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ALL – AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA MALHA NORTE S.A.
MALHA NORTE - SEGMENTO III E TERMINAL DE RONDONÓPOLIS
ITIQUIRA/RONDONÓPOLIS – MT
PAC – PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO
Subprograma de monitoramento e controle de efluentes sanitários
e industriais
Outubro/2011
América Latina Logística Malha Norte S.A. PAC – Subprograma de monitoramento de
controle de efluentes
PAC - Subprograma de monitoramento e controle de efluentes
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Data: Outubro/2011
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 7
2. OBJETIVOS 8
2.1. OBJETIVO GERAL 8
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 8
3. REQUISITOS LEGAIS 9
3.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL 9
3.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL 10
3.3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 12
3.3.1. RONDONÓPOLIS 12
3.3.2. ITIQUIRA 12
4. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS 13
5. METODOLOGIA 15
5.1. ACOMPANHAMENTO DO PLANEJAMENTO 15
5.1.1. SOLUÇÕES FIXAS 16
5.1.1.1. Esgoto sanitário 16
5.1.1.1.1. Dimensionamento 18
5.1.1.2. Limpeza de balão de caminhões betoneira 21
5.1.1.3. Lavagem de veículos 26
5.1.1.4. Outros efluentes 28
5.1.2. SOLUÇÕES MÓVEIS 29
5.1.2.1. Esgoto sanitário 29
5.1.2.1.1. Dimensionamento 30
5.2. AVALIAÇÃO DAS ESTRUTURAS 31
5.2.1. ETAPA DE CONSTRUÇÃO/IMPLANTAÇÃO 31
5.2.1.1. Verificação de estanqueidade 32
5.2.2. ETAPA DE USO DAS ESTRUTURAS 33
5.3. MONITORAMENTO 34
5.3.1. PROCEDIMENTOS DE COLETA 36
5.3.1.1. Ficha de coleta 41
5.3.2. TRANSPORTE DAS AMOSTRAS 43
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5.3.3. ANÁLISES LABORATORIAIS 43
5.4. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE SISTEMAS DE TRATAMENTO 44
5.5. PADRÕES DE LANÇAMENTO 46
5.6. GESTÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇO 47
5.7. INDICADORES AMBIENTAIS 48
5.8. RELATÓRIOS 49
5.9. EQUIPE E RECURSOS 50
5.10. FLUXO RESUMIDO DAS INFORMAÇÕES 52
6. CRONOGRAMA 53
7. RESPONSABILIDADES 54
8. REFERÊNCIAS 55
9. ANEXOS 56
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - SEPARADOR DE AGREGADO. .......................................................................... 23
FIGURA 2 - ETIQUETA PARA FRASCOS. ............................................................................ 40
FIGURA 3 - FLUXO DE INFORMAÇÕES NO PAC-SMCE. ......................................................... 52
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - INTER-RELAÇÃO COM OS PROGRAMAS DO PBA. ................................................... 13
TABELA 2 - POSSÍVEIS FAIXAS DE VARIAÇÃO DE COEFICIENTE DE INFILTRAÇÃO. ........................... 20
TABELA 3 – DIMENSIONAMENTO DA QUANTIDADE DE BANHEIROS QUÍMICOS. ............................... 31
TABELA 4 - EXEMPLO DE FICHA DE CONTROLE DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM. ............................. 35
TABELA 5 - CONDIÇÕES DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE ÁGUA. .............................. 39
TABELA 6 - LIMITES DE QUANTIFICAÇÃO MÍNIMOS PARA AS ANÁLISES LABORATORIAIS. ................... 44
TABELA 7 - EFICIÊNCIA ESTIMADA PARA O CONJUNTO FOSSA SÉPTICA E FILTRO BIOLÓGICO. ............. 45
TABELA 8 - PADRÕES DE QUALIDADE PARA REUSO DA ÁGUA. .................................................. 46
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INTRODUÇÃO
O subprograma de monitoramento e controle de efluentes (PAC-SMCE),
integrante do plano ambiental de construção (PAC), apresenta-se no
âmbito da gestão ambiental da ferrovia Malha Norte, segmento III
(Itiquira-Rondonópolis/MT), e do terminal ferroviário de Rondonópolis, em
atendimento às recomendações e medidas mitigadoras apresentadas no
Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento, e condicionantes do
licenciamento ambiental realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Este subprograma, neste contexto, procura estabelecer estratégias para
planejamento, monitoramento e controle de aspectos e impactos
ambientais associados à geração de esgotos e efluentes, considerando que
qualquer atividade que demande concentração de pessoal invariavelmente
apresentará como aspecto ambiental a ser avaliado a geração de esgotos
sanitários, e em determinados casos, outros tipos de efluentes. As
estratégias de gestão deste aspecto para minimizar efeitos negativos ao
meio ambiente e para propiciar condições sanitárias adequadas nas áreas
de trabalho são diversas e bem conhecidas, porém é essencial a definição
de ações preventivas e de controle ambiental, de forma ordenada, e que
sejam efetivamente implantadas e garantam esta condição.
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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Razão Social: ALL - América Latina Logística Malha Norte S.A.
CNPJ: 24.962.466/0001-36
Atividade: Transporte ferroviário de cargas
Endereço: Rua Historiador Rubens Mendonça, 2.000 – Bosque
Saúde – Cuiabá/MT CEP: 78050000
Número CTF IBAMA: 748720
Representante legal/CPF: Sildomar Tavares Arruda/105.461.546-20
Cargo: Gerente de Projetos de Infraestrutura
Fone/Fax: (0**41) 2141-7318
Endereço: Rua Emilio Bertolini, 100 - Curitiba-Pr
E-mail: [email protected]
Contato/CPF: Renata Twardowsky Ramalho Bonikowski /
006.993.609-94
Cargo: Gerente de licenciamento e conformidade ambiental
Fone/Fax: (0**41) 2141-3654
Celular: (0**41) 9602-5733
E-mail: [email protected]
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Minimizar impactos ao meio ambiente decorrentes da geração e
destinação de esgotos e efluentes.
2.2. Objetivos específicos
- Identificar as demandas por coleta e tratamento durante a implantação
das estruturas de apoio e evolução das frentes de obra;
- Colaborar tecnicamente no estabelecimento de soluções relacionadas ao
tratamento e/ou gerenciamento de esgotos e efluentes;
- Estabelecer sistema de monitoramento e controle;
- Realizar o acompanhamento e registro das atividades relacionadas.
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3. REQUISITOS LEGAIS
A seguir apresentam-se atos legais direcionados ao tema deste
subprograma, sem prejuízo à demais legislação ambiental aplicável.
3.1. Legislação federal
Lei Federal nº 9.433/1997 - Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos.
Resolução CONAMA nº 430/2011 - Dispõe sobre as condições e
padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução
no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA.
Resolução CONAMA nº 362/2005 - Dispõe sobre o recolhimento,
coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.
Resolução CONAMA nº 397/2008 - Altera o inciso II do § 4o e a Tabela
X do § 5o, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA no 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.
Resolução CONAMA nº 357/2005 - Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências.
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Resolução CONAMA nº 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
3.2. Legislação estadual
Lei Estadual nº 8.830/2008 - Dispõe sobre a Política Estadual de
Gestão e Proteção à Bacia do Alto Paraguai no Estado de Mato Grosso e dá
outras providências.
Lei Estadual nº 6.945/1997 - Dispõe sobre a Lei de Política Estadual de
Recursos Hídricos, institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, e dá
outras providências.
Lei Estadual Complementar nº 38/1995 - Dispõe sobre o Código
Estadual do Meio Ambiente, e dá outras providências. (com alterações)
Decreto Estadual nº 336/2007 - Regulamenta a outorga de direitos de
uso dos recursos hídricos e adota outras providências.
Resolução CONSEMA nº 27/1996 - Proíbe a instalação de
acampamentos, campings e demais empreendimentos nos barrancos dos
rios e demais áreas de preservação permanente.
Resolução CEHIDRO nº 39/2009 - Altera a Resolução nº 29 de 24 de
Setembro de 2009 que estabelece critérios técnicos referentes à outorga
para diluição de efluentes em corpos de hídricos superficiais de domínio do
Estado de Mato Grosso.
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Resolução CEHIDRO nº 38/2009 – Estabelece critérios técnicos a
serem aplicados nas análises de usos independentes de outorga.
Resolução CEHIDRO nº 29/2009 - Estabelece critérios técnicos
referentes à outorga para diluição de efluentes em corpos de hídricos
superficiais de domínio do Estado de Mato Grosso.
Resolução CEHIDRO nº 27/2009 – Estabelece os critérios técnicos a
serem aplicados nas análises dos pedidos de outorga de captação
superficial, quanto à disponibilidade hídrica, ao uso racional da água e à
garantia de seus usos múltiplos
Resolução CEHIDRO nº 26/2009 – Aprovar o Plano Estadual de
Recursos Hídricos, composto pelo volume “Consolidação dos Estudos
sobre Recursos Hídricos no Estado de Mato Grosso”.
Portaria SEMA nº 12/2010 - Define prioridades para Emissão de
Outorgas de Direito de Uso dos Recursos Hídricos em Corpos Hídricos
Superficiais de domínio do Estado de Mato Grosso.
Portaria SEMA nº 119/2009 - Define os roteiros para solicitação de
outorga de direito de uso da água em corpos hídricos de domínio do
Estado de Mato Grosso.
Instrução Normativa nº 001/2009 - Dispõe sobre os procedimentos a
serem adotados para os processos de outorga de uso de recursos hídricos
de águas de domínio do Estado do Mato Grosso, em pequenas bacias
hidrográficas.
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Instrução Normativa nº 011/2008 - Dispõe sobre os procedimentos a
serem adotados para os processos de outorga de uso de recursos hídricos
de águas de domínio do Estado do Mato Grosso.
3.3. Legislação municipal
3.3.1. Rondonópolis
Lei Municipal Complementar nº 012/2002 - Institui o Código
Ambiental do Município de Rondonópolis - MT e dá outras providências.
Lei Municipal nº 2.122/1994 - Institui o Código de Postura no
Município de Rondonópolis, e dá outras providências.
3.3.2. Itiquira
Lei Municipal n° 535/2005 - Institui o Plano Diretor Ambiental de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório do Aproveitamento
Hidroelétrico de Ponte de Pedra, localizado nos Municípios de Itiquira,
Estado de Mato Grosso e Sonora, Estado de Mato Grosso do Sul, e dá
outras providências.
Lei Municipal nº 240/1991 - Dispõe sobre a instituição do Código de
Posturas do Município de Itiquira – MT, e dá outras providências.
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4. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS
Tabela 1 - Inter-relação com os programas do PBA.
Programas Inter-relações
Programa de gestão e supervisão ambiental
Troca de informações para monitoramento e acompanhamento do programa, e integração com os demais
processos da gestão ambiental do empreendimento.
Plano ambiental de construção – subprograma de monitoramento de
impactos ambientais nas obras
O subprograma de monitoramento de impactos gera relatórios e não-
conformidades para o gestor e os especialistas do subprograma avaliarem e colaborarem na proposição de medidas de
melhoria.
Plano ambiental de construção – subprograma de gerenciamento de
resíduos sólidos e produtos perigosos ao meio ambiente
O desordenamento na destinação e dos resíduos e armazenamento de produtos perigosos podem acarretar na geração
e/ou alteração de efluentes
Plano ambiental de construção – subprograma de monitoramento e
controle de processos erosivos
Estruturas de condução, tratamento e lançamento de efluentes podem iniciar
processos erosivos.
Plano ambiental de construção – subprograma de controle e minimização
da supressão de vegetação
Estruturas de coleta de esgotos, condução, tratamento e lançamento não
devem implicar em supressão de vegetação.
Plano ambiental de construção – subprograma de capacitação de
trabalhadores
A conscientização dos trabalhadores deve envolver tópicos de gestão associadas ao
tema deste programa.
Programa de monitoramento de flora e áreas úmidas
O cruzamento de dados de controle e monitoramento de efluentes com o
monitoramento das áreas úmidas permite caracterizar eventuais modificações decorrentes das obras e subsidia a
tomada de ações corretivas e preventivas.
Plano de recuperação de áreas degradadas e passivos ambientais
As áreas de tratamento e condução de esgotos podem demandar recuperação.
Programa de monitoramento da qualidade da água
O cruzamento de dados de controle e monitoramento de efluentes com o monitoramento das águas permite caracterizar eventuais modificações decorrentes das obras e subsidia a
tomada de ações corretivas e preventivas.
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Programas Inter-relações
Programa de educação ambiental A educação ambiental pode incluir temas associados ao saneamento, uso da água e
temas relacionados.
Programa de comunicação social e relação interinstitucional
Disseminar informações sobre as estratégias de controle dos impactos
relacionados a esgotos e efluentes para viabilizar a participação dos colaboradores
e a sua adesão às ações preventivas e corretivas. O programa de comunicação deve apresentar informações sobre os
programas à sociedade.
Programa de apoio aos serviços de saúde Melhoria das condições sanitárias no trabalho e redução da incidência de
doenças.
Programa de saúde e segurança no trabalho
Contribuição para a redução de vetores de doenças endêmicas e animais que
apresentam risco à saúde.
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5. METODOLOGIA
O controle dos esgotos e efluentes será realizado através das seguintes
ações:
- acompanhamento permanente do planejamento e implantação da infra-
estrutura dos canteiros e frentes de obra;
- avaliação das estruturas de tratamento propostas para cada situação;
- monitoramento quali-quantitativo de esgotos e efluentes, de acordo com
a estrutura existente;
- avaliação da eficiência de sistemas de tratamento;
- acompanhamento da gestão de prestadores de serviço na área de
coleta, transporte e destinação de esgotos e efluentes.
5.1. Acompanhamento do planejamento
Para que se atinjam os objetivos propostos por este subprograma, assim
como por toda a estrutura de gestão ambiental do empreendimento, o
planejamento adequado das soluções constitui uma das mais relevantes
ações a serem adotadas, dado seu caráter preventivo.
O coordenador deste subprograma deve participar do planejamento dos
canteiros e frentes de obra com o empreendedor e a empreiteira, em
reuniões, comunicações, ou através da presença e relacionamento com os
coordenadores do PGSA e do PAC, contribuindo tecnicamente nesta etapa
para assegurar a implantação de estruturas adequadas e estratégias de
gestão pertinentes, relacionadas a esgotos e efluentes, que propiciem
uma base sólida para que se atinjam os objetivos propostos.
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Inclui-se nas demandas de planejamento a necessidade de solicitação de
outorgas pela empreiteira/empreendedor ao poder público, para o
lançamento de efluentes e, em algumas oportunidades, captações de água
associadas às atividades dentro do escopo deste programa.
Neste contexto, a característica das obras de implantação do
empreendimento demanda duas categorias de soluções diferenciadas para
o gerenciamento de esgotos e efluentes, as fixas e as móveis.
5.1.1. Soluções fixas
Para áreas com caráter permanente dentro do período de implantação do
empreendimento, como canteiros de obras, refeitório e semelhantes, em
que ocorre uma maior concentração de pessoas, soluções fixas e de maior
capacidade de tratamento de esgotos e efluentes devem ser adotadas.
A seguir apresentam-se critérios para o tratamento de esgoto sanitário e
efluentes de lavagem de veículos, peças e equipamentos, os quais devem
ser adotados pelas empreiteiras de acordo com sua estratégia
operacional, e serão monitorados no âmbito deste subprograma do PAC.
5.1.1.1. Esgoto sanitário
Para o esgoto sanitário, o tratamento a ser implantado deve ser composto
minimamente por fossa séptica (tanque séptico), filtro biológico anaeróbio
e infiltração em solo através de sumidouro. Este conjunto pode ser
substituído por estações de tratamento comerciais, projetadas para
atendimento de uma determinada população, e com eficiência equivalente
ou superior à do sistema fossa/filtro, comprovada pelo fornecedor.
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Em geral para este tipo de atividades o tratamento de esgoto sanitário
constitui-se por fossas, filtros e sumidouros pré-moldados em concreto
armado tubular, montados no local, ou peças prontas em materiais
plásticos ou de fibra, pois constituem uma alternativa que atende às
normas brasileiras aplicáveis, com custo relativamente baixo.
Uma das questões essenciais ao bom funcionamento das estruturas de
tratamento vem da adequada previsão da população usuária,
considerando visitantes e a variação destas quantidades, e da seleção do
local de implantação das estruturas e sanitários, sendo vantajoso agrupá-
los em áreas determinadas para maiores eficiências e menores custos de
implantação (menor extensão de tubulações, redução de volumes
calculados).
Todas as áreas geradoras de esgotos doméstico (sanitários, pias,
chuveiros, tanques de lavanderia) devem ser interligadas ao sistema na
fossa séptica ou sumidouro (“água cinza”), conforme projeto, exceto o de
refeitórios, que demanda a instalação de caixa de gordura prévia ao
tratamento convencional, reduzindo a quantidade de aporte de óleos e
graxas ao sistema.
Todas estas estruturas devem ser identificadas e protegidas, se necessário
através de cercamento, evitando que a constante movimentação de
veículos pesados pela área acarrete em danos à estrutura. Tubulações que
eventualmente cruzem vias de passagem de veículos devem ter a
resistência dimensionada para tal (tubulações de materiais e espessuras
adequadas), e assentamento sobre leitos de areia, recebendo todas as
demais proteções que o engenheiro civil responsável pela obra julgar
necessárias à manutenção de sua integridade.
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Para viabilizar a inspeção e o monitoramento, entre as etapas de
tratamento devem ser previstas caixas de inspeção que permitam
inclusive a coleta de amostras para análises laboratoriais, caso as próprias
estruturas não possuam aberturas de inspeção conforme recomendação
das normas aplicáveis.
5.1.1.1.1. Dimensionamento
Peças comerciais ou estruturas projetadas devem atender às normas
brasileiras aplicáveis que estabelecem o dimensionamento próprio à
demanda prevista, garantindo a eficiência desejada de tratamento:
� ABNT NBR 7.229:1993 - Projeto, construção e operação de sistemas
de tanques sépticos (versão corrigida de 1997);
� ABNT NBR 13.969:1997 - Tanques sépticos - Unidades de
tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -
Projeto, construção e operação.
Soluções comerciais devem apresentar eficiência igual ou superior à das
estruturas normatizadas.
Além do dimensionamento em si, os demais critérios destas normas
devem ser atendidos por qualquer tipo de estrutura, como a implantação
de sumidouros ou valas de infiltração a 1,5 metros acima do nível do
lençol freático. Considerando que a região apresenta vastas áreas com
lençol em grandes profundidades, o atendimento a este item é
plenamente possível. Estas estruturas devem permanecer afastadas de
áreas de vegetação nativa, especialmente de áreas úmidas, em que as
condições de solo e água subterrânea são contrárias a esta condição.
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Outros critérios normatizados:
� Local de implantação:
o 1,5 metros de construções, limites de terreno, sumidouros,
valas de infiltração e ramais de água;
o 3,0 metros de árvores e de qualquer ponto de rede pública de
abastecimento de água;
o 15,0 metros de poços freáticos e de corpos de água de
qualquer natureza
� Existência de aberturas de inspeção;
� Especificação de materiais construtivos;
� Padronização de geometria e dimensões, câmaras e conexões,
dispositivos de entrada e saída;
� Procedimentos construtivos;
� Necessidade de identificação;
� Critérios de manutenção, limpeza, disposição de lodo e escuma.
O projeto deve ser realizado por profissional habilitado, à seleção da
empreiteira e do empreendedor, e mantido à disposição do coordenador
deste subprograma para avaliação da conformidade.
5.1.1.1.1.1 Infiltração
A capacidade de percolação dos solos depende de suas características,
sendo essencial avaliar a pedologia local para o adequado
dimensionamento de estruturas de infiltração (sumidouros, valas).
Em cada área proposta devem ser executados os testes definidos no
anexo “A” da norma ABNT NBR 13969:1997. Como aproximação, podem
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ser aplicados coeficientes de literatura, a exemplo daqueles apresentados
por Jordão (2005):
Tabela 2 - Possíveis faixas de variação de coeficiente de infiltração.
Faixa Constituição provável dos solos
Coef. de
infiltração
(L/m2.dia)
1 Rochas, argilas compactadas de cor branca, cinza ou preta, variando a rochas alteradas e argilas medianamente compactas de cor avermelhada.
< 20
2 Argilas de cor amarela, vermelha ou marrom medianamente compacta, variando a argilas pouco siltosas e/ou arenosas.
20 a 40
3 Argilas arenosas e/ou siltosas, variando a areia argilosa ou silte argiloso de cor amarela, vermelha ou marrom. 40 a 60
4 Areia ou silte pouco argiloso, ou solo arenoso com húmus e turfas, variando a solos constituídos predominantemente de areias e siltes.
60 a 90
5 Areia bem selecionada e limpa, variando a areia grossa com cascalhos.
> 90
A constituição dos solos no local desejado pode ser estimada a partir dos
resultados de sondagens realizadas no Estudo de Impacto Ambiental do
Empreendimento.
É relevante considerar que na região a infiltração deve ser realizada em
local com estrutura resistente às condições de suporte oferecidas pelo
solo, constantemente ameaçadas pelas chuvas incidentes no local.
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5.1.1.2. Limpeza de balão de caminhões betoneira
Uma das atividades a ser controlada, caso a empreiteira opte pela
instalação de usinas de concretagem no canteiro de obras, é a geração de
efluentes na lavação do balão de caminhões betoneira e equipamentos
semelhantes. Ao final do expediente, é necessário lavar o equipamento
para evitar o endurecimento dos resíduos do concreto em seu interior.
Segundo Chini (1996), aproximadamente 270 kg de concreto, algo entre 1
e 4% do volume total, fica aderido no balão e pás do caminhão betoneira
ao término do trabalho. O volume de água utilizado em cada operação
desta natureza é da ordem de 700L, segundo a revista Téchne (2011), e
entre 650 e 1300L, segundo Chini (1996). Este mesmo autor cita uma
razão de produção de 115 litros de efluente para cada 1000 litros de
concreto produzido1.
A água resultante possui elevado teor de sólidos em suspensão e pH alto,
próximo a 12,5 (TÉCHNE, 2011).
A elevação do pH vem da grande quantidade de calcário dissolvido. Os
sólidos dissolvidos incluem sulfatos e hidróxidos do cimento, cloretos do
cloreto de cálcio, óleos e graxas do equipamento, e menores quantidades
de outros químicos associados à hidratação do cimento e derivados de
aditivos (como etanolamina, dietanolamina, formaldeído, naftaleno
sulfonato e ácido benzenossulfônico) (CHINI, 1996).
1 Conversão do original.
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Desta forma, uma das soluções de melhor desempenho ambiental consiste
em um sistema de tratamento capaz de separar os sólidos sedimentáveis
e permitir o reuso da água para a própria lavagem de outros caminhões,
ou como parte da água de amassamento, evitando o descarte inadequado
no meio ambiente.
Para tanto, o descarte do efluente da lavagem deve ser realizado em uma
área de piso impermeável, em que é possível a deposição e recuperação
de sólidos de maior porte. O sobrenadante desta área pode ser reutilizado
para o processo, ou direcionado a um tanque de sedimentação.
Após a sedimentação, usualmente a concentração de sólidos suspensos
pode chegar a 100 ppm2. A concentração de sólidos dissolvidos,
entretanto, permanece relativamente alta, em uma faixa de 500 a 2500
ppm (como referência, água potável normalmente possui as
concentrações na faixa de 100 a 500 ppm de sólidos dissolvidos) (CHINI,
1996).
Para o reuso desta água, além da possibilidade de construção de uma
estrutura de tratamento, já existem equipamentos comerciais (figura 1)
que permitem um determinado grau de tratamento que viabiliza o
procedimento. O concreto residual e a água utilizada para a limpeza das
betoneiras são escoados para o equipamento por meio de uma calha de
alimentação. Em seguida o processo de separação água de
lavagem/agregado é executado no tambor, que possui uma espiral
girando no sentido contrário ao fluxo da água, até a chegada dos
agregados, já lavados, à calha de descarga, os quais são posteriormente
2 ppm equivale a mg/L.
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reclassificados e encaminhados à central de concreto, onde são
reutilizados.
A água de lavagem é escoada para um tanque de armazenagem que
possui um agitador para manter os finos em suspensão, a mesma é
bombeada para a central de concreto, onde é utilizada na produção de
concreto em mistura com a água potável, formando a água total de
mistura do traço. A seguir ensaios laboratoriais são realizados para a
verificação da resistência à compressão e o tempo de pega do concreto,
cujos resultados foram semelhantes aos concretos produzidos somente
com água potável (ANAPRE, 2011).
Figura 1 - Separador de agregado.
Após o tratamento, a água pode ser também empregada na redução na
suspensão de poeiras pelo trânsito de veículos, através da umidificação de
vias, desde que não implique em poluição ambiental, incluindo visual.
Outra questão que deve ser avaliada pelos engenheiros responsáveis pela
obra, com o objetivo de garantir a qualidade do produto, é emprego de
AEH (aditivo estabilizador de hidratação do cimento) na água de limpeza.
Com o aditivo, é possível utilizar a água de limpeza na primeira carga de
concreto do dia seguinte e evitar o desperdício proveniente das lavagens
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dos caminhões. Para isso, deve-se fixar a quantidade de água que ficará
dentro do balão e descontá-la da água de amassamento do traço a ser
pesado. A dosagem dependerá do tipo da mistura, volume da água
colocada no balão e do tempo de estabilização requerido. Este período
poderá ser de 12 horas (término do serviço do dia e recomeço na próxima
manhã) ou até 72 horas (parada para o fim de semana prolongado)
(ITAMBÉ, 2011). Durante esse tempo, a tampa do balão deve permanecer
fechada para que não haja evaporação excessiva ou entrada de água de
chuva (TÉCHNE, 2011).
Estes aditivos, chamados estabilizadores ou inibidores de hidratação,
podem ser considerados uma espécie de “super-retardadores”, com
capacidade de retardo controlado de algumas horas até dias. Porém, há
um conceito básico que os diferem entre si. Alguns retardadores, quando
utilizados em grandes dosagens – cerca de 1% da massa do cimento -,
podem causar efeito contrário, ou seja, acelerar a pega. Já o AEH poderá
ter a quantidade aumentada de acordo com o tempo de estabilização
necessário. Alguns fabricantes indicam dosagem de 0,2 a 2,5% sobre o
consumo do cimento (ITAMBÉ, 2011).
Estudos realizados com o objetivo de avaliar a qualidade do concreto
produzido utilizando estes procedimentos concluíram que este não sofre
alterações nos estados fresco ou endurecido. O custo é competitivo,
sobretudo por reduzir o consumo de água e os gastos com deposição dos
resíduos resultantes do processo convencional (TÉCHNE, 2011).
O uso destes aditivos apresenta também como vantagens (CHINI, 1996):
� Redução de problemas ambientais com descartes inadequados;
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� Redução de custos com pessoal, equipamento e transportes,
eliminando a necessidade de descartes de efluente;
� Elimina a necessidade de sistemas e tratamento e a manutenção
dos mesmos;
� Elimina mão-de-obra para remoção de concreto endurecido;
� Reduz a quantidade de água utilizada para limpeza dos balões.
A água deve ser avaliada quanto às suas características qualitativas, que
deve obedecer a normas específicas (como a NBR 6118:2007 e a NBR
12655:2006) e às boas práticas da engenharia, garantido as propriedades
desejadas das estruturas a serem construídas.
A Associação de Cimento Portland (PCA, 2003), estabeleceu como viável o
reuso de águas servidas deste tipo de operação, para amassamento de
uma nova batelada de concreto, aquelas com teor de sólidos totais inferior
a 50.000 ppm, cloretos abaixo de 500 ppm, sulfatos abaixo de 3.000 ppm
e álcalis abaixo de 600 ppm, indicados por análises realizadas conforme
metodologias ASTM ou AASHTO, além do atendimento a questões
associadas a desvios no tempo de pega e força de compressão em relação
aos controles. Outras fontes citam diferentes condições para as águas de
reuso, com teores de sólidos abaixo deste citado pela PCA. Cabe sempre
ao engenheiro responsável pelas obras a orientação e supervisão deste
tipo de processo, empregando os necessários testes de qualidade.
Qualquer água de reuso deve ser identificada como “não potável”, com
sinalizações complementares do tipo “imprópria para consumo”.
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Caso a empreiteira faça a aquisição de concreto através de prestadores de
serviço, basta observar o licenciamento ambiental da atividade, e incluir a
existência de licença de operação como critério de seleção.
5.1.1.3. Lavagem de veículos
Caso a empreiteira opte por executar a lavagem de veículos,
equipamentos, maquinário e outros, deve prover área adequada a tal
finalidade, e o adequado tratamento das águas servidas previamente a
qualquer descarte no meio ambiente. A situação é válida inclusive a
sistemas menores, como lava-rodas, necessários para minimizar o
transporte de sedimentos para fora das áreas de obra, ou ainda para
escoamento de áreas de armazenamento de produtos com potencial
poluidor (as quais devem possuir cobertura, piso impermeável e
contenção, minimizando esta contribuição).
A geração de efluentes apresenta grande variabilidade quantitativa, de
acordo com o número de lavagens realizadas e tipo de
veículo/equipamento. Pode-se considerar um volume na ordem de
grandeza de 500L por operação de lavagem, mas este valor é também
largamente influenciado pelo porte do veículo e seu estado geral,
habilidade e conscientização do operador, pressão, vazão e disponibilidade
da água, dentre outros fatores.
A vazão a ser empregada em qualquer dimensionamento deve ser,
portanto, a vazão de pico, obtida de acordo com as bombas e instalações
previstas e instaladas.
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Os principais poluentes que podem ser incorporados às correntes de água
utilizadas neste processo são óleos lubrificantes e hidráulicos,
combustíveis e outros fluidos, produtos de limpeza, poeira, partículas e
terra, além de outros materiais associados à função e área de trabalho de
cada equipamento/veículo, como areia, pedras e material vegetal. A
condição esperada é de grandes concentrações de sólidos e associada
turbidez, com elevação em menor intensidade nas concentrações de óleos
e graxas, surfactantes, e carga orgânica. Outros elementos podem ter a
concentração elevada, mas de forma associada a estes parâmetros
indicadores.
O tratamento para uma atividade desta natureza deve prever a remoção
destes contaminantes e, sempre que possível, o reuso da água para a
mesma operação. A remoção de sólidos grosseiros e sedimentáveis deve
ocorrer em gradeamento, caixa de areia/tanque de sedimentação. A
remoção de óleos e graxas demanda um separador de água e óleo, de
onde será gerada uma borra oleosa que demanda gerenciamento como
resíduo perigoso, sujeito à destinação prevista em lei.
De maneira prevencionista, excessos de terra aderidos aos veículos e
máquinas devem ser removidos com pás ou outras ferramentas, a seco, e
excessos de óleo removidos com panos, que em sequencia devem ser
gerenciados como resíduos perigosos.
Não sendo elevada a exigência nestes procedimentos, a água deve ser
reutilizada para minimizar o consumo e evitar descartes ao meio
ambiente. Tratamentos complementares podem ser adicionados ao
sistema para melhoria da qualidade da água de reuso, como filtração em
filtro de areia, ou ainda etapas de ajuste de pH, coagulação e floculação
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(existem sistemas comerciais compactos para esta função). Outra opção é
utilizar a água na umidificação de vias, para redução da suspensão de
poeiras.
Qualquer água de reuso deve ser identificada como “não potável”, com
sinalizações complementares do tipo “imprópria para consumo”.
5.1.1.4. Outros efluentes
Qualquer efluente gerado, em qualquer quantidade, deve ser gerenciado
adequadamente para que não implique em poluição ambiental. Efluentes
originados em outras atividades, em menores quantidades (lavagem de
peças e equipamentos, técnicas de controle de qualidade de materiais e
serviços, dentre outros) devem ser gerenciados com as estratégias
definidas para resíduos, e qualquer descarte somente poderá ser realizado
se o atendimento aos padrões de lançamento for comprovado, e existir a
outorga apropriada concedida pelo poder público (ou sua dispensa).
Efluentes deste tipo de atividades não devem ser incorporados aos
sistemas de tratamento de esgoto sanitário, sob prejuízo de perda de
eficiência e/ou incapacidade de tratamento.
Atividades de lubrificação, realizadas em várias peças e equipamentos,
devem considerar a recuperação integral dos agentes químicos
empregados, já que seu potencial poluidor é significativo. Devem ser
realizadas em locais ou momentos protegidos de intempéries, e em pisos
impermeabilizados e com configuração que não permita que eventuais
perdas entrem em contato com o solo ou qualquer recurso natural.
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5.1.2. Soluções móveis
5.1.2.1. Esgoto sanitário
Em frentes de obra e outros locais que configurem uma permanência
temporária dos trabalhadores, não justificando a implantação de
estruturas fixas de tratamento de esgoto, a alternativa invariavelmente
passa pela distribuição de banheiros químicos próximos às áreas de
vivência, em quantidades que devem seguir as orientações do fornecedor.
As condições adequadas de conforto e higiene aos colaboradores devem
ser garantidas pelos encarregados das áreas, através de avaliações
permanentes quanto à adequada distribuição destas estruturas.
Possuem a grande vantagem de serem autônomos, não demandando
instalações de água e esgoto para a sua operação. Atuam no
armazenamento do material fisiológico, com a adição de uma solução
desodorizante e que atua minimizando a proliferação das bactérias, e que
pode induzir a degradação da matéria orgânica.
Os banheiros químicos podem contar com diferentes equipamentos de
higiene e conforto, porém em geral os módulos convencionais possuem
capacidade para 220 litros, com volume de trabalho seguro em torno de
150L. Existem ainda equipamentos como containers, com mais de um
vaso sanitário e mictórios disponíveis, e que podem ser utilizados, se
disponíveis comercialmente na região, em locais com maior concentração
de pessoal.
Para determinados trabalhos isolados, barracas sanitárias constituem uma
opção de fácil transporte, mas para atendimento de menor número de
pessoas, disponibilizando uma estrutura simplificada de coleta de material
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e fornecimento de água para higiene. Apesar de sua rusticidade, constitui
alternativa válida para evitar que dejetos possam ser lançados
diretamente em corpos hídricos ou locais inadequados. Em geral o
tratamento se dá pela adição de cal.
Para as alternativas que demandam manutenção a empresa fornecedora
deve apresentar documentação de forma idêntica àquela necessária ao
gerenciamento de resíduos, garantindo a rastreabilidade do processo até a
sua destinação ambientalmente adequada (como através de estação
pública de tratamento de esgotos, ou prestadores de serviço licenciados):
� licença ambiental para transporte;
� licença ambiental para destinação;
� comprovantes de coleta do material;
� comprovantes de destinação.
Estes documentos, além de propostas e contratos, devem ser recebidos
pela empreiteira e armazenados como registros, e cópia deve ser
encaminhada ao gestor do PAC, para acompanhamento pelo coordenador
deste programa. Nesta etapa, os documentos devem ser digitalizados
para facilitar a distribuição e a inclusão em relatórios comprobatórios
futuros.
5.1.2.1.1. Dimensionamento
É apropriado o planejamento de quantidades de sanitários conjuntamente
à empresa fornecedora, e de acordo com a alocação do pessoal ao longo
das frentes de obra. Este último será o fator determinante neste
planejamento, e que deve ser avaliado periodicamente devido à grande
mobilidade de pessoal pelas áreas de trabalho.
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Conforme a empresa Planeta Módulos (2011), pode-se estimar as
quantidades de banheiros químicos conforme tabela a seguir,
recomendando-se que a manutenção seja realizada da forma mais
freqüente possível:
Tabela 3 – Dimensionamento da quantidade de banheiros químicos.
Número de
funcionários
na obra
1 manutenção
por semana
2 manutenções
por semana
3 manutenções
por semana
15 1 cabina - - 30 2 cabinas 1 cabina 1 cabina 60 4 cabinas 2 cabinas 2 cabinas 90 6 cabinas 3 cabinas 3 cabinas 120 8 cabinas 4 cabinas 3 cabinas
200 14 cabinas 7 cabinas 5 cabinas
É importante considerar, entretanto, que em cada frente de obras deve
haver estrutura sanitária adequada para atendimento dos trabalhadores
nela alocados, independentemente da quantidade mínima de pessoas no
local. O que pode variar são as tecnologias disponibilizadas em cada local.
5.2. Avaliação das estruturas
5.2.1. Etapa de construção/implantação
O coordenador do subprograma avaliará o dimensionamento das
alternativas propostas para cada local, averiguando o atendimento às
normas e critérios especificados previamente, com a intenção de garantir
sua eficiência e bom funcionamento, assim como a adequada localização.
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Documentos como projetos, croquis, orçamentos, especificações técnicas
e outros relacionados à solução adotada serão solicitados à empreiteira e
à empresa fornecedora.
A instalação, especialmente de estruturas fixas, será acompanhada pela
equipe de inspetores, no âmbito do subprograma de monitoramento de
impactos ambientais do PAC, sob supervisão do coordenador deste
programa, para registro fotográfico, verificação das dimensões físicas
reais e da qualidade das instalações. Neste processo devem ser avaliadas
as características construtivas, locacionais e gerais da instalação, inclusive
quanto à topografia local e drenagem do entorno que propicie escoamento
de águas pluviais em sentido oposto ao sistema.
Além disso, deve ser realizado e acompanhado o teste de estanqueidade
de cada tanque instalado para tratamento de esgotos sanitários, conforme
ABNT NBR 7229:1993.
5.2.1.1. Verificação de estanqueidade
Antes do início do uso dos sistemas de tratamento de esgoto sanitário
deve-se proceder ao teste de estanqueidade, necessário para garantir a
sua correta instalação e condições estruturais.
O teste deve ser realizado após as estruturas (fossa e filtro) terem sido
saturadas por 24 horas. Em medições espaçadas por um período de 12
horas a variação da altura do nível da água, em relação à altura da
geratriz inferior do tubo de saída, não pode ser superior a 3%.
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Caso a variação tenha sido superior a este valor, deve-se proceder a
correção de trincas, fissuras e juntas, avaliando-se também as
características de permeabilidade dos materiais construtivos, nas
quantidades e espessuras empregadas. Após as correções, novo ensaio
deve ser realizado, até que se obtenha a estanqueidade desejada.
5.2.2. Etapa de uso das estruturas
Parte fundamental na garantia dos tratamentos em níveis de eficiência
desejáveis vem de seu adequado uso, minimizando interferências
prejudiciais para as quais os sistemas não estão plenamente
dimensionados e que fogem à sua característica de uso.
Desta forma, as vistorias periódicas pela equipe do subprograma de
monitoramento de impactos ambientais incluirão a avaliação das
condições de uso de cada instalação, incluindo:
� Interferência de águas pluviais na estrutura/sistema de tratamento;
� Interferência de outras correntes de água, esgotos e efluentes não
originalmente previstas;
� Lançamento de resíduos, produtos diversos e qualquer material não
previsto ao sistema.
Além destas condições, a integridade física das estruturas e condições de
manutenção e limpeza serão avaliadas, já que constituem também
premissas essenciais à operação dos sistemas.
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5.3. Monitoramento
O monitoramento das características qualitativas dos esgotos e efluentes
gerados e tratados através dos sistemas fixos será realizado através de
coletas periódicas de amostras de material bruto e tratado, de acordo com
as possibilidades viabilizadas pelas estruturas instaladas (dois pontos de
coleta por sistema de tratamento).
As duas primeiras coletas serão espaçadas por um período de 15 dias,
para avaliação da evolução dos sistemas recém-implantados, e
posteriormente serão realizadas bimestralmente para acompanhamento
da eficiência dos sistemas.
Os pontos de coleta serão selecionados em caixas de inspeção ou nas
aberturas de inspeção de fossas e filtros biológicos, as quais devem
obrigatoriamente ser mantidas visíveis para este tipo de procedimento, ou
ainda em tanques, caixas e canaletas no caso de tratamentos de
efluentes.
Os pontos selecionados devem ser registrados em uma ficha de controle
dos pontos amostrais, com o código apropriado para identificação dos
mesmos em frascos e fichas de coleta, e com a devida descrição do local,
a qual deve ser mantida como um dos registros do programa, elaborada
pelo coordenador do programa com apoio da equipe de coleta.
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Tabela 4 - Exemplo de ficha de controle dos pontos de amostragem.
Identificação Canteiro
de obras
Tipo de
amostra Descrição
Coordenadas
UTM E UTM N
PF01-B Ferrovial Esgoto
sanitário bruto
Amostra coletada na inspeção da primeira
câmara da fossa séptica
PF01-T Ferrovia Esgoto
sanitário tratado
Amostra coletada na caixa de inspeção entre o
filtro biológico e o sumidouro
PT01-B Terminal
01
Esgoto sanitário bruto
Amostra coletada na inspeção da primeira
câmara da fossa séptica
PT01-T Terminal 01
Esgoto sanitário tratado
Amostra coletada na caixa de inspeção entre o
filtro biológico e o sumidouro
PT02-B Terminal
02
Esgoto sanitário bruto
Amostra coletada na inspeção da primeira
câmara da fossa séptica
PT02-T Terminal 02
Esgoto sanitário tratado
Amostra coletada na caixa de inspeção entre o
filtro biológico e o sumidouro
As amostras de esgoto sanitário (banheiros, refeitório, lavanderia) serão
encaminhadas para laboratório para a realização das seguintes análises
indicadoras:
- coliformes termotolerantes;
- DBO;
- DQO;
- nitrogênio amoniacal total;
- fósforo total;
- sólidos totais, dissolvidos e suspensos;
- sólidos sedimentáveis;
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- óleos e graxas de origem animal/vegetal;
- óleos e graxas de origem mineral;
- pH;
- oxigênio dissolvido,
- temperatura.
As amostras de efluentes de lavagem de veículos e de balão de
caminhões-betoneira, quando existentes, serão analisadas quanto a:
- cloretos
- DBO;
- DQO;
- sólidos totais, dissolvidos e suspensos;
- sólidos sedimentáveis;
- óleos e graxas de origem animal/vegetal;
- óleos e graxas de origem mineral;
- pH;
- oxigênio dissolvido;
- sulfetos;
- surfactantes;
- temperatura;
- turbidez.
5.3.1. Procedimentos de coleta
A coleta será simples, em volumes indicados pelo laboratório que realizará
as análises, em frascos adequados à categoria de análise, e empregando-
se as técnicas de conservação específicas a cada parâmetro, considerando
o tempo estimado de envio ao laboratório. Para tanto, serão empregados
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critérios estabelecidos em normas ou literatura amplamente reconhecida
como:
� Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater,
AWWA-APHA-WPCI;
� Guia de coleta e preservação de amostras de água, CETESB;
� Handbook for sampling and sample preservation of water and
wastewater, EPA – U.S. Environmental Protection Agency.
Dentre os parâmetros a serem analisados, oxigênio dissolvido, pH e
temperatura serão medidos in loco, e quando possível condutividade e
turbidez, com os equipamentos apropriados, devidamente calibrados e/ou
aferidos. A operação de cada equipamento seguirá as recomendações do
manual do fabricante e as demais técnicas que garantam a qualidade da
amostra e da medição.
Alguns critérios essenciais à qualidade do processo de amostragem serão
seguidos:
� Os amostradores serão devidamente treinados para execução dos
procedimentos de coleta, e sempre utilizarão luvas de látex para os
mesmos;
� As amostras não incluirão partículas grandes, folhas, ou qualquer
material de presença acidental, procurando refletir as características
normais do corpo hídrico e a representatividade da amostra;
� Os frascos serão ambientados à amostra com um triplo enxágüe
com água do ponto de coleta, previamente à amostragem definitiva
(caso não estejam pré-lavados e com o agente de preservação);
� As coletas incluirão volumes superiores aos mínimos, como
segurança para eventuais necessidades de repetição de análises;
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� Determinações de campo serão realizadas em alíquotas de amostra
separadas das que serão encaminhadas para análise;
� Os frascos e utensílios de coleta serão avaliados previamente quanto
à sua limpeza e higienização;
� A transferência de amostras para os frascos será lenta, com os
devidos cuidados para evitar sua aeração;
� As partes internas de frascos, utensílios de coleta e tampas não
serão tocadas por pessoas ou ficarão expostas a pó, fumaças, gases
e outras fontes de contaminação ambiental;
� Os amostradores não farão uso de cigarros e semelhantes durante
os procedimentos de coleta;
� As amostras serão protegidas da luz imediatamente após a coleta;
� Toda coleta será registrada em uma ficha específica;
� Os frascos serão cheios ao máximo de sua capacidade, evitando a
presença de oxigênio em seu interior, considerando ainda a
necessidade de preservação ou não (a menos que a orientação do
laboratório seja contrária);
� Os frascos serão acondicionados de forma a evitar sua
movimentação e possível quebra durante o transporte, sendo
devidamente imobilizados no veículo de transporte;
� Serão empregadas caixas térmicas para acondicionamento dos
frascos, as quais serão devidamente identificadas e
fechadas/vedadas;
� Em caso de coleta com fins de análise microbiológica, serão
utilizados frascos esterilizados, e esta será a primeira coleta em
cada ponto.
As coletas de amostras de água utilizarão como referência para seleção de
frascos e estratégias de acondicionamento e transporte a tabela
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apresentada na seqüência, salvo ocasiões em que outra norma ou diretriz
reconhecida seja empregada para justificar alteração de procedimento.
Estes cuidados objetivam retardar a ação biológica e a hidrólise, reduzir os
efeitos de sorção, e outros que alterem os resultados analíticos e sua
confiabilidade. Além destas recomendações, serão solicitadas informações
complementares quanto à preservação de amostras ao laboratório que as
receberá, incluindo assim eventuais particularidades quanto à metodologia
de análise de opção.
Em geral, as amostras coletadas deverão ser mantidas em caixas térmicas
a temperatura inferior a 4ºC.
Tabela 5 - Condições de coleta e preservação de amostras de água.
Parâmetros Frasco Volume de referência3
Preservação
Tempo máximo recomendado
de armazenamento
Regulamentar
Cloretos Plástico ou vidro 50 mL - - 28 d
DBO Plástico ou vidro 1.000 mL Refrigeração 06 h 48 h
DQO Plástico ou vidro 100 mL Refrigeração e H2SO4 até pH < 2 7 d 28 d
Fósforo Plástico ou vidro 100 mL Refrigeração e H2SO4 até pH < 2 28 d -
Nitrogênio amoniacal e orgânico
Plástico ou vidro 500 mL Refrigeração e H2SO4 até pH < 2 7 d 28 d
Óleos e graxas Vidro âmbar 1.000 mL Refrigeração e adicionar HCl ou H2SO4 até pH < 2
28 d 28 d
Oxigênio dissolvido
Vidro, garrafa de DBO
300 mL Análise imediata 0,25 h 0,25 h
pH Plástico ou vidro 50 mL Análise imediata 0,25 h 0,25 h
3 O volume de referência é apresentado pelo SMEWW, porém os laboratórios modernos tem capacidade técnica
para efetuar as análises com volumes inferiores, reduzindo, portanto, volumes de coleta, custos com
transporte, uso de reagentes e a geração de efluentes e resíduos no laboratório. Assim, recomenda-se avaliar
em conjunto com o laboratório os volumes ideais para a realização das análises e manutenção de um volume
adequado para contra-provas e repetições.
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Parâmetros Frasco Volume de referência3
Preservação
Tempo máximo recomendado
de armazenamento
Regulamentar
Sólidos Plástico ou vidro 200 mL Refrigeração 7 d 2-7 d
Sulfatos Plástico ou vidro 100 mL Refrigeração 28 d 28 d
Surfactantes Plástico ou vidro 500 mL Refrigeração 24 h -
Turbidez Plástico ou vidro 100 mL Refrigeração, abrigo da luz 24 h 48 h
Fonte: Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 1999 (20 ed.);
NBR9898:1987
As amostras para análises microbiológicas (50mL) serão coletadas em
frasco estéril e mantidas refrigeradas, por um prazo recomendado máximo
de 24 horas.
Os frascos serão devidamente identificados quanto a ponto, horário e data
de coleta, forma de preservação, finalidade da amostra e amostrador
responsável, e contarão com identificação conforme etiqueta a seguir:
AMOSTRA DE ÁGUA
Ponto de coleta:
Empreendimento:
Data: Horário:
Preservação:
Tipo de análise:
Amostrador: Figura 2 - Etiqueta para frascos.
Além da coleta propriamente dita, os amostradores realizarão registros
fotográficos da amostra, do sistema de tratamento e de seu entorno,
descrevendo qualquer situação ou característica que possa contribuir para
a interpretação dos resultados, incluindo o tipo de atividades
desempenhadas no entorno e possíveis ligações e contribuições ao
sistema, e qualquer anormalidade no próprio aspecto da amostra.
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5.3.1.1. Ficha de coleta
As coletas serão registradas em fichas de coleta contendo minimamente a
identificação do empreendimento, tipo de amostra, data e horário de
coleta, equipe de coleta, condições climáticas (especialmente
pluviométricas), identificação dos pontos, volumes coletados, forma de
acondicionamento e preservação, e resultados de medição em campo.
Um campo específico para anotações sobre as condições de entorno que
possam interferir na qualidade das águas deve também ser incluído. Estes
documentos serão controlados como registros relevantes para
fundamentar as constatações futuras.
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FICHA DE COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA
Projeto/empreendimento:
Descrição da(s) amostra(s):
Data de coleta:
Horário: Inicial: Final:
Coletor/equipe de coleta:
Tempo nas últimas 24h: Ensolarado Nublado Chuvoso
Chuva no momento da coleta: Sim Não
Ponto de coleta / local
Volume (L)
Coleta Acondicionamento e preservação
pH OD (mg/L)
Turbidez (UNT)
Temp. da água
(ºC)
Temp. amb. (ºC)
Horário de coleta S* C*
* S = simples, C = composta.
Anormalidades encontradas e condições de entorno que possam implicar em alterações nos resultados:
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5.3.2. Transporte das amostras
O transporte das amostras recém-coletadas ao laboratório será planejado
para que tenham seu recebimento pelo prestador de serviço em tempo
hábil para a realização das análises dentro dos prazos adequados de
conservação.
O transporte deve manter as condições de preservação das amostras,
especialmente no que tange à sua refrigeração. Para tanto, o
recomendado é o uso de quantidades adequadas de gelo artificial (géis
especiais em recipientes plásticos) para que o material esteja apto ao
transporte aéreo, sem riscos de vazamentos e de transpiração dos
recipientes.
As caixas devem ser vedadas com fitas adesivas em toda a extensão do
contato com a tampa, e identificadas quando ao remetente e destinatário,
incluindo telefones para contato pela empresa transportadora.
5.3.3. Análises laboratoriais
O laboratório de análises deve preferencialmente possuir certificados de
gestão como ISO 9.001:2008, ISO 17.025:2005 e ISO 14.001:2004, e
licenciamento ambiental, garantindo que o prestador de serviço tem
compromissos com a melhoria da qualidade e do desempenho ambiental
As análises devem seguir metodologias reconhecidas, especialmente as a
seguir apresentadas, em suas versões mais recentes:
� Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater,
AWWA-APHA-WPCI (atualmente na 21ª edição);
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� USEPA test method – physical/chemical methods.
Para garantir o sucesso na interpretação dos resultados analíticos em
comparação com os padrões de qualidade, valores de literatura e
resultados de outras campanhas, os limites de quantificação das técnicas
de análise laboratorial devem apresentar os seguintes valores mínimos:
Tabela 6 - Limites de quantificação mínimos para as análises laboratoriais.
Parâmetro Limite de quantificação
mínimo
cloretos 0,5 mg/L DBO 2,0 mg/L DQO 2,0 mg/L
fósforo total 0,05 mg/L nitrogênio total 0,1 mg/L óleos e graxas 5,0 mg/L
oxigênio dissolvido 0,1 mg/L pH 0,1 mg/L
sólidos dissolvidos 1,0 mg/L sólidos em suspensão 1,0 mg/L
sólidos totais 1,0 mg/L sulfatos 1,0 mg/L
surfactantes 0,1 mg/L turbidez 1,0 mg/L
5.4. Avaliação da eficiência de sistemas de tratamento
A eficiência dos sistemas de tratamento de esgotos e efluentes será
avaliado pelo cálculo direto da remoção do poluente, a partir dos
resultados analíticos, e pela avaliação dos resultados associados às
amostras pós-tratamento.
A eficiência de remoção é calculada através da equação:
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][
][][
E
SEEf
−=
Sendo:
Ef = eficiência;
[E] = Concentração do poluente na entrada;
[S] = Concentração do poluente na saída;
Para os sistemas de tratamento de esgoto sanitário são esperadas
eficiências de remoção de acordo com a tabela a seguir:
Tabela 7 - Eficiência estimada para o conjunto fossa séptica e filtro biológico.
Parâmetro Faixa de eficiência de remoção
DBO5,20 40 a 75 DQO 40 a 70 SNF4 60 a 90
Sólidos sedimentáveis 70 ou mais Fosfato 20 a 50
A faixa inferior associa-se a temperaturas inferiores a 15ºC, e a superior a temperaturas
superiores a 25ºC.
Fonte: ABNT NBR 13969:1997.
Para processos associados a lavagens de veículos e equipamentos, a
eficiência deve ser tal que permita o reuso da água ao fim proposto. A
NBR 13.969:1997 apresenta condições para reuso de esgotos sanitários
em algumas atividades, estabelecendo parâmetros que podem ser
utilizados como uma referência prévia para avaliação das demais águas
servidas:
4 Sólidos não filtráveis = sólidos suspensos.
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Tabela 8 - Padrões de qualidade para reuso da água.
Classe
de
reuso
Tipo de uso Padrões de qualidade
1
Lavagem de carros; Outros usos que envolvam
contato direto do usuário com a água, com possível contato direto do usuário com a água, incluindo
chafarizes.
Turbidez: inferior a 5; Coliformes fecais: inferior a 200NMP/100mL; Sólidos dissolvidos totais: inferior a 200mg/L;
pH: entre 6 e 8; Cloro residual: entre 0,5 e 1,5mg/L.
2
Lavagem de pisos, calçadas e irrigação de jardins;
Manutenção de lagos e canais para fins paisagísticos, exceto
chafarizes.
Turbidez: inferior a 5; Coliformes fecais: inferior a 500NMP/100mL;
Cloro residual: superior a 0,5.
3 Descargas de vasos sanitários Turbidez: inferior a 10; Coliformes fecais: inferior a 500NMP/100mL;
4 Irrigação de pomares, cereais forragens, pastagens e outros
cultivos.
Oxigênio dissolvido: superior a 2mg/L; Coliformes fecais: inferior a 5000NMP/100mL;
Aplicação deve cessar 10 dias antes da colheita.
Fonte: ABNT NBR 13969:1997.
5.5. Padrões de lançamento
Envolvendo lançamento em corpos hídricos, de forma contínua ou em
batelada, qualquer corrente de esgoto ou efluente será monitorada quanto
aos parâmetros básicos indicadores do seu potencial poluidor,
previamente mencionados, e que permitam a verificação do atendimento
aos padrões de lançamento estabelecidos na legislação, especialmente na
Resolução CONAMA nº 430/11:
� pH entre 5 a 9;
� temperatura inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura
do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC na zona de mistura;
� materiais sedimentáveis até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone
Imhoff;
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� regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão
média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos
casos permitidos pela autoridade competente;
� óleos e graxas:
o óleos minerais até 20 mg/L;
o óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/L;
� ausência de materiais flutuantes;
� remoção de DBO5 igual ou superior a 60% ou, se inferior,
comprovação do atendimento às metas de enquadramento do corpo
hídrico receptor através de estudo de autodepuração.
Os demais parâmetros e condições estabelecidos pela mencionada
resolução poderão ser utilizados caso a equipe técnica responsável pelo
subprograma julgue necessário.
Os limites da NBR 13.969:1997 serão adotados de forma complementar
para avaliação da qualidade do esgoto/efluente tratado:
� DBO5 inferior a 50 mg/L;
� DQO inferior a 125 mg/L;
� nitrogênio amoniacal inferior a 5 mg/L;
� fosfato inferior a 2 mg/L;
� coliformes fecais inferior a 500 NMP/100 mL.
5.6. Gestão de prestadores de serviço
Os prestadores de serviço na área de esgotos e efluentes, no âmbito da
coleta, transporte e destinação de materiais associados, devem ser
gerenciados pela empreiteira de acordo com as diretrizes do subprograma
de gerenciamento de resíduos sólidos do PAC, especialmente quanto a
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critérios de responsabilidade ambiental, incluindo a exigência de
licenciamento ambiental e de comprovação de coleta, transporte e
destinação.
Esta situação é diretamente aplicável aos prestadores que sejam
encarregados de higienizar os banheiros químicos e remover o material
depositado, e àqueles que venham a executar procedimentos semelhantes
nas fossas sépticas e demais estruturas de tratamento.
Estes documentos serão mantidos pela empreiteira como registros
organizados, passíveis de auditoria e relevantes aos relatórios de
desempenho ambiental a serem elaborados no âmbito do PAC. Este
material será fornecido periodicamente em cópia ao coordenador do PAC e
deste subprograma, para acompanhamento e avaliação da gestão dos
prestadores de serviço, e das destinações empregadas.
5.7. Indicadores ambientais
Os indicadores para a gestão de esgotos e efluentes serão produzidos com
base nos resultados analíticos e suas interpretações, e em outros
parâmetros de gestão, dentre os quais:
- Eficiência de tratamento para parâmetros indicadores (%);
- Índice de conformidade com padrões de lançamento (%);
- Quantidade de material coletado em banheiros químicos e sistemas de
tratamento;
- Quantidade de análises realizadas.
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5.8. Relatórios
As ações desenvolvidas no âmbito deste subprograma serão apresentadas
na forma de relatórios semestrais, incluindo os resultados analíticos
originados nas campanhas de monitoramento, com a devida
interpretação, avaliação de eficiência e comparação com padrões
aplicáveis. Os relatórios incluirão os resultados das ações de
planejamento, acompanhamento da implantação de sistemas e estruturas
de tratamento, as ações preventivas adotadas, o desempenho na gestão
de prestadores de serviço, eventuais desvios detectados e as ações
corretivas adotadas.
O relatório será assinado pelo coordenador do programa, detentor de
anotação de responsabilidade técnica pelo mesmo (a qual acompanhará o
documento), e será encaminhado ao coordenador do plano ambiental de
construção (PAC) para integrar a gama de informações e relatórios que
fundamentarão a condução das ações de gestão ambiental na fase de
implantação do empreendimento, e para o devido repasse ao coordenados
do PGSA e ao órgão ambiental licenciador. O coordenador do PGSA é o
responsável também pela emissão de não-conformidades ao
empreendedor e/ou empreiteira, após a avaliação deste conjunto de
dados disponíveis.
Anormalidades nos resultados e considerações relevantes serão
encaminhadas ao gestor do PAC através de alertas ambientais
documentados, sem prejuízo a comunicação cotidiana por meios mais
ágeis, que deve antecipar a troca de informações relevantes e fatos que
devem ser levados ao conhecimento do mesmo.
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5.9. Equipe e recursos
O programa será executado sob coordenação de profissional com
formação de nível superior vinculada à área (química, meio ambiente,
etc), o qual terá o papel fundamental na colaboração do planejamento das
estratégias, estruturas e sistemas de tratamento de esgotos e efluentes,
apoiando a empreiteira contratada e o empreendedor a estabelecer
soluções tecnicamente adequadas a cada caso, e na verificação periódica
in-loco de sua efetiva implantação.
As inspeções de campo serão realizadas no âmbito do subprograma de
monitoramento de impactos ambientais, integrante do PAC, que fornecerá
informações frequentes e atualizadas ao coordenador deste subprograma.
A equipe de coleta de esgotos e efluentes deve contemplar duas pessoas,
sendo pelo menos uma de nível técnico ou superior, com formação em
área afim ao tema do programa (meio ambiente, química, biologia etc). A
presença de duas pessoas eleva a eficiência dos procedimentos (que
quando iniciado apresentam tempo restrito para conclusão, dado o tempo
de preservação das amostras) e melhora as condições de segurança.
Para o desempenho das funções técnicas de campo, os seguintes recursos
se fazem minimamente necessários:
• Veículo (carro, preferencialmente com tração 4x4, ou motocicletas);
• Telefones celulares;
• Equipamentos de proteção individual (botina, bota, capacete,
protetor auricular, perneira, óculos, boné estilo árabe) e bloqueador
solar, para usos de acordo com a localização e atividade;
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• Computador de mesa ou notebook com acesso à internet (a infra-
estrutura local pode ser deficiente para esta situação, demandando
o uso de modem via rede de telefonia móvel);
• Digitalizador de documentos (scanner);
• Câmera fotográfica digital com cartão de memória de adequada
capacidade de armazenamento (superior a 2Gb);
• Equipamento de posicionamento global (GPS) de mão;
• Material de escritório;
• Equipamentos/instrumentos de medição de pH, oxigênio dissolvido e
temperatura; desejável também para turbidez e condutividade;
• Luvas de látex descartáveis;
• Caixas térmicas, gelo artificial e garrafas de vidro âmbar, com
logística de retorno ou de aquisição periódica de novas peças.
Para as coletas estima-se de um a dois dias de trabalho a cada dois
meses, após pleno estabelecimento dos canteiros de obra, com uma
frequência maior apenas no mês imediato à implantação das estruturas de
tratamento (coleta quinzenal, uma a dois dias de trabalho). A logística
mais provável na região envolve o despacho do material pela companhia
aérea operante no aeroporto de Rondonópolis ao município em que se
situa o laboratório selecionado para realização das análises. Deve-se
considerar ainda a necessidade de coleta das caixas refrigeradas no
aeroporto, se necessário.
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5.10. Fluxo resumido das informações
Figura 3 - Fluxo de informações no PAC-SMCE.
RIA’s Fichas de
coleta
Relatórios de
ensaio
Inspeções periódicas
Equipe de coleta
Coleta das amostras de
esgoto/efluentes Amostras de
esgotos/efluentes
Laboratório
Coordenador do PAC-SMCE
Alertas ambientais
Relatórios semestrais
Planilhas de resultados
Indicadores
Comunicação informal
Inspeção de campo
Coordenador PAC
Coordenador PGSA
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6. CRONOGRAMA
Cronograma de execução
Ação
Fase pré-implantação
(meses)
Fase de implantação
(meses)
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Preparação do material base
(programa, fichas de coleta, mapas,
etiquetas, equipamentos e utensílios)
x x
Organização e treinamento da equipe
de campo x x
Participação do planejamento dos
canteiros de obra e soluções x x apoio permanente
Inspeções de campo pelo
coordenador x x x x x x
Campanhas de coleta x x x x x x x x x
Relatórios de acompanhamento x x x
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7. RESPONSABILIDADES
Responsabilidade pela elaboração do documento
Razão social: Assessoria Técnica Ambiental Ltda. Nome fantasia: Cia Ambiental CNPJ: 05.688.216/0001-05
Endereço: Rua Mal. José Bernardino Bormann, n° 821, Batel, Curitiba/PR CEP: 80730-350.
Telefone/fax: (0**41) 3336-0888 Telefone celular: (0**41) 9243-4831 E-mail: [email protected] Registro do CREA: PR-41043
Responsável técnico pelo documento:
Fernando Alberto Prochmann
Titulação profissional: Engenheiro bioquímico Engenheiro de segurança do trabalho Especialista em gestão e engenharia ambiental
Registro profissional: CREA-PR 86.218/D Telefone: (41) 3336-0888 Telefone celular: (41) 9243-4833 E-mail: [email protected] ART: 20110446749
Fernando Alberto Prochmann
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8. REFERÊNCIAS
AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for the
examination of water and wastewater. 20th ed. Washington, 1999.
ANAPRE. Boletim técnico 03.
<www.anapre.org.br/boletim_tecnico/edicao3.asp> Acesso em: 08 Fev.
2011.
CHINI, S.A., MBWAMBO W. J. Environmentally friendly solutions for
the disposal of concrete wash water from ready mixed concrete
operations. CIB W89 Beijing International Conference, 21-24 October,
1996.
ITAMBÉ. Concreto estabilizado. Disponível em:
<www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/concreto-estabilizado/>
Acesso em: 08 Fev. 2011.
PCA – PORTLAND CEMENT ASSOCIATION. Design and control of
concrete mixtures. 14ª ed, Skokie, 2003.
PLANETA MODULOS. Orçamentos. Disponível em:
<www.planetamodulos.com.br/orcamento/index.php?acao3_cod0=d374f9
72c88841d1ecfc2a6b24fe5414> Acesso em: 08 Fev. 2011.
TÉCHNE. Desperdício estabilizado.
<www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/artigo92945-1.asp>
Acesso em: 08 Fev. 2011.
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9. ANEXOS
I - ART e CTF IBAMA
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I. ART e CTF IBAMA
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59
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