Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
ESCOLA SANTA BÁRBARA
1º BIMESTRE
2
OBESIDADE INFANTIL NO DNA
Pesquisadores identificam dois genes envolvidos no excesso de peso das crianças
A obesidade infantil – que já atinge cerca de 15% das crianças de 5 a 9 anos,
segundo o IBEGE – pode ter um influencia genética maior do que se sabia até agora.
Uma pesquisa realizada pelo hospital infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos e
publicada pela revista ―Nature Genetics‖ identificou dois novos genes envolvidos
diretamente no risco de obesidade infantil.
Os pesquisadores analisaram 14 estudos dedicados ao DNA de 5.530 crianças
obesas em comparação a de 8.300 não obesas. Eles observaram umas variações no
gene OLFM4, situado no cromossomo 13, e HOBXB5, no cromossomo 17, que até
agora não tinham sido relacionado às bactérias que habitam o intestino e que estariam
envolvidas no aumento de peso e obesidade.
“Este trabalho abre novas possibilidades para explorar a genética da obesidade
infantil‖, disse a revista à coordenadora da pesquisa, Struan Grant.
O pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, membro da sociedade Brasileira
de Pediatria e da MBA Pediatria, alerta que alimentação das crianças merece atenção o
tempo inteiro. O primeiro passo, segundo ele, é para dar exemplo e incentivar.
De nada adianta os pais quererem que seus filhos comam legumes, frutas e
vegetais, se não tiverem o hábito de consumo destes alimentos. Para as crianças
sentirem vontade em ingerir alimentos saudáveis é indispensável que elas se sintam
motivadas – disse o médico.
O pediatra indica também que os pais ―brinquem‖ com os pratos dos filhos,
deixando-os coloridos. Profissional explica que toda criança adora cor e isso também
serve de estímulo, além de fazer da hora da refeição um momento mais descontraído.
Isso vale para receitas criativas também, em que os
nutrientes são disfarçados em bolos e tortas.
3
DICAS PARA OS PAIS
* No Supermercado
Levar as crianças para o supermercado pode ser importante para apresentá-las a
alimentos saudáveis, contar sobre suas propriedades nutritivas e como elas contribuem
para o seu bom crescimento. Essa interação estimula a criança e faz com que ela se
sinta com vontade de comer esses alimentos com nutrientes.
* Divertidos
Os pais devem brincar com o prato das crianças, deixando-o colorir. O médico
Sylvio Renan Monteiro de Barros lembra que toda criança adora cor e isso também
serve de estímulo, além de fazer da hora da refeição um momento mais, descontraído.
* Exercícios
A prática de exercícios deve andar junto com os esforços por uma alimentação
ais saudável para as crianças. ―É preciso ter consciência da necessidade da prática
esportiva desde a infância. Mas isto despende também muito do esforço de pais e
responsáveis‖, afirmou o pediatra.
* Proibidos
Quanto aos alimentos considerados ―proibidos‖, como hambúrguer e derivados,
doces e refrigerantes, o médico instrui que não é necessário privá-lo totalmente,
mesmo que a criança esteja com sobrepeso ou obeso. ―Uma alternativa nestes casos é
lançar mão de recheios menos gordurosos, como ricota, embutidos de aves, vegetais,
folhosos, tomate e queijo cottage.‖
4
OBESIDADE INFANTIL: MÉDICOS ENSINAM A EVITAR O PROBLEMA
EXCESSO DE PESO EM CRIANÇAS AUMANTAM ÍNDICE DE DIABETES,
HIPERTENSÃO E COLESTEROL ALTO
Na semana passada, o pai de uma menina de 6 anos denunciou a ex-mulher à
polícia por causa da obesidade da filha, no Paraná. A garota pesa mais de 50 quilos – o
dobro do ideal para a sua idade e altura. No Brasil, casos como esse são cada vez mais
comuns, alertam especialistas: 48% dos pequenos de 5 a 9 anos estão acima do peso.
Desses, 25% têm obesidade.
- O número de crianças com síndrome metabólica (pressão alta, gordura
abdominal, colesterol alto) e diabetes do tipo 2 aumentou incrivelmente. Essas eram
consideradas doenças de adultos com ais de 40 anos – afirma o endocrinologista do
Bronstein Medicina Diagnóstica, Mauro Scharf.
As principais causas para o aumento de peso na infância não são novidade:
sedentarismo e má alimentação. Mas muitos pais ainda não conseguem ajudar os filhos
a resolverem o problema.
- Alguns pais falam no consultório: ―Todo dia, Fulaninho come um pacote de
biscoito e toma um litro de refrigerante. Não sei o que fazer com ele‖. Mas esquecem
que quem comprou e disponibilizou as guloseimas não foi as crianças – conta Scharf.
O problema pode atingir desde bebês até crianças mais velhas. Em qualquer
idade, toda a família precisa mudar os hábitos para que a criança aprenda a importância
de comer e de fazer atividades físicas.
- O segredo é dar exemplo. Se o filho não pode tomar refrigerante, ninguém em
casa pode. A criança constrói hábitos imitando essas referências – diz o pediatra
Marcelo Reibscheid, do portal ―Pediatra em foco‖.
O ideal é educar para a boa alimentação desde cedo. A partir de dois anos, o
pequeno forma o seu paladar.
5
SAIBA SE SEU FILHO PRECISA DE AJUDA
Para calcular o IMC das crianças divida o peso pela altura ao quadrado (basta
multiplicar altura x altura). Depois, compare o resultado com os dos gráficos,
encontrando o ponto de encontro entre a idade do seu filho e o IMC.
Siga as dicas:
Quantidade certa – Não coloque travessas ou panelas na mesa. Entrega o prato já
pronto para seu filho com a quantidade exata.
Sucos – Evite os líquidos, mesmo os naturais, durante a refeição. Eles facilitam a
mastigação e estimulam os excessos.
Peso
IMC ÷
Altura2
(Altura X
Altura)
6
Brincadeiras de rua – Ensine o prazer de uma brincadeira de rua para seu filho. O
ideal é que ele se divirta fora do computador ao menos uma hora por dia.
Longe da balança – Evite que a criança fique se pesando. Isso pode afetar a
autoestima e aumentar a ansiedade. Resultando: mais vontade de comer besteiras ao
longo do dia.
Você decide – Até os 6, 7 anos, acriança não tem que se envolver diretamente na
reeducação alimentar. Quem deve decidir o que ela precisar comer é você.
RIO É REPROVADO NA BALANÇA
Mais da metade dos cariocas têm sobrepeso ou obesidade, afirma Ministério da Saúde
A imagem do Rio como a capital dos corpos esculturais e malhados só
representa a menor parte dos habitantes da cidade. Mais da metade dos cariocas
(52,7%) estão com excesso de peso, de acordo com pesquisa divulgada ontem pelo do
Ministério da Saúde. Entre eles, 37,7% têm sobrepeso e 15% são obesos. Os
moradores do Rio só estão menos pesados do que os habitantes de Rio Branco, capital
do Acre, onde 55,2% estão acima do peso recomendado para a altura.
―As pessoas têm a imagem de que os moradores do Rio são saudáveis, correm
na praia. Mas isso é verdade para apenas uma parcela da população. O excesso de peso
é decorrência do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados. É um reflexo do
baixo consumo de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras e do uso em
excesso de produtos industrializados com elevado teor de calorias‖, diz Deborah
Malta, coordenadora da Secretaria de Vigilância em Saúde.
A pesquisa também analisou o sobrepeso entre os sexos. Dos homens, 56,5%
estão com quilos a mais, enquanto entre as mulheres, 49,1%. O levantamento indica
ainda que no ranking dos que fazem mais exercícios físicos, o Rio está em 19º lugar
entre as 27 capitais. ―A caminhada é o exercício mais frequente no Rio. Mas o índice,
de 14%, ainda é baixo‖, conta Deborah, acrescentando que a Organização Mundial de
Saúde recomenda 30 minutos de exercícios, cinco dias por semana.
7
Aumento de doenças
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, disse que, mantido o ritmo
atual, o Brasil terá em 13 anos o mesmo número de obesos que os Estados Unidos têm
hoje — 64,2% dos americanos têm excesso de peso. ―O sobrepeso já é um problema de
saúde pública no Brasil. Aumenta a incidência de doenças crônicas não transmissíveis
como enfarte, diabete, hipertensão e derrames‖, alerta Deborah.
OS BENEFÍCIOS DA CAMINHADA
PESQUISA DA PRO TESTE MOSTRA QUE EXERCÍCIO É ELEITO O PREFRIDO
DOS BARSILEIROS QUE FAZER ATIVIDADE FÍSICA.
Caminhar pode parecer um exercício bobo, de tão simples. Mas não é. Para uma
pessoa que não pratica esportes, uma caminhada de
dez minutos já provoca efeitos. Alguns dos benefícios
da atividade são melhorar a circulação, deixar o
pulmão mais eficiente e afastar a depressão. por esses
e outros motivos, o exercício foi eleito o preferido
dos brasileiros. Um levantamento feito pela Pro Teste
mostra que essa é a opinião de 44% das mulheres e
41% dos homens que responderam à pesquisa sobre prática de esportes.
As outras atividades citadas pelas mulheres entrevistadas foram ioga e pilates,
musculação, aeróbica e ginástica. Os homens elegeram, depois da caminhada, ciclismo
e musculação, futebol, corrida e natação como os exercícios preferidos.
Entre aqueles que praticam esportes regularmente 21% se dedicam às atividades
físicas por mais de duas horas e meia por semana, o equivalente a 30 minutos diários.
Desse total, 30% têm entre 18 e 29 anos. A maioria dos brasileiros (67%) pratica de 30
minutos a uma hora de esportes, de três a quatro vezes por semana (31%) e, mais da
metade (51%) afirma que prefere se exercitar sozinha.
A promessa de retornar os exercícios é comum entre os entrevistados sedentários
– cuja maioria, no Brasil, está concentrada na região Centro-Oeste. O Sudeste está em
8
terceiro lugar no sedentarismo, na comparação das cinco regiões. Os entrevistados,
porém dizem que a vontade diminui à medida que o tempo passa. A dificuldade é
comum para 25% dos entrevistados, que não se exercitam há mais de dez anos.
OSTEOPOROSE – O impacto dos pés com o chão teme feito benéfico aos ossos, que
ficam mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose.
CÉREBRO – O exercício pode aumentar os circuitos do cérebro e reduzir os riscos de
problemas de memória e de atenção.
SONOLÊNCIA – A caminhada durante o dia faz com que o corpo tenha um pico na
produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o
corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. A atividade também
melhora a qualidade do sono à noite.
A DOR DO CRESCIMENTO
TRANSTORNO AFETA DE 25% A 40% DAS CRIANÇAS E DESAPARECEM
COM O TEMPO
A enfermeira Ana Valéria Cezar Schulv dos Anjos, de 37 anos, ficou
preocupada quando a filha Letícia, então com 4 anos, acordou de madrugada, com
dores na perna.
- Levei ao pediatra, mas não acreditei que era a dor do crescimento. Só aceite o
diagnóstico depois de consultar um ortopedista infantil – conta Ana Valéria, que teve
um segundo filho também com o problema.
A dor do crescimento afeta de 25% a 40% das crianças e atinge duas faixas
etárias: de 2 a 5 anos e de 10 a 14 anos. Ainda não existe uma causa definida para o
transtorno, que costuma desaparecer com o passar do tempo.
- Os pais devem procurar o especialista para descartar algo grave – alerta o
ortopedista pediátrico Pedro Henrique Mendes, do Into.
9
OS MITOS
CRESCER DÓI – crescer não dói, afirmam os especialistas. O problema ganhou o
nome de dor do crescimento por que atinge uma faixa etária em que a criança está no
auge do crescimento.
HERANÇA GENÉTICA – embora seja comum ter mais de um caso na mesma família,
não há comprovação de que a dor seja provocada por algum fator hereditário.
EXERCÍCIOS PROIBIDOS – A dor não impede que os pequenos brinquem, corram e
pulem a vontade.
PIORA NO FRIO – não há comprovação cientifica de que a dor do crescimento varie
conforme a temperatura. O que se sabe é que ela acontece sempre durante a noite.
AVC ATINGE TAMBÉM CRIANÇAS E JOVENS A PARTIR DOS 20 ANOS
TABAGISMO, HIPERTENSÃO, OBESIDADE, SEDENTARISMO E DIABETES
SÃO FATORES DE RISCO
No Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), um dado
preocupante: uma em casa cinco pessoas no mundo pode sofrer AVC com menos de
55 anos. Os dados são do periódico ―American Academy oh Neurology‖, baseado
numa pesquisa realizada nos Estados Unidos.
A hipertensão é um dos principais fatores que contribuem para o AVC em
pessoas com menos de 50 anos, segundo o cardiologista e diretor do Vita Check-up
Center, Antônio Carlos Till, alguns hábitos acarretam a hipertensão e,
consequentemente, o derrame cerebral.
- A hipertensão e o AVC têm fator de risco ligado a hábitos como tabagismo,
sedentarismo e o uso de pílulas anticoncepcionais em mulheres jovens associado ao
tabagismo – disse Till.
A doença pode atingir até mesmo crianças, mas, segundo o especialista, os casos
são raros e as causas bastante distintas:
10
- na criança, está relacionado a uma má formação congênita, um defeito vascular
inato e esse é o que seria o risco para o desenvolvimento do AVC. Não é algo comum
– explica o médico.
CAMPANHA
A ONG Rede Brasil AVG junto com a Associação Brasileira de Neurologia, a
Sociedade Brasileira de Doenças Vasculares, a Associação Brasil AVC, a Word Stroke
Organization e o Minsitério da Saúde lançaram um novo slogan para a campanha de
combate ao AVC: ―Eu me importo‖.
O símbolo é uma pulseira azul que representa solidariedade às vítimas de AVC.
A campanha tem um perfil no facebook (www.facebook.com/campanhaAVC) que dá
informações sobre a doença e os produtos à venda.
Como prevenir:
- Mantenha uma dieta saudável.
- Pratique atividade física regularmente.
- Evite o fumo e limite o consumo de
álcool.
- Conheça os próprios fatores de risco
como a hipertensão, diabetes e colesterol.
- Cuidado com estresse e depressão.
- Fique atento ao acúmulo de gordura
abdominal.
11
DADOS DA DOENÇA
Incidência – Uma em cada seis pessoas no mundo terá AVC em alguns momentos da
vida, de acordo com a Organização Mundial de AVC.
Em 12 meses – Um em cada dez pessoas que sofreram o derrame poderão ter outro nos
12 meses seguintes.
América Latina – Segundo o neurocirurgião do Hospital do Coração (H Cor), em São
Paulo, Antônio De Salles, o país tem a maior mortalidade por ―ataque cerebral‖ na
América Latina.
Previsão – Em 2015, a doença deverá atingir 18 milhões de pessoas no mundo.
CORAÇÃO GANHA UM NOVO ALIADO
Uma nova classe de medicamentos para redução do colesterol foi apresentada à
comunidade médica, em um evento da América Heart Association. De acordo com o
jornal ―New York Times‖, as novas drogas, chamadas inibidores PCSK9, apresentam,
em testes, bons resultados para pacientes que não respondem ao tratamento
convencional, com estatinas.
A noticia é importante para 40% da população brasileira, que sofre com o mal. O
colesterol alto é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, que matam, por
ano, no mundo, o equivalente três vezes a população da cidade do Rio de Janeiro: 17,3
milhões de pessoas. Chefe do serviço de Cardiovasculares do Hospital Universitário
Pedro Ernesto (UFRJ), Denílson Albuquerque diz que as novas drogas ―ainda são uma
promessa que passa por investigação‖ e defende os medicamentos que estão no
mercado:
- A resposta positiva dos pacientes às estatinas é muito elevada. Eu diria que a
chamada resistência é pequena e ligada a efeitos colaterais, que atingem um percentual
baixo de pacientes - afirma Albuquerque, que aponta reações gastrointestinais e dores
musculares como as complicações mais recorrentes entre os pacientes.
12
Para o cardiologista Fernando Cruz, o fundamental é mudar os hábitos de vida:
- Não adianta comer churrasco e tomar uma estatina. O homem, na pré-história,
corria muito, caçava. Hoje, faz atividade física por 45 minutos e depois não levanta do
computador. É preciso criar atividades e se mover durante o dia.
O QUE É EMBOLIA PULMONAR
FATORES DE RISCO
1- Obesidade
2- Idade (os idosos são mais propensos)
3- Varizes muito grandes
4- Mulheres que tomam estrogênio, hormônio feminino presentes em pílulas
anticoncepcionais.
5- Portadores de câncer.
6- Pessoas com casos de trombose na família
7- Gestantes
8- Tabagismo
SITUAÇÕES ALERTA
1- Viagens longas – A cada hora, caminhe pelo avião ou pelo ônibus. Se estiver de
carro, pare e faça 20 exercícios para as panturrilhas, subindo e descendo da ponta dos
pés. Pacientes de risco devem consultar angiologista ou cirurgião vascular antes de
viajar.
13
2- Cirurgias – O paciente fica muito tempo imobilizado. O médico deve ser informado
sobre a existência de fatores de risco para receitar medicação preventiva.
14
O bom e o mau colesterol
* Água (sangue) e gordura (colesterol) não se misturam.
* O Colesterol é transportado no sangue para os órgãos e fígado pelas lipoproteínas.
- LDL-C (colesterol ruim) em níveis elevados pode aderir à parede das artérias
dificultando a passagem do sangue e entupir as artérias e causando a aterosclerose
principalmente no coração.
- HDL-C (colesterol bom) é o colesterol que ajuda remover o LDL-C do organismo. Seu
excesso protege as artérias do coração, mas sua falta também é ruim para o organismo.
15
ESCOLA SANTA BÁRBARA
2º BIMESTRE
16
Musculação para mulheres
Tudo sobre os benefícios da musculação para mulheres
Há algum tempo atrás, não era muito comum notar a presença de mulheres nas salas
de musculação. Alguns conceitos equivocados, como o de que a musculação torna o
corpo masculinizado, sem curvas e com músculos exageradamente grandes acabavam
afastando as mulheres das academias. Cada vez mais as mulheres estão se
conscientizando de que é possível praticar a musculação e conservar uma silhueta
delicada e bem feminina. O segredo é não exagerar.
Benefícios da musculação para mulheres
Quando praticada de forma correta e com a orientação adequada, a musculação
feminina pode trazer muitos benefícios. Ela ajuda a emagrecer e queimar as
gordurinhas, em um treino leve de musculação é possível eliminar cerca de 300 calorias.
A prática dos exercícios ainda tonifica a musculatura, combate a flacidez, ajuda o corpo
a ganhar formas mais definidas e melhora a postura.
Com a prática da musculação ocorre o aumento da massa magra e o aumento da
capacidade do corpo de queimar a gordura corporal.
A musculação também ajuda a diminuir o colesterol e a melhorar o fluxo sanguíneo
e é uma grande aliada no combate à osteoporose. A prática dos exercícios faz com que
os ossos absorvam melhor o cálcio e se tornem mais resistentes.
Acabe com as dúvidas sobre a musculação feminina
Um dos receios das mulheres em aderir à musculação é acabar engordando. Músculo
e gordura são tecidos diferentes. O músculo é mais denso e firme, já a gordura é um
tecido mole e sem forma. Adquirir músculos deixa as formas bem definidas e modifica
o corpo, mas não significa ganhar peso.
E não se desespere, a musculação para mulheres não vai transformá-la em uma
montanha de músculos. As mulheres em geral não produzem uma quantidade
17
significativa do hormônio testosterona, o que impede o alto grau de desenvolvimento de
músculos. As halterofilistas não ficam com o corpo extremamente musculoso por acaso,
para chegar ao mesmo resultado é preciso uma rotina de treinos intensa.
A importância do Fortalecimento Muscular
Hoje em dia percebe-se que o tema ―prevenção de lesões em corredores‖ está sendo
bastante discutido; até mesmo devido a explosão dessa atividade em ruas, parques
públicos, academias, etc
A musculação pode ajudar no fortalecimento dos membros inferiores como forma de
prevenção de lesões e aumento de força para que através de exercícios específicos, essa
qualidade adquirida possa se transformar em potência. Para entendermos melhor qual a
importância da musculação para o corredor, devemos nos ater ao seu caráter preventivo
de lesões. A musculatura que envolve as articulações se fortalece com os exercícios de
musculação, fazendo com que haja proteção e uma maior estabilidade articular, evitando
luxações e entorses.
―Não podemos nos esquecer do fortalecimento dos membros superiores, que auxiliam
na postura e na movimentação de braços durante a corrida‖, afirma o professor de
musculação da Companhia Athletica, Allan Cesar.
Para um bom treinamento com sobrecarga aconselha-se seguir as seguintes dicas:
- Mantenha a velocidade do movimento uniforme e moderada. Preste sempre muita
atenção à técnica do movimento.
- Não esqueça que o objetivo do trabalho não é se transformar num Arnold
Schwarzenegger. Se você estiver desenvolvendo demasiadamente a massa muscular,
mantenha o peso dos exercícios e diminua a freqüência semanal, que pode ser de apenas
18
uma vez por semana, caso necessário
- Treinamento de pesos não precisa ser feito durante todo o ano. O ideal é fazê-lo no
período inicial do ciclo de treinamento.
- A freqüência dos exercícios deverá ser de 2 a 3 vezes por semana, pois é apenas um
complemento ao programa de corridas.
(Associação Brasiliense de Corredores).
MUSCULAÇÃO: na fase de Crescimento do Organismo
A musculação quando muito bem orientada e acompanhada por um profissional da
área de Educação Física pode ser um estímulo ao crescimento do organismo. A prática
de musculação para adolescentes auxilia para um maior desenvolvimento na resistência,
força e performance muscular, claro que dependendo do treinamento e do objetivo
desejado.
Na opinião do Prof. Fábio Bucheroni, a musculação para os adolescentes é de
importância para o crescimento muscular e ósseo, pois a partir de uma carga
adequada que não exija muito dos tendões e ligamentos é possível iniciar um processo
de adaptação muscular sem prejudica-los.
A carga ideal para se começar a musculação pode ser definida de diversas maneiras,
mas cabe ao professor responsável avaliá-la e perceber através de seus conhecimentos e
"feelling" se realmente esta propícia para o adolescente em questão. Se a carga estiver
acima do ideal (pesada), em que o adolescente sinta dificuldade de erguê-la, é melhor
prestar atenção, porque quando muito pesada pode prejudicar o crescimento do
organismo, forçando suas articulações. Neste caso, se continuar com a carga pesada
poderá ocorrer o fechamento precoce dos discos epifisários, interferindo no
crescimento.
O crescimento ósseo ocorre na epífise, que expande-se constantemente durante a
infância e adolescência.
19
Portanto, a musculação deve ter um acompanhamento e uma orientação
constante de extrema importância quanto a resistência, tônus, fortalecimento e até
mesmo de adaptação muscular para os adolescentes. Uma carga ótima é aquela que
produz tensão óssea e alongamento na musculatura, auxiliando assim, o crescimento
corporal.
De outra forma, esta atividade torna-se um perigo para os adolescentes praticantes,
pois acarretaria danos ao desenvolvimento e crescimento do organismo.
Possíveis danos da Musculação ou de qualquer atividade física sem orientação
adequada ou em excesso para os adolescentes:
Hipófise: o stress físico prejudica a liberação de hormônios sexuais por essa glândula,
retardando o crescimento de pelos e o desenvolvimento dos órgãos genitais.
Coração: um desequilíbrio hormonal causado por esforço ameaça o amadurecimento do
músculo cardíaco.
Músculos: cargas muitas pesadas na adolescência fazem com que os músculos percam a
elasticidade, tornando-se mais curtos e comprometendo as articulações.
Tendões: estão em processo de formação na adolescência. Uma tração exagerada da
massa muscular sobre os tendões pode causar inflamação (tendinites).
Ossos: exercícios com muita carga comprometem a estrutura dos ossos, logo o
adolescente corre o risco de não crescer o quanto poderia.
Benefícios da atividade física aos adolescentes
Com um programa adequado e supervisionado por um profissional de educação
física competente, os benefícios são:
* Aumento da força muscular, protegendo melhor as articulações e com isto evitando
lesões.
20
* Aumento da resistência muscular.
* Melhoria da coordenação muscular.
* Manutenção ou aumento da flexibilidade
* Melhor controle postural.
* Aumento da densidade óssea.
* Aumento do condicionamento físico
* Aumento das reservas de energia do corpo.
* Melhoria da composição corporal, isto é, relação melhor distribuída entre massa
muscular e massa gordurosa
* Melhoria da performance no esporte e em atividades recreacionais.
COMPORTAMENTOS SAUDÁVEIS x QUALIDADE DE VIDA
Exercício regular; Sono adequado; Um bom café da manhã; Refeições regulares ·
Controle de peso; · Abstinência de cigarros e drogas; · Uso moderado (ou abstinência)
de álcool; · Equilíbrio entre corpo e mente.
O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Ele é o principal envolvido pois estudou para cuidar dos bons hábitos, da saúde...
estar em constante atualização, reformulando e reestruturando as suas aulas. atender aos
interesses dos alunos, da sociedade, auxiliando nas dificuldades e reforçando as
potencialidades dos indivíduos. " Há fortes evidências de que muitos dos problemas
pastorais, insuficiência de flexibilidade e dor muscular têm origem na infância. Dessa
forma, hábitos para incorporar um estilo de vida ativo devem ser encorajados no
ambiente escolar" (Achour Junior 1999,44).
IMC é uma sigla utilizada para Índice de Massa Corporal.
21
O índice de Massa Corporal é uma medida utilizada para medir a obesidade
adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). É o padrão internacional para
avaliar o grau de obesidade.
O sobrepeso e a obesidade, indicados pelo IMC, são fatores de risco para doenças
tais como a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana e a diabetes melittus, além
de outras patologias consideradas de alto risco para a saúde pública.
Hoje em dia, o IMC é utilizado como forma de comprar a saúde de populações, ou
até mesmo definir prescrição de medições.
Como calcular o meu IMC?
O calculo do IMC é efetivo dividindo o peso (em quilogramas) pela altura (em
metros) ao quadrado.
Calcular IMC
É simples calcular o seu IMC.
Por exemplo, se o seu peso é 80kg e a sua altura é 1,80m a fórmula para calcular o IMC
ficará:
IMC = 80 : 1,80²
IMC = 80: 3,24
IMC = 24,69
Resultado
Abaixo de 17
Entre 17 e 18,49
Entre 18,5 e 24,99
Entre 25 e 29,99
Entre 30 e 34,99
Entre 35 e 39,99
Acima de 40
Situação
Muito abaixo do peso
Abaixo do peso
Peso normal
Acima do peso
Obesidade I
Obesidade II (severa)
Obesidade III (mórbida)
22
IMC Infantil
Meninos
Idade Normal Sobrepeso Obesidade
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
14,5
15
15,6
16,1
16,7
17,2
17,8
18,5
19,2
19,9
mais de 16,6
mais de 17,3
mais de 16,7
mais de 18,8
mais de 19,6
mais de 20,3
mais de 21,1
mais de 21,9
mais de 22,7
mais de 23,6
mais de 18,0
mais de 19,1
mais de 20,3
mais de 21,4
mais de 22,5
mais de 23,7
mais de 24,8
mais de 25,9
mais de 26,9
mais de 27,7 Meninas
Idade Normal Sobrepeso Obesidade
6
7
8
9
10
14,3
14,9
15,6
16,3
17
mais de 16,1
mais de 17,1
mais de 18,1
mais de 19,1
mais de 20,1
mais de 17,4
mais de 18,9
mais de 20,3
mais de 21,7
mais de 23,2
23
Limitações do IMC
Apesar de ser simples de calcular, o IMC apresenta algumas limitações:
1- A partir do IMC não é possível diferenciar os componentes gordo e magro a massa
corporal;
2- A partir do IMC pessoas brevilíneas e/ou musculosas podem ter um valor de índice de
Massa Corporal inadequado a sua realidade e serem consideradas obesas;
4- Para idosos, o IMC possui uma classificação diferenciada.
11
12
13
14
15
17,6
18,3
18,9
19,3
19,6
mais de 21,1
mais de 22,1
mais de 23
mais de 23,8
mais de 24,2
mais de 17,4
mais de 18,9
mais de 20,3
mais de 21,7
mais de 23,2
24
ESCOLA SANTA BÁRBARA
3º BIMESTRE
25
PROPÓSITOS PARA A REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Atualmente, um grande número de indivíduos, aparentemente saudáveis
compreendem um grupo populacional muito grande. São especialmente as milhões de
pessoas que frequentam as academias, clubes, bosques e parques, além dos que
participam de sessões acompanhadas de um personal trainner, que realizam atividades
físicas em busca de um corpo perfeito, de saúde ou de resultados na melhora da
performance atlética. Este grupo populacional apresenta certas características quanto às
suas necessidades, objetivos, preferências e capacidades.
Nas últimas décadas o movimento do fitness se disseminou de maneira muito
importante, promovendo um ―estilo‖ de vida. O conceito de ―fitness‖ é extremamente
amplo, envolvendo os fatores físicos, emocional e social.
Para o ACSM (Colégio Americano de Medicina Esportiva), o fitness físico
poderia ser considerado como sendo as habilidades necessárias para suportar níveis de
atividades físicas, desde um esforço moderado ao vigoroso, sem o aparecimento de
fadiga precoce, assim como a possibilidade de manter esta capacidade ao longo da vida.
Porém outros estudiosos apresentaram uma abordagem mais ampla, considerando uma
visão holística de saúde e qualidade de vida denominada de pentáculo do bem estar. Este
enfoque inclui cinco elementos: a atividade física habitual, as características
nutricionais, o nível de stress, o relacionamento e, por último, o comportamento
preventivo.
Levando em consideração a perspectiva do fitness físico, o ACSM, propôs cinco
variáveis básicas a serem consideradas, sendo elas: a cardiorrespiratória
(condicionamento aeróbico e anaeróbico), composição corporal (relação de massa
corporal e percentual de gordura), força, resistência muscular e flexibilidade.
Sob este assunto existem orientações básicas, às quais os indivíduos, assim como
os profissionais de Educação Física que os treinam, deveram estar atentos, com o
objetivo de trabalhar estes cinco elementos em equilíbrio, visando ao ―exercício físico
26
saúde‖, ou observando que uma das variáveis não seja extremamente desenvolvida em
detrimento de outra(s).
Complementando os objetivos a serem estabelecidos, deve-se incluir:
Melhorar o estado de saúde mediante a redução dos fatores de risco para saúde;
Aumentar a conscientização sobre a necessidade da prática de exercícios de forma
regular;
Informar sobre as medidas de segurança necessárias para minimizar o risco de
acidentes oriundos da prática esportiva.
A seguir, serão abordados cada um dos elementos que integram o fitness físicos e
suas implicações quanto à forma de prescrição de exercícios.
O DESENVOLVIMENTO CARDIORESPIRATÓRIO
O adequado funcionamento do sistema cardiorrespiratório, está associado
diretamente à melhora da qualidade de vida. É cada vez maior o número de pessoas que
iniciam uma atividade física de forma aeróbica, através da caminhada ou corrida.
Entretanto, é necessário o conhecimento de elementos básicos para a realização desta
prescrição, a fim de melhorar a qualidade de vida e a saúde dos praticantes de atividades
aeróbicas. Entre os elementos básicos, destacam-se: o tipo de atividade, a frequência do
treinamento, a duração do treinamento e a intensidade do trabalho.
TIPO DE ATIVIDADE
Visando um adequado desenvolvimento do componente cardiorrespiratório,
recomenda-se que o tipo de exercício selecionado estimule grandes massas musculares,
durante longos períodos de tempo, realizando de forma aeróbica. Neste rol de atividades,
recomendam-se exercícios cíclicos como corrida, jogging, caminhada, natação, ciclismo,
pular corda, remo, subir escadas e patinação.
27
Em certas condições, quando o praticante já possui um bom nível de
condicionamento, é possível substituir o trabalho aeróbico das sete opções apresentadas
anteriormente, por atividades acíclicas, como o futebol e outros desportos com bola, o
tênis e formas variadas de danças entre outras atividades. Este tipo de estratégia torna o
programa de condicionamento menos repetitivo e possibilita uma maior aderência do
praticante ao exercício físico.
Sobre a questão das atividades acíclicas, são consideradas mais adequadas para
uma fase de manutenção dos níveis de condicionamento físico desenvolvidos
previamente pelas atividades cíclicas.
Um caso específico ao qual se deve atentar, está relacionado às pessoas que
apresentam um certo grau de sobrepeso. Para estas pessoas realizarem uma atividade de
longa duração, recomenda-se a seleção de exercícios onde se minimize o fator de peso
corporal. Sendo assim, deve-se priorizar os exercícios de natação ou na bicicleta, o que
contribuirá para a redução do risco de lesões ortopédicas em comparação com
caminhadas, corridas ou pular corda.
Por fim, a escolha do tipo de exercício ideal deverá estar de acordo com os
objetivos do avaliado e suas preferências, considerando a minimização do risco de
lesões.
FREQUENCIA DO TREINAMENTO
O ACSM preconizou um variação entre três a cinco dias semanais de atividades.
Outro referencial para nortear a frequência de treinamento corresponde à quantidade
total de kcal gasta por semana, com uma recomendação entre 1000 e 2000 kcal.
Outro tipo de indicação da frequência semanal ideal de exercício, leva em
consideração a capacidade funcional em MET. Para sujeitos com capacidade inferior a 3
METs, recomenda-se sessões múltiplas e diárias de exercícios de curta duração. Para
indivíduos com uma capacidade entre 3 e 5 METs, recomenda-se de três a cinco sessões
semanais.
28
Sobre a frequência semanal, é importante considerar alguns aspectos. Se o
praticante nunca fez uma atividade física orientada, iniciar com cinco vezes por semana
poderá gerar uma grande sobrecarga. É preferível iniciar com duas vezes por semana,
aumentando progressivamente, segundo a resposta física do indivíduo. Caso o indivíduo
possua disponibilidade de tempo e condições físicas para exercitar-se diariamente, é
importante considerar que uma maior frequência, de cinco dias semanais, aprimora o
rendimento físico de forma desprezível, por outro lado, aumenta significativamente o
risco de lesões, isto no caso de indivíduos iniciantes e sedentários.
DURAÇÃO DO TREINAMENTO
Recentemente, com diversos movimentos de atividades físicas que estão virando
moda, graças à mídia, vêm-se preconizando um total de 30 minutos de atividades físicas
ao longo do dia. O que, realmente representa um ponto importante no combate ao
sedentarismo, ao se propor uma vida mais ativa por parte da população.
Um fator importante na decisão do tempo total de treinamento é a disponibilidade
que o praticante tem para dedicar-se aos exercícios em suas horas livres. Ao estabelecer
um programa de trabalho mais sistematizado, o tempo total de atividade física contínua
dependerá da capacidade física e da condição inicial do praticante.
No caso de pessoas sedentárias, nas primeiras sessões, provavelmente, não será
possível atingir longos tempos de atividade, mas o treinamento deverá ser orientado para
progredir para um tempo cada vez maior, que consequentemente irá gerar um nível de
dificuldade cada vez menor. Uma vez superado o limiar inicial de fadiga muscular e
respiratória, o tempo total de atividade deverá evoluir progressivamente, estando de
acordo com a disponibilidade de tempo de praticante, e sempre que possível estar
baseando-se na periodização do treinamento.
Para os indivíduos em que a composição corporal já se encontra dentro dos
objetivos estabelecidos, o tempo total de atividade poderá ser reduzido – em relação a
29
um indivíduo que deseja melhorar sua composição corporal diminuindo o percentual de
gordura corporal –compensando o trabalho com uma intensidade maior.
O ACSM recomenda para pessoas extremamente sedentárias, e de muita baixa
capacidade física, a divisão de períodos seriados de exercícios em torno de 10 minutos,
ou um pouco mais, ao longo do dia, o que pode ser uma estratégia interessante, de forma
a totalizar no fim do dia uma carga em torno de 200 kcal de atividade.
INTENSIDADE DO TREINAMENTO
A seleção adequada deste ponto representa a ―chave‖ do sucesso da prescrição de
exercícios. A seleção da intensidade de trabalho também depende diretamente do nível
inicial do praticante, de seus objetivos e outros fatores, como disponibilidade de tempo,
idade, sexo, entre outros.
Entre as recomendações gerais sobre a intensidade de exercícios, destacam-se os
seguintes tópicos:
Um exercício de maior intensidade aumenta o risco cardiovascular e de lesões
ortopédicas;
Atividades de alta intensidade estão associadas a uma menor aderência, pelo
desconforto físico gerado antes e depois do exercício;
Para sujeitos que não estão submetidos a um programa de treinamento
visando a uma competição, recomenda-se atividades de intensidade moderada
e de maior duração;
O consumo de medicamentos poderá alterar a resposta de frequência cardíaca.
EXERCÍCIOS FÍSICOS
Exercício físico é uma parte essencial em qualquer programa de perda de peso e
deve tornar-se permanente em seu estilo de vida.
Alguns dos benefícios que os exercícios físicos podem proporcionar:
Queima de calorias e perda de peso;
Manutenção da tonificação dos músculos;
30
Melhoria na circulação;
Melhoria nas funções cardíacas e pulmonares;
Aumento do autocontrole;
Redução do estresse;
Aumento da habilidade de concentração;
Melhoria na aparência;
Redução da depressão;
Melhoria na qualidade do sono;
Prevenção de pressão sanguínea e colesterol alto e diabetes.
Mas para adquirir todos esses benefícios, deve-se ter muita força de vontade,
dedicação e paciência, principalmente no início da prática. Porém, o mais importante é
adquirir o hábito.
A nossa mente ocidental tende a valorizar mudanças radicais e fórmulas
revolucionárias. É mais sensacionalista e pirotécnico. É o tipo de coisa que vira notícia.
Inovação é importante e quando ela acontece realmente o potencial para melhoria
é enorme. Mas mudanças repentinas são desconfortáveis e normalmente temos uma
enorme resistência a elas, o que geralmente faz com que voltemos aos nossos padrões
antigos. Quem já tentou mudar um hábito ou então é fã das famosas resoluções de fim
de ano., sabe que mudar atitudes e hábitos de uma só vez raramente traz resultados
duradouros.
Então, a saída natural é progredir em passos pequenos. Assim como você fez para
aprender a andar. Passos pequenos o suficiente que passem quase desapercebidos e que a
chance de fracasso de cada passo individual seja praticamente nula. Deixe-me dar um
exemplo:
Você que se exercitar? Já gastou um dinheirão em uma esteira de caminhada, mas
hoje em dia a maior serventia dela é como cabide? Então ao invés de tentar
―revolucionar‖ e se comprometer a acordar às 5:00 da manhã e se exercitar por 1h até
quase desmaiar, faça diferente.
31
Se comprometa a ficar em pé, parado na esteira, enquanto assiste a seu programa
favorito na TV. Ou se isso for sacrifício demais, faça isso somente durante os intervalos,
por exemplo. O segredo não é o quão grande é seu passo inicial, mas o
comprometimento em sempre dar novos passos, mesmo que minúsculos.
Um segundo passo, por exemplo, poderia ser fazer a mesma coisa, mas agora com
roupas próprias para exercício. E nesse caso, já que você está ali, parado, vai ver que
talvez comece a andar ou correr antes mesmo de terminar a sua primeira semana.
SEGUEM ALGUMAS DICAS DE EXERCÍCIO
Exercícios Aeróbicos
São os que mais benefícios trazem ao organismo,
diminuindo a chance de doenças cardiovasculares e
melhorando a qualidade e a expectativa de vida.
Caminhada
É um excelente exercício se você está iniciando as
atividades físicas na sua rotina. Dos exercícios
aeróbicos, a caminhada é a modalidade que reúne o maior número de vantagens. Todas
as pessoas que não apresentam limitações físicas importantes podem caminhar. A
caminhada permite ao iniciante começar o seu programa de exercícios com cargas bem
leves de trabalho e com o tempo, ir progredindo lentamente, até atingir a intensidade
ideal de treinamento.
O custo dessa atividade física é muito baixo e ela pode ser realizada em
praticamente qualquer lugar, como na rua, nos parques, na praia, no campo, em pistas
atléticas, ginásios. Ela também promoverá melhorias na saúde, queimará gorduras e trará
bem estar. Para a saúde é muito melhor caminhar pouco do que não caminhar nada.
32
Corrida
Para iniciar com essa prática é necessário já estar com um bom condicionamento
físico.
No começo da atividade, o organismo ainda não está adaptado ao esforço exigido.
O coração começa a bater mais forte e as células necessitam de mais oxigênio e
nutrientes para funcionar bem. Por isso, nos cansamos muito, e muito rapidamente.
O ideal é respirar lenta e profundamente. Isto permite uma melhor captação e
absorção do oxigênio além de evitar um estado ofegante. Inspire em dois tempos pelo
nariz e solte o ar no mesmo ritmo pela boca. Não se esqueça de beber água: correr
consome água, energia e sais minerais. A corrida é excelente, porque mexe com todos os
músculos do nosso corpo: é um exercício bastante completo. E não esqueça que um bom
tênis é muito importante para um exercício de qualidade.
Bicicleta
Andar de bicicleta contribui bastante para o bem estar físico e mental.
Esta atividade é excelente para enrijecer as nádegas e coxas – regiões que estão
constantemente em nossa lista de preocupações, por serem propensas ao acúmulo de
gordura e à flacidez. Além de queimar muitas calorias, contribui também para o bom
funcionamento do sistema cardiovascular.
Para realizar o treino, opte por locais longe da poluição, como parques e ruas
tranquilas. Assim, você estará potencializando os resultados da atividade e acalmando a
mente da correria do dia-a-dia.
Antes de iniciar, consulte um médico e realize exames para
assegurar que você esteja apto a realizar essa atividade.
Lembre-se que a postura é um segredo para o bom resultado:
ajuste o banco de forma que a coluna fique reta, o abdômen
contraído e as pernas flexionadas.
33
Musculação
A função da musculação não é somente estética. Ela também é essencial para a
saúde e o bem estar. Hoje sabemos, por meio de diversas pesquisas científicas, que o
treino com pesos aumenta a massa muscular e traz inúmeros benefícios ao organismo
como um todo.
Quando praticamos o treino com pesos adquirimos massa magra. Com mais
músculos no corpo, nosso metabolismo fica acelerado e consome mais calorias, mesmo
em repouso. Resultado: perdemos peso com mais facilidade. Além disso, o treino de
resistência fortalece os ossos, o coração e melhora a postura.
É fundamental a prática de musculação principalmente após os trinta anos – idade
em que começa a diminuição de massa magra e que devem ser iniciados os primeiros
cuidados para evitar a osteoporose. Entre vários outros cuidados, o treino com pesos
ajuda o organismo a fixar o cálcio nos ossos, fortalecendo-os.
A musculação deve ser praticada juntamente com exercícios aeróbicos para que os
benefícios sejam completos. Assim, você ganha um corpo mais forte e um coração mais
resistente. E um corpo mais forte executa
as tarefas diárias com mais disposição,
energia e bem – estar.
A recompensa vem em forma de
muita saúde, energia e de um corpo muito
mais bonito.
34
Alongamento
O alongamento é fundamental para prevenir lesões musculares, pois esquenta e
prepara os músculos para a atividade física. Deve ser feito antes e depois dos exercícios.
O alongamento aumenta a flexibilidade muscular, promovendo o estiramento das
fibras musculares, aumentando o seu comprimento. Seu principal efeito é o aumento da
amplitude dos movimentos possíveis numa determinada articulação. Quanto mais
alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele
músculo e, portanto, maior sua flexibilidade. O alongamento consegue esse resultado
por aumentar a temperatura da musculatura e por produzir pequenas distensões na
camada de tecido conjuntivo que reveste o músculo.
35
ESCOLA SANTA BÁRBARA
4º BIMESTRE
36
DOENÇAS CORONÁRIAS
Coração
O coração é um músculo com várias cavidades localizado no centro do tórax; sua
função é bombear sangue para o corpo, suprindo as células com nutrientes e oxigênio.
Uma parede muscular chamada septo, divide o coração, no sentido do seu comprimento,
em dois lados, direito e esquerdo. Válvulas dividem cada lado em duas câmaras: um
átrio e um ventrículo. Quando o músculo cardíaco se contrai, ele força a passagem de
sangue dos átrios para os ventrículos e, destes para fora. O sangue oxigenado vindo dos
pulmões, flui nas veias pulmonares para o átrio esquerdo, depois para o ventrículo
esquerdo e, finalmente, através da aorta, para todas as partes do corpo. Sangue
desoxigenado, retornando dos tecidos do corpo, flui da veia cava para o átrio direito,
depois para o ventrículo direito e, então, através da artéria pulmonar, para os pulmões,
de forma a ser reoxigenado. Em repouso, o coração bate de sessenta a noventa vezes por
minuto, mas a frequência cardíaca pode atingir mais de duzentos batimentos por minuto
durante exercícios físicos, excitação ou em situações de estresse.
Características Coronárias
É o estreitamento ou oclusão das artérias coronárias, geralmente devido a
arteriosclerose, com desequilíbrio resultado entre o fluxo sanguíneo e as necessidades do
miocárdio. Este desequilíbrio trará como consequência uma perda momentânea de
oxigênio (isquemia), levando a uma lesão do tecido miocardial.
Etiologia
Arteriosclerose: formação da placa de ateroma na parede das artérias coronárias.
Associa-se frequentemente com: hipertensão, diabetes mellitus, hipertireoidismo, idade
avançada, stress, fumo, obesidade.
37
Angina Pectoris: É a dor torácica subesternal temporária produzida por uma
isquemia localizada. Dura normalmente de 01 a 03 minutos, tempo durante o qual o
paciente pode reclamar de ―queimação‖, ―sensação de aperto‖ ou ―indigestão‖.
Clinicamente a angina é avaliada pelo médico, que após exames, determinam seu
limiar, de acordo com o nível de esforço que a precipitou. Em casos de angina grave,
tanto a cintilografia do miocárdio (perfusão do miocárdio por radionuclídeos e a
fotografia por cintilação) ou a arteriografia coronária (injeção de substâncias radiopaca e
raio x), podem se usadas para determinar a localização exata e a extensão da lesão da
artéria coronária.
Tipos de Angina
Angina Pectoris Estável: ocorre alívio imediato com repouso ou a
nitroglicerina.
Angina Pectoris Instável: ocorre uma dor progressiva. Surge com o mínimo
de esforço ou até em repouso. É duradoura e difícil, sendo confundida com
infarto.
Insuficiência Coronária Aguda: episódio mais prolongado. Dores de 15 a 30
minutos, sudorese, náuseas.
Angina Pectoris Variante: ocorre em repouso acompanhada de desvio no
eletrocardiograma.
Diagnóstico Clínico: descrito pela dor, provas ou teste; testes de esforço,
arteriografia, eletrocardiograma.
Tratamento Clínico: Nitroglicerina, Nitratos, Propanolol.
Tratamento Cirúrgico: Ponte de Safena, Angioplastia.
38
Sintomas: queimação, sensação de aperto, muitas vezes, irradiado para o pescoço
e braço esquerdo. Pode apresentar-se sob condições de exercícios, exposição ao frio,
estresse ou após uma refeição.
Causas: P.A e P.C alteradas, levando a um desequilíbrio na demandada de O2.
Infarto do Miocárdio
O infarto do miocárdio é a morte do tecido miocardial, segundo à uma oclusão da
artéria coronária. Está associado a um ou mais dos seguintes sintomas:
Dor torácica subesternal prolongada e forte;
Dor irradiada ao braço esquerdo, pescoço e mandíbula;
Sudorese;
Vômito;
Sensação de fraqueza;
Ansiedade.
Avaliação: clinicamente, o infarto do miocárdio é avaliado pelo exame físico,
pelos testes de laboratório e pelo ECG.
Tratamento: o paciente é admitido na Unidade de Terapia Coronária e é
colocado em repouso absoluto por um período aproximadamente de 02 a 03 dias, e em
repouso normal por um período que varia de 03 a 05 dias. Depois disso, é transferido
para a Unidade de Reabilitação Cardíaca pelo restante do tempo de hospitalização,
ficando um período de permanência entre 14 a 30 dias.
39
Objetivo do tratamento
1ª e 2ª fases
Permitir o processo de cicatrização normal, fazendo com que o paciente
permaneça quieto e confortável;
Reconhecer e controlar complicações elétricas;
Prevenir e controlar complicações mecânicas;
Iniciar atividades de vida diária (AVDs), para ajudar na diminuição da ansiedade
e da depressão, além de permitir um progresso na independência e nos cuidados
do paciente.
3ª fase
Promover uma melhora na capacidade funcional do paciente;
Incentivar o regresso a atividade profissional;
Despertar o interesse pela prática de atividade física;
Colaborar para que o paciente readquira autoconfiança.
4ª fase
Promover uma melhora na capacidade funcional do paciente dando continuidade
ao trabalho realizado na 2ª fase;
Proporcionar bem estar físico, mental e social ao paciente;
Despertar interesse pela regular das atividades;
Incentivar a prática regular das atividades;
Dar condições de controle ao paciente para observar seus sinais vitais.
40
CONCEPÇÕES DA PRESERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE
CORONARIOPATAS
Conceitos
Trabalho de Prevenção
É o processo pelo qual se procura prevenir a ocorrência do infarto do miocárdio
em pessoas com elevada propensão à doença, considerando-se os fatores de risco
coronariano pré-definidos (fumo, obesidade, sedentarismo, hereditariedade etc.).
Trabalho de Reabilitação
Processo pelo qual se procura restituir e manter um estado satisfatório nos
aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais em pessoas acometidas de infarto do
prolongamento da vida em nível qualitativo desejável.
Fases de reabilitação de pessoas infartadas
1ª fase: vai dar crise nas primeiras 06 horas; período de maior risco, onde o
atendimento é feito na Unidade Coronariana ou Pronto Socorro. São realizados exames
específicos, injetando uma droga chamada estreptoknase, para impedir o aumento da
área necrosada.
2ª fase: a partir das 06 horas após a crise, até a Avaliação Pré Alta
(aproximadamente 15 dias). Com o infarto já instalado, oficialmente a pessoa aumentará
a região infartada, mas pode acontecer obedecendo ao seguinte percentual:
24 horas após o infarto 70% de região necrosada
48 horas após o infarto 50% de região necrosada
72 horas após o infarto 22% de região necrosada
A partir de 07 dias 05% de região necrosada
41
Nesta fase o Fisioterapeuta poderá fazer um trabalho de Aparelho Respiratório de
forma passiva. O paciente poderá realizar sua própria higiene no leito, como: escovar os
dentes, pentear os cabelos, comer na beira da cama, escrever à mão ou em máquina de
datilografia etc.
3ª fase: fase da Convalescência (15-60 dias); neste caso o paciente já está de alta e
poderá realizar trabalhos, tais como: trabalhos respiratórios, caminhadas (evitando-se
aclives e declives), molhar jardins etc.
4ª fase: a partir dos 60 dias; nesta fase encontramos o maior espaço para a atuação
do profissional de Educação Física especializado na área. A liberação do paciente para
esta fase, segundo prescrição médica, ficará dependente de uma evolução clínica
compatível com a gravidade da crise de infarto sofrida pelo mesmo. Entre os exames
para verificação desta evolução, podem ser citados:
Exame Clínico Geral;
Exames de sangue, fezes e urina;
ECG convencional;
Eletrocardiograma Dinâmico;
Teste ergométrico;
Cinecoronariografia;
Raio X do tórax.
Embora tomemos como orientação geral as fases aqui apresentadas, é importante
lembrar que a evolução clínica do paciente será dependente da extensão da gravidade da
crise que o acometeu, devendo sua passagem de uma fase para outra, ser norteada por
prescrição médica responsável pelo caso.
42
FINALIDADES E OBJETIVOS DO TRABALHO DE PREVENÇÃO E
REABILITAÇÃO
Finalidades da Prevenção
Melhorar a aptidão física dos portadores de risco coronarianos;
Desenvolver condições físicas e psíquicas básicas necessárias ao cumprimento
das funções e obrigações profissionais e sociais;
Propiciar o desenvolvimento de hábitos de prática regular de atividades físicas
e recreativas, o uso de uma alimentação equilibrada e do ritmo saudável de
vida.
Finalidades de Reabilitação
Propiciar aos coronariopatas o desenvolvimento de condições físicas e
psicológicas que lhe permitam cumprir por si só suas necessidades essenciais de
vida;
Locomover-se, viajar e conduzir eventualmente seu automóvel;
Retomar suas ocupações profissionais habituais ou outras que lhes exijam
melhor esforço;
Desenvolver o gosto pela prática habitual de atividades físicas;
Passar a empregar o tempo ocioso em atividades recreativas ou de lazer;
Desviar o pensamento de uma possível incapacidade funcional permanente, para
exercer por si mesmo, suas atividades fisiológicas, profissionais e sociais.