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A Coluna J Do Aprendiz Franco Maçom Do Rito Moderno

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1À Glória de Sophia

A COLUNA “J” DO APRENDIZ FRANCO MAÇOM

DO RITO MODERNO

Ir∴M∴Inst∴ André Fossá

Chapecó - SC, 02 de Maio de 2014, E∴V∴ 

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2À Glória de Sophia

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3 

TEXTO BÍBLICO.............................................................................................................................. 4 

FLOR DE LÓTUS ............................................................................................................................. 6 

A MASCULINIDADE OU FEMINILIDADE AO APRENDIZ .................................................... 8 

O ENXOFRE DA COLUNA “J” .................................................................................................... 12 

CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 15 

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 16 

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3À Glória de Sophia

INTRODUÇÃO

Estas linhas textuais tratam de aspectos invisíveis, ou seja, que somente

conseguem ser vistos “olhando-se para dentro”.

Assuntos relacionados à coluna como: busca das “verdadeiras” posições no

interior ou exterior do Templo; origens etimológicas do nome das colunas;

significado “verdadeiro” de Jachin ou Jakin; metragem; número e forma das romãs;

arquitetura e tudo o mais, já são muito bem debatidos e discutidos nas pranchas e

alfarrábios da larga e variante Doutrina Estudantil Maçônica.

Tentarei desenhar aqui, um esboço que tente-nos fazer refletir acerca de um

dos mais belos simbolismo de nossa Ordem Especulativa e, com certeza, Filosófica: a

Dualidade.

Esta é a única base e foco deste trabalho.

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4À Glória de Sophia

 Don Juan dizia que o fato energético, que era o alicerce da cognição dos

 xamãs do México antigo, significava que cada nuance do cosmo é uma

expressão de energia. A partir do seu platô de onde viam a energia

diretamente, estes xamãs chegaram ao fato energético de que o cosmo

inteiro é composto de forças gêmeas que são ao mesmo tempo opostas e

complementares entre elas. Eles chamavam essas duas forças de energia

animada e energia inanimada. CASTAÑEDA, Carlos. A Erva do Diabo.

TEXTO BÍBLICO

A origem das Colunas na Maçonaria deve-se – indubitavelmente – graças

ao relato bíblico acerca da construção do Templo de Salomão. Assim sendo, não há

como se falar da Coluna B sem antes citar, ao menos, a passagem bíblica pertinete.

Registro aqui minha especial apreciação aos textos dos Livros Bíblicos

apresentados pela “Bíblia de Jerusalém”. Esta versão e edição da Sagrada Escritura

iniciou-se em 1973, sob a direção da École Biblique de Jerusalém  mediante a  Les

Éditions Du Cerf , entidade mui respeitável do gênero em Paris, na França, cuja

publicação mais atualizada é de 1998. A Bíblia de Jerusalém é, no mundo religioso,

uma das melhores versões. No Brasil, há a edição da Paulus Editora, em 2002.

1 Reis, Capítulos 7, versículos de 15 a 22.

Talhou as duas colunas de bronze; a altura de uma era de dezoito côvados

e sua circunferência media-se com um fio de doze côvados; assim também

era a segunda coluna. Fez dois capitéis de bronze fundido, e colocando-os

no topo das colunas; um capitel tinha cinco côvados de altura e a altura do

outro era a mesma. Fez redes – em forma de redes, festões – em forma de

correntinhas, para os capitéis, no topo das colunas, sete para um capitel, esete para o outro. Fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de

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5À Glória de Sophia

cada rede, quatrocentas ao todo, aplicadas no centro que ficava por detrás

das redes; havia duzentas romãs em torno de um capitel, e o mesmo

número em torno do outro. Os capitéis que encimavam as colunas eram em

 forma de Lótus, eram em forma de lótus. Ergueu as colunas diante do

 pórtico do santuário; ergueu a coluna do lado direito, à qual deu o nome

de Jaquin; ergueu a coluna da esquerda e chamou-a Booz. Os capitéis que

encimavam as colunas eram em forma de Lótus. Assim ficou pronto oserviço das colunas.

A par de toda a discussão da arquitetura das Colunas e das suas “reais”

aparências, chama-nos a atenção a importância pela qual a Bíblia reveste este

assunto, descrevendo detalhes do talhamento delas. Ora, de tão importante, cada

Coluna recebeu um nome próprio, e eram adornadas com romãs, e sua forma era de

uma flor de Lótus.

Deve-se ressaltar que as Colunas tinham um tamanho total de vinte e três

côvados, sendo dezoito de altura e mais cinco de capitel. Ainda, tinha por

circunferência, um total de doze côvados. Por surpresa, o Templo de Salomão não era

gigante como anunciam deliberadamente. O equivalente do antigo côvado - unidade

de medida inventada no Egito com base no cumprimento do cotovelo até a ponta do

dedo mais comprido – é de cerca de quarenta e cinco centímetros. Para os israelitas,por ser um povo com estrutura física maior, um côvado equivalia à cerca de

cinqüenta e cinco centímetros1.

Logo, as Colunas tinham altura de 10,35 a 12,65 metros, e largura de 5,4 a

6,6 metros. Nada tão esplêndido maior que as pirâmides ou os templos egípcios,

sumérios, babilônicos... Então, aonde reside sua preciosidade?

1 BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 1ª Edição, 1984. Pg. 151.

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6À Glória de Sophia

FLOR DE LÓTUS

Há historiadores a autores convencidos de que, antes de ser a Casa do Deus

Único (Yahveh), o Templo de Salomão era dedicado à união (hieros gamos  –

casamento divino) do Deus Yah com a Deusa Asherah. E para esta teoria, há

elementos arquitetônicos convincentes, por exemplo, as Colunas: uma representando

o princípio ativo (masculino) e outra o passivo (feminino). Esta teoria encontrareverberação em outras distintas, que alegam ser Salomão estreitamente ligado ao

povo egípcio, através de um casamento com a filha de um faraó, se tornando assim,

Salomão, também um faraó (Shesshonq I), juntamente com Hiram Abiff (o faraó

Sequenere Tao II da 17ª Dinastia), posição esta defendida por Cristopher Knight e

Robert Lomas em seu livro A Chave de Hiram.2 

As teorias vão até mais longe. Diz-se que Salomão era comparado ao DeusHórus. Tanto é que o exterior do seu ataúde de madeira é inteiramente ornado com

inscrições hieroglíficas egípcias cultuando-o com um Deus e com a cabeça de Falcão.

O ataúde está no museu do Cairo, no Egito.3 

Mas voltemos ao tema. A Flor de Lótus, à época anterior à construção do

Templo de Salomão, era símbolo sagrada para o povo egípcio. Aparece nos pilares do

Templo de Karnak, construído por Tutmés III no Século XV a.C, no Templo deLuxor, nos templos de Tebas, e em vários outros pelo Egito a fora. Inclusive, esta flor

aparece também em moedas judaicas do século III a.C. E.

A Flor de Lótus é uma planta aquática, que floresce sobre a água. É

conhecidíssima da nossa ciência pelo fato de naturalmente constituir uma

nanotecnologia. Simples: a Flor de Lótus possui caule com vários metros de

comprimento. Ela firma raiz em local profundo de água parada ou lama. Somente

2 ELLIS, Ralph. As Chaves de Salomão – O Falcão de Sabá. Pg. 204.3 ELLIS, Ralph. As Chaves de Salomão – O Falcão de Sabá. Pg. 162.

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desabrocha, floresce, acima da água. O local propício de sua existência é realmente

no lamaçal. Contudo, ela nunca fica suja, seu caule e folhas possuem substância que

desprendem totalmente qualquer sujeira ou outro organismo. Isto é incrível, uma flor

linda como o Lótus nasce no meio de um lamaçal e floresce sem se sujar. No Brasil, a

Flor de Lótus é identificada como “Vitória Régia”.

Um simbolismo forte que cativou egípcios, hebreus e budistas. Atransformação espiritual. Um desenvolvimento que começa no mais profundo da

terra, na escuridão, passa por todos os percalços e sujeiras que o processo traz, mas

sem se sujar. Acaba por buscar a Luz e floresce num lindo desabrochar de cores.

Reza a lenda egípcia que, antes da criação do mundo, havia somente a Flor

de Lótus com as pétalas fechadas flutuando nas trevas. Entediada, a flor pediu ao

Deus-Sol Amom-Rá (divindade andrógina) que criasse o Universo. Em gratidão, aFlor de Lótus passou a abrigar em suas pétalas o Deus-Sol durante a noite, donde ele

sai para iluminar a Grande Obra.4 

A flor possui atributos, muito conhecidos dos antigos egípcios, como

efeitos eufóricos, afrodisíacos, despertando a libido e aumentando o desejo sexual e a

sensibilidade. Para um Templo em que em seu pórtico, representava o masculino e o

feminino, nada seria melhor que representar Colunas (falos) com a Flor de Lótus queabrigava um Deus andrógino (Amom-Rá).

Enfim. Muito variado é o simbolismo da Flor de Lótus. O fato é que as

Colunas do Templo do Rei Salomão eram, de fato, grandes Lótus. Se os capitéis eram

em forma de Lótus, e sua base era como redes (caule), então, não há dúvidas disto.

Conforme transcrito acima, o texto bíblico afirma que os capitéis das colunas eram

forma de Lótus.4 http://deusesdoegiptoantigo.blogspot.com.br/2009/08/religiao-no-antigo-egito.html

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8À Glória de Sophia

Até este ponto de minha carreira maçônica, não encontrei nenhum artigo ou

livro que se debruçasse sobre o motivo ou razão de ser os capitéis das Colunas em

forma de Lótus. Qual era o significado do Lótus para Salomão ao ponto de fazer isto?

O que vemos é muitos Templos Maçônicos substituírem o Lótus pelas Romãs, em

número muito inferior e de disposição diversa daquela descrita na Bíblia.

Vejam meus IIr.´., pode ser mera fantasia, mas: os Maçons ficam sentados

no topo das Colunas. E no topo delas, há os capitéis. Se os capitéis são em forma de

Lótus, e segundo a lenda egípcia, suas pétalas abrigavam o Deus-Sol à noite para

reinar durante o dia, temos aí uma analogia ao Maçom e à hora de seus trabalhos. A

circulação do Maçom obedece aos “giros” do Sol ao redor da Terra (Altar dos

Juramentos). Então, o Maçom é o Sol, que ilumina sua própria criação quando

iniciam-se seus trabalhos: ao Meio-Dia, hora do seu próprio amanhecer.

A MASCULINIDADE OU FEMINILIDADE AO APRENDIZ

Tomemos a visão do Rito Moderno, adotado por nossa Augusta Loja.

Conforme Oswald Wirth - apoiado por Jules Boucher -, a Coluna “B” é

Passiva-Feminina (Mercúrio), e remete à segunda letra do alfabeto hebraico,  Beth,que representa “casa”, “útero”, e também, o número 2. A Coluna “J” é Ativa-

Masculina (Enxofre), e remete ao Princípio Criador, é a décima (10) letra do alfabeto

hebraico5.

A Bíblia é formal em dizer que Jakin está à direita e Booz à esquerda. Ora,

mas de quem vê o Oriente ou de quem vê o Ocidente? Sejamos especulativos: não há

qualquer garantia de que as Colunas foram erguidas antes ou depois do Templo.

5 BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. Pg. 156.

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Contudo, se admitirmos a cronologia pela qual narra a Bíblia, podemos admitir que as

Colunas foram a penúltima parte que Salomão construiu, sendo a última, o Mar de

Bronze. Logo, o Templo todo já estava erguido quando as Colunas foram construídas.

Um dos argumentos que os autores maçônicos se utilizam para explicar de

qual lado as Colunas devem ficar, é que sua posição original é fora do Templo e,

atualmente, os Templos Maçônicos colocam-nas dentro. Mas isto, creio, não temmuito significado, posto que se assim fosse, o Mar de Bronze e o Altar dos

Holocaustos também deveriam estar fora do Templo Maçônico, como no original de

Salomão.

Temos de lembrar que estas duas Colunas nunca sustentarão nada no

Templo, eram simplesmente para ornar a Grande Obra do Rei. E naquele Templo,

não havia distinção de Aprendizes de um lado e Companheiros para outro.

É pacífico que Jakin significa “Ele firmará” e que Booz significa “Nele está

a Força”. Mas o que e quem firmará? E o que é a Força?

Bem, se no Rito Moderno, o 2º Vigilante que fica na Coluna “J” ao Norte é

responsável pelos Aprendizes, então é a Coluna da Beleza, e o 1º Vigilante que fica

na Coluna “B” ao Sul é responsável pelos Companheiros, então é a Coluna da Força.Só que aqui, na Maçonaria, a Beleza é masculina e a Força é feminina.

Obviamente. Ora, o Aprendiz está no desbaste da Pedra Bruta, ele não

precisa da Força, mas sim da Beleza para desbastar a Pedra. Ele exercita a Beleza de

saber ouvir e observar, de aprender e compreender. Ele ativa a Beleza do

planejamento, do pensamento. Ele exerce a Beleza fecunda e reprodutora da Lua para

mergulhar no deslumbrar de sua Alma, apaixonando-se por si mesmo. Aí, pois,porque a Beleza está junto da Coluna masculina de Jakin, no Norte junto da Lua. A

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10À Glória de Sophia

atividade masculina do Aprendiz é necessária para fecundar a Beleza Lunar, para

produzir o embelezamento daquela Alma Bruta em algo mais trabalhado, cúbico.

Neste sentido, o 2º Vigilante na Coluna da Beleza, no Norte, representa Vênus da

Abóboda Celeste. Vênus é a Estrela Matutina, Virgem Maria, Ísis, Verônica, Maria

Madalena e tantas outras. Mulheres que representam uma Beleza forte, de garra e

Graça, cujos filhos e/ou maridos foram assassinados, continuando a vida sem eles.

Quando o Aprendiz Franco Maçom atravessa a linha do equador e passa

para a Coluna “B”, ele se move como o Sol e alavanca a energia da Força. Ele recebe

a Força no polimento de sua Alma Cúbica. Ele recebe Força para continuar na senda

que lhe levará ao Mestrado. Daí porque a Força está junto da Coluna feminina de

Booz, no Sul junto do Sol. A passividade feminina do Companheiro é necessária para

receber a Força que emana do Sol como uma energia criadora e motriz, sustentando-o

em seu trabalho rumo ao Mestrado de sua vida. O 1º Vigilante na Coluna da Força,no Sul, está junto de Marte na Abóboda Celeste. Marte representa o Guerreiro, a

Vontade, o Rigor, e neste contexto da Coluna, representa o Maçom que recebe - em

sua passividade – a chispa masculina da energia solar – como no Paracleto (o Fogo

do Espírito).

Se o 2º Vigilante é Beleza Masculina, se o 1º Vigilante é Força Feminina, o

que é o Ven.´. M.´.? É o Ser Andrógino, o Sal Primordial, o auto-suficiente. É o frutodo casamento alquímico do Sol e da Lua, a reconciliação do Seres, que resulta na

mais alta Sabedoria, que concilia a Força da Beleza, e a Beleza da Força. Talvez seja

por isso que os Mestres possam se sentar no topo (Lótus) de qualquer das Colunas.

Logo, diante de todas estas passarelas, posso ao menos compreender a

dinâmica do Rito Moderno assim: (1) o Aprendiz Franco Maçom tem como base a

masculinidade de Jakin, como meio a reprodutora Beleza Lunar, e como meta eresultado o deleite de sua Alma num romântico desbaste de sua Alma Bruta; (2) o

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Companheiro Franco Maçom tem como base a feminilidade de Booz, como meio

fecundante a Força Solar, e como meta e resultado a energia motriz em sua Alma

para alcançar o polimento do Mestrado.

Perceba que entre as Colunas, há o masculino e o feminino, a energia ativa

e passiva. E que entre cada Coluna e o respectivo Astro que lhe rege, ocorre a mesma

coisa: Jakin – masculina (Força) com Lua feminina (Beleza); Booz – feminina(Beleza) com Sol masculino (Força). Há trocas energéticas muito equilibradas aqui.

O Saudoso e Grande Mestre Oswald Wirth destacava que, entre a Coluna e

seu topo, havia:

 Jakin; Fecundação; Engendrar; Fundar; Criar; Mandar; Dar; Fazer;

 Inventar; Descobrir; Discernir; Discernir; Razão; Luz Direta; Ouro; Sol. Booz; Gestação; Conceber; Conservar; Manter; Obedecer; Receber;

Sentir; Assimilar; Compreender; Crer; Imaginação; Claridade refletida;

Prata; Lua.

 Marte; Ferro; Motricidade; Cólera; Impaciência; Vivacidade; Energia

 Ativa; Vontade; Domínio; Projeção; Brutalidade; Ferocidade; Destruição;

Fogo Anímico ou Vital; Ardor Sulfúrico.

Vênus; Cobre; Sensibilidade; Doçura; Paciência; Calma; Apatia;Preguiça; Docilidade; Sedução; Atração; Graça; Ternura; Conservação;

 Água Vital; Fluído; Humidade Radical.6  

Qual é a natureza do princípio ativo? A de se expandir. Qual a do

 princípio passivo? A de se reunir e fecundar. O que é o homem? O

iniciador, aquele que destrói, cultiva e semeia. O que é a mulher? A

 formadora, a que reúne, rega e colhe. O homem faz a guerra e a mulher6 WIRTH, Oswald. O Simbolismo Hermético e sua Relação com a Alquimia e Franco Maçonaria. Pg. 8.

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 procura a paz; o homem destrói para criar; a mulher edifica para

conservar; o homem é a revolução; a mulher é a conciliação; o homem é o

 pai de Caim; a mulher é a mãe de Abel. O que é Sabedoria? É a

conciliação e a união de dois princípios; é a doçura de Abel dirigindo a

energia de Caim; é o homem seguindo as doces inspirações da mulher; é o

vício vencido pelo legítimo matrimônio/ é a energia revolucionária

dulcificada e domada pelas suavidades da ordem e da paz; é o orgulhosubmetido ao amor; é a ciência reconhecendo as inspirações da fé.7  

O ENXOFRE DA COLUNA “J”

Para os alquimistas, o Enxofre, e não a Terra, é a matéria prima que o

Grande Arquiteto se utilizou para criar a Grande Obra. Unido à este Enxofre, os

alquimistas pretendem uni-lo ao Mercúrio mediante uma série de sublimações com afinalidade de formar uma matéria espiritual extremamente ativa, chamada de Pedra

dos Sábios.

A Pedra dos Sábios é o quadrado perfeito que apresenta a perfeição da

espécie humana, demonstrando um reino sublime entre o espírito e a matéria (é a

Pedra Polida da Maçonaria). Esta Pedra é uma obra que culmina no gradativo

desprendimento da carne, em sublimação dos próprios poderes espirituais doHomem. É a Pedra Filosofal dos Alquimistas.

Oswald Wirth faz a seguinte comparação:

Pedra Bruta: Aprendiz; “J”; Juventude; Aprender; Adquirir; Chegar;

 Nascer; Brahma.

7 LEVI, Eliphas. Dogma e Ritual da Alta Magia. Pag. 81.

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13À Glória de Sophia

Pedra Cúbica: Companheiro; “B”; Virilidade; Praticar; Administrar;

 Atuar; Viver; Vishnu.

Pedra Filosofal: Mestre; “M”; Velhice; Ensinar; Restituir; Partir;

 Morrer; Shiva8 . 

Então, o Enxofre simbolizado pela Coluna Jakin significa a Luz Universal

que se manifesta de um centro expansivo de energia, que queima dentro de nós ofogo da paixão, da emoção, e também da Iluminação. O Fogo da Vitória. O Enxofre é

o Centro da Iniciativa Individual, um Fogo Vital, que propaga seus raios em todas as

direções, cedendo energia anímica (da Alma) a todos.

 Na natureza humana o Enxofre corresponde à masculinidade. Seu

 predomínio exalta a iniciativa individual, favorecendo o valor

inquebrantável, o ardor perseverante, a energia orgulhosa, o gosto domando. O Enxofre é inventivo pois ele cria, funda, estabelece (Coluna

 Jakin). Incita ao movimento, à ação exteriorizada, à conquista. Faz-nos

tomar e dar, e não unicamente receber passivamente. Intelectualmente,

esta influência afasta a fé dócil e receptiva das idéias alheias, e exalta a

independência de espírito que elabora as noções por nós mesmos. É o

Poder da Reprodução na Coluna Jakin.

 A feminilidade do Mercúrio inspira ao contrário, a doçura, a calma, a

meditação retraída e o sonho, como ainda a timidez prudente, a modéstia,

a resignação e a obediência. Quando a imaginação foi desenvolvida de

maneira que não deforma as imagens que se refletem em seu espelho,

torna-se compreensivo e sensível a todo que é sutil, apto para a

adivinhação e crédulo lucidez. É o poder da Fecundação na Coluna Booz.

8 WIRTH, Oswald. O Simbolismo Hermético e sua Relação com a Alquimia e Franco Maçonaria. Pg. 23.

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14À Glória de Sophia

Quanto ao Sal, simboliza realmente a Sabedoria, sempre que tenha sido

assegurado o equilíbrio, a justa ponderação e a estabilidade. Deve ser

obtida e mantida em sua limpidez, porque é sobre ela que descansa a

Grande Obra.  É o Poder de Regência do Venerável Mestre, fruto do

casamento da Força e da Beleza.

Assim, tem-se na Maçonaria, as três matérias-primas necessárias aoprocesso alquímico: o Sal, o Enxofre e o Mercúrio. O Sal é o dissolvente universal,

utilizado em qualquer processo como para equilibrar e assim, reger. O Enxofre é o

princípio ativo, masculino, representando a corrosão dos metais e a combustão. O

Mercúrio é o princípio passivo, volátil, feminino. Ambos combinados, constituem o

que os Alquimistas chamas de “Casamento Alquímico” ou “Coito do Rei e Rainha”.

Pois bem, para este trabalho, até aqui está ótimo.

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7/23/2019 A Coluna J Do Aprendiz Franco Maçom Do Rito Moderno

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À Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Un∴ Grande Loja Regular do Rio Grande do SulA∴R∴L∴S∴ Cavaleiros do Oriente nº. 18

 Lilia Destrue Pedibus Or∴de Fraiburgo

15À Glória de Sophia

CONCLUSÃO

É impressionante como a Maçonaria pode abrigar tantas faces da Sabedoria

Antiga e do Conhecimento Ocultista.

As disposições do Templo nos remetem a diversas análises sobre pontos de

vistas e enfoques variados, cada qual apoiado em um viés ocultista, do Alquimista ao

Xamã, do Politeísmo Egípcio ao Monoteísmo Judeu. Sob este ângulo, percebemos

que não há “abismos” entre estas diferentes crenças.

Na Maçonaria, o completo antagonismo se torna mera aparência.

Enfim, para nosso Rito Moderno, então, a Coluna J é masculina, em seu

topo sentam os Aprendizes, no Norte, regidos pelo 2º Vigilante, tendo a Luz como

seu espelho. Até atravessarem a Linha do Equador, resta ao Aprendiz se contentar

com os reflexos do Sol, e ali, esforçar-se na Beleza do desbaste da Pedra Bruta.

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16À Glória de Sophia

BIBLIOGRAFIA

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2002. São Paulo: Paulus;

2 -  DA CAMINO, Rizzardo. Dicionário Maçônico. 2010. 3ª Edição. São Paulo: Ed.

Madras;

3 –  FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. 2011. 17ª

Edição. São Paulo: Pensamento-Cultrix;

4 –  LÉVI, Eliphas. Dogma e Ritual de Alta Magia. 2001. 5ª Edição. São Paulo:

Madras;

5 –  ELLIS, Ralph. A Chave de Salomão – O Falcão de Sabá. 1ª Edição. 2002. São

Paulo: Madras;

6 -  http://deusesdoegiptoantigo.blogspot.com.br/2009/08/religiao-no-antigo-

egito.html;

7 –  CASTAÑEDA, Carlos. A Erva do Diabo. 36ª Edição. 2013. Rio de Janeiro:

BestSeller;

8 -  WIRTH, Oswald. O Simbolismo Hermético e sua Relaçao com a Alquimia e

Franco Maçonaria. 1999. São Paulo: Sociedade das Ciências Antigas;

9 -  GUAITA, Stanislas de. No Umbral do Mistério. 1ª Edição. 1985. São Paulo:

Martins Fontes – Sociedade das Ciências Antigas.

10 –  BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 1ª Edição. 1984. São Paulo:

Pensamento.

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ANDRÉ FOSSÁ

C.´.I.´.M.´. 1.208