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1 DERMATITE SEBORREICA – TRATAMENTO COM OLÉOS ESSENCIAL DE MELALEUCA. Paula Vanessa Saraiva 1 , Vanderleia Ap. Souza Grein 2 , Simone Cosmo³. 1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná. 3 Professora Orientadora do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). Endereço para correspondência: Paula Vanessa Saraiva, [email protected] , Vanderleia Ap. de Souza Grein, [email protected], Simome Cosmo, [email protected]. Resumo: Os cabelos tem função muito importante para a autoestima das pessoas a aparência que eles expressam é muito relevante para que ela se sinta segura no ambiente em que convivem. Pessoas que tem dermatite seborreica tem aparência insegura, por causa da oleosidade excessiva e aparência de sujidade, a descamação da pele é muito elevada levando-as a ter vergonha da aparência. Este artigo apresenta como objetivo estudar o tratamento e as causas da dermatite seborreica através do óleo essência de melaleuca e seus carreadores (esfoliante, shampoos de salvia), o mesmo trata de assuntos importantes como a incidência da doença em portadores do vírus HIV e o porquê desta ocorrência. Estudos de casos foram realizados com duas amostras com incidência da doença por no mínimo 5 anos proporcionando resultados muito satisfatórios e comprovando a eficácia e eficiência do tema aqui proposto, com embasamento de autores renomados e tem experiências no assunto aqui descrito. Palavras-chave: Dermatite seborreica, Couro Cabeludo, Oléo de Melaleuca.

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DERMATITE SEBORREICA – TRATAMENTO COM OLÉOS ESSENCI AL DE MELALEUCA.

Paula Vanessa Saraiva1, Vanderleia Ap. Souza Grein2, Simone Cosmo³.

1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná. 3 Professora Orientadora do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). Endereço para correspondência: Paula Vanessa Saraiva, [email protected], Vanderleia Ap. de Souza Grein, [email protected], Simome Cosmo, [email protected].

Resumo: Os cabelos tem função muito importante para a autoestima das pessoas a

aparência que eles expressam é muito relevante para que ela se sinta segura no

ambiente em que convivem. Pessoas que tem dermatite seborreica tem aparência

insegura, por causa da oleosidade excessiva e aparência de sujidade, a descamação

da pele é muito elevada levando-as a ter vergonha da aparência. Este artigo apresenta

como objetivo estudar o tratamento e as causas da dermatite seborreica através do

óleo essência de melaleuca e seus carreadores (esfoliante, shampoos de salvia), o

mesmo trata de assuntos importantes como a incidência da doença em portadores do

vírus HIV e o porquê desta ocorrência. Estudos de casos foram realizados com duas

amostras com incidência da doença por no mínimo 5 anos proporcionando resultados

muito satisfatórios e comprovando a eficácia e eficiência do tema aqui proposto, com

embasamento de autores renomados e tem experiências no assunto aqui descrito.

Palavras-chave: Dermatite seborreica, Couro Cabeludo, Oléo de Melaleuca.

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INTRODUÇÃO

A dermatite seborreica se caracteriza por lesões de pele tipo rash (erupção

cutânea), com placas vermelhas que coçam e podem descamar. As lesões surgem

habitualmente em áreas com grande produção de oleosidade na pele, como couro

cabeludo, face, região peitoral, canal auditivo e costas (PINHEIRO, 2016).

Por apresentar características lipófilas, este microorganismo

(Pityrosporum ovale) concentra-se particularmente em regiões ricas em

glândulas sebáceas, ocasionando eritema e prurido (BOIXAREU, 1995). A

dermatite seborreica (DS) é uma doença inflamatória crônica comum, que

acomete cerca de 1 a 3% da população geral dos EUA, sendo 3 a 5% em

adultos jovens (SAMPAIO, 2011).

São alguns exemplos de lesões de pele que nem sempre são mandadas

para exame anatomopatológico, sendo dispensadas antes mesmo de obterem

um diagnostico decisivo, como: Dermatites seborreicas, pólipos fibroepiteliais

(acrocórdons), cistos epidérmicos e nevos melanocíticos “comuns” (WERNER,

2009).

Segundo Leite e Carvalho; 2013 apud Reuter, Melfort e Schempp

(2000), provam os benefícios do uso do óleo de melaleuca em formulações

tópicas e xampus para o controle da caspa, prurido e inflamação em casos de

dermatite seborreica e até mesmo no tratamento da psoríaso.

O objetivo desse artigo é identificar dermatite seborreica em pessoas

com HIV e analisar se o óleo essencial de melaleuca é eficaz no tratamento

dermatite seborreica.

Cabelo

Segundo GOMES (2009), os cabelos são fibras queratinizadas. Que

nascem do folículo piloso onde fica a raiz do cabelo. Cada haste do cabelo

possui três partes: Parte interna que se chama medula, em alguns fios ela é

inexistente; externa que se chama cutícula, onde ocorre a proteção dos fios de

cabelo contra as agressões externas; o córtex é responsável pela elasticidade

e resistência dos fios, onde são encontrados os grânulos de melanina que são

responsáveis pelo pigmento, embora possam ser encontrados também na

medula. O folículo piloso é a parte interna que é a raiz do cabelo, onde são

encontradas células que ficam na papila dérmica e no bulbo capilar que

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existem as glândulas sebáceas que produzem a oleosidade natural dos

cabelos e da pele.

O período durante o qual o cabelo cresce tem o nome de fase

anagénica; dura cerca de 1 a 3 ou 4 anos. Durante esta fase, o bulbo piloso

situado na extremidade inferior do folículo regenera-se para voltar a produzir a

fibra capilar. O cabelo cresce cerca de 1 cm por mês. A segunda fase,

catagénica, também chamada fase de involução, dura 2 a 3 semanas. É a

conclusão da produção da fibra. O folículo retrai-se à superfície do couro

cabeludo. Essas semanas vão permitir ao cabelo preparar-se para a fase de

repouso. A terceira e última fase do ciclo de vida do cabelo: a fase telogénica,

corresponde ao período de repouso. O cabelo não cresce mais, mas

permanece agarrado ao folículo durante cerca de 3 meses. No final desses 3

meses, o cabelo cai durante a lavagem ou escovagem. Pode dar-se início a

uma nova fase anagénica. LOPES (2015).

Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2013), os

cabelos apresentam diferentes características, de acordo com o grupo étnico

ao qual a pessoa pertence e dependendo da genética de cada um. As

variações raciais e individuais irão determinar o padrão de crescimento e

também sua forma e textura. Os cabelos lisos são típicos de etnias mongólicas,

orientais, esquimós e indígenas. Se você fizer um corte transversal nestes fios

eles apresentarão uma forma arredondada e a queratina é distribuída

uniformemente pelo fio. Já os cabelos ondulados são típicos dos caucasianos,

mas podem ser encontrados em diversas etnias. No corte transversal os fios

possuem formato ovalado, a queratina é distribuída irregularmente

concentrando-se em uma das extremidades, mais do que na outra. E por fim,

os cabelos crespos, comuns na etnia negra, possui formato elíptico, bem

achatado, e a distribuição da queratina é irregular.

O tipo de cabelo é determinado pelo formato do bulbo capilar (raiz),

sendo apenas diferente no formato geométrico da secção transversal de cada

fio e o grau da ondulação de cada fio de cabelo. No caso dos ondulados a

forma geométrica é levemente elíptica e a muito elíptica vem os cabelos

crespos (BIONDO, DONATI 2011).

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Segundo Pedro, R. (2004) o ph do couro cabeludo está entre 4.0 e 5.6, a

camada hidrolipídica que protege o cabelo tem pH levemente ácido entre 4,2 e

5,8. Portanto, pH ideal para um shampoo de uso diário está entre 5 e 6.

O verão é conhecido como a estação mais prejudicial à saúde dos

cabelos. Tanto o calor, quanto o frio são prejudiciais aos cabelos: o verão

resseca os cabelos e deixa-os mais sujeitos a danos. O fio capilar envelhece

ao longo do tempo e pode ficar branco e quebradiço rapidamente. Já no

inverno, muitos pacientes procuram os consultórios, pois o mesmo deixa o

cabelo mais oleoso e sujeito à dermatite. Existem doenças capilares para todas

as estações e cada uma merece um cuidado específico. O risco de o cabelo

desidratar por causa dos banhos quentes e demorados também é grande

(FERNANDES, 2013).

Cabelos oleosos são muito mais brilhosos e tem um aspecto molhado,

sem volume e geralmente são finos. Isso por que uma disfunção, que pode

estar associada ao stress, alimentação, hormônios, alterações emocionais e

poluição fazem com que as glândulas sebáceas secretem o sebo de forma

excessiva. Essa condição pode ser também adquirida por uso inadequado de

produtos capilares cosméticos, exposição a ambiente úmido e onde existem

vapores de gordura. Esse distúrbio também favorece o surgimento ou piora do

quadro de quem tem problemas de caspa, seborreia e queda de cabelo.

(ROCHA, 2011).

Dermatite Seborreica

As glândulas sebáceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele. Mais

numerosas e maiores na face, couro cabeludo e porção superior do tronco, não

existem na palma da mão e planta dos pés. Estas glândulas eliminam sua

secreção no folículo pilo sebácea. São estruturas lobulares e saculares que

com seus canais excretores abrem-se no terço superior do folículo abaixo de

sua abertura externa (LIVRE, 2008).

As glândulas sebáceas têm mais produção de ácidos graxos nos

cabelos lisos e finos, pois deixa a raiz com oleosidade excessiva e cabelos sem

movimentos. Os cabelos mistos também possuem grande produção de sebo na

raiz e pontas secas, pois a oleosidade do couro cabeludo não e distribuída

pelas pontas (GOMES, 2010).

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A dermatite seborreia (DS), é uma alteração crônica, não é transmitida

através do contato, é uma inflamação que ocorre no estrato córneo, onde

existe maior numero de glândulas sebáceas. São identificadas por placas

amareladas, descamativas e vermelhidão, de formato arredondado ou ovaladas

(STEINER,1998).

A DS possui dois picos de incidência: um no recém-nascido, até os três

meses de vida, e outro na fase adulta, aproximadamente entre os 30 e 60 anos

de idade. A apresentação bimodal da doença (ao nascimento e pós-puberal)

sugere que ela esteja relacionada a hormônios sexuais. Os homens são

acometidos com maior frequência em todas as faixas etárias e não há

predileção racial. A apresentação bimodal da doença (ao nascimento e pós-

puberal) sugere que ela esteja relacionada a hormônios sexuais. Os homens

são acometidos com maior frequência em todas as faixas etárias e não há

predileção racial (GUPTA, 2004).

Além da infecção pelo virus HIV, algumas doenças neurológicas também

causam com maior incidência de DS, como a doença de Parkinson. Pacientes

parkinsonianos em tratamento com levodopa (composto formado apartir da

tirosona, como fase intermédia da sintese das catecolaminas, é utilizado no

tratamento da doença de Parkinson), apresentam melhora da DS (PARISH,

WYBURN 1970).

Segundo Gomes, (2010) a DS é considera um distúrbio causado pelo

excesso de secreção sebácea, que acaba provocando irritação no couro

cabeludo. Em um grau mínimo, a DS é percebida apenas como caspa e

oleosidade excessiva, com alguma coceira no couro cabeludo. Nesse estágio

ela pode ser combatida com produtos destinados ao controle da oleosidade e

contendo ativos anticaspa, como coaltar, ictiol, acido salicílico entre outros.

Essa doença não é contagiosa, e quando se encontra em um grau mais

avançado, seus sintomas são irritação e coceira, seguidas por vermelhidão e

descamação do couro cabeludo.

A Malassez foi a primeira pessoa a descrever elementos fúngicos

leveduriformes em escamas do couro cabeludo, provavelmente representativas

da doença que vira a ser conhecida como DS após a descrição original de

Unna 1887. Em 1952, Leone relacionou o Pityrosporum ovale à pitriáse do

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couro cabeludo, ao eczema seborreico figurado e a varias outras dermatoses

escamozas (LEONE R.,1952).

A dermatite seborréica apresenta um caráter crônico, com tendência a

períodos de melhora e piora. A doença costuma agravar-se, no inverno, em

situações de fadiga ou estresse emocional, por ingestão de alimentos

gordurosos e bebidas alcoólicas, fumo e banhos quentes (ROSSI, 2001;

BRASIL RNP, 2002).

A caspa sinaliza que o couro cabeludo está com dermatite seborreica,

cujos sintomas são – além da própria caspa – excesso de oleosidade,

vermelhidão e coceira. A dermatite pode causar queda de cabelo. Ou seja, se a

pessoa está com caspa é sinal que pode estar perdendo cabelos por causa de

dermatite. Se for este o seu caso, procure seu dermatologista. (MILAN B.,

2012).

Dermatite Atópica

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória de curso crônico,

recidivante, de etiologia multifatorial, que causa expressivo comprometimento

da qualidade de vida nos pacientes afetados. Caracteriza-se por prurido

intenso, xerodermia, hiperatividade cutâneas e lesões de morfologia e

distribuição típicas variável conforme a faixa etária da criança. Em pacientes

pediátricos atópicos, a inflamação é caracterizada por níveis elevados de IgE

(Imunoglobulina E). O termo atopia atualmente significa tendência pessoal e/ou

familiar para tornarse sensibilizado e produzir anticorpos específicos classe IgE

em resposta à alérgenos. A prevalência tem aumentado nos últimos anos e os

fatores provavelmente implicados neste aumento de casos seriam a

predisposição genética, poluição, infecções e exposição alergênica (AMARAL,

2012).

Embora a dermatite de contato (DC) seja frequentemente associada à

etiologia alérgica, cerca de 80% das dermatites de contato são provocadas por

substâncias irritantes, levando à DC não alérgicas ou irritativas. O processo

inflamatório da dermatite de contato alérgica (DCA) é mediado por mecanismos

imunológicos, podendo ser causada por substâncias inorgânicas, orgânicas,

vegetais ou sintéticas, enquanto que a dermatite de contato por irritantes (DCI)

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é causada por dano tissular direto após contato com o agente agressor que

inicia a reação inflamatória (MOTTA, BIANCHI, 2011).

A DCA pode apresentar-se na fase aguda com muito prurido, vesículas e

bolhas. Na fase subaguda o prurido e o eritema são de menor intensidade e,

em geral, não há vesículas. Na forma crônica o prurido é mínimo, com ruptura

de vesículas, descamação com alguns sinais de pós-inflamação, como

hiperpigmentação, hipopigmentação e/ou liquenificação (REV. BRAS. ALERG.

IMUNOPATOL, 2011).

Tratamento Das Dermatites

Indivíduos atópicos devem evitar a exposição tópica em que possam se

sensibilizar facilmente. A proteção da pele a produtos químicos que causam

dermatite de contat atópica (DCA) é difícil. Têm-se tentado várias formas de

barreiras, como luvas, cremes e/ou pomadas protetoras com resultados em

geral pouco eficazes, especialmente por longo período1. A hipossensibilização

não está indicada, na literatura vários trabalhos têm demonstrado falhas neste

tipo de tratamento. O tratamento na fase aguda ,baseia-se no uso de

compressas frias, corticoides tópicos ou orais, PUVA e imunossupressores

(MOTTA AA Et Al, 2006).

O tratamento da dermatite seborréica é estabelecido, de acordo com a

idade do doente e com a intensidade e extensão das manifestações clínicas.

Porém não existe medicação que acabe definitivamente com a doença, mas

seus sintomas poderão ser controlados (TAVEIRA, 2001; BRASIL RNP, 2002).

O tratamento é geralmente realizado com medicações de uso tópico na

forma de xampus, loções capilares ou cremes e, em alguns casos, medicações

por via oral podem ser utilizadas (BRASIL RNP, 2002).

Em geral, nas formas de dermatite seborréica discretas, as lavagens são

suficientes, associadas à aplicação de loções, solutos ou xampus contendo

cetoconazol, piroctona olamina, ácido salicílico e redutores, como coaltar

purificado. Entretanto, nas formas intermédias, além dos produtos anteriores,

às vezes, é necessária a aplicação de corticosteróides isolados de potência

intermediária, ou em associação com antimicóticos por períodos de cinco a oito

dias. Já nas formas graves e disseminadas, está indicada a administração

sistêmica de corticosteróides ou derivados do imidazol (itraconazol) e radiação

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ultravioleta, método chamado PUVA, que consiste na ingestão de um

psoraleno e aplicação de raios ultravioleta (TAVEIRA, 2001).

Tratamentos Naturais para Dermatite Seborreica

A argiloterapia em tratamentos capilares é utilizada para tratar o couro

cabeludo com excesso de oleosidade, caspa e seborreia, pois promove uma

limpeza profunda removendo as células mortas, removendo ainda as

impurezas e descongestionando a área em que houve a aplicação,

(VASCONCELOS, e Cols, 2008). O uso nessas afecções é eficaz, pois a argila

possui propriedades bactericida, regeneradora, anti-inflamatória e antisséptica.

A argila verde e a mais indicada para esses tratamentos, pois possui ação

adstringente, cicatrizante e oxigenante (MEDEIROS, 2013).

Segundo Lavabre, (2005) os óleos essenciais são componentes muito

ativos e não devem ser utilizados puros, devem sempre ser diluídos em meio

neutro e em proporções segura. Muitos têm um aroma adocicado, cítricos em

excesso, para contornar esse problema, faz-se uso da sinergia, que é a mistura

de vários óleos essenciais de forma a produzir um aroma agradável sem abrir

mão da utilização do óleo indicado na terapia. Segundo Wichrowski, (2007)

relata a eficácia dos óleos essenciais nas ações antissépticas, cicatrizante,

anti-infecciosa e estimulante do couro cabeludo. Essas ações serão efetivas se

os óleos foram convenientemente extraído e corretamente conservado. Sua

ação se da através do sistema circulatório, pois eles possuem moléculas

pequenas que podem penetrar através da pele. A forma de se usar e diluir os

óleos no xampu e misturar a argila em seguida, aplicar nos cabelos úmidos e

massagear o couro cabeludo por aproximadamente por 10 minutos.

Oléo Essencial De Melaleuca

O óleo de melaleuca, conhecido internacionalmente como tea tree, é um

óleo essencial volátil obtido por destilação por arraste a vapor ou

hidrodestilação das folhas de uma espécie arbórea originária da Austrália, a

Melaleuca alternifolia, de grande importância medicinal (CASTRO etal., 2005).

Esse óleo essencial possui comprovada ação antimicrobiana contra bactérias e

bolores patogênicos ou não. Além disso, sua composição química é complexa.

É uma mistura de hidrocarbonetos terpênicos, principalmente

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monoterpenos, sesquiterpenos e de seus álcoois associados (ANDRADE et al.,

2003; CARSON et al., 2006).

A Melaleuca pertence a família das mirtáceas, que possui 130 gêneros e

fazem parte dela o eucalipto e o cravo. O gênero Melaleuca compreende

aproximadamente 200 espécies, todas nativas da Austrália. A árvore de tea

tree pode chegar a 6 metros de altura, porém seu crescimento é muito lento, e

pode viver por anos como um arbusto. Dentre as muitas propriedades do óleo,

podemos citar sua ação bactericida, antifúngica, germicida, expectorante,

antisséptica, antivirótica e cicatrizante (PYTOTERÁPICA, 2013).

Wichrowski (2007), afirma que a forma de tratamento dos óleos

essenciais se da através do sistema circulatório, pois eles possuem moléculas

pequenas o bastante que podem penetrar através da pele, e os seus benefícios

começam em aproximadamente meia hora.

Os óleos são também conhecidos como óleo voláteis, óleos etéreos ou

essências. Biavatti e Leite (2005) afirma que: “Óleos essenciais

são princípios aromáticos encontrados em diferentes óleos vegetais

pertencentes a família diversas. Por evaporarem quando expostos ao ar à

temperatura ambiente são também chamados de óleos voláteis ou etéreos.

Óleos essenciais são metabolitos vegetais secundários produzidos pelas

plantas por outras necessidades que não a de nutrição por exemplo, para a

atração e repelência de insetos e ação alopática. A sua produção está

integrada à fisiologia de toda a planta, por isso sua composição e quantidade

dependem das enzimas especificas que catalisam a produção de compostos

voláteis em um órgão, do estágio de desenvolvimento e de estresses abióticos,

como a salinidade do solo, a umidade e a temperatura. A extração dos óleos

essenciais pode ser efetuada de varias formas, sendo dependente da parte da

planta a qual o óleo é extraído. Dentre os métodos mais empregados, está à

destilação por arraste a vapor de água, a vácuo, à prensagem a frio,

o enfleuragem, a extração por solvente e a extração por CO² supercrítico

(SANGWAN et al., 2001).

O óleo das folhas pode conter quantidades variadas de terpenos

(pineno, terpeno e cimeno), terpineol (terpinen-4- ol), sesquiterpenos e cineol,

que são os constituintes mais importantes relacionados à atividade

antimicrobiana (SAWAYA et al., 2002; SIMÕES et al., 2002). Tais substâncias

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permitem a esse óleo apresentar um amplo espectro de ação antibacteriana,

que compreende tanto as espécies gram positivas quanto as gram negativas,

além de atividade antif úngica potente. Atribui-se ao óleo de melaleuca,

caracter ísticas terapêuticas interessantes como ação anticomicose, dermatite,

eczema, dor de dente, mau-hálito, dentre outros (PRIEST & PRIEST, 2002;

ANDRADE et al., 2003).

Cosmeticamente, o óleo de melaleuca pode ser incorporado em cremes,

loções, sabonetes e xampus antissépticos, em produtos para a limpeza da pele

oleosa e removedores de maquiagem, em after-shaves, pós-depilatórios,

desodorantes, em xampus e loções para cabelos oleosos e/ou caspa,

preparações after-sport, etc (CHRISTOPH et al.,2001).

Xampu

Hernandez e Mercier-Fresnel (1999, p.249) conceituam os xampus como

“produtos destinados a limpeza do cabelo e do couro cabeludo”. Os autores

resaltam ainda que os xampus devem: Deixar os cabelos soltos e brilhantes;

Não ser muito detergentes; Não modificar o pH ácido do couro cabeludo; Não

irritar os olhos.

Na compreenção de Maia e Mota (2009), os xampus são agentes de

limpeza destinados à remoção de oliosidade, suor, descamação das células

epidérmicas, residuos de poluição e de outros produtos capilares que se

acumulam diariamente nos cabelos e couro cabeludo. Além da sua função

inicial de limpeza, ele deve ainda proporcionar brilho, maciez, eliminando a

eletricidade estática e falicitando o ato de pentear.

Para a elaboração de xampus para cabelos oleosos e anti-caspa os

principios ativos são fundamentais e responsáveis pela ação

antifungica/bactericida, queratolítica e antipruriginosos, características do

produto para cabelos oleosos e com caspa. Podem ser tanto de origem

vegetal, animal, obtidos sintéticamente ou por biotecnologia (REBELLO, 2005).

MATERIAIS E METODOS

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com publicações entre os anos

de 1952 a 2016, por meio do site da Scielo, Sociedade Brasileira de

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Dermatologia e Tricologia Médica, para consulta de seus acervos de dados

como Guia Médico, Terapia Capilar, Eczema Seborreico entre outros.

Os descritores utilizados foram: Dermatite, couro cabelo, melaleuca e

glândulas sebáceas.

A metodologia utilizada é de natureza quantitativa, onde foi realizado

uma ficha de anamennese para avaliar o quadro do paciente de inclusão que

utilizou como parâmetro a oleosidade excessiva, descamação amarelada,

vermelhidão no couro cabeludo e coceira, e excluídos pacientes que tinham

pouca oleosidade no couro cabeludo e que não apresentavam descamação e

irritabilidade. O procedimento foi realizado em duas pessoas de gênero

feminino, de faixa etária de 35 à 50 anos, com quadro de dermatite seborreica

com mais de 5 anos de incidência da doença. Os mesmos apresentavam

descamação amarelada, oleosidade excessiva e coceira.

Segundo os pesquisadores o óleo melaleuca é fungicida e

bactericida, é um óleo essencial que poder ser aplicado diversamente sobre o

couro cabeludo e por isso tem uma permeação na camada da epiderme.

Higienizar o cabelo com shampoo que tenha ph neutro, mais

próximo do ph do cabelo para não causar irritabilidade no couro cabeludo,

porque o ph é mais acido próximo da raiz em torno de 4 e comprimento e

pontas em torno de 7.0 que é mais neutro para não danificar a fibra de cabelo,

e sim retirar a sujidade do couro cabeludo. A sujidade do couro cabeludo é por

produção das glândulas sebáceas e células mortas, poluição e resíduos de

produtos deixados na fibra do cabelo. A esfoliação é a remoção de células

mortas e abre mais os poros para penetrar mais o ativo que é o óleo melaleuca

essencial.

Após o shampoo o uso do condicionador é fundamental para o

fechamento das cutículas do cabelo, e em seguida o uso do protetor térmico

para proteger o cabelo do calor do secador e raios solares.

Através da fixa anamnese identifica o foto tipo de pele, a cor do

cabelo, espessura do cabelo, se já fez algum procedimento químico, se tem

alguma lesão no couro cabeludo, e quais produtos que se usam diariamente,

qual a alimentação do paciente, ingestão de água, vícios, se pratica alguma

atividade física, se alguém da família tem dermatite seborreica.

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Realizar massagem relaxante e ativadora da circulação sanguínea no couro

cabeludo utilizando a polpa dos dedos, durante 5 a 10 minutos. Massagear

todo o couro, orelha, pescoço e ombros. Desembaraçar os cabelos com auxilio

de um pente.

Passar o esfoliante e adicionar junto 12 gotas óleo essencial de

melaleuca no couro cabeludo e aguardar por 15 a 20 minutos.

Enxaguar os cabelos e molhar primeiro a raiz e massageando

lentamente e retirar o excesso do esfoliante com água abundante.

Lavar os cabelos com shampoo neutro de Salvia com gotas de

óleo melaleuca (18 gotas cabelos longo, 12 gotas cabelos médios e 6 gotas

cabelos curtos) e repetir quantas vezes for necessário ate que o cabelo esteja

limpo.

Aplicar condicionador para neutralizar a carga negativa deixada do

shampoo, utilizando o condicionador positivo que sela cutículas do cabelo em

comprimento e pontas, porem não aplicar no couro cabeludo e deixando agir

por 5 minutos.

Enxaguar bem o cabelo e retirar o excesso de água com uma

toalha. Passar um protetor térmico e secar os cabelos com secador conforme a

preferência do paciente.

As medias utilizadas no processo são:

- 50 gramas de esfoliante

- 12 gotas de óleo essencial de melaleuca

- 30 ml de shampoo

- 50 gramas de condicionador

- 15 gramas de protetor térmico

Uma vez por semana e indicar para o paciente a adicionar no

shampoo vinte gotas de óleo de melaleuca em seu shampoo que deve ser de

salvia para continuar o tratamento em casa. A duração do tratamento é em

torno de noventa dias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO .

O óleo de melaleuca em contato com os poros elimina bactérias que

contribuem para o aparecimento de comedões e acne. Outro benefício é a

eficácia contra coceiras na cabeça, indicado para caspa ou dermatite

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seborreica em couro cabeludo, por suas propriedades antisseborreica e anti-

inflamatória, (DINIZ, 2015).

Com base em estudos realizados anteriormente e analises práticas em

pacientes com o quadro de dermatite seborreica crônica, observou-se a

eficácia do óleo de melaleuca nos tratamentos que foram realizados no período

de 90 dias em dois pacientes com quadro clinico de 5 a 15 anos de incidência

da doença, sabendo-se que o óleo de melaeuca tem propriedades bactericidas

e fungicidas e um excelente cicatrizante e alta permeabilidade na pele,

atingindo o tecido subcutâneo por ser uma molécula pequena. Foram excluídos

casos de gravidez, pois pode provocar aborto por ser absorvido pela corrente

sanguínea e metabolizado pelo fígado, em crianças menores de 5 anos que

obtém o extrato córneo muito fino podendo ocasionar intoxicação e em idosos

por possuírem a pele desidratada e levando ao efeito cumulativo ao organismo.

Com o inicio do tratamento em Julho de 2016, foram realizados uma vez

por semana, utilizando o procedimento de esfoliação associado ao óleo de

melaleuca e adicionado 3 gotas do mesmo no shampoo. Observou-se após a

segunda sessão uma redução da descamação, coceiras e irritabilidade do

couro cabeludo em 40%. Ao realizar a terceira sessão houve uma melhora

significativa do quadro irritativo da pele, da quarta sessão em diante o paciente

relatou não sentir mais coceira, irritabilidade e o processo inflamatório diminuiu.

Na quinta sessão não houve mais nenhum sintoma da doença e após deu-se

continuidade ao tratamento e o paciente relatou a sensação de limpeza e

frescor na região tratada. Os pacientes descreveram nunca ter obtido

resultados tão significativos como o realizado na metodologia, sendo que

procuraram varias outras opções de tratamento.

O bem estar, limpeza e melhora na circulação local por causa da

massagem estimulante realizada no local estimulando sensoriais do couro

cabeludo que assim,proporcionando remoção de células mortas e ocasionando

o bem estar, comprovam que o óleo de melaleuca por ser um ativo natural é

eficaz no tratamento aqui proposto, obtendo resultados mais do que o

esperado.

Segundo Helfer (2015), com os tratamentos estéticos realizados com o

óleo essencial de melaleuca, a patologia (dermatite seborreica), pode ser

controlada de forma a não causar mais um incômodo importante ao paciente,

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aumentando assim sua autoestima. Os sintomas estão sendo diminuídos

gradativamente, observando

eritema. A perspectiva é de que haja relevante melhora no quadro da patologia,

podendo o paciente prosseguir apenas com o tratamento de manutenção, para

evitar recidivas.

Não foram observados

posterior ao tratamento,

de melaleuca 24 horas antes

os pacientes não teriam

Figura 1: Antes do

aumentando assim sua autoestima. Os sintomas estão sendo diminuídos

mente, observando-se a diminuição do prurido, da descamação e do

eritema. A perspectiva é de que haja relevante melhora no quadro da patologia,

podendo o paciente prosseguir apenas com o tratamento de manutenção, para

observados anomalias ou problemas no

pois foi realizado teste de tolerância ao

antes de iniciar o tratamento definitivo, para

alergias posteriores.

do tratamento.

14

aumentando assim sua autoestima. Os sintomas estão sendo diminuídos

se a diminuição do prurido, da descamação e do

eritema. A perspectiva é de que haja relevante melhora no quadro da patologia,

podendo o paciente prosseguir apenas com o tratamento de manutenção, para

momento ou

óleo essencial

para verificar se

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Figura 2: Após o tratamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos autores citados conclui

propostos foram eficazes e obtiveram bons resultados provando que a hipótese

é concreta e que pode ser

caso da dermatite seborreica que é uma doença crônica que causa muito

desconforto e afeta psicologicamente a autoestima do paciente. O tratamento

proporciona uma chance de controle da doença trazendo ao me

saudável e sociável. As pesquisas realizadas comprovam que a dermatite

seborreica é uma alteração crônica e não contagiosa autoimune e que é mais

frequente em portadores de HIV, por obterem o sistema imunológico mais

abalado pela doença e a de

mesmas prejudicas pelo vírus HIV.

tratamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos autores citados conclui-se que os objetivos aqui

propostos foram eficazes e obtiveram bons resultados provando que a hipótese

é concreta e que pode ser utilizada para tratamentos estéticos e clínicos no

caso da dermatite seborreica que é uma doença crônica que causa muito

desconforto e afeta psicologicamente a autoestima do paciente. O tratamento

proporciona uma chance de controle da doença trazendo ao me

saudável e sociável. As pesquisas realizadas comprovam que a dermatite

seborreica é uma alteração crônica e não contagiosa autoimune e que é mais

frequente em portadores de HIV, por obterem o sistema imunológico mais

abalado pela doença e a dermatite ser recorrente de linfócitos T CD4 as

mesmas prejudicas pelo vírus HIV.

15

se que os objetivos aqui

propostos foram eficazes e obtiveram bons resultados provando que a hipótese

utilizada para tratamentos estéticos e clínicos no

caso da dermatite seborreica que é uma doença crônica que causa muito

desconforto e afeta psicologicamente a autoestima do paciente. O tratamento

proporciona uma chance de controle da doença trazendo ao mesmo uma vida

saudável e sociável. As pesquisas realizadas comprovam que a dermatite

seborreica é uma alteração crônica e não contagiosa autoimune e que é mais

frequente em portadores de HIV, por obterem o sistema imunológico mais

rmatite ser recorrente de linfócitos T CD4 as

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Os resultados comprovam que o óleo de melaleuca por ser altamente

absorvente pela camada epidérmica e por ser fungicida e bactericida atua

como excelente combatente aos micro-organismos Pityrosporum ovale que são

os causadores da dermatite seborreica, associado ao carreador aqui citado o

“esfoliante” e ao shampoo de sálvia que auxiliam na limpeza do couro

cabeludo. Especialmente ressalta a importância do tecnólogo em estética, que

é responsável por acompanhar e analisar o quadro clinico do paciente que tem

que ser atendido com o conhecimento necessário e com responsabilidade,

para garantir a segurança e bem estar ao mesmo, pois o tecnólogo tem

embasamento pratico e teórico para realizar esses procedimentos de maneira

correta.

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