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3 TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2013 A GAZETA EDITORA: ANDRÉA PIRAJÁ [email protected] Tel.: 3321.8446 agazeta.com.br/cidades gazetacidades Amônia intoxica 30 pessoas Um vazamento de amônia num abatedouro de aves de Castelo intoxicou 30 trabalhadores da empresa. Bombeiros prestaram socorro às pessoas. Página 14 BR 262 1 MORTE POR SEMANA, E SEM DUPLICAÇÃO À VISTA De janeiro até o último domingo, foram 1.635 acidentes na via DANIELLA ZANOTTI [email protected] Enquanto os governos fe- deral e estadual discutem, mas não definem a duplica- ção da BR 262, os acidentes continuam fazendo vítimas e destruindo famílias na ro- dovia. São pelo menos seis acidentes por dia e uma morte toda semana no tre- cho de 180,5 km da via que corta o Espírito Santo. De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados 1.635 acidentes, que resul- taram na morte de 33 pes- soas na BR 262 de janeiro a 15 de setembro deste ano. Taxista e morador do município de Marechal Flo- riano, Aurélio Favilla Lobo, 34, já perdeu um amigo em um acidente na BR. O rapaz era músico e tinha 30 anos. Ele foi atingido no km 48 por um caminhão que en- trou na contramão. “Na época, a esposa do meu amigo estava grávida – a filha nem conheceu o pai. Já vi muita gente per- der familiares na BR”, la- menta o taxista. Ele tam- bém reclama dos buracos e da pista irregular, que fa- vorecem os acidentes. A redução das mortes se- ria a principal vantagem da duplicação da rodovia, já que a obra evitaria as coli- sões frontais, que são os aci- dentes com maior potencial CARLOS ALBERTO SILVA TRECHOS MAIS PERIGOSOS DA BR 262 Km 0 ao Km 9,9 t Descida da Segunda Ponte, em Cariacica, até Viana Trecho com o maior número de acidentes: 745 e 3 mortes Km 10 ao Km 19,9 t Posto 13 de maio em Viana até o trevo 179 acidentes e 3 mortes Km 20 ao Km 29,9 t Entrada do presídio até a Ponte do Rio Jucu 91 acidentes e 3 mortes Km 30 ao Km 39,9 t Ponte do Rio Jucu ao Trevo de Domingos Martins 66 acidentes e 4 mortes Km 150 ao Km 159,9 t Curva da Ferradura até Ibatiba 61 acidentes e 4 mortes Recuperação da via só termina em 2014 Para reduzir o número de acidentes na BR 262, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está realizando obras de recu- peração na via. Até o final de outubro, o trecho que vai de Viana até Victor Hugo estará concluí- do, com a pintura de faixas, pavimentação, instalação de novas placas de sinaliza- ção e recuperação de guar- da-corpo de pontes. A pre- visão do órgão é terminar esses serviços na rodovia até março de 2014. Segundo o órgão, tam- bém foram instalados, re- centemente, cinco radares na 262, em locais como Viana e Domingos Mar- tins. A via deve ganhar ou- tros redutores de veloci- dade até o final do ano, mas o Dnit não informou a quantidade nem os tre- chos que receberão os equipamentos. ATÉ 2017 A expectativa do Dnit é começar as obras de dupli- cação da BR 262 no primei- ro semestre de 2014. O ór- gão promete duplicar os 180,5 km, trecho que vai de Viana à divisa com Mi- nas Gerais, até dezembro de 2017. O Dnit optou por dividir o trecho em seis subtrechos, que serão fei- tos em períodos diferentes. Essa divisão reduziria o ris- co de problemas futuros. O subtrecho mais longo e mais complicado, por conta da geografia da região, é o quevaideVianaaVictorHu- go,emMarechalFloriano.O projeto para esse trecho está em fase final de licitação em Brasília, segundo o Dnit. mas que a via, sozinha, não causa desastres. “A maioria dos acidentes é consequên- ciadoexcessodevelocidade e da imprudência dos con- dutores”, pondera ela. CAMPEÃO O trecho campeão de acidentes é urbano e vai da saída da Segunda Ponte, em Cariacica, até Viana. Lá, foram 745 acidentes so- mente neste ano, com três mortes. “O fluxo de veícu- los é intenso. Nesse trecho ocorrem mais acidentes e colisões mais graves, além de atropelamentos e enga- vetamentos”, diz Carolina. Outros trechos que me- recem maior atenção do motorista estão entre os Kms 150 e 159, na Serra de Ibatiba, com vários pontos perigosos, como a Curva da Ferradura, e entre os Kms 30 e 40, da Ponte do Rio Ju- cu ao Trevo de Domingos Martins. Em cada um des- ses trechos morreram qua- tro pessoas neste ano. de morte. Essa é a opinião da inspetora da PRF Caro- lina Ferreira Ortega. Neste ano, foram registrados 51 acidentesdessetipo,quere- sultaram na morte de oito pessoas na rodovia. Já as saídas de pista tiraram a vi- da de dez motoristas. A inspetora acrescenta que alguns pontos favore- cem o registro de acidentes, “Aqui, sou testemunha de acidentes frequentes. Caminhões descem fazendo ultrapassagens perigosas” KATARINA RHEIN 36 ANOS, GERENTE DE RESTAURANTE E MORADORA DE DOMINGOS MARTINS REPORTAGEM ESPECIAL

1 MORTE POR SEMANA, E SEM DUPLICAÇÃO À · testemunha de acidentes frequentes. Caminhões ... muito apertado para uma estradacomoa262,deto-pografia muito acidenta-da.Deacordocomafonte

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3TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2013 A GAZETA

EDITORA:

ANDRÉA PIRAJÁ[email protected]

Tel.: 3321.8446

agazeta.com.br/cidades

gazetacidades

Amôniaintoxica30 pessoas

Um vazamento de amônianum abatedouro de aves deCastelo intoxicou 30trabalhadores da empresa.Bombeiros prestaram socorroàs pessoas. Página 14

BR 2621 MORTE POR SEMANA, ESEM DUPLICAÇÃO À VISTADe janeiro até o último domingo, foram 1.635 acidentes na via

DANIELLA [email protected]

Enquanto os governos fe-deral e estadual discutem,masnãodefinemaduplica-çãodaBR262,osacidentescontinuamfazendovítimasedestruindofamíliasnaro-dovia. São pelo menos seisacidentes por dia e umamorte toda semana no tre-chode180,5kmdaviaquecorta o Espírito Santo.

DeacordocomdadosdaPolícia Rodoviária Federal(PRF), foram registrados1.635acidentes,queresul-taram na morte de 33 pes-soasnaBR262dejaneiroa15 de setembro deste ano.

Taxista e morador domunicípiodeMarechalFlo-riano, Aurélio Favilla Lobo,34, jáperdeuumamigoemumacidentenaBR.Orapazera músico e tinha 30 anos.Ele foi atingido no km 48por um caminhão que en-trou na contramão.

“Na época, a esposa domeu amigo estava grávida– a filha nem conheceu o

pai. Já vi muita gente per-der familiares na BR”, la-menta o taxista. Ele tam-bém reclama dos buracosedapista irregular, que fa-vorecem os acidentes.

Areduçãodasmortesse-ria a principal vantagem daduplicação da rodovia, jáque a obra evitaria as coli-sõesfrontais,quesãoosaci-dentescommaiorpotencial

CARLOS ALBERTO SILVA

TRECHOS MAIS PERIGOSOS DA BR 262

Km 0 ao Km 9,9t Descida da SegundaPonte, em Cariacica,até Viana

Trecho com o maiornúmero de acidentes:745 e 3 mortes

Km 10 ao Km 19,9t Posto 13 de maio emViana até o trevo

179 acidentes e 3 mortes

Km 20 ao Km 29,9t Entrada do presídio

até a Ponte do RioJucu

91 acidentes e 3 mortes

Km 30 ao Km 39,9t Ponte do Rio Jucu aoTrevo de DomingosMartins

66 acidentes e 4 mortes

Km 150 ao Km 159,9t Curva da Ferraduraaté Ibatiba

61 acidentes e 4 mortes

Recuperação da viasó termina em 2014

Para reduzir o númerode acidentes na BR 262, oDepartamento Nacionalde Infraestrutura deTransportes (Dnit) estárealizando obras de recu-peração na via.

Até o final de outubro, otrecho que vai de Viana atéVictorHugoestaráconcluí-do,comapinturadefaixas,

pavimentação, instalaçãodenovasplacasdesinaliza-çãoe recuperaçãodeguar-da-corpo de pontes. A pre-visão do órgão é terminaresses serviços na rodoviaaté março de 2014.

Segundo o órgão, tam-bém foram instalados, re-centemente,cincoradaresna 262, em locais como

Viana e Domingos Mar-tins.Aviadeveganharou-tros redutores de veloci-dade até o final do ano,masoDnitnão informouaquantidade nem os tre-chos que receberão osequipamentos.

ATÉ 2017A expectativa do Dnit é

começar as obras de dupli-caçãodaBR262noprimei-ro semestre de 2014. O ór-gão promete duplicar os180,5 km, trecho que vai

de Viana à divisa com Mi-nas Gerais, até dezembrode 2017. O Dnit optou pordividir o trecho em seissubtrechos, que serão fei-tosemperíodosdiferentes.Essadivisãoreduziriaoris-co de problemas futuros.

Osubtrechomais longoemais complicado, por contada geografia da região, é oquevaideVianaaVictorHu-go,emMarechalFloriano.Oprojetoparaessetrechoestáemfase finalde licitaçãoemBrasília, segundo o Dnit.

mas que a via, sozinha, nãocausa desastres. “A maioriados acidentes é consequên-ciadoexcessodevelocidadee da imprudência dos con-dutores”, pondera ela.

CAMPEÃOO trecho campeão de

acidentes é urbano e vai dasaída da Segunda Ponte,emCariacica,atéViana.Lá,foram 745 acidentes so-mente neste ano, com trêsmortes. “O fluxo de veícu-los é intenso. Nesse trechoocorrem mais acidentes ecolisões mais graves, alémde atropelamentos e enga-vetamentos”, diz Carolina.

Outros trechos que me-recem maior atenção domotorista estão entre osKms150e159,naSerradeIbatiba, com vários pontosperigosos,comoaCurvadaFerradura, e entre os Kms30e40,daPontedoRioJu-cu ao Trevo de DomingosMartins. Em cada um des-ses trechos morreram qua-tro pessoas neste ano.

de morte. Essa é a opiniãoda inspetora da PRF Caro-lina Ferreira Ortega. Nesteano, foram registrados 51acidentesdessetipo,quere-sultaram na morte de oito

pessoas na rodovia. Já assaídas de pista tiraram a vi-da de dez motoristas.

A inspetora acrescentaque alguns pontos favore-cemoregistrodeacidentes,

“Aqui, soutestemunha deacidentesfrequentes.Caminhõesdescem fazendoultrapassagensperigosas”KATARINA RHEIN36 ANOS, GERENTE DERESTAURANTE E MORADORADE DOMINGOS MARTINS

REPORTAGEM ESPECIAL

Documento:AG17CACI003;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:16 de Sep de 2013 21:44:23

4 CIDADESA GAZETA TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2013

REPORTAGEM ESPECIAL

MINISTRO PROMETE NÃODESISTIR DA RODOVIAApós fiasco da 262, governo decidiu leiloar uma BR por vez

RONDINELLI [email protected]

Depois do fiasco da falta deinteressados que tirou a BR262 do leilão de amanhã, oministro dos Transportes,César Borges (PR-BA), ga-rantiu ontem à deputadaRose de Freitas (PMDB) edepoisà imprensaquea ro-dovia será incluída aindaeste ano num próximo lotede concessões rodoviárias.A data dependerá de umanova rodada de conversascom lideranças estaduais etambém de ajustes técnicosno projeto elaborado pelogoverno federal.

Emcomunicadooficial,após o fracasso do leilãoda 262, o governo anun-ciou também ontem quenão vai mais oferecer doistrechos de rodovias juntosemleilão,comofeznasex-ta-feira. Será um de cadavez. “O setor se debruçouna BR 050 e pode ter fal-tado tempo para analisardevidamenteascondiçõesda BR 262”, disse Borges.

A Rose, o ministro afir-

ABR - 12/08/2013

Borges espera resolver imbróglio da 262 este ano

Planalto sem motivo para ficar surpresoAo contrário do que te-

ria argumentado uma irri-tada presidente DilmaRousseff (PT), as lideran-çasdoEspíritoSantoestãohá temposalertandoopri-meiro escalão do governosobre os erros e falhas doedital da BR 262.

Numa ação discreta, ogovernador Renato Casa-grande (PSB) havia recla-mado ao ministro dosTransportes, César Bor-ges, dobre as condições edo valor do pedágio no Es-tado.Depoisdisso,apartirdematériadeAGAZETA,abancadapassouasemovi-mentar em Brasília parareverter o valor da tarifa,cobrargarantiasdeprazose combater o subsídio cru-zado que bancaria a obrada concessionária no tre-cho mineiro.

Nessas articulações, osparlamentares tiveramuma tensa reunião no ga-binete de Borges e tam-bém foram à Agência Na-cional de Transportes Ter-restres (ANTT) reivindi-car alternativas para flexi-bilizar as tarifas. Por fim,como ninguém resolveunada, foi bater na porta daministra da Casa Civil,Gleisi Hoffmann (PT-PR),coordenadora do pacotede concessões.

Numa primeira reu-nião,ela foiduranasnego-ciações. Na semana passa-da, deu uma negativa defi-nitiva, manteve o pedágioe fez poucas concessões.Neste último encontro, naquarta-feira, tanto Gleisiquanto Borges não deramnenhum sinal de que faltade empresas interessadas

Reportagens de A GAZETA publicadas a partir de 1º de agosto mostram que autoridades do Estado fizeram alerta

no leilão. “Pelo contrário:disseram para ficarmostranquilos que o deságioseria de até 40%, que aconcessão era um filé”,lembra Lelo Coimbra.

INVESTIDORJá o gerente comercial

de Novos Negócios da Fi-dens Engenharia, NiltonChaves,dissequeoriscodeque políticos do Estado le-

vantassem questionamen-tosnaJustiçasobreopedá-gio foi fator determinantepara a falta de propostas.De acordo com ele, “a ban-cada fez pressão antes da

entregadaspropostasparaque o leilão fosse adiado”,disse à Agência Estado. Fi-dens entregou propostapara o leilão da BR 050 noConsórcio do Sertão

mouquevaisóesperarolei-lão de amanhã para reto-mar o objetivo de incluir aBR 262 no pacote de con-cessões ainda este ano.

Borges também admitiuterouvidoemSãoPaulo,no

fim da semana passada, osprimeiros comentários so-breafaltadedisposiçãodasempresas em disputar a ro-dovia.Arazãoseriaotemordeumaameaça judicialporparte de parlamentares ca-

pixabassemantidosospro-blemas do projeto. Segun-doinformaçõesnaEsplana-da, a Ecorodovias saiu nafrente no bolão de apostas,tida como potencial vence-dora porque, com a vanta-gem de já ser concessioná-riadaBR101noEstado, te-ria fartas chances de ofere-cerumbomdescontonata-rifa e arrematar o leilão.

Agora, a bancada capi-xaba exigirá em Brasília ocomeço imediato das obrasnotrechoinicial já licitado–os 51 km de Viana até a lo-calidade de Victor Hugo.Uma greve de servidores jásuperada era o argumentodo Departamento Nacionalde Infraestrutura de Trans-portes (Dnit) para os atra-sos,masagoraopleitoépe-laassinatura,“paraontem”,da ordem de serviço.

Apesardosustodo leilãofrustrado,osparlamentaresdo Espírito Santo vão que-rer celeridade na duplica-ção. Até porque a obra dotrecho capixaba da estradaestáincluídadesde2009noProgramadeAceleraçãodoCrescimento (PAC).

“Hoje (terça) eu vou aoPlanalto fazer minha partenas articulações e ajudar oFoletto”, diz a deputada Iri-ny Lopes (PT).

Coordenador da banca-da, o deputado Paulo Folet-to (PSB) chamou reuniãopara hoje disposto a fecharumplanodeaçãoconjunto.

Ele atribui o fracasso à “co-lha de retalhos” em que setransformou o edital.

MUDANÇASApretensãoanteriordo

governoera realizaraindaem 2013 cinco leilões econceder nove trechos derodovias. Com a mudan-ça, esse calendário ficaprejudicado e, segundoBorges, o último leilão, daBR 116 (em Minas Ge-rais), só deve ocorrer emjaneiro de 2014. “O queaconteceu (fracasso doleilãoda262)merecetodaa avaliação, mas não va-mos ficar nos detendo so-bre o assunto”.

Após a reunião com apresidente Dilma Rous-seff, ontem, Borges tam-bémadmitiuapossibilida-de de toda a BR 262 serconsiderada obra pública,com inclusão no Progra-madeAceleraçãodoCres-cimento (PAC): “Estamosfalando como suposição,não temos uma definiçãoainda”. (Com agências)

Governador:“Foidesequilíbrio”ÀOóL V �ZnWnZKV OôM n

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Documento:AG17CACI004;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:16 de Sep de 2013 22:43:49

CIDADES5TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2013 A GAZETA

REPORTAGEM ESPECIAL

POR QUE NINGUÉM QUIS?Fonte aponta custo alto e receita baixa como causas principais

RICARDO MEDEIROS - 20/03/2010

Baixo fluxo de veículos na 262 é um dos entraves

RITA [email protected]

A falta de interessados noleilão da BR 262, que seriarealizado amanhã, “foipura e simplesmentequestão de conta”, avaliaumafontedomercado.Osgrupos, que inicialmentesemovimentaramnadire-ção de entrar na disputa,fizeram os cálculos e con-cluíram que a modelagemda formacomofoipropos-ta pelo governo federaltorna o negócio inviável.Para garantir o retorno, atarifa teriaqueseraumen-tada, tornando-se insu-portável socialmente.

De acordo com a fonte ovolume de tráfego na BR262 (no ES e em MG) é bai-xoea receita comacobran-ça do pedágio não é sufi-ciente para cobrir os custos.“Oqueviabilizaaconcessãode qualquer rodovia é a re-

ceita”, destaca a fonte.E por qual motivo a BR

050,que ligaMinasGeraisa Goiás, teve oito gruposinteressados? “Porque areceitaprevistaémaiordoque o custo”, responde afonte.Nestarodoviaocus-to do quilômetro duplica-do é praticamente a meta-de do custo da BR 262.Além disso, o volume detráfego é maior. Nesse ca-so as contas fecham.

EXEMPLOPara deixar a situação

mais clara, a fonte deu oseguinte exemplo. Diga-mos que para duplicar os237 km da BR 262 (no ESe em MG) o custo toralfosse R$ 100,00. A receitaprevista da BR seria de R$30,00.Para fecharacontafaltariam R$ 70,00. Comesse quadro o negócio éinviável. Para cobrir o dé-

ficit teria que haver au-mento de receita, ou coma elevação da tarifa do pe-dágio ou com o governofederal aportando umaparcela de recursos.

Outra questão que teriacontribuído para afastaros grandes grupos do lei-lão da 262 seria a falta decredibilidade do Departa-mento Nacional de In-fraestrutura de Transpor-tes (Dnit) no cumprimen-to dos cronogramas dasobras. O órgão tem a famade não conseguir concluirasobrasnoprazoprevisto.Em todo o país o calendá-rios dos serviços coorde-nados pelo Dnit tem atra-sos acentuados.

E a ministra da Casa Ci-vil, Gleisi Hoffmann, nãocusta lembrar, disse na úl-tima reunião que teve comos parlamentares capixa-bas, que se o Dnit não con-

seguissefazeraduplicaçãodo trecho de 180,5 km noEspírito Santo, a responsa-bilidade seria transferidapara a concessionária.

O prazo de cinco anospara a duplicação de todoo trecho, foi consideradomuito apertado para umaestrada como a 262, de to-pografia muito acidenta-da. De acordo com a fonteouvida, em alguns trechosnão há espaço suficientepara duplicar a rodovia,“nem tirando o canteirocentral de nove metros”.

A alternativa, explica,seria implantar terceirafaixanos trechosmaismo-vimentadoseesticaropra-zo para a duplicação dostrechos com menor fluxodeveículos.Dessa formaodesembolso inicialdacon-cessionária seria menor eaduplicaçãopoderiaocor-rer em prazo maior.

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