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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Nesta aula 6, vamos tratar do emprego dos sinais de pontuação. O uso adequado deles é extremamente relevante para o significado de uma frase. Quem acompanha as provas elaboradas pelo Cespe já deve ter percebido o quanto essa banca examinadora explora esse assunto, principalmente o que diz respeito ao uso da vírgula. É compreensível que seja assim, pois o uso da vírgula requer atenção especial, em virtude de sua variabilidade de aplicações e efeitos. Para você ter apenas uma ideia do que isso significa, use a vírgula para pontuar a frase abaixo. SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA. Se você é mulher, certamente colocou a vírgula depois do substantivo “MULHER”. Se você é homem, colocou a vírgula depois do verbo “TEM”. Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma frase? Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior frequência nas provas de concurso, convém estudarmos todos aqueles que são alcançados pelo edital do seu concurso. VÍRGULA (assinala uma pequena pausa) I. Entre os termos da oração, serve para: a) separar elementos coordenados que possuem a mesma função sintática:

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Nesta aula 6, vamos tratar do emprego dos sinais de pontuação.

O uso adequado deles é extremamente relevante para o significado de uma

frase.

Quem acompanha as provas elaboradas pelo Cespe já deve ter

percebido o quanto essa banca examinadora explora esse assunto,

principalmente o que diz respeito ao uso da vírgula. É compreensível que seja

assim, pois o uso da vírgula requer atenção especial, em virtude de sua

variabilidade de aplicações e efeitos.

Para você ter apenas uma ideia do que isso significa, use a vírgula

para pontuar a frase abaixo.

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA

DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você é mulher, certamente colocou a vírgula depois do

substantivo “MULHER”.

Se você é homem, colocou a vírgula depois do verbo “TEM”.

Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma

frase?

Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior

frequência nas provas de concurso, convém estudarmos todos aqueles que são

alcançados pelo edital do seu concurso.

VÍRGULA (assinala uma pequena pausa)

I. Entre os termos da oração, serve para:

a) separar elementos coordenados que possuem a mesma

função sintática:

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núcleo núcleo núcleo núcleo

Ex.: Os livros, os cadernos, os lápis e as borrachas estão sobre a

mesa.

Obs.: havendo repetição da conjunção E para separar os

elementos de mesma função sintática, a vírgula pode se repetir.

Ex.: Comprou sapato, e bolsa, e meias.

b) assinalar a omissão do verbo (vírgula vicária):

Ex.: No mar há os peixes; no céu, as estrelas...

c) separar adjuntos adverbiais deslocados:

Ex.: Neste momento, o pelotão se pôs em fuga.

Obs.: aqui, o aluno deve admitir certa flexibilidade, pois há muitos

gramáticos e escritores que não a empregam.

[...]

[...]

1. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Justifica-se o emprego

da vírgula logo após “mas” (L.18) para enfatizar o sentido de contraste

sujeito composto

objeto direto

A vírgula substitui a forma verbal “há”

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introduzido por essa conjunção, razão por que a supressão desse sinal de

pontuação não acarretaria prejuízo gramatical ao texto.

Comentário – A vírgula não enfatiza nenhum sentido de contraste. Ela foi

empregada para ajudar a isolar o adjunto adverbial intercalado entre a

conjunção e o restante da oração: “...mas, do ponto de vista político,

assistiu-se...”. A retirada dela, fragmentaria indevidamente a oração: “...mas

do ponto de vista político, assistiu-se...”.

Resposta – Item errado.

d) separar o aposto explicativo:

Ex.: Jorge Amado, autor de “Jubiabá”, é um excelente romancista.

e) separar o vocativo:

Ex.: Não toque nesses doces, menino!

f) separar datas de localidades:

Ex.: Brasília, 1º de março de 1985.

g) separar expressões de caráter explicativo, conclusivo, de

retificação, de realce (por exemplo; isto é; ou seja; a saber; ora etc.):

Ex.: Ele consegue, por exemplo, dirigir sozinho.

[...]

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objeto direto objeto direto pleonástico

2. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) A vírgula após “Ora” (L.3) pode

ser suprimida sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido original

do texto.

Comentário – A palavra “Ora” é interjeição e serve para realçar os

sentimentos (de surpresa, admiração) do enunciador. A vírgula não deve ser

retirada.

Resposta – Item errado.

h) separar conjunções intercaladas:

Ex.: Ela virá; não se sabe, contudo, quando.

i) separar objetos pleonásticos:

Ex.: O relógio, guarda-o no bolso do paletó.

j) separar o predicativo do sujeito invertido ou intercalado:

Ex.: Decepcionado, o torcedor afastou-se lentamente.

O torcedor, decepcionado, afastou-se lentamente.

II. Entre orações, serve para:

a) separar orações coordenadas assindéticas

Ex.: Pare, olhe, siga.

[...]

[...]

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sujeito sujeito

3. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com a supressão

da vírgula logo após a palavra “pedagógica” (l.20), seriam preservados o

sentido e a correção gramatical do texto.

Comentário – Veja que questão interessante. A oração após a vírgula

(“podendo eleger...”) é coordenada aditiva reduzida de gerúndio. Ela é

equivalente a: ...cada escola criaria seu plano de ação pedagógica e poderia

eleger um desses eixos... As coordenadas aditivas traduzem fatos imediatos,

ações subsequentes a outras. Veja outro exemplo (colhido em Cegalla, 2008,

página 413): “A mãe aconchegou a criança e a beijou, largando-a, em seguida.

[largando-a, em seguida = e a largou, em seguida]”. Na questão da prova, a

coordenada aditiva, por ser reduzida, veio sem a conjunção característica.

Lembre-se de que a vírgula deve separar orações coordenadas assindéticas

(ou seja, aquelas que não são introduzidas por conjunções).

Resposta – Item errado.

b) separar as orações coordenadas sindéticas, exceto as

aditivas.

Ex.: Vá, mas volte sempre.

Obs.: usa-se a vírgula para separar orações coordenadas

sindéticas aditivas de sujeitos diferentes ou com repetição da conjunção.

Ex.: Ele foi ao Japão, e ela foi à Itália.

E estuda, e trabalha, e dorme...

Atenção! Há casos em que as típicas conjunções aditivas

introduzem orações adversativas; assim sendo, o emprego da vírgula é

obrigatório.

Ex.: Estudou, e não passou. (semanticamente, a conjunção “e”

tem valor adversativo)

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predicado sujeito

sujeito predicado

verbo OD OI

c) separar orações adverbiais antecipadas ou intercaladas

(quando vierem na ordem direta, o emprego será facultativo)

Ex.: Ao anoitecer, saíram.

Saíram ao anoitecer.

Saíram, ao anoitecer.

d) separar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Jesus Cristo, que também é Deus, ressuscitou.

e) separar as orações intercaladas:

Ex.: Creio, disse ele, que esse é um caso perdido.

f) separar as orações subordinadas substantivas apositivas:

Ex.: É imprescindível que o país adote duas diretrizes, distribuir

renda e reconstruir o ensino público.

III. Não se usa vírgula

a) entre sujeito e verbo (mesmo quando o sujeito é muito longo

ou vem depois do predicado):

Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim.

Obs.: a intercalação de termos entre o sujeito e o verbo deve ser

marcada por vírgulas, uma antes e outra depois.

Ex.: Os deputados, ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do

presidente da República.

b) entre o verbo e seu complemento (OD ou OI):

Ex.: Entreguei o presente ao aniversariante.

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nome

adjunto adnominal

nome complemento nominal

oração subordinada substantiva objetiva indireta

c) entre o nome e seu adjunto ou complemento:

Ex.: A todos os presentes informamos os novos valores

dos produtos que vendemos.

Não há necessidade de tanta estupidez.

d) para isolar o agente da passiva

Ex.: As medidas econômicas foram aprovadas pelo presidente.

e) para separar as orações subordinadas substantivas (exceto a

apositiva) da sua principal.

Ex.: Duvido de que esse prefeito dê prioridade às questões sociais.

Veja como essa matéria já foi cobrada em prova.

[...]

Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no

10 segundo ano de administração a equidade que torna o

imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em

1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora

13 alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para

corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à

arrecadação.

Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do

município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.

Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.

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4. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula

logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem

alteraria o sentido original do texto.

Comentário – A vírgula depois de “equidade” transformaria a oração adjetiva

restritiva em explicativa. Isso não causaria incorreção gramatical; mas

alteraria o sentido original do texto. Com a vírgula, a oração “que torna o

imposto suportável” deixa de particularizar o significado de “equidade” e o

generaliza. Com a vírgula, a informação é a de que toda e qualquer equidade

torna o imposto suportável.

Resposta – Item errado.

1 A questão mais importante para entender a reforma

tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um

projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões

4 realizadas sobre o tema desde o início da década passada no

Brasil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação

aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo

7 longo de transição, um modelo importante para viabilizar

política e tecnicamente sua implantação.

Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos

de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações).

5. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em

que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição

gramatical e preserva o sentido original.

A) A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber

por que a estamos propondo. (l.1-2)

B) Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões

realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-

5)

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C) Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos

anteriores. (l.5-6)

D) A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo,

importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação. (l.6-

8)

Comentário – Alternativa A: o sujeito da locução “é saber” é toda a expressão

“A questão mais importante para entender a reforma tributária”. Ambos

(sujeito e locução verbal) foram indevidamente fragmentados pelas vírgulas.

Alternativa B: a primeira vírgula serviu para isolar a oração

“que sai do nada” e imprimir a ela um caráter explicativo, diferente do sentido

restritivo original. Além disso, a terceira vírgula separou indevidamente o

verbo “herda” do seu complemento “das discussões realizadas sobre o tema”.

A última não gera problemas ao texto, pois isola segmento de caráter

adverbial (mesmo estando no final do período, é possível que venha depois de

vírgula).

Alternativa C: O vocábulo “Naturalmente” funciona como

adjunto adverbial. Sua antecipação recomenda o emprego da vírgula, que pode

até ser dispensado quando o adjunto adverbial é pequeno e não constitui uma

oração. É por isso que no original ele não surgiu isolado.

Alternativa D: a primeira vírgula separou o nome “modelo” do

seu adjunto “importante”, o que não deve ocorrer. A segunda separou

indevidamente o verbo “viabilizar” do seu objeto: “sua implantação”. Que fique

bem claro que a vírgula não deve separar o nome do adjunto nem do

complemento, e nem o verbo do seu objeto.

Resposta – C

1 Um governo, ou uma sociedade, nos tempos

modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta

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como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a

4 própria ideia de democracia.

[...]

Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade.

Internet: <www.mundojuridico.adv.br> (com adaptações).

6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações

semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção

gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a

precede.

Comentário – Para confirmar a veracidade do que a banca alega, sugiro

reescrever a passagem já com as alterações.

Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está

vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em

face da Idade Antiga e Média: a própria ideia de democracia.

Verifica-se, assim, que a retirada da expressão “a saber” e da

vírgula não prejudica o texto em nada. Lembre-se de que a vírgula é

empregada para separar expressões de caráter explicativo (por exemplo; isto

é; ou seja; a saber etc.). Uma vez que a expressão “a saber” foi eliminada do

trecho, perdeu a vírgula sua finalidade.

Resposta – Item certo.

1 A despeito da retórica que chama atenção para

avanços obtidos pelo país no plano econômico, é mais do que

evidente que o Brasil ainda se enquadra no elenco dos

4 chamados países em desenvolvimento, com índices

verdadeiramente escandalosos em termos de qualidade de vida,

saúde e educação, com significativa parcela da população

7 alijada do que os estudiosos costumam designar como mínimo

existencial para uma vida digna.

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Ressalte-se que a doutrina diverge quando se trata de

10 estabelecer a acepção do termo democracia. Apesar das

divergências acerca de conceitos, teses ou doutrinas, há

consenso de que a democracia constitui a melhor forma de

13 governo de um Estado, visto que impede atos de violência e de

intolerância, buscando a integração e a inclusão. Cumpre

acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão

16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as

instituições democráticas.

Nessa linha de pensamento em que se procura reverter

19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na

Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição

essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no

22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com

promoção do integral acesso à justiça. [...]

Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

7. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010 – adaptada) Quanto à

pontuação empregada no texto, assinale a opção correta.

A) O emprego de vírgula logo após o vocábulo “Brasil” (l.3) manteria a

correção gramatical do texto.

B) Caso se desejasse intensificar a ênfase ao que se destaca no texto, seria

correto empregar vírgula logo após o termo “Ressalte-se” (l.9).

C) A vírgula empregada logo após o vocábulo “que” (l.15) é obrigatória.

D) A supressão da vírgula logo após “pública” (l.19) manteria a correção

gramatical e o sentido original do texto.

Comentário – Alternativa A: vejamos como ficaria o trecho com a vírgula:

“evidente que o Brasil, ainda se enquadra...”. Que tal? Pode a vírgula causar

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separação entre sujeito (“o Brasil”) e verbo (“enquadra”)? É claro que não! Por

isso a alternativa está errada.

Alternativa B: novamente, vamos reescrever o trecho já com a

tal vírgula: “Ressalte-se, que a doutrina...”. Repare que incorreríamos no

mesmo erro anterior: separar sujeito e verbo. Aqui, o pronome “se” é

apassivador, o verbo ressaltar está na voz passiva sintética e o sujeito é o

segmento seguinte: “que a doutrina diverge”. Opção incorreta.

Alternativa C: a vírgula após a conjunção integrante “que”

serve para delimitar a intercalação de segmento de valor semântico adverbial.

Experimente retirá-la e você notará que a vírgula após “social” (l. 16) passa a

causar separação indevida entre o verbo “acrescentar” e o seu objeto direto

(oracional): “Cumpre acrescentar que no enfrentamento do desafio de inclusão

social, emerge...”. Por isso a vírgula é mesmo obrigatória.

Alternativa D: o termo “a defensoria pública” funciona como

sujeito do verbo “precisa”. Entre eles surgiu uma oração subordinada adjetiva

reduzida de particípio. Como o valor semântico dela é explicativo, cumpre que

seja obrigatoriamente separada por vírgulas. Por isso a supressão da vírgula

após “pública” causaria prejuízo ao texto. Ressalte-se que as orações adjetivas

restritivas não são separadas por vírgulas e que elas conferem ao texto sentido

diverso do das explicativas.

Resposta – C

1 A História não é feita apenas de brados retumbantes,

de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso.

Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino

4 Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em

Jataí, Goiás? Ali, depois dos discursos, JK se colocou à

disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando

7 Antônio Soares Neto, o Toniquinho, quis saber se o candidato

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cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa

a mudança da capital para o Planalto Central. JK assumiu na

10 hora o compromisso, como desejava a plateia. E cumpriu a

promessa.

Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília,

13 é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de

atração do litoral.

Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu

16 interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao

Centro-Oeste e ao Norte.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

8. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) Em relação ao emprego dos

sinais de pontuação no texto acima, assinale a opção correta.

A) A vírgula após “interior” (l.16) justifica-se porque isola um aposto

oracional.

B) A vírgula na linha 1 justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente.

C) A expressão “em 4 de abril de 1955” (l.4) está entre vírgulas por ser um

dos elementos de uma enumeração.

D) O termo “o Toniquinho” (l.7) está isolado por vírgulas por se tratar de

vocativo.

E) O emprego de vírgula logo após “Brasília” (l.12) justifica-se porque isola

adjunto adverbial anteposto à oração principal.

Comentário – Alternativa A: a vírgula foi empregada para separar oração

coordenada sindética aditiva com sujeito (“a fronteira agrícola”) diferente da

anterior (“o Brasil”). A vírgula normalmente não é usada para separar orações

coordenadas aditivas; mas isso é possível quando a conjunção vem repetida ou

quando os sujeitos são diferentes. Exemplos:

a) E estuda, e trabalha, e luta, e vence.

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b) José chegou, e Pedro foi embora.

Alternativa B: a vírgula separa expressão de caráter

explicativo: “grandes decisões” esclarece o sentido de “brados retumbantes”.

Alternativa C: a expressão indicada é um adjunto adverbial

(de tempo) isolado.

Alternativa D: realmente um vocativo deve ser isolado pela

pontuação:

José, vem aqui!

Mas o caso aqui é outro. O termo “o Toquinho” é aposto

(explicativo) de “Antônio Soares Neto”.

Alternativa E: assertiva correta; a vírgula se presta a tal

emprego, como exposto na questão anterior (letra C).

Resposta – E

[...] Ao estabelecer a obrigatoriedade na

realização dos exames pré-admissional, periódico e

7 demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais

voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos

sofridos e a ocupação desempenhada.

Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios

éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).

9. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A vírgula logo depois de

“trabalhador” (l.7) é opcional e sua retirada preservaria a correção

gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem

função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames

pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador” (l.6-7).

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Comentário – Tenha cuidado para não cair no “conto do vigário”! A vírgula foi

usada para indicar a antecipação da oração subordinada adverbial (temporal)

“Ao estabelecer...”. Por isso o emprego dela é obrigatório. Compare este caso

com o da letra C da questão 13.

Resposta – Item errado.

10. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é

adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o

quanto à correção gramatical.

Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos

cabos eleitorais e cidadões comuns. A eleição de 2010 será também um

teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e

para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia.

Comentário – Em virtude do objetivo da aula, permito-me comentar apenas o

que é pertinente à pontuação.

No período inicial, surgiu uma enumeração de elementos

coordenados entre si: “partidos candidatos cabos eleitorais e cidadões

[cidadãos] comuns”. A vírgula deve ser usada para separá-los, com exceção do

último termo, que normalmente surge articulado pela conjunção aditiva e:

“partidos, candidatos, cabos eleitorais”.

Resposta – Item errado.

1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus

produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa

forma, contribuem para o crescimento econômico do país.

4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor

supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza

imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente,

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7 que o mais longo período da história da vida humana foi

orientado pela cooperação e solidariedade, valores

fundamentais para a sobrevivência da espécie. [...]

Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:

<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).

11. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A vírgula logo depois de “solidariedade”

(l.8) é obrigatória porque a oração que a segue tem valor explicativo e

corresponde a que são valores [...].

Comentário – Sim, o emprego da vírgula reveste-se de obrigatoriedade, pois

o segmento seguinte explica, esclarece uma característica própria do

significado dos vocábulos “cooperação” e “solidariedade”. Compare, por

exemplo, com o comentário da questão anterior e certifique-se de que a

vírgula tem mesmo o propósito de separar termos e expressões de valor

semântico explicativo.

Resposta – Item certo.

12. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir é

adaptado do editorial d’O Estado de S. Paulo de 22/4/2010.

Julgue-o quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate

a dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no

primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o

país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas

1.297 casos da doença.

Comentário – Importa-nos discutir aqui o erro de pontuação.

Os termos “mais de 34 mil casos da doença” e “15 mortes”

funcionam como objetos diretos da forma verbal “houve”. A vírgula não pode

separá-los do verbo, como ocorreu na oração “houve mais de 34 mil casos da

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doença, no primeiro trimestre e 15 mortes”. Ou a vírgula é retirada, ou outra é

acrescentada depois do adjunto adverbial “no primeiro trimestre”, para

caracterizar o correto isolamento dele, assim: “houve mais de 34 mil casos da

doença, no primeiro trimestre, e 15 mortes”.

Resposta – Item errado.

[...] A ocultação, pela

13 indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por

seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as

destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados

16 Unidos da América durante uma década inteira; e outros

produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada

ano, mais mortes do que essas.

James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed.,

São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).

13. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Não haveria prejuízo para o

sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão

“a cada ano” (L.17-18) fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam,

para imediatamente depois de “e” (L.16).

Comentário – O deslocamento da locução adverbial de tempo mantém o

significado original e realmente recomenda o emprego das vírgulas, por causa

da intercalação.

Resposta – Item certo.

Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de

grande circulação. Julgue-os quanto à correção gramatical.

14. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A legislação brasileira proíbe

que menores de catorze anos trabalhem, mas, segundo dados do Instituto

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Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia, em 2008, um total de

993 mil crianças entre cinco e treze anos nessa situação. Em uma faixa

etária mais ampla, até dezessete anos, quando se espera que os jovens

ainda estejam estudando, foram contabilizados, ao todo, 4,5 milhões de

crianças e adolescentes no exercício de algum tipo de trabalho.

Comentário – Não se verifica erro aqui. Destaque para a utilização das

vírgulas.

Resposta – Item certo.

15. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Visto apenas pelo ângulo

econômico, o problema da exploração da mão de obra infantil, é ao

mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando

crianças e adolescentes deixam de estudar para entrar precocemente no

mercado de trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho

imediato.

Comentário – A vírgula depois de “infantil” causou separação indevida entre

sujeito e predicado (a palavra “impecilho” grafa-se assim: empecilho).

Resposta – Item errado.

16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após

o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do

texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos

voltados para a expansão da produção e para o aumento da

produtividade.

Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas

adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do

substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações

teriam natureza semântica explicativa.

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Resposta – Item certo.

[...] O movimento da

vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a

ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os

10 valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela

efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. [...]

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

17. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A ausência de vírgula depois

de “vertiginosa” (l.12) indica que a oração iniciada por “que marca” (l.12)

restringe a ideia de “velocidade vertiginosa” (l.11-12).

Comentário – A oração é subordinada adjetiva restritiva e, por isso, não deve

ser separada do termo a que se refere por meio de vírgula.

Resposta – Item certo.

18. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Quase dois terços da

área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a

exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de

826.000 km², destruída.”

O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um

aposto.

Comentário – O segmento apontado tem natureza explicativa, por isso deve

estar entre vírgulas; mas ele não é um aposto. O pronome relativo “que” e o

verbo “é” denunciam que o segmento é uma oração adjetiva.

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Resposta – Item errado.

19. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “No final do ano passado, o Conselho

Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram a

campanha Começar de Novo para sensibilizar a população para a

necessidade da recolocação, no mercado de trabalho e na sociedade, do

preso libertado após cumprimento da pena.”

A retirada da vírgula empregada logo após “sociedade” prejudicaria a

correção gramatical do texto.

Comentário – Sim, pois ela encerra o isolamento do adjunto adverbial “no

mercado de trabalho”, que surgiu intercalado entre o nome “recolocação” e o

seu complemento “do preso libertado”.

Resposta – Item certo.

20. (Cespe/BRB/Advogado/2010) “O mundo moderno, caracterizado pela

globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço irrestrito da

Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas

facetas afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a

qualidade do meio ambiente e das relações sociais,políticas e

econômicas.”

Uma forma correta de se evitar a repetição da conjunção e no primeiro

período sintático do texto seria a substituição de sua ocorrência depois de

“vida” por vírgula, deixando-se todos os termos da enumeração iniciada

por “nossa saúde” separados por vírgula.

Comentário – Vamos proceder à substituição: ...cujas facetas afetam

inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida, a qualidade do meio

ambiente e das relações sociais, políticas e econômicas. Os termos sublinhados

constituem o objeto direto do verbo “afetam”. Normalmente, a conjunção

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aditiva e articula o último elemento de mesma função sintática; mas a

utilização da vírgula não constitui erro e, no caso em análise, evita a repetição

da conjunção.

Resposta – Item certo.

21. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes de Repasse e Parcelamento/2010)

“No entanto, nem tudo está perdido. Nós, humanos, podemos ser apenas

pobres mortais, mas temos uma ferramenta que nos permite controlar, se

não o tempo, nossa própria existência. Essa ferramenta se chama

consciência”

As vírgulas que separam o vocábulo “humanos” do restante da oração

poderiam ser omitidas sem que houvesse prejuízo para a correção

gramatical do texto.

Comentário – O vocábulo “humanos” funciona como aposto explicativo.

Obrigatoriamente, esse termo sintático deve ser isolado por vírgulas.

Resposta – Item errado.

[...]

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22. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Na linha 33, caso se insira, antes

de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a

manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego

de vírgula após “mundo”.

Comentário – Observe a alteração proposta pela banca: E considerar outras

formas de soberania que respondam melhor a um mundo que é caracterizado

ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade.

Sem o segmento que é, o sentido do substantivo “mundo” já

figurava limitado, restrito, qualificado pela expressão “caracterizado ao mesmo

tempo pela desigualdade e pela diversidade”. O enunciador não se referia a um

mundo qualquer, mas a um mundo específico, caracterizado por aquilo que foi

explicitado no texto.

A inclusão do pronome relativo e do verbo (que é) apenas

ressaltaria, por meio da oração subordinada adjetiva restritiva desenvolvida, o

caráter particular, específico atribuído ao substantivo “mundo”. E por se tratar

de uma oração adjetiva restritiva, a vírgula não deve ser empregada.

Portanto a manutenção da correção gramatical e do sentido do

período fica preservada sem a necessidade de vírgula após “mundo”.

Resposta – Item errado.

[...]

10 A rigor, não há grande diferença entre o emprego

dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico.

[...]

Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas.

São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações

23. (Cespe/PF/Agente/2012) Com correção gramatical, o período “A rigor (...)

histórico” (l.10-11) poderia, sem se contrariar a ideia original do texto, ser

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assim reescrito: Caso se proceda com rigor, a análise desses conceitos,

verifica-se que não existe diferenças entre eles.

Comentário – Existe aqui uma série de erros. Vou me deter àquele que diz

respeito à pontuação. As vírgulas isolam a expressão “a análise desses

conceitos” erroneamente. Do modo como figura no enunciado, a expressão

desligada de um verbo não funciona nem como sujeito, nem como

complemento dele. Parece que a intenção tem a ver com o último caso e

deveria funcionar como complemento indireto da forma verbal “proceda”. Este

verbo é transitivo indireto no sentido de levar a efeito, executar, realizar. Mas

isso nos levaria a apontar outros problemas de construção sintática, os quais

se distanciam do foco desta aula sobre pontuação. De qualquer forma, já dá

para notar que a reescritura proposta pelo examinador está truncada.

Resposta – Item errado.

PONTO

I. Em relação ao mesmo parágrafo, é empregado no final de

cada período, indicando uma pausa mais longa entre as frases.

Ex.: A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o

cachorro estacou diante Del. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam. (Clarice

Lispector)

II. Em relação a parágrafos distintos, assinala a passagem de

um conjunto de ideias a outro de natureza diversa.

Ex.: A monarquia se enterrava. Revogou-se, portanto, o exílio dos

Braganças, trouxeram-me para cá os ossos do velho monarca e de sua esposa.

E recebeu-se a visita do Rei Alberto, a quem ofereceram festas magníficas.

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As finanças do Brasil não iam mal, permitiam despesas de

vulto. Iniciaram-se então as obras contra a seca do Nordeste, que logo foram

interrompidas. (Graciliano Ramos)

Veja como a matéria foi cobrada em prova.

1 O poder político é produto de uma convenção, não

da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente

com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de

4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus

direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,

na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de

7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao

contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade

conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da

10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à

preservação da propriedade.

[...]

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,

ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).

24. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 10, preserva-se a correção

gramatical do texto ao se substituir o ponto logo depois da palavra

“espécie” pelo sinal de dois-pontos, fazendo-se o necessário ajuste da

letra inicial maiúscula da preposição “De”.

Comentário – Vamos fazer o que o examinador disse: “De um lado, a

sociedade conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da espécie: de

outro lado, a sociedade política visa à preservação da propriedade”. O que

você achou? Ficou esquisito, não é mesmo?

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O segmento anunciado pelos dois-pontos não constitui uma citação

– Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai

senão por mim”. (João 14:6) –, não se caracteriza por ser o discurso direto de

um personagem:

Sempre que o professor entra em sala ele diz:

– Essa moleza vai acabar.

–, não é uma enumeração – A dupla articulação da linguagem

caracteriza-se: a) pela combinação e b) pela comutação. – e não esclarece ou

explica foi dito anteriormente – Todos já sabiam: ele não seria eleito. –, não é

uma oração subordinada substantiva apositiva – Só espero uma coisa: que

você estude.

No mesmo parágrafo, o ponto no final de cada período é

mesmo indicado para exprimir uma pausa mais longa entre as frases.

Resposta – Item errado.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

I. Usado nas interrogações diretas.

Ex.: Fazer o quê? O vazamento se dava entre o soalho e o forro,

não havia acesso possível. Onde descobrir um bombeiro em Londres, num

sábado à noite? (Fernando Sabino)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

I. Usa-se nos enunciados de entonação exclamativa, depois de

interjeições, vocativos, verbos no imperativo.

Ex.: Que linda manhã!

Ai! Essa doeu.

Filho! Vem aqui.

Avançar!

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PONTO E VÍRGULA (pausa intermediária entre o ponto e a vírgula)

I. O emprego deste sinal de pontuação depende muito do

contexto. Em geral, podemos seguir as orientações abaixo quanto ao seu uso:

a) para separar, numa série coordenada, elementos que já

estão anteriormente separados por vírgula, a fim de ressaltar a hierarquia

das informações:

Ex.: Encontramos na reunião: José, o presidente; Pedro, o vice;

Carlos, o primeiro-secretário; Francisco, o tesoureiro; e outros convidados.

b) para separar enumeração após dois pontos:

Ex.: Os alunos devem respeitar a seguintes regras:

– não fumar dentro do colégio;

– não fazer algazarras durante o intervalo;

– respeitar os funcionários e os colegas;

– trazer sempre o material escolar.

c) para separar as orações coordenadas sindéticas com

conjunção intercalada:

Ex.: Apressou-se; não chegou, porém, a tempo.

Veja como esta matéria foi cobrada em prova.

1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi

a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha

de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente

4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real,

nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e

imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,

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7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência

prematura de seus produtos. [...]

Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida

Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).

25. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao

se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (l. 6) por ponto-e-

vírgula.

Comentário – A vírgula empregada imediatamente após o vocábulo

“modismo” serve para destacar a oração reduzida de particípio “Obcecados por

conveniência, velocidade e modismos”, que surgiu antecipada. O emprego do

ponto e vírgula faria surgir leve desvio gramatical, por separar incorretamente

a oração subordinada de sua principal. Releia as orientações sobre os casos

recomendados de emprego do ponto e vírgula.

Resposta – Item errado.

[...]

Modernidade seria assegurar a todos os habitantes

do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício

13 dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um

modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população

alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo,

16 bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que

pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação

rápida e democrática da justiça; são instituições públicas

19 sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões

econômicas.

Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade

nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

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26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no

último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar

claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do

período e deixar subentender “Modernidade” (l.16) como o sujeito de “é

sistema” (l.17), “são instituições” (l.18) e “é o controle” (l.19).

Comentário – Eis o último período sintático do texto: “Modernidade, para os

que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e

democrática da justiça; são instituições públicas sólidas e eficazes; é o controle

nacional das decisões econômicas”.

A clareza a que a banca examinadora se refere tem a ver com

os termos que já estão separados pelas vírgulas. Como elas já foram utilizadas

para marcar o isolamento de termos internos pertencentes a um mesmo

segmento (“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário

eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça”), o sinal de ponto e

vírgula serviu então para acentuar a relação existente entre as orações

coordenadas constituídas por “é sistema”, “são instituições”, “é o controle” e o

sujeito delas: “Modernidade”.

Repare que a clareza das relações sintático-semânticas não

seria acentuada se, em todo o período, fossem utilizadas apenas vírgulas:

“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com

aplicação rápida e democrática da justiça, são instituições públicas sólidas e

eficazes, é o controle nacional das decisões econômicas”.

Resposta – Item certo.

[...] Os sintomas são conhecidos: uma

10 ilusão de invulnerabilidade, que gera otimismo e pode levar

a riscos; um esforço coletivo para neutralizar visões

contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na

13 moralidade das ações dos membros do grupo; e uma visão

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distorcida dos inimigos, comumente vistos como iludidos,

fracos ou simplesmente estúpidos.

[...]

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta

Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).

27. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas linhas 11, 12 e 13, o uso do sinal de ponto e

vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de

informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na

estruturação sintática de alguns desses termos.

Comentário – Você deve notar que o Cespe explora frequentemente a

utilização de ponto e vírgula e de travessões para acentuar a hierarquia de

informações constantes num período, principalmente quando há elementos

intercalados e já separados por vírgulas. Realmente, em casos semelhantes, a

utilização de travessão e de ponto e vírgula torna as relações sintáticas mais

claras.

Resposta – Item certo.

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. [...]

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

28. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A oposição de ideias introduzida pela

conjunção “mas” (l.3) impede que, em lugar do ponto e vírgula (l.3), seja

utilizado o sinal de ponto; por outro lado, o uso da vírgula depois de

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“técnica” (l.2) também impede que, no lugar de ponto e vírgula (l.3), seja

usada outra vírgula.

Comentário – Cunha e Cintra (2008:668) ensinam que se costuma utilizar

ponto e vírgula antes das conjunções adversativas (mas, porém, todavia,

contudo, no entanto etc.) e das conclusivas (logo, portanto, por isso, etc.)

para acentuar a ideia de oposição existente entre orações. Ele também é

utilizado para separar partes de um período, das quais uma pelo menos esteja

subdividida por vírgula. A utilização do ponto, que faria surgir outro período,

em nada comprometeria a oposição de ideias introduzida pela conjunção

adversativa “mas”. A utilização da vírgula no lugar do ponto e vírgula é

possível, mas isso não causaria o mesmo efeito entre nas relações sintáticas.

Resposta – Item errado.

[...]

[...]

29. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Sem que haja prejuízo para o

sentido original do texto, “Isso” (L.24) pode ser corretamente substituído

por o que, desde que se substitua o ponto que antecede esse pronome

por ponto e vírgula.

Comentário – Veja como ficaria o que o examinador afirma: Por outro, o fato

de o império absorver povos diferentes faz que alguns de seus componentes

desejem destacar-se do conjunto; o que explica por que os impérios

perduram, racham, reconfiguram-se e caem.

Ao que parece, a nova redação enfatiza o desejo de alguns

componentes do conjunto de se destacarem dele como explicação do fato de

os impérios perdurarem, racharem, reconfigurarem-se e caírem.

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Antes, porém, a pausa mais intensa proporcionada pelo ponto e

a imediata iniciação de novo período com o pronome demonstrativo “Isso”

parece retomar toda a ideia anterior como explicação do fato de os impérios

perdurarem, racharem, reconfigurarem-se e caírem. Em outras palavras, tanto

a atitude do império absorvendo povos diferentes, quanto o desejo de alguns

componentes do conjunto de se destacarem dele servem de explicação.

Resposta – Item errado.

DOIS-PONTOS

I. Antes de uma citação.

Ex.: Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém

vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6)

II. Para introduzir a fala de uma personagem, no discurso direto.

Ex.: Sempre que o professor entra em sala ele diz:

– Essa moleza vai acabar.

III. Antes de uma enumeração.

Ex.: A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela

combinação e b) pela comutação.

[...]

[...]

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30. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) O sinal de

dois-pontos empregado após a palavra “eixos” (l.19) introduz uma oração

explicativa.

Comentário – Observe que o segmento logo após o sinal de dois-pontos nem

sequer traz um verbo: “trabalho, ciência, tecnologia e cultura”. Como, pois,

pode ser uma oração? Na verdade, a pontuação foi empregada para anunciar a

enumeração dos eixos.

Resposta – Item errado.

IV. Para esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito.

Ex.: Todos já sabiam: ele não seria eleito.

[...]

31. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Com os devidos ajustes de

maiúsculas e minúsculas, o ponto após “passados” (L.27) pode ser

substituído por dois-pontos sem que haja prejuízo para a correção

gramatical e o sentido original do texto.

Comentário – O trecho ficaria assim: Pensar o império significa ressuscitá-lo

dos mundos passados: trata-se de considerar a multiplicidade de formas de

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exercício do poder sobre um dado espaço. Note que a informação posterior aos

dois-pontos serve de esclarecimento ou conclusão do que foi dito antes.

Resposta – Item certo.

V. Para separar uma oração subordinada substantiva apositiva.

Ex.: Só espero uma coisa: que você estude.

Veja como esta matéria foi cobrada em prova.

1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi

a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha

de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente

4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real,

nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e

imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,

7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência

prematura de seus produtos. [...]

Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida

Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).

32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao

se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (l. 4) pelo

sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra

minúscula.

Comentário – A informação contida no fragmento textual “Foi ela que nos

viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à

informação farta, exata e imediata” fornece-nos o esclarecimento, a explicação

ou conclusão do que foi dito no período anterior. Não há, portanto, prejuízo

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para a coerência da argumentação nem para a correção gramatical ao

empregar os dois pontos em substituição ao ponto, o qual faz surgir uma

pausa maior entre os dois períodos.

Resposta – Item certo.

[...]

7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre

o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe

é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações

10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os

outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma

unidade fechada em si mesma, como Homo clausus.

[...]

Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia.

In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).

33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de dois-pontos, na linha

9, anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta

proposta pela sociologia.

Comentário – Volte ao item IV e confirme que os dois pontos servem para

esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito. No texto, eles introduzem a

indagação da sociologia a respeito da concepção com que ela trabalha.

Resposta – Item certo.

1 Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos

nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros.

Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo,

4 seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano

como um contínuo devir de experiências individuais

intransferíveis. [...]

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Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

34. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 4, o sinal de

dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação para as orações

anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito porque, sem

prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência.

Comentário – Não há problema para a coerência do texto, pois o emprego da

conjunção porque preserva o valor semântico explicativo. Mas a utilização do

conectivo no lugar do sinal de dois-pontos faria surgir uma vírgula

imediatamente antes para separar a oração coordenada sindética explicativa:

“Ao mesmo tempo, [como] seres humanos, somos indivíduos,

porque vivemos nosso ser cotidiano...”.

A esse respeito, leiam-se as lições dos consagrados Cunha e

Cintra em Nova gramática do português contemporâneo (2008:658-661):

“A vírgula marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se

não só para separar elementos de uma oração, mas também orações de um só

período.

[...]

2. Entre orações, emprega-se a vírgula:

[...]

2º) Para separar as orações coordenadas sindéticas, salvo as

introduzidas pela conjunção e:

– Não me disseste, mas eu vi. (A. Abelaria, QPN, 19.)

Ou elas tocavam, ou jogávamos os três, ou então lia-se alguma

cousa. (Machado de Assis, OC, II , 497.)

Não comas, que o tempo é chegado. (J. Saramago, MC, 356.)”

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Pasquale e Ulisses, em Gramática da língua portuguesa

(1998:471), também concordam com esse ensinamento, pois afirmam:

“Separam-se por vírgula as orações coordenadas assindéticas e

as orações coordenadas sindéticas (grifo nosso), com exceção

das introduzidas pela conjunção e que não tenham sujeito

diferente do da oração anterior”.

Resposta – Item certo, conforme o gabarito oficial. Melhor seria a anulação.

RETICÊNCIAS

I. Para indicar certa indecisão, dúvida, surpresa na fala da

personagem.

Ex.: Jacó! Diga-me... você... me traiu?

II. Para indicar que, em um diálogo, a fala de uma personagem

foi interrompida pela fala de outra.

Ex.: – Já que todos deram sua opinião...

– Um momento, seu presidente, ainda falta eu.

III. Para sugerir ao leitor que dê continuidade à ideia suspensa.

Ex.: Quem não se comunica...

IV. Para indicar, em uma citação, que alguns trechos foram

suprimidos.

Ex.: “Vou contar aos senhores [...], principiou Alexandre

amarrando o cigarro de palha.” (Graciliano Ramos)

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[...]

35. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/Telecomunicações e Eletricidade/2012) O

ponto final empregado logo após “imprensa” poderia ser corretamente

substituído por reticências.

Comentário – É muito importante notar que o examinador focaliza a correção

gramatical, e não a alteração de sentido. Com o ponto final, a frase está

plenamente acabada; a ideia, completa. Com reticências, a ideia torna-se

suspensa, e o interlocutor é instigado a imaginar ou completar o sentido da

informação. Mas erro não existe.

Resposta – Item certo.

TRAVESSÃO

I. Nos diálogos, marca a mudança de interlocutor.

Ex.: – Quais são os símbolos da pátria?

– Que pátria?

– Da nossa pátria, ora bolas! (Paulo Mendes Campos)

II. Serve para isolar palavras, expressões explicativas, frases

intercaladas.

Ex.: Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia,

parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado

mais alguma coisa. (Mário Palmério)

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[...]

[...]

36. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na linha 6, a

substituição do travessão por dois-pontos prejudicaria a correção

gramatical do texto.

Comentário – O travessão separou adequadamente uma enumeração que nos

ajuda a entender melhor, por meio da exemplificação, o sentido da expressão

“3.000 toneladas de lixo”. O sinal de dois-pontos também é adequado para tal

finalidade, observe: ...3.000 toneladas de lixo...: guimbas de cigarro, palitos

de picolé, cocô de cachorro e restos de alimentos. Portanto a substituição em

nada prejudicaria o texto.

Resposta – Item errado.

Atenção! Uso de travessões em vez de vírgulas

Muitas vezes, as vírgulas são substituídas por travessões. Isso

confere modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja:

1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a sua

hora e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de "aparecer",

de "vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz)

2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão mal

compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você sempre

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ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que não se

pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra)

3) Como temos pouco poder e voz na arena internacional – e

temos cada vez menos –, os maus resultados por fazer a coisa certa de

maneira errada (para não dizer, errática, como no Mercosul, por exemplo)

permanecem restritos ao nosso território e pesam apenas sobre os nossos

próprios ombros. [...] E seu governo, em vez de fazer certa a coisa -

destravando os investimentos, para fazer a coisa certa, aumentar o

crescimento -, optou por um choque de demanda: [...]. (Marco Antonio Rocha.

O crescimento do Peru no pires. In: Estadão, 5/2/2007)

4) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu,

alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de

março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das

cadernetas de poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo

de Serviço). (Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha,

13/32007)

5) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina estão

eliminando infecções que são das causas mais freqüentes de mortes – e com

isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a

contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças

crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a

vida? (Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008)

Você deve ter observado que, nos exemplos 3, 4 e 5, após o

travessão, há vírgula. Por quê? Experimente tirar o que está entre os

travessões. Você verá que a vírgula é obrigatória.

Veja como essa matéria foi cobrada em prova.

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1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um

desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa

convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de

4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo

entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos

demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes

7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam

o convívio urbano em uma experiência ruim. A saída é a

educação. Convencidos disso, empresas e governos estão

10 bombardeando a população com campanhas de

conscientização — e multas, quando só as advertências não

funcionarem. Independentemente da estratégia, o senso de

13 urgência para uma mudança de comportamento na sociedade

brasileira veio para ficar.

[...]

Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão.

In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).

37. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 11, a presença da conjunção “e”

torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de

enfatizar a aplicação de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de

pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto.

Comentário – A retirada do travessão prejudicaria a coerência do texto.

Note: “Convencidos disso, empresas e governos estão bombardeando a

população com campanhas de conscientização e multas, quando só as

advertências não funcionarem”. Sem a devida pontuação, informa-se que o

bombardeio é com campanhas de conscientização e multas – noção de

concomitância –, o que não é verdade. O texto afirma que “A saída é a

educação”; as multas ocorrem somente se “as advertências não funcionarem”

– elas são uma consequência, uma atitude extrema.

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Resposta – Item errado.

[...]

7 No estado de repouso e de movimento dos objetos — esta

casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do

sol, da lua, no céu — estão intimamente associados

10 os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os

corpos, de espaço e de tempo.

[...]

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

38. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) O uso dos travessões, nas

linhas 7 e 9, marca a inserção de uma informação que também poderia

ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não deixaria

clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração

já separados por vírgulas.

Comentário – A afirmação está correta. Para isolar palavras, expressões

explicativas, frases intercaladas, você pode utilizar tanto travessões quanto

vírgulas, e até parêntese.

Quero que você perceba que os travessões podem conferir

mais clareza à frase, principalmente quando o segmento isolado já contém

termos separados por vírgulas. Compare o texto original com a reescritura

abaixo, em que foram utilizadas vírgulas no lugar dos travessões.

“No estado de repouso e de movimento dos objetos, esta casa

parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do sol, da

lua, no céu, estão intimamente associados os conceitos de

lugar que ocupam sucessivamente os corpos, de espaço e de

tempo.”

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Dessa forma, a hierarquia de informações não é ressaltada. O

Cespe gosta de explorar essa relação. Fique atento.

Resposta – Item certo.

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas.

Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las

4 não gera benefícios para a pessoa — essa atitude, aliás, tende

mais a trazer-lhe prejuízos à saúde. [...]

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

39. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) O travessão empregado logo

após “pessoa” (l.4), usado para destacar a informação final do enunciado,

pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula.

Comentário – O uso de travessão e ponto e vírgula acentua a hierarquia de

informações constantes em um período.

Cabe enfatizar também que o sinal de ponto e vírgula, que

indica uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto, é muito

usado entre orações que possuem sujeitos distintos. Em “essa atitude, aliás,

tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde”, o sujeito é o termo “essa atitude”;

em “sublimá-las não gera benefícios para a pessoa”, o sujeito (sob forma de

oração) é “sublimá-las”.

Resposta – Item certo.

1 A característica central da modernidade, não seria

demais repetir, é a institucionalização do universalismo — e

seu duplo, a igualdade — como princípio organizador da esfera

4 pública. [...]

Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos

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na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio

de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações).

40. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) De acordo com as normas de

pontuação, seria correto empregar, nas linhas 2 e 3, vírgulas no lugar dos

travessões; entretanto, nesse caso, a leitura e a compreensão do trecho

poderiam ser prejudicadas, dada a existência da vírgula empregada após

“duplo”, no interior do trecho destacado entre travessões.

Comentário – Para separar segmento textual intercalado ou de valor

semântico explicativo, tanto os travessões quanto as vírgulas podem ser

utilizados. O uso dos travessões realmente é recomendado nas condições

explicitadas no enunciado.

Resposta – Item certo.

41. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Único bioma de

ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a

caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento — que

pode significar a desertificação do semiárido nordestino.”

Prejudica-se a correção gramatical ao se substituir o travessão por

vírgula.

Comentário – O travessão separa oração adjetiva explicativa. Lembre-se de

que a vírgula também pode separar segmento textual de natureza explicativa.

Por isso a substituição não prejudica a correção gramatical.

Resposta – Item errado.

PARÊNTESES

I. Nas indicações bibliográficas.

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Ex.: “Sede assim qualquer coisa serena, isenta, fiel.” (MEIRELLES,

Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1972, p. 109.)

II. Nas indicações cênicas dos textos teatrais.

Ex.: – Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com

os olhos fora das órbitas. Amália se volta.) (G. Figueiredo)

III. Para isolar termos e orações intercaladas de natureza

semântica explicativa.

Ex.: “... e a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo,

morrendo de fome.” (Clarice Lispector)

Veja como a matéria foi cobrada em prova.

1 O real não é constituído por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar

que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às nossas vivências. Assim, por exemplo,

costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma

7 coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um

nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo

menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em

10 nossa experiência.

[...]

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

42. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Como, no primeiro parágrafo, os

parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição

por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto.

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Comentário – A informação referida, “sejam elas naturais ou humanas”,

possui no contexto valor semântico explicativo, por isso surgiu isolada pelos

parênteses. Que não reste dúvidas de que os parênteses, os travessões e as

vírgulas podem isolar termos e orações intercaladas de natureza semântica

explicativa.

Resposta – Item certo.

43. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) As opções que se seguem

apresentam trechos adaptados do editorial do Jornal do Brasil de

19/4/2010. Assinale a opção em que os sinais de pontuação são

empregados corretamente.

A) A boa notícia para os novos beneficiários do progresso do país é que o

salário médio de quem está entrando no mercado aponta tendência de

alta, com o chamado aumento real (já descontado o INPC).

B) No último trimestre, houve aumento de 4,37% em relação ao mesmo

período de 2009, com o valor médio saindo de R$ 782,53 para R$ 816,70.

Há previsões de que o país, atinja um crescimento anual na casa dos 2

milhões de postos no ano de 2010.

C) Mais gente empregada, produzindo significa perspectiva de geração de

riqueza, crescimento no produto interno bruto mais gente ocupada e longe

do desespero e das tentações do crime, um povo com a autoestima em

alta.

D) Não faltam estudos que mostram, um melhor desempenho escolar das

crianças quando elas não têm de ver o pai em casa, de braços cruzados,

abatido, porque não tem uma fonte de renda para sustentar sua família.

E) Não é preciso pesquisar muito para perceber que, com mais gente

trabalhando, os gastos com assistência social e mesmo com remédios

contra doenças de fundo nervoso, são significativamente reduzidos

quando as pessoas estão mais ocupadas com trabalho.

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Comentário – Alternativa A: está perfeita. A vírgula depois de “alta” separa

segmento de natureza adverbial que indica a causa do aumento do salário

médio. O que surge entre parênteses possui valor semântico explicativo,

esclarece o que vem a ser o “aumento real”. Ressalte-se que expressão com

esse sentido pode ser isolada também por travessões ou vírgulas.

Alternativa B: a vírgula que separa o sujeito “o país” do verbo

“atinja” está mal empregada. Nunca ouse separar por meio da pontuação o

sujeito do verbo. Isso é um erro grosseiro.

Alternativa C: faltou uma vírgula entre o adjetivo “bruto” e o

pronome indefinido “mais” para separar adequadamente a sequência de

expressões que funcionam como complementos do verbo “significa” (significa o

quê?): “perspectiva de geração de riqueza, crescimento no produto interno

bruto, mais gente ocupada e longe do desespero e das tentações do crime, um

povo com a autoestima em alta”. A vírgula deve separar termos coordenados

que exercem a mesma função sintática na oração.

Alternativa D: também caracteriza erro grosseiro a separação

do verbo e do seu objeto por meio da pontuação: “estudos que mostram [o

quê?], um melhor desempenho”. Não deve haver essa vírgula.

Alternativa E: não importa a extensão do sujeito, ele não deve

ser separado do verbo por meio da pontuação: “os gastos com assistência

social e mesmo com remédios contra doenças de fundo nervoso, são

significativamente reduzidos”.

Resposta – A

ASPAS

I. Para indicar citações.

Ex.: “Viver é lutar”, disse Gonçalves Dias.

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II. Para assinalar neologismos, estrangeirismos, gírias etc.

Ex.: Havia um “play-ground” excelente.

Ele era o que mais “colava” na prova.

III. Citar títulos de obras artísticas ou científicas.

Ex.: “Vidas Secas” ganhou vários prêmios.

IV. Para indicar ironia.

Ex.: Com um “amigo” desses...

Veja como esta matéria já foi cobrada em prova.

[...]

7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre

o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe

é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações

10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os

outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma

unidade fechada em si mesma, como Homo clausus.

13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas

complexas de internalização do “exterior” e, também, de

rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”.

[...]

Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia.

In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).

44. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego das aspas nos termos das linhas

8, 14 e 15 ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses

termos.

Comentário – Leia o trecho e verifique que nele as palavras destacadas não

possuem sentido irônico, não constituem citações, neologismos,

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estrangeirismos nem dão títulos a obras artísticas ou científicas. Na verdade, a

questão revela outra funcionalidade das aspas: realçar o valor significativo de

palavras no contexto em que se inserem.

Resposta – Item certo.

[...] Mas qual estratégia

se deveria adotar para não sentir a raiva e, assim, fugir da

16 armadilha que essa atitude representa para a saúde? A escolha

é, em geral, uma questão de personalidade, mas também sofre

a influência das circunstâncias pelas quais a pessoa está

19 passando. “Eu não recomendaria gritar com o chefe. Essa não

é a melhor solução.”, diz uma cientista que liderou estudo a

esse respeito.

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

45. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Mantém-se o respeito à

coerência textual e às regras gramaticais ao se retirarem as aspas da

citação final do texto, nas linhas de 19 a 21, reescrevendo-a do seguinte

modo: Uma cientista que liderou estudo a esse respeito diz que não

recomendaria gritar com o chefe, pois essa não é a melhor solução.

Comentário – Usam-se aspas também em citações ou transcrições textuais,

indicando diretamente (discurso direto) a fala de alguém. Foi isso o que

ocorreu no texto em relação ao discurso de uma cientista.

O que a banca propôs foi a paráfrase da passagem. O Cespe

mudou o discurso direto pelo indireto. Neste, a fala da cientista foi reproduzida

pelo autor da matéria, o que dispensou as aspas.

Também é digna de nota a substituição do ponto após “chefe”

pela vírgula, que agora une em um mesmo período as orações que constituem

o discurso da cientista. Isso foi possível porque, no original, a segunda oração

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(“Essa não é a melhor solução”) serve de justificativa à anterior (“Eu não

recomendaria gritar com o chefe”).

Resposta – Item certo.

[...]

46. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Letras/2011) As aspas em ‘nós e os

outros’ são usadas para realçar ironicamente essa expressão, revelando o

posicionamento crítico do autor em relação ao tema por ele tratado.

Comentário – Ensinando sobre o adequado emprego dos sinais de pontuação,

o consagrado gramático Cegalla (2008:434) diz que “Costuma-se aspear

expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência”. O autor brinda-nos

com os exemplos seguintes:

Miguel Ângelo, “o homem das três almas”... (Carlos de Laet)

Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”.

(Machado de Assis)

País algum sobrevive sob o insensato refrão de que “é proibido

proibir”. (Dom Eugênio Sales)

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Foi apenas nesse sentido que as aspas foram usadas na

expressão apontada pelo examinador.

Resposta – Item errado.

Por hoje é só. Na próxima aula, conversaremos sobre regras de

concordância. Até lá!

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Lista das Questões Comentadas

[...]

[...]

1. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Justifica-se o emprego

da vírgula logo após “mas” (L.18) para enfatizar o sentido de contraste

introduzido por essa conjunção, razão por que a supressão desse sinal de

pontuação não acarretaria prejuízo gramatical ao texto.

[...]

2. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) A vírgula após “Ora” (L.3) pode

ser suprimida sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido

original do texto.

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[...]

[...]

3. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com a supressão

da vírgula logo após a palavra “pedagógica” (l.20), seriam preservados o

sentido e a correção gramatical do texto.

[...]

Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no

10 segundo ano de administração a equidade que torna o

imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em

1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora

13 alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para

corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à

arrecadação.

Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do

município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.

Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.

4. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula

logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem

alteraria o sentido original do texto.

1 A questão mais importante para entender a reforma

tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um

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projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões

4 realizadas sobre o tema desde o início da década passada no

Brasil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação

aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo

7 longo de transição, um modelo importante para viabilizar

política e tecnicamente sua implantação.

Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos

de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações).

5. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em

que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição

gramatical e preserva o sentido original.

A) A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber

por que a estamos propondo. (l.1-2)

B) Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões

realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-

5)

C) Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos

anteriores. (l.5-6)

D) A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo,

importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação.

(l.6-8)

1 Um governo, ou uma sociedade, nos tempos

modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta

como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a

4 própria ideia de democracia.

[...]

Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade.

Internet: <www.mundojuridico.adv.br> (com adaptações).

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6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações

semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção

gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a

precede.

1 A despeito da retórica que chama atenção para

avanços obtidos pelo país no plano econômico, é mais do que

evidente que o Brasil ainda se enquadra no elenco dos

4 chamados países em desenvolvimento, com índices

verdadeiramente escandalosos em termos de qualidade de vida,

saúde e educação, com significativa parcela da população

7 alijada do que os estudiosos costumam designar como mínimo

existencial para uma vida digna.

Ressalte-se que a doutrina diverge quando se trata de

10 estabelecer a acepção do termo democracia. Apesar das

divergências acerca de conceitos, teses ou doutrinas, há

consenso de que a democracia constitui a melhor forma de

13 governo de um Estado, visto que impede atos de violência e de

intolerância, buscando a integração e a inclusão. Cumpre

acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão

16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as

instituições democráticas.

Nessa linha de pensamento em que se procura reverter

19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na

Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição

essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no

22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com

promoção do integral acesso à justiça. [...]

Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

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e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

7. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010 – adaptada) Quanto à

pontuação empregada no texto, assinale a opção correta.

A) O emprego de vírgula logo após o vocábulo “Brasil” (l.3) manteria a

correção gramatical do texto.

B) Caso se desejasse intensificar a ênfase ao que se destaca no texto, seria

correto empregar vírgula logo após o termo “Ressalte-se” (l.9).

C) A vírgula empregada logo após o vocábulo “que” (l.15) é obrigatória.

D) A supressão da vírgula logo após “pública” (l.19) manteria a correção

gramatical e o sentido original do texto.

1 A História não é feita apenas de brados retumbantes,

de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso.

Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino

4 Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em

Jataí, Goiás? Ali, depois dos discursos, JK se colocou à

disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando

7 Antônio Soares Neto, o Toniquinho, quis saber se o candidato

cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa

a mudança da capital para o Planalto Central. JK assumiu na

10 hora o compromisso, como desejava a plateia. E cumpriu a

promessa.

Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília,

13 é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de

atração do litoral.

Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu

16 interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao

Centro-Oeste e ao Norte.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

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8. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) Em relação ao emprego dos

sinais de pontuação no texto acima, assinale a opção correta.

A) A vírgula após “interior” (l.16) justifica-se porque isola um aposto

oracional.

B) A vírgula na linha 1 justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente.

C) A expressão “em 4 de abril de 1955” (l.4) está entre vírgulas por ser um

dos elementos de uma enumeração.

D) O termo “o Toniquinho” (l.7) está isolado por vírgulas por se tratar de

vocativo.

E) O emprego de vírgula logo após “Brasília” (l.12) justifica-se porque isola

adjunto adverbial anteposto à oração principal.

[...] Ao estabelecer a obrigatoriedade na

realização dos exames pré-admissional, periódico e

7 demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais

voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos

sofridos e a ocupação desempenhada.

Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios

éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).

9. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A vírgula logo depois de

“trabalhador” (l.7) é opcional e sua retirada preservaria a correção

gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem

função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: “exames

pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador” (l.6-7).

10. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte é

adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. Julgue-o

quanto à correção gramatical.

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Esta ferramenta está disponível a custo mínimo para partidos candidatos

cabos eleitorais e cidadões comuns. A eleição de 2010 será também um

teste para a qualidade dos eleitores, para a obediência às leis do país e

para o uso adequado das novas tecnologias em favor da democracia.

1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus

produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa

forma, contribuem para o crescimento econômico do país.

4 Consequentemente, a competitividade é erigida em valor

supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza

imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente,

7 que o mais longo período da história da vida humana foi

orientado pela cooperação e solidariedade, valores

fundamentais para a sobrevivência da espécie. [...]

Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:

<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).

11. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A vírgula logo depois de “solidariedade”

(l.8) é obrigatória porque a oração que a segue tem valor explicativo e

corresponde a que são valores [...].

12. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir é

adaptado do editorial d’O Estado de S. Paulo de 22/4/2010.

Julgue-o quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Mesmo São Paulo, onde por determinação do governo estadual o combate

a dengue é ininterrupto, houve mais de 34 mil casos da doença, no

primeiro trimestre e 15 mortes. No primeiro trimestre de 2008, quando o

país vivia um dos piores surtos de dengue, o estado registrou apenas

1.297 casos da doença.

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[...] A ocultação, pela

13 indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por

seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as

destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados

16 Unidos da América durante uma década inteira; e outros

produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada

ano, mais mortes do que essas.

James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed.,

São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).

13. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Não haveria prejuízo para o

sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão

“a cada ano” (L.17-18) fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam,

para imediatamente depois de “e” (L.16).

Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de

grande circulação. Julgue-os quanto à correção gramatical.

14. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A legislação brasileira proíbe

que menores de catorze anos trabalhem, mas, segundo dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia, em 2008, um total de

993 mil crianças entre cinco e treze anos nessa situação. Em uma faixa

etária mais ampla, até dezessete anos, quando se espera que os jovens

ainda estejam estudando, foram contabilizados, ao todo, 4,5 milhões de

crianças e adolescentes no exercício de algum tipo de trabalho.

15. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Visto apenas pelo ângulo

econômico, o problema da exploração da mão de obra infantil, é ao

mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando

crianças e adolescentes deixam de estudar para entrar precocemente no

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mercado de trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho

imediato.

16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após

o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do

texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos

voltados para a expansão da produção e para o aumento da

produtividade.

[...] O movimento da

vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a

ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os

10 valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela

efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. [...]

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

17. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A ausência de vírgula depois

de “vertiginosa” (l.12) indica que a oração iniciada por “que marca” (l.12)

restringe a ideia de “velocidade vertiginosa” (l.11-12).

18. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Quase dois terços da

área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a

exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de

826.000 km², destruída.”

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O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um

aposto.

19. (Cespe/CEF/Advogado/2010) “No final do ano passado, o Conselho

Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram a

campanha Começar de Novo para sensibilizar a população para a

necessidade da recolocação, no mercado de trabalho e na sociedade, do

preso libertado após cumprimento da pena.”

A retirada da vírgula empregada logo após “sociedade” prejudicaria a

correção gramatical do texto.

20. (Cespe/BRB/Advogado/2010) “O mundo moderno, caracterizado pela

globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço irrestrito da

Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas

facetas afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a

qualidade do meio ambiente e das relações sociais,políticas e

econômicas.”

Uma forma correta de se evitar a repetição da conjunção e no primeiro

período sintático do texto seria a substituição de sua ocorrência depois de

“vida” por vírgula, deixando-se todos os termos da enumeração iniciada

por “nossa saúde” separados por vírgula.

21. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes de Repasse e Parcelamento/2010)

“No entanto, nem tudo está perdido. Nós, humanos, podemos ser apenas

pobres mortais, mas temos uma ferramenta que nos permite controlar, se

não o tempo, nossa própria existência. Essa ferramenta se chama

consciência”

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As vírgulas que separam o vocábulo “humanos” do restante da oração

poderiam ser omitidas sem que houvesse prejuízo para a correção

gramatical do texto.

[...]

22. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Na linha 33, caso se insira, antes

de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a

manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego

de vírgula após “mundo”.

[...]

10 A rigor, não há grande diferença entre o emprego

dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico.

[...]

Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas.

São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações

23. (Cespe/PF/Agente/2012) Com correção gramatical, o período “A rigor (...)

histórico” (l.10-11) poderia, sem se contrariar a ideia original do texto, ser

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assim reescrito: Caso se proceda com rigor, a análise desses conceitos,

verifica-se que não existe diferenças entre eles.

1 O poder político é produto de uma convenção, não

da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente

com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de

4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus

direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,

na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de

7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao

contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade

conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da

10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à

preservação da propriedade.

[...]

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,

ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).

24. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 10, preserva-se a correção

gramatical do texto ao se substituir o ponto logo depois da palavra

“espécie” pelo sinal de dois-pontos, fazendo-se o necessário ajuste da

letra inicial maiúscula da preposição “De”.

1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi

a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha

de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente

4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real,

nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e

imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,

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7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência

prematura de seus produtos. [...]

Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida

Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).

25. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao

se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (l. 6) por ponto-e-

vírgula.

[...]

Modernidade seria assegurar a todos os habitantes

do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício

13 dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um

modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população

alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo,

16 bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que

pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação

rápida e democrática da justiça; são instituições públicas

19 sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões

econômicas.

Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade

nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no

último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar

claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do

período e deixar subentender “Modernidade” (l.16) como o sujeito de “é

sistema” (l.17), “são instituições” (l.18) e “é o controle” (l.19).

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[...] Os sintomas são conhecidos: uma

10 ilusão de invulnerabilidade, que gera otimismo e pode levar

a riscos; um esforço coletivo para neutralizar visões

contrárias às teses dominantes; uma crença absoluta na

13 moralidade das ações dos membros do grupo; e uma visão

distorcida dos inimigos, comumente vistos como iludidos,

fracos ou simplesmente estúpidos.

[...]

Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta

Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).

27. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas linhas 11, 12 e 13, o uso do sinal de ponto e

vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de

informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na

estruturação sintática de alguns desses termos.

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. [...]

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

28. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A oposição de ideias introduzida pela

conjunção “mas” (l.3) impede que, em lugar do ponto e vírgula (l.3), seja

utilizado o sinal de ponto; por outro lado, o uso da vírgula depois de

“técnica” (l.2) também impede que, no lugar de ponto e vírgula (l.3), seja

usada outra vírgula.

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[...]

[...]

29. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Sem que haja prejuízo para o

sentido original do texto, “Isso” (L.24) pode ser corretamente substituído

por o que, desde que se substitua o ponto que antecede esse pronome

por ponto e vírgula.

[...]

[...]

30. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) O sinal de

dois-pontos empregado após a palavra “eixos” (l.19) introduz uma oração

explicativa.

[...]

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31. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) Com os devidos ajustes de

maiúsculas e minúsculas, o ponto após “passados” (L.27) pode ser

substituído por dois-pontos sem que haja prejuízo para a correção

gramatical e o sentido original do texto.

1 Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi

a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha

de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente

4 atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real,

nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e

imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,

7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência

prematura de seus produtos. [...]

Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida

Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).

32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao

se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (l. 4) pelo

sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra

minúscula.

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[...]

7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre

o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe

é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações

10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os

outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma

unidade fechada em si mesma, como Homo clausus.

[...]

Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia.

In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).

33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de dois-pontos, na linha

9, anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta

proposta pela sociologia.

1 Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos

nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros.

Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo,

4 seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano

como um contínuo devir de experiências individuais

intransferíveis. [...]

Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

34. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 4, o sinal de

dois-pontos tem a função de introduzir uma explicação para as orações

anteriores; por isso, em seu lugar, poderia ser escrito porque, sem

prejuízo para a correção gramatical do texto ou para sua coerência.

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[...]

35. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/Telecomunicações e Eletricidade/2012) O

ponto final empregado logo após “imprensa” poderia ser corretamente

substituído por reticências.

[...]

[...]

36. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na linha 6, a

substituição do travessão por dois-pontos prejudicaria a correção

gramatical do texto.

1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um

desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa

convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de

4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo

entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos

demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes

7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam

o convívio urbano em uma experiência ruim. A saída é a

educação. Convencidos disso, empresas e governos estão

10 bombardeando a população com campanhas de

conscientização — e multas, quando só as advertências não

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funcionarem. Independentemente da estratégia, o senso de

13 urgência para uma mudança de comportamento na sociedade

brasileira veio para ficar.

[...]

Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão.

In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).

37. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 11, a presença da conjunção “e”

torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de

enfatizar a aplicação de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de

pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto.

[...]

7 No estado de repouso e de movimento dos objetos — esta

casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do

sol, da lua, no céu — estão intimamente associados

10 os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os

corpos, de espaço e de tempo.

[...]

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

38. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) O uso dos travessões, nas

linhas 7 e 9, marca a inserção de uma informação que também poderia

ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não deixaria

clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração

já separados por vírgulas.

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas.

Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las

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4 não gera benefícios para a pessoa — essa atitude, aliás, tende

mais a trazer-lhe prejuízos à saúde. [...]

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

39. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) O travessão empregado logo

após “pessoa” (l.4), usado para destacar a informação final do enunciado,

pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula.

1 A característica central da modernidade, não seria

demais repetir, é a institucionalização do universalismo — e

seu duplo, a igualdade — como princípio organizador da esfera

4 pública. [...]

Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos

na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio

de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações).

40. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) De acordo com as normas de

pontuação, seria correto empregar, nas linhas 2 e 3, vírgulas no lugar dos

travessões; entretanto, nesse caso, a leitura e a compreensão do trecho

poderiam ser prejudicadas, dada a existência da vírgula empregada após

“duplo”, no interior do trecho destacado entre travessões.

41. (Cespe/UERN/Agente Técnico Administrativo/2010) “Único bioma de

ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a

caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento — que

pode significar a desertificação do semiárido nordestino.”

Prejudica-se a correção gramatical ao se substituir o travessão por

vírgula.

O real não é constituído 1 por coisas. Nossa

experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar

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que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas),

4 isto é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à

nossa percepção e às nossas vivências. Assim, por exemplo,

costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma

7 coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um

nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo

menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em

10 nossa experiência.

[...]

Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).

42. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Como, no primeiro parágrafo, os

parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição

por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto.

43. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010) As opções que se seguem

apresentam trechos adaptados do editorial do Jornal do Brasil de

19/4/2010. Assinale a opção em que os sinais de pontuação são

empregados corretamente.

A) A boa notícia para os novos beneficiários do progresso do país é que o

salário médio de quem está entrando no mercado aponta tendência de

alta, com o chamado aumento real (já descontado o INPC).

B) No último trimestre, houve aumento de 4,37% em relação ao mesmo

período de 2009, com o valor médio saindo de R$ 782,53 para R$ 816,70.

Há previsões de que o país, atinja um crescimento anual na casa dos 2

milhões de postos no ano de 2010.

C) Mais gente empregada, produzindo significa perspectiva de geração de

riqueza, crescimento no produto interno bruto mais gente ocupada e longe

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do desespero e das tentações do crime, um povo com a autoestima em

alta.

D) Não faltam estudos que mostram, um melhor desempenho escolar das

crianças quando elas não têm de ver o pai em casa, de braços cruzados,

abatido, porque não tem uma fonte de renda para sustentar sua família.

E) Não é preciso pesquisar muito para perceber que, com mais gente

trabalhando, os gastos com assistência social e mesmo com remédios

contra doenças de fundo nervoso, são significativamente reduzidos

quando as pessoas estão mais ocupadas com trabalho.

[...]

7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre

o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe

é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações

10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os

outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma

unidade fechada em si mesma, como Homo clausus.

13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas

complexas de internalização do “exterior” e, também, de

rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”.

[...]

Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia.

In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).

44. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego das aspas nos termos das linhas

8, 14 e 15 ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses

termos.

[...] Mas qual estratégia

se deveria adotar para não sentir a raiva e, assim, fugir da

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16 armadilha que essa atitude representa para a saúde? A escolha

é, em geral, uma questão de personalidade, mas também sofre

a influência das circunstâncias pelas quais a pessoa está

19 passando. “Eu não recomendaria gritar com o chefe. Essa não

é a melhor solução.”, diz uma cientista que liderou estudo a

esse respeito.

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

45. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Mantém-se o respeito à

coerência textual e às regras gramaticais ao se retirarem as aspas da

citação final do texto, nas linhas de 19 a 21, reescrevendo-a do seguinte

modo: Uma cientista que liderou estudo a esse respeito diz que não

recomendaria gritar com o chefe, pois essa não é a melhor solução.

[...]

46. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Letras/2011) As aspas em ‘nós e os

outros’ são usadas para realçar ironicamente essa expressão, revelando o

posicionamento crítico do autor em relação ao tema por ele tratado.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado

2. Item errado

3. Item errado

4. Item errado

5. C

6. Item certo

7. C

8. E

9. Item errado

10. Item errado

11. Item certo

12. Item errado

13. Item certo

14. Item certo

15. Item errado

16. Item certo

17. Item certo

18. Item errado

19. Item certo

20. Item certo.

21. Item errado

22. Item errado

23. Item errado

24. Item errado

25. Item errado

26. Item certo

27. Item certo

28. Item errado

29. Item errado

30. Item errado

31. Item certo

32. Item certo

33. Item certo

34. Item certo (ler a ressalva)

35. Item certo

36. Item errado

37. Item errado

38. Item certo

39. Item certo

40. Item certo

41. Item errado

42. Item certo

43. A

44. Item certo

45. Item certo

46. Item errado