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RELATÓRIO 2018 Escola Secundária Avelar Brotero COIMBRA Área Territorial de Inspeção do Centro

2018 - IGEC - Inspecção Geral da Educação e Ciência · 2018-12-06 · nove são formadores externos. O pessoal não docente é constituído por 14 assistentes técnicos/administrativos,

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RELATÓRIO

2018

Escola Secundária Avelar Brotero

COIMBRA

Área Territorial de Inspeção do Centro

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Escola Secundária Avelar Brotero – COIMBRA

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No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia

promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação

profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a

publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos

profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança

Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de

formação após o 9.º ano de escolaridade.

Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte

integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial

nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação

e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de

educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de

estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos

portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um

importante contributo para a concretização deste objetivo.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências

consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos

que tem como objetivos:

Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais;

Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes;

Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos

com vista à elaboração de propostas de alteração.

O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da

atividade cursos profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão

modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da

escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente

dos indicadores de sucesso dos alunos, da observação dos contextos educativos e da realização de

entrevistas.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e

contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da

formação profissional dos jovens.

A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e

no decurso da intervenção.

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO

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Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de

inspetores formula as seguintes considerações:

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1. A Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra, foi criada em janeiro de 1884, acumulando desde então uma longa experiência ao serviço da educação e do ensino. A oferta formativa abrange, atualmente, cursos científico-humanísticos, cursos profissionais de nível secundário de educação, em diferentes áreas, cursos de educação e formação de adultos (EFA) de certificação escolar e o ensino secundário recorrente, em regime não presencial.

2. No presente ano letivo, a população escolar é constituída por 874 alunos dos cursos científico-humanísticos (30 turmas), 545 formandos dos cursos profissionais (23 turmas), 129 formandos dos cursos EFA (três turmas) e 148 alunos do ensino secundário recorrente, sendo de 31,8% a percentagem de formandos do Agrupamento, em cursos profissionais

3. Funcionam os seguintes cursos profissionais de nível IV: de Técnico de Análise Laboratorial (15 formandos), de Técnico de Design de Moda (25 formandos), de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando (38 formandos), de Técnico de Frio e Climatização (10 formandos), de Técnico de Informática de Gestão (36 formandos), de Técnico de Manutenção Industrial - variante Eletromecânica (31 formandos), de Técnico de Manutenção Industrial - variante Mecatrónica Automóvel (116 formandos), de Técnico de Multimédia (109 formandos), de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (128 formandos) e de Técnico de Secretariado (37 formandos). Estes cursos, no seu conjunto, são frequentados por 54 formandos com necessidades educativas especiais de caráter permanente.

4. O corpo docente é formado por 170 trabalhadores: 147 pertencem ao quadro, 44 são contratados e nove são formadores externos. O pessoal não docente é constituído por 14 assistentes técnicos/administrativos, 32 assistentes operacionais e duas psicólogas.

5. A Escola tem boas instalações e equipamentos, funcionando em edifício construído para o efeito. Possui centro de recursos educativos/biblioteca, oficinas e laboratórios, salas de aula específicas para as diversas áreas de formação, gabinetes de trabalho, sala de estudo, espaços sociais e de convívio para formandos e professores, gabinetes de direção, administração e gestão, bufete, refeitório e espaços desportivos.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1.- Documentos Orientadores

1.1. O projeto educativo (2017 a 2020) contém objetivos, metas e estratégias que a Escola definiu no âmbito dos cursos profissionais. Também define modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais adequados ao desenvolvimento das aprendizagens e competências que integram o currículo dos formandos. Para a sua construção foi ouvida a comunidade educativa e os representantes da comunidade local.

1.2. O plano anual de atividades, para o ano letivo 2017-2018, integra a planificação e a programação de ações no âmbito dos cursos profissionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1.3. O regulamento interno estabelece apenas a organização e o funcionamento das estruturas pedagógicas, bem como a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas. O regulamento específico dos cursos profissionais, anexo ao regulamento interno, define mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação e de recuperação dos módulos em atraso; a organização e o funcionamento da formação em contexto de trabalho; a calendarização, conceção e desenvolvimento da prova de aptidão profissional; a assiduidade e a avaliação. Os mecanismos de reposição das horas de formação, assim como a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração estabelecidos com diversas entidades locais e regionais não se encontram especificados em nenhum destes documentos.

2.- Oferta Formativa e sua divulgação

2.1. A oferta formativa está homologada e teve, sobretudo, em consideração o histórico do ensino profissional na Escola, a procura dos cursos profissionais por parte dos formandos, as manifestações de interesse do setor empresarial e as recomendações da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP). No entanto, não dispõe de mecanismos para monitorizar novas exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais.

2.2. A divulgação dos cursos profissionais e das respetivas qualificações é feita junto da comunidade educativa. A publicitação é feita essencialmente através da página da Escola na internet, de folhetos em formato de papel (com indicação das componentes de formação, do perfil de desempenho à saída do curso e das competências), da participação em feiras e certames ligados ao ensino profissional e do convite alargado a outras escolas/agrupamentos para a participação no “Dia Aberto”. O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) desenvolve atividades de exploração vocacional e de acompanhamento dos formandos.

2.3. No início de cada ano letivo é realizada uma reunião com os pais e encarregados de educação para dar a conhecer o espaço escolar e fornecer informações sobre o modo de funcionamento dos cursos. Contudo, não têm sido promovidas ações de sensibilização junto dos mesmos pela importância do acompanhamento dos seus educandos ao longo de todo o percurso de formação.

3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais

3.1. As turmas em funcionamento estão autorizadas pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares.

3.2. As turmas com mais de 20 formandos e/ou com mais de dois formandos com necessidades educativas especiais, cujos programas educativos individuais preveem a sua integração em turma reduzida, foram aprovadas pelo conselho pedagógico.

3.3. A distribuição da carga horária prevista na matriz, no conjunto dos três anos, cumpre o total de horas de formação do curso. A carga horária da formação em contexto de trabalho (600 horas), por ser ajustada à entidade de acolhimento, ultrapassa as sete horas diárias e as 35 horas semanais.

3.4. As aulas da disciplina de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço.

4.- Formação em contexto de trabalho

4.1. A Escola celebrou protocolos com as entidades públicas e privadas que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais no âmbito da formação em contexto de trabalho (FCT), compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos frequentados pelos formandos.

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4.2. Foi elaborado um plano de trabalho individual com a participação das partes envolvidas, encontrando-se assinado por todos os intervenientes.

4.3. O contrato de formação integra o plano de trabalho individual identificando os objetivos, os conteúdos, a programação, o horário e local da realização das atividades, as formas de monitorização e de acompanhamento e os responsáveis. Elenca os direitos e deveres dos diversos intervenientes da Escola e da entidade onde se realiza a FCT.

4.4. Foram estabelecidos critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT.

5.- Serviço docente

5.1. Foram definidos critérios de distribuição de serviço docente. Os diretores de curso, os professores orientadores da FCT e os orientadores e acompanhantes da prova de aptidão profissional (PAP) são docentes das disciplinas da componente técnica. A afetação das horas para o exercício de cargos e funções respeitam os normativos em vigor.

5.2. Os horários dos professores orientadores da FCT estão elaborados de modo a permitir o acompanhamento dos formandos e as deslocações às entidades de acolhimento. Nos horários dos professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à PAP constam duas horas semanais para orientação e acompanhamento.

5.3. No último triénio, no que se refere à formação contínua e à qualificação dos recursos humanos, no âmbito dos cursos profissionais, verifica-se que os docentes frequentaram ações de formação acreditadas (interna e externa), com impacto na melhoria das práticas pedagógicas/educativas.

6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica

6.1. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica asseguram a gestão modular ao longo do ciclo de formação, bem como o desenvolvimento de projetos e atividades.

6.2. O diretor de curso organiza as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica, com intervenção ao nível da orientação da prova de aptidão profissional. Garante, também, a articulação entre a Escola e as entidades de acolhimento onde se realiza a FCT.. Todavia, não promove a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação, nem assegura, de forma regular e sistemática, a análise e a reflexão sobre processos e resultados escolares.

6.3. O diretor de turma tem acompanhado o progresso dos formandos, procedendo ao levantamento das necessidades educativas. É entregue uma ficha de informação ao encarregado de educação relativa aos módulos realizados por disciplina, as classificações, a assiduidade, as observações globais e disciplinares e a indicação do número de módulos em atraso. No entanto, não procede à elaboração de um relatório descritivo sucinto que contenha, nomeadamente, a referência explícita a parâmetros como a capacidade de aquisição e de aplicação de conhecimentos, de iniciativa, de autonomia, de criatividade, de comunicação, de trabalho em equipa e de cooperação, de articulação com o meio envolvente e de concretização de projetos.

6.4. O professor orientador da FCT assegura, em conjunto com a Escola, as condições necessárias à sua realização e acompanhamento. Desloca-se periodicamente aos locais onde decorre a formação, acompanha a execução do plano de trabalho individual, avalia, em articulação com o tutor, o progresso do desempenho do formando e procede ao controlo da assiduidade. Apoia, ainda, na elaboração dos relatórios e procede à respetiva avaliação.

6.5. O tutor da FCT acompanha os formandos de forma individualizada, tendo em conta a sua integração sócio profissional na entidade de acolhimento. Aconselha e orienta-os nas tarefas que

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permitem a execução do plano de trabalho individual e avalia, em articulação com o professor orientador, o desempenho dos formandos.

6.6. O professor orientador e acompanhante da PAP orienta os formandos na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final. Decide se o relatório está em condições de ser apresentado ao júri e acompanha os formandos na preparação para a apresentação.

7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais

7.1. A Escola estabeleceu parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas, de forma a assegurar a realização da FCT e a contribuir para a qualificação dos setores económicos da região e para a efetiva criação de emprego. As empresas locais reconhecem o bom desempenho dos formandos, sendo que em alguns casos procedem à sua integração nos respetivos quadros.

8.- Organização dos processos individuais dos alunos dos cursos profissionais

8.1. Os processos individuais dos formandos estão organizados. Deles constam a identificação e a classificação de cada um dos módulos concluídos em cada disciplina, a classificação da FCT e a identificação e classificação da PAP. Contudo, a referência à(s) empresa(s) ou organização(ões) onde decorreu a FCT não consta de todos os registos individuais do percurso escolar do formando.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1.- Gestão curricular

1.1. O planeamento pedagógico não tem em consideração a articulação e o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que cada formando deverá adquirir no final do seu percurso, tendo em conta o perfil de desempenho (profissional) do curso.

1.2. As aprendizagens visadas no plano de trabalho individual da FCT têm em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação, bem como a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho.

1.3. A conceção do projeto da PAP centra-se em temas e problemas selecionados pelos formandos em estreita ligação com os contextos de trabalho e sob a orientação e acompanhamento de um ou mais professores. Nas diferentes fases de desenvolvimento são realizadas avaliações intermédias pelo professor orientador e a autoavaliação pelos formandos, culminando na elaboração e apresentação do relatório final.

1.4. Estão implementadas medidas educativas, por forma a dar resposta às necessidades dos formandos com dificuldades em atingir os objetivos e com módulos em atraso, sendo prática da Escola a disponibilização continuada de oportunidades de conclusão dos módulos, quer junto do próprio docente da disciplina, quer no agendamento de um momento de avaliação no final do ano letivo. As medidas implementadas têm tido efeitos positivos no que diz respeito às taxas de abandono, revelando-se, contudo, menos eficientes na redução das taxas de módulos em atraso.

1.5. Os projetos e atividades desenvolvidos pela Escola promovem a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de iniciativa e de criatividade, de trabalho em equipa e de cooperação dos formandos, designadamente a participação em eventos, feiras e concursos.

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2.- Avaliação das aprendizagens

2.1. O conselho pedagógico não definiu critérios gerais de avaliação para os cursos profissionais. Em sede de departamento curricular e respetivos grupos disciplinares são estabelecidos os critérios de avaliação de cada disciplina, aprovados pelo conselho pedagógico, que são divulgados na página da Escola na internet e apresentados e registados em contexto de sala de aula aos formandos. Contudo, não têm em consideração as especificidades dos perfis de desempenho de cada curso.

2.2. Os critérios de avaliação estabelecidos, em cada domínio, para a FCT e para a PAP assentam em descritores do nível de desempenho com ponderações e associados a uma escala de avaliação (qualitativa/quantitativa). Porém, a fórmula de apuramento da classificação final da PAP e da FCT, incluindo o peso relativo atribuído aos diferentes indicadores e às etapas de concretização, não constam dos respetivos regulamentos.

2.3. De acordo com o registo dos sumários, a avaliação diagnóstica é apenas realizada por alguns docentes, no início de cada módulo, não sendo ainda uma prática generalizada.

2.4. Não há evidências da realização da avaliação formativa como modalidade para reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, tendo em conta, nomeadamente, as taxas de módulos em atraso.

2.5. A avaliação sumativa, realizada essencialmente por testes, é a modalidade privilegiada. A classificação de cada módulo é registada em suporte de papel e em formato digital. Em reunião de conselho de turma de avaliação, no final de cada período, são registadas em pauta as classificações do conjunto dos módulos concluídos, da FCT e da PAP. É entregue, a cada formando, pelo diretor de turma, uma ficha de informação por período. Verificaram-se reclamações relativamente à classificação final da PAP que, após tramitação normal, conduziram à sua alteração.

2.6. A avaliação sumativa externa cumpre os normativos em vigor, quer para a realização dos exames nacionais de nível secundário, quer para o cálculo da classificação final de curso para efeitos de prosseguimento de estudos no ensino superior.

2.7. Estão implementados mecanismos de controlo da assiduidade e de acompanhamento dos formandos em todas as componentes de formação.

2.8. A composição do júri da PAP está em conformidade com a legislação em vigor.

2.9. Os certificados de qualificação emitidos pela Escola não fazem referência aos módulos das disciplinas da componente de formação técnica.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1.- Resultados por curso e ciclo de formação

1.1. Procedeu-se à recolha e análise dos resultados disponibilizados pela Escola, referentes aos cursos profissionais de Técnico de Manutenção Industrial – variante Eletromecânica e de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel, em todos os ciclos em que foram ministrados, bem como de todos os outros cursos, que tiveram conclusão dos ciclos de formação em 2015, 2016 e 2017: Técnico de Design de Moda, Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, Técnico de Eletrotecnia, Técnico de Gestão e Programação dos Sistemas Informáticos, Técnico de Informática de Gestão, Técnico de Multimédia, tendo-se verificado que:

1.1.1 No curso de Técnico de Manutenção Industrial – variante Eletromecânica, as taxas de conclusão registam uma tendência descendente. As taxas de não conclusão, embora com tendências opostas, é de registar, em 2013, a inexistência de desistências e a elevada taxa de módulos em atraso (47,4%). Considerando os 50 formandos que concluíram o curso, nenhum

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ficou empregado na área de educação e formação e apenas seis (12,0%) optou pelo prosseguimento de estudos.

Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial – Variante Eletromecânica

Taxas de Empregabilidade na AEF

Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Nenhum formando ficou empregado na Área de Educação e Formação do curso

1.1.2 O curso de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel apresenta baixas taxas de conclusão com uma ligeira tendência descendente, acompanhadas por elevadas taxas de não conclusão por desistência e por existência de módulos em atraso, sendo de salientar a tendência marcadamente ascendente destas últimas em resultado das taxas verificadas nos últimos três ciclos de formação. Em contraponto, não se verificaram desistências nos ciclos concluídos em 2016 e 2017. Considerando os 132 formandos que concluíram o curso, apenas 10 (7,2%) ficaram empregados na área de educação e formação. Quanto ao prosseguimento de estudos, que tem constituído a principal opção dos diplomados, regista-se uma tendência descendente, sendo que 39 formandos (29,5%) optaram por essa via.

77,8% 70,6%

52,6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Conclusão - Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Linha de Tendência

16,7%

29,4%

0,0% 0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Desistência Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Linha de Tendência

5,6% 0,0%

47,4%

0%

20%

40%

60%

80%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Linha de Tendência

0,0%

50,0%

0,0% 0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Empregabilidade Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Linha de Tendência

0,0%

50,0%

0,0% 0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Prosseguimento de Estudos Técnico de Manut. Industrial - variante Eletromecânica

Linha de Tendência

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Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial – Variante Mecatrónica Automóvel

1.1.3 Os outros cursos, na globalidade, apresentam uma tendência ascendente nas taxas médias

de conclusão acompanhada pelas tendências descendentes das taxas médias de não conclusão por desistência e por módulos em atraso. Relativamente à empregabilidade nas áreas de educação e formação dos cursos registam-se taxas médias consideráveis em todos eles, sendo de destacar os 117 (80,1%) dos 146 formandos que concluíram os respetivos cursos. Em contraponto, o prosseguimento de estudos, apesar da tendência ascendente que se verifica, apenas 10 formandos (6,8%), optaram por essa via.

68,0%

38,5%

63,0%

57,1%

47,5%

60,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Conclusão - Técnico de Manut. Industrial -variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

16,0%

46,2% 30,4%

23,8%

0,0% 0,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Desistência Téc. Manut. Industrial - variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

16,0% 15,4%

6,5%

42,9%

52,5%

40,0%

0%

20%

40%

60%

80%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Téc. Manut. Industrial - variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

47,1%

40,0%

41,4%

0,0% 0,0%

30,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Empregabilidade - Técnico de Manut. Industrial variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

30,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Empregabilidade na AEF - Técnico de Manut. Industrial - variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

29,4%

50,0%

27,6% 0,0% 0,0%

63,6%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Prosseguimento de Estudos Téc.Manut. Industrial - variante Mecatrónica Automóvel

Linha de Tendência

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Outros cursos profissionais concluídos em 2015, 2016 e 2017 na ES Avelar Brotero

2.- Monitorização e avaliação dos resultados

2.1. A Escola procede à monitorização dos resultados dos cursos profissionais, com base em indicadores previamente estabelecidos, embora este processo necessite de maior consolidação, já que é desconhecido o percurso profissional e/ou académico de grande parte dos formandos após terminarem os respetivos cursos. No entanto, os resultados que são monitorizados não permitem:

Identificar, por curso, as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas;

Refletir as causas das taxas de conclusão obtidas no ciclo de formação;

Identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos, assim como os fatores explicativos da percentagem de formandos que não concluíram o curso em três anos e das desistências/abandono escolar.

60,7% 66,0%

57,4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Conclusão - Outros cursos

Linha de Tendência

17,8% 15,7%

20,3%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015 2016 2017 2018

Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Desistência - Outros cursos

Linha de Tendência

21,5%

18,2%

22,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Outros cursos

Linha de Tendência

3,1%

21,9%

14,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Empregabilidade - Outros cursos

Linha de Tendência

3,1% 5,7%

3,5% 0%

20%

40%

60%

80%

100%

2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Empregabilidade na AEF - Outros cursos

Linha de Tendência

6,2%

48,6%

54,1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

2014 2015 2016 2017 2018Anos de conclusão - Ciclos de formação

Taxas de Prosseguimento de Estudos - Outros cursos

Linha de Tendência

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Escola Secundária Avelar Brotero – COIMBRA

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3.- Capacidade de melhoria

3.1 A Escola delineou um plano estratégico tendo em vista a melhoria dos resultados dos cursos profissionais, assente em pontos fortes, áreas de melhoria, prioridades, objetivos e metas. Releve-se, no entanto, a necessidade de sistematicidade e consistência do processo, sendo que, falta também cuidar a avaliação do impacto das ações de melhoria e elaborar/reformular novos planos de ação.

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Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de

procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a

equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1. Incluir no regulamento interno os mecanismos de reposição das horas de formação, a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração estabelecidos com diversas entidades locais e regionais, assim como as fórmulas de apuramento da classificação final da FCT e da PAP, incluindo o peso relativo atribuído aos diferentes indicadores e às etapas de concretização, como determinam os n.ºs 1 e 2, do artigo 5.º, e n.ºs 3, 4 e 5, do artigo 17.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho (doravante referida apenas Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações).

2. Implementar mecanismos para a monitorização de novas exigências do mercado de trabalho e forma a ajustar a oferta dos cursos profissionais.

3. Promover ações de sensibilização junto dos pais e encarregados de educação para a importância do acompanhamento dos seus educandos ao longo de todo o seu percurso de formação.

4. Assegurar o cumprimento da carga horária da FCT, nos termos do n.º 7, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho, e respetivas alterações.

5. Assegurar que os diretores de curso garantam a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e coordenem o acompanhamento e a avaliação do curso, nos termos das alíneas a) e g), do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e com o n.º 33, e alíneas b) e h), do n.º 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho (doravante referido apenas Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, e respetivas alterações).

6. Asseverar que os diretores de turma procedam à avaliação qualitativa do perfil de progressão de cada formando e da turma, através da elaboração de um relatório descritivo sucinto, de acordo a alínea b), do n.º 3, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

7. Definir critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT, nos termos do disposto na alínea c), do n.º 1, do artigo 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações, e da alínea b), do n.º 44, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, e respetivas alterações..

8. Fazer constar do registo individual do percurso escolar do formando o nome da(s) empresa(s) ou organização(ões) onde decorreu a FCT, de acordo com o definido na alínea b), do n.º 2, do artigo 22.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1. Considerar, no planeamento pedagógico, a articulação e o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que cada formando deverá adquirir no final do seu percurso, tendo em conta o perfil de desempenho (profissional) do curso.

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA

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2. Implementar, com caráter sistemático e contínuo, a avaliação diagnóstica e formativa de modo a potenciar a diferenciação de estratégias e a adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promovendo o sucesso e reduzindo o número de módulos em atraso, nos termos do n.º 2, do artigo 10.º, e no n.º 1, do artigo 12.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

3. Reestruturar as medidas educativas para a recuperação das dificuldades de aprendizagem, por forma a terem impacto na redução das taxas de módulos em atraso, de acordo com o disposto na alínea c), do n.º 3, do artigo 8.º, nas alíneas b) e d), do n.º 2, do artigo 10.º, e nas alíneas a) e d), do n.º 1, do artigo 12.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

4. Repensar os critérios de avaliação de cada disciplina, no âmbito das diferentes componentes de formação, tendo em conta as especificidades dos perfis de desempenho de cada curso, bem como o previsto no artigo 10.º e no n.º 1, do artigo 12.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

5. Proceder à emissão do certificado de qualificações de forma a descriminar os módulos das disciplinas de formação técnica, nos termos da alínea b), do número 2, do artigo 27.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

Consolidar o processo de monitorização e análise dos resultados de modo a permitir: Identificar, por curso, as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas;

Refletir as causas das taxas de conclusão obtidas no ciclo de formação;

Identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos, assim como os fatores explicativos da percentagem de formandos que não concluíram o curso em três anos e das desistências/abandono escolar.

Acompanhar o percurso profissional e/ou académico dos diplomados após a conclusão do curso.

Coimbra 22-05-2018

A equipa inspetiva

Eduardo Oliveira

Sandra Ferrão

Homologo

O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência

Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência – nos termos do Despacho n.º 10918/2017,

de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série,

n.º 238, de 13 de dezembro de 2017

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Centro

Cristina Lemos

2018-09-17