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 U.C. 1.1 MARINHARIA CONCEITOS LISBOA 2004

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U.C. 1.1 – MARINHARIA CONCEITOS

LISBOA 2004

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ÍNDICE

1.1- NAVIO / EMBARCAÇÃO .......................................................................................................... 1

Navio ..... ............................................................................................................................ 1Embarcação ............................................................. ....................................................... 1Barco .................................................................................................................................. 1

1.2-QUALIDADES NÁUTICAS DO NAVIO ........................................................................................... 11.3- PROA, POPA, BOMBORDO, ESTIBORDO ................................................................................... 21.4- CASCO .................................................................... .............................................................. 31.5- PAVIMENTOS DO NAVIO .......................................................................................................... 61.6- ABERTURAS DA EMBARCAÇÃ..................................................................................................... 71.7- COMPARTIMENTOS DA EMBARCAÇÃO...................................................................................... 91.8- ESTRUTURA DA EMBARCAÇÃO ................................................................................................. 111.9- DIMENSÕES DA EMBARCAÇÃO ............................................................................................... 13

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 15 

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MÓDULO – MARINHARIA CONCEITOS

DESCRIÇÃO GERAL DO NAVIO / EMBARCAÇÂO

1.1  - NAVIO / EMBARCAÇÃO –É uma construção flutuante e habitável construída em madeira, alumínio, fibra ou açoque se destina a navegar transportando pessoas e coisas (Fig.1)

Fig. 1- Navio Atuneiro CercadorFig. 1 a)- Embarcação da Pesca à

Linha

A EMBARCAÇÃO é uma construção de dimensões inferiores às do navio (Fig.1 a) BARCO é a designação muito utilizada e que tanto se aplica à embarcação como aonavio, embora não seja a mais correcta.

1.2 - QUALIDADES NÁUTICAS DE UM NAVIO / EMBARCAÇÃO

São capac idades de um determinado navio relac ionadas com o seu desempenho no mar.Para que possa navegar em segurança e com um mínimo de conforto o navio tem depossuir determinadas qualidades e que são:

Flutuabilidade-  Tendência para flutuar. Depende da relação volume/peso do navio.Quanto mais volumoso e menos pesado é o navio, maior é a Flutuabilidade.

Fig.2a)- falta estabilidadetransversal

Fig. 2b)- falta de estabilidade longitudinal 

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Estabilidade – Tendência para voltar à posição direita, quando por acção da ondulaçãoou do vento se desvia da posição direita.Tranquilidade – para que não dê muito balanço;

Fig. 3 - Tranquilidade

Navegabilidade – capacidade para navegar em segurança e de suportar o mau tempo.Inclui muitos fac tores como a estabilidade, fltuabilidade, etc.

Mobilidade – É a capacidade que um navio tem em mover-se pelos seus próprios meios.Depende da força propulsora, forma e dimensão do casco e da sua autonomia.

Manobrabilidade – É a capacidade de um navio guinar, acelerar ou parar em maior oumenor espaço. Depende da potência do motor, número de hélices e lemes, do tamanho e peso.

Fig. 4- O navio 2 tem maior manobrabilidade

Habitabilidade – condições para a lojar convenientemente os tripulantes e passageiros.

Fig. 5- Habitabilidade do navio

messe4 beliches

4 beliches4 beliches  4 beliches

Cozinh

2 casasbanho

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A navegabilidade, a estabilidade e a tranquilidade definem as qualidades náuticas donavio/ embarcação. 

1.3 – PROA, POPA, BOMBORDO, ESTIBORDO

O navio / embarcação tem normalmente a forma alongada, estreitando para as extremidades,simétrica segundo um plano longitudinal que divide o navio / embarcação em duas partesiguais.Designa-se por proa a extremidade anterior e por popa a extremidade posterior .Estando virado para a proa temos do nosso lado direito estibordo e do lado esquerdo bombordo(Fig.5.)Os termos Vante e Ré designam no sentido da Proa e no sentido da Popa respectivamente.

VANTE

Fig.6- Proa, Popa, Estibordo, Bombordo

A região média longitudinal do navio / embarcação designa-se por meia-nau ou mediania. Meio-

navio é a região em que a distância até à proa e à popa é a mesma ou sensivelmente a mesma(Fig.7).

Fig.7- Meio Navio, Meia Nau1.4- CASCO

Dá-se o nome de casco ao invólucro exterior do navio / embarcação.É portanto o corpo que lhe dá flutuabilidade nele se distinguindo o fundo, o encolamento e ocostado (Fig. 8).

PROAPOPA

BOMBORDO

ESTIBORDO

 

ME I   O

NAVI   O

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As duas partes curvas do costado, ac ima da linha de água, à proa, são as amuras (E.B. e B.B); às duaspartes curvas do costado, à popa, ac ima da linha de água denominam-se alhetas (E.B. e B.B.) (Fig.11) Entre as amuras e as alhetas fica o Través (EB e BB), fazendo un ângulo de 90° com a linha de proa. 

Fig. 11- amuras, alhetas e través

A secção transversal do casco, a meio – navio, onde ele atinge maior largura é a casa mestra (Fig.12). 

Fig.10- Secção Mestra A borda  é o limite superior do costado.

Se for da mesma altura em todo o comprimento denomina-se borda corrida (Fig.13 b).

Fig.13 

a)- borda falsaFig.13 b)- Navio com borda corrida

Borda falsa  é o prolongamento do costado acima do convés e rematada com uma espéc ie decorrimão designado por talabardão (Fig.13 a).Por vezes, esta é substituída pela Balaustrada, a qual se constitui por balaustres.(Fig. 14)

ALHETA TRAVÉS

AMURA

BordaFalsa

Talabardão

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Fig. 14- Borda de balaustrada

Calado é a altura que vai da linha de água à face inferior da quilha.À diferença de calados à proa e à popa denomina-se caimento (Fig.15).A escala de calados é marcada `a proa e `a popa do navio / embarcação podendo ser emdecímetro ou pés.(fig. 15 a)

Fig. 15- calado a vante e a ré, caimentoFig. 15 a)- escalas de calado

1.5 – PAVIMENTOS DA EMBARCAÇÃO

Denomina-se convés o pavimento superior, completo de proa á popa, fechando o casco por altura

da borda.(Fig. 16 e 17 )O tombadilho, também chamado convés superior, é um pavimento superior ao convés, mais ligeiro egeralmente incompleto (fig.17).As cobertas  são pavimentos inferiores ao convés e nomeiam-se por coberta de cima e coberta debaixo. Poderá haver ainda uma terceira coberta que se denominará coberta do meio (Fig.16). E também usual numerar as cobertas de cima para baixo tendo então 1º coberta, 2º coberta, etc.O pavimento mais baixo no fundo do navio denomina-se pavimento do porão ou simplesmenteporão.(fig.16) 

Calado a Calado

Caimento

BALUSTRAD

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Fig.16- Convés, Cobertas e Porão

Fig. 17- Convés e Tombadilho

Castelo é uma construção no prolongamento do costado. Presentemente as embarcações / naviosde pesca apenas têm um castelo e esse é o castelo de proa ou simplesmente castelo (Fig.18 a) As superestruturas são construções que nascem no convés e não no prolongamento do costado comoos castelos.(fig. 18 b)

Fig. 18 a)- Castelo da Proa Fig. 18 b)- Superestruturas

1.6 – ABERTURAS DA EMBARCAÇÃO

CONVÉ

1ªCOBERTA

2ªCOBERTA

PORÃO

CONVÉS

TOMBADILHO

CASTELO DA SUPERESTRUTURA(PONTE)

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Escotilhas são aberturas nos pavimentos para passagem de carga e de pessoas, algumas existindoapenas para arejamento de compartimentos (Fig.19).As escotilhas têm em toda a volta uma protecção, (braçolas), bastante resistentes e que recebempranchões de madeira denominados quartéis, que depois de cobertos com tecido impermeável sãoapertados com cunhas de madeira, tornando-as herméticas à entrada de água.

Fig.19- Escotilha e BraçolaEscovéns  são aberturas (tubos) existentes nas amuras do navio / embarcação por onde passa aamarra quando a embarcação fundeia ou suspende.( Fig. 20)

Fig. 20- EscovemNa borda falsa existem umas aberturas protegidas por umas chapas que trabalham num eixo

horizontal (as portas de mar), e que permitem que a água embarcada pelo navio saia, mas nãodeixam que a água entre de fora para dentro (Fig.21 a).

Fig. 21 a)- Funcionamento da porta de mar Fig. 21 b)- embarcação com portas de mar

ESCOLTILHA

BRAÇOLA

ESCOVEM

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Denominam-se buzinas `as aberturas circulares ou ovais existentes nas amuras e nas alhetas, para darpassagem aos cabos quando o navio / embarcação se encontra atracada.(Fig.22)

Fig. 22- Buzinas e Vigias

As vigias são pequenas aberturas, geralmente circulares existentes no costado, nas superestruturas enas anteparas para dar entrada a ar e luz nos compartimentos. Fecham-se com portas estanques devidro grosso.(fig. 23)Algumas, principalmente as do costado, são providas de portas metálicas de segurança estanques áágua e à luz, conhecidas por portas de tempo ou de combate.

Fig. 23- Vigia Fig. 24 – Algumas das aberturas da embarcação 

1.7 – COMPARTIMENTOS DA EMBARCAÇÃO

O interior da embarcação / navio está dividido em compartimentos através de divisórias verticais,estanques ou não, denominadas anteparas .Existem pois dois tipos de anteparas: anteparas principais e anteparas secundárias sendo que asprimeiras criam compartimentos estanques e as segundas apenas criam divisórias não estanques.(Fig.25)

BUZINASVIGIAS

VIGIA

ESCOVEM

PORTA DE MAR

ANTEPARAS

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Fig. 25- Anteparas Principais e Secundárias

Á proa existe um compartimento estanque formado por uma antepara principal, designada porantepara de colisão; este compartimento é o pique de vante, (Fig.26) que é um tanque de água delastro. 

Da mesma forma existe à popa o pique tanque de ré. Esta antepara de colisão serve para no caso deo navio sofrer um rombo no casco, poder-se limitar a entrada de água, isolando o compartimentoafectado.

Fig.26- Antepara de colisãoPorões são compartimentos destinados a transportar cargas. No caso das embarcações destinam-sea transportar o pescado. Para esse fim existem porões frigoríficos ou refrigerados.(Fig.27)

Paióis são compartimentos onde se guardam os mantimentos e diversos artigos necessários aosserviços do navio como os mantimentos, cabos, artes de pesca (paióis do mestre),amarra do navio

(paiol da amarra)(fig. 27). 

Tanques são compartimentos ou reservatórios de grandes dimensões que servem para guardar ccombustível ( tanques de combustível ), a água doce ( tanques de água doce) e o lastro liquido ( tanques de lastro) que serve para lastrar o navio.(fig. 27)

Casa da máquina é o compartimento onde se localiza o máquina principal e todas as máquinasauxiliares.(fig. 27)

Ponte é um compartimento superestrutura onde se realiza a navegação e se comanda todas asoperações de pesca.(fig.27)

ANTEPARAS

ANTEPARA DE

PIQUE DE

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Fig. 27- Compartimentos do Navio

Os alojamentos são :  os camarotes (beliches), despensas, refeitórios, cozinha, casas de banho,chuveiros, etc..(fig.28)

Fig. 28- Alojamentos do Navio

1.8 – ESTRUTURA DA EMBARCAÇÃO

No casco do navio / embarcação há a distinguir duas partes:-  a ossada-  forros ou chapeamento (Fig.29 e 30).

PORÃOCASA DAMÁ UINA

PONTE

TAN UES COMBUSTÍVET. AGUA DOCE

TANQUE LASTRO

PAIOL AMARRA

PAIOL DO MESTRE

ARTES PESCA CABOS

CASAS DE

CAMAROTE

DISPENSAS COZINHA REFEITÓRIO 

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Fig.29- Ossada Fig. 30-Chapeamento

1.8.1- OSSADA

Na ossada ou esqueleto distinguem-se as seguintes principais peças:

1-  Quilha,  que é uma peça longitudinal que fecha a ossada inferiormente, contribuindo para aresistência longitudinal.(fig.31)

2- Balizas,(Fig.31) são peças curvas de dois ramos – as meias-balizas- que vão desde a quilha até áborda.À parte inferior de cada meia-baliza, no fundo, denomina-se caverna (Fig.31); a parte restante até àborda designa-se por braço. (fig. 31)O conjunto das balizas é o cavername .Ao espaço entre balizas chama-se vãos de baliza.

Fig. 31- Quilha, Baliza, Caverna e Braço da Baliza

As balizas da proa e da popa cujos planos são oblíquos ao plano longitudinal do navio, chamam-sebalizas reviradas, sendo as restantes, de planos normais à quilha designadas por balizas direitas.

3- Roda de Proa é a  peça que fecha a ossada à proa, ligando-se pelo pé à extremidade anterior daquilha(Fig.32). Existem diferentes formas de proa desde a proa direita até `a proa com diferentes ângulos delançamento.

QUILHA

BALIZASBRA O DA

CAVERNA 

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4- Cadaste (Fig.32) é uma peça que se monta na parte posterior da quilha para fechar a ossada eservir de suporte ao leme.

Fig. 32 – Roda de Proa e Cadaste5- Sobrequilha é uma peça longitudinal que assenta sobre as balizas a todo o comprimento do navio /embarcação concorrendo com a quilha para a resistência longitudinal do casco e consolidação docavername.(fig. 33)

6- Longarinas (dormentes, escoas  e tabica  (fig. 33) nas embarcações de madeira)  são peçascolocadas longitudinalmente a um e outro bordo, servindo para aumentar a resistência longitudinal econsolidar o cavername.À primeira longarina colocada a seguir à sobrequilha chama-se escoa.(fig. 33) as restantes designam-se pelo nome da região do casco onde se encontram.

7- Vaus. Os dois ramos de cada baliza são ligados entre si por cantoneiras ou traves de madeiradenominadas vaus (fig. 33), e que servem para travamento das balizas e para apoio dos pavimentos.

8- Pés de Carneiro. Para fazer o escoramento dos vaus utilizam-se varões ou tubos de ferro ou aindabarrotes que se denominam por pés de carneiro.

1.8.2- FORRO EXTERIOR

Ao invólucro exterior do casco constituído por fiadas de chapas ou de tábuas, chama-se forro exterior(Fig.14).. As fiadas de chapas ou de tábuas de maior espessura, denominadas cintas, tomam o nomeda zona em que estão situadas (por ex.: cinta da borda, cinta do encolamento, etc.) (Fig.33).

Fig. 33- Sobrequilha, escoas, dormentes, vaus, tabica, forro exterior

RODA DE PROA

CADASTE

SOBREQUILHA

TABICA

DORMENTES

ESCOAS 

VAU

FORRO EXTERIOR

CINTA 

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1.9 – DIMENSÕES DA EMBARCAÇÃO

1-  Comprimento

Ao comprimento de uma embarcação / navio medido na flutuação, entre as linhas da roda de proa ea do cadaste, denomina-se comprimento entre perpendiculares (c.p.p.). .(fig. 34)Comprimento de fora a fora (c.f.f.) ou total é o comprimento entre a parte mais saliente da roda deproa e da popa .(fig. 34)

Fig.34- Comprimento Total e Comprimento entre Perpendiculares

2-  Pontalé a altura desde o convés até á quilha, a meio-navio.(fig. 35) 

3-  Boca é a maior largura do navio / embarcação, normalmente a meio .(fig. 35) 

Fig. 35- Pontal e Boca

COMPRIMENTO FORA A

COMPRIMENTO ENTRE

PPAV PPAR

BOCA MÁXIMA

PONTAL

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4-  Tonelagem bruta ou arqueação bruta (T.A.B.) é o volume interior do navio / embarcação.(fig. 36)

Fig. 36- Tonelagem de Arqueação Bruta

Denomina-se deslocamento o peso total do navio / embarcação e é equivalente ao peso da águadeslocada. 

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BIBLIOGRAFIA

ARTE NAVAL MODERNA – Rogério Castro e SilvaDEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE NAVIOS DE PESCA- INIP - FAO

MANUAL DE NAVEGAÇÃO DE RECREIO – Instituto HidrográficoMARPESCAS – Forpescas TECNOLOGIA E ELEMENTOS DE MARINHARIA – Escola Portuguesa de Pesca