seus efeitos afetarão

as populações das espécies atropeladas como um todo.



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8

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. Empreendedor

Razão Social: ALL - América Latina Logística Malha Norte S.A.

CNPJ: 24.962.466/0001-36

Atividade: Transporte ferroviário de cargas

Endereço: Rua Historiador Rubens Mendonça, 2.000 – Bosque

Saúde – Cuiabá/MT CEP: 78050000

Número CTF IBAMA: 748720

Representante legal/CPF: Sildomar Tavares Arruda/105.461.546-20

Cargo: Supervisor de Projetos de Infraestrutura

Fone/Fax: (0**41) 2141-7318

Endereço: Rua Emilio Bertolini, 100 - Curitiba-Pr

E-mail: [email protected]

Contato/CPF: Renata Twardowsky Ramalho Bonikowski /

006.993.609-94

Cargo: Gerente de licenciamento e conformidade ambiental

Fone/Fax: (0**41) 2141-3654

Celular: (0**41) 9602-5733

E-mail: [email protected]



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Aprovação:

9

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

O presente programa tem o objetivo principal de contribuir para a redução

das ocorrências de mortalidade de espécies da fauna silvestre, doméstica

e de criação a partir do monitoramento das passagens de fauna, dos

registros de atropelamento quando da operação da linha férrea do

segmento III e a implantação de medidas técnicas construtivas que

busquem a minimização deste impacto.

2.1.1. Objetivos específicos

• Identificar as espécies de fauna atropeladas na região e suas

freqüências;

• Determinar pontos críticos de atropelamentos, correlacionando os

mesmos com a existência de ambientes naturais remanescentes

(fragmentos de mata) e rios nas proximidades; e com a presença ou

ausência de faunodutos.

• Identificar as espécies que utilizam as passagens de fauna

instaladas, quantificando a riqueza e a frequência de uso dos

faunodutos para cada espécie;

• Determinar as variações no uso das passagens de fauna em função

da sazonalidade (estação seca/chuvosa) e do período de safra e

entre-safra;

• Relacionar a utilização dos faunodutos com o índice de

atropelamento das espécies na faixa de domínio da ferrovia;

• Avaliar a eficiência dos faunodutos (estrutura, dimensões e

localização) para o deslocamento da fauna.



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3. REQUISITOS LEGAIS

A seguir apresentam-se os atos legais direcionados ao tema deste

programa.

3.1. Legislação federal

Lei Federal nº5.197/1967 – Dispõe sobre a proteção à fauna e dá

outras providências.

Instrução Normativa MMA nº 03/2003 – Reconhece as espécies da

fauna brasileira ameaçadas de extinção.

Instrução Normativa nº 146/2007 – Estabelece critérios para

procedimentos relativos ao manejo de fauna silvestre (levantamento,

monitoramento, salvamento, resgate e destinação) em áreas de influência

de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente

causadoras de impactos à fauna sujeitas ao licenciamento ambiental.

Portaria Normativa n° 010/2009 – Dispõe sobre restrições relativas à

aplicação da Instrução Normativa IBAMA n° 146, de janeiro de 2007, que

estabelece procedimentos para o manejo de fauna silvestre relativos a

processos de licenciamento ambiental.

Decreto Nº 97.633/1989 - Dispõe sobre o Conselho Nacional de

Proteção à Fauna - CNPF.



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Portaria ICMBIO Nº 89/2010 - Aprova o Plano de Ação Nacional do

Morceguinho-do-cerrado, ameaçado de extinção, estabelecendo seu

objetivo, metas, coordenação e supervisão.

Portaria ICMBIO Nº 97/2010 - Aprova o Plano de Ação Nacional para a

Conservação dos Cervídeos Brasileiros, com ênfase nas espécies

ameaçadas de extinção, estabelecendo seu objetivo, metas, prazo,

abrangência e formas de implementação e supervisão.

Resolução Nº 009/1996 - Estabelece corredor de vegetação área de

trânsito a fauna.

3.2. Legislação estadual

Lei complementar nº 38/1995 - Dispõe sobre o Código Estadual do

Meio Ambiente.

3.3. Legislação municipal

Rondonópolis

Lei complementar nº 012/2002 - institui o Código Ambiental do

Município de Rondonópolis - MT e dá outras providências.



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4. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Tabela 1 – Inter-relação com os programas do PBA.

Programas Inter-relações

Programa de gestão e supervisão ambiental

Troca de informações do monitoramento dos atropelamentos da fauna subsidiando a gestão ambiental do empreendimento

Plano ambiental de construção – subprograma de monitoramento de impactos ambientais nas obras

Relação entre habitats utilizados pela fauna e os possíveis impactos gerados

pela obra

Plano ambiental de construção – subprograma de gerenciamento de

resíduos sólidos e produtos perigosos ao meio ambiente

Relação entre habitats relevantes para a fauna e a ações previstas no correto gerenciamento de resíduos perigosos como forma de prevenção de impactos.

Fluxo de informações quanto aos impactos gerados pela disposição

incorreta de resíduos com prejuízo a funcionalidade das passagens de fauna

Plano ambiental de construção – subprograma de monitoramento e

controle de efluentes

Relação entre habitats relevantes para a fauna e a ações previstas no correto

gerenciamento de efluentes como forma de prevenção de impactos sobre tais

áreas.

Plano ambiental de construção – subprograma de monitoramento e controle de processos erosivos

Troca de informações quanto à necessidade de controle de processos

erosivos que podem afetar a funcionalidade de passagens de fauna.

Plano ambiental de construção – subprograma de controle e minimização

da supressão de vegetação

Subsidiar ações direcionadas a minimização de supressão de vegetação prevendo o impacto sobre os habitats da fauna local. A perda de habitats favorece o deslocamento de espécies afetadas

aumentando a suscetibilidade a atropelamentos na fase de obras.

Plano ambiental de construção – subprograma de capacitação de

trabalhadores

Relação com o treinamento pessoal dos trabalhadores quanto às questões

ambientais

Programa de monitoramento de flora e áreas úmidas

As áreas previstas em monitoramento da flora e áreas úmidas constituem

importantes habitats para a fauna local podendo esclarecer informações acerca da composição da fauna e sua distribuição no

espaço.



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Programas Inter-relações

Plano de recuperação de áreas degradadas e passivos ambientais

A seleção de áreas para recuperação possui relação com as informações de

habitats chave para a fauna local. A troca de informações acerca da recuperação destas áreas subsidiará a análise da

funcionalidade da paisagem para uso da fauna silvestre

Programa de recuperação e enriquecimento florestal de matas ciliares

A seleção de áreas para recuperação possui relação com as informações de habitats chave para a fauna local

Programa de plantio compensatório de áreas de preservação permanente

As ações previstas para compensação em apps favorecem a funcionalidade de

corredores ecológicos para a fauna local, reduzindo a necessidade de transposição da ferrovia pela fauna para acesso a ambientes naturais preservados.

Programa de monitoramento da fauna – subprograma de salvamento de fauna

Os programas apresentam resultados importantes para confronto com as informações acerca das espécies

vitimadas por atropelamentos e a sua distribuição na região

Programa de educação ambiental A conscientização dos colaboradores

prevê a necessidade de preservação dos ecossistemas e fauna associada

Programa de comunicação social e relação interinstitucional

As ações previstas no programa de monitoramento dos atropelamentos da

fauna devem ser comunicadas a população interessada conforme as ações previstas no programa de comunicação

social

Programa de apoio aos serviços de saúde Informações referentes à fauna de interesse médico e epidemiológico

Programa de saúde e segurança no trabalho

Informações referentes à fauna de interesse médico e epidemiológico

Programa de gerenciamento de riscos ambientais e plano de ação de

emergência

As ações previstas no programa de gerenciamento de riscos e plano de ação de emergência prevêem a mitigação de impactos aos ambientes naturais e

habitats para a fauna



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14

5. METODOLOGIA

Tratando-se de ferrovia com implantação e operação futuras as

informações de utilidade para o programa de monitoramento dos

atropelamentos da fauna restringem-se inicialmente aos dados previstos

no projeto executivo construtivo. O projeto apresenta identificação dos

locais destinados à implantação dos mecanismos facilitadores da

transposição da ferrovia pela fauna local, além das informações

disponíveis no levantamento da fauna componente do estudo de impacto

ambiental. O diagnóstico da composição faunística da área de influência

do segmento III da ferrovia possibilita identificar espécies mais suscetíveis

a atropelamento pela sua área de distribuição/ocorrência e forma de uso

do espaço. Outra fonte relevante de análise a ser considerada quando da

condução do presente programa é o estudo paisagístico com a indicação

de fragmentos prioritários e corredores ecológicos que facilitam a

compreensão do comportamento de deslocamento das espécies e quais

áreas remanescentes possuem maior funcionalidade para a biota.

5.1. Predefinição de áreas sensíveis

Inicialmente a partir de informações construtivas do traçado da ferrovia e

análise do mapeamento de localização de passagens de fauna, serão

avaliadas as áreas preferenciais e com maior potencial para transposição

da ferrovia pela fauna. Sabe-se que os locais que receberam estes

mecanismos facilitadores estão relacionados às áreas úmidas, matas

ciliares e fragmentos florestais.



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15

Figura 1 – Mapa de localização das passagens de fauna.



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16

Como é possível observar a implantação de faunodutos apresenta relação

com locais com ambiente natural em ambos os lados da ferrovia,

permitindo a sua eficácia como mecanismo facilitador da transposição

segura da fauna, considerando que a fauna associada ao interior do

ambiente florestado é justamente aquela com menor propensão a

transpor áreas abertas e a menos adaptada a orientar-se fora da sombra

protetora dos remanescentes. A definição de áreas sensíveis, inicialmente,

será baseada nos locais com presença dos faunodutos, mas

principalmente nos resultados obtidos para o estudo de análise de

paisagem, conduzido no Estudo de Impacto Ambiental do segmento III.

Tal estudo apresentou resultados relevantes acerca da conservação de

fragmentos florestais e corredores, principalmente considerando o efeito

de borda que altera as condições abióticas e consequentemente reduz a

funcionalidade destes locais tanto como habitat para a fauna como para

simples rota de deslocamento e migrações diárias.

A proximidade de corpos hídricos também se caracteriza como local

relevante por constituir ponto de dessedentação de animais.

5.2. Equipe técnica

Para acompanhamento executivo deste programa o empreendedor

designará colaborador com conhecimento na área ambiental, mais

especificamente fauna e ecologia (biólogo) com a função de coordenação

das ações aqui previstas e equipe para realização dos levantamentos de

campo, composta por biólogos ou acadêmicos do curso de biologia.

No período prévio a execução do primeiro levantamento em campo,

necessariamente será conduzido plano de treinamento e capacitação dos



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17

colaboradores participantes do levantamento de campo, quanto à forma

de preenchimento de planilha de registros, formas de identificação de

espécies encontradas mortas, locais específicos passíveis de registros

considerando não só a linha férrea mas toda a plataforma e pés de aterro,

a identificação de espécies por meio de evidências como ossadas e

carcaças, além do manuseio correto de GPS de mão para tomada de

coordenadas. Esclarecer a necessidade de correto preenchimento da

planilha de registros.

A composição da equipe responsável pelo monitoramento e mitigação dos

atropelamentos da fauna será a seguinte:

• 1 coordenador com formação em biologia, responsável pela gestão

da equipe, tratamento dos dados, elaboração dos relatórios e

estabelecendo canal de informação com a coordenação do PGSA.

• 2 assistentes de campo, com formação em biologia ou concluindo a

graduação, responsáveis por percorrer toda a extensão do trecho

ferroviário coletando registros de animais mortos, avaliando a

funcionalidade dos mecanismos de transposição (faunodutos) e

registrando informações acerca da condição da paisagem do

entorno.

5.3. Recursos

A equipe encarregada de executar os levantamentos do registro de

animais mortos sobre a plataforma ferroviária contará com estrutura de

locomoção para facilitar a amostragem por toda a extensão do segmento

III além de equipamentos para auxilio nos registros em campo. Para



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deslocamento sobre a linha será utilizado auto-de-linha disponibilizado

pelo empreendedor com capacidade para todos os membros da equipe.

Deve ser dada a preferência para os autos-de-linha que permitem a

melhor visibilidade de dentro da cabine facilitando a tomada de

informações bem como garantir a segurança de todos os profissionais

envolvidos. Caso não possa ser disponibilizado auto-de-linha por motivos

operacionais, poderá ser utilizada moto para deslocamento sobre a

plataforma imediatamente ao lado da linha férrea. Ambos as opções são

meios de transporte que permitem o acesso a todo o eixo da linha, em

baixa velocidade, favorecendo o encontro de espécimes atropelados, bem

como a observação dos taludes e pés de aterros, considerando que devido

a colisão as espécimes podem ser arremessadas a distâncias maiores,

além de observação direta dos animais ao longo da ferrovia

(avistamentos).

Dentre os equipamentos importantes para a coleta de informações

destaca-se o GPS de mão, para tomada do posicionamento espacial dos

registros de animais e vestígios, câmera digital, prancheta para melhor

preenchimento das informações na ficha de campo, e equipamentos de

proteção individual devidamente aprovados pelo Ministério do Trabalho,

como capacete, óculos de proteção, protetor auricular, bota com proteção

de aço e perneira. Os EPI´s constituem uma exigência da concessionária

responsável pela operação do trecho estando qualquer empresa

prestadora de serviço sujeita a multa em caso de não utilização.



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5.4. Levantamento de campo

5.4.1. Dados a serem observados

Quando do inicio dos levantamentos de campo as seguintes informações

constarão na ficha de registro de animais encontrados mortos na

plataforma ferroviária do ramal Rondonópolis - segmento III:

• Data do registro;

• Quilômetro;

• Coordenadas, utilizando de preferência o sistema UTM datum

horizontal SAD 69, zona 21 K;

• A identificação da espécie, com nome vulgar e científico;

• Tipo de vestígio (Ossada, carcaça, carapaça);

• Sexo (quando possível);

• Tamanho do animal;

• Informação sobre a tipologia vegetacional do entorno próximo ao

registro, incluindo informações sobre o grau de conservação da

mesma;

• O registro fotográfico (nº da foto), com a tomada a partir de vários

ângulos, fotos da estrutura corpórea da espécie (patas dianteiras e

traseiras) para facilitar a identificação posterior;

É de suma importância que sejam sincronizados o horário da câmera

fotográfica e do GPS antes do inicio de cada levantamento no trecho, pois

posteriormente as imagens podem ser trabalhadas em plataforma Google

Earth, a partir do seu georreferenciamento e utilização do software

GPsync.

O levantamento percorrendo o trecho será iniciado logo nas primeiras

horas da manhã para que seja observado o maior número possível de



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carcaças de animais vitimados no crepúsculo e aurora imediatamente

anteriores antes que estes sejam destruídos pelo tráfego. Importante a

manutenção da velocidade máxima de 20 km/h para garantir que não

haja perda de informação coletada e que sejam facilitadas as eventuais

paradas para identificação e registro de animais e vestígios. Sempre que

houver visualização de indício de animal morto na plataforma ferroviária o

deslocamento será interrompido para que a equipe avalie a situação. Caso

seja confirmado o indício de animal morto serão anotadas as informações

supracitadas (data, km, tipo de vestígio, coordenada, sexo dados de

biometria, se possível, tipologia vegetacional predominante no entorno

considerando uma faixa de 500 m para ambos os lados além da descrição

do porte da vegetação limítrofe a linha férrea a partir da seguinte

classificação:

• Solo exposto/vegetação herbácea: Inclui qualquer vegetação até um

palmo de altura;

• Vegetação herbáceo-arbustiva: Inclui a vegetação com estrato de

até 1 m de altura;

• Vegetação arbustivo-arbórea: vegetação com estrato superior a 1 m

de altura.

Caso não seja possível a pronta identificação das espécies, os registros

fotográficos permitem a posterior identificação com auxilio de literatura

especializada.

Para análise da funcionalidade das passagens de fauna implantadas

sugere-se a instalação de câmeras fotográficas, sendo uma em cada

passagem. Considerando o seu maior custo, à instalação de câmeras pode

inviabilizar o monitoramento fotográfico, porém o resultado é abrangente



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para todos os grupos da fauna que se utilizam destes mecanismos. O solo

arenoso da região facilita a percepção de registro das pegadas nas

proximidades do faunoduto, tornando-se um método eficiente no

levantamento de mamíferos principalmente na estação chuvosa pelo fato

do solo permanecer umedecido por longo período facilitando o registro da

pegada. A percepção deste tipo de registro nas proximidades do

faunoduto enriquece os dados acerca do comportamento das espécies.

A identificação dos registros de pegadas será efetuada com o auxílio do

guias de campo (BECKER & DALPONTE, 1991).



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Ficha de registros

Programa de monitoramento de mitigação

de atropelamentos da fauna

Data:

_________________

Inspetores:

Coordenadas UTM

Hora Fotos E N Nome científico Nome vulgar

Sexo Tamanho do animal Vestígio Ambiente Vegetação km

Coordenadas UTM



Coordenadas UTM



Figura 2 – Ficha de registro do programa.



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5.4.2. Freqüência de amostragem

Obrigatoriamente e para se ter o conhecimento adequado acerca das

ocorrências de atropelamento com morte de animais silvestres, como

proposição de medidas mitigadoras, serão efetuadas campanhas

bimestrais, ao longo da aplicação do programa, como forma de subsidiar a

proposição de medidas de mitigação. A adoção de freqüência de

amostragem bimestral contempla de forma concreta o fator sazonalidade

e o período de safra e entre-safra.

Considerando o tráfego de composições no trecho, o período de safra com

aumento significativo do transporte de grãos, representa em aumento da

oferta de alimento sobre a plataforma ferroviário uma vez que a matéria

orgânica constitui atrativo a fauna local em função do odor gerado após

período em decomposição.

Quanto à sazonalidade o bioma Cerrado apresenta esta característica de

forma evidente, com conseqüência na diversidade da fauna. Sabe-se que

a freqüência de ocorrência de diversas espécies de aves e mamíferos no

cerrado é variável entre as estações. Os répteis, por sua vez, tendem a se

deslocar menos durante o período seco quando comparado à época das

chuvas, fato que pode representar redução de casos de mortalidade por

atropelamento para este grupo.

5.4.3. Relatórios

Será elaborado relatório parcial após a realização de cada campanha de

levantamento e posteriormente após seis meses, será elaborado relatório

consolidado.



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5.5. Análise e tratamento de dados

Os dados obtidos em campo e preenchidos na ficha de registros integrarão

um banco de dados em plataforma Excel conforme o andamento das

campanhas. Estes dados permitirão a elaboração dos relatórios de cada

campanha e posteriormente os relatórios consolidados comparativos.

A análise estatística dos dados permitirá a obtenção das variáveis de

freqüência de ocorrência (FO), que representa a razão entre o número de

registros de determinada espécie e o número total de registros efetuados

durante o levantamento de campo. Será estimada a densidade

populacional das espécies mais comumente registradas, através do

método de transecção linear, mediante a utilização da seguinte fórmula:

D= N/(2 x ESW x L)

Sendo:

D = Densidade;

N = nº de animais avistados

ESW = largura efetiva da área amostral;

L = km total percorrido

A largura efetiva da área amostral deve ser a medida da faixa de domínio.

Considerando o caráter comparativo ao longo das campanhas de

monitoramento com os dados de freqüência e densidade será possível

determinar a situação de ocorrência por espécie amostrada.



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As informações relacionadas ao ambiente do entorno próximo, através do

detalhamento da tipologia vegetacional, permitirão relacionar corredores

de passagem da fauna e determinar o comportamento de determinadas

espécies no uso do espaço. Os dados referentes à qualidade da paisagem

da AID do segmento III complementam as informações observadas em

campo quanto à conservação dos corredores ecológicos ou fragmentos

transpostos pela ferrovia e utilizados pelas espécies da fauna silvestre,

que tem suas populações afetadas pelos atropelamentos. O ambiente do

entorno ganha caráter importante neste tipo de análise uma vez que

alguns estudos indicam diferenças nas taxas de mortalidade por

atropelamento, relacionadas à altura da vegetação limítrofe ao

empreendimento linear.

Os relatórios das campanhas terão caráter interpretativo, a partir dos

resultados obtidos dos ambientes ecologicamente relevantes.

Para os relatórios consolidados, o fator sazonalidade, característico do

bioma Cerrado, será parte integrante da análise comparativa, utilizando-

se inclusive de gráficos para facilitar a compreensão.

Os relatórios apresentarão registros fotográficos, com indicação da

coordenada e data, além da própria identificação da espécie.

O posicionamento espacial dos registros de animais mortos sobre à

plataforma ferroviária será analisado junto à distribuição e localização dos

faunodutos implantados. Tal avaliação permitirá a percepção da

efetividade ou não destes mecanismos, em locais previamente

selecionados, bem como indicar novos pontos em que se julga necessária



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a implantação de mecanismo de direcionamento (cercas) aos faunodutos

para facilitar a transposição segura das espécies da fauna.

A partir do georreferenciamento dos registros de animais mortos ao final

de cada campanha os dados serão descarregados em plataforma GPS

trackmacker, para a geração de arquivos com extensão .gpx (GPS

Exchange), .kml (Google Earth), .gtm (trackmacker). Estes arquivos

posteriormente serão transformados em shapes para elaboração de

mapas de registro de atropelamento, comparativos entre as campanhas, a

partir da sobreposição dos dados. Preferencialmente para montagem dos

mapas será utilizado imageamento de satélite, pois a percepção dos

fragmentos e corredores ecológicos do entorno ou diretamente afetados é

relevante para o monitoramento e mitigação dos atropelamentos,

considerando o uso do habitat pelas espécies com ocorrência na região.

A situação de amostragem bimestral não exclui um fato relevante que

prejudica a veracidade dos dados obtidos nos levantamentos.

Considerando o período curto entre as campanhas, um registro de animal,

ossada e carcaça obtido para um determinado local na primeira campanha

poderá estar presente no mesmo local caso não haja remoção ou o

próprio consumo por animais necrófagos. Neste caso quando ocorrer

coincidência na coordenada e obviamente comprovada à similaridade do

registro (características morfológicas que permitam a identificação da

espécie como a mesma previamente registrada) exclui-se este registro

para a campanha atual, mantendo-o na base de dados do levantamento

prévio.



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5.6. Indicadores ambientais

A utilização de indicadores durante o andamento das campanhas de

monitoramento permite avaliar as flutuações no número de registros de

fauna silvestre, doméstica e de criação, bem como perceber a eficácia ou

não dos mecanismos facilitadores da transposição e propor medidas

mitigadoras.

Sendo assim os indicadores devem expressar em números a situação que

melhor reflete a realidade do trecho segmento III da malha norte, quanto

à mortalidade de animais em decorrência dos atropelamentos. Entende-se

que os parâmetros mais adequados para observação da real variação

destes eventos sejam a freqüência de ocorrência e densidade. A análise

será efetuada por espécie, possibilitando a variação do decréscimo ou

acréscimo no número de registro, considerando a campanha em épocas

distintas, para atendimento do fator sazonalidade (seca / úmida). A

avaliação por período de safra e entre-safra apresenta um cenário sobre

como a disponibilidade de grãos depositados na plataforma incide sobre os

casos de atropelamento com mortalidade de animais silvestres,

domésticos e de criação e quais espécies são mais afetadas pela

disponibilidade destes grãos.

5.7. Proposição de medidas

Após a avaliação de no mínimo quatro campanhas em períodos distintos já

será possível observar a tendência no deslocamento das espécies na

tentativa de transposição da barreira imposta pela ferrovia. Os resultados

obtidos (freqüência de ocorrência e densidade de registro de espécies) e a



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interpretação da tendência de deslocamento preferencial das espécies

permitirão a proposição de medidas mitigadoras dos atropelamentos.

Ao longo da execução do programa é importante que o coordenador

pesquise continuamente, em parceria com o empreendedor, soluções

construtivas tais como a pertinência da instalação de cercas em faixas

anexas aos faunodutos com mecanismo de direcionamento facilitado.

5.8. Alertas ambientais

Durante o andamento das campanhas e a partir dos fatos observados no

trecho o programa de monitoramento e mitigação de atropelamentos da

fauna tem como um dos objetivos específicos mencionados anteriormente

a avaliação da eficácia dos faunodutos implantados ao longo da ferrovia.

Situações observadas em campo como falta de manutenção e limpeza

destes mecanismos, que dificultam ou impossibilitam sua utilização pelos

animais, serão mencionados na ficha de registros para posteriormente

compor banco de dados de não conformidade que deverá ser

encaminhado à concessionária conforme o modelo apresentado a seguir.



Revisão: 01


Aprovação:

29

Figura 3 – Modelo de documento referente aos alertas ambientais.



Revisão: 01


Aprovação:

30

Situações que envolvem a operação do trecho e que potencializam a

ocorrência de eventos como atropelamento e mortalidade de espécies da

fauna silvestre também integrarão o banco de dados de alertas

ambientais.

Composições trafegando no trecho, carregadas de grãos, inevitavelmente

geram perda de carga com conseqüente deposição de matéria orgânica

sobre a linha férrea e plataforma. A não remoção deste material constitui

atrativo à fauna pela oferta e abundância de alimentos, potencializando

acidentes.

Será dada especial atenção a manutenção de vagões graneleiros quanto

às condições de suas escotilhas que devem garantir a menor perda

possível destes materiais com o fechamento adequado.



Revisão: 01


Aprovação:

31

5.9. Fluxograma das informações

Equipe de campo Levantamento

de registros no

trecho

ferroviário

Análise e

tratamento dos

dados

Coordenador

Indicadores

Relatórios

comparativos

Relatório das

campanhas

Alertas ambientais

Coordenador

PGSA

Comunicação

informal



Revisão: 01


Aprovação:

32

6. CRONOGRAMA

Tabela 2 - Cronograma de execução do programa.

Fase de implantação

(meses) Ação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Análise do trecho com localização

dos faunodutos e predefinição de

áreas sensíveis.

X

Definição de coordenador e

equipe de campo X X

Capacitação da equipe de campo

sobre a metodologia de registro

de animais mortos

X X

Levantamento de campo X X X X X X X

Montagem do banco de dados

dos registros de campo X X X X X X

Análise de dados X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Relatórios parciais X X X X X X X

Relatórios consolidados X X X



Revisão: 01


Aprovação:

33

7. RESPONSABILIDADES

Responsabilidade pela elaboração do documento

Razão social: Assessoria Técnica Ambiental Ltda. Nome fantasia: Cia Ambiental CNPJ: 05.688.216/0001-05

Endereço: Rua Marechal José Bernardino Bormann, n° 821, Curitiba/PR CEP: 80.730-350

Telefone/fax: (0**41) 3336-0888 Telefone celular: (0**41) 9243-4831 E-mail: [email protected] Registro do CREA: PR-41043

Responsável técnico pelo documento:

Gustavo Oliveira Borges

Titulação profissional: Biólogo Registro profissional: CRBio 50444-07D Telefone: (41) 3336-0888 Telefone Celular: (41) 9153-4849 E-mail: [email protected]

Gustavo Oliveira Borges



Revisão: 01


Aprovação:

34

8. REFERÊNCIAS

CHEREM, J. J.; Simões-Lopes, P. C.; Althoff, S. L.; Graipel, M. E. 2004.

Lista dos mamíferos do Estado de Santa Catarina, sul do Brasil.

Mastozoología Neotropical, 11 (2): 151-184.

KNICK,S.T. Ecology of bobcats relative to exploitation and prey decline in

southeastern Idaho. Wildlife Monography. Nº 108, p 1-42, 1990.

LIMA, S. F.; Obara, A. T. 2004. Levantamento de animais silvestres

atropelados na BR-277 às margens do Parque Nacional do Iguaçu:

subsídios ao programa multidisciplinar de proteção à fauna.

Disponível em <http:www.pec.uem.br/dcu/Trabalhos/6-

laudas/LIMA%20S%E9rgio %20Ferreira.pdf>. Acesso em 01 de março de

2005

PRADA, C. S. 2004. Atropelamento de vertebrados silvestres em

uma região fragmentada do nordeste do Estado de São Paulo:

quantificação do impacto e análise dos fatores envolvidos. Tese de

Doutorado, Universidade Federal de São Carlos, Brasil, 129pp.

ROSA, A. O.; MAUHS, J. 2004. Atropelamento de animais silvestres na

rodovia RS - 040. Caderno de Pesquisa, Série Biologia, 16 (1): 35-

42.



Revisão: 01


Aprovação:

35

9. ANEXOS

I – Anotação de responsabilidade técnica (ART) e Cadastro técnico federal

IBAMA.

II – Mapa de localização dos faunodutos.

I. ART E CTF

II. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS FAUNODUTOS

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