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4a ediçãorevista e atualizada

coleção

SINOPSESpara concursos

coordenação

LEONARDO DE MEDEIROS GARCIA

Paula Sarno Braga

PROCESSO CIVIL Teoria Geral do Processo Civil

18

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Guia de leitura da Coleção

• DOUTRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS

i) -

ii)

iii)

• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS

Atenção!posicionamentos do STF e STJ

STJ vinha se posicionando pela inconstitucionalidade

-

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8 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

• PALAVRAS-CHAVES EM OUTRA COR

Na verdade, no contexto dos meios de prova,

princípio da atipicidade (art. 332, CPC)

• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS

Ação ≠ Direito

• QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO

“Como esse assunto foi cobrado em concurso?” -

Como esse assunto foi cobrado em concursoProcurador do

Trabalho – MPT

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Nota da Autora

-

-

-

-

Paula Sarno Braga

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?IC a p í t u l o

Introdução ao Direito Processual Civil

1. CONFLITO DE INTERESSES E LIDE

Todo sujeito tem necessidades. O bem é o ente capaz de satisfa-zer tais necessidades com suas utilidades (tal como um medicamento atende ao homem adoecido ou o desagravo público satisfaz aquele cuja honra foi ofendida).

E quando o sujeito com dada necessidade é colocado diante de bem apto a satisfazê-la surge o interesse. Daí dizer-se que o interesse

-dade (CARNELUTTI, 2006, p. 85-88).

-

de interesses.

-mente disponíveis, despertam interesses que se chocam entre si (ex.: a honra lesada com reportagem difamatória ou o meio ambiente dese-quilibrado com atividade produtiva poluente).

resistência.

A pretensão é a exigência de prevalência do interesse próprio

Mas se aquele cujo interesse se pretende subordinar resiste, diz--se, instala-se uma lide

(CARNELUTTI, 2006, p. 102).

-

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18 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

po

ocorre no CPC-2015caput, e § 1.º, I).

De um lado, porque

seja por ser direito estritamente relacionado a um só sujeito

--

anular um contrato ou de separar-se judicialmente) (MITIDIERO,

--

cessariamente litigiosas.

De outro lado, . É fenômeno sociológico que pode dissipar-se no próprio meio social:

-

amigável.

2. FUNÇÕES DO DIREITO

O homem é um animal social. Onde há homem, há sociedade. Onde há sociedade, há direito. (“Ubi

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19Cap. I •

Resdo direito no seio da sociedade.

2.1. Direção de condutas

Estabelece normas que determinam pautas de comportamentos tidos -

buinte proprietário de automóvel, a troca de produtos avariados pelo

que grupos sociais aceitem os modelos normativamente estabelecidos

-

avariado).

-cretos, que desarmonizam o grupo social.

-

Nesse particular, cabe ao direito estabelecer tanto as normas que -

riais), como, também, normas que servem para disciplinar a forma

-

do sistema jurídico: normas substanciais e normas processuais

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20 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

3. MODOS DE TRATAMENTO DOS CONFLITOS

-

-

Mas nem sempre houve um ente estatal soberano para tomar

nasce com o Estado nem é essencialmente estatal, podendo ser exer-

-der soberano apto a fazer valer o direito (a ordem jurídica estabeleci-

-

fosse de forma belicosa, pela autotutela.

ausência de uma autoridade supraestatal, resta, muitas vezes, o recurso

-

3.1.1. Autotutela

A autotutela, também chamada de autodefesa, é meio egoísta de -

te, faz prevalecer o .

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21Cap. I •

É vedada, como regra, nos ordenamentos jurídicos civilizados. Aqui, foi -

-

criminalizando-se esse tipo de comportamento indesejado para a ma-

-possibilidade de o Estado sempre socorrer seu titular em tempo e de

p. 12), há casos excepcionais em que se legitima a autodefesa, subme-

3.1.2. Autocomposição (em sentido estrito). Conciliação

-

interesse próprio .

atitude unilateralseu interesse, seja com a

atitude bilateral-

do se tem a chamada transação.

-

-, como

Há uma verdadeira é incentivar a

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22 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

exercício de sua liberdade e poder de autorregramento da sua vonta-

estrito) conte com a -

Atenção!

civil, estabelece que a solução consensual por juízes,

-clusive no curso do processo judicial.

-

dentre os regras instituídas para essa categoria de sujeitos processuais, inclusive

-

(mediador e conciliador).

conciliador tem como foco a

o (quando há vínculo anterior entre elas, a ex. do familiar ou societário), para que as-

A Lei n. 13.140/2015 -

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23Cap. I •

art. 1.º, parágrafo único, como “atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a

--

tantes sobre o tema.

a) , a impar-

-

diretrizes principiológicas, a independência, a isonomia das partes, a -

a voluntariedade da , na medida em que se dis-

por cento das custas e honorários sucumbenciais, caso seja vitoriosa em processo arbitral ou judicial posterior (art. 2.º, § 1.º, e art. 22, § 2.º,

a voluntarie-

conciliação -

-

afastadas ou remodeladas pela vontade das partes, como se extrai -

iii. além disso, essa mesma autonomia da vontade (inerência ao princí--

voluntariedade da

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24 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

decisão, i.e., que a vontade das partes dite a soluçãose admite que o conciliador ou o mediador se valha de nenhum tipo

-

-

iv. no contexto da extensão subjetivae da conciliaçãodo divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos decorrentes da con-

que participaram direta ou indiretamente do procedimento de me-

mesmo em processo arbitral ou judicial, salvo se essa for a vontade

extensão objetiva -ção e da conciliaçãoabrangerá produzida ao longo do pro-

b) di

tudo indica que o legislador quis referir-se aos direitos indisponíveis

amplo, como visto acima. Entretanto, em sendo o direito indisponível

(e, também, por analogia, a concilia- total ou parcial

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25Cap. I •

d) no que se refere ao , ou seja, em

-

como costuma ocorrer), em escritórios de advocacia, ou em outros -

dem ocorrer, também, em -

-

ar a admissibilidade dos

-

-senvolvimento de programas voltados para auxiliar, orientar e estimular

-do necessário, por um juiz adjunto -, que irá administrá-lo, homologar

por conciliadores e mediadores cadastrados pelo Tribunal e supervi-

dedicado aos sujeitos processuais.

osição

-

da boa vontade e altruísmo de um ou ambos os litigantes, sentia-se a necessidade de transferir-se a titularidade do poder de resolver o

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26 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

Inicialmente, “essa in -

Já no contexto do direito romano arcaico e clássico, é o árbitro que assume esse papel, realizando a chamada -va, que só seria exercida se as partes, diante do pretor, concordassem

-

que faziam através da chamada litiscontestatio.

a arbitragem, de facultativa, passa a ser compulsória. Essa obrigatória -vidade, dar-lhe cumprimento, como garantia de efetividade. (CALMON

-gada da fase da cognitio extra ordinem, em que o pretor passou, ele

-

, pois o Estado, por intermédio de -

te da vontade das partes, no exercício do que já se pode chamar de

como se verá no capítulo dedicado ao tema.

esse poder seja exercido por um agente privado, como o árbitro. Ao lado

Atenção!

-

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27Cap. I •

-

Como esse assunto foi cobrado em concurso?

acordo quanto ao pagamento de dívida que o segundo contraíra com

pagos no prazo de trinta dias, o que foi aceito pelos interessados.

-

-

Como esse assunto foi cobrado em concurso?-

-

judicial é denominado de

Arbitragem.

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28 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

Audiência.

4. DIREITO MATERIAL E DIREITO PROCESSUAL. INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO

Os membros de uma sociedade se organizam para produzir e dis-tribuir os bens (materiais e imateriais) necessários para sua sobrevi-vência. Instituem, assim, uma ordem social que proporciona uma con-

essa ordem.

através de sua , institui normas gerais e abstratas que -

Constrói-se, assim, o direito material e o direito processual.

O -

(direito civil, direito do consumidor, direito administrativo etc.).

-

exercício da sua considerada uma longa manus

-riais

--

e ônus dos diferentes sujeitos processuais (sobretudo, partes e juiz). E

É, pois, o direito processual o complexo de normas jurídicas que -

tência, disciplinando essa realidade que chamamos processo:

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29Cap. I •

em sua perspectiva interna, quando se regula a processual

em sua perspectiva externa, quando trata do en---

--

Atenção!-

casos, a norma processual pode também despontar como critério para

É o que se dá, por exemplo, com processos que versem sobre bens

originário por ter sido prolatada por juiz impedido, caso em que se

O direito processual é objeto de uma . Contém

estudado como

--

prever remédios constitucionais para a defesa das liberdades públicas.

material, o direito processual tem uma -talidade, vez que institui e regula remédios jurídicos que visam dar-lhes

-

por exemplo.

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30 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

Atenção!-

processual. O direito material estabelece normas abstratas e genéricas que se concretizam com a ocorrência da hipótese fática nelas descrita

-pio, sem qualquer interferência estatal.

-

previstas.

teria como prever e regular todas as possíveis condutas socialmente -

que nada mais é do que uma norma jurídica concreta que serve para

Exsurge, em tempos de neoconstitucionalismo, aquela que optamos por denominar de Teoria Neoprocessualista. Colocada em destaque a

-dicional é reconhecido como procedimento democrático produtor de

-

deve ser extraída, e que poderá ser invocada como precedente no -

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31Cap. I •

Como esse assunto foi cobrado em concurso?-

5. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO CIVIL E NEOPROCESSUALISMO

-senvolvimento metodológico do direito processual.

Na -

sim, como mero capítulo do direito material.

Na , (de

-

aparecimento de históricos processualistas.

Na (a partir de meados do -

ti), o direito processual continua sendo visto como objeto de ciência autônoma (integrante do direito público), muito embora se ressalve ser , que deve conferir-lhe efetividade ( ).

direito processual e o direito material, se estabelece entre eles

concretiza e efetiva o direito material, que confere ao primeiro

de neutralidade, mas, sim, de instrumentalidade. Considerando que o processo serve de instrumento de tutela do direito material, deve ser

outrossim, a necessidade de um

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32 Processo Civil – Vol. 18 • Paula Sarno Braga

constitucionais, visualizando-se, no processo jurisdicional, ao lado do

para o exercício de direitos próprios e o respeito aos direitos

-tado, com o respeito ao ordenamento jurídico estabelecido, bem

Tem-se, observado, contudo, número crescente de doutrinadores

processual, por alguns já denominada de -.

da fase autonomista) e constitucionais (típico da fase instrumentalista),

-to processual se dá com , invocando-se as premissas metodológicas do chamado neocons-

-

de constitucionalidade difuso e concentrado, o desenvolvimento

destaque para a proporcionalidade e razoabilidade), a prolifera-

de outro lado, porque suas revisitadas com a releitura teórica das categorias e institutos

Tem sido considerados ícones dessa nova fase metodológica do

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33Cap. I •

Em um esquema sintético:

Fase sincretistaconfunde-se com direito material

Fase científica direito processual é objeto de ciência autônoma

Fase instrumentalistadireito processual mantém-se como objeto de ciência

instrumentalidade com direito material e analisado sob bases constitucionais

Fase neoprocessualista

direito processual desenvolve-se como objeto de ciência

direito material, e analisado sob bases constitucionais contemporâneas

Como esse assunto foi cobrado em concurso?

dentre os seus embasamentos os princípios constitucionais de justi-

INCORRETA:

Nenhuma lei processual pode contrariar os princípios constitucio-nais e os direitos fundamentais, sob pena de inconstitucionalidade.

inconstitucionalidade, o juiz de primeiro grau poderá declará-la

texto

As normas processuais, por sua natureza, submetem-se ao prin-

norma geral e, portanto, do direito positivo no Estado democrático de direito.

A lei processual deve ser compreendida e aplicada de acordo com -