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talita-carvalho
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1Processo Sade-Doena:
Determinantes eCondicionantes
TEREZA ANGLICA LOPES DE ASSIS
EPIDEMIOLOGIA
Cincia que estuda o processo sade-doena na sociedade, analisando a distribuio populacional e os fatores determinantes do risco de doenas, agravos e eventos associados sade, propondo medidas especficas de preveno, controle ou erradicao de enfermidades, danos ou problemas de sade e de proteo, promoo ou recuperao as sade individual e coletiva, produzindo informao e conhecimento para apoiar a tomada de deciso no planejamento, na administrao e na avaliao de sistemas, programas, servios e aes de sade.
Processo Sade e Doena
1- O que significa ter sade? O que contribui para que as pessoas tenham sade?
2- O que significa estar doente? O que faz com que as pessoas adoeam?
3- Como os profissionais de sade interferem no processo sade doena?
Conceitos
Prtica clnica Ausncia de doena Doena: Falta ou pertubao da sade
OMS (1948) Sade um completo estado de bem estar fsico,
mental e social.
Aurlio Sade o estado do indivduo cujas funes
orgnicas, fsicas e mentais se acham em situao normal.
Como percebemos Sade?
Sade como ausncia de doenaSade como tratamento e
recuperaoSade como preveno da doenaSade como promoo da vidaSade como direito de cidadania
CONCEITO DE SADE E DE DOENA
BINMIO SADE-DOENA:
Tempos remotos magia ou
a feitiaria p/explicar os fenmenos do universo
paj, feiticeiro.
2CONCEITO - SADE / DOENA
Hipcrates 400 a.C. a sade resultava do equilbrio existente entre o corpo, a mente e o meio ambiente.
Teoria dos Miasmas: maus ares
CONCEITO - SADE / DOENA
Ren Descartes filsofo do sc. XVII
Teoria mecanicista do universo mente e corpo absolutamente separados e distintos viso fragmentada da realidade no leva em conta funcionamento global ou integral do corpo humano.
CONCEITO - SADE / DOENA
Sc. XX - 1947 - OMS - sade um completo estado de bem estar fsico, mental e social, no meramente a ausncia de doena.
Foi considerado amplo demais, e pouco concreto.
A segunda pessoa era um parente de Virglia, o Viegas, um cangalho de setenta invernos, chupado e amarelado, que padecia de um reumatismo teimoso, de uma asma no menos teimosa e de uma leso de corao: era um hospital concentrado. Os olhos porm luziam de muita vida e sade.
Machado de Assis (1881)Mmorias Pstumas de Brs Cubas
Promoo da Sade e Prtica Mdica
Conceitos de Doena
Conceitos de Sade
Limites da Medicina da Doena
Possibilidades da Medicina da Sade
Teoria da Promoo da Sade
Promoo da Sade e Prtica Mdica
Conceitos de Doena
Sndrome clnica
Teorias da Doena: germe, ambiente, estilo de vida, gene
Fisiopatologia
Conceito de Risco
Abordagem socioantropolgica
3Limites da MBD
(Medicina Baseada na Doena)
Modelos explicativos
Modelos de interveno: Correo de defeitos
Supresso de agentes
Compensao de carncias
Controle de desequilbrios
Fragmentao do Sujeito; individualismo
Reificao e Tecnologia
Modelos explicativos
1- MODELO BIOMDICO;
2-MODELO PROCESSUAL DE SADE-DOENA
Denominado Modelo de Histria Natural das Doenas;
3- MODELO SISTMICO;
1- MODELO BIOMDICO
desajuste ou falha no mecanismo de adaptao do organismo ou uma ausncia de reao aos estmulos a cuja reao est exposto(...) processo que conduz a uma pertubao da estrutura ou da funo de um rgo, de um sistema ou de todo o organismo oude suas funes vitais(Jnick & Clroux,1982)
Conceito Biomdico de doena
Modelo terico que considera doena como resultado da agresso de um agente etiolgico a um organismo;
Eficaz para explicao de doenas infecciosas e parasitrias;
O conceito se aplica indiferentemente a organismo de todas as espcies,;
Aborda duas perspectivas: a Patologia e a Clnica Mdica
Conceitos de Sade
Sade como ausncia de doena
Funo e desempenho
Equilbrio (homeostase)
Valor/bem
Teoria dos graus de sade
Teoria dos nveis de sade
Possibilidades da MBS (Medicina Baseada
na Sade)
Nveis de Sade
Sensibilidade s diferenas
Abordagem dos coletivos (Sade da Famlia)
Modelos de interveno: Preveno de doenas, riscos e agravos
Recuperao da sade
Proteo da sade
Promoo da sade
4Teoria da Promoo da Sade
Prticas de sade individuais: hbitos e estilos de vida
Prticas de sade micro sociais: famlias, grupos sociais e profissionais
Intervenes ambientais
Intervenes estratgicas (OMS 1986)
Promoo da Sade e Prtica Mdica
MBS Uma nova prtica mdica
Prtica mdica como recuperao da sade
Prtica mdica como proteo da sade Direta menor N de doentes
Indireta monitoramento e vigilncia
Prtica mdica como advocacy
Prtica mdica como fomentadora de uma cultura da sade e qualidade de vida
EXPERINCIAS INOVADORAS
Estudos ecolgicos sobre desigualdade em sade: distribuio da mortalidade infantil, mapa de risco da violncia ( trnsito e homicdios)
Microlocalizao, populao vulnervel, tcnicas de anlise espacial
Criao de uma agenda local e avaliao
Afinal o que Sade?Marcos Conceituais de Sade
1947 OMS Sade bem estar fsico, mental e social
1960 Reforma Sanitria movimento social por sade
1974 Relatrio de Lalonde Promoo da sade
1978 Alma-Ata aes bsicas de sade
1986 VIII Conferncia Nacional de Sade
1986 I Conferncia Internacional Promoo da Sade
1988 Constituio Brasileira Sistema nico de Sade
2006 Poltica Nacional de Promoo da Sade
O que Promoo da Sade?Promoo da Sade - Origens
Jean-Marc Lalonde-Ministro da Sade do Canad (Otawa, 1974): relatrio enfatiza fatores particulares da Promoo da Sade: estratgia governamental visando mudanas nos estilos de vida campo da sade.
Rudolf Virchow (sc.
XIX) polons que viveu entre 1821 a 1902. Pai da Patologia Moderna e
da Medicina Social,
antroplogo e poltico
envolvido em
preocupaes sociais
como saneamento
bsico, arquitetura de
construo hospitalar,
melhoramento de
tcnicas de inspeo de
carne e higiene
escolar(Wikipedia).
Henry Sigerist (1946): francs, Movimento da Medicina Social e Histria da Medicina. Cria o termo promoo da sade como uma das tarefas da Medicina, relacionando trabalho, educao, cultura fsica, lazer, descanso... (Wikipedia).
5CONCEITO SADE / DOENA
Dcada de 70
Crise dos sistemas de sade:Ineficcia, ineficincia, ineqidades e crise de credibilidade, face transio demogrfico-
epidemiolgica: envelhecimento e mudana nos padres nosolgicos, medicalizao, desenvolvimento
tecnolgico e exploso de custos e gastos.
Novas concepes do processo sade-doena-
cuidado, mais globalizantes, articulando sade e qualidade de vida.
Marco inicial - PROMOO DA
SADE
At agora, quase todos os esforos da sociedade canadense destinado a melhorar a sade, assim como os gastos setoriais diretos, concentraram-se na assistncia mdica. Entretanto, as causas principais de adoecimento e morte tm origem nos outros trs componentes do conceito (A New Perspective on the Health of Canadians).
Informe Lalonde (1974) Modelo do Campo da Sade: Sade determinada por um conjunto de fatores
Biologia humana Ambiente Estilo de vida Organizao da Ateno Sade.
Sade para Todos no Ano 2.000(1977)
30a. Assemblia Mundial de Sade
Oito elementos essenciais para alcanar sade para todos: educao dos problemas de sade prevalentes;
preveno e controle. promoo do suprimento de alimentos e nutrio
adequada. abastecimento de gua e saneamento bsico
apropriados. ateno materno-infantil, incluindo o planejamento
familiar. imunizaes contra as principais doenas infecciosas. preveno e controle de doenas endmicas. tratamento apropriado das doenas comuns e dos
acidentes. distribuio de medicamentos bsicos
CONCEITO SADE / DOENA
1978 - Conferncia Internacional sobre CUIDADOS PRIMRIOS DE SADE em Alma-Ata - medidas p/ promover a sade de todos os povos do mundo.
I-A conquista do mais alto grau de sade exige a interveno de muitos outros setores sociais e econmicos alm do setor sade;
II-A promoo e proteo da sade da populao indispensvel para o desenvolvimento econmico e social sustentado e contribui para melhorar a qualidade de vida e alcanar a paz mundial.
1986 - 1 Conferncia Internacional
sobre Promoo da Sade,
Otawa, Canad,
Implementao de polticas pblicas saudveis
Criao de ambientes saudveis
Reforo da ao comunitria
Desenvolvimento de habilidades pessoais
Reorientao do sistema de sade
A Promoo da Sade o nome dado ao processo de capacitao da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e sade, incluindo uma maior participao no controle deste processo.
Para atingir um estado de completo bem-estar-fsico, mental e social, tanto os indivduos e grupos devem saber identificar aspiraes, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente.
Promoo da Sade
O processo de capacitao da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e sade , incluindo uma maior participao no
controle deste processo (Carta de Otawa, 1986)
Sade tem como determinantes diversos fatores como alimentao, moradia, saneamento bsico, meio ambiente, renda, educao, transporte, lazer e o acesso aos bens e servios essenciais e de direito (VIII Conferencia Nacional de Sade, 1986)
6CONSTITUIO FEDERAL -1988
LEI ORGNICA DA SADE-1990
SUS-8.080 E 8142
Art. 196: A sade um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doenas e outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.
Lei 8.080 (art.2): A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso a bens e servios sociais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do pas (par. 3).
Concepes de Sade
Sade como produto de comportamentos de indivduos e
famlias (estilos de vida, dieta, atividade fsica, hbito de
fumar).
nfase: programas educativos relacionados a riscos
comportamentais passveis de mudana.
Sade como produto de amplo espectro de fatores
relacionados a qualidade de vida.
nfase: aes voltadas para o coletivo de indivduos e ambiente (fsico,
social, poltico, econmico, cultural)
No fume
No beba
No use drogas
Coma frutas, verduras e legumes, ao menos 5 x ao dia
Evite acaraj, feijoada,manteiga de garrafa,churrasco
Faa atividade fsica (no seja sedentrio,mexa-se)
Salte do nibus dois ponto antes de sua casa
S tome sol antes das 10 e depois das 16 horas
Use protetor solar
Transe s com camisinha ou no transe!
Esse tipo de promoo da sade , normativo no muda e nem transforma sujeitos e realidade Conceito sade/ doena
Viso HOLSTICA da sade - 3 fatores
interdependentes entre si: o individual, o
social e o ecolgico.
SER HUMANO
BIOPSICOSOCIALO BINMIO SADE-DOENA:
No so fenmenos apenas fsicos (bom ou mau funcionamento de um rgo), possuem tambm uma dimenso psicolgica (vivncias e emoes), sociocultural (coletiva), e psicobiolgica (individual).
PAIM (1992): conceitos bsicos de doena =
ontolgico o agente mrbido invade o organismo e provoca a doena;
dinmico a enfermidade um desequilbrio das foras do organismo com o meio.
7Conceito de Sade Mais abrangente
Sade a resultante das condies de alimentao, educao, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a servios de sade.... resultado de formas de organizao social de produo, as quais podem gerar profundas desigualdades no nveis de sade.
8a. Conferncia Nacional de Sade
Conceitos de Doena / Qualidade de vida
A doena um sinal da alterao do equilbrio homem-ambiente, estatisticamente relevante e precocemente calculvel, produzida pelas transformaes produtivas, territoriais, demogrficas e culturais.
A qualidade de vida resulta da adequao das condies scio-ambientais s exigncias humanas.
Bases conceituais
Promoo e preveno Promover melhoria das condies/estilos de vida
(medidas inespecficas)
Prevenir exposio a riscos (atuais e potenciais)
Campo da sade Fatores ligados biologia humana, ambiente,
estilos de vida e acesso s aes e servios de sade
Determinao social Momentos de reproduo biolgica, ecolgica,
econmica e sociocultural (comportamentos e condutas)
Campo da sadeFatores explicativos
Processo sade-doena
BIOLOGIA HUMANA
MATURIDADE
E ENVELHECIMENTOHERANA
GENTICA
SISTEMAS
INTERNOS COMPLEXOS
AMBIENTE
FSICO
SOCIAL
PSICOLGICO
ESTILO DE VIDA(RISCOS AUTOCRIADOS)
RISCOS DA
ATIVIDADE DELAZER
PADRES DE
CONSUMO
PARTICIPAO NO
EMPREGO E RISCOSOCUPACIONAIS
PREVENTIVO
CURATIVO
RECUPERAO
SISTEMA DEORGANIZAODOS SERVIOS
PROCESSO SADE E DOENA
PROMOO DA SADE
Definio
Articulao de saberes tcnicos e populares e a mobilizao de recursos institucionais e
comunitrios, pblicos e privados, para o enfrentamento e resoluo de problemas de sade e seus determinantes (Buss, 2000).
Promoo x Preveno(Czeresnia, 2003)
Prevenir: Preparar, chegar antes de,
impedir que se realize...
Ao antecipada,baseada no conhecimento da histria
natural da doena para tornar
seu progresso improvvel.
Implica no conhecimento epidemiolgico para o controle
e, reduo do risco de
doenas.
Projetos de preveno e educao baseiam-se na
informao cientfica e
recomendaes normativas.
Promover: Impulsionar, fomentar, originar, gerar.
Refere-se a medidas que no se dirigem a doenas especficas, mas que visam aumentar a sade e o bem estar.
Implica no fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar com a multiplicidade de dos condicionantes da sade.
82- Histria natural da doena
as inter-relaes do agente, do suscetvel e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras foras que criam o estmulo processo patolgico no meio
ambiente, ou em qualquer outro lugar; passando pela resposta do homem ao estmulo, at as alteraes que levam a um defeito, invalidez,
recuperao ou morte
(Leavell & Clark, 1976)
Perodo Pr-patognico (epidemiolgico)Interao susceptvel ambiente
Perodo PatognicoPr-condies internas
HISTRIA NATURAL DE UMA DOENA NO HOMEM
Etapa Sub-clnica
Doenaou
incapacidade declarada Prximo
da morte
Sade
tima
Morte
Ambiente
Perodo pr-patognese Perodo de patognese
Sade
sub-tima
Produode estmulos
Horizonte clnico
Interao
ATENCO INTEGRAL DE SADERacionalidades
Cincias mdicas X Cincia Epidemiolgica
Objeto singular:
a doena no indivduo
Qual o estgio da doena?
Quais os rgo afetados?
Objeto singular:
a doena na populao
Que segmentos desta
populao so acometidos?
Em que circunstncias ou
poca?
Como se distribui a doena
espacialmente?
O enfoque epidemiolgico do problema envolve todo o
processo sade-doena, incluindo a dimenso biolgica
e individual, diagnosticada e tratada pela medicina.
MODELOS PARA REPRESENTAR FATORES
ETIOLGICOS EM EPIDEMIOLOGIA
Modelo Biomdico
Cadeia de eventos
Rede de causas
Mltiplas causas mltiplos efeitos
Modelos ecolgicos
Trade ecolgica: agente, hospedeiro e meio ambiente
Dupla ecolgica: hospedeiro e meio ambiente
Abordagem sistmica da sade
Etiologia social da doena
Vertente centrada no componente scio-poltico (estrutura social)
Vertente centrada na influncia dos fatores comportamentais (indivduo)
Causa, Causas, Determinante, Fator de Risco? (1)
Causa Necessria: Fator que participa como parte de todas as causas suficientes para a ocorrncia da doena.
Causa Suficiente: conjunto de fatores que contribuem diretamente para a ocorrncia da doena.
9Uma Causa, Vrios Efeitos: Asbesto (Amianto) Lista A
Neoplasia Maligna do Estmago (C16.-)
Neoplasia Maligna da Laringe (C32.-)
Neoplasia Maligna dos Brnquios e do Pulmo (C34.-)
Mesotelioma da Pleura (C45.0), do Peritnio (C45.1), do Pericrdio (C45.2)
Placas Epicrdicas ou Pericrdicas (I34.8)
Asbestose (J60.-)
Derrame Pleural (J90.-)
Placas Pleurais (J92.-)
Causa, Causas, Determinante, Fator de Risco? (3)
Fator de Risco: Um aspecto do comportamento pessoal ou do estilo de vida, da exposio ao meio ambiente, ou uma caracterstica prpria ou herdada do indivduo que se sabe, tendo como base a evidncia epidemiolgica, estarem associados com condies importantes de se prevenir para proteger a sade. O fator de risco representa uma probabilidade maior de ser atingido por determinada afeco ou dano. (Lus Rey, Dicionrio de Termos Tcnicos de Medicina e Sade, 1999)
Causa, Causas, Determinante, Fator de Risco?
Determinante: Em Epidemiologia, diz-se de qualquer fator, acontecimento, caracterstica ou outra entidade definvel que causa mudana nas condies de sade ou em outro processo definido (Lus Rey, Dicionrio de Termos Tcnicos de Medicina e Sade, 1999)
FATORES DETERMINANTES DA DOENA
Endgenos: Fatores determinantes que, no quadro geral da ecologia da doena, so inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivduo.
Herana gentica.
Anatomia e fisiologia do organismo humano.
Estilo de vida.
Exgenos: Fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente.
Ambiente biolgico: determinantes biolgicos.
Ambiente fsico: determinantes fsico-qumicos.
Ambiente social: determinantes scio-culturais.
DUPLA ECOLGICA: HOSPEDEIRO x MEIO AMBIENTE
AmbienteFsico
AmbienteBiolgico
AmbienteSocial
Interao complexa com o ambiente
HOMEM
Estilo deVida
HeranaGentica
AnatomiaFisiologia
FATORES DETERMINANTES SOCIAIS
A aquisio de conhecimentos sobre os determinantes sociais parte do estudo da desigualdade social, tida como geradora de agravos sade, traduzidos em morbidade e mortalidade.
Categorias gerais desses determinantes: Comportamentais
Psicossociais Relacionados personalidade do indivduo. Hbitos e estilos de vida: sexualidade, tnicos (relacionados cultura),
adquiridos.
Organizacionais Estruturais
Ocupao Famlia Nvel socioeconmico
Evolutivos Relacionados ao Desenvolvimento Intrasociais: convivncia (mobilidade social); produo e desenvolvimento
(apropriao dos recursos sociais); e competio. Intersociais: agresses ao meio ambiente, migraes populacionais,
intercmbio social e conflitos.
10
Desigualdades e Iniqidades na Vida
Desigualdades: diferenas sistemticas na situao de sade de grupos populacionais (Jairnilson, 2006)
Iniqidades: as desigualdades na sade evitveis, injustas e desnecessrias (Whitehead)
Determinantes sociais de sade so as condies sociais em que as pessoas vivem e trabalham ou "as caractersticas sociais dentro das quais a vida transcorre(Tarlov,1996)
Epidemia moderna: as mortes violentas
Saneamento bsico: quem no tem guaPercentuais de mulheres que engravidaram na
adolescncia.Pelotas, 1982-2003
Fonte: Coorte de 1982 (Pelotas)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
10
Renda familiar em salrios mnimos
% a
do
les
ce
nte
s
A epidemiologia mostra que os fatores de riscos para as maiores cargas de doena hoje no mundo esto articuladas lgica do consumo e a indicadores de desenvolvimento.
(WHO, 2002.).
Consumo e Mdia Determinantes sociais de sade
So as condies sociais em que as pessoas vivem e trabalham ou "as
caractersticas sociais dentro das quais a vida transcorre (Tarlov,1996)
...e a vida transcorre num mundo de mltiplas relaes: das sujeitos, individuais e
coletivos, que constroem suas identidades nos territrios.
Nesses, a sociedade se estrutura, reproduz a vida, organiza a cultura e vive a histria.
11
Determinantes Sociais e Promoo da Sade
Os determinantes sociais podem ter um efeito na sade positivo (fomento, promoo da sade e da qualidade de vida) ou negativo (riscos, doenas e agravos)
Substituio da abordagem comportamental por abordagem ampla dos problemas de sade: ao sobre determinantes, carter coletivo, polticas pblicas, capacidade dos indivduos e de comunidades;
Estratgias combinadas: individuais, ambientais, polticas, na perspectiva de construo coletiva com participao de todos os atores, estimulando o exerccio de poder local, a autonomia e os direitos de cidadania
Determinantes da Sade
(Dahlgren et Whitehead, 1992), Adaptado por Paulo Buss
Distais
Intermedi rios
Proximais
Inter -
setorialidade
Participa o
social
Intervenes sobre os DSS
baseadas em evidncias e
promotoras da eqidade em sade
PROCESSO SADE E DOENA
PROCESSO:
MEDIAO DO ESTADO DE SADE
ESTADO DE DOENA
Trata-se de um processo social especfico
A interao entre sade e doena socialmente determinada
O adoecimento um processo biolgico que desenvolve-se de maneira particular a cada grupo social
Estuda a distribuio da morbidade e da mortalidade
Identifica o perfil de sade-doena nas coletividades
Analisa a distribuio e os fatores determinantes (Enfermidades, danos e eventos)
Prope medidas de preveno, controle e de erradicao
Fornece indicadores para a gesto dos servios de sade
PROCESSO SADE-DOENA E A EPIDEMIOLOGIA
12
Fatores Universais Intervenientes no
Processo Sade/Doena
A sade e a doena dependem das condies socioeconmicas, ainda que no somente delas.
Medicina Social: centralidade no conceito de classe social
Sade Coletiva priorizao do conceito de coletivo, Universalidade e Integralidade
Promoo da Sade (ou Sade): estilo de vida, ao intersetorial
Contribuio estimada de quatro fatores nas 10 principais causas de
morte de pessoas com menos de 75 anos
CAUSAS DE MORTE
Doenas do Corao
Cncer
Acidentes com veculos a motor
Outros acidentes
Acidentes vasculares cerebrais
Homicdios
Suicdio
Cirrose heptica
Gripe / Pneumonia
Diabetes
Todas as 10 causas juntas
Estilo de Vida
54
37
69
51
50
63
60
70
23
34
50.5
Ambiente
9
24
18
31
22
35
35
9
20
0
20.1
Biologia
25
29
1
4
21
2
2
18
39
60
19.4
Servios de
Sade
12
10
12
14
7
0
3
3
18
6
10
FATORES
ESTADO DE
SADE
DETERMINANTES DO ESTADO DE SADE
Caracteres Raciais e
Antropolgicos
Caracteres Genticos e
HereditriosSexo e Idade
Hbitos, Vcios,
Abuso de Drogas
Outros: Alimentao,
Exerccio, etc.
Lazer, Recreao.
Fsico
Biolgico
Scio-Econmico
(ocupao, salrio, etc)
AMBIENTESERVIOS
DE SADE
ESTILO DEVIDA
BIOLOGIA
Reabilitao
Tratamento
Preveno e
Promoo
Ao Protagonista dos Servios de Sade
O servio de sade precisa reconhecer seu papel como integrante do
territrio da comunidade e priorizar a construo de programas e a produo da sade valorizando o
saber popular, os desejos, demandas e necessidades dessa comunidade
Sade/Doena (2)
Primeiros registros: a viso do poeta romano Lucrcio (98-55 aC):
No viste nem ouviste como morrem em to pouco tempo, quando ainda tinham tanto vida pela frente?
Morte prematura anos potenciais de vida perdidos (APVP)
13
BRASIL. Ministrio da Sade. Vigitel Brasil 2006: vigilncia de fatores de risco e proteo para doenas crnicas por inqurito telefnico.
Disponvel em: http://portalweb05.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_vigitel_2006_cd.pdf. Acesso em: 29 mar 2007.
PREVALNCIA DE HIPERTENSO ARTERIAL
POR FAIXA ETRIA, BRASIL - 2006
0
10
20
30
40
50
60
70
18 -24 25 -34 35 -44 45 -54 55 -64 =65
Faixa etria (anos)
%
Numa dimenso individual,
a noo do que dano ou agravo sade fortemente influenciada por
valores culturais, variando tambm de acordo com o nvel de sensibilidade e idiossincrasia de cada pessoa: o que prejudicial, nocivo, a uma pessoa, no necessariamente assim o sentido
por outra.
Numa dimenso populacional,
a noo do que dano ou agravo sade a resultante do complexo
somatrio das dimenses individuais, socialmente definida em funo da
dinmica de padres culturais, econmicos, polticos, cientficos e do conhecimento/informao. As noes so diversas no correr do tempo e, num dado momento, em diferentes
sociedades.
Modelo de Determinantes da Equipe de Eqidade da
Organizao Mundial de Sade
Promover sade lidar com:
Condies scio-econmicas dos segmentos populacionais mais carentes.
enfrentar a pobreza e toda a desestruturao em seu entorno: falta de emprego, de infra-estrutura adequada s necessidades humanas - gua potvel, destino adequado do lixo e esgoto ; poluio dos ambientes; carncias alimentares e educacionais.
Estilos de vida: formas de viver constitudas nas sociedades modernas caracterizada por vida sendentria e estressante, geradora de angstias, ansiedades e depresso - sentimentos que so expresses legtimas de insatisfaes tendo como conseqncia o uso de drogas, lcitas ou no.
Promover sade lidar com:
Mobilizao comunitria: resgate e reforo de valores como a solidariedade e a tica. A promoo da sade pode contribuir capacitando as comunidades, compartilhando saber tcnico que, confrontado com o saber popular, possa criar condies para a tomada de conscincia das situaes de sade das comunidades envolvidas e possibilitar a construo de estratgias de enfrentamento de seus problemas.
Meio ambiente. o progresso vm estimulando ataques permanentes ao meio ambiente: rios, mares, terra, floresta, ar, mangues, etc. Ademais, os ambientes de trabalho so freqentemente insalubres; nos ambientes escolares h grandes e persistentes dificuldades de se conter a violncia e o desrespeito s regras bsicas da convivncia social.
14
Mobilizao SocialTransporte e Qualidade de Vida
Humanizao do Cuidado Iniciativas de Promoo da Sade no BrasilAGITA BRASIL
Referncias bibliogrficas
MINAYO M.C.S. Sade doena: uma concepo popular da etiologia. Cadernos de Sade Pblica, RJ. 4(4):363-381, 1988.
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prtica. Ed. Guanabara Koogan. 1995. Captulo 3: Sade e Doena.
ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Sade. 6 edio. MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Captulo 2: Epidemiologia, Histria Natural e Preveno de Doenas.