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4 5 6 Alimentos com mais fibras Incubadora renova Conselho Deliberativo Bioenergia uniu pesquisadores, governo e empresários em Aula Magna ESALQ Comunidade Exposição fotográfica Ano XIII Número 43 março 2016 ISSN 1984-6592 Gerhard Waller (DvComun) ESALQ oferece novo Mestrado O professor José Goldemberg, durante sua apresentação no Salão Nobre • Até 17/04 estão abertas as inscrições para a 2ª edição da Exposição Fotográfica “Visões da Ciência”. Acesse o regulamento e o formulário de inscrição em: Outras informações pelo e-mail: [email protected] www.esalq.usp.br/visoes-da-ciencia A tarde de 17/03 está marcada como um momento de plena integração entre as três universidades públicas paulistas, USP, Unesp e Unicamp, setores do governo estadual e a classe empresarial ligada ao tema bioenergia. No Salão Nobre da ESALQ, foi realizado o “Fórum sobre Bioenergia no Brasil: Integração Universidade - Empresa”. Autoridades acadêmicas, políticos e re- presentantes do setor produtivo, docentes, pesquisadores, funcionários e estudantes das três universidades assistiram ao presidente da Fapesp, professor José Goldemberg, proferir a Aula Magna “A importância dos setores de Energias Renováveis para o desenvolvimen- to do Brasil”, que marcou o início do semes- tre letivo da ESALQ em 2016, da Graduação e da Pós-Graduação. Também foi celebrado o Programa Integrado de Pós-graduação em Bioenergia, gerenciado por USP, Unesp e Unicamp e coordenado atualmente pelo pro- fessor do Departamento de Genética da ESALQ, Carlos Alberto Labate. Na abertura, o diretor da ESALQ, profes- sor Luís Gustavo Nussio, lembrou que a inici- ativa do programa de Bioenergia é um caso de êxito. “A partir dessa iniciativa podemos per- ceber demandas da sociedade e, em conjunto com as empresas, poderemos reverter nosso conhecimento em bens para o povo”. Nussio compôs a mesa central do evento, que teve ainda as presenças do reitor da USP, Marco Antonio Zago; do Reitor da Unesp, professor Julio Cezar Durigan; do vice-reitor Executivo de Relações Internacionais da Unicamp, professor Luiz Augusto Barbosa Cortez; do Presidente da Agência USP de Co- operação Nacional e Internacional, professor Raul Machado Neto; do Subsecretário de Ener- gias Renováveis Antonio Celso de Abreu Junior, representando o Secretário Estadual de Energia, João Carlos de Souza Meirelles; da Secretária Estadual de Meio Ambiente, Pa- tricia Iglecias; do Secretário Estadual de Agri- cultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim; do Professor José Goldemberg e do professor Carlos Alberto Labate.“Esse tipo de coopera- ção estimula outras áreas a identificarem com- petências complementares que possam ser traduzidas em benefícios para a sociedade”, disse Zago. Na mesma linha, o reitor da Unesp ilus- trou os desafios a serem transpostos pela aca- demia e pelo setor privado. “Essa iniciativa evidencia que somos capazes de retornar nos- so conhecimento na forma de soluções para as demandas sociais”. Aula – Goldemberg traçou o panorama do uso de fontes renováveis no Brasil e no mun- do, a partir de um resgate histórico desde a revolução industrial e abordou também o con- sumo mundial de energia. Lembrou ainda de um equívoco conceitual que boa parte dos es- tudiosos cometem nessa área. “As pessoas de maneira geral, e os governos em particular, se acostumaram com a ideia de que o Produto Interno Bruto está diretamente ligado com o consumo de energia, ou seja, dizem que os mais pobres consumem menos energia, mas essa ideia não se aplica em todos os casos”. Após a aula de Goldemberg, o profes- sor Labate explicou em detalhes o funcio- namento do programa de Bioenergia, fri- sando a necessidade da aproximação com empresas que possam inclusive financiar bolsas de estudos. “Essa sinergia é funda- mental para que o Brasil lidere o processo produtivo da bioenergia”. Mesa-redonda – Finalmente, encerrou o evento uma mesa-redonda com represen- tantes do setor produtivo ligado ao tema bioenergia. Gerhard Waller (DvComun) Carlos Alberto Labate, Antonio Celso de Abreu Junior, Patricia Iglecias, Arnaldo Jardim, Luiz Gustavo Nussio, Marco Antonio Zago, José Goldemberg, Julio Cesar Durigan, Luiz Augusto Barbosa Cortez e Raul Machado Neto

45 ESALQ oferece novo Mestrado6 Ano XIII Número 43 ......“Fórum sobre Bioenergia no Brasil: Integração Universidade - Empresa”. Autoridades acadêmicas, políticos e re-presentantes

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Alimentos com mais fibras

Incubadora renova Conselho Deliberativo

Bioenergia uniu pesquisadores, governo eempresários em Aula Magna

ESALQComunidade • Exposição fotográfica

Ano XIII Número 43 março 2016

ISSN 1984-6592

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ESALQ oferece novo Mestrado

O professor José Goldemberg, durante sua apresentação no Salão Nobre

• Até 17/04 estão abertas as inscriçõespara a 2ª edição da Exposição Fotográfica“Visões da Ciência”.

Acesse o regulamento e o formulário deinscrição em:

Outras informações pelo e-mail:[email protected]

www.esalq.usp.br/visoes-da-ciencia

A tarde de 17/03 está marcada como ummomento de plena integração entre as trêsuniversidades públicas paulistas, USP, Unespe Unicamp, setores do governo estadual e aclasse empresarial ligada ao tema bioenergia.No Salão Nobre da ESALQ, foi realizado o“Fórum sobre Bioenergia no Brasil:Integração Universidade - Empresa”.

Autoridades acadêmicas, políticos e re-presentantes do setor produtivo, docentes,pesquisadores, funcionários e estudantes dastrês universidades assistiram ao presidente daFapesp, professor José Goldemberg, proferira Aula Magna “A importância dos setores deEnergias Renováveis para o desenvolvimen-to do Brasil”, que marcou o início do semes-tre letivo da ESALQ em 2016, da Graduaçãoe da Pós-Graduação. Também foi celebrado oPrograma Integrado de Pós-graduação emBioenergia, gerenciado por USP, Unesp eUnicamp e coordenado atualmente pelo pro-fessor do Departamento de Genética daESALQ, Carlos Alberto Labate.

Na abertura, o diretor da ESALQ, profes-sor Luís Gustavo Nussio, lembrou que a inici-ativa do programa de Bioenergia é um caso deêxito. “A partir dessa iniciativa podemos per-ceber demandas da sociedade e, em conjuntocom as empresas, poderemos reverter nossoconhecimento em bens para o povo”.

Nussio compôs a mesa central do evento,que teve ainda as presenças do reitor da USP,Marco Antonio Zago; do Reitor da Unesp,professor Julio Cezar Durigan; do vice-reitorExecutivo de Relações Internacionais daUnicamp, professor Luiz Augusto BarbosaCortez; do Presidente da Agência USP de Co-operação Nacional e Internacional, professor

Raul Machado Neto; do Subsecretário de Ener-gias Renováveis Antonio Celso de AbreuJunior, representando o Secretário Estadualde Energia, João Carlos de Souza Meirelles;da Secretária Estadual de Meio Ambiente, Pa-tricia Iglecias; do Secretário Estadual de Agri-cultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim; doProfessor José Goldemberg e do professorCarlos Alberto Labate.“Esse tipo de coopera-ção estimula outras áreas a identificarem com-petências complementares que possam sertraduzidas em benefícios para a sociedade”,disse Zago.

Na mesma linha, o reitor da Unesp ilus-trou os desafios a serem transpostos pela aca-demia e pelo setor privado. “Essa iniciativaevidencia que somos capazes de retornar nos-so conhecimento na forma de soluções para asdemandas sociais”.

Aula – Goldemberg traçou o panorama douso de fontes renováveis no Brasil e no mun-do, a partir de um resgate histórico desde a

revolução industrial e abordou também o con-sumo mundial de energia. Lembrou ainda deum equívoco conceitual que boa parte dos es-tudiosos cometem nessa área. “As pessoas demaneira geral, e os governos em particular, seacostumaram com a ideia de que o ProdutoInterno Bruto está diretamente ligado com oconsumo de energia, ou seja, dizem que osmais pobres consumem menos energia, masessa ideia não se aplica em todos os casos”.

Após a aula de Goldemberg, o profes-sor Labate explicou em detalhes o funcio-namento do programa de Bioenergia, fri-sando a necessidade da aproximação comempresas que possam inclusive financiarbolsas de estudos. “Essa sinergia é funda-mental para que o Brasil lidere o processoprodutivo da bioenergia”.

Mesa-redonda – Finalmente, encerrouo evento uma mesa-redonda com represen-tantes do setor produtivo ligado ao temabioenergia.

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Carlos Alberto Labate, Antonio Celso de Abreu Junior, Patricia Iglecias, Arnaldo Jardim, Luiz Gustavo Nussio,

Marco Antonio Zago, José Goldemberg, Julio Cesar Durigan, Luiz Augusto Barbosa Cortez e Raul Machado Neto

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Expediente/Editorial

Jornalista responsável / EditoraçãoCaio Albuquerque (Mtb 30356)Pauta e redaçãoAlicia Nascimento Aguiar (Mtb 32531)Ana Carolina Brunelli (estagiária)RevisãoJosé Djair VendramimProjeto gráfico / EditoraçãoJosé Adilson Milanêz

Produção gráficaServiço de Produções Gráficas - SVPGrafTiragem 2.500 exemplares

Divisão de Comunicação - DvComunAv. Pádua Dias, 11 • Caixa Postal 913418-900 • Piracicaba, SPTelefone: (19) 3429.4485www.esalq.usp.br/[email protected]/esalquspwww.youtube.com/user/esalqvideosfacebook.com/comunicaESALQ

Publicação Trimestral da E. S. A. “Luiz de Queiroz”

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”DiretorLuiz Gustavo NussioVice-DiretorDurval Dourado Neto

Universidade de São Paulo

ReitorMarco Antonio ZagoVice-reitorVahan Agopyan

ESALQ notícias

Luis Eduardo Aranha CamargoPresidente da Comissão de Graduação da Escola Supe-rior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ)

A Semana de Recepção aosIngressantes e a Graduação

2 Ano XIII Número 43 março/2016

Fotografia de Laerte Dagher Cassoli, da Clínica do Leite

Clique Este espaço é seu. Envie sua foto de prédios oupaisagens do Campus com boa resolução para

[email protected]

Janela da alma, reflexo do mundo - o gramado da ESALQ

A recepção ocorreu entre os dias 15 e 19/02, mas o ambiente festivo iniciou-se na se-mana anterior, durante a matrícula. Foi a pri-meira vez que a Central de Aulas foi usadapara essa atividade. Lá, os alunos tiveram aoportunidade de conversar com as CoCs, alémde conhecer os vários serviços institucionaisque oferecemos. Do outro lado da rua, no sa-guão do Departamento de Agroindústria, Ali-mentos e Nutrição, os ingressantes interagi-ram com grupos estudantis enquanto os paisfaziam um tour pela ESALQ.

No início da semana de recepção, os alu-nos foram recebidos com um lauto café damanhã, tão generoso que garantiu caloriaspara a semana. Ainda bem, pois as atividadesque se seguiram foram intensas. Na abertura,contamos com as palavras de boas-vindas doDiretor e com mensagens da Promotoria deJustiça do Município. Após, tivemos umamesa-redonda sobre diversidade na universi-dade, que contou com docentes convidadosda EACH e FFLCH e com coletivos estu-dantis. Tudo num agradável ambiente musi-cal proporcionado pelo Coral Luiz deQueiroz. Ainda no primeiro dia, houve o con-tato com docentes dos cursos em eventos dasCoCs. O segundo dia foi tomado por váriasatividades socioambientais e por uma pales-tra acerca da importância de questões volta-

das à permanência na universidade. Ao fimda jornada, os alunos visitaram uma exposi-ção que resgatou momentos históricos doCALQ e da escola e assistiram cinema comdireito a pipoca. Na manhã do terceiro diativemos doação de sangue e visitas à biblio-teca e à feira de extensão, onde os vários gru-pos mostraram a contribuição da extensãopara o ensino de graduação. Os grupos sãotão numerosos que a feira continuou no diaseguinte. Já a tarde foi dedicada aos esportes,através de clínicas esportivas. As aulas deintrodução aos cursos ocorreram na tarde doquarto dia e, no último, os alunos participa-ram de gincana, sarau e mostra de talentos.

Passadas as festividades, o saldo que ficaé muito positivo já que a intensa participaçãoda instituição e, mais importante, dos alunos,criou um ambiente acolhedor e solidário.

Muito por conta disso, é importante men-cionar, que não houve registro de trote abusivoem nosso campus. Esse é um claro sinal deque a maior mudança em relação a esse as-sunto vem do diálogo e do envolvimento detoda nossa comunidade neste evento.

Um bom semestre a todos!

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Café com a imprensa

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Em 21/01, a ESALQ, por meio da Divi-são de Comunicação, realizou o “Café com aimprensa”, atividade na qual o diretor daESALQ, Luiz Gustavo Nussio e o vice-dire-tor, Durval Dourado Neto, receberam docen-tes da instituição e profissionais de diferen-tes veículos de comunicação para conversa-rem sobre as linhas de pesquisas desenvolvi-das na Universidade. “Aproveitamos a tardepara protagonizar ações desenvolvidas nosdepartamentos da ESALQ, oferecendo à im-prensa um espaço de discussões sobre osestudos que favorecem a nossa sociedade”,ressaltou o diretor.

O evento contou ainda com as presençasdo Secretário de Estado da Agricultura e Abas-tecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim e do

Secretário Nacional de Irrigação, JoséRodrigues Pinheiro Dória.

Na ocasião, docentes dos doze departa-mentos acadêmicos da ESALQ apresenta-ram suas áreas de atuação e estiveram dispo-níveis aos jornalistas para um bate-papo so-bre as pesquisas e também para sanar even-tuais dúvidas. O repórter da revista BaldeBranco, João Antonio dos Santos, falou so-bre a ação. “Esse convite foi uma oportuni-dade de aproximar os profissionais da im-prensa dos pesquisadores e isso é funda-mental para desenvolvermos nossas pautascom credibilidade e qualidade, apresentandoà sociedade as inovações que podem facilitaro dia a dia do produtor rural e também detoda a população”, disse.

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A cultura do milho tem passado poruma série de transformações no Brasil,inclusive aquelas voltadas a tornar o refe-rido grão uma cultura mais nobre, para osconsumidores, e rentável, para os produ-tores brasileiros. Nesse sentido, a novaedição da revista Visão Agrícola, publi-cação da ESALQ, traz uma série de as-pectos e ações que têm contribuído para aalavancagem dos negócios atrelados àcultura do milho. A edição parte de umresgate histórico do milho no Brasil eno mundo, passando por temáticas rela-cionadas às inovações tecnológicas perti-nentes à cadeia de produção, incluindo:seu melhoramento genético, sua fisiolo-gia, o manejo do solo, os processos deproteção, a aquisição de insumos e aprópria cultura; a utilização de técnicasmais eficientes voltadas a atividades decolheita, armazenagem e beneficiamen-to; industrialização e comercializaçãodessa commodity. A versão online estádisponível para download. Acesse:

www.esalq.usp.br/visaoagricola

EntomologiaDurante o 26º Congresso Brasileiro

de Entomologia, realizado em Maceió(AL) de 13 a 17 de março, o professorRoberto Antonio Zucchi do Departa-mento de Entomologia e Acarologia daESALQ recebeu o Prêmio ÂngeloMoreira da Costa Lima. Também forampremiados o doutorando Programa dePós-graduação em Entomologia daESALQ, Antonio Rogério Bezerra doNascimento, agraciado com o PrêmioFlávio Moscardi e a doutoranda AlineSartori Guidolin, que recebeu o Prêmiode 1º lugar no Concurso Estudante –Categoria Doutorado.

Comitiva no Equador

Docentes visitaram produtores de arroz

Jornalistas conversaram com docentes

Visitar propriedades agrícolas e debatercom pesquisadores e membros do governoequatoriano possibilidades de melhorar o sis-tema de produção de arroz naquele país. De1º a 5/03, esse foi o objetivo da ida de umacomitiva formada por quatro professores daESALQ ao Equador. Estiveram no país vizi-nho os docentes do Departamento de Produ-ção Vegetal, Durval Dourado Neto, RicardoVictória Filho e Geraldo José AparecidoDario, além do professor do Departamentode Engenharia de Biossistemas, Paulo CesarSentelhas. A ação foi coordenada a partir deum convênio assinado em novembro de 2015entre a ESALQ e o Ministério da Agricultura,

Pecuária, Aquicultura e Pesca (MAGAP), doEquador. Em solo equatoriano, os docentes par-ticiparam de uma série de palestras realizadasno Centro Cultural Simon Bolivar, emGuayaquil, sobre agrometeorologia, mecaniza-ção, ciclo de plantas daninhas e orizicultura. “Oarroz está na base da alimentação do povoequatoriano. O país tem solo e clima muitobons, mas ainda precisa avançar em pontoscomo melhoramento de cultivares, calibraçãode adubação, manejo adequado de defensi-vos agrícolas e assistência técnica ao produ-tor, entre outros”, comenta Geraldo Dario,que foi convidado a voltar ao Equador paratreinar técnicos e produtores.

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Pesquisa utilizou subprodutos do processamento defrutas para criar alimentos com mais fibras e menorteor de gordura como hambúrguer e extrusado demilho (no detalhe) feitos com fibras de abacaxi

Já pensou em saborear um hambúrguersem precisar se preocupar com o alto teorde gordura que está ingerindo ou com ascalorias que poderá ganhar? A doutorandaem Ciência e Tecnologia de Alimentos daEscola Superior de Agricultura “Luiz deQueiroz” (USP/ESALQ), Miriam Selani,dedicou-se a buscar formas de promover oaproveitamento integral dos alimentos,agregando valor nutricional e contribuindocom a sustentabilidade. A ideia foi utilizaros resíduos agroindustriais, com a propos-ta de criar produtos mais saudáveis, alémde evitar, dessa forma, o desperdício dosalimentos.

Como objeto de estudo, Miriam utili-zou subprodutos do processamento de fru-tas como abacaxi, maracujá e manga, quesão usualmente descartados pela indústria.Analisando os potenciais de cada alimen-to, foi necessário realizar uma seleção, paraentão iniciar os testes. Entre os três, o aba-caxi foi o escolhido.

A pesquisadora desenvolveu então,dois produtos alimentícios: extrusado demilho enriquecido com fibra de abacaxi, ehambúrguer bovino com fibra de abacaxi eóleo de canola como substitutos parciaisde gordura.

Orientado pelas professoras Solange

Guidolin Canniatti Brazaca e CarmemJosefina Contreras Castillo, do Departa-mento de Agroindústria, Alimentos e Nu-trição da ESALQ, o estudo foi realizadoem parceria com o The Food ProcessingCenter, Department of Food Science andTechnology da University of Nebraska-Lincoln, dos Estados Unidos. “A indústriaalimentícia tem interesse em disponibilizaraos consumidores produtos mais saudáveis,como os enriquecidos com fibras ou comredução do teor de gorduras e colesterol”,contou Miriam. Nesse sentido, a pesquisaapresenta o potencial do subproduto deabacaxi, uma rica fonte de fibras.

Segundo a pesquisadora, com os testesfoi possível analisar que subprodutosagroindustriais ainda apresentam substân-cias com propriedades e atividades impor-tantes para a indústria alimentícia e que po-dem ser usados para uma segunda aplica-ção, resultando em ganhos econômicos eredução do impacto ambiental.

“Os subprodutos de abacaxi, maracujáe manga, apresentam teores consideráveisde fibras, com destaque para o abacaxi, quepode ser considerado um ingrediente pro-missor, amplamente disponível e de baixocusto”, ressaltou.

Além das fibras encontradas nos

subprodutos, quando aplicado em hambúr-guer bovino, como um substituto de gor-dura, o abacaxi promoveu benefíciostecnológicos após o cozimento. “Rendemais, minimiza a redução do diâmetro doproduto quando cozido, retém maissuculência, além de não afetar a cor do ali-mento”, explicou Miriam.

Saudável - Em relação aos benefíciosnutricionais, a pesquisadora conta que quan-do comparado ao produto com teor de gor-dura convencional, o hambúrguer comsubprodutos de abacaxi e óleo de canola,apresentaram redução das calorias, redu-ção do teor de gordura e, após cozidos,apresentaram redução do teor de colesterole aumento na quantidade de ácidos graxospolinsaturados.

Os hambúrgueres foram avaliados porprovadores treinados, que analisaram a cor,sabor, odor, maciez e suculência da carne.“Os provadores disseram que o hambúr-guer com abacaxi e óleo de canola é similarao produto convencional em todos os atri-butos avaliados”, disse Miriam, e aindaacrescenta “O uso do subproduto de aba-caxi como ingrediente mostrou resultadospromissores do ponto de vista tecnológicoe também nutricional, fato que, no futuro,poderá beneficiar a população”.

Hambúrguer dos sonhosHambúrguer dos sonhosTEXTO Ana Carolina Brunelli

InovaçãoTecnológica

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Incubadora renova ConselhoA ESALQ recebeu, em 21/01, a visi-

ta do Secretário Nacional de Irrigação,José Rodrigues Pinheiro Dória. Em en-trevista, Dória falou a respeito do atual ce-nário econômico no campo da irrigação.

Como o produtor rural precisa sepreparar para a possibilidade de quenovos períodos de calor e estiagem serepitam, e qual a contribuição que airrigação pode dar nessa questão?

R:A população em geral, ao sentir napele, teve uma consciência diferente so-bre a necessidade de economizarmoságua. Mas a agricultura irrigada vemmuito ao encontro desse momento, por-que nós estamos preparando e procuran-do os Estados exatamente para isso, paraque a forma de irrigação seja a mais eco-nômica e eficaz possível. E temos condi-ção de fazer isso, principalmente com ní-veis de formandos e profissionais, comosaem dessa entidade, que vão estar nomercado.

Qual política tem sido desenvolvidano âmbito da Secretaria para ajudar acombater o desperdício no campo?

R: O Ministério da Irrigação, por meioda Secretaria, vem desenvolvendo e es-tendendo um novo Plano Nacional de Ir-rigação. A partir desse Plano, em conjun-to com o Plano Estadual de Irrigação, se-rão adotadas novas técnicas e novos mo-delos de irrigação e, acima de tudo, serãoconsideradas as aptidões dos Estados, por-que ao plantarmos os produtos adequa-dos em sua região, você também econo-miza água.

De que forma instituições como aESALQ podem contribuir para o su-cesso dessas iniciativas?

R: Sem dúvida nenhuma a ESALQ éuma instituição de ensino como tantasoutras no país que formam alunos comexcelência, então nada melhor que você ira um centro de formação para que os pro-fessores e mestres já comecem a intuirnos futuros agrônomos essa visão. En-tão, creio que a instituição de ensino sejafundamental.

José Rodrigues Pinheiro DóriaSecretário Nacional de Irrigação

Entrevista

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Pelos próximos dois anos, a ESALQTec,incubadora tecnológica da ESALQ, terá seuConselho Deliberativo presidido pelo profes-sor Mateus Mondin, do Departamento de Ge-nética da ESALQ. Evaristo Marzabal Neves,docente sênior do Departamento de Econo-mia, Administração e Sociologia e Franciscode Assis Alves Mourão, do Departamento deProdução da ESALQ, também foram eleitosmembros do Conselho que pretende, segun-do seu presidente, “conferir maior visibilida-de à incubadora que completou 10 anos eprecisa estar posicionada no centro das açõesempreendedoras e de tecnologia na região”.

Segundo Mondin, um dos objetivos des-sa gestão é permear o universo das empre-sas incubadas e associadas de modo a forta-lecer seu relacionamento com a academia.“A maior parte das empresas, seja ela incu-bada ou associada, não são formadas porpessoas vindas da Universidade de São Pauloe a oportunidade que elas têm de construiresse vínculo com a USP é motivo de orgu-lho. As empresas ligadas à ESALQTec fa-zem questão de ressaltar seu vínculo com aESALQ-USP e sempre levam o nome danossa incubadora adiante. Isso promove ainstituição”.

Novo zoneamento – Mondin lembra que,apesar de Piracicaba possuir uma rede depesquisa e produção tecnológica desenvol-vida para o setor agro, os agentes envolvi-dos nesse processo carecem de ações em-preendedoras que aproveitem a existênciada quinta melhor universidade no mundoem ciências agrárias. “ Em Piracicaba, nóstemos uma rede muito grande de tecnologia,empresas, centros de pesquisa e, para queesses agentes passem a se desenvolver com

maior convergência propomos que o Par-que Tecnológico de Piracicaba (PTP) passepor um novo zoneamento”.

Vantagens – O principal benefício donovo modelo de zoneamento do PTP é asubvenção tributária para as empresas, prin-cipalmente no que se refere ao Imposto So-bre Serviços de Qualquer Natureza(ISSQN), tributo que incide sobre a presta-ção de serviços. Somente esse benefício,aponta Mateus Mondin, levaria a uma esca-lada de vantagens para os atuais e futurosempreendimentos que ali se instalassem.Outro benefício seria um processo menosburocrático para iniciativas entre o PTP eempresas ali instaladas com a ESALQ-USP.Mondin aposta que “aumentariam as parce-rias entre empresas e laboratórios da ESALQ-USP, facilitaria o processo de aquisição deequipamentos de grande porte, além de pos-sibilitar o fomento de iniciativas empreen-dedoras de estudantes de graduação e pós-graduação. Na prática, daríamos um grandepasso na aproximação entre a academia e ainiciativa privada de modo a facilitar o pro-cesso de transferência de tecnologia”.

Próximos passos – a partir de agora aproposta segue para os trâmites legais. Sen-do aprovada, a próxima etapa é a assinaturado protocolo de intenções com o PTP e, apartir de então, o processo segue para a Pre-feitura de Piracicaba, onde ocorrerá a altera-ção da lei que determina a área geográficado PTP. “Esperamos que o novo zoneamentoseja aprovado o mais breve possível e aindaneste semestre as nossas empresas incuba-das da ESALQTec e a USP/ESALQ já pos-sam usufruir dos benefícios de serem partedo PTP”, finaliza o professor.

O presidente do Conselho Deliberativo da ESALQTec, Mateus Mondin,defende novo zoneamento do Parque Tecnológico de Piracicaba

Em 7/3, foi constituída uma nova dire-toria no Conselho Municipal de Ciência &Tecnologia de Piracicaba (CMCT). A com-posição tem como presidente o ge-rente executivo da ESALQTec In-cubadora Tecno-lógica, SergioMarcus Barbosa; como vice-presi-

dente o professor Edgar Gomes Ferreirade Beauclair, professor do Departamentode Produção Vegetal da ESALQ, além da

professora Dagmar de PaulaQueluz, da Faculdade de Odonto-logia de Piracicaba/Unicamp, comosecretária.

EmDestaque

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Ensino

PPG comemorou jubileu de ouro

Artigo naNature

Em 12/02, docentes, servidores técnicos,estudantes e egressos do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal e Pastagens(PPG-CAP) comemoraram o jubileu de ouro doPrograma. Esse PPG iniciou suas atividades como Mestrado em 1966 e, 32 anos depois, em 1998,passou a oferecer o Doutorado. Durante oscinquenta anos de existência, o PPG-CAP já titu-lou 540 mestres e 177 doutores.

A cerimônia, ocorrida no Salão Nobre doEdifício Central da ESALQ, contou tambémcom a presença do vice-reitor da USP, VahanAgopyan. “A USP tem muitos programas depós-graduação chegando a essa marca históri-ca, mas vale destacar a jovialidade e a vitalidadedesse PPG, que é anterior à própria regulamen-tação da pós-graduação no Brasil e na Universi-

dade de São Paulo, ou seja, esse PPG ajudou acriar o próprio conceito de pós-graduação vi-gente no país”, declarou.

O diretor da ESALQ fez uma reflexão sobreo significado dos 50 anos. “Essa data nos permi-te render uma justa homenagem aos servidoresaposentados e da ativa que souberam garantir oelo histórico de continuidade e transcenderam ge-rações na construção da base filosófica da pós-graduação da ESALQ e da USP”.

Após a sessão de pronunciamentos, fo-ram feitas homenagens aos coordenadores doprograma e funcionários envolvidos com asatividades de secretaria do PPG-CAP a partirde projeções de imagens em telão. Os egres-sos também foram lembrados em umasequência de relatos projetados em vídeo.

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Docentes do PPG-CAP

Em 2016 a ESALQ passa a ofere-cer um novo curso de mestrado em Ad-ministração (conceito 4). A aprovaçãopela Coordenação de Aperfeiçoamentode Pessoal de Nível Superior (Capes)ocorreu em dezembro. O curso temcomo área de concentração “Agrone-gócios e Organizações” e possui duaslinhas de pesquisa bem integradas. En-quanto em “Agronegócios” o intuito écongregar estudos e pesquisas focadasno sistema agroindustrial, na linha “Or-ganizações” o propósito é integrar es-tudos e pesquisas diversas sobre o sis-tema empresarial.

Mestrado emAdministração

ESALQ graduou classe de 2015

Em 21/01 ocorreu a Sessão Solene deColação de Grau da Classe de 2015. A ce-rimônia foi conduzida pelo diretor da ins-tituição, Luiz Gustavo Nussio e teve comomestre de cerimônias o professor LuísReynaldo Ferraciú Alleoni, do Departamen-to de Ciência do Solo.

A classe esteve composta pelas: 112ª Tur-

Os 243 formandos tiveram, como paraninfo, o Secretário de Estado de Agricultura eAbastecimento de São Paulo, deputado federal Arnaldo Jardim; na foto, o cortejo sendoconduzido pelo professor aposentado Zilmar Ziller Marcos

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Egressono Mapa

ma de Engenheirandos Agrônomos; 41ª Tur-ma de Engenheirandos Florestais; 15ª Turmade Bacharelandos em Ciências Econômicas;11ª Turma de Bacharelandos em Ciências dosAlimentos; 11ª Turma de Bacharelandos emGestão Ambiental; 10ª Turma de Bacharelan-dos e Licenciandos em Ciências Biológicas eLicenciandos em Ciências Agrárias.

André Meloni Nassar, formado emEngenharia Agronômica na ESALQ em1994, atualmente ocupa o cargo de se-cretário de Política Agrícola do Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento. Em janeiro, Nassar substituiu tem-porariamente a ministra Kátia Abreu, queesteve ausente de suas atividades emBrasília até 26/01, por motivos de saúde.

O artigo “Biomass resilience ofNeotropical secondary forests” é re-sultado dos estudos do grupo de pes-quisadores da rede internacional2ndFOR, do qual o professor do De-partamento de Ciências Florestais daESALQ, Pedro Henrique SantinBrancalion, e seu orientado de douto-rado Ricardo Gomes César, tambémcoautor do estudo, fazem parte. O tra-balho foi publicado na versão impres-sa da Revista Nature de 11/02. A pes-quisa organiza informações de mais de1.500 parcelas avaliadas em 45 locali-dades de florestas tropicais secundá-rias, analisando a regeneração da mata,a recuperação de biomassa e o seques-tro de carbono dessas áreas. O levan-tamento foi feito em quase todos ospaíses da América Latina e Central, in-cluindo o Brasil, Panamá, Costa Rica,Colômbia, Venezuela, Peru, México,Porto Rico e Equador. O professorLourens Poorter, da Universidade deWageningen, na Holanda, é o primei-ro autor do estudo. Na ESALQ, a pes-quisa teve apoio da Capes e Fapesp.

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Hidrofitotério

Ano XIII Número 43 março/2016 7

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Nos EUA

Em Cuba

Academia

Em 4/3, o professor do Departamen-to de Fitopatologia e Nematologia, Sér-gio Florentino Pascholati, recebeu o prê-mio “2016 College of AgricultureDistinguished Agriculture Alumni”, ou-torgado aos egressos da Escola de Agri-cultura da Universidade de Purdue em re-conhecimento à trajetória profissional.

A distinção foi criada em 1992 parahomenagear profissionais formados naEscola de Agricultura da PurdueUniversity, localizada em West Lafayette,Indiana, Estados Unidos, que ainda este-jam trabalhando.

O professor do Departamento de Ci-ência do Solo, Fernando Dini Andreote,foi nomeado como um dos 5 pesquisa-dores do estado de São Paulo, todos commenos de 40 anos, como afiliado da Aca-demia Brasileira de Ciências. O mandatotem validade de 5 anos, de 1º de janeirode 2016 até 31 de dezembro de 2020.

Em 19/1, o Ministério de Ciência,Tecnologia e Meio Ambiente de Cubapremiou, pelo avanço do conhecimento,impacto, rigor científico e inovação, o tra-balho “Utilización del análisis de imágenesem la evaluación de la morfologia internay el vigor de las semillas de Morus alba,Moringa oleiferay y Jatropha curcas”. Apesquisa foi realizada pela professoraMarlen Navarro Boulandier, da Univer-sidade de Matanzas, sob supervisão doprofessor Silvio Moure Cicero, e contoucom a colaboração do pesquisador Fran-cisco Guilhien Gomes Junior, ambos doDepartamento de Produção Vegetal daESALQ.

O Hidrofitotério é uma coleção de plantas aquáticas e palustrespresente no Horto Botânico “Prof.º Walter Accorsi”, localizado nasdependências do Departamento de Ciências Biológicas da ESALQ. Écomposto por dois lagos com 51 canteiros, que hoje acomodam 73espécies de plantas aquáticas, entre folhas paisagistas, medicinais,biorremediadoras e alimentícias. Recentemente, foi restaurado comobjetivo de promover o estudo de plantas aquáticas que, apesar doviés econômico, ainda não são muito exploradas. As visitas aoHidrofitotério e suas 73 espécies de plantas aquáticas e palustres po-dem ser agendadas pela página no facebook. Acesse:

Câmara homenageia egressos

A Câmara de Vereadores de Piracicaba en-tregou, em 21/01, moções de aplausos a egres-sos da ESALQ selecionados entre as 100 per-sonalidades mais influentes do agronegócio pelarevista Dinheiro Rural. A homenagem teve au-toria do vereador Pedro Cruz.

Os homenageados - Julio Cesar de ToledoPiza Neto (Agricultura) – formado em 1994; PedroRibeiro Merola (Proteína Animal) – formado em2001; Carlos Alberto Paulino da Costa (Coopera-tivas) – formado em 1960; Antonio Roque Dechen(Universidade e Pesquisa) (docente da ESALQ) -formado em 1973; Roberto Rodrigues (Universi-dade e Persquisa) – formado em 1965; FernandoPenteado Cardoso (Universidade e Pesquisa) –

formado em 1936; Tsai Siu Mui (Universida-de e Pesquisa) (diretora do Centro de EnergiaNuclear na Agricultura - CENA) - formadaem 1971; Fernando de Mesquita Sampaio (Ini-ciativa Sustentável) – formado em 1997;Rodrigo Peixoto dos Santos (Insumos) – for-mado em 1956; Alexandre Enrico SilvaFigliolino (Finanças) – formado em 1980; JoséFrancisco Graziano da Silva (Entidades doAgronegócio) – formado em 1972; LuísCarlos Correa Carvalho (Entidades doAgronegócio) – formado em 1973; Sergio DeZen (Consultoria) (docente da ESALQ) – for-mado em 1991 e Maurício Palma Nogueira(Consultoria) – formado em 1997.

Homenageados receberam moções na Sala do

Centenário, no Edifício Central da ESALQ

Sob a regência de Jamil Maluf, a Orquestra Sinfônica de Piracicaba

(OSP) apresentou, em 22/1, no gramado em frente ao Edifício Central da

ESALQ, o tributo a Billie Holiday. Mais de 2 mil pessoas acompanha-

ram o evento, que contou com participação da cantora juvenil Bebé

Salvego. O Coro Infanto-Juvenil do Projeto Guri abriu o concerto

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ConheçaaESALQ

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DetalhesdaESALQ

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Ano XIII Número 43 março/20168

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Casa de Hóspedes

Lecionar é uma reza

Keigo Minami“Fui muito mais um extensionista”

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Antiga residência de professor, foi construída em 1945 ereformada em 1988 para abrigar a Casa de Hóspedes doCampus. Administrada pela Prefeitura do Campus USP“Luiz de Queiroz” (PUSPLQ), sua área de construção é de384,75 m2, sendo 316,95 m2pertencentes à residênciaprincipal e 67,80 m2 à edícula que abriga a Lavanderia daPUSPLQ. A área do terreno onde se localiza é de 4.600 m2

com projeto paisagístico próprio conservado até hoje.

Filho de imigrantes japoneses, KeigoMinami nasceu em Pompeia (SP), na AltaPaulista, em 25/04/1945. “Minha família eranumerosa e relativamente pobre. Meus paischegaram na década de 1930, casaram-se naregião de Araçatuba, moravam em sítio e vivi-am da lavoura. Meu pai conheceu a minha mãeno dia do casamento, em uma tradição chama-da Mi-Ai”. Passou a infância em Pompeia e,ainda jovem, demonstrou gosto por plantas.“Uma professora me orientou para que eu fi-zesse Agronomia. Aí um amigo dentista mefalou do que chamávamos km 47, a famosaEscola Nacional de Agronomia. Ele disse queeu tinha que cursar lá”.

Mas um vendedor de balas mudou seudestino. “Meu pai tinha uma pequena mercea-ria que atendia o pessoal da zona rural e um diaum vendedor de balas daqui de Piracicaba meperguntou, no balcão da mercearia, o que euiria fazer e eu contei-lhe sobre minhas inten-ções e ele disse que em Piracicaba tinha umafaculdade de Agronomia e na segunda visitaele trouxe alguns impressos sobre a ESALQ”.A decisão foi tomada mesmo quando, aindaem 1963, uma caravana do Centro AcadêmicoLuiz de Queiroz (Calq) apareceu em Pompeiapara uma campanha de reflorestamento e con-servação do solo. “Conversei com alguns es-tudantes. Lembro-me de uma estudante loira ealta, que depois descobri ser a professora Elke.Também conversei com o engenheiro ElcioPinotti, formado pela ESALQ que foi para aCasa da Agricultura de Pompeia (naquele tem-po era Casa da Lavoura). Assim decidi pelaESALQ”. Em meados de novembro de 1963,veio pela primeira vez a Piracicaba e com aju-da de Toyoshiko Kashima, aluno da ESALQ,conseguiu local para morar provisoriamentena república Sputinik. Depois, em 1964, comajuda de Mamor Fujiwara, aluno da ESALQ,achou local definitivo para morar. Foram seisanos de república Fazendinha.

Em 1965, passou no vestibular realizado pelaESALQ. Nas férias de 1965, fez estágio na Fa-culdade de Medicina e Farmácia da USP, quan-do teve a honra de conhecer o Prof. Sabin. Parti-cipou da política estudantil, foi diretor da Coope-rativa dos Estudantes do Calq e iniciou estágio no

Departamento de Entomologia, em 1966, super-visionado pelo professor Octávio Nakano. “Em1967 fui escolhido como bolsista no convênioMec-Usaid e assim consegui uma bolsa,estagiando no Departamento de Fitopatologia”.

Em fins de 1969, o professor FerdinandoGalli, então vice-diretor da ESALQ, que já o co-nhecia como estagiário e bolsista, convidou-o aintegrar o Departamento de Agricultura eHorticultura. “Ingressei como professor Auxiliarde Ensino no Departamento e, na segunda sema-na de janeiro de 1970, o professor Salim Simão,Chefe do Departamento, me indicou o mestradonos EUA, mas eu tive que me dedicar para apren-der o idioma inglês e em julho de 1971 fui paraWashington DC”. Em 1973, concluiu o mestradoem Ohio, aprofundando conhecimentos sobreolericultura e herbicidas.

Voltou para Piracicaba e começou a lecionardisciplinas de olericultura. “Criei a disciplina deplantas daninhas e, nessa época, a agricultura bra-sileira deu uma guinada com muita ajuda daESALQ. O professor Francisco Ferraz de Toledo(Professor do Departamento de Agricultura eHorticultura), por exemplo, implantou a propos-ta moderna e eficiente do uso de sementes e issomodificou todo o sistema. Até então nossa pro-dução não era das melhores e então começamos aproduzir sementes de alta qualidade”. “Nós aju-damos a mudar a Horticultura e eu também ajudeina introdução de bandejas de mudas e no desen-volvimento de mudas de alta qualidade, com pro-dução em ambiente fechado e/ou controlado”.Daquele tempo, o professor Keigo recorda-seque a crise econômica o levou a experimentar.“Quando comecei a trabalhar na ESALQ, passá-vamos por uma crise financeira e não tínhamosfinanciamento para nada. Então comecei a estu-dar misturas diversas até que usei a vermiculita,um mineral subproduto da indústria de papel ecelulose. Adicionei ainda a casca de pinus, queera descartada e cheguei ao substrato ideal que atéhoje é a base do que encontramos no mercado.Isso mostra que a pesquisa tem que ser prática”.Um de seus livros mais lidos é “Produção de mu-das de alta qualidade em Horticultura”, escrito em1995. “Ele é um dos mais consultados na área.Escrevi cerca de 60 livros, mas o que importa é quealguns são muito lidos. Isso é uma satisfação”.

Foi chefe de departamento, representou aESALQ em vários momentos, mas sua biografiaestá marcada pela extensão. “Atendi mais de 5mil consultas de produtores, leigos, estudantes eprofessores, sendo algumas in loco, gratuitamen-te. Fui muito mais um extensionista”.

Sobre lecionar, Keigo lembra que a especia-lização dos pesquisadores os distanciam da basedo conhecimento. “O professor ensina o mesmoconteúdo todos os anos para os iniciantes e issoé uma reza. Lecionar é uma reza. E no repetirvocê consolida a base. O ser humano tem que tercontato com os jovens; eu tenho alunos de 17anos. Isso é importante, saber que tem gente queainda precisa da gente”. Por isso, ajudou na cria-ção das disciplinas de estágio supervisionado eresidência agronômica juntamente com os pro-fessores Molina e Carlos Sodero Martins, quefoi muito importante para os alunos da ESALQ epara o ensino de Agronomia no Brasil, pois, elesfaziam na prática o que aprenderam na teoria.

Aposentou-se em 2015, mas continua leci-onando a disciplina de Matérias Primas Vege-tais no curso de Ciências dos Alimentos e ou-tras disciplinas no Departamento de ProduçãoVegetal. “Lá eu falo de pelo menos umascinquenta culturas agrícolas”. Fora da ESALQ,não permite aquietar-se. “Não sei fazer pintura,não sei cantar, então faço palavras cruzadas,coleciono moedas, adoro fotografias e ler. Es-tou sempre ocupando a mente”.

TEXTO Caio Albuquerque