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CCAMPAREDES
2 0 1 5
R E L ATOR IOECONTA S
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Índice
Convocatória ............................................................................................................ 4
Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM`S .......................................... 5
Politica de Remuneração ......................................................................................... 9
Organização da CCAM Paredes ............................................................................. 18
Mensagem do Conselho de Administração ........................................................... 19
Ranking Nacional (universo de 82 caixas) ............................................................. 21
Enquadramento Macroeconómico ........................................................................ 23
1 – Evolução das Áreas de Negócio da CCAM de Paredes .................................... 51
1.1 – Volume de Negócios ................................................................................. 52
1.2 – Plano de Ação Comercial …………………………………………………………………….. 54
1.3 ‐ Crédito ........................................................................................................ 54
1.4 – Recursos ……………………………………………………….……………………………………...56
1.5 – Atividade Seguradora ................................................................................ 57
1.6 – CA Gest ...................................................................................................... 58
1.7 – Fundo Investimento Imobiliário ................................................................ 58
1.8 – Locação Financeira .................................................................................... 59
2 – Indicadores, Eficiência e Rentabilidade da CCAM de Paredes ........................ 61
2.1 – Rácios Normativos da Caixa Central ............................................................. 62
2.2 – Evolução do Rácio de Transformação ……………………………………………….…….. 63
2.3 – Evolução do ROA e ROE e Rácio de Solvabilidade ........................................ 63
2.4 – Margem Financeira ....................................................................................... 64
2.5 – Recursos Humanos ....................................................................................... 65
2.6 – Evolução dos Resultados Líquidos ................................................................ 68
3 – Situação Financeira e Patrimonial da CCAM de Paredes ................................. 69
3.1 – Evolução do Ativo Líquido ............................................................................ 70
3.2 – Aplicações na Caixa Central .......................................................................... 70
3.3 – Evolução dos Capitais próprios ..................................................................... 71
4 – Proposta de distribuição dos resultados da CCAM de Paredes ....................... 73
5 – Nota Final ......................................................................................................... 75
6 ‐ Anexos .............................................................................................................. 81
7 – Certificação Legal de Contas .......................................................................... 141
8 – Relatório Anual do Conselho Fiscal ................................................................ 145
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Jornal: Verdadeiro Olhar Publicação: Ano VIII, 454ª Edição
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM`S
1. Estrutura de Governo Societário
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL adota o modelo de governação
vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de
Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia
Geral, para um mandato de três anos.
2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Fiscal ROC
3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice‐Presidente e um
Secretário
3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Manuel Luís Rocha e Sousa
Vice‐Presidente: Carla Marina Mendes Silva
Secretário: António Francisco de Oliveira Ferreira
3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os
Estatutos lhe atribuam competências, competindo‐lhe, em especial:
Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus
Presidentes;
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o
exercício seguinte;
Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de
organismos cooperativos de grau superior;
Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de
contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho
Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
Decidir da alteração dos Estatutos.
4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no
mínimo de três e de um suplente.
Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para
o triénio 2013/2015.
4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro
Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho
Vogal: Vítor Manuel Ferreira da Silva
Suplente: Vítor José Alves Carriço
4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo‐lhe,
em especial e de acordo com os Estatutos:
Administrar e representar a Caixa Agrícola;
Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de
atividades e de orçamento para o exercício seguinte;
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas
relativos ao exercício anterior;
Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da
Caixa Agrícola;
Decidir sobre as operações de crédito da Caixa Agrícola;
Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e
não pagos;
Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um
total de 92 reuniões em 2015.
4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração
O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros
da seguinte forma:
Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro
‐ Presidência e representação da Caixa;
Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho
‐ Sem pelouros atribuídos;
Vogal: Vítor Manuel Ferreira da Silva
‐ Direção Geral;
5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda,
ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano
de atividade e de orçamento.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.
5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Sara Clarinda Ferreira Santos
Vogal: José Manuel Moreira Campos
Vogal: Cristina da Conceição Ribeiro Pinto
Suplente: Marco Alexandre Ribeiro Meireles
Suplente: Bruno Eduardo Ferraz Leal Sarmento
5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2015,
um total de 5 reuniões.
5.2. Revisor Oficial de Contas
O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando‐se designado
para o cargo:
Efetivo: Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão
Suplente: Hélder Manuel Martins Pereira
6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PAREDES,CRL
6.1. Em 31 de Março de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Paredes, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração
dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto
no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.
6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº
10/2011, reproduz‐se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que
foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Declaração sobre Política de Remuneração relativa ao ano de 2015
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1. Princípios Gerais Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de
Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL, foi definida e elaborada de modo a refletir
adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da
Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a
magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de
poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.
A Política de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da
Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de
natureza geográfica à atuação da dita Instituição e também o caráter acessório e
complementar de outras atividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o
exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, fatores que
determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão
simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por
conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são
auferidas no resto do Setor Bancário.
Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo de Paredes, CRL, todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto‐Lei nº
104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas
revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de
muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito
no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto‐Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº
10/2011.
2. Considerações Gerais Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara‐se que:
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela
Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma
revê‐la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;
b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a
compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas a
natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos
respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição
uma sociedade anónima, é‐lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de
ações ou de opções, decidiu‐se não diferir o pagamento de qualquer parte da mesma
remuneração;
c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do
Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente
consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que
preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as
tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição
de remuneração acrescida aos Administradores executivos, tem em atenção o caráter
economicamente acessório e complementar de outras atividades económicas de que se
reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de
Fiscalização;
d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio
cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em
primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de
eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter‐se em funções contra a
vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das
suas competências legais e estatutárias, refletindo tal avaliação não só o desempenho
económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a
sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre
Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento
dos negócios sociais.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
3. Remuneração do Conselho Fiscal A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da
composição desse Órgão Social, consiste em senhas de presença.
4. Remuneração do Conselho de Administração 4.1. Remuneração dos Administradores Executivos A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste num
montante fixo mensal.
Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: a) Os órgãos competentes para a avaliação do desempenho individual dos Administradores
Executivos são a Assembleia Geral.
b) Inexistência de Componente Variável
5. Revisor Oficial de Contas A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de
mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.
6.3. Remunerações Pagas
a) Remunerações auferidas pelo Conselho de Administração e de Fiscalização
Remuneração Agregada
Função Remuneração
Remuneração diferida Novas
Contratações
Cessação Antecipada de Funções
Nº beneficiários Montantes
ainda não pagos
Montantes ainda por
pagar
Conselho de Administração
€121.664,30 N/A N/A N/A N/A 3
Conselho Fiscal
€5.250,00 N/A N/A N/A N/A 3
Revisor Oficial de Contas
€7.380,00 N/A N/A N/A N/A 1
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Remuneração Individualizada
Nomes Cargo
Remuneração
Fixa Variável
António Francisco Coelho Pinheiro Presidente do Conselho de Administração €18.465,44 €0.00
Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração €18.465,44 €0.00
Vítor Manuel Ferreira Silva Vogal do Conselho de Administração €84.733,42 €0.00
Sara Clarinda Ferreira dos Santos Presidente do Conselho Fiscal €0.00 €1.750,00
José Manuel Moreira Campos Vogal do Conselho Fiscal €0.00 €1.750,00
Cristina Conceição Ribeiro Pinto Vogal do Conselho Fiscal €0,00 €1.750,00
Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão Revisor Oficial de Contas €7.380,00 €0.00
b ) Politica de Remuneração de Colaboradores
Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de
Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração
de colaboradores:
1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de
Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de
acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda
integrar um complemento remuneratório mensal fixo, estabelecido
contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.
2. Também se atribui 1 ou 2 horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo
nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.
3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base
num processo de avaliação de um conjunto de competência críticas para a função, a
qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.
4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de
administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma
idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela
hierarquia direta dos colaboradores.
5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados
da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o
respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as
regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e
investidores. Pretende‐se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e
a criação de valor a longo prazo.
6. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo
por base o desempenho do ano transato.
7. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração,
porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento
imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos
que o diferimento visaria prosseguir.
6.5. Remunerações Pagas
Nº de Beneficiários
Remuneração Diferida
Nº de novas contratações
Pagamentos efetuados por
Rescisão antecipada de
contrato
Remuneração
Remuneração
Montantes ainda não
pagos
Montantes pagos ou objeto
de reduções
Componente Fixa
Componente Variável
20
N/A N/A N/A N/A €481.803,45 €459.203,45 €22.600,00
Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em
2015 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as
seguintes remunerações:
FIXAS VARIÁVEIS** TOTAIS (€)
REMUNERAÇÕES (2 COLABORADORES) €45.283,67 €2.400,00 €47.683,67
** Prémios de desempenho, auferidos nos mesmos critérios definidos para os restantes trabalhadores
Total de Colaboradores da CCAM Paredes
Nº de Beneficiários
Remuneração Diferida
Nº de novas contratações
Pagamentos efetuados por
Rescisão antecipada de
contrato
Remuneração
Remuneração
Montantes ainda não
pagos
Montantes pagos ou objeto
de reduções
Componente Fixa
Componente Variável
22
N/A N/A N/A N/A €529.487,12 €504.487,12 €25.000,00
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
ORGANIZAÇÃO DA CCAM PAREDES
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
No ano de 2015 a Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Paredes, desenvolveu a sua atividade
num quadro de crise económica. É inegável que a forte pressão sobre toda a economia,
confere condicionalismos vários, no exercício de toda a atividade financeira e em particular
na corrente vida de uma pequena instituição bancária de cariz regional, que atuando na
sua região e sendo igual a todos os outros bancos, é no entanto distinta, pois tem a
obrigação de exercer a sua atividade com eficiência mas em solidariedade.
Este Conselho de Administração, que terminou o seu mandato no ano agora findo e em
quem os sócios da CCAM renovaram a responsabilidade da gestão desta Caixa por mais um
mandato, acredita que a existência na nossa terra de uma Caixa Agrícola, autónoma e
independente, é um valor inestimável no presente e para o futuro.
Continuamos a contrariar os impactos de uma crise interminável, estamos orgulhosos do
nosso trabalho desenvolvido nos últimos anos. Finalizamos 2015 com o segundo maior
nível de lucros obtidos na história da Caixa. Atingimos um milhão e quarenta e cinco mil
euros, que pressupõe um aumento de 30%, sobre o ano anterior.
A Caixa mantém elevados níveis de rentabilidade e rendibilidade, situando‐se
respetivamente em quase 1% a rentabilidade do ativo e em 8% a rentabilidade dos capitais
próprios.
Em termos de solvabilidade a Caixa permanece com a sua tradicional vantagem
competitiva, atingindo os 26%, muito acima das exigências regulamentares.
A Caixa continua a evoluir positivamente no que se refere á dimensão, com um
crescimento do seu ativo líquido em relação ao ano anterior a atingir os 11,75%.
Os aforradores continuam a confiar o seu dinheiro ao Crédito Agrícola, mesmo numa
conjuntura de taxas historicamente baixas, a maioria das famílias e empresas, elegem a
Caixa Agrícola da sua região, como um bom porto de abrigo para as suas poupanças e
aplicações dos seus excedentes. Os recursos dos clientes cresceram 5,21% em relação ao
ano anterior.
O crédito concedido em termos globais cresceu acima dos 4 por cento em relação ao ano
anterior, nem tanto pelo aumento do crédito no segmento de empresas, principal
prioridade traçada como objetivo, mas fundamentalmente pelo crescimento no segmento
dos particulares, com uma crescente dinâmica no crédito à habitação.
19
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
A margem financeira teve um bom comportamento durante o ano de 2015, assim como a
margem complementar, com crescimentos em relação ao ano anterior de 14 e 9 por cento
respetivamente, resultando num produto bancário acima dos três milhões e quatrocentos
mil euros, mais quase dez por cento em relação ao ano anterior.
Foi um facto, alguma deterioração da qualidade da carteira de crédito, com o crédito
vencido bruto a ultrapassar os dois milhões e quatrocentos mil euros, fazendo o rácio de
crédito em incumprimento ultrapassar os 5%.
A política de contenção de custos continua a ser uma prioridade da nossa gestão, prova
disso, é a redução dos gastos gerais administrativos de quase três por cento em relação ao
ano anterior, assim como soubemos manter os custos com o pessoal, dentro do que estava
por nós anteriormente orçamentado.
Em termos globais, não podemos considerar 2015 um ano mau para a Caixa Agrícola de
Paredes, antes pelo contrário:
‐ Em todas as áreas de negócio, atingimos e até ultrapassamos praticamente todos os
objetivos anteriormente definidos.
‐ Em termos patrimoniais, esta Caixa continua a crescer, a nível financeiro continuamos a
lucrar e no que à solvência diz respeito, continuamos a reforçar os nossos capitais.
Não podíamos passar em claro um elemento da organização muito importante no bom e
eficaz desenvolvimento da nossa atividade, que são os colaboradores desta CCAM, que têm
sido imparáveis na sua competência e dedicação.
Por fim e para concluir, voltamos a afirmar a Caixa Agrícola com a Missão de criar valor
para os clientes e associados, tendo como Visão sermos uma entidade bancária de
proximidade e de referência ao nível da rapidez de decisão, eficiência e confiança e como
Valores a solidez, rigor e transparência.
Paredes, 17 de Fevereiro de 2016 António Francisco Coelho Pinheiro
Presidente do Conselho de Administração
Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração
Vítor Manuel Ferreira da Silva
Vogal do Conselho de Administração
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
RANKING NACIONAL (UNIVERSO DE 82 CCAM`S)
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
No universo SICAM, a Caixa encontra‐se dentro das 57 caixas com maior valor do ativo.
Subimos três lugares em relação ao ano anterior, ainda assim, somos uma Caixa de
reduzida dimensão, abaixo da média do sistema integrado.
No quadro seguinte, verificamos os valores gerais orçamentados em finais de 2014 para o
ano de 2015, podemos então constatar que todos os desvios são positivos, com especial
destaque para o resultado do exercício.
INDICADOR ORÇAMENTADO REALIZADO DESVIO DESVIO
2015 2015 ABSOLUTO RELATIVO
ACTIVO LIQUIDO 74.765.971 € 85.957.677 € 11.191.706 € 15%APLICAÇÕES INST. CRÉDITO 22.578.823 € 34.296.997 € 11.718.174 € 52%CREDITO CLIENTES 45.350.000 € 46.784.559 € 1.434.559 € 3%RECURSOS DE CLIENTES 63.400.000 € 69.046.576 € 5.646.576 € 9%LUCRO DO EXERCICIO 382.221 € 783.499 € 401.278 € 105%
SITUAÇÃO LIQUIDA 10.232.221 € 10.544.566 € 312.345 € 3%
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL
Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update
do World Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um
crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do crescimento face a
2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais, avançadas e
emergentes, estas registaram evoluções distintas.
Entre os fatores que contribuíram para esta diferenciação encontram‐se a continuação de
políticas monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos
países desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade
política em algumas economias exportadoras de matérias‐primas, sendo de destacar os
casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respetivas economias. Na China, a
reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado interno
conduziu a uma diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na
procura mundial de matérias‐primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que
registou uma aceleração em 2015.
Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um
decréscimo acentuado nos preços das matérias‐primas.
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Na zona Euro, a atividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica,
apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia.
Esta evolução favorável deveu‐se à evolução do preço das matérias‐primas e à política
monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de
ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).
Na Zona Euro estima‐se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto
da depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de
juro baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de ativos), aos efeitos
favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos
energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo
BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.
Em relação ao mercado laboral, verificou‐se uma redução generalizada da taxa de
desemprego na Zona Euro. O desemprego prosseguiu uma trajetória de recuperação ao
longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (‐0,6 p.p. face a
2014). Esta melhoria é explicada por fatores como o impacto favorável da moderação
salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos
recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de
2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países
como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
25
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
De forma a combater a pressão deflacionista, foram anunciadas várias medidas por parte
do BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa
alargado de compra de ativos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros
até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um
ajustamento sustentado da trajetória de inflação, compatível com o seu objetivo de obter
taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de
juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas
(ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direcionadas será igual à taxa
de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na
data em que cada ORPA direcionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de
10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direcionadas.
Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de
juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de
cedência de liquidez e (iii) facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas
em 0,05%, 0,30% e ‐0,20%, respetivamente.
Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.2. ECONOMIA NACIONAL
Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior
dinamismo que justifica a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um
crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.
Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E
Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9
EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 ‐6,4
Preço do Petróleo (euros) tav ‐4,1 ‐9,5 ‐29,7
Produto Interno Bruto tav ‐1,4 0,9 1,6
Consumo Privado tav ‐1,7 2,1 2,7
Consumo Público tav ‐1,8 ‐0,7 0,1
Formação Bruta de Capital Fixo tav ‐6,6 2,3 4,8
Exportações tav 6,1 3,4 5,3
Importações tav 2,8 6,2 7,3
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6
Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0
Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8
Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. ‐1,3 0,0
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6
Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05
Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015
27
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Para a aceleração da atividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das
exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida,
da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve
associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona
Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro
beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de
alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.
O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o
crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas
quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de
condições monetárias e financeiras favoráveis.
A taxa de desemprego cifrou‐se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado
em 2014, num contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a
percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela
existência de um elevado nível de desemprego de longa duração.
O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à
resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima‐se que o impacto desta medida
nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016)
28
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
injeção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de
Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este
impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.
O valor de 4,2% encontra‐se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o
conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um
aumento da receita superior ao da despesa.
1.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL
O ano de 2015 revelou‐se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português,
com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.
A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015,
pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo
Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização
incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões,
o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para
reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014.
Com a venda do banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o Banco
Santander Totta, tendo‐se criado um regime de exceção para os ativos problemáticos
(transferência para um veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram
transferidos para o Banco Santander Totta e as respetivas agências foram alvo de
renovação de imagem.
Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo
devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a
29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para
o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o
processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o
acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.
29
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.3.1. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro
2015), o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo
período de 2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos
depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos
depósitos de empresas de 0,2% (‐2,8 p.p. que em 2014).
Depósitos de particulares
Depósitos totais de clientes
Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)
162 156 159 163 168
3,9%
‐3,8%
2,3% 2,4% 3,1%
0
100
200
300
400
500
600
700
2011 2012 2013 2014 2015
Volume de depósitos Variação homóloga
Depósitos de empresas
129 129 131 133 138
10,1%
0,1% 1,5% 1,5%3,8%
2011 2012 2013 2014 2015
33 27 29 30 30
‐14,7% ‐19,0%
6,3% 3,0% 0,2%
2011 2012 2013 2014 2015
+
Valores em mil milhões euros
1.3.2. Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)
Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de
2015. A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (‐5,0%) do que no crédito a
particulares (‐3,6%), ambos em termos homólogos.
30
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Crédito a particularesCrédito bruto total
265 249 236 210 201
‐2,8%
‐5,9% ‐5,3%
‐7,9%
‐4,2%
2011 2012 2013 2014 2015
Volume de crédito Variação homóloga
Crédito a empresas
150 142 136 124 119
‐2,3%‐4,9% ‐4,5%
‐8,8%
‐3,6%
2011 2012 2013 2014 2015
115 107 100 86 82
‐3,5%‐7,2% ‐6,3%
‐13,9%
‐5,0%
2011 2012 2013 2014 2015
+
Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)
Valores em mil milhões euros
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o
crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no
segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro.
Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60%
da quebra registada no país.
Valores em milhares de euros
Evolução do crédito total por região ‐ Dez.2014/Dez.2015
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% ‐4,3% ‐3,9% ‐4,2%
Beja 1.323 445 1.768 0,9% ‐4,4% ‐9,9% ‐5,9%
Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% ‐3,2% 1,1% ‐1,7%
Bragança 924 238 1.162 0,6% ‐4,6% ‐2,1% ‐4,1%
Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% ‐4,7% ‐4,2% ‐4,6%
Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% ‐3,6% ‐2,0% ‐3,2%
Évora 1.748 708 2.456 1,2% ‐0,8% ‐4,3% ‐1,8%
Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% ‐10,9% ‐3,0%
Guarda 905 287 1.192 0,6% ‐3,8% ‐2,0% ‐3,4%
Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% ‐3,3% ‐2,8% ‐3,1%
Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% ‐3,3% ‐5,5% ‐4,4%
Portalegre 903 329 1.232 0,6% ‐4,7% 1,9% ‐3,1%
Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% ‐4,7% ‐1,6% ‐3,4%
Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% ‐1,0% 0,4% ‐0,7%
Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% ‐2,9% 4,7% ‐1,6%
Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% ‐5,6% ‐0,5% ‐4,2%
Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% ‐6,5% ‐12,9% ‐7,8%
Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% ‐3,0% ‐23,0% ‐9,6%
Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% ‐5,4% ‐14,6% ‐8,4%
Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% ‐8,9% ‐25,6% ‐15,3%
Total 119.226 81.590 200.816 100% ‐3,6% ‐5,0% ‐4,2%
Var. 2014/2015Crédito Peso
total %
31
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica‐se que o decréscimo deveu‐se
essencialmente à diminuição do crédito à habitação (‐3,9% em 2015 face ao período
homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito
vencido de clientes particulares, esse situou‐se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo
crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia ‐ Dez.2014/Dez.2105
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %
Habitação 97.706 ‐3,9% 82,0% 2,5%
Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%
Outros fins 9.337 ‐5,9% 7,8% 14,7%
Total 119.226 ‐3,6% 100% 4,2%
Fonte: Banco de Portugal
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu‐se principalmente à redução
do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social.
Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível
verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respetivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou‐se nos 15,4%, sendo que os
sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as atividades
imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a
empresas.
32
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Actividade económicaVar. Dez.
2014/2015Total Crédito Peso %
% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%
Indústrias Transformadoras ‐1,8% 12.881 15,8% 10,3%
Saúde e Apoio Social ‐7,0% 1.288 1,6% 5,4%
Comércio ‐0,3% 12.238 15,0% 16,1%
Construção ‐14,1% 12.870 15,8% 33,4%
Actividades Imobiliárias ‐4,9% 11.234 13,8% 23,7%
Alojamento e Restauração ‐5,3% 4.446 5,4% 10,9%
Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%
Energia ‐0,2% 2.517 3,1% 0,6%
Indústrias Extractivas ‐13,6% 254 0,3% 13,0%
Água e Saneamento ‐6,5% 1.548 1,9% 2,6%
Outros ‐10,1% 12.909 15,8% 8,6%
Total ‐5,0% 81.591 100% 15,4%
Fonte: PIN Mercado
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE ‐ Dez.2014/Dez.2015
Valores em milhões de euros
1.4. MERCADOS FINANCEIROS
No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na
atividade dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no
progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano
ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo
Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela
resolução do Banif com a alienação da sua atividade e abertura do processo de
investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013.
Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de
Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os
níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika
(BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um
aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da
volatilidade nos mercados acionistas e de dívida pública.
33
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Reunião Fed
Abrandono negociações
Referendoe controlo de capitais
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
janeiro 15
fevereiro 15
março 15
abril 15
maio 15
junho 15
julho 15
agosto 15
setembro 15
outubro 15
novembro 15
dezembro 15
Mercados de dívida
Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y
80%
90%
100%
110%
120%
130%
140%
150%
160%
janeiro 15
fevereiro 15
março 15
abril 15
maio 15
junho 15
julho 15
agosto 15
setembro 15
outubro 15
novembro 15
dezembro 15
Mercados acionistas
Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50
BlackMonday
Escândalo VW
Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a
economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25
p.p.
O 2º trimestre iniciou‐se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter
a política monetária inalterada, conservando o intervalo objetivo das taxas dos “fed funds”
em 0% – 0,25%.
Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses
para terreno negativo (‐0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.
No mercado acionista começou também a verificar‐se a queda do mercado chinês, com o
índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após
uma corrida às ações, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa.
Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho)
a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..
No 3º trimestre assistiu‐se a uma grande volatilidade no mercado acionista. Como as
desvalorizações registadas pelas ações chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não
estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com
medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de ações por
investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a
redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os
34
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os
índices europeus e norte‐americanos e também as commodities.
Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas
políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.
No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos
Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.
Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular:
(i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para ‐0,30%, mantendo a taxa de juro de
referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de
compra de ativos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI) reinvestimento dos juros obtidos
com os ativos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e das
administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.
Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez
desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%‐
0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa
de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio
prazo.
Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro
dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de
reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injetados 150 mil milhões de “yuan” na
economia com o objetivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.
O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da
dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando
incerteza no processo de formação de Governo nesses países.
35
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação
desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de
oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em
relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12%
no ano.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
janeiro 12
março 12
maio 12
julho 12
setembro 12
novembro 12
janeiro 13
março 13
maio 13
julho 13
setembro 13
novembro 13
janeiro 14
março 14
maio 14
julho 14
setembro 14
novembro 14
janeiro 15
março 15
maio 15
julho 15
setembro 15
novembro 15
'000 barris/dia
Produção total de petróleo
OPEC Não OPEC
0,9
0,95
1
1,05
1,1
1,15
1,2
1,25
1,3
20
30
40
50
60
70
80
janeiro 15
fevereiro 15
março 15
abril 15
maio 15
junho 15
julho 15
agosto 15
setembro 15
outubro 15
novembro 15
dezembro 15
USD
Cotação do Brent e WTI
EUR/USD Brent Crude (WTI)
A evolução do preço das matérias‐primas teve também um impacto direto nos níveis de
inflação dos principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de
Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat,
a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de
inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.
Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu‐se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao
EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2%
face ao USD.
Principais focos em 2016:
A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para
além da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra‐se ainda
penalizada pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas
respetivas moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias‐primas. Um
enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá
afetar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspetivas
1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.
36
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados
estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à
forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.
Fatores como os conflitos no Médio Oriente, atos terroristas e a consequente variação do
preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de
2016.
Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating
de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida
pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação
política e económico‐financeira do país em 2016.
1.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016
O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências
impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central
Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).
No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de
supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao
modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos
próprios, (iv) na governação do risco e qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de
liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma
das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas
estender‐se‐á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.
Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as
sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas
autoridades reguladoras do mercado de capitais e das atividades de investimento (e.g.
37
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em
implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito
Agrícola.
2 European Securities and Markets Authority
38
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
II. CREDITO AGRICOLA: EVOLUÇÃO RECENTE
2.1. RESULTADO E BALANÇO
2.1.1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)
Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 ‐80.584 ‐16,1%
Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%
Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%
Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%
Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 ‐529.195 ‐12,4%
Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%
Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%
Total Activo 13.266.600 13.056.712 ‐209.888 ‐1,6%
Passivo + Capital
Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 ‐490.565 ‐43,9%
Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%
Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 ‐22.125 ‐15,5%
Outros Passivos 219.011 168.118 ‐50.893 ‐23,2%
Total Passivo 12.098.264 11.884.166 ‐214.098 ‐1,8%
Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%
Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 ‐209.887 ‐1,6%
Balanço
2014 2015Variação
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 ‐56.833 ‐12,4%
Juros e encargos similares 208.789 155.052 ‐53.737 ‐25,7%
Margem Financeira 248.225 245.129 ‐3.096 ‐1,2%
Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%
Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 ‐69.778 ‐40,6%
Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%
Produto Bancário 554.378 502.756 ‐51.622 ‐9,3%
Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%
Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%
Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 ‐146 ‐0,1%
Amortizações 14.190 13.170 ‐1.021 ‐7,2%
Provisões e imparidades 200.507 126.675 ‐73.832 ‐36,8%
Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%
Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 ‐10.134 ‐35,1%
Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%
2014 2015Variação
39
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio
confirmar a fase de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o
crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um
crescimento de 1,7% e 1,8% respetivamente.
Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu‐se a uma redução do nível de
alavancagem das famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do
crédito em 4,2%, sendo nas famílias de ‐3,6% e nas empresas de ‐5,0%.
O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em
2015 do negócio bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de
euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em
3,5%.
41,3
1,5
24,5
56,5
2012 2013 2014 2015
Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)
Valores em milhões de euros
Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar‐15 jun‐15 set‐15 dez‐15
Caixas Associadas 9 18 28 50
Caixa Central 13 1 2 5
SICAM (Consolidado) 22 20 31 57
Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o
produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta
sobretudo de uma redução significativa dos resultados de ativos financeiros disponíveis
para venda, justificado pela redução das mais‐valias, que em 2014 alcançaram 169,1
milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um
decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos
outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação
40
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
financeira das Caixas Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da
constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma
mais‐valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas
do Grupo.
Produto Bancário ‐ SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 251 248 245 ‐3 ‐1,2%
Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%
Resultado de operações financeiras* 79 171 99 ‐72 ‐42,0%
Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%
Margem Complementar 222 306 258 ‐49 ‐15,9%
Produto Bancário 473 554 503 ‐52 ‐9,3%
*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital
A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de
euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:
i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de
crédito a empresas;
ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não
compensada pela redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das
renovações;
iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito
(Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e
iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.
É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos
recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua
margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas
semelhantes às praticadas no mercado.
De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se
mantenha em 2016, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas
Associadas.
41
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%
1,89% 1,78%1,66%
1,53%1,40%
1,25%
0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% ‐0,05%
0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,02% ‐0,03% ‐0,04% ‐0,07% ‐0,12%
dez‐14 jan‐15 fev‐15 mar‐15 abr‐15 mai‐15 jun‐15 jul‐15 ago‐15 set‐15 out‐15 nov‐15 dez‐15
Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central
Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses
Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário
em 9,3%, o resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para
56,5 milhões de euros, resultante fundamentalmente de dois fatores: (i) da mais‐valia
criada com a venda das ações da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de
200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (‐36,8%) das provisões e imparidades
do exercício.
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 263 109 1 32 404
Caixa Central ‐18 22 98 116 100
SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503
Quanto aos custos de estrutura verificou‐se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros).
Este agravamento justifica‐se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de
euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais
administrativos (‐0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de
contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.
Evolução dos Custos de Estrutura ‐ SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%
Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%
Gastos Gerais Administativos 124 121 121 ‐0,1 ‐0,1%
Amortizações 15 14 13 ‐1,0 ‐7,2%
42
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de clientes 106 160 101 ‐59 ‐37%
Imparidade de outros activos 44 40 26 ‐14 ‐36%
Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 ‐73 ‐37%
Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%
Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. ‐
Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e
imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de
73 milhões de euros face a 2014. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido
registou‐se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8% em 2015,
prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta
matéria.
Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre clientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%
Crédito e juros vencidos 658 672 668 ‐4 ‐0,5%
Relativamente à estrutura de balanço, registou‐se uma redução de 1,6% no ativo total do
SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em
2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros),
este não foi suficiente para compensar a redução no valor das aplicações em títulos de
12,4% (‐529 milhões de euros face a 2014).
13.748
12.969
13.267
13.057
2012 2013 2014 2015
Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)
43
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o
crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou
3,4%, o que representa um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de
imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).
Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%
Imparidades 707 837 874 36 4,3%
Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%
O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do
reembolso ao Banco Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio
registou um aumento de 4 milhões de euros.
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219
Caixa Central 6.020 5.765 255
SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173
É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a
2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para
68,9%. Este nível do rácio de transformação é justificado pelo facto do montante dos
recursos de clientes ser significativamente superior ao valor do crédito a clientes,
mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do
praticado pela restante banca em Portugal.
44
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %
Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%
Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%
Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. ‐
Evolução do crédito e recursos de clientes
2.1.2. Outros Factos Relevantes
Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois
conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta
instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento
perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente
nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela
Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o
segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas
também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na
categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas,
donde se destacam:
O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do
“Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo
financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;
45
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector
hortofrutícola;
A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior)
com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano
consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo,
para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;
O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo,
realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a
Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de
entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria
& Horexpo Lisboa 2015”;
A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva,
tendo, em 2015, sido desenvolvida uma ação de formação e apoio à instalação frutícola
destinada a empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou
reconverter a sua exploração agrícola.
Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis
distinções em diversas áreas: banca, seguros e
fundos de investimento. O Banco foi considerado,
pela revista britânica The Banker, no seu estudo
“Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a
operar em Portugal e o primeiro de capitais
exclusivamente nacionais.
A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo
Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a
Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo
realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.
O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela
Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA
46
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento
Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.
Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que
representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a
evolução semestral do volume de transações realizadas no serviço Balcão 24, que registou
um crescimento de 6% face a igual período de 2014.
No ano 2015, registou‐se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%,
passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de
decréscimo verificada no mercado (‐2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota
de mercado em 0,5 p.p. O número de transações em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em
2015.
A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma
evolução positiva, verificando‐se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a
2014) e do número de transações efetuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA &
Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um
crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático
do Crédito Agrícola.
Durante o ano de 2015 verificou‐se um aumento da carteira global de cartões de
pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a
carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um
crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e
0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano
2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transações com cartões (+8,1%),
assim como, um aumento do volume de transações em valor (+6,3%).
No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento
institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação
Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um
47
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social
associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.
Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas ações juntos dos meios
de comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de
entrevistas individuais concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos
meios de comunicação.
Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro‐campanhas:
“Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objetivo promover as
soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e
“CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem‐se a ganhar
passagens áreas duplas para a Europa.
O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a
sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao
target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano
com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.
Em 2015 registaram‐se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola
(+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por
5.499.609 visitantes únicos.
Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio
a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de
Economia”. Tratando‐se de um programa sobre a atualidade
financeira com um formato diferenciador transmitido
diariamente no canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000
telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.
Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de
patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como:
Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;
48
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016,
em motociclismo;
João Ruivo, Vice‐Campeão Nacional de Rali na Categoria I;
Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro
Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de
Contra‐relógio, na categoria de cadetes;
33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;
Entre outros eventos e atletas.
A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as
quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e
Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos
Populares em Paris.
49
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1 – EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO DA CCAM PAREDES, C.R.L.
51
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.1 ‐ VOLUME DE NEGÓCIOS
No quadros seguintes, expomos toda a interação implementada com a Caixa Central
(departamento de dinamização do negócio), e permite‐nos verificar que toda a atividade
comercial resultou de forma positiva, não fosse a comercialização de fundos e a atividade
crediticia no segmento de empresas, não ter atingido o nivel anteriormente objetivado,
teriamos feito o pleno em termos de cumprimento de todas as rubricas (24), acordadas
com a Caixa Central.
O total dos recursos da Caixa, tiveram uma evolução de 6,38%, ultrapassando os 78
milhões de euros, conforme se pode aferir no quadro abaixo, onde inclui toda a atividade
comercial da institutição em termos de captação de recursos (inclui os produtos fora do
balanço).
Actividade Comercial (Recursos)
Indicador 2014-12-31 2015-10-31 2015-11-30 2015-12-31 Variação período
homólogoRecursos de Clientes e Outros Empréstimos 65.626.765 € 66.669.761 € 66.814.884 € 69.046.576 € 5,21 %Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 0 € 0 € 0 € 0 € 0,00 %Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 1.444.176 € 1.523.548 € 1.543.215 € 1.661.271 € 15,03 %Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management)
569.832 € 737.928 € 789.974 € 806.658 € 41,56 %
Seguros de Capitalização CA Vida 5.719.069 € 6.363.479 € 6.450.075 € 6.528.320 € 14,15 %TOTAL 73.359.842 € 75.294.716 € 75.598.147 € 78.042.825 € 6,38 %
52
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
53
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.2 – PLANO DE AÇÃO COMERCIAL No quadro abaixo, apresentamos o plano que acompanhamos periodicamente, adaptando
com a Caixa Central sempre que necessário, conforme as prioridades e estratégias
definidas.
1.3 – CRÉDITO
1.3.1 ‐ CRÉDITO CONCEDIDO
Continuamos a adotar critérios prudentes na análise de risco, privilegiando a capacidade
dos mutuários em termos de geração de rendimentos futuros, isto é, mutuários com maior
qualidade creditícia, em detrimento dos mutuários sem viabilidade económica. No entanto
conseguimos um crescimento do crédito concedido de 4.21% em relação ao ano anterior.
Infelizmente, continuamos com um reduzido rácio de transformação (crédito
total/depósitos), a rondar os 68%. Em termos de garantias reais, foi nossa preocupação
continuar a reforçar as garantias das operações de crédito, prova disso, foi o aumento das
mesmas em quase dois por cento.
54
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.3.2‐CRÉDITO VENCIDO Como já referimos, assistimos durante o ano 2015 a alguma deterioração da carteira de
crédito. O rácio do crédito em incumprimento atingiu o valor, definido para nós como
limite, de 5%.
No crédito vencido líquido, o rácio chegou aos 1,4% mais 15,70% do que o ano anterior. Em
termos de provisões para o crédito vencido, continuamos com um grau de cobertura
reforçado de 74%.
55
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.4 – RECURSOS Os recursos totais dos clientes, continuam a evoluir positivamente, com um crescimento de
5,12% referente ao período homólogo. Assim o total de depósitos ultrapassou os 69
milhões de euros. Voltamos a verificar, que ano após ano, a Caixa volta a ser um refúgio
para as famílias e empresas da região, pois mesmo com as taxas muito perto do zero,
continuam a procurar a sua Caixa Agrícola para fazer as suas poupanças.
O valor total dos depósitos à ordem, já representa perto de 30% do valor total dos
recursos.
0 €
10.000.000 €
20.000.000 €
30.000.000 €
40.000.000 €
50.000.000 €
60.000.000 €
70.000.000 €
2011 2012 2013 2014 2015
Depósitos à Ordem
Poupanças e DPs
Recursos
56
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.5 ‐ ATIVIDADE SEGURADORA
1.5.1‐SEGUROS DE RAMOS REAIS
A carteira dos seguros de ramos reais, teve uma evolução muito positiva, atingindo no final
do ano € 616.072,16, o que corresponde a um crescimento de mais de 8% em relação ao
ano anterior.
1.5.2‐SEGUROS DO RAMO VIDA
Também nesta componente de negócio, complementar à nossa atividade, tanto ao nível de
captação de recursos (seguros de capitalização), como os seguros de vida risco, a Caixa
cumpriu os objetivos negociados com a CA Vida, em 114,5%, chegando a um valor total de
comercialização destes produtos, de €1.475.077,20.
57
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.6 ‐ CA GEST – Fundo Investimento Mobiliário
A comercialização de fundos mobiliários, não teve o comportamento desejado, no entanto
a carteira cresceu durante o ano 2015, 15,03%.
1.7 ‐ Fundo Investimento Imobiliário Em relação ao nosso fundo imobiliário, CA Património Crescente, no ano 2015 a
comercialização deste fundo, atingiu um valor a passar os 800 mil euros, o que
corresponde a um crescimento de 41,50% em relação ao ano anterior
58
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.8 ‐ LOCAÇÃO FINANCEIRA
Nesta atividade creditícia da Caixa, depois de um pequeno resfriar de produção deste tipo
de produto, que se vinha a verificar nos últimos anos, fruto da própria conjuntura,
verificamos agora uma pequena recuperação na procura deste tipo de operações. Assim,
chegamos ao final de 2015 com a carteira de leasing a ultrapassar um milhão de euros.
59
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2‐INDICADORES, EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE DA CCAM DE
PAREDES, CRL.
61
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2.1 – RÁCIOS NORMATIVOS DA CAIXA CENTRAL
Seguindo o quadro de rácios normativos da Caixa Central, verificamos, que conseguimos
cumprir com um dos grandes objetivos desta gestão, conseguir estar dentro das
recomendações da organização que nos superintende. Este era um objetivo estrela, que foi
plenamente atingido.
De referir em especial o rácio de eficiência, que para uma organização de reduzida
dimensão e a exercer uma atividade altamente regulamentada, com exigências prudências,
e de Compliance muito elevadas, sempre se torna muito difícil conseguir uma eficiência
enquadrada dentro do parâmetro exigido, no entanto, conseguimos um rácio “cost to
income” de 57,72%, evidenciando uma clara tendência de melhoria da eficiência na gestão
do negócio (maior produto bancário global e não crescimento do total dos custos
operacionais).
Rácios Normativo Caixa Central Unidade: €uro
Rácio Orientação 31-12-2011 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015
Variação período
homologo Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido
≤ 3% 2.43 % 4,04 % 1,93 % 1,21 % 1,40 % 15,70%
Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total
≤ 5% 2.27 % 5,67 % 4,28 % 4,10 % 4,53 % 10,49%
Rácio de Eficiência
< 60% 66.68 % 62,35 % 60,04 % 61,91 % 57,72 % -6.77%
Produtividade: > €
3.000.000 3.070.789 € 3.334.319 € 3.391.510 € 3.496.427 € 3.907.167 € 11,75% Ativo Líquido/Nº Empregados Produto Bancário/Nº Empregados
> € 110.000 122.909 € 128.191 € 139.783 € 141.747 € 155.302€ 9,56%
Comissões Líquidas/Produto Bancário
> 20% 39.86 % 42,76 % 36,86 % 36,16 % 35,98 % -0,50%
Garantias obtidas para o crédito concedido
Reais > 65% 70.64 % 72,15 % 75,70 % 76,42 % 77,88 % 1,91%
Rácio de Transformação
< 85% 83.55 % 77,09 % 73,00 % 70,67 % 68,31% -3,34%
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2.2 ‐ EVOLUÇÃO DO RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO
Mesmo com a forte dinâmica que se verificou durante o ano a que este relatório se
reporta, no crédito concedido, continuamos com o valor do rácio de transformação muito
baixo, pouco mais do que sessenta e oito por cento.
2.3 ‐ EVOLUÇÃO DO ROA, ROE E RÁCIO DE SOLVABILIDADE Conforme podemos ver no quadro seguinte, a Caixa confirma a sua tradicional capacidade
de, perante todas as adversidades, conseguir níveis de rentabilidade e rendibilidade, de
elevada relevância, bem acima da média do SICAM.
O rácio de solidez “Common Equity Tier 1” (uma relação entre o capital próprio e os ativos
ponderados pelo risco) fixou‐se acima dos 26%, valor que ultrapassa em muito o mínimo
exigido pelo BCE, que é de 8%.
De referir que os valores apresentados no quadro abaixo, a partir de 2014, já reflete o rácio
devidamente enquadrado no novo regulamento comunitário (EU) nº.575/2013 de 26 de
junho de 2013.
Rácios 2011 2012 2013 2014 2015
Roa 0,81 0,45 0,39 0,84 0,98
Roe 6,60 3,81 3,25 6,95 8,04
Rácio Solvabilidade (CET 1)
22,30 21,80 23,90 25,00 26.00
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2.4 – MARGEM FINANCEIRA Sendo esta a componente mais relevante e decisiva no âmbito do produto bancário,
merece sempre permanente e especial atenção no desenvolvimento de toda a nossa
gestão. Prova disso e como resultado, verificamos que, não obstante estarmos a viver uma
conjuntura inédita de taxas de juro de nível muito baixo, conseguimos uma evolução
favorável em relação ao ano anterior de mais 14%.
2.4.1 – MARGEM COMPLEMENTAR O comportamento desta margem, também teve um crescimento acima dos 9%,
principalmente fruto das comissões recebidas pela nossa atividade de banca/seguros,
tendo recebido de comissões das nossas duas companhias CA Seguros e CA Vida,
€154.904,00 e €88.249,00 respetivamente e que correspondeu na sua totalidade mais
€73.000,00 do que no ano anterior.
0 €
500.000 €
1.000.000 €
1.500.000 €
2.000.000 €
2.500.000 €
2011 2012 2013 2014 2015
Margem Financeira
64
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2.4.2 – PRODUTO BANCÁRIO
O ano 2015 cifrou‐se por um crescimento de mais de 9,5%, como atrás referimos, este
desenvolvimento, foi essencialmente influenciado pelo fantástico comportamento da
margem financeira, que já representa quase 65% de todo o produto bancário.
2.5 ‐ RECURSOS HUMANOS
2.5.1 ‐ CUSTOS COM O PESSOAL
Conforme expectávamos e já previsto em orçamento e depois de termos conseguido
reduzir em 2014 quase 3% dos custos, o ano 2015 teve um crescimento de 8%, influenciado
por vários fatores, a saber: Utilização de estágios profissionais, atribuição de prémios de
antiguidade em cumprimento com o ACTV, subidas de níveis (uns por obrigatoriedade,
outros por mérito e alteração de funções) e algumas atribuições de isenção de horário.
900.000 €
950.000 €
1.000.000 €
1.050.000 €
1.100.000 €
1.150.000 €
1.200.000 €
1.250.000 €
2011 2012 2013 2014 2015
MargemComplementar
0 €
500.000 €
1.000.000 €
1.500.000 €
2.000.000 €
2.500.000 €
3.000.000 €
3.500.000 €
4.000.000 €
2011 2012 2013 2014 2015
Produto Bancário
65
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Mesmo assim, temos conseguido não aumentar o quadro do pessoal, continuando a “fazer
mais e melhor com os mesmos “.
2.5.2 – FORMAÇÃO Esta é uma das componentes mais importantes, para manter os níveis de profissionalismo
acima da média, consideramos os colaboradores com um ativo intangível da instituição,
capital intelectual, como um elemento fundamental na criação de valor da Caixa Agrícola
de Paredes.
Para além do normal apoio e patrocínio que a Caixa dá, também fomenta e incentiva os
quadros da Caixa que não têm formação académica superior, a frequentar um curso, a fim
de tirar uma licenciatura que lhe seja importante no exercício das funções ao serviço da
nossa Instituição.
Mais de 60 % dos elementos que compõem o quadro da Caixa já têm formação superior.
Durante o ano de 2015 os colaboradores participaram nas seguintes formações:
‐ Ação de divulgação e partilha – Auditorias Comuns SICAM;
‐ Ações de divulgação e partilha de conhecimentos – Seguros Não Vida;
‐ Ações de divulgação e partilha de conhecimentos – Seguros Não Vida e formação seguros
empresas;
‐ CA Comercial + ‐ E‐Learning;
‐ CA Comercial + Presencial – Coordenadores Comerciais;
‐ Conhecimento moeda metálica do Euro 2015;
‐ Conhecimento da Nota Euro 2015;
‐ Curso de fundamento da banca;
‐ Formação “CA GPS”;
66
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
‐ Formação adoção do regime FATCA – E‐Learning;
‐ Formação CA Seguros – sistema operativo (COGEN) e aplicações;
‐ Mediador de seguros ligado;
‐ Portal e compras do Crédito Agrícola;
‐ Prevenção Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2014‐A;
‐ Prevenção Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2014‐B;
‐ Projeto PMO Strem 4.1. – Dossier Digital de Cliente;
‐ Recuperação de Crédito <90 dias;
‐ S.A. Demostração da aplicação SAVE – Sistema de apoio à venda e emissão – Seguros Não
Vida;
‐ S.E. “ Aplicação Service Desk CAS – Portal de registo de pedidos de serviços e incidentes;
‐ Saberes + ‐ módulo OBG;
‐ Saberes + ‐ Módulo Sistemas Informáticos RURIS;
‐ Sessões de apresentação “Controlo Interno”;
‐ Sessões de apresentação – Nova Lei Impacto no CAPC;
‐ Sessões de apresentação – PBC‐FT e Gestão de Reclamações;
‐ Sessões de apresentação “ Ferramenta de Recuperação JVRIS”;
‐ Sessões de apresentação e Divulgação – Seguros Agrícolas;
‐ Sessões de apresentação Fundo de Investimento Mobiliário Aberto e Flexível – CA
Flexível;
‐ Sessões de apresentação sobre mapas FINREP individual;
‐ Sessões de esclarecimento “Alterações Regime Fiscal Fundos de Investimento”.
2.5.3 ‐ GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Ao contrário do que aconteceu nos custos com o pessoal, nesta rubrica dos custos
operacionais e de funcionamento, depois de o ano 2014 se cifrar por um aumento acima
dos 12 por cento, exercemos uma forte pressão, sobre a globalidade dos gastos gerais a
ponto de chegarmos ao fim do ano, com uma redução em relação ao ano anterior no valor
de quase 3%.
67
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2.6 ‐ EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS
Relativamente ao resultado líquido da Caixa, apraz verificar, que esta continua com
capacidade de criar resultados. No exercício de 2015 a Caixa atingiu um resultado muito
perto dos 800 mil euros, mais de 26% do que no ano anterior.
Para a nossa organização, o resultado é muito importante, pois é certo que praticamente
na sua totalidade tem como destino o reforço dos capitais da Caixa.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
3‐SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL DA CCAM PAREDES, CRL.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
3.1 ‐ EVOLUÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO
Conforme verificamos, a manutenção da rentabilidade a níveis elevados, não tem sido
afetada pela também evolução positiva que o ativo da Caixa tem vindo a verificar nos
últimos anos. O aumento em relação ao ano anterior de mais de 2 dígitos, elevou o valor
muito perto dos 86 milhões de euros. Para além da normal atividade da Caixa, que permite
o crescimento gradual em termos estruturais e de balanço, também o facto de podermos
ser contemplados com uma linha de refinanciamento (TLTRO) do Banco Central Europeu,
estando a nós disponibilizado um valor de mais de 5 milhões de euros, influenciou o
aumento do ativo.
3.2 ‐ APLICAÇÕES NA CAIXA CENTRAL
As aplicações dos nossos excedentes na Caixa Central, cresceram acima dos 26%, atingindo
um saldo em final do ano no valor de €34.296.997,00. Isto deve‐se ao facto de, tendo sido
um ano de forte dinâmica na atividade creditícia, não tem sido suficiente para elevar os
níveis de transformação, que continuam muito baixos.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
3.3 ‐ EVOLUÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS
3.3.1 – EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
O capital social teve um aumento de €478.475,00, o que correspondeu a um crescimento
de quase 8%. Atingiu um valor de €6.606.107,00, consequência da incorporação de
reservas livres para reforço de capital, aprovado em Assembleia Geral de 31 de março de
2015 e de entrada de novos sócios e subscrição de títulos por parte dos mesmos (ver
quadro de movimento dos sócios).
Movimento Sócios durante o ano de 2015
Sócios existentes em 31-12-2014 2701Sócios Admitidos durante o ano de 2015 299Sócios Demitidos durante o ano de 2015 95Sócios Exonerados durante o ano 2015 36Sócios Existentes em 31-12-2015 2905
3.3.2 – EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO LIQUIDA
O exclusivo destino dos lucros gerados pela Caixa é o reforço da sua situação líquida. O
estatuto, missão e seus valores assim o exigem fazendo com que nos torne sempre mais
fortes e com elevados níveis de solvabilidade. A Caixa atingiu no final do ano, um valor de
€10.544.566,00, mais de 9,50% do que no exercício anterior.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
4 – PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS DA CCAM DE
PAREDES, CRL
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
De acordo com os estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação dos
resultados líquidos do exercício no montante de €783.498,52 para:
a) Reserva Legal……………………………………………………………………………………………€156.699,70
b) Reserva para Educação e Formação Cooperativa……………………………………….. €7.834,99
c) Reserva para Mutualismo………………………………………………………………….……….. €7.834,99
d) Reserva para remuneração dos Títulos de Capital‐‐………………………………….…€50.000,00
e) Resultados transitados *………………………………………………………………….……….....€6.628,00
f) Reservas Livres……………………………………………………………………………………..…. €554.500,84
O Conselho de Administração propõe à Assembleia, a remuneração do Capital detido pelos
Associados à taxa de 2% ao ano, utilizando para o efeito o valor de €54.000,00 das Reservas
Livres e que a remuneração seja convertida em títulos de capital.**
O Conselho de Administração propõe ainda à Assembleia, que nos termos da Alínea d) do
nº. 2 do art.º 8, dos estatutos desta Caixa, a transferência de €350.000,00 (Trezentos e
cinquenta mil euros) das reservas livres, para reforço do Capital Social.
*Para cobertura do saldo negativo, resultante da alteração de políticas contabilísticas – IAS
19 (encargos com pensões).
**Sujeita a autorização do Banco de Portugal (Recomendação do BCE)
Paredes, 17 de fevereiro de 2016
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Vitor Manuel Ferreira Silva
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
5 – NOTA FINAL
75
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
O Conselho de Administração, declara aqui o seu apreço a todos os intervenientes, que de
forma direta ou indireta, muito contribuíram para a obtenção dos objetivos propostos e
valorização dos resultados alcançados, destacando‐se em especial:
‐todos os colaboradores, pela dedicação e competência demonstrada no exercício das suas
funções;
‐ Sócios e clientes pela preferência que nos têm concedido;
‐ À federação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM);
‐ À Caixa Central;
‐ Ca Seguros, CA Vida, CA Gest, CA Serviços e CA Informática;
‐ Banco de Portugal;
‐ Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo;
Paredes, 17 de Fevereiro de 2016
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
António Francisco Coelho Pinheiro
Rui Manuel Moreira Coelho
Vítor Manuel Ferreira Silva
76
78
79
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
6 – ANEXOS
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Paredes) é uma instituição de crédito constituída em 23 de Janeiro de 1987 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avª Comendador Abílio Seabra n.º 138, em Paredes e através de uma rede de 7 balcões situados nos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira. Os eventos mais relevantes que ocorreram na Caixa durante o ano 2015 e que tiveram impacto nas contas da CCAM, foram os seguintes: - Incorporação de reservas no capital próprio; - Obras em 3 balcões. - Aumento substancial no ativo e passivo da Caixa na ordem de quase 5 milhões de euros, resultante das Linhas de Refinanciamento (TLTRO) do Banco Central Europeu.
“Nota: Acontecimentos após a data de balanço As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 17 de Fevereiro de 2016. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral. Entre a data de balanço e a data de autorização para emissão das demonstrações financeiras não foram recebidas quaisquer informações acerca de condições que existiam à data de balanço, pelo que não foram efetuados ajustamentos das quantias reconhecidas nas presentes demonstrações financeiras”.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e
contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro-rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das
operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo
deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento
do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.
Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo
com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2015, estão pendentes de
aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como
as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.
Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo
com as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras pró-forma).
2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações
financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios
A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
87
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao
câmbio de "fixing" da data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no
período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo
são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto no IAS 21.
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra-patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.
88
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações
introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que
apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a
créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se
verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos
mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez
anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos
da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a
classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos ativos financeiros e extra-
patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com exceção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis
na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;
- Das participações financeiras;
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do
artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que
cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens
fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.
iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a
riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à
totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a
particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou
operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da
provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros
decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros ativos e passivos financeiros
Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,
passivos financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável
transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.
Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de
rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao
justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e
o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com
este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em
mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros
futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com
base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.
ii) Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e
dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.
Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com
exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o
custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na
data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
iv) Empréstimos e contas a receber
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros.
v) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,
depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de
Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
Em 2015, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de
Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de 0 Euros, descritos na Nota 32.
vi) Imparidade em ativos financeiros
A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção
de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as
perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação
de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas
por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.
No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de
imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a
perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extra-patrimoniais pelo respetivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:
Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que
respeita a futuros transacionados em mercados organizados); Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no
mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
As caraterísticas económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e
A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo
valor, com as variações no justo valor refletidas em resultados.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objetivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à atividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspetos:
Objetivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação
de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do(s) risco(s) coberto(s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
Mensalmente, são efetuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efetuados testes de eficácia prospetivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflete igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é refletido em rubricas de “Resultados em ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são refletidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no ativo e passivo, respetivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são refletidas nas rubricas onde se encontram registados esses ativos e passivos.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados
ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas
eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente.
g) Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objetivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são refletidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.
h) Outros ativos tangíveis
Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.
A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:
Anos vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Ativos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da Caixa. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
i) Ativos tangíveis disponíveis para venda
Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expetável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual; Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano
após a classificação do ativo nesta rubrica.
Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.
j) Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).
k) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida . De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:
Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,
assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à
data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção da IAS 19.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
l) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e
passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por
empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.
m) Locação financeira Os ativos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.
3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS- Não aplicável
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a totalidade dos
elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efetuadas em Portugal.
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a segmentação dos
resultados da Caixa por linhas de negócio é a seguinte:
Dezembro 2014Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total
Margem financeira 1.942.796 - - - 1.942.796
Rendimentos de instrumentos de capital 2.003 - - - 2.003
Resultados de serviços e comissões 1.127.606 - - - 1.127.606
Outros resultados de exploração e outros 46.037 - - - 46.037
Produto bancário 3.118.443 - - - 3.118.443
Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (1.851.991) - - - (1.851.991)
Amortizações do exercício (78.602) - - - (78.602)
Provisões e imparidade (395.022) - - - (395.022)
Resultado antes de impostos 792.828 - - - 792.828
Impostos (170.799) - - - (170.799)
Resultado líquido do exercício 622.029 - - - 622.029
Activos financeiros detidos para negociação - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda 150 - - 150
Aplicações em instituições de crédito 27.181.012 - - - 27.181.012
Crédito a clientes 43.146.774 - - 43.146.774
Recursos de outras instituições de crédito 691.026 - - 691.026
Recursos de clientes e outros empréstimos 65.626.765 - - - 65.626.765
dez-15Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total
Margem financeira 2.216.127 - - - 2.216.127
Rendimentos de instrumentos de capital 2.004 - - - 2.004
Resultados de serviços e comissões 1.229.417 - - - 1.229.417
Outros resultados de exploração e outros (30.905) - - - (30.905)
Produto bancário 3.416.643 - - - 3.416.643
Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (1.897.521) - - - (1.897.521)
Amortizações do exercício (74.438) - - - (74.438)
Provisões e imparidade (399.607) - - - (399.607)
Resultado antes de impostos 1.045.077 - - - 1.045.077
Impostos (261.578) - - - (261.578)
Resultado líquido do exercício 783.499 - - - 783.499
Activos financeiros detidos para negociação - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda 314 - - 314
Aplicações em instituições de crédito 34.296.997 - - - 34.296.997
Crédito a clientes 44.842.942 - - 44.842.942
Recursos de outras instituições de crédito 5.193.932 - - 5.193.932
Recursos de clientes e outros empréstimos 69.046.576 - - - 69.046.576
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Caixa:Moedas nacionais 657.840 477.375 Moedas estrangeiras - -
657.840 477.375
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -
- -
Juros a receber - -
657.840 477.375
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 274.945 720.703Cheques a cobrar 970.189 755.758Outras disponibilidades - -
1.245.134 1.476.461
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais
Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Juros a Receber 89 111
1.245.224 1.476.573
7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS - Não aplicável 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
TítulosEmitidos por residentes
Instrumentos de dívida -Fundo Compensaçao Trabalho 150 314Instrumentos de capital - -Outros - -
Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -
Crédito e outros valores a receber - -
Imparidade - -
150 314
101
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015Aplicações em Instituições de Crédito no País:
No Banco de Portugal:Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -
- -Em outras instituições de crédito:
Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 26.934.852 34.110.188Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações 246.161 186.809
27.181.012 34.296.997Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:
Bancos Centrais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -
- -Organismos financeiros internacionais:
Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
- -27.181.012 34.296.997
Provisões - -27.181.012 34.296.997
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2014 31-12-2015
Até três meses 693.964Entre três meses e um ano 6.200.000 5.450.000Entre um ano e três anos 18.493.088 28.096.088Entre três e cinco anos 983.700Mais de cinco anos 564.100 564.100
26.934.852 34.110.188Juros a receber 246.161 186.809
27.181.012 34.296.997
102
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Crédito internoMédio e longo prazos
Empréstimos à habitação bonificado 2.960.796 1.546.429Empréstimos à habitação regime geral 8.108.419 11.162.613Empréstimos com garantia real 19.726.284 20.777.689Empréstimos sem garantia real 8.393.512 7.534.460Contratos de locação financeira
Clientes-consorcio - 129.949CCAM -Empresas do grupo
Empréstimos não subordinados-Galp Energia 500.000 500.000Curto prazo
Outros créditosCartão crédito 138.588 169.347Outros créditos (desconto s/Gar real) 284.932 183.351
Créditos em conta correnteClientes(com garantia real) 1.120.000 896.500Clientes (sem garantia real) 1.405.262 1.235.830
Descobertos em depósitos à ordem 43.401 21.925
Empresas do grupo - -Outros residentes - -
42.681.194 44.158.093Crédito ao exteriorMédio e longo prazo
Empréstimos 162.506 334.903Curto prazo
Outros créditosDescobertos dep.ordem - não residentesOutros créditos a clientes - 1.391
162.506 336.294
Juros a receber 127.565 96.533
Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido (181.882) (202.051)
(181.882) (202.051)
Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -
Total crédito não vencido 42.789.382 44.388.868
Crédito e juros vencidosCrédito vencido 1.869.659 2.201.483Juros vencidos 234.495 194.208Total crédito e juros vencidos 2.104.153 2.395.691
44.893.536 46.784.559
ProvisõesPara crédito e juros vencidos (1.584.098) (1.772.697)Para crédito de cobrança duvidosa (162.664) (168.919)
(1.746.762) (1.941.616)
43.146.774 44.842.943
103
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 368 683 Euros e 393 550 Euros, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:
31-12-2014 31-12-2015
Até três meses 3.293.291 2.234.638Entre três meses e um ano 2.967.245 2.473.329Entre um ano e cinco anos 5.845.248 6.745.929Maior de 5 anos 30.058.163 32.932.001Duração indeterminada 2.729.588 2.398.662
44.893.536 46.784.559
12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE - Não aplicável 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA – Não aplicável 14. DERIVADOS DE COBERTURA – Não aplicável
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.195.779 1.195.779Equipamento - -Outros - -
1.195.779 1.195.779
Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -
- -
1.195.779 1.195.779Imparidade:
Imóveis (50.555) (123.055)Equipamento - -Outros - -
1.145.225 1.072.725
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e de 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:
104
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações e imparidadde imparidadede imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.257.547 (50.555) 780.212 (841.980) - - 1.195.779 (50.555) 1.145.225Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
1.257.547 (50.555) 780.212 (841.980) - - - 1.195.779 (50.555) 1.145.225
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações e imparidadde imparidadede imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.195.779 (50.555) - 1.195.779 (123.055) 1.072.725Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
1.195.779 (50.555) - - - - - 1.195.779 (123.055) 1.072.725
31-12-2013 31-12-2014
31-12-2014 31-12-2015
16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO – Não aplicável 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e de 2015 foi o seguinte:
31-12-2014
Valor Amortizações Amortizações Alienações ValorDescrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Imóveis: De serviço próprio:
Terrenos 228.687 - - 70.000 - - - - - 298.687Edificios 811.388 (124.333) - - - (16.213) - - - 670.842Outros 142.186 (12.797) - - - (2.844) - - - 126.545
Obras em imóveis arrendados 173.343 (26.404) - - - (17.334) - - - 129.604 Outros imóveis - - - - - - - - - -
1.355.604 (163.534) - 70.000 - (36.391) - - - 1.225.678
Equipamento: Mobiliário e material 166.618 (133.874) - - (11.909) - - - 20.835 Máquinas e ferramentas 192.497 (170.621) - - (8.338) - - - 13.538 Equipamento informático 48.213 (48.163) - - - (50) - - - (0) Instalações interiores 407.363 (394.432) - - - (2.630) - - - 10.301 Material de transporte 121.254 (56.151) - - - (6.983) - - 58.121 Equipamento de segurança 139.090 (89.539) - 3.646 - (9.601) - - - 43.597 Outro equipamento 45.568 (42.868) - - - (2.700) - - - 0
1.120.603 (935.647) - 3.646 - (42.210) - - - 146.392
Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - -
Outros activos tangíveis: Patrimonio artistico 6.800 - - - - - - - - 6.800
-Activos tangíveis em curso - - - - - - - - -
2.483.007 (1.099.181) - 73.646 - (78.602) - - - 1.378.870
31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Imóveis: De serviço próprio:
Terrenos 298.687 - - - - - - - 298.687Edificios 811.388 (140.546) - - - (16.213) - - - 654.629Outros 142.186 (15.641) - - - (2.844) - - - 123.702
Obras em imóveis arrendados 173.343 (43.738) - (17.334) - - - 112.270 Outros imóveis - - - - - - - -
1.425.604 (199.925) - - - (36.391) - - - 1.189.287-
Equipamento: - Mobiliário e material 166.618 (145.783) - 65.544 - (10.439) - - - 75.940 Máquinas e ferramentas 192.497 (178.959) - 4.640 - (5.876) - - 12.303 Equipamento informático 48.213 (48.213) - - - - - - Instalações interiores 407.363 (397.062) - 32.763 - (4.497) - - - 38.567 Material de transporte 121.254 (63.133) - 52.500 - (7.858) - - (9.000) 93.763 Equipamento de segurança 142.736 (99.139) - - (9.377) - - - 34.220 Outro equipamento 45.568 (45.568) - - - - - - -
1.124.249 (977.857) - 155.447 - (38.047) - - (9.000) 254.793-
Equipamento em locação financeira: -Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - --
Outros activos tangíveis: - Pareimonio artistico 6.800 - - - - - - - - 6.800
-Activos tangíveis em curso - - - - - - - - -
-2.556.653 (1.177.783) - 155.447 - (74.438) - - (9.000) 1.450.880
31-12-2013
31-12-2014
105
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Nota: Durante o ano de 2015, a CCAM decidiu proceder ao abate de bens que se encontravam obsoletos e sem uso, não tendo estes qualquer impacto nas demonstrações financeiras em termos líquidos por se encontrarem totalmente amortizados (valores brutos € 196.751,16). Procedemos também à troca de 3 viaturas, sendo que as viaturas retomadas tinham um valor residual de € 9.000,00, assim como vendemos algumas máquinas que também já não estavam a uso e se encontravam totalmente amortizadas. Ou seja, tivemos uma baixa na conta de ativos tangíveis no montante de € 244.066,47. 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS – Não aplicável
19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço
Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014
CCCAM Financeira C 0,437350926 1.324.340 1.324.340Fenacam Comercio e Serviços C 0,005040932 25 25CA Seguros Seguradora C 0,000277778 50 50Ca Vida Seguradora C 0,29982 44.973 44.973CA Informatica Prestação Serviços C 0,065330661 4.401 4.401
1.373.789 1.373.789
Nota: Há uma imparidade registada no montante de € 7,28 para a participação na CA Seguros não evidenciada no mapa. Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido
Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 (186)CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900
* Valores em euros Nota: Dados em auditoria, podendo ainda ser alterados 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes:
31-12-2014 31-12-2015
Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 240.314 310.934Por prejuízos fiscais reportáveis - -
240.314 310.934
Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - -
240.314 310.934
Activos por impostos correntesPagamentos por conta 138.827 140.070Outros 501 501Imposto sobre o rendimento(est)
139.328 140.571
Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 15.104 181.310
154.432 321.882
106
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 foi o seguinte:
31-12-2014
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014
. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prémio de antiguidade 19.862 - (2.935) - - 16.927
. Encargos com saúde 207 - (17) - - 190
. Provisões não aceites f iscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa 30.002 - 6.539 - - 36.541
Provisões para crédito vencido 187.914 - (50.180) - - 137.734
Provisões para riscos gerais de crédito 37.839 - 3.708 - - 41.547
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para imóveis - - - - - -
Provisões para outras aplicações - - - - - -
Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. Pensões
Reformas antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
Custo não f iscalacumulado 14.007 (6.632) 7.375
. Reavaliação de imobilizado não aceite f iscalmente - - - - - -
. Reavaliação de instrumentos f inanceiros derivado - - - - - -
. Valias f iscais - - - - - -
. Prejuízos f iscais reportáveis - - - - - -
. Comissões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -
(…) -
289.831 - (49.518) - - 240.314
31-dez-15
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015
. Activos tangíveis e imparidade - - - -
. Activos intangíveis - - - -
. Prémio de antiguidade 16.927 4.228 - - 21.155
. Encargos com saúde 190 - - - 190
. Provisões não aceites fiscalmente: -
Provisões para cobrança duvidosa 36.541 - 911 - - 37.452
Provisões para crédito vencido 137.734 - 58.951 - - 196.685
Provisões para riscos gerais de crédito 41.547 - 5.595 - - 47.142
Provisões para riscos bancários gerais - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - -
Provisões para imóveis - - - -
Provisões para outras aplicações - - - -
Provisões para outros riscos e encargos - - - -
. Pensões
Reformas antecipadas - - - -
Desvios actuariais - - - -
Contribuição efectuada - - - -
Custo Não Fiscal acumulado 7.375 - (3.291) - - 4.084
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - -
. Valias fiscais - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis - - - -
. Comissões - - - -
. Correcções - Valor registado em duplicado (Premio a - - 4.228 - - 4.228
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - -
240.314 - 70.621 - - 310.935 Nota: O imposto diferido relativo ao aumento do prémio de antiguidade do ano 2015 (€ 4.227,98) foi registado em duplicado, no entanto já se encontra refletida a regularização no mês de Janeiro de 2016.
107
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:
dez-14 dez-15
Impostos correntes 154.432 321.882
Impostos diferidos 240.314 310.934Registo e reversão de diferenças temporárias 49.516 (70.620)Prejuízos fiscais reportáveis - -
49.516 (70.620)
Total de impostos reconhecidos em resultados 203.948 251.262
Lucro antes de impostos 792.828 1.045.077
Carga fiscal 25,72% 24,04%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções.
Contudo, na opinião do Conselho Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2015 pode ser demonstrada como segue:
Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante
Imposto apurado com base na taxa de imposto 21,00% 128.788 21,00% 185.518
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais (27.213) 56.833Premio Antiguidade (1.226) 3.946Multas+donativos não aceites 436 359Activos tangíveis e intangíveis(amotizações) 181Imparidade Imoveis 14.700Impostos Diferidos 10.272 (14.830)Diferenças permanentesContribuição Sector bancario 2.302 2.452Majoração Donativos (711) (601)Variações patrimoniais negativas (3.757) (8.021)Outras diferenças permanentes (189)Excesso estimativa+ Doc Explicativo f Pensoes (13.871) 1.012Correcções relativas a anos anteriores 11.390 3.918Imposto corrente sobre o lucro do exercício(estimado) 34.269 48.778
140.861 293.877Derrama 10.062 20.991Custo com imposto do exercício 150.923 314.868
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 3.509 7.014Impostos correntes sobre os lucros 154.432 321.882
31-dez-14 31-dez-15
No cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 (IRC) há que atender ao benefício do
Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho. Este
108
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
benefício consiste na dedução à coleta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas
de investimento em ativos afetos à exploração (despesas elegíveis) efetuadas entre 11 de
Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014 (com o limite de 70% da coleta do exercício).
Neste âmbito, não foram realizadas despesas elegíveis no referido período , o que não
permitiu beneficiar de uma dedução à coleta do IRC de 2014.
Adicionalmente, a Caixa de Paredes é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas
(Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime
aplicável, o ACE não apura coleta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus
membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à
coleta apurada pelos respetivos membros.
No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante
ao investimento efetuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de
informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de
apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um
ACE.”
21. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Outros ativos
Outros metais preciosos 210 210
Devedores por operações sobre futuros 0
Comissões a Receber-Leasing/Cartões 1.879
Outros 363
Bonificações a receber 8.385 738
Outros devedores diversos
Devedores Diversos- CCCAM 1.894
Devedores Diversos- CA Tesouraria 29.641
Devedores Diversos-CA/30/96 56.188 46.245
Comissões a receber-CA Seguros 54.944 100.700
Comissões a receber-CA Vida 50.929 60.907
Devedores Diversos-CA Serviços 3.703
Outros 2.931 1.805
175.832 245.844
Despesas com encargo diferido
Fundo de Pensões 13.250 6.622
Seguros 8.337 8.862
Rendas 1.500 1.500
Outras 0
Fenacam 415
23.087 17.399
Valores a regularizar
Operações ativas a regularizar(ATM+Rejeitados DO) 320.241 357.599
Outras operações a regularizar
IVA 2.308 1.293
Operaçoes a Regularizar-Transf Futuro 29.629 32.731
Economato
Efeitos em trânsito
Operaçoes a Regularizar-Sistemas Informaticos 317 292
Modulo Gestão Imobilizado 793
353.287 391.914
552.206 655.157
22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS - Não aplicável
23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável
109
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS –Não aplicável 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos-DP -Direitos Adicionais de CréditoEmpréstimos - -Depósitos TLTRO-CCCAM 690.964 5.193.334
Outros recursos -690.964 5.193.334
Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais
Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
- -
Correções de valor de ativos que sejam objeto de operações de cobertura - -
Juros a pagar 62 597
691.026 5.193.932 Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:
110
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
31-12-2014 31-12-2015
Até três meses 691.026 5.193.932Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -
691.026 5.193.932
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Depósitos À ordem 17.264.147 20.592.385A prazo 30.030.109 28.541.105De poupança 17.928.449 19.738.189
Outros recursos de clientesOutros (Depositos Consigna 701 3.680Cheques Visados 1.530 5.080
Juros a pagar 401.830 166.137
65.626.766 69.046.576
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2014 31-12-2015
Até três meses 35.074.641 32.059.495Entre três meses e um ano 29.729.435 18.433.434Entre um ano e três anos 388.555 17.212.372Entre três e cinco anos 32.305 905.388Mais de cinco anos 269.750Juros a Pagar 401.830 166.137
65.626.766 69.046.576 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS – Não aplicável
28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS –Não aplicável
29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA –Não aplicável
111
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2014 e 2015 foi o seguinte:
Saldos em Reposições e Saldos em
31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa 122.929 54.829 (15.094) - 162.664
- Crédito e juros vencidos 1.270.718 1.442.384 (1.129.005) - 1.584.097
- Risco-país - - - - - -
1.393.647 1.497.213 (1.144.099) - - 1.746.761
Provisões:
- Riscos gerais de crédito 338.476 72.927 (42.720) - - 368.683
- Outros riscos e encargos - - - - - -
- Riscos bancários gerais - - - - - -
338.476 72.927 (42.720) - - 368.683
Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros 7 - - - - 7
- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 50.555 - - 50.555
Outros activos tangíveis - - - - - -
Outros activos - - - - - -
50.562 - - - - 50.562
1.782.685 1.570.140 (1.186.819) - - 2.166.006
Saldos em Reposições e Saldos em
31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa 162.664 58.142 (51.886) - - 168.920
- Crédito e juros vencidos 1.584.097 893.639 (597.655) (107.385) - 1.772.696
- Risco-país - - - - - -
1.746.761 951.781 (649.541) (107.385) - 1.941.616
Provisões:
- Riscos gerais de crédito 368.683 75.683 (50.816) - - 393.550
- Outros riscos e encargos - - - - - -
- Riscos bancários gerais - - - - - -
368.683 75.683 (50.816) - - 393.550
Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros 7 - - - - 7
- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 50.555 72.500 - - 123.055
Outros activos tangíveis - - - - - -
Outros activos - - - - - -
50.562 72.500 - - - 123.062
2.166.006 1.099.964 (700.357) (107.385) - 2.458.228
31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL – Não aplicável 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS – Não aplicável
112
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015Credores e outros recursosSector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 68.709 46.801Contribuições para a Segurança Social 14.132 15.434Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.940
Cobranças por conta de terceiros 1.496 1.631Contribuições para outros sistemas de saúde 2.697 2.901Credores diversos
Fenacam 12.069 14.859CA Serviços 655 218
CA Informática 14.458 11.005 EDP 3.397 3.675 PT 3.305 3.765 Outros (inclui CCCAM) 7.884 11.620Outros Credores Contas Cativas -Penhoras e Entregas Contencioso) 33.805 37.834 Outros (inclui Cartão Befree/Sub, Refeição) 8.887 10.844 Entrega Fundo Pensões 33.175 Outros 16.382 14.186
Responsabilidades com pensões 14.818 13.009Encargos a pagarPor gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de ferias 104.684 103.793Prémio de antiguidade 75.231 94.022Outros 25.000 37.500
Por gastos gerais administrativos Outros (SROC;CA Serrv+CA Inf) 10.000 15.111Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 1.896 1.682Valores a regularizarOutras operações a regularizar Transferências electonicas Iva Liquidado 3.221 2.129 Meios eletrónicos pagamento-Mov Cartão 108.998 104.792 Compensação Cheques/Efeitos 20.715 46.241 Outros (14000-Rem Num de outra cx) 11.481 2.754
597.095 597.744
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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-12-2014 31-12-2015
Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 416.364 573.330Aceites e endossosCréditos documentários abertosGarantias Reais(activos dados em garantia) 151.775
Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis 1.443.900 1.672.999Compromissos revogáveis 1.013.123 1.969.946
Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores
Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 1.585.112 923.188Valores recebidos para cobrança 347.610 208.914Valores administrados pela instituição -Outras -
4.957.884 5.348.376 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a estrutura acionista da Caixa é a
seguinte:
N º de Valor N º de Valor acções Nominal % acções Nominal %
Accionistas: 2701 Socios (2014) e 2905 Socios (2015) 403.404 2.017.020 32,92% 449.099 2.245.495 33,99%
Títulos Próprios 822.135 4.110.675 67,08% 872135 4.360.675 66,01%1.225.539 6.127.695 100,00% 1.321.234 6.606.170 100,00%
31-12-201531-dez-14
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de ações próprias.
114
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36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De ativos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)
Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos 22.686 -3.063De ativos financeiros disponíveis para venda(…)
22.686 (3.063)Outros instrumentos de capital
Reserva legal 2.769.702 2.894.108Outras reservas 90.172 270.480Resultados transitados (9.560) (6.628) 2.850.313 3.157.960Lucro do exercício 622.029 783.499 3.495.029 3.938.395
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. .
115
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37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.195 441
Juros de outras disponibilidadesJuros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 718.360 571.899Crédito interno
Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 51.260 39.192Empréstimos 722.827 722.774Créditos em conta corrente 162.035 107.730Descobertos em depósitos à ordem 59.289 65.125Outros créditos-juros cartão crédito 2.560 2.017Operações de locação financeira 4.834
ParticularesHabitação
Outros créditos 266.359 286.271Consumo
Operações de locação financeiraOutros créditos 414.360 467.955
Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 5.171 1.845Empréstimos 549.179 452.715Créditos em conta corrente 18.269 12.129Descobertos em depósitos à ordem 24.983 26.941
2.995.847 2.761.867Crédito externo
ParticularesHabitação
Operações de locação financeira - -Outros créditos 10.307 12.590
Consumo 312Outras finalidades
Descobertos em depósitos à ordem 15 6 Juros -Papel comercial-Empresas residentes 17.171 16.010
Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes 1.656
Outros juros e rendimentos similares(Vencidos) 110.263 62.9783.135.259 2.853.763
116
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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Juros de recursos de outras instituições de créditono país 3.065 9.688no estrangeiro
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.189.394 627.948Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivadosJuros de derivados de coberturaJuros de passivos subordinadosOutras comissões pagas:
operações de crédito -Outros juros e encargos similares 4 -
1.192.463 637.636
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Ativos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -
- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No paísInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas (CA Seguros e Ca Vida) 2.003 2.004Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
2.003 2.004
Outros instrumentos de capital - -
2.003 2.004
117
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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31/12/2014 31/12/2015Por garantias prestadas
Garantias e avales 10.979 14.90310.979 14.903
Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 40.035 39.123Subscrição de títulosOutros compromissos irrevogáveis 1.925 1.774
Compromissos revogáveis - -41.960 40.897
Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -
- -Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores 8Cobrança de valores 8.744 7.316Transferência de valores 10.553 8.442Gestão de cartões 281 631Anuidades 43.675 45.945Operações de crédito
Comissão abertura e utilizaçao 93.750 90.246Comissão Processamento 83.983 84.720Outras operações de crédito 281.627 309.944
Outros serviços prestados Comissão registo e distrates 500 2.575 Comissão interbancárias de cartões 156.162 172.203 Comissão intermediação 17.312 18.390 Comissão de colocação e comercialização 179.170 250.334 Comissão -CA Tesouraria 2.050 Outras comissões e serviços bancários 15.480 13.550
891.245 1.006.347Outras comissões recebidas
Gestão de conta DO 86.314 88.503Cheques e ordens de levantamento 116.811 118.446Extractos e 2ªs vias 50 58Mora ou contencioso 73.252 58.103Moeda estrangeira-compra / venda 928 841Emissão caderneta 36 60Otras Comissões recebidas 17.894 23.905
295.284 289.914
Outras comissões recebidas - -
1.239.468 1.352.060
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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 6.588 4.742Operações de crédito 443Cobrança de valoresAdministração de valoresOutros
Comissões interbancárias 22.380 28.495 Outras Comissões pagas-Sicam 13.072 Cartões 70.715 75.892 Outras Comissões 12.179
111.861 122.643
42. RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE
RESULTADOS – Não aplicável 43. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA – Não aplicável 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Operações cambiais à vista 3.163 4.414Operações cambiais a prazo - -
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Resultados em ativos não financeirosPerdas na alienação de ativos não correntes (25.280) 34.550(…) - -
Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -
(25.280) 34.550
119
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46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país No estrangeiro
- -Ganhos em ativos não financeirosAtivos não correntes detidos para vendaPropriedades de investimento
Propriedades de investimento em locação financeira - -Outros ativos tangíveis Outros ativos não financeiros - -
- -Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas+Reemb Sinistros 64.473 45.890Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis 70.797 64.674Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 49.938 35.070
Rendimentos da prestação de serviços diversos 30.989 38.624Outros (inclui reduçao Responsabilidades Fundo Pensões) 27.917 3.910
244.115 188.168
Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (14.988) (16.884)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (26.030) (16.213)Perdas em activos financeirosOutros encargos e gastos operacionais Multas Outros Encargos e gastos operac. ( Reg saldos contencioso-incob) (140.423) Falhas na gestão de procedimentos (24.745) (92) Anulação Juros vencidos (11.130) (10.526) Despesas de condomínio (2.977) (776) Outros Encargos (inclui encargos cartão Club Associado) (20.935) (33.302)
Outros Encargos e despesas-exercicios anteriores (53.876) (15.945) Outros impostos e taxas (21.281) (23.877)
(175.960) (258.038)
68.155 (69.869)
120
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015
Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização Remuneração Mensal 90.151 104.610 Subsidios Ferias e Natal 13.808 17.244 Senhas presença 5.250 6.750Empregados Remuneração Mensal 311.796 332.925 Remunerações adicionais Trabalho extraordinário Subsidio Férias/Natal/Caixa/Alimentaçã 211.176 214.725 Prémios (inclui antig. E desempenho) 10.057 21.013 Outras Remunerações 28.834 40.435
Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões (Nota 18) 9.689Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de FamíliaSegurança Social 126.455 139.446SAMS 28.406 32.047Outros
Outros encargos sociais obrigatórios:Seguros Acid Trab/Medicina Trab. 4.730 4.397
Encargos sociais facultativosOutros custos com pessoal:
Outros ( Acertos mens subsidio ferias+Pag 12 13840.364 913.605
O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2015 apresenta a seguinte composição:
2014 2015
Administração 3 3Chefias e gerência 6 6Quadros técnicos 2 2Administrativos 14 14Total 25 25
121
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2014 31-12-2015Com fornecimentos:
Água energia e combustíveis 51.527 51.818Material de consumo corrente 22.815 21.448PublicaçõesMaterial de higiene e limpezaOutros fornecimentos de terceiros 116.447 95.649
Com serviços:Rendas e alugueres Renda Instalações 12.500 26.000 Renda (Portico-Publicidade CCCAM) 221Comunicações Serviços Postais 26.809 35.314 Telefone 10.821 8.028 Linhas teletransmissão 49.122 40.726Deslocações, estadas e representação 7.140 8.101Publicidade e edição de publicações Publicidade Obrigatória 201 172 Brindes 3.223 4.829 Outras Despesas C/Publicidade 31.225 30.565Conservação e reparação 35.660 34.252Transportes 2.834 3.037Formação de pessoal 1.838 2.545Seguros Seguros instalações 4.863 5.083 Seguro acidentes pessoais 1.915 1.930 Seguro Viaturas 2.591 2.286 Seguro Valores 4.748 4.156 Outros Seguros ( Equip.Elect+Vida) 12.770 17.623Serviços especializados:
Avenças e honorários 88.216 69.198Judiciais contencioso e notariado 4.375 2.461Informática 296.380 300.446Segurança e vigilânciaLimpeza 17.819 16.958Outros serviços especializados: Estudos e Consultas 2.891 3.813
Serviços Multibanco(SIBS) 36.177 37.054Consultores e auditores externos 12.046 16.255Avaliadores externos 20.685 21.907Outros serviços de terceiros Compensação 9.999 10.074 Outros Serv (BP Net/Fenacam…) 98.841 82.589 Gastos gerais Adminis-Exºs anteriores 364 2.714 Serviços Suporte Negócio-Ca Serv 24.783 26.664
1.011.627 983.916
122
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:
Coligadas
Outras empresas do
Grupo Total Coligadas
Outras empresas do Grupo Total
Activos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - -
Activos financeiros-Investimentos em filiais 49.424 1.324.365 1.373.789 49.424 1.324.365 1.373.789
Activos financeiros disponíveis para venda - - - -
Aplicações em instituições de crédito - 26.934.852 26.934.852 - 34.110.188 34.110.188
Crédito a clientes - - - - - -
Outros activos - - - - - -
- -Passivos: - -
- -Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -
Recursos de outras instituições de crédito - 690.964 690.964 - 5.193.334 5.193.334
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -
Passivos subordinados - - - - - -
Outros passivos - - - - - -
- -Custos: - -
- -Juros e encargos similares 3.065 3.065 6.934 9.688 16.622
Encargos com serviços e comissões 111.861 111.861 122.643 122.643
Resultados de activos e passivos avaliados - -ao justo valor através de resultados - -
Gastos gerais administrativos 504.916 6.710 511.626 525.535 4.937 530.471
- -Proveitos: - -
- -Juros e rendimentos similares 718.360 718.360 572.341 572.341
Rendimentos de instrumentos de capital 2.003 2.003 2.004 2.004
Rendimentos de serviços e comissões 172.818 23.664 196.483 243.152 30.258 273.411
Outros resultados de exploração - - - - - -
- -Extrapatrimoniais: - -
- -Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -
Garantias recebidas - - - - - -
Compromissos perante terceiros - - - - - -
Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - -
2014 2015
As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.
50. PENSÕES DE REFORMA
1) IMPATO CONTABILÍSTICO
1.i) OBJETIVO
Em conformidade com o Acordo coletivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o
Crédito Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias,
prestações pecuniárias a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da
123
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
idade de reforma), reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo
de pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados
médicos pós-emprego.
O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à
contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de
acordo com a norma “IAS 19 Revisto – Benefícios aos empregados”.
1.ii) ENQUADRAMENTO
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 –
norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados.
O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas
as empresas que adotem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de
pensões), ficaram obrigadas a ter de refletir as alterações à IAS 19 durante 2013.
Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013
(com base no estudo atuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista.
As principais alterações foram:
Reconhecimento
Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas atuariais, ou seja, da
utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas atuariais deverão ser totalmente reconhecidos
em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;
Eliminação do conceito "retorno esperado dos ativos".
Apresentação
Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços
passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;
Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo
(ativo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual,
tendo em conta qualquer variação do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos durante o
período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);
Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração
das responsabilidades por serviços passados e ativos do plano.
1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA
1.iii.a) Apuramento do impacto de adoção das NCA a 1/01/2007
Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 –
Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de
transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.
Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma,
prémio de antiguidade e SAMS e respetivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:
124
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades
decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser
reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de
Dezembro de 2013 (7 anos).
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de
responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido
através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro
de 2011 (5 anos).
Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as
responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da
aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7
anos).
1-01-2007
Fundo de pensões
A.1. Responsabilidades PCSB 10.401
A.2. Impacto da transição para IAS 19: 33.231
A.2.1. Tábua de mortalidade 2.032
A.2.2. Pressupostos financeiros 31.199
A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 43.632
A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 12.246
A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 31.386
1-01-2007
Encargos com saúde (SAMS):
B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 67.557
B.2. Com licenças sem vencimento 0
B.3. Com pré-reformados 0
B.4. Com pensões em pagamento 0
B. Total 67.557
1-01-2007
Prémio de antiguidade:
C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 40.482
C.2. Com licenças sem vencimento 0
C. Total 40.482
125
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de
Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período
adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.
Foi decisão da CCAM PAREDES prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como
permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.
Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da
adoção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados,
é como segue:
31-12-2007 Nº anos a
diferir
Data limite de
diferimento
A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 1.742 9 anos 2016
A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos
financeiros 24.959
7 anos 2014
A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 1.476 7 anos 2014
B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 57.906 9 anos 2016
No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adoção da IAS
19, no que respeita a:
- Alteração dos pressupostos financeiros;
- Excesso de cobertura em PCSB.
Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:
- Alteração da tábua de mortalidade;
- Encargos com saúde (SAMS).
Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:
31-12-2015
TOTAL = A.2.1.2015 + B.2015
A.2.1.2015 Alteração da tábua de mortalidade 194
B.2015 Encargos com saúde (SAMS) 6.434
2015 TOTAL 6.628
126
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS
e Prémios de antiguidade a 31/12/2015
Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM PAREDES
com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:
31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit
Credit”“Projected Unit
Credit”
Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%
Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%
Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%
(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%
Pré‐reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%
(**) De acordo com o Decreto‐lei nº167‐E/2013
Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de
complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego
(SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em
pagamento, é o seguinte:
31-12-2015
F.2015 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 304.335
F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 176.215
F.2 Com licenças sem vencimento 20.102
F.3 Com pré-reformados 0
F.4 Com pensões em pagamento 108.018
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM
PAREDES é o que a seguir se apresenta:
127
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
G.1 + Custo do serviço corrente 12.527
G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 609
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 20.277
G.4.1.Ano
Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados
-8.281
G.4.2.Ano
Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos
28.558
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas
0
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 33.413
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM PAREDES foi o seguinte:
A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 272.300
H.1 (+) Contribuições efetuadas 40.694
H.1.1 Pela CCAM PAREDES 27.121
H.1.2 Pelos empregados 13.573
H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0
H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 1.063
H.4 (-) Prémios de seguro pagos 14.614
H.9 (+) Participação de resultados no seguro 9.143
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13.538
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 13.538
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.723
H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 291.325
H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015
(H.7.2015 – A.4.2014) 19.025
O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:
128
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001
do Banco de Portugal, era o seguinte:
A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões
em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os
desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para
uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.
No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no
“rendimento integral”, foi o seguinte:
F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 287.120
G.1 (+) Custo do serviço corrente 12.527
G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade -1.046
H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 13.573
G.2 (+) Custo dos juros 8.091
G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 13.858
G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas 0
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13.538
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 13.538
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.723
F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 304.335
K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 17.216
F.2015 Valor atual das responsabilidades com serviços passados 304.335
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 6.433
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 288.408
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101
I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 166.787
I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 175
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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 22.687
RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e
perdas atuariais -25.749
RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -3.062
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros,
com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2014
N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 66.194
N.2.2014 Com licenças sem vencimento 9.037
N.2014 Total 75.231
Prémio de Antiguidade 31-12-2015
N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 82.154
N.2.2015 Com licenças sem vencimento 11.868
N.2015 Total 94.022
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no ativo 15.960
O.2. Com licenças sem vencimento 2.831
O. Total 18.791
130
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
51-NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R, DE 30 DE DEZEMBRO
RELATO FINANCEIRO DOS MEDIADORES DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
Nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, compete ao Instituto de Seguros de Portugal estabelecer as regras de contabilidade aplicáveis à atividade de mediação de seguros ou de resseguros. O Plano Oficial de Contabilidade (POC), que tem vindo a ser aplicado na atividade de mediação, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, sendo criado em sua substituição o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que entra em vigor no primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. O SNC incorpora um corpo de regras coerentes com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), sendo a sua aplicação pela atividade de mediação potenciadora de uma maior transparência e rigor, o que, necessariamente, terá também reflexos positivos ao nível concorrencial no mercado. Contudo, sendo o SNC um plano de aplicação generalizada, o mesmo não atende a algumas especificidades da atividade de mediação de seguros ou de resseguros, pelo que se julga adequado estabelecer alguns requisitos específicos de relato adicionais. Refira-se que tendo sido ponderada a possibilidade de desenvolvimento, em alternativa, de um plano completo e específico de contabilidade para o sector da mediação, considerou-se que tal criaria mais uma sectorização no plano de normalização contabilística nacional, em sentido contrário ao da convergência internacional em sede das NIC. Acerca da aplicação das NIC, sublinha-se que a Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, veio já prever a possibilidade das sociedades de mediação de seguros poderem adotar essas normas internacionais quer nas contas consolidadas, quer nas individuais, em linha com o processo de aproximação aos princípios de contabilização internacionais. Refira-se também que a presente reformulação, embora decorra diretamente da revogação do POC, era igualmente uma necessidade premente face à evolução da atividade de mediação. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 2 Assim, o Instituto de Seguros de Portugal, nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto- -Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e do n.º 3 do artigo 4.º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 289/2001, de 13 de Novembro, emite a seguinte Norma Regulamentar: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objeto A presente Norma Regulamentar tem por objetivo estabelecer os princípios aplicáveis ao relato financeiro dos mediadores de seguros ou de resseguros, designadamente no que se refere ao respetivo regime contabilístico e requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte ao Instituto de Seguros de Portugal. Artigo 2.º Âmbito A presente Norma Regulamentar aplica-se aos mediadores de seguros ou de resseguros que possuam ou devam possuir contabilidade organizada nos termos legais. CAPÍTULO II Regime Contabilístico Artigo 3.º Princípio geral 1 — Os mediadores de seguros ou de resseguros que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002,
131
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
podem optar por elaborar as respetivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), desde que estas sejam objeto de certificação legal de contas. 2 — Os mediadores de seguros ou de resseguros incluídos no âmbito da consolidação, quer das entidades abrangidas pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, quer das entidades que optem por elaborar as respetivas contas consolidadas de acordo com as NIC, podem optar por elaborar as respetivas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que estas sejam objeto de certificação legal de contas.
3 — Os mediadores de seguros ou de resseguros, que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 e que não tenham optado pela adoção das NIC nos termos dos números anteriores, com exceção dos sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, devem aplicar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qual compreende também a Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE). CAPÍTULO III Requisitos de divulgação adicionais Artigo 4.º Anexo 1 — Sem prejuízo do regime contabilístico adotado nos termos do artigo anterior, os mediadores de seguros ou de resseguros devem ainda incluir no Anexo uma nota específica e separada das restantes notas, a denominar “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”, que deve conter, como mínimo, a seguinte informação respeitante à atividade de mediação de seguros ou de resseguros: a) Descrição das políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, exceto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada;
b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações); c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes);
d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira;
e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros;
f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes);
g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;
ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;
iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários;
iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar;
v) Outras quantias com indicação da sua natureza;
132
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os fatores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade;
i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;
j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos; Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 5 k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;
l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, exceto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada. 2 — No caso dos corretores de seguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no número anterior, quando aplicável, a seguinte informação: a) Indicação das empresas de seguros cujas remunerações pagas ao corretor de seguros representem, cada uma, pelo menos 5% do total das remunerações auferidas pela sua carteira, com indicação das respetivas percentagens;
b) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios relativamente aos quais as mesmas não lhe tenham outorgado poderes para o recebimento em seu nome. 3 — No caso dos mediadores de resseguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no n.º 1, quando aplicável, a seguinte informação: a) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para os resseguradores para pagamento de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança;
b) O valor total dos fundos que lhe foram confiados pelos resseguradores com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas. CAPÍTULO IV Publicação dos documentos de prestação de contas Artigo 5.º Contas anuais Sem prejuízo da publicação dos documentos de prestação de contas nos termos previstos na legislação comercial, os mediadores de seguros ou resseguros devem proceder à publicação integral dos seguintes documentos de prestação de contas anuais: a) Relatório de gestão;
b) Balanço, conta de ganhos e perdas/demonstração de resultados e anexo às contas;
c) Certificação legal de contas, quando aplicável;
d) Parecer do órgão de fiscalização, quando exista. Artigo 6.º Meios a utilizar 1 — A publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efetuada no sítio da Internet do respetivo mediador de seguros ou resseguros.
133
Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015
2 — Se o mediador de seguros ou resseguros não dispuser de sítio autónomo na Internet, pode efetuar a publicação referida no número anterior em área expressamente reservada e devidamente assinalada em sítio institucional de grupo empresarial do qual faça parte, aplicando-se a essa publicação, com as devidas adaptações, o regime constante do presente capítulo.
3 — No caso de o mediador de seguros ou resseguros não dispor de sítio da Internet nos termos dos números anteriores, deve manter os documentos previstos no artigo anterior nos respetivos estabelecimentos, facultando o acesso imediato e sem custos a qualquer interessado.
4 — Tratando-se de mediador de seguros ou de resseguros sujeito à supervisão de outra autoridade de supervisão do sector financeiro, a publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efetuada mediante utilização dos meios exigidos na respetiva legislação ou regulamentação sectorial aplicável. Artigo 7.º Termos da publicação 1 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet deve ser efetuada em área devidamente assinalada em local de fácil acessibilidade ao utilizador e de forma que permita a respetiva reprodução em boas condições de legibilidade.
2 — Os documentos de prestação de contas anuais devem manter-se acessíveis no sítio da Internet, ou disponíveis nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros, no mínimo durante três anos após a respetiva publicação.
3 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet não deve ser efetuada de forma a que esses possam ser confundidos com mensagens de natureza publicitária. Artigo 8.º Prazo O prazo máximo para a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet ou para disponibilização nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros é de seis meses após o termo do exercício económico. Artigo 9.º Divulgação da publicação 1 — No prazo máximo de quinze dias após a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais ou da disponibilização nos estabelecimentos, o mediador de seguros ou resseguros deve, consoante o caso, informar o Instituto de Seguros de Portugal qual a hiperligação para o sítio da Internet em que se encontram publicados, ou remeter-lhe um ficheiro com os documentos em causa.
2 — No caso de mediadores de seguros ou de resseguros sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, o dever previsto no número anterior restringe-se à nota do Anexo a que se refere o artigo 4.º. 3 — O Instituto de Seguros de Portugal divulga no seu sítio da Internet, consoante o caso, a informação relativa à hiperligação para o sítio da Internet em que podem ser consultados os documentos de prestação de contas, ou o ficheiro com os documentos em causa.
4 — Os deveres previstos nos números anteriores aplicam-se aos corretores de seguros e aos mediadores de resseguros, bem como aos restantes mediadores de seguros que aufiram remunerações anuais de montante igual ou superior a 1 milhão de euros. CAPÍTULO V Reporte Artigo 10.º Reporte para efeitos de supervisão 1 — Os corretores de seguros e mediadores de resseguros devem enviar anualmente ao Instituto de Seguros de Portugal, até 15 dias após a aprovação das contas, em relação à atividade exercida no ano imediatamente anterior, o relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas, o mais tardar até 15 de Abril, mesmo que o relatório e contas não se encontrem aprovados.
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2 — Os ficheiros utilizados, pelos corretores de seguros e mediadores de resseguros, para efeitos de reporte devem ser remetidos ao Instituto de Seguros de Portugal, através do portal ISPnet residente em www.isp.pt. CAPÍTULO VI Disposições transitórias e finais Artigo 11.º Revogações Com a entrada em vigor da presente Norma Regulamentar são revogadas as seguintes disposições: a) O artigo 41.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de Dezembro, alterada pelas Normas Regulamentares n.º 8/2007-R, de 31 de Maio, n.º 13/2007-R, de 26 de Julho, n.º 19/2007-R, de 31 de Dezembro e 17/2008-R, de 23 de Dezembro; b) O artigo 4.º da Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, alterada pela Norma Regulamentar n.º 4/2006-R, de 15 de Maio. Artigo 12.º Aplicação A presente Norma Regulamentar é aplicável a partir do primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. Artigo 13.º Entrada em vigor A presente Norma Regulamentar entra em vigor no dia imediato ao da respetiva publicação.
O CONSELHO DIRECTIVO
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CCAM: Paredes Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Paredes está inscrita na Autoridade de Supervisão de
Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo
8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de
intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a
Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao
exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –
Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo
Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de
adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento
das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM
recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões
as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de
Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar
pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no
Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as
remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já
integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela
CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
Origem Segurador
a 2013 2014 2015 % por
Origem 2015 Ramos Não Vida CA
Seguros 97.110,65 94.481,95 154.904,25 63,7%
Ramo Vida CA Vida 64.443,02 76.528,12 85.730,31 35,3% Fundos de Pensões
CA Vida 1.531,95 1.808,24 2.518,52 1,0%
Total 163.085,62 172.818,31 243.153,08 100,0%
A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de
quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo,
passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela
CCAM.
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52-FUNDOS PRÓRIOS
RÁCIOS PRUDENCIAIS
No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:
Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE ‐ Caixa Agrícola de Paredes
Em euros 2012 2013 2014 2015
Fundos Próprios totais 7.380.515 8.428.775 9.303.502 10.076.068
Common equity tier 1* ‐‐‐ ‐‐‐ 8.942.954 9.717.761
Tier 1* 7.342.757 8.340.144 8.942.954 9.717.761
Tier 2 37.758 98.798 360.548 358.307
Posição em risco de activos e equivalentes 70.755.924 75.204.574 77.902.029 93.255.785
Requisitos de fundos próprios 33.889.963 35.202.625 37.488.322 39.192.892
Crédito 28.653.163 29.618.388 31.529.066 32.754.057
Operacional 5.236.813 5.584.238 5.959.256 6.438.836
CVA ‐‐‐ ‐‐‐ ‐‐‐
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* ‐‐‐ ‐‐‐ 24,0% 25,0%
Tier 1 * 21,7% 23,7% 24,0% 25,0% 1,0 P.P
Tier 2 0,0% 0,3% 0,1% 7,0% 6,9 P.P
Total* 21,8% 23,9% 25,0% 26,0% 1,0 P.P
* Incorporando o resultado l íquido do exercício.
‐‐‐
(a ) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Ins trução nº 23/2007, após o que são apl icadas as regras
CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.
‐0,6%
19,7%
4,5%
3,9%
8,0%
Δ 13/14
8,3%
‐‐‐
8,7%
Paredes, 17 de Fevereiro de 2016
O Responsável da Contabilidade O Conselho de Administração Executivo Ascensão Barbosa António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Vitor Manuel Ferreira Silva
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7 – CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
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8 – RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO FISCAL
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