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CCAM PAREDES 2015 RELATORIO E CONTAS

4-Relatório e Contas ano 2015 - Banco de Portugal · Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015 Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola

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CCAMPAREDES

2 0 1 5

R E L ATOR IOECONTA S

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

  Índice   

Convocatória ............................................................................................................ 4 

Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM`S .......................................... 5 

Politica de Remuneração ......................................................................................... 9 

Organização da CCAM Paredes ............................................................................. 18

Mensagem do Conselho de Administração ........................................................... 19 

Ranking Nacional (universo de 82 caixas) ............................................................. 21

Enquadramento Macroeconómico ........................................................................ 23

1 – Evolução das Áreas de Negócio da CCAM de Paredes .................................... 51

    1.1 – Volume de Negócios ................................................................................. 52

         1.2 – Plano de Ação Comercial ……………………………………………………………………..  54

    1.3 ‐ Crédito ........................................................................................................ 54

    1.4 – Recursos ……………………………………………………….……………………………………...56 

    1.5 – Atividade Seguradora ................................................................................ 57

    1.6 – CA Gest ...................................................................................................... 58

    1.7 – Fundo Investimento Imobiliário ................................................................ 58

    1.8 – Locação Financeira .................................................................................... 59

2 – Indicadores, Eficiência e Rentabilidade da CCAM de Paredes ........................ 61

2.1 – Rácios Normativos da Caixa Central ............................................................. 62

2.2 – Evolução do Rácio de Transformação ……………………………………………….…….. 63

2.3 – Evolução do ROA e ROE e Rácio de Solvabilidade ........................................ 63 

2.4 – Margem Financeira ....................................................................................... 64

2.5 – Recursos Humanos ....................................................................................... 65

2.6 – Evolução dos Resultados Líquidos ................................................................ 68

3 – Situação Financeira e Patrimonial da CCAM de Paredes ................................. 69

3.1 – Evolução do Ativo Líquido ............................................................................ 70

3.2 – Aplicações na Caixa Central .......................................................................... 70

3.3 – Evolução dos Capitais próprios ..................................................................... 71

4 – Proposta de distribuição dos resultados da CCAM de Paredes ....................... 73

5 – Nota Final ......................................................................................................... 75

6 ‐ Anexos .............................................................................................................. 81

7 – Certificação Legal de Contas .......................................................................... 141

8 – Relatório Anual do Conselho Fiscal ................................................................ 145

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 Jornal: Verdadeiro Olhar Publicação: Ano VIII, 454ª Edição 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM`S 

 

1. Estrutura de Governo Societário 

 A  Caixa  de  Crédito  Agrícola  Mútuo  de  Paredes,  CRL  adota  o  modelo  de  governação 

vulgarmente  conhecido  como  “latino  reforçado”,  constituído  pelo  Conselho  de 

Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. 

 Os membros dos órgãos sociais e da mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia 

Geral, para um mandato de três anos. 

 

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola 

        Assembleia Geral 

      

                   

                   

Conselho de Administração 

   Conselho Fiscal     ROC 

                   

3. Assembleia Geral  A Mesa da Assembleia Geral é  constituída por um Presidente, um Vice‐Presidente e um 

Secretário 

 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral  Presidente: Manuel Luís Rocha e Sousa 

Vice‐Presidente: Carla Marina Mendes Silva 

Secretário: António Francisco de Oliveira Ferreira 

 3.2. Competência da Assembleia Geral  A  Assembleia  Geral  delibera  sobre  todos  os  assuntos  para  os  quais  a  Lei  e  os 

Estatutos lhe atribuam competências, competindo‐lhe, em especial:  

Eleger,  suspender  e  destituir  os  titulares  dos  cargos  sociais,  incluindo  os  seus 

Presidentes; 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o 

exercício seguinte; 

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; 

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; 

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de 

organismos cooperativos de grau superior; 

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; 

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de 

contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho 

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; 

Decidir da alteração dos Estatutos. 

 

4. Conselho de Administração   O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no 

mínimo de três e de um suplente. 

 Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para 

o triénio 2013/2015. 

 4.1. Composição do Conselho de Administração  

Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro 

Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho 

Vogal: Vítor Manuel Ferreira da Silva 

Suplente: Vítor José Alves Carriço 

 4.2. Competências do Conselho de Administração  

 As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo‐lhe, 

em especial e de acordo com os Estatutos: 

  Administrar e representar a Caixa Agrícola; 

Elaborar, para  votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de 

atividades e de orçamento para o exercício seguinte; 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Elaborar,  para  votação  pela  Assembleia  Geral,  o  relatório  e  as  contas 

relativos ao exercício anterior; 

Adotar  as medidas  necessárias  à  garantia  da  solvabilidade  e  liquidez  da 

Caixa Agrícola; 

Decidir sobre as operações de crédito da Caixa Agrícola; 

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; 

Promover  a  cobrança  coerciva  dos  créditos  da  Caixa Agrícola,  vencidos  e 

não pagos; 

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 

 4.3. Reuniões do Conselho de Administração  

 O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um 

total de 92 reuniões em 2015. 

 

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração  

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros 

da seguinte forma: 

 Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro 

‐ Presidência e representação da Caixa; 

Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho 

‐ Sem pelouros atribuídos; 

Vogal: Vítor Manuel Ferreira da Silva 

‐ Direção Geral; 

 

5. Órgãos de Fiscalização  A  fiscalização  da  Caixa  de  Crédito  Agrícola  compete  a  um  Conselho  Fiscal  e  a  uma 

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. 

 As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, 

ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano 

de atividade e de orçamento. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

5.1. Conselho Fiscal  

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.  

 5.1.1. Composição do Conselho Fiscal 

Presidente: Sara Clarinda Ferreira Santos 

Vogal: José Manuel Moreira Campos 

Vogal: Cristina da Conceição Ribeiro Pinto 

Suplente: Marco Alexandre Ribeiro Meireles  

  Suplente: Bruno Eduardo Ferraz Leal Sarmento  

 

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal  O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2015, 

um total de 5 reuniões.  

  5.2. Revisor Oficial de Contas 

 O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando‐se designado 

para o cargo: 

Efetivo: Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão 

Suplente: Hélder Manuel Martins Pereira 

  

6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PAREDES,CRL  

6.1. Em 31 de Março de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola 

Mútuo de Paredes, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração 

dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto 

no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. 

 6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 

10/2011, reproduz‐se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que 

foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. 

 

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Declaração sobre Política de Remuneração relativa ao ano de 2015 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1. Princípios Gerais   Em  cumprimento  das  disposições  legais  e  regulamentares  aplicáveis,  a  Política  de 

Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração  e de  Fiscalização da Caixa de 

Crédito  Agrícola  Mútuo  de  Paredes,  CRL,  foi  definida  e  elaborada  de  modo  a  refletir 

adequada  e  proporcionalmente  a  dimensão,  a  organização  interna  e  a  natureza  da 

Instituição, o  âmbito e  a  complexidade da  atividade por  si desenvolvida,  a natureza e  a 

magnitude  dos  riscos  assumidos  e  a  assumir  e  o  grau  de  centralização  e  delegação  de 

poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. 

 A  Política  de  Remuneração  reflete,  em  particular,  a  natureza  jurídica  de  cooperativa  da 

Instituição e  a dela decorrente ausência de  fins  lucrativos,  a  imposição de  restrições de 

natureza  geográfica  à  atuação  da  dita  Instituição  e  também  o  caráter  acessório  e 

complementar de outras atividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o 

exercício  de  funções  nos  seus  Órgãos  de  Administração  e  de  Fiscalização,  fatores  que 

determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão 

simbólico, pelo menos  inferior ao da média dos Colaboradores da  Instituição,  sendo por 

conseguinte  tais  remunerações  insuscetíveis  de  qualquer  comparação  com  as  que  são 

auferidas no resto do Setor Bancário. 

 Nesta perspetiva, para  além de  se  terem que  considerar  inaplicáveis  à Caixa de Crédito 

Agrícola Mútuo de Paredes, CRL, todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto‐Lei nº 

104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas 

revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de 

muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito 

no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto‐Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 

10/2011. 

  

2. Considerações Gerais  Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara‐se que:  

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela 

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma 

revê‐la periodicamente, pelo menos uma vez por ano; 

 b)  A  descrição  da  componente  variável  da  remuneração,  incluindo  os  elementos  que  a 

compõem, quando exista,  consta das  secções  seguintes da presente Declaração; vistas a 

natureza e dimensões da  Instituição, o valor das  remunerações pagas aos Membros dos 

respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição 

uma  sociedade  anónima,  é‐lhe  impossível  pagar  qualquer  remuneração  sob  a  forma  de 

ações  ou  de  opções,  decidiu‐se  não  diferir  o  pagamento  de  qualquer  parte  da mesma 

remuneração; 

 c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos  interesses dos Membros do 

Órgão de Administração  com os  interesses de  longo prazo da  Instituição e é  igualmente 

consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que 

preconiza  a  atribuição  de  uma  remuneração  de  valor  moderado,  compatível  com  as 

tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição 

de  remuneração  acrescida  aos  Administradores  executivos,  tem  em  atenção  o  caráter 

economicamente  acessório  e  complementar de outras  atividades  económicas de que  se 

reveste  habitualmente  o  exercício  de  funções  nos  Órgãos  de  Administração  e  de 

Fiscalização;  

   d) Sempre em  consonância  com a natureza  cooperativa da  Instituição e  com o princípio 

cooperativo  da  gestão  democrática,  o  desempenho  do  Órgão  de  Administração  é  em 

primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de 

eleições  para  os  Órgãos  Sociais,  não  podendo  estes  manter‐se  em  funções  contra  a 

vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das 

suas  competências  legais  e  estatutárias,  refletindo  tal  avaliação  não  só  o  desempenho 

económico da  Instituição, mas  também outros  critérios diretamente  relacionados  com a 

sobredita  natureza  cooperativa,  incluindo  a  qualidade  da  relação  estabelecida  entre 

Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento 

dos negócios sociais. 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 3. Remuneração do Conselho Fiscal  A  remuneração dos Membros do Conselho  Fiscal,  tendo em  consideração a natureza da 

composição desse Órgão Social, consiste em senhas de presença. 

  

4. Remuneração do Conselho de Administração  4.1. Remuneração dos Administradores Executivos  A  remuneração  dos Membros  executivos  do  Conselho  de  Administração  consiste  num 

montante fixo mensal. 

 Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:  a) Os órgãos competentes para a avaliação do desempenho individual dos Administradores 

Executivos são a Assembleia Geral. 

b) Inexistência de Componente Variável   

5. Revisor Oficial de Contas  A  remuneração  do  Revisor  Oficial  de  Contas  é  estabelecida  com  base  nas  práticas  de 

mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 

 

6.3. Remunerações Pagas 

 a) Remunerações auferidas pelo Conselho de Administração e de Fiscalização 

  Remuneração Agregada 

Função Remuneração

Remuneração diferida Novas

Contratações

Cessação Antecipada de Funções

Nº beneficiários Montantes

ainda não pagos

Montantes ainda por

pagar

Conselho de Administração

€121.664,30 N/A N/A N/A N/A 3

Conselho Fiscal

€5.250,00 N/A N/A N/A N/A 3

Revisor Oficial de Contas

€7.380,00 N/A N/A N/A N/A 1

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 Remuneração Individualizada 

Nomes Cargo

Remuneração

Fixa Variável

António Francisco Coelho Pinheiro Presidente do Conselho de Administração €18.465,44 €0.00

Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração €18.465,44 €0.00

Vítor Manuel Ferreira Silva Vogal do Conselho de Administração €84.733,42 €0.00

Sara Clarinda Ferreira dos Santos Presidente do Conselho Fiscal €0.00 €1.750,00

José Manuel Moreira Campos Vogal do Conselho Fiscal €0.00 €1.750,00

Cristina Conceição Ribeiro Pinto Vogal do Conselho Fiscal €0,00 €1.750,00

Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão Revisor Oficial de Contas €7.380,00 €0.00

b ) Politica de Remuneração de Colaboradores  

Dando  cumprimento  ao  disposto  no  nº  3  do  artigo  16º  do  Aviso  do  Banco  de 

Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração 

de colaboradores: 

1.  Os  colaboradores  abrangidos  pelo  nº  2  do  artigo  1º  do  Aviso  do  Banco  de 

Portugal  nº  10/2011  auferem  uma  remuneração  fixa  paga  14  vezes  por  ano,  de 

acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda 

integrar  um  complemento  remuneratório  mensal  fixo,  estabelecido 

contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 

2. Também se atribui 1 ou 2 horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo 

nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 

3.  Pode  ser  atribuída  anualmente  uma  remuneração  variável,  definida  com  base 

num processo de avaliação de um conjunto de competência críticas para a função, a 

qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. 

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de 

administração,  são  divulgados  internamente,  aprovados  e  aplicados  de  forma 

idêntica,  para  a  generalidade  dos  colaboradores  da  instituição.  O  órgão  de 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela 

hierarquia direta dos colaboradores. 

5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados 

da avaliação de competências específicas e  transversais, que permitem verificar o 

respeito  pelas  regras  e  procedimentos  aplicáveis  à  atividade,  designadamente  as 

regras  de  controlo  interno  e  as  que  são  relativas  às  relações  com  clientes  e 

investidores. Pretende‐se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e 

a criação de valor a longo prazo. 

6. A  remuneração  variável quando  atribuída é  sempre paga em numerário  tendo 

por base o desempenho do ano transato. 

7.  Não  é  diferida  qualquer  parte  da  componente  variável  da  remuneração, 

porquanto  o  valor  desta  não  tem  expressividade  para  que  o  seu  pagamento 

imediato e de uma só vez possa  impedir que se atinja qualquer um dos objetivos 

que o diferimento visaria prosseguir. 

 6.5. Remunerações Pagas 

Nº de Beneficiários

Remuneração Diferida

Nº de novas contratações

Pagamentos efetuados por

Rescisão antecipada de

contrato

Remuneração

Remuneração

Montantes ainda não

pagos

Montantes pagos ou objeto

de reduções

Componente Fixa

Componente Variável

20

N/A N/A N/A N/A €481.803,45 €459.203,45 €22.600,00

 Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 

2015 os  colaboradores  abrangidos  pelo nº 2 do  artigo 1º do mesmo Aviso  auferiram  as 

seguintes remunerações: 

FIXAS VARIÁVEIS** TOTAIS (€)

REMUNERAÇÕES (2 COLABORADORES) €45.283,67 €2.400,00 €47.683,67

** Prémios de desempenho, auferidos nos mesmos critérios definidos para os restantes trabalhadores 

 

Total de Colaboradores da CCAM Paredes 

Nº de Beneficiários

Remuneração Diferida

Nº de novas contratações

Pagamentos efetuados por

Rescisão antecipada de

contrato

Remuneração

Remuneração

Montantes ainda não

pagos

Montantes pagos ou objeto

de reduções

Componente Fixa

Componente Variável

22

N/A N/A N/A N/A €529.487,12 €504.487,12 €25.000,00

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

ORGANIZAÇÃO DA CCAM PAREDES 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO   

No ano de 2015 a Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Paredes, desenvolveu a sua atividade 

num quadro de crise económica. É  inegável que a  forte pressão  sobre  toda a economia, 

confere condicionalismos vários, no exercício de toda a atividade financeira e em particular 

na corrente vida de uma pequena  instituição bancária de cariz  regional, que atuando na 

sua  região  e  sendo  igual  a  todos  os  outros  bancos,  é  no  entanto  distinta,  pois  tem  a 

obrigação de exercer a sua atividade com eficiência mas em solidariedade.  

Este Conselho de Administração, que  terminou o  seu mandato no ano agora  findo e em 

quem os sócios da CCAM renovaram a responsabilidade da gestão desta Caixa por mais um 

mandato,  acredita  que  a  existência  na  nossa  terra  de  uma  Caixa  Agrícola,  autónoma  e 

independente, é um valor inestimável no presente e para o futuro.  

Continuamos a contrariar os  impactos de uma crise  interminável, estamos orgulhosos do 

nosso  trabalho  desenvolvido  nos  últimos  anos.  Finalizamos  2015  com  o  segundo maior 

nível de  lucros obtidos na história da Caixa. Atingimos um milhão e quarenta e cinco mil 

euros, que pressupõe um aumento de 30%, sobre o ano anterior. 

 A  Caixa  mantém  elevados  níveis  de  rentabilidade  e  rendibilidade,  situando‐se 

respetivamente em quase 1% a rentabilidade do ativo e em 8% a rentabilidade dos capitais 

próprios. 

Em  termos  de  solvabilidade  a  Caixa  permanece  com  a  sua  tradicional  vantagem 

competitiva, atingindo os 26%, muito acima das exigências regulamentares.  

A  Caixa  continua  a  evoluir  positivamente  no  que  se  refere  á  dimensão,  com  um 

crescimento do seu ativo líquido em relação ao ano anterior a atingir os 11,75%. 

Os  aforradores  continuam  a  confiar  o  seu  dinheiro  ao  Crédito  Agrícola, mesmo  numa 

conjuntura de  taxas historicamente baixas,  a maioria das  famílias e empresas, elegem  a 

Caixa Agrícola  da  sua  região,  como  um  bom  porto  de  abrigo  para  as  suas  poupanças  e 

aplicações dos seus excedentes. Os recursos dos clientes cresceram 5,21% em relação ao 

ano anterior. 

O crédito concedido em termos globais cresceu acima dos 4 por cento em relação ao ano 

anterior,  nem  tanto  pelo  aumento  do  crédito  no  segmento  de  empresas,  principal 

prioridade traçada como objetivo, mas fundamentalmente pelo crescimento no segmento 

dos particulares, com uma crescente dinâmica no crédito à habitação. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

A margem financeira teve um bom comportamento durante o ano de 2015, assim como a 

margem complementar, com crescimentos em relação ao ano anterior de 14 e 9 por cento 

respetivamente, resultando num produto bancário acima dos três milhões e quatrocentos 

mil euros, mais quase dez por cento em relação ao ano anterior. 

Foi  um  facto,  alguma  deterioração  da  qualidade  da  carteira  de  crédito,  com  o  crédito 

vencido bruto a ultrapassar os dois milhões e quatrocentos mil euros, fazendo o rácio de 

crédito em incumprimento ultrapassar os 5%. 

A política de contenção de custos continua a  ser uma prioridade da nossa gestão, prova 

disso, é a redução dos gastos gerais administrativos de quase três por cento em relação ao 

ano anterior, assim como soubemos manter os custos com o pessoal, dentro do que estava 

por nós anteriormente orçamentado. 

Em  termos globais, não podemos considerar 2015 um ano mau para a Caixa Agrícola de 

Paredes, antes pelo contrário: 

‐  Em  todas  as  áreas  de  negócio,  atingimos  e  até  ultrapassamos  praticamente  todos  os 

objetivos anteriormente definidos. 

‐ Em termos patrimoniais, esta Caixa continua a crescer, a nível financeiro continuamos a 

lucrar e no que à solvência diz respeito, continuamos a reforçar os nossos capitais. 

Não podíamos passar em claro um elemento da organização muito  importante no bom e 

eficaz desenvolvimento da nossa atividade, que são os colaboradores desta CCAM, que têm 

sido imparáveis na sua competência e dedicação.  

Por  fim e para concluir, voltamos a afirmar a Caixa Agrícola com a Missão de criar valor 

para  os  clientes  e  associados,  tendo  como  Visão  sermos  uma  entidade  bancária  de 

proximidade e de referência ao nível da rapidez de decisão, eficiência e confiança e como 

Valores a solidez, rigor e transparência. 

 

Paredes, 17 de Fevereiro de 2016                                                                                  António Francisco Coelho Pinheiro                            

Presidente do Conselho de Administração  

                       Rui Manuel Moreira Coelho   Vogal do Conselho de Administração 

                         Vítor Manuel Ferreira da Silva         

Vogal do Conselho de Administração  

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

     

 

 

 

 

 

RANKING NACIONAL (UNIVERSO DE 82 CCAM`S) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

No universo SICAM, a Caixa encontra‐se dentro das 57  caixas  com maior valor do ativo. 

Subimos  três  lugares  em  relação  ao  ano  anterior,  ainda  assim,  somos  uma  Caixa  de 

reduzida dimensão, abaixo da média do sistema integrado. 

 

No quadro seguinte, verificamos os valores gerais orçamentados em finais de 2014 para o 

ano de 2015, podemos então constatar que  todos os desvios são positivos, com especial 

destaque para o resultado do exercício. 

 

 

 

 

INDICADOR ORÇAMENTADO REALIZADO DESVIO DESVIO

2015 2015 ABSOLUTO RELATIVO

ACTIVO LIQUIDO 74.765.971 € 85.957.677 € 11.191.706 € 15%APLICAÇÕES INST. CRÉDITO 22.578.823 € 34.296.997 € 11.718.174 € 52%CREDITO CLIENTES 45.350.000 € 46.784.559 € 1.434.559 € 3%RECURSOS DE CLIENTES 63.400.000 € 69.046.576 € 5.646.576 € 9%LUCRO DO EXERCICIO 382.221 € 783.499 € 401.278 € 105%

SITUAÇÃO LIQUIDA 10.232.221 € 10.544.566 € 312.345 € 3%

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

 

 

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 

 

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL 

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update 

do  World  Economic  Outlook  de  Janeiro  de  2016,  a  economia  mundial  registou  um 

crescimento de 3,1% em 2015,  representando uma desaceleração do crescimento  face a 

2014  que  foi  de  3,3%.  Relativamente  às  maiores  economias  mundiais,  avançadas  e 

emergentes, estas registaram evoluções distintas. 

 

 

Entre os fatores que contribuíram para esta diferenciação encontram‐se a continuação de 

políticas monetárias  acomodatícias  e  de  uma  política  orçamental menos  restritiva  nos 

países  desenvolvidos,  assim  como  os  desequilíbrios macroeconómicos  e  a  instabilidade 

política  em  algumas  economias  exportadoras  de matérias‐primas,  sendo  de  destacar  os 

casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respetivas economias. Na China, a 

reorientação  da  política  económica  para  um modelo mais  baseado  no mercado  interno 

conduziu a uma diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na 

procura mundial  de matérias‐primas,  sendo,  deste modo,  ultrapassada  pela  Índia,  que 

registou uma aceleração em 2015.  

 

Por  outro  lado,  as  flutuações  do  preço  do  petróleo  contribuíram  também  para  um 

decréscimo acentuado nos preços das matérias‐primas. 

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Na  zona Euro, a atividade  foi caracterizada pela continuação da  recuperação económica, 

apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. 

Esta  evolução  favorável  deveu‐se  à  evolução  do  preço  das matérias‐primas  e  à  política 

monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa de compra de 

ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme). 

 

 

Na Zona Euro estima‐se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto 

da depreciação do euro  (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de  taxas de 

juro  baixas  (fomentada  pelo  programa  alargado  de  compra  de  ativos),  aos  efeitos 

favoráveis  do  nível  do  rendimento,  resultantes  dos  preços  mais  baixos  dos  produtos 

energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo 

BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento. 

 

Em  relação  ao  mercado  laboral,  verificou‐se  uma  redução  generalizada  da  taxa  de 

desemprego na  Zona  Euro. O desemprego prosseguiu uma  trajetória de  recuperação  ao 

longo dos últimos dois anos, sendo que em 2015 registou o valor de 11% (‐0,6 p.p. face a 

2014).  Esta melhoria  é  explicada  por  fatores  como  o  impacto  favorável  da moderação 

salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e pelos 

recentes  incentivos orçamentais. Ainda assim, é de  salientar que os elevados  valores de 

2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países 

como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). 

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De forma a combater a pressão deflacionista, foram anunciadas várias medidas por parte 

do BCE, em 22 de  Janeiro de 2015, de entre as quais:  (i) o  lançamento de um programa 

alargado de compra de ativos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros 

até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um 

ajustamento sustentado da trajetória de inflação, compatível com o seu objetivo de obter 

taxas de  inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de 

juro  das  restantes  seis  operações  de  refinanciamento  de  prazo  alargado  direcionadas 

(ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direcionadas será igual à taxa 

de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na 

data em que cada ORPA direcionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 

10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direcionadas.  

 

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a  taxa de 

juro aplicável às (i) operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de 

cedência de  liquidez e  (iii)  facilidade permanente de depósito permanecerão  inalteradas 

em 0,05%, 0,30% e ‐0,20%, respetivamente. 

 

 

 

 

 

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1.2. ECONOMIA NACIONAL 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após  um  crescimento  de  0,9%  em  2014,  a  economia  portuguesa  apresentou  maior 

dinamismo que  justifica a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um 

crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.  

 

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 ‐6,4

Preço do Petróleo (euros) tav ‐4,1 ‐9,5 ‐29,7

Produto Interno Bruto tav ‐1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav ‐1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav ‐1,8 ‐0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo  tav ‐6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. ‐1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual  

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Para  a  aceleração  da  atividade  em  2015  contribuiu,  em  maior  grau,  a  evolução  das 

exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, 

da evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve 

associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona 

Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro 

beneficiaram  da  depreciação  do  euro  e  do  crescimento  da  procura  externa  oriunda  de 

alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA. 

 

O crescimento do consumo privado  (2,7% em  termos homólogos, o que compara com o 

crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas 

quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de 

condições monetárias e financeiras favoráveis. 

 

A taxa de desemprego cifrou‐se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado 

em 2014, num contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a 

percentagem  de  desempregados  continua  historicamente  elevada,  agravada  pela 

existência de um elevado nível de desemprego de longa duração. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à 

resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima‐se que o  impacto desta medida 

nas contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa 

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016)

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

injeção  de  capital  no  banco  e  489 milhões  de  euros  na  transferência  para  o  Fundo  de 

Resolução),  fazendo  aumentar  o  défice  em  1,2  p.p.  do  PIB,  sendo  que,  excluindo  este 

impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.  

 

O valor de 4,2% encontra‐se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o 

conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um 

aumento da receita superior ao da despesa.  

 

1.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL 

 

O ano de 2015 revelou‐se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, 

com a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.  

 

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, 

pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo 

Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de  recapitalização 

incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, 

o  qual  foi  concluído  em  Junho  de  2014.  O  Banif  revelou  não  ter  capacidade  para 

reembolsar a  totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. 

Com a venda do banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o Banco 

Santander  Totta,  tendo‐se  criado  um  regime  de  exceção  para  os  ativos  problemáticos 

(transferência para um veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram 

transferidos  para  o  Banco  Santander  Totta  e  as  respetivas  agências  foram  alvo  de 

renovação de imagem.  

 

Relativamente  ao Novo  Banco,  a  situação  desta  instituição  continua  instável,  sobretudo 

devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 

29 de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para 

o Banco Espírito Santo  (BES). Em 15 de  Janeiro de 2016, o Banco de Portugal  relançou o 

processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o 

acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia. 

29

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1.3.1. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2015) 

Segundo  a  informação mais  recente  disponibilizada  pelo  Banco  de  Portugal  (Dezembro 

2015),  o  volume  de  depósitos  aumentou  3,1%  em  Dezembro  de  2015  face  ao mesmo 

período  de  2014.  Para  esse  crescimento  contribuíram  a  evolução  positiva  de  3,8%  dos 

depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos 

depósitos de empresas de 0,2% (‐2,8 p.p. que em 2014). 

 

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

‐3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

‐14,7% ‐19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

 

 

 

1.3.2. Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015) 

Ao  invés, o crédito bruto  total  registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 

2015. A quebra  foi mais  significativa no  crédito a empresas  (‐5,0%) do que no  crédito a 

particulares (‐3,6%), ambos em termos homólogos. 

 

 

 

 

30

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

‐2,8%

‐5,9% ‐5,3%

‐7,9%

‐4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

‐2,3%‐4,9% ‐4,5%

‐8,8%

‐3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

‐3,5%‐7,2% ‐6,3%

‐13,9%

‐5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

 

 

De  acordo  com  a  informação  divulgada  pelo  Banco  de  Portugal,  entre  2014  e  2015,  o 

crédito total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no 

segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. 

Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% 

da quebra registada no país. 

Valores  em milhares  de euros

Evolução do crédito total por região ‐ Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% ‐4,3% ‐3,9% ‐4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% ‐4,4% ‐9,9% ‐5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% ‐3,2% 1,1% ‐1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% ‐4,6% ‐2,1% ‐4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% ‐4,7% ‐4,2% ‐4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% ‐3,6% ‐2,0% ‐3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% ‐0,8% ‐4,3% ‐1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% ‐10,9% ‐3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% ‐3,8% ‐2,0% ‐3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% ‐3,3% ‐2,8% ‐3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% ‐3,3% ‐5,5% ‐4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% ‐4,7% 1,9% ‐3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% ‐4,7% ‐1,6% ‐3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% ‐1,0% 0,4% ‐0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% ‐2,9% 4,7% ‐1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% ‐5,6% ‐0,5% ‐4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% ‐6,5% ‐12,9% ‐7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% ‐3,0% ‐23,0% ‐9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% ‐5,4% ‐14,6% ‐8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% ‐8,9% ‐25,6% ‐15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% ‐3,6% ‐5,0% ‐4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso 

total %

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica‐se que o decréscimo deveu‐se 

essencialmente  à  diminuição  do  crédito  à  habitação  (‐3,9%  em  2015  face  ao  período 

homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito 

vencido de clientes particulares, esse  situou‐se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo 

crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. 

 

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia ‐ Dez.2014/Dez.2105

Tipologia  Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 ‐3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros  fins 9.337 ‐5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 ‐3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal  

 

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu‐se principalmente à redução 

do crédito a empresas do sector da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social. 

Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível 

verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respetivamente). 

 

Relativamente  ao  crédito  vencido  a  empresas,  este  situou‐se  nos  15,4%,  sendo  que  os 

sectores  com  maior  incumprimento  continuam  a  ser  a  construção,  as  atividades 

imobiliárias e o  comércio, que mantêm elevada  representatividade no  total do  crédito a 

empresas. 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Actividade económicaVar. Dez. 

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito 

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias  Transformadoras ‐1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social ‐7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio ‐0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção ‐14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades  Imobiliárias ‐4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração ‐5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia ‐0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias  Extractivas ‐13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento ‐6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros ‐10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total ‐5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE ‐ Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões  de euros

 

 

1.4. MERCADOS FINANCEIROS 

No  ano  de  2015  a  atenção  dos  investidores  esteve  centrada,  fundamentalmente,  na 

atividade dos Bancos Centrais, na situação de  incerteza quanto à evolução da Grécia, no 

progresso das economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano 

ficou marcado pelas eleições  legislativas, pela  incerteza em  relação à  formação do novo 

Governo,  pelas  perdas  geradas  com  a  queda  do  Banco  Espírito  Santo,  e,  por  fim,  pela 

resolução  do  Banif  com  a  alienação  da  sua  atividade  e  abertura  do  processo  de 

investigação sobre o auxílio estatal concedido em 2013. 

 

Na Europa, o 1º semestre de 2015  ficou marcado pelo anúncio do  início do programa de 

Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os 

níveis de  inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika 

(BCE,  CE  e  FMI)  quanto  à  aplicação  de  reformas  na  economia,  o  que  conduziu  a  um 

aumento  da  incerteza  entre  os  investidores  e,  consequentemente,  a  um  aumento  da 

volatilidade nos mercados acionistas e de dívida pública. 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Reunião Fed

Abrandono negociações 

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

janeiro 15

fevereiro 15

março 15

abril 15

maio 15

junho 15

julho 15

agosto 15

setembro 15

outubro 15

novembro 15

dezembro 15

Mercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

janeiro 15

fevereiro 15

março 15

abril 15

maio 15

junho 15

julho 15

agosto 15

setembro 15

outubro 15

novembro 15

dezembro 15

Mercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

BlackMonday

Escândalo VW

 

 

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a 

economia, cortou as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 

p.p. 

 

O 2º trimestre iniciou‐se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter 

a política monetária inalterada, conservando o intervalo objetivo das taxas dos “fed funds” 

em 0% – 0,25%. 

 

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses 

para terreno negativo (‐0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.  

 

No mercado acionista começou também a verificar‐se a queda do mercado chinês, com o 

índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após 

uma  corrida às ações,  com os  chineses a  recorrerem a  crédito para  colocarem na bolsa. 

Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) 

a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p.. 

 

No  3º  trimestre  assistiu‐se  a  uma  grande  volatilidade  no mercado  acionista.  Como  as 

desvalorizações registadas pelas ações chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não 

estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com 

medidas expansionistas adicionais, principalmente  (i) a proibição de  venda de ações por 

investidores  com  posições  qualificadas,  (ii)  a desvalorização  do  “yuan”  em  1,9%  e  (iii)  a 

redução  das  taxas  de  juro  e  de  depósito  em  0,25  p.p.  Estas  medidas  alertaram  os 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os 

índices europeus e norte‐americanos e também as commodities.  

 

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas 

políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.  

 

No  4º  trimestre,  a  atenção  dos  investidores  esteve  centrada  nas  decisões  dos  Bancos 

Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica. 

 

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: 

(i) corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para ‐0,30%, mantendo a taxa de juro de 

referência e a  taxa de cedência de  liquidez  inalteradas;  (ii) alargamento do programa de 

compra de ativos até, pelo menos, Março de 2017  (iiI)  reinvestimento dos  juros obtidos 

com  os  ativos  comprados  e  (iv)  inclusão  da  dívida  dos  governos  regionais  e  das 

administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE. 

 

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez 

desde 2006, passando o  intervalo de variação da taxa dos  fed  funds a estar entre 0,25%‐

0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa 

de desemprego  foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de  subida da  inflação no médio 

prazo. 

 

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro 

dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de 

reservas  de  capital  dos  bancos  em  50  p.b.  e  injetados  150 mil milhões  de  “yuan”  na 

economia com o objetivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa. 

 

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da 

dispersão  de  votos  pelos  vários  partidos  nas  eleições  de  Portugal  e  Espanha,  criando 

incerteza no processo de formação de Governo nesses países.  

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

No mercado das  commodities, o destaque  vai  claramente para o petróleo,  cuja  cotação 

desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao  longo de 2015, graças ao excesso de 

oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em 

relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% 

no ano.  

 

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

janeiro 12

março 12

maio 12

julho 12

setembro 12

novembro 12

janeiro 13

março 13

maio 13

julho 13

setembro 13

novembro 13

janeiro 14

março 14

maio 14

julho 14

setembro 14

novembro 14

janeiro 15

março 15

maio 15

julho 15

setembro 15

novembro 15

'000 barris/dia

Produção total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

40

50

60

70

80

janeiro 15

fevereiro 15

março 15

abril 15

maio 15

junho 15

julho 15

agosto 15

setembro 15

outubro 15

novembro 15

dezembro 15

USD

Cotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)  

 

A evolução do preço das matérias‐primas  teve  também um  impacto direto nos níveis de 

inflação  dos  principais  países,  a  saber:  (i)  nos  EUA  a  taxa  YoY  foi  de  0,5%  no mês  de 

Novembro, enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, 

a  taxa YoY  foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor  registado em Outubro e a  taxa de 

inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%. 

 

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu‐se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao 

EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% 

face ao USD. 

 

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande  foco de análise em 2016. Para 

além da desaceleração da economia  chinesa, a  situação nestes países encontra‐se ainda 

penalizada pelo  início da subida das taxas de  juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas 

respetivas  moedas,  e  pela  acentuada  queda  dos  preços  das  matérias‐primas.  Um 

enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura  interna na China poderá 

afetar a confiança nos mercados  financeiros e, dessa  forma, comprometer as perspetivas 

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados 

estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à 

forma de conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%. 

 

Fatores como os conflitos no Médio Oriente, atos terroristas e a consequente variação do 

preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 

2016. 

 

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating 

de  Portugal  no  nível  investment  grade  e  como  tal  possibilitando  a  aquisição  de  dívida 

pública por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação 

política e económico‐financeira do país em 2016. 

 

1.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016 

O  ano  de  2016  será mais  um  ano marcado  pela  regulamentação  e  diversas  exigências 

impostas  ao  sector  financeiro,  tanto  para  a  banca  europeia,  através  do  Banco  Central 

Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). 

 

No  início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de 

supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao 

modelo de negócio e à rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos 

próprios,  (iv) na governação do  risco e qualidade de dados e  (v) nos novos  requisitos de 

liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma  

 

das  prioridades  elencadas  e,  em  alguns  casos,  a  implementação  de  algumas  medidas 

estender‐se‐á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos. 

 

Para  além  dos  dois  reguladores  acima  mencionados,  as  instituições  de  crédito  e  as 

sociedades  financeiras  estão  também  abrangidas  pela  regulamentação  emitida  pelas 

autoridades  reguladoras  do mercado  de  capitais  e  das  atividades  de  investimento  (e.g. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em 

implementação  nacional  e  em  consulta,  o  que  naturalmente  inclui  o  Grupo  Crédito 

Agrícola. 

2 European Securities and Markets Authority

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

II. CREDITO AGRICOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 

 2.1. RESULTADO E BALANÇO 

2.1.1. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) 

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 ‐80.584 ‐16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 ‐529.195 ‐12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 ‐209.888 ‐1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 ‐490.565 ‐43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 ‐22.125 ‐15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 ‐50.893 ‐23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 ‐214.098 ‐1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 ‐209.887 ‐1,6%

Balanço

2014 2015Variação

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 ‐56.833 ‐12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 ‐53.737 ‐25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 ‐3.096 ‐1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 ‐69.778 ‐40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 ‐51.622 ‐9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 ‐146 ‐0,1%

Amortizações 14.190 13.170 ‐1.021 ‐7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 ‐73.832 ‐36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 ‐10.134 ‐35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio 

confirmar a  fase de  recuperação e crescimento  iniciada em 2014,  sendo que em 2015 o 

crescimento  do  PIB  foi  de  1,6%.  Para  2016  e  2017,  o  Banco  de  Portugal  prevê  um 

crescimento de 1,7% e 1,8% respetivamente.  

Apesar do  aumento em 2015 da procura  interna,  assistiu‐se  a uma  redução do nível de 

alavancagem  das  famílias  e  das  empresas  não  financeiras  e  consequente  redução  do 

crédito em 4,2%, sendo nas famílias de ‐3,6% e nas empresas de ‐5,0%. 

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 

2015 do negócio bancário  (SICAM) de 32 milhões de euros  face a 2014  (56,5 milhões de 

euros vs. 24,5 milhões de euros), para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 

3,5%. 

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar‐15 jun‐15 set‐15 dez‐15

Caixas  Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o 

produto bancário registou, em sentido  inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta 

sobretudo  de  uma  redução  significativa  dos  resultados  de  ativos  financeiros  disponíveis 

para  venda,  justificado  pela  redução  das  mais‐valias,  que  em  2014  alcançaram  169,1 

milhões  de  euros  e  em  2015  somente  99,3  milhões  de  euros,  o  que  representa  um 

decréscimo  de  41%.  Este  efeito  foi  parcialmente  compensado  através  do  aumento  dos 

outros  resultados  de  exploração  em  334%,  em  resultado  da  alienação  da  participação 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

financeira  das  Caixas  Associadas  no  capital  da  CA  Vida  e  da  CA  Seguros,  no  âmbito  da 

constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que resultou no registo de uma 

mais‐valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas contas 

do Grupo.  

Produto Bancário ‐ SICAM Valores  em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 ‐3 ‐1,2%

Comissões  l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações  financeiras* 79 171 99 ‐72 ‐42,0%

Outros  resultados  de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 ‐49 ‐15,9%

Produto Bancário 473 554 503 ‐52 ‐9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos  de capital

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de 

euros em 2014 para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente: 

i. Do  efeito  preço  negativo  da  redução  de  spreads  na  concessão  /  renovação  de 

crédito a empresas; 

ii. Do  efeito  volume  resultante  do  acréscimo  de  depósitos  de  clientes,  não 

compensada pela  redução das  taxas de  remuneração dos novos depósitos e das 

renovações; 

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito 

(Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e 

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos. 

 

 

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos 

recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua 

margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas 

semelhantes às praticadas no mercado.  

De  qualquer  forma  é  inevitável  que  este  processo  de  convergência  com  o mercado  se 

mantenha em 2016, o que  implicará desafios acrescidos de  rentabilidade para as Caixas 

Associadas.  

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% ‐0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,02% ‐0,03% ‐0,04% ‐0,07% ‐0,12%

dez‐14 jan‐15 fev‐15 mar‐15 abr‐15 mai‐15 jun‐15 jul‐15 ago‐15 set‐15 out‐15 nov‐15 dez‐15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário 

em 9,3%, o  resultado  líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 

56,5 milhões  de  euros,  resultante  fundamentalmente  de  dois  fatores:  (i)  da mais‐valia 

criada com a venda das ações da CA vida e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 

200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (‐36,8%) das provisões e imparidades 

do exercício. 

Valores em milhões de euros

Margem 

Financeira

Comissões 

Líquidas

Res. Op. 

Financeiras

Margem 

Complementar

Produto 

Bancário

Caixas  Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central ‐18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Quanto aos custos de estrutura verificou‐se um  ligeiro aumento de 0,1%  (363 mil euros). 

Este agravamento  justifica‐se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de 

euros (+0,9%). Esta subida contudo foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais 

administrativos (‐0,1%), fruto das negociações centralizadas de contratos e da estratégia de 

contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das amortizações em 7,2%.  

Evolução dos Custos de Estrutura ‐ SICAM Valores  em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos  de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos  de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos  Gerais  Administativos 124 121 121 ‐0,1 ‐0,1%

Amortizações 15 14 13 ‐1,0 ‐7,2%

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Provisões/Imparidades do Exercício Valores  em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 106 160 101 ‐59 ‐37%

Imparidade de outros  activos 44 40 26 ‐14 ‐36%

Total  de provisões  e imparidades  do exercício 150 200 127 ‐73 ‐37%

Total  de provisões  e imparidades  acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura  do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. ‐

Nas  contas  provisórias  de  2015,  é  possível  verificar  que  foram  constituídas  provisões  e 

imparidades líquidas no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 

73 milhões  de  euros  face  a  2014.  Em  relação  ao  rácio  de  cobertura  do  crédito  vencido 

registou‐se  um  aumento,  passando  de  124,7%  em  2014  para  130,8%  em  2015, 

prosseguindo  o  Crédito Agrícola  com  uma  gestão  sã  e  prudente  no  que  respeita  a  esta 

matéria. 

Evolução da carteira de crédito Valores  em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total  sobre clientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros  vencidos 658 672 668 ‐4 ‐0,5%

Relativamente à estrutura de balanço, registou‐se uma redução de 1,6% no ativo total do 

SICAM que passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 

2015. Em 2015 apesar do aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), 

este não  foi  suficiente para  compensar  a  redução no  valor das  aplicações em  títulos de 

12,4% (‐529 milhões de euros face a 2014).  

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

43

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o 

crédito a particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 

3,4%, o que  representa um aumento de 246 milhões de euros, que  inclui um  reforço de 

imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%). 

Crédito a clientes Valores  em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

O  passivo  total  do  SICAM  reduziu  cerca  de  214 milhões  de  euros, muito  por  conta  do 

reembolso ao Banco Central Europeu  (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio 

registou um aumento de 4 milhões de euros. 

Valores  em milhões de euros

Activo PassivoCapitais 

Próprios

Caixas  Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 

2014, alcançou um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 

68,9%.  Este  nível  do  rácio  de  transformação  é  justificado  pelo  facto  do montante  dos 

recursos  de  clientes  ser  significativamente  superior  ao  valor  do  crédito  a  clientes, 

mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante abaixo do 

praticado pela restante banca em Portugal. 

44

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos  de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. ‐

Evolução do crédito e recursos de clientes

2.1.2. Outros Factos Relevantes 

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois 

conseguiu  demonstrar  os  valores  e  as  iniciativas  que  esta 

instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento 

perante  os  portugueses  tem  sido  evidente,  e  ficou  patente 

nos  resultados  obtidos  não  só  pelo  estudo  promovido  pela 

Aximage  em  2014,  que  revelou  que  o  Crédito  Agrícola  é  o 

segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas 

também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na 

categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.  

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, 

donde se destacam: 

O  ciclo de  seminários  sobre o  tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do 

“Prémio  Empreendedorismo  e  Inovação”,  acentuando  o  posicionamento  de  grupo 

financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;  

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

O workshop  “Cooperar  para  Exportar”  dirigido  a  empresários  e  produtores  do  sector 

hortofrutícola; 

A homenagem às 193 empresas clientes CA  (mais 105 empresas  face ao ano anterior) 

com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014,  realizada pelo  segundo ano 

consecutivo, num evento que  sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, 

para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; 

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, 

realizado  juntamente  com  a  Associação  dos  Escanções  de  Portugal,  destinado  a 

Produtores e Cooperativas de  todas  as  regiões  vitivinícolas do país. As  cerimónias de 

entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria 

& Horexpo Lisboa 2015”; 

A  associação  à  Academia  do  Centro  de  Frutologia  Compal,  pela  4ª  vez  consecutiva, 

tendo, em 2015, sido desenvolvida uma ação de formação e apoio à instalação frutícola 

destinada  a  empreendedores  agrícolas  que  se  pretendem  instalar,  aumentar  ou 

reconverter a sua exploração agrícola. 

 

Quanto ao  reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola  foi galardoado com  seis 

distinções  em  diversas  áreas:  banca,  seguros  e 

fundos de  investimento. O Banco  foi considerado, 

pela  revista  britânica  The  Banker,  no  seu  estudo 

“Top 1000 World Banks”, o  terceiro mais  sólido a 

operar  em  Portugal  e  o  primeiro  de  capitais 

exclusivamente nacionais.  

 

A  CA  Seguros,  a  seguradora  não  vida  do  Grupo 

Crédito  Agrícola,  foi  eleita,  pela  quinta  vez,  a 

Melhor  Seguradora  Não  Vida  do  seu  segmento.  Esta  distinção  resulta  de  um  estudo 

realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.  

 

O  Fundo  de  Investimento Mobiliário Aberto  de Obrigações  CA  Rendimento,  gerido  pela 

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Gest),  foi  distinguido  com  o  prémio  “Gestão  Nacional  de  Organismos  de  Investimento 

Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”. 

 

Em  2015,  o  serviço  Balcão  24  terminou  com  249  balcões  em  funcionamento,  o  que 

representa  um  crescimento  de  6%  face  a  2014  (236  balcões).  É  ainda  de  salientar  a 

evolução semestral do volume de transações realizadas no serviço Balcão 24, que registou 

um crescimento de 6% face a igual período de 2014.  

No  ano 2015,  registou‐se um  aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, 

passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a  tendência de 

decréscimo verificada no mercado (‐2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota 

de mercado em 0,5 p.p. O número de transações em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 

2015. 

 

A  instalação  de  terminais  de  pagamento  automático  (TPA)  continuou  a  registar  uma 

evolução positiva, verificando‐se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 

2014) e do número de  transações efetuadas  (+24,5%  face a 2014). O  serviço Rede CA & 

Companhia  continua  a  consolidar  a  sua  posição,  tendo  apresentado  em  2015  um 

crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático 

do Crédito Agrícola. 

 

Durante  o  ano  de  2015  verificou‐se  um  aumento  da  carteira  global  de  cartões  de 

pagamento,  sendo que  a  carteira de  cartões de pagamento  a débito  cresceu  10,4%  e  a 

carteira de  cartões de pagamento  a  crédito  aumentou 2,6%.  Esta evolução originou um 

crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 

0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 

2015 evidenciou  igualmente um aumento do número de transações com cartões (+8,1%), 

assim como, um aumento do volume de transações em valor (+6,3%). 

 

No  âmbito  da  estratégia  de  estabelecimento  de  parcerias  com  entidades  do  segmento 

institucional,  o  Crédito  Agrícola  celebrou  um  protocolo  de  parceria  com  a  Associação 

Portuguesa  de  Imprensa  no  final  de  2015,  aproveitando  igualmente  para  assinar  um 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social 

associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. 

 

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas ações juntos dos meios 

de  comunicação  social,  de  âmbito  nacional  e  regional,  bem  como  a  realização  de 

entrevistas  individuais  concedidas  pelo  Presidente  do  CAE  da  Caixa Central  em  diversos 

meios de comunicação. 

 

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro‐campanhas: 

“Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objetivo promover as 

soluções de crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e 

“CA Destino”, que desafiou os  jovens a poupar de modo a habilitarem‐se a ganhar 

passagens áreas duplas para a Europa. 

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor  forma,  iniciando a 

sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao 

target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano 

com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook. 

 

Em 2015  registaram‐se 19.192.755  visitas ao  site  institucional do Grupo Crédito Agrícola 

(+28% face a 2014), o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 

5.499.609 visitantes únicos. 

 

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o patrocínio 

a um programa  televisivo  inovador, denominado “1 Minuto de 

Economia”.  Tratando‐se  de  um  programa  sobre  a  atualidade 

financeira  com  um  formato  diferenciador  transmitido 

diariamente no canal SIC, permitido impactar mais de 1.300.000 

telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.  

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de 

patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como: 

Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, 

em motociclismo; 

João Ruivo, Vice‐Campeão Nacional de Rali na Categoria I; 

Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro 

Lopes  por  ter  alcançado  o  título  de  Campeão  Nacional  de 

Contra‐relógio, na categoria de cadetes; 

33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta; 

Entre outros eventos e atletas. 

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as 

quais,  o  Salão  Imobiliário  de  Portugal  (SIL),  Salão  Internacional  do  Sector  Alimentar  e 

Bebidas  (SISAB),  PORTUGAL  AGRO,  Fruit  Logistica  e  Fruit  Attraction  e  Festa  dos  Santos 

Populares em Paris.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

 

 

 

 

1 – EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO DA CCAM PAREDES, C.R.L. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1.1 ‐ VOLUME DE NEGÓCIOS   

 

No  quadros  seguintes,  expomos  toda  a  interação  implementada  com  a  Caixa  Central 

(departamento de dinamização do negócio), e permite‐nos verificar que  toda a atividade 

comercial resultou de forma positiva, não fosse a comercialização de fundos e a atividade 

crediticia no  segmento de  empresas, não  ter  atingido o  nivel  anteriormente objetivado, 

teriamos  feito o pleno em  termos de  cumprimento de  todas as  rubricas  (24), acordadas 

com a Caixa Central. 

O  total  dos  recursos  da  Caixa,  tiveram  uma  evolução  de  6,38%,  ultrapassando  os  78 

milhões de euros, conforme se pode aferir no quadro abaixo, onde inclui toda a atividade 

comercial da  institutição em  termos de captação de  recursos  (inclui os produtos  fora do 

balanço). 

Actividade Comercial (Recursos)

Indicador 2014-12-31 2015-10-31 2015-11-30 2015-12-31 Variação período

homólogoRecursos de Clientes e Outros Empréstimos 65.626.765 € 66.669.761 € 66.814.884 € 69.046.576 € 5,21 %Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 0 € 0 € 0 € 0 € 0,00 %Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 1.444.176 € 1.523.548 € 1.543.215 € 1.661.271 € 15,03 %Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management)

569.832 € 737.928 € 789.974 € 806.658 € 41,56 %

Seguros de Capitalização CA Vida 5.719.069 € 6.363.479 € 6.450.075 € 6.528.320 € 14,15 %TOTAL 73.359.842 € 75.294.716 € 75.598.147 € 78.042.825 € 6,38 %

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1.2 – PLANO DE AÇÃO COMERCIAL  No quadro abaixo, apresentamos o plano que acompanhamos periodicamente, adaptando 

com  a  Caixa  Central  sempre  que  necessário,  conforme  as  prioridades  e  estratégias 

definidas. 

 

 

1.3 – CRÉDITO 

 

1.3.1 ‐ CRÉDITO CONCEDIDO 

 Continuamos a adotar critérios prudentes na análise de  risco, privilegiando a capacidade 

dos mutuários em termos de geração de rendimentos futuros, isto é, mutuários com maior 

qualidade creditícia, em detrimento dos mutuários sem viabilidade económica. No entanto 

conseguimos um crescimento do crédito concedido de 4.21% em relação ao ano anterior. 

Infelizmente,  continuamos  com  um  reduzido  rácio  de  transformação  (crédito 

total/depósitos),  a  rondar os 68%.  Em  termos de  garantias  reais,  foi nossa preocupação 

continuar a reforçar as garantias das operações de crédito, prova disso, foi o aumento das 

mesmas em quase dois por cento. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 1.3.2‐CRÉDITO VENCIDO  Como  já  referimos, assistimos durante o ano 2015 a alguma deterioração da carteira de 

crédito. O  rácio  do  crédito  em  incumprimento  atingiu  o  valor,  definido  para  nós  como 

limite, de 5%. 

No crédito vencido líquido, o rácio chegou aos 1,4% mais 15,70% do que o ano anterior. Em 

termos  de  provisões  para  o  crédito  vencido,  continuamos  com  um  grau  de  cobertura 

reforçado de 74%. 

 

   

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   1.4 – RECURSOS  Os recursos totais dos clientes, continuam a evoluir positivamente, com um crescimento de 

5,12%  referente  ao  período  homólogo.  Assim  o  total  de  depósitos  ultrapassou  os  69 

milhões de euros. Voltamos a verificar, que ano após ano, a Caixa volta a ser um refúgio 

para  as  famílias  e  empresas  da  região,  pois mesmo  com  as  taxas muito  perto  do  zero, 

continuam a procurar a sua Caixa Agrícola para fazer as suas poupanças. 

 

 

 

 

O  valor  total  dos  depósitos  à  ordem,  já  representa  perto  de  30%  do  valor  total  dos 

recursos. 

 

0 €

10.000.000 €

20.000.000 €

30.000.000 €

40.000.000 €

50.000.000 €

60.000.000 €

70.000.000 €

2011 2012 2013 2014 2015

Depósitos à Ordem

Poupanças e DPs

Recursos

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1.5 ‐ ATIVIDADE SEGURADORA 

 

1.5.1‐SEGUROS DE RAMOS REAIS 

 A carteira dos seguros de ramos reais, teve uma evolução muito positiva, atingindo no final 

do ano € 616.072,16, o que corresponde a um crescimento de mais de 8% em relação ao 

ano anterior. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.5.2‐SEGUROS DO RAMO VIDA 

 Também nesta componente de negócio, complementar à nossa atividade, tanto ao nível de 

captação de  recursos  (seguros de  capitalização),  como os  seguros de  vida  risco,  a Caixa 

cumpriu os objetivos negociados com a CA Vida, em 114,5%, chegando a um valor total de 

comercialização destes produtos, de €1.475.077,20. 

 

 

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1.6 ‐ CA GEST – Fundo Investimento Mobiliário 

 A comercialização de fundos mobiliários, não teve o comportamento desejado, no entanto 

a carteira cresceu durante o ano 2015, 15,03%.

1.7 ‐ Fundo Investimento Imobiliário Em relação ao nosso fundo imobiliário, CA Património Crescente, no ano 2015 a

comercialização deste fundo, atingiu um valor a passar os 800 mil euros, o que

corresponde a um crescimento de 41,50% em relação ao ano anterior

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1.8 ‐ LOCAÇÃO FINANCEIRA  

Nesta atividade creditícia da Caixa, depois de um pequeno resfriar de produção deste tipo 

de  produto,  que  se  vinha  a  verificar  nos  últimos  anos,  fruto  da  própria  conjuntura, 

verificamos agora uma pequena recuperação na procura deste  tipo de operações. Assim, 

chegamos ao final de 2015 com a carteira de leasing a ultrapassar um milhão de euros. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

 

 

 

 

2‐INDICADORES,  EFICIÊNCIA  E  RENTABILIDADE  DA  CCAM  DE 

PAREDES, CRL. 

  

   

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2.1 – RÁCIOS NORMATIVOS DA CAIXA CENTRAL 

 Seguindo o quadro de  rácios normativos da Caixa Central, verificamos, que conseguimos 

cumprir  com  um  dos  grandes  objetivos  desta  gestão,  conseguir  estar  dentro  das 

recomendações da organização que nos superintende. Este era um objetivo estrela, que foi 

plenamente atingido. 

De  referir  em  especial  o  rácio  de  eficiência,  que  para  uma  organização  de  reduzida 

dimensão e a exercer uma atividade altamente regulamentada, com exigências prudências, 

e de Compliance muito elevadas,  sempre  se  torna muito difícil  conseguir uma eficiência 

enquadrada  dentro  do  parâmetro  exigido,  no  entanto,  conseguimos  um  rácio  “cost  to 

income” de 57,72%, evidenciando uma clara tendência de melhoria da eficiência na gestão 

do  negócio  (maior  produto  bancário  global  e  não  crescimento  do  total  dos  custos 

operacionais). 

Rácios Normativo Caixa Central Unidade: €uro

Rácio Orientação 31-12-2011 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015

Variação período

homologo Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido

≤ 3% 2.43 % 4,04 % 1,93 % 1,21 % 1,40 % 15,70%

Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total

≤ 5% 2.27 % 5,67 % 4,28 % 4,10 % 4,53 % 10,49%

Rácio de Eficiência

< 60% 66.68 % 62,35 % 60,04 % 61,91 % 57,72 % -6.77%

Produtividade: > €

3.000.000 3.070.789 € 3.334.319 € 3.391.510 € 3.496.427 € 3.907.167 € 11,75% Ativo Líquido/Nº Empregados Produto Bancário/Nº Empregados

> € 110.000 122.909 € 128.191 € 139.783 € 141.747 € 155.302€ 9,56%

Comissões Líquidas/Produto Bancário

> 20% 39.86 % 42,76 % 36,86 % 36,16 % 35,98 % -0,50%

Garantias obtidas para o crédito concedido

Reais > 65% 70.64 % 72,15 % 75,70 % 76,42 % 77,88 % 1,91%

Rácio de Transformação

< 85% 83.55 % 77,09 % 73,00 % 70,67 % 68,31% -3,34%

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2.2 ‐ EVOLUÇÃO DO RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO 

 Mesmo  com  a  forte  dinâmica  que  se  verificou  durante  o  ano  a  que  este  relatório  se 

reporta, no crédito concedido, continuamos com o valor do rácio de transformação muito 

baixo, pouco mais do que sessenta e oito por cento. 

2.3 ‐ EVOLUÇÃO DO ROA, ROE E RÁCIO DE SOLVABILIDADE  Conforme podemos ver no quadro seguinte, a Caixa confirma a sua tradicional capacidade 

de, perante  todas  as  adversidades,  conseguir níveis de  rentabilidade e  rendibilidade, de 

elevada relevância, bem acima da média do SICAM. 

O rácio de solidez “Common Equity Tier 1” (uma relação entre o capital próprio e os ativos 

ponderados pelo risco)  fixou‐se acima dos 26%, valor que ultrapassa em muito o mínimo 

exigido pelo BCE, que é de 8%. 

De referir que os valores apresentados no quadro abaixo, a partir de 2014, já reflete o rácio 

devidamente enquadrado no novo  regulamento  comunitário  (EU) nº.575/2013 de 26 de 

junho de 2013. 

  Rácios 2011 2012 2013 2014 2015

Roa 0,81 0,45 0,39 0,84 0,98

Roe 6,60 3,81 3,25 6,95 8,04

Rácio Solvabilidade (CET 1)

22,30 21,80 23,90 25,00 26.00

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2.4 – MARGEM FINANCEIRA Sendo esta a componente mais relevante e decisiva no âmbito do produto bancário,

merece sempre permanente e especial atenção no desenvolvimento de toda a nossa

gestão. Prova disso e como resultado, verificamos que, não obstante estarmos a viver uma

conjuntura inédita de taxas de juro de nível muito baixo, conseguimos uma evolução

favorável em relação ao ano anterior de mais 14%.

 

 

 

 

   

 

     2.4.1 – MARGEM COMPLEMENTAR  O  comportamento  desta  margem,  também  teve  um  crescimento  acima  dos  9%, 

principalmente  fruto  das  comissões  recebidas  pela  nossa  atividade  de  banca/seguros, 

tendo  recebido  de  comissões  das  nossas  duas  companhias  CA  Seguros  e  CA  Vida, 

€154.904,00  e  €88.249,00  respetivamente  e  que  correspondeu  na  sua  totalidade mais 

€73.000,00 do que no ano anterior.  

0 €

500.000 €

1.000.000 €

1.500.000 €

2.000.000 €

2.500.000 €

2011 2012 2013 2014 2015

Margem Financeira

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2.4.2 – PRODUTO BANCÁRIO 

 O  ano  2015  cifrou‐se por um  crescimento de mais de  9,5%,  como  atrás  referimos,  este 

desenvolvimento,  foi  essencialmente  influenciado  pelo  fantástico  comportamento  da 

margem financeira, que já representa quase 65% de todo o produto bancário.  

 

 

2.5 ‐ RECURSOS HUMANOS 

 

2.5.1 ‐ CUSTOS COM O PESSOAL 

 Conforme  expectávamos  e  já  previsto  em  orçamento  e  depois  de  termos  conseguido 

reduzir em 2014 quase 3% dos custos, o ano 2015 teve um crescimento de 8%, influenciado 

por vários  fatores, a  saber: Utilização de estágios profissionais, atribuição de prémios de 

antiguidade  em  cumprimento  com  o  ACTV,  subidas  de  níveis  (uns  por  obrigatoriedade, 

outros por mérito e alteração de funções) e algumas atribuições de isenção de horário. 

900.000 €

950.000 €

1.000.000 €

1.050.000 €

1.100.000 €

1.150.000 €

1.200.000 €

1.250.000 €

2011 2012 2013 2014 2015

MargemComplementar

0 €

500.000 €

1.000.000 €

1.500.000 €

2.000.000 €

2.500.000 €

3.000.000 €

3.500.000 €

4.000.000 €

2011 2012 2013 2014 2015

Produto Bancário

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Mesmo assim, temos conseguido não aumentar o quadro do pessoal, continuando a “fazer 

mais e melhor com os mesmos “. 

 

  2.5.2 – FORMAÇÃO  Esta é uma das componentes mais importantes, para manter os níveis de profissionalismo 

acima da média,  consideramos os  colaboradores  com um ativo  intangível da  instituição, 

capital  intelectual, como um elemento  fundamental na criação de valor da Caixa Agrícola 

de Paredes. 

Para além do normal apoio e patrocínio que a Caixa dá,  também  fomenta e  incentiva os 

quadros da Caixa que não têm formação académica superior, a frequentar um curso, a fim 

de  tirar uma  licenciatura que  lhe seja  importante no exercício das  funções ao serviço da 

nossa Instituição. 

Mais de 60 % dos elementos que compõem o quadro da Caixa já têm formação superior. 

Durante o ano de 2015 os colaboradores participaram nas seguintes formações: 

‐ Ação de divulgação e partilha – Auditorias Comuns SICAM; 

‐ Ações de divulgação e partilha de conhecimentos – Seguros Não Vida; 

‐ Ações de divulgação e partilha de conhecimentos – Seguros Não Vida e formação seguros 

empresas; 

‐ CA Comercial + ‐ E‐Learning; 

‐ CA Comercial + Presencial – Coordenadores Comerciais; 

‐ Conhecimento moeda metálica do Euro 2015; 

‐ Conhecimento da Nota Euro 2015; 

‐ Curso de fundamento da banca; 

‐ Formação “CA GPS”; 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

‐ Formação adoção do regime FATCA – E‐Learning; 

‐ Formação CA Seguros – sistema operativo (COGEN) e aplicações; 

‐ Mediador de seguros ligado; 

‐ Portal e compras do Crédito Agrícola; 

‐ Prevenção Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2014‐A; 

‐ Prevenção Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2014‐B; 

‐ Projeto PMO Strem 4.1. – Dossier Digital de Cliente; 

 ‐ Recuperação de Crédito <90 dias; 

‐ S.A. Demostração da aplicação SAVE – Sistema de apoio à venda e emissão – Seguros Não 

Vida; 

‐ S.E. “ Aplicação Service Desk CAS – Portal de registo de pedidos de serviços e incidentes; 

‐ Saberes + ‐ módulo OBG; 

‐ Saberes + ‐ Módulo Sistemas Informáticos RURIS; 

‐ Sessões de apresentação “Controlo Interno”; 

‐ Sessões de apresentação – Nova Lei Impacto no CAPC; 

‐ Sessões de apresentação – PBC‐FT e Gestão de Reclamações; 

‐ Sessões de apresentação “ Ferramenta de Recuperação JVRIS”; 

 ‐ Sessões de apresentação e Divulgação – Seguros Agrícolas; 

‐  Sessões  de  apresentação  Fundo  de  Investimento  Mobiliário  Aberto  e  Flexível  –  CA 

Flexível; 

‐ Sessões de apresentação sobre mapas FINREP individual; 

‐ Sessões de esclarecimento “Alterações Regime Fiscal Fundos de Investimento”. 

 

2.5.3 ‐ GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS 

 Ao  contrário  do  que  aconteceu  nos  custos  com  o  pessoal,  nesta  rubrica  dos  custos 

operacionais e de funcionamento, depois de o ano 2014 se cifrar por um aumento acima 

dos 12 por cento, exercemos uma  forte pressão, sobre a globalidade dos gastos gerais a 

ponto de chegarmos ao fim do ano, com uma redução em relação ao ano anterior no valor 

de quase 3%. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

2.6 ‐ EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS 

 

 Relativamente  ao  resultado  líquido  da  Caixa,  apraz  verificar,  que  esta  continua  com 

capacidade de criar  resultados. No exercício de 2015 a Caixa atingiu um  resultado muito 

perto dos 800 mil euros, mais de 26% do que no ano anterior. 

Para a nossa organização, o resultado é muito  importante, pois é certo que praticamente 

na sua totalidade tem como destino o reforço dos capitais da Caixa. 

 

      

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

          3‐SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL DA CCAM PAREDES, CRL.      

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

3.1 ‐ EVOLUÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO 

 Conforme  verificamos,  a manutenção  da  rentabilidade  a  níveis  elevados,  não  tem  sido 

afetada  pela  também  evolução  positiva  que  o  ativo  da  Caixa  tem  vindo  a  verificar  nos 

últimos anos. O aumento em relação ao ano anterior de mais de 2 dígitos, elevou o valor 

muito perto dos 86 milhões de euros. Para além da normal atividade da Caixa, que permite 

o crescimento gradual em termos estruturais e de balanço, também o facto de podermos 

ser contemplados com uma  linha de refinanciamento  (TLTRO) do Banco Central Europeu, 

estando  a  nós  disponibilizado  um  valor  de mais  de  5 milhões  de  euros,  influenciou  o 

aumento do ativo. 

 

3.2 ‐ APLICAÇÕES NA CAIXA CENTRAL 

 As aplicações dos nossos excedentes na Caixa Central, cresceram acima dos 26%, atingindo 

um saldo em final do ano no valor de €34.296.997,00. Isto deve‐se ao facto de, tendo sido 

um ano de  forte dinâmica na atividade creditícia, não  tem  sido  suficiente para elevar os 

níveis de transformação, que continuam muito baixos. 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

3.3 ‐ EVOLUÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS 

 

3.3.1 – EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 

 O capital social teve um aumento de €478.475,00, o que correspondeu a um crescimento 

de  quase  8%.  Atingiu  um  valor  de  €6.606.107,00,  consequência  da  incorporação  de 

reservas  livres para reforço de capital, aprovado em Assembleia Geral de 31 de março de 

2015  e  de  entrada  de  novos  sócios  e  subscrição  de  títulos  por  parte  dos mesmos  (ver 

quadro de movimento dos sócios). 

 

Movimento Sócios durante o ano de 2015

Sócios existentes em 31-12-2014 2701Sócios Admitidos durante o ano de 2015 299Sócios Demitidos durante o ano de 2015 95Sócios Exonerados durante o ano 2015 36Sócios Existentes em 31-12-2015 2905

 

3.3.2 – EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO LIQUIDA 

 O exclusivo destino dos  lucros gerados pela Caixa é o  reforço da  sua  situação  líquida. O 

estatuto, missão e seus valores assim o exigem  fazendo com que nos torne sempre mais 

fortes e com elevados níveis de solvabilidade. A Caixa atingiu no final do ano, um valor de 

€10.544.566,00, mais de 9,50% do que no exercício anterior. 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

4 – PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS DA CCAM DE 

PAREDES, CRL 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

De acordo com os estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação dos 

resultados líquidos do exercício no montante de €783.498,52 para: 

 a) Reserva Legal……………………………………………………………………………………………€156.699,70 

b) Reserva para Educação e Formação Cooperativa………………………………………..  €7.834,99 

c) Reserva para Mutualismo………………………………………………………………….……….. €7.834,99 

d) Reserva para remuneração dos Títulos de Capital‐‐………………………………….…€50.000,00          

e) Resultados transitados *………………………………………………………………….……….....€6.628,00 

f) Reservas Livres……………………………………………………………………………………..…. €554.500,84 

 

O Conselho de Administração propõe à Assembleia, a remuneração do Capital detido pelos 

Associados à taxa de 2% ao ano, utilizando para o efeito o valor de €54.000,00 das Reservas 

Livres e que a remuneração seja convertida em títulos de capital.** 

O Conselho de Administração propõe ainda à Assembleia, que nos termos da Alínea d) do 

nº. 2 do  art.º 8, dos estatutos desta Caixa,  a  transferência de €350.000,00  (Trezentos e 

cinquenta mil euros) das reservas livres, para reforço do Capital Social. 

 

 

*Para cobertura do saldo negativo, resultante da alteração de políticas contabilísticas – IAS 

19 (encargos com pensões). 

**Sujeita a autorização do Banco de Portugal (Recomendação do BCE) 

 

 Paredes, 17 de fevereiro de 2016    

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO  

António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Vitor Manuel Ferreira Silva 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

 

5 – NOTA FINAL 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

O Conselho de Administração, declara aqui o seu apreço a todos os intervenientes, que de 

forma direta ou  indireta, muito  contribuíram para a obtenção dos objetivos propostos e 

valorização dos resultados alcançados, destacando‐se em especial: 

‐todos os colaboradores, pela dedicação e competência demonstrada no exercício das suas 

funções; 

‐ Sócios e clientes pela preferência que nos têm concedido; 

‐ À federação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM); 

‐ À Caixa Central; 

‐ Ca Seguros, CA Vida, CA Gest, CA Serviços e CA Informática; 

‐ Banco de Portugal; 

‐ Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo;  

 

    Paredes, 17 de Fevereiro de 2016       

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO  

António Francisco Coelho Pinheiro  

Rui Manuel Moreira Coelho  

Vítor Manuel Ferreira Silva     

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

 

 

 

6 – ANEXOS 

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Paredes) é uma instituição de crédito constituída em 23 de Janeiro de 1987 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avª Comendador Abílio Seabra n.º 138, em Paredes e através de uma rede de 7 balcões situados nos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira. Os eventos mais relevantes que ocorreram na Caixa durante o ano 2015 e que tiveram impacto nas contas da CCAM, foram os seguintes: - Incorporação de reservas no capital próprio; - Obras em 3 balcões. - Aumento substancial no ativo e passivo da Caixa na ordem de quase 5 milhões de euros, resultante das Linhas de Refinanciamento (TLTRO) do Banco Central Europeu.

“Nota: Acontecimentos após a data de balanço As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 17 de Fevereiro de 2016. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral. Entre a data de balanço e a data de autorização para emissão das demonstrações financeiras não foram recebidas quaisquer informações acerca de condições que existiam à data de balanço, pelo que não foram efetuados ajustamentos das quantias reconhecidas nas presentes demonstrações financeiras”.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro-rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo

deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento

do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.

Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo

com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2015, estão pendentes de

aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como

as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo

com as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras pró-forma).

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo

são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra-patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos

mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos

da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos ativos financeiros e extra-

patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com exceção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis

na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do

artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que

cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens

fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,

passivos financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao

justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e

o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com

este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em

mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros

futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com

base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na

data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 2015, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de

Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de 0 Euros, descritos na Nota 32.

vi) Imparidade em ativos financeiros

A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção

de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas

por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extra-patrimoniais pelo respetivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que

respeita a futuros transacionados em mercados organizados); Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

As caraterísticas económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

valor, com as variações no justo valor refletidas em resultados.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objetivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à atividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspetos:

Objetivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação

de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do(s) risco(s) coberto(s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efetuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efetuados testes de eficácia prospetivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflete igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é refletido em rubricas de “Resultados em ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são refletidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no ativo e passivo, respetivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são refletidas nas rubricas onde se encontram registados esses ativos e passivos.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados

ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objetivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são refletidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

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Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da Caixa. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Ativos tangíveis disponíveis para venda

Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expetável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual; Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano

após a classificação do ativo nesta rubrica.

Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida . De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,

assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção da IAS 19.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e

passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por

empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

m) Locação financeira Os ativos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS- Não aplicável

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a totalidade dos

elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efetuadas em Portugal.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a segmentação dos

resultados da Caixa por linhas de negócio é a seguinte:

Dezembro 2014Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total

Margem financeira 1.942.796 - - - 1.942.796

Rendimentos de instrumentos de capital 2.003 - - - 2.003

Resultados de serviços e comissões 1.127.606 - - - 1.127.606

Outros resultados de exploração e outros 46.037 - - - 46.037

Produto bancário 3.118.443 - - - 3.118.443

Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (1.851.991) - - - (1.851.991)

Amortizações do exercício (78.602) - - - (78.602)

Provisões e imparidade (395.022) - - - (395.022)

Resultado antes de impostos 792.828 - - - 792.828

Impostos (170.799) - - - (170.799)

Resultado líquido do exercício 622.029 - - - 622.029

Activos financeiros detidos para negociação - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 150 - - 150

Aplicações em instituições de crédito 27.181.012 - - - 27.181.012

Crédito a clientes 43.146.774 - - 43.146.774

Recursos de outras instituições de crédito 691.026 - - 691.026

Recursos de clientes e outros empréstimos 65.626.765 - - - 65.626.765

dez-15Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total

Margem financeira 2.216.127 - - - 2.216.127

Rendimentos de instrumentos de capital 2.004 - - - 2.004

Resultados de serviços e comissões 1.229.417 - - - 1.229.417

Outros resultados de exploração e outros (30.905) - - - (30.905)

Produto bancário 3.416.643 - - - 3.416.643

Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (1.897.521) - - - (1.897.521)

Amortizações do exercício (74.438) - - - (74.438)

Provisões e imparidade (399.607) - - - (399.607)

Resultado antes de impostos 1.045.077 - - - 1.045.077

Impostos (261.578) - - - (261.578)

Resultado líquido do exercício 783.499 - - - 783.499

Activos financeiros detidos para negociação - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 314 - - 314

Aplicações em instituições de crédito 34.296.997 - - - 34.296.997

Crédito a clientes 44.842.942 - - 44.842.942

Recursos de outras instituições de crédito 5.193.932 - - 5.193.932

Recursos de clientes e outros empréstimos 69.046.576 - - - 69.046.576

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Caixa:Moedas nacionais 657.840 477.375 Moedas estrangeiras - -

657.840 477.375

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

657.840 477.375

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 274.945 720.703Cheques a cobrar 970.189 755.758Outras disponibilidades - -

1.245.134 1.476.461

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 89 111

1.245.224 1.476.573

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS - Não aplicável 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida -Fundo Compensaçao Trabalho 150 314Instrumentos de capital - -Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade - -

150 314

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015Aplicações em Instituições de Crédito no País:

No Banco de Portugal:Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 26.934.852 34.110.188Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações 246.161 186.809

27.181.012 34.296.997Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:

Bancos Centrais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -Organismos financeiros internacionais:

Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -27.181.012 34.296.997

Provisões - -27.181.012 34.296.997

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2015

Até três meses 693.964Entre três meses e um ano 6.200.000 5.450.000Entre um ano e três anos 18.493.088 28.096.088Entre três e cinco anos 983.700Mais de cinco anos 564.100 564.100

26.934.852 34.110.188Juros a receber 246.161 186.809

27.181.012 34.296.997

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Crédito internoMédio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 2.960.796 1.546.429Empréstimos à habitação regime geral 8.108.419 11.162.613Empréstimos com garantia real 19.726.284 20.777.689Empréstimos sem garantia real 8.393.512 7.534.460Contratos de locação financeira

Clientes-consorcio - 129.949CCAM -Empresas do grupo

Empréstimos não subordinados-Galp Energia 500.000 500.000Curto prazo

Outros créditosCartão crédito 138.588 169.347Outros créditos (desconto s/Gar real) 284.932 183.351

Créditos em conta correnteClientes(com garantia real) 1.120.000 896.500Clientes (sem garantia real) 1.405.262 1.235.830

Descobertos em depósitos à ordem 43.401 21.925

Empresas do grupo - -Outros residentes - -

42.681.194 44.158.093Crédito ao exteriorMédio e longo prazo

Empréstimos 162.506 334.903Curto prazo

Outros créditosDescobertos dep.ordem - não residentesOutros créditos a clientes - 1.391

162.506 336.294

Juros a receber 127.565 96.533

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido (181.882) (202.051)

(181.882) (202.051)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 42.789.382 44.388.868

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 1.869.659 2.201.483Juros vencidos 234.495 194.208Total crédito e juros vencidos 2.104.153 2.395.691

44.893.536 46.784.559

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (1.584.098) (1.772.697)Para crédito de cobrança duvidosa (162.664) (168.919)

(1.746.762) (1.941.616)

43.146.774 44.842.943

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 368 683 Euros e 393 550 Euros, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2015

Até três meses 3.293.291 2.234.638Entre três meses e um ano 2.967.245 2.473.329Entre um ano e cinco anos 5.845.248 6.745.929Maior de 5 anos 30.058.163 32.932.001Duração indeterminada 2.729.588 2.398.662

44.893.536 46.784.559

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE - Não aplicável 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA – Não aplicável 14. DERIVADOS DE COBERTURA – Não aplicável

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.195.779 1.195.779Equipamento - -Outros - -

1.195.779 1.195.779

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

1.195.779 1.195.779Imparidade:

Imóveis (50.555) (123.055)Equipamento - -Outros - -

1.145.225 1.072.725

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e de 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

104

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações e imparidadde imparidadede imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.257.547 (50.555) 780.212 (841.980) - - 1.195.779 (50.555) 1.145.225Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.257.547 (50.555) 780.212 (841.980) - - - 1.195.779 (50.555) 1.145.225

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações e imparidadde imparidadede imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.195.779 (50.555) - 1.195.779 (123.055) 1.072.725Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.195.779 (50.555) - - - - - 1.195.779 (123.055) 1.072.725

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2014 31-12-2015

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO – Não aplicável 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e de 2015 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações ValorDescrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 228.687 - - 70.000 - - - - - 298.687Edificios 811.388 (124.333) - - - (16.213) - - - 670.842Outros 142.186 (12.797) - - - (2.844) - - - 126.545

Obras em imóveis arrendados 173.343 (26.404) - - - (17.334) - - - 129.604 Outros imóveis - - - - - - - - - -

1.355.604 (163.534) - 70.000 - (36.391) - - - 1.225.678

Equipamento: Mobiliário e material 166.618 (133.874) - - (11.909) - - - 20.835 Máquinas e ferramentas 192.497 (170.621) - - (8.338) - - - 13.538 Equipamento informático 48.213 (48.163) - - - (50) - - - (0) Instalações interiores 407.363 (394.432) - - - (2.630) - - - 10.301 Material de transporte 121.254 (56.151) - - - (6.983) - - 58.121 Equipamento de segurança 139.090 (89.539) - 3.646 - (9.601) - - - 43.597 Outro equipamento 45.568 (42.868) - - - (2.700) - - - 0

1.120.603 (935.647) - 3.646 - (42.210) - - - 146.392

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis: Patrimonio artistico 6.800 - - - - - - - - 6.800

-Activos tangíveis em curso - - - - - - - - -

2.483.007 (1.099.181) - 73.646 - (78.602) - - - 1.378.870

31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 298.687 - - - - - - - 298.687Edificios 811.388 (140.546) - - - (16.213) - - - 654.629Outros 142.186 (15.641) - - - (2.844) - - - 123.702

Obras em imóveis arrendados 173.343 (43.738) - (17.334) - - - 112.270 Outros imóveis - - - - - - - -

1.425.604 (199.925) - - - (36.391) - - - 1.189.287-

Equipamento: - Mobiliário e material 166.618 (145.783) - 65.544 - (10.439) - - - 75.940 Máquinas e ferramentas 192.497 (178.959) - 4.640 - (5.876) - - 12.303 Equipamento informático 48.213 (48.213) - - - - - - Instalações interiores 407.363 (397.062) - 32.763 - (4.497) - - - 38.567 Material de transporte 121.254 (63.133) - 52.500 - (7.858) - - (9.000) 93.763 Equipamento de segurança 142.736 (99.139) - - (9.377) - - - 34.220 Outro equipamento 45.568 (45.568) - - - - - - -

1.124.249 (977.857) - 155.447 - (38.047) - - (9.000) 254.793-

Equipamento em locação financeira: -Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - --

Outros activos tangíveis: - Pareimonio artistico 6.800 - - - - - - - - 6.800

-Activos tangíveis em curso - - - - - - - - -

-2.556.653 (1.177.783) - 155.447 - (74.438) - - (9.000) 1.450.880

31-12-2013

31-12-2014

105

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Nota: Durante o ano de 2015, a CCAM decidiu proceder ao abate de bens que se encontravam obsoletos e sem uso, não tendo estes qualquer impacto nas demonstrações financeiras em termos líquidos por se encontrarem totalmente amortizados (valores brutos € 196.751,16). Procedemos também à troca de 3 viaturas, sendo que as viaturas retomadas tinham um valor residual de € 9.000,00, assim como vendemos algumas máquinas que também já não estavam a uso e se encontravam totalmente amortizadas. Ou seja, tivemos uma baixa na conta de ativos tangíveis no montante de € 244.066,47. 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS – Não aplicável

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014

CCCAM Financeira C 0,437350926 1.324.340 1.324.340Fenacam Comercio e Serviços C 0,005040932 25 25CA Seguros Seguradora C 0,000277778 50 50Ca Vida Seguradora C 0,29982 44.973 44.973CA Informatica Prestação Serviços C 0,065330661 4.401 4.401

1.373.789 1.373.789

Nota: Há uma imparidade registada no montante de € 7,28 para a participação na CA Seguros não evidenciada no mapa. Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 (186)CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900

* Valores em euros Nota: Dados em auditoria, podendo ainda ser alterados 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes:

31-12-2014 31-12-2015

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 240.314 310.934Por prejuízos fiscais reportáveis - -

240.314 310.934

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - -

240.314 310.934

Activos por impostos correntesPagamentos por conta 138.827 140.070Outros 501 501Imposto sobre o rendimento(est)

139.328 140.571

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 15.104 181.310

154.432 321.882

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 foi o seguinte:

31-12-2014

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 19.862 - (2.935) - - 16.927

. Encargos com saúde 207 - (17) - - 190

. Provisões não aceites f iscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 30.002 - 6.539 - - 36.541

Provisões para crédito vencido 187.914 - (50.180) - - 137.734

Provisões para riscos gerais de crédito 37.839 - 3.708 - - 41.547

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Desvios actuariais - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

Custo não f iscalacumulado 14.007 (6.632) 7.375

. Reavaliação de imobilizado não aceite f iscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos f inanceiros derivado - - - - - -

. Valias f iscais - - - - - -

. Prejuízos f iscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) -

289.831 - (49.518) - - 240.314

31-dez-15

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Activos tangíveis e imparidade - - - -

. Activos intangíveis - - - -

. Prémio de antiguidade 16.927 4.228 - - 21.155

. Encargos com saúde 190 - - - 190

. Provisões não aceites fiscalmente: -

Provisões para cobrança duvidosa 36.541 - 911 - - 37.452

Provisões para crédito vencido 137.734 - 58.951 - - 196.685

Provisões para riscos gerais de crédito 41.547 - 5.595 - - 47.142

Provisões para riscos bancários gerais - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - -

Provisões para imóveis - - - -

Provisões para outras aplicações - - - -

Provisões para outros riscos e encargos - - - -

. Pensões

Reformas antecipadas - - - -

Desvios actuariais - - - -

Contribuição efectuada - - - -

Custo Não Fiscal acumulado 7.375 - (3.291) - - 4.084

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - -

. Valias fiscais - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - -

. Comissões - - - -

. Correcções - Valor registado em duplicado (Premio a - - 4.228 - - 4.228

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - -

240.314 - 70.621 - - 310.935 Nota: O imposto diferido relativo ao aumento do prémio de antiguidade do ano 2015 (€ 4.227,98) foi registado em duplicado, no entanto já se encontra refletida a regularização no mês de Janeiro de 2016.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

dez-14 dez-15

Impostos correntes 154.432 321.882

Impostos diferidos 240.314 310.934Registo e reversão de diferenças temporárias 49.516 (70.620)Prejuízos fiscais reportáveis - -

49.516 (70.620)

Total de impostos reconhecidos em resultados 203.948 251.262

Lucro antes de impostos 792.828 1.045.077

Carga fiscal 25,72% 24,04%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções.

Contudo, na opinião do Conselho Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2015 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Imposto apurado com base na taxa de imposto 21,00% 128.788 21,00% 185.518

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais (27.213) 56.833Premio Antiguidade (1.226) 3.946Multas+donativos não aceites 436 359Activos tangíveis e intangíveis(amotizações) 181Imparidade Imoveis 14.700Impostos Diferidos 10.272 (14.830)Diferenças permanentesContribuição Sector bancario 2.302 2.452Majoração Donativos (711) (601)Variações patrimoniais negativas (3.757) (8.021)Outras diferenças permanentes (189)Excesso estimativa+ Doc Explicativo f Pensoes (13.871) 1.012Correcções relativas a anos anteriores 11.390 3.918Imposto corrente sobre o lucro do exercício(estimado) 34.269 48.778

140.861 293.877Derrama 10.062 20.991Custo com imposto do exercício 150.923 314.868

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 3.509 7.014Impostos correntes sobre os lucros 154.432 321.882

31-dez-14 31-dez-15

No cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 (IRC) há que atender ao benefício do

Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho. Este

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

benefício consiste na dedução à coleta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas

de investimento em ativos afetos à exploração (despesas elegíveis) efetuadas entre 11 de

Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014 (com o limite de 70% da coleta do exercício).

Neste âmbito, não foram realizadas despesas elegíveis no referido período , o que não

permitiu beneficiar de uma dedução à coleta do IRC de 2014.

Adicionalmente, a Caixa de Paredes é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas

(Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime

aplicável, o ACE não apura coleta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus

membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à

coleta apurada pelos respetivos membros.

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante

ao investimento efetuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de

informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de

apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um

ACE.”

21. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Outros ativos

Outros metais preciosos 210 210

Devedores por operações sobre futuros 0

Comissões a Receber-Leasing/Cartões 1.879

Outros 363

Bonificações a receber 8.385 738

Outros devedores diversos

Devedores Diversos- CCCAM 1.894

Devedores Diversos- CA Tesouraria 29.641

Devedores Diversos-CA/30/96 56.188 46.245

Comissões a receber-CA Seguros 54.944 100.700

Comissões a receber-CA Vida 50.929 60.907

Devedores Diversos-CA Serviços 3.703

Outros 2.931 1.805

175.832 245.844

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 13.250 6.622

Seguros 8.337 8.862

Rendas 1.500 1.500

Outras 0

Fenacam 415

23.087 17.399

Valores a regularizar

Operações ativas a regularizar(ATM+Rejeitados DO) 320.241 357.599

Outras operações a regularizar

IVA 2.308 1.293

Operaçoes a Regularizar-Transf Futuro 29.629 32.731

Economato

Efeitos em trânsito

Operaçoes a Regularizar-Sistemas Informaticos 317 292

Modulo Gestão Imobilizado 793

353.287 391.914

552.206 655.157

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS - Não aplicável

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável

109

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS –Não aplicável 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos-DP -Direitos Adicionais de CréditoEmpréstimos - -Depósitos TLTRO-CCCAM 690.964 5.193.334

Outros recursos -690.964 5.193.334

Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

- -

Correções de valor de ativos que sejam objeto de operações de cobertura - -

Juros a pagar 62 597

691.026 5.193.932 Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

110

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

31-12-2014 31-12-2015

Até três meses 691.026 5.193.932Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

691.026 5.193.932

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Depósitos À ordem 17.264.147 20.592.385A prazo 30.030.109 28.541.105De poupança 17.928.449 19.738.189

Outros recursos de clientesOutros (Depositos Consigna 701 3.680Cheques Visados 1.530 5.080

Juros a pagar 401.830 166.137

65.626.766 69.046.576

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2015

Até três meses 35.074.641 32.059.495Entre três meses e um ano 29.729.435 18.433.434Entre um ano e três anos 388.555 17.212.372Entre três e cinco anos 32.305 905.388Mais de cinco anos 269.750Juros a Pagar 401.830 166.137

65.626.766 69.046.576 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS – Não aplicável

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS –Não aplicável

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA –Não aplicável

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2014 e 2015 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 122.929 54.829 (15.094) - 162.664

- Crédito e juros vencidos 1.270.718 1.442.384 (1.129.005) - 1.584.097

- Risco-país - - - - - -

1.393.647 1.497.213 (1.144.099) - - 1.746.761

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 338.476 72.927 (42.720) - - 368.683

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

338.476 72.927 (42.720) - - 368.683

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 7 - - - - 7

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 50.555 - - 50.555

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos - - - - - -

50.562 - - - - 50.562

1.782.685 1.570.140 (1.186.819) - - 2.166.006

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 162.664 58.142 (51.886) - - 168.920

- Crédito e juros vencidos 1.584.097 893.639 (597.655) (107.385) - 1.772.696

- Risco-país - - - - - -

1.746.761 951.781 (649.541) (107.385) - 1.941.616

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 368.683 75.683 (50.816) - - 393.550

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

368.683 75.683 (50.816) - - 393.550

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 7 - - - - 7

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 50.555 72.500 - - 123.055

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos - - - - - -

50.562 72.500 - - - 123.062

2.166.006 1.099.964 (700.357) (107.385) - 2.458.228

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL – Não aplicável 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS – Não aplicável

112

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015Credores e outros recursosSector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 68.709 46.801Contribuições para a Segurança Social 14.132 15.434Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.940

Cobranças por conta de terceiros 1.496 1.631Contribuições para outros sistemas de saúde 2.697 2.901Credores diversos

Fenacam 12.069 14.859CA Serviços 655 218

CA Informática 14.458 11.005 EDP 3.397 3.675 PT 3.305 3.765 Outros (inclui CCCAM) 7.884 11.620Outros Credores Contas Cativas -Penhoras e Entregas Contencioso) 33.805 37.834 Outros (inclui Cartão Befree/Sub, Refeição) 8.887 10.844 Entrega Fundo Pensões 33.175 Outros 16.382 14.186

Responsabilidades com pensões 14.818 13.009Encargos a pagarPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de ferias 104.684 103.793Prémio de antiguidade 75.231 94.022Outros 25.000 37.500

Por gastos gerais administrativos Outros (SROC;CA Serrv+CA Inf) 10.000 15.111Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 1.896 1.682Valores a regularizarOutras operações a regularizar Transferências electonicas Iva Liquidado 3.221 2.129 Meios eletrónicos pagamento-Mov Cartão 108.998 104.792 Compensação Cheques/Efeitos 20.715 46.241 Outros (14000-Rem Num de outra cx) 11.481 2.754

597.095 597.744

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 416.364 573.330Aceites e endossosCréditos documentários abertosGarantias Reais(activos dados em garantia) 151.775

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 1.443.900 1.672.999Compromissos revogáveis 1.013.123 1.969.946

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 1.585.112 923.188Valores recebidos para cobrança 347.610 208.914Valores administrados pela instituição -Outras -

4.957.884 5.348.376 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, a estrutura acionista da Caixa é a

seguinte:

N º de Valor N º de Valor acções Nominal % acções Nominal %

Accionistas: 2701 Socios (2014) e 2905 Socios (2015) 403.404 2.017.020 32,92% 449.099 2.245.495 33,99%

Títulos Próprios 822.135 4.110.675 67,08% 872135 4.360.675 66,01%1.225.539 6.127.695 100,00% 1.321.234 6.606.170 100,00%

31-12-201531-dez-14

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de ações próprias.

114

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De ativos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos 22.686 -3.063De ativos financeiros disponíveis para venda(…)

22.686 (3.063)Outros instrumentos de capital

Reserva legal 2.769.702 2.894.108Outras reservas 90.172 270.480Resultados transitados (9.560) (6.628) 2.850.313 3.157.960Lucro do exercício 622.029 783.499 3.495.029 3.938.395

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. .

115

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.195 441

Juros de outras disponibilidadesJuros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 718.360 571.899Crédito interno

Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 51.260 39.192Empréstimos 722.827 722.774Créditos em conta corrente 162.035 107.730Descobertos em depósitos à ordem 59.289 65.125Outros créditos-juros cartão crédito 2.560 2.017Operações de locação financeira 4.834

ParticularesHabitação

Outros créditos 266.359 286.271Consumo

Operações de locação financeiraOutros créditos 414.360 467.955

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 5.171 1.845Empréstimos 549.179 452.715Créditos em conta corrente 18.269 12.129Descobertos em depósitos à ordem 24.983 26.941

2.995.847 2.761.867Crédito externo

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -Outros créditos 10.307 12.590

Consumo 312Outras finalidades

Descobertos em depósitos à ordem 15 6 Juros -Papel comercial-Empresas residentes 17.171 16.010

Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes 1.656

Outros juros e rendimentos similares(Vencidos) 110.263 62.9783.135.259 2.853.763

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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 3.065 9.688no estrangeiro

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.189.394 627.948Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivadosJuros de derivados de coberturaJuros de passivos subordinadosOutras comissões pagas:

operações de crédito -Outros juros e encargos similares 4 -

1.192.463 637.636

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Ativos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -

- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas (CA Seguros e Ca Vida) 2.003 2.004Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

2.003 2.004

Outros instrumentos de capital - -

2.003 2.004

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2014 31/12/2015Por garantias prestadas

Garantias e avales 10.979 14.90310.979 14.903

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 40.035 39.123Subscrição de títulosOutros compromissos irrevogáveis 1.925 1.774

Compromissos revogáveis - -41.960 40.897

Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores 8Cobrança de valores 8.744 7.316Transferência de valores 10.553 8.442Gestão de cartões 281 631Anuidades 43.675 45.945Operações de crédito

Comissão abertura e utilizaçao 93.750 90.246Comissão Processamento 83.983 84.720Outras operações de crédito 281.627 309.944

Outros serviços prestados Comissão registo e distrates 500 2.575 Comissão interbancárias de cartões 156.162 172.203 Comissão intermediação 17.312 18.390 Comissão de colocação e comercialização 179.170 250.334 Comissão -CA Tesouraria 2.050 Outras comissões e serviços bancários 15.480 13.550

891.245 1.006.347Outras comissões recebidas

Gestão de conta DO 86.314 88.503Cheques e ordens de levantamento 116.811 118.446Extractos e 2ªs vias 50 58Mora ou contencioso 73.252 58.103Moeda estrangeira-compra / venda 928 841Emissão caderneta 36 60Otras Comissões recebidas 17.894 23.905

295.284 289.914

Outras comissões recebidas - -

1.239.468 1.352.060

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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 6.588 4.742Operações de crédito 443Cobrança de valoresAdministração de valoresOutros

Comissões interbancárias 22.380 28.495 Outras Comissões pagas-Sicam 13.072 Cartões 70.715 75.892 Outras Comissões 12.179

111.861 122.643

42. RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS – Não aplicável 43. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA – Não aplicável 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Operações cambiais à vista 3.163 4.414Operações cambiais a prazo - -

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Resultados em ativos não financeirosPerdas na alienação de ativos não correntes (25.280) 34.550(…) - -

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(25.280) 34.550

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46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país No estrangeiro

- -Ganhos em ativos não financeirosAtivos não correntes detidos para vendaPropriedades de investimento

Propriedades de investimento em locação financeira - -Outros ativos tangíveis Outros ativos não financeiros - -

- -Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas+Reemb Sinistros 64.473 45.890Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 70.797 64.674Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 49.938 35.070

Rendimentos da prestação de serviços diversos 30.989 38.624Outros (inclui reduçao Responsabilidades Fundo Pensões) 27.917 3.910

244.115 188.168

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (14.988) (16.884)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (26.030) (16.213)Perdas em activos financeirosOutros encargos e gastos operacionais Multas Outros Encargos e gastos operac. ( Reg saldos contencioso-incob) (140.423) Falhas na gestão de procedimentos (24.745) (92) Anulação Juros vencidos (11.130) (10.526) Despesas de condomínio (2.977) (776) Outros Encargos (inclui encargos cartão Club Associado) (20.935) (33.302)

Outros Encargos e despesas-exercicios anteriores (53.876) (15.945) Outros impostos e taxas (21.281) (23.877)

(175.960) (258.038)

68.155 (69.869)

120

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47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização Remuneração Mensal 90.151 104.610 Subsidios Ferias e Natal 13.808 17.244 Senhas presença 5.250 6.750Empregados Remuneração Mensal 311.796 332.925 Remunerações adicionais Trabalho extraordinário Subsidio Férias/Natal/Caixa/Alimentaçã 211.176 214.725 Prémios (inclui antig. E desempenho) 10.057 21.013 Outras Remunerações 28.834 40.435

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões (Nota 18) 9.689Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de FamíliaSegurança Social 126.455 139.446SAMS 28.406 32.047Outros

Outros encargos sociais obrigatórios:Seguros Acid Trab/Medicina Trab. 4.730 4.397

Encargos sociais facultativosOutros custos com pessoal:

Outros ( Acertos mens subsidio ferias+Pag 12 13840.364 913.605

O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2015 apresenta a seguinte composição:

2014 2015

Administração 3 3Chefias e gerência 6 6Quadros técnicos 2 2Administrativos 14 14Total 25 25

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2015Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 51.527 51.818Material de consumo corrente 22.815 21.448PublicaçõesMaterial de higiene e limpezaOutros fornecimentos de terceiros 116.447 95.649

Com serviços:Rendas e alugueres Renda Instalações 12.500 26.000 Renda (Portico-Publicidade CCCAM) 221Comunicações Serviços Postais 26.809 35.314 Telefone 10.821 8.028 Linhas teletransmissão 49.122 40.726Deslocações, estadas e representação 7.140 8.101Publicidade e edição de publicações Publicidade Obrigatória 201 172 Brindes 3.223 4.829 Outras Despesas C/Publicidade 31.225 30.565Conservação e reparação 35.660 34.252Transportes 2.834 3.037Formação de pessoal 1.838 2.545Seguros Seguros instalações 4.863 5.083 Seguro acidentes pessoais 1.915 1.930 Seguro Viaturas 2.591 2.286 Seguro Valores 4.748 4.156 Outros Seguros ( Equip.Elect+Vida) 12.770 17.623Serviços especializados:

Avenças e honorários 88.216 69.198Judiciais contencioso e notariado 4.375 2.461Informática 296.380 300.446Segurança e vigilânciaLimpeza 17.819 16.958Outros serviços especializados: Estudos e Consultas 2.891 3.813

Serviços Multibanco(SIBS) 36.177 37.054Consultores e auditores externos 12.046 16.255Avaliadores externos 20.685 21.907Outros serviços de terceiros Compensação 9.999 10.074 Outros Serv (BP Net/Fenacam…) 98.841 82.589 Gastos gerais Adminis-Exºs anteriores 364 2.714 Serviços Suporte Negócio-Ca Serv 24.783 26.664

1.011.627 983.916

122

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:

Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - -

Activos financeiros-Investimentos em filiais 49.424 1.324.365 1.373.789 49.424 1.324.365 1.373.789

Activos financeiros disponíveis para venda - - - -

Aplicações em instituições de crédito - 26.934.852 26.934.852 - 34.110.188 34.110.188

Crédito a clientes - - - - - -

Outros activos - - - - - -

- -Passivos: - -

- -Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - 690.964 690.964 - 5.193.334 5.193.334

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - -

Outros passivos - - - - - -

- -Custos: - -

- -Juros e encargos similares 3.065 3.065 6.934 9.688 16.622

Encargos com serviços e comissões 111.861 111.861 122.643 122.643

Resultados de activos e passivos avaliados - -ao justo valor através de resultados - -

Gastos gerais administrativos 504.916 6.710 511.626 525.535 4.937 530.471

- -Proveitos: - -

- -Juros e rendimentos similares 718.360 718.360 572.341 572.341

Rendimentos de instrumentos de capital 2.003 2.003 2.004 2.004

Rendimentos de serviços e comissões 172.818 23.664 196.483 243.152 30.258 273.411

Outros resultados de exploração - - - - - -

- -Extrapatrimoniais: - -

- -Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - -

2014 2015

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

50. PENSÕES DE REFORMA

1) IMPATO CONTABILÍSTICO

1.i) OBJETIVO

Em conformidade com o Acordo coletivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o

Crédito Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias,

prestações pecuniárias a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da

123

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

idade de reforma), reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo

de pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados

médicos pós-emprego.

O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à

contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de

acordo com a norma “IAS 19 Revisto – Benefícios aos empregados”.

1.ii) ENQUADRAMENTO

A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 –

norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados.

O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas

as empresas que adotem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de

pensões), ficaram obrigadas a ter de refletir as alterações à IAS 19 durante 2013.

Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013

(com base no estudo atuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista.

As principais alterações foram:

Reconhecimento

Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas atuariais, ou seja, da

utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas atuariais deverão ser totalmente reconhecidos

em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;

Eliminação do conceito "retorno esperado dos ativos".

Apresentação

Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços

passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo

(ativo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual,

tendo em conta qualquer variação do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos durante o

período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);

Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração

das responsabilidades por serviços passados e ativos do plano.

1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA

1.iii.a) Apuramento do impacto de adoção das NCA a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 –

Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de

transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma,

prémio de antiguidade e SAMS e respetivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

124

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades

decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser

reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de

Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de

responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido

através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro

de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as

responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da

aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7

anos).

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 10.401

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 33.231

A.2.1. Tábua de mortalidade 2.032

A.2.2. Pressupostos financeiros 31.199

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 43.632

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 12.246

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 31.386

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 67.557

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 0

B. Total 67.557

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 40.482

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 40.482

125

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de

Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período

adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM PAREDES prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como

permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da

adoção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados,

é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 1.742 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 24.959

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 1.476 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 57.906 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adoção da IAS

19, no que respeita a:

- Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:

- Alteração da tábua de mortalidade;

- Encargos com saúde (SAMS).

Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:

31-12-2015

TOTAL = A.2.1.2015 + B.2015

A.2.1.2015 Alteração da tábua de mortalidade 194

B.2015 Encargos com saúde (SAMS) 6.434

2015 TOTAL 6.628

126

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS

e Prémios de antiguidade a 31/12/2015

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM PAREDES

com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré‐reformados, reformados  e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto‐lei nº167‐E/2013

Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego

(SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em

pagamento, é o seguinte:

31-12-2015

F.2015 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 304.335

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 176.215

F.2 Com licenças sem vencimento 20.102

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 108.018

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM

PAREDES é o que a seguir se apresenta:

127

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

G.1 + Custo do serviço corrente 12.527

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 609

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 20.277

G.4.1.Ano

Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

-8.281

G.4.2.Ano

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

28.558

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 33.413

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM PAREDES foi o seguinte:

A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 272.300

H.1 (+) Contribuições efetuadas 40.694

H.1.1 Pela CCAM PAREDES 27.121

H.1.2 Pelos empregados 13.573

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 1.063

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 14.614

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 9.143

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13.538

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 13.538

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.723

H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 291.325

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015

(H.7.2015 – A.4.2014) 19.025

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001

do Banco de Portugal, era o seguinte:

A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões

em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os

desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para

uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 287.120

G.1 (+) Custo do serviço corrente 12.527

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade -1.046

H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 13.573

G.2 (+) Custo dos juros 8.091

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 13.858

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13.538

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 13.538

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.723

F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 304.335

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 17.216

F.2015 Valor atual das responsabilidades com serviços passados 304.335

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 6.433

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 288.408

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 166.787

I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 175

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 22.687

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e

perdas atuariais -25.749

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -3.062

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros,

com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 66.194

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 9.037

N.2014 Total 75.231

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 82.154

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 11.868

N.2015 Total 94.022

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo 15.960

O.2. Com licenças sem vencimento 2.831

O. Total 18.791

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

51-NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R, DE 30 DE DEZEMBRO

RELATO FINANCEIRO DOS MEDIADORES DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

Nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, compete ao Instituto de Seguros de Portugal estabelecer as regras de contabilidade aplicáveis à atividade de mediação de seguros ou de resseguros. O Plano Oficial de Contabilidade (POC), que tem vindo a ser aplicado na atividade de mediação, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, sendo criado em sua substituição o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que entra em vigor no primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. O SNC incorpora um corpo de regras coerentes com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), sendo a sua aplicação pela atividade de mediação potenciadora de uma maior transparência e rigor, o que, necessariamente, terá também reflexos positivos ao nível concorrencial no mercado. Contudo, sendo o SNC um plano de aplicação generalizada, o mesmo não atende a algumas especificidades da atividade de mediação de seguros ou de resseguros, pelo que se julga adequado estabelecer alguns requisitos específicos de relato adicionais. Refira-se que tendo sido ponderada a possibilidade de desenvolvimento, em alternativa, de um plano completo e específico de contabilidade para o sector da mediação, considerou-se que tal criaria mais uma sectorização no plano de normalização contabilística nacional, em sentido contrário ao da convergência internacional em sede das NIC. Acerca da aplicação das NIC, sublinha-se que a Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, veio já prever a possibilidade das sociedades de mediação de seguros poderem adotar essas normas internacionais quer nas contas consolidadas, quer nas individuais, em linha com o processo de aproximação aos princípios de contabilização internacionais. Refira-se também que a presente reformulação, embora decorra diretamente da revogação do POC, era igualmente uma necessidade premente face à evolução da atividade de mediação. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 2 Assim, o Instituto de Seguros de Portugal, nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto- -Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e do n.º 3 do artigo 4.º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 289/2001, de 13 de Novembro, emite a seguinte Norma Regulamentar: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objeto A presente Norma Regulamentar tem por objetivo estabelecer os princípios aplicáveis ao relato financeiro dos mediadores de seguros ou de resseguros, designadamente no que se refere ao respetivo regime contabilístico e requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte ao Instituto de Seguros de Portugal. Artigo 2.º Âmbito A presente Norma Regulamentar aplica-se aos mediadores de seguros ou de resseguros que possuam ou devam possuir contabilidade organizada nos termos legais. CAPÍTULO II Regime Contabilístico Artigo 3.º Princípio geral 1 — Os mediadores de seguros ou de resseguros que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002,

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

podem optar por elaborar as respetivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), desde que estas sejam objeto de certificação legal de contas. 2 — Os mediadores de seguros ou de resseguros incluídos no âmbito da consolidação, quer das entidades abrangidas pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, quer das entidades que optem por elaborar as respetivas contas consolidadas de acordo com as NIC, podem optar por elaborar as respetivas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que estas sejam objeto de certificação legal de contas.

3 — Os mediadores de seguros ou de resseguros, que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 e que não tenham optado pela adoção das NIC nos termos dos números anteriores, com exceção dos sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, devem aplicar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qual compreende também a Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE). CAPÍTULO III Requisitos de divulgação adicionais Artigo 4.º Anexo 1 — Sem prejuízo do regime contabilístico adotado nos termos do artigo anterior, os mediadores de seguros ou de resseguros devem ainda incluir no Anexo uma nota específica e separada das restantes notas, a denominar “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”, que deve conter, como mínimo, a seguinte informação respeitante à atividade de mediação de seguros ou de resseguros: a) Descrição das políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, exceto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada;

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações); c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira;

e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros;

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários;

iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar;

v) Outras quantias com indicação da sua natureza;

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os fatores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade;

i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;

j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos; Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 5 k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;

l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, exceto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada. 2 — No caso dos corretores de seguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no número anterior, quando aplicável, a seguinte informação: a) Indicação das empresas de seguros cujas remunerações pagas ao corretor de seguros representem, cada uma, pelo menos 5% do total das remunerações auferidas pela sua carteira, com indicação das respetivas percentagens;

b) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios relativamente aos quais as mesmas não lhe tenham outorgado poderes para o recebimento em seu nome. 3 — No caso dos mediadores de resseguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no n.º 1, quando aplicável, a seguinte informação: a) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para os resseguradores para pagamento de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança;

b) O valor total dos fundos que lhe foram confiados pelos resseguradores com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas. CAPÍTULO IV Publicação dos documentos de prestação de contas Artigo 5.º Contas anuais Sem prejuízo da publicação dos documentos de prestação de contas nos termos previstos na legislação comercial, os mediadores de seguros ou resseguros devem proceder à publicação integral dos seguintes documentos de prestação de contas anuais: a) Relatório de gestão;

b) Balanço, conta de ganhos e perdas/demonstração de resultados e anexo às contas;

c) Certificação legal de contas, quando aplicável;

d) Parecer do órgão de fiscalização, quando exista. Artigo 6.º Meios a utilizar 1 — A publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efetuada no sítio da Internet do respetivo mediador de seguros ou resseguros.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2 — Se o mediador de seguros ou resseguros não dispuser de sítio autónomo na Internet, pode efetuar a publicação referida no número anterior em área expressamente reservada e devidamente assinalada em sítio institucional de grupo empresarial do qual faça parte, aplicando-se a essa publicação, com as devidas adaptações, o regime constante do presente capítulo.

3 — No caso de o mediador de seguros ou resseguros não dispor de sítio da Internet nos termos dos números anteriores, deve manter os documentos previstos no artigo anterior nos respetivos estabelecimentos, facultando o acesso imediato e sem custos a qualquer interessado.

4 — Tratando-se de mediador de seguros ou de resseguros sujeito à supervisão de outra autoridade de supervisão do sector financeiro, a publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efetuada mediante utilização dos meios exigidos na respetiva legislação ou regulamentação sectorial aplicável. Artigo 7.º Termos da publicação 1 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet deve ser efetuada em área devidamente assinalada em local de fácil acessibilidade ao utilizador e de forma que permita a respetiva reprodução em boas condições de legibilidade.

2 — Os documentos de prestação de contas anuais devem manter-se acessíveis no sítio da Internet, ou disponíveis nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros, no mínimo durante três anos após a respetiva publicação.

3 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet não deve ser efetuada de forma a que esses possam ser confundidos com mensagens de natureza publicitária. Artigo 8.º Prazo O prazo máximo para a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet ou para disponibilização nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros é de seis meses após o termo do exercício económico. Artigo 9.º Divulgação da publicação 1 — No prazo máximo de quinze dias após a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais ou da disponibilização nos estabelecimentos, o mediador de seguros ou resseguros deve, consoante o caso, informar o Instituto de Seguros de Portugal qual a hiperligação para o sítio da Internet em que se encontram publicados, ou remeter-lhe um ficheiro com os documentos em causa.

2 — No caso de mediadores de seguros ou de resseguros sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, o dever previsto no número anterior restringe-se à nota do Anexo a que se refere o artigo 4.º. 3 — O Instituto de Seguros de Portugal divulga no seu sítio da Internet, consoante o caso, a informação relativa à hiperligação para o sítio da Internet em que podem ser consultados os documentos de prestação de contas, ou o ficheiro com os documentos em causa.

4 — Os deveres previstos nos números anteriores aplicam-se aos corretores de seguros e aos mediadores de resseguros, bem como aos restantes mediadores de seguros que aufiram remunerações anuais de montante igual ou superior a 1 milhão de euros. CAPÍTULO V Reporte Artigo 10.º Reporte para efeitos de supervisão 1 — Os corretores de seguros e mediadores de resseguros devem enviar anualmente ao Instituto de Seguros de Portugal, até 15 dias após a aprovação das contas, em relação à atividade exercida no ano imediatamente anterior, o relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas, o mais tardar até 15 de Abril, mesmo que o relatório e contas não se encontrem aprovados.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

2 — Os ficheiros utilizados, pelos corretores de seguros e mediadores de resseguros, para efeitos de reporte devem ser remetidos ao Instituto de Seguros de Portugal, através do portal ISPnet residente em www.isp.pt. CAPÍTULO VI Disposições transitórias e finais Artigo 11.º Revogações Com a entrada em vigor da presente Norma Regulamentar são revogadas as seguintes disposições: a) O artigo 41.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de Dezembro, alterada pelas Normas Regulamentares n.º 8/2007-R, de 31 de Maio, n.º 13/2007-R, de 26 de Julho, n.º 19/2007-R, de 31 de Dezembro e 17/2008-R, de 23 de Dezembro; b) O artigo 4.º da Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, alterada pela Norma Regulamentar n.º 4/2006-R, de 15 de Maio. Artigo 12.º Aplicação A presente Norma Regulamentar é aplicável a partir do primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. Artigo 13.º Entrada em vigor A presente Norma Regulamentar entra em vigor no dia imediato ao da respetiva publicação.

O CONSELHO DIRECTIVO

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

CCAM: Paredes Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Paredes está inscrita na Autoridade de Supervisão de

Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo

8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a

Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao

exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –

Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo

Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento

das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM

recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões

as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar

pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no

Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já

integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela

CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Segurador

a 2013 2014 2015 % por

Origem 2015 Ramos Não Vida CA

Seguros 97.110,65 94.481,95 154.904,25 63,7%

Ramo Vida CA Vida 64.443,02 76.528,12 85.730,31 35,3% Fundos de Pensões

CA Vida 1.531,95 1.808,24 2.518,52 1,0%

Total 163.085,62 172.818,31 243.153,08 100,0%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo,

passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela

CCAM.

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Caixa Agrícola de Paredes Relatório e Contas 2015

52-FUNDOS PRÓRIOS

RÁCIOS PRUDENCIAIS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE ‐ Caixa Agrícola de Paredes

Em euros 2012 2013 2014 2015

Fundos Próprios totais 7.380.515 8.428.775 9.303.502 10.076.068

Common equity tier 1* ‐‐‐ ‐‐‐ 8.942.954 9.717.761

Tier 1* 7.342.757 8.340.144 8.942.954 9.717.761

Tier 2 37.758 98.798 360.548 358.307

Posição em risco de activos e equivalentes 70.755.924 75.204.574 77.902.029 93.255.785

Requisitos de fundos próprios 33.889.963 35.202.625 37.488.322 39.192.892

Crédito 28.653.163 29.618.388 31.529.066 32.754.057

Operacional 5.236.813 5.584.238 5.959.256 6.438.836

CVA ‐‐‐ ‐‐‐ ‐‐‐

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* ‐‐‐ ‐‐‐ 24,0% 25,0%

Tier 1 * 21,7% 23,7% 24,0% 25,0% 1,0 P.P

Tier 2 0,0% 0,3% 0,1% 7,0% 6,9 P.P

Total* 21,8% 23,9% 25,0% 26,0% 1,0 P.P

* Incorporando o resultado l íquido do exercício.

‐‐‐

(a ) Até  Dezembro 2013 os  rácios  são calculado de  acordo com a  Ins trução nº 23/2007, após  o que  são apl icadas  as  regras  

CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

‐0,6%

19,7%

4,5%

3,9%

8,0%

Δ 13/14

8,3%

‐‐‐

8,7%

Paredes, 17 de Fevereiro de 2016 

 

 O Responsável da Contabilidade                                 O Conselho  de  Administração  Executivo              Ascensão Barbosa                                                  António Francisco Coelho Pinheiro                                                            Rui Manuel Moreira Coelho                                                                        Vitor Manuel Ferreira Silva 

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7 – CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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8 – RELATÓRIO ANUAL DO CONSELHO FISCAL 

  

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