A Formação Do Profissional de Engenharia No Brasil - Entre o Tecnicismo e o Humanismo (1)

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    A FORMAO DO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA NO BRASIL: ENTRE O

    TECNICISMO E O HUMANISMO

    B. F. Silva Neto1; G. S. Leandro2; R. G. R. Lima3e F. C. S. Souza4E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected];

    [email protected].

    RESUMO

    Neste artigo, discutimos a formao dos profissionais das

    Engenharias no Brasil. Trata-se de uma pesquisa

    bibliogrfica realizada a partir do desenvolvimento de

    projetos de iniciao cientfica no campus Mossor do

    IFRN, em 2012-2013, cujo objetivo analisar a insero

    de bacharis de engenharia na rea da educao. Umhistrico sobre a Engenharia no Brasil nos mostra que as

    primeiras escolas dessa rea do conhecimento foram

    criadas, no Brasil, h pouco mais de um sculo e que

    seguem at hoje o tecnicismo e o pragmatismo herdados

    dos modelos dos cursos existentes na Europa e que

    foram transplantados para o nosso pas. Baseados nisso,

    defendemos a necessidade de uma maior abertura dos

    cursos de formao de engenheiros para asHumanidades, haja vista o importante papel que esse

    profissional exerce na sociedade.

    PALAVRAS-CHAVE: formao profissional, histria da engenharia, tecnicismo, tecnologia.

    FORMATION OF ENGINEERING PROFESSIONAL IN BRAZIL: BETWEEN TECHNICALITY

    AND HUMANISM

    ABSTRACT

    In this article, we discuss the formation of the

    Engineering professionals in Brazil. It is a bibliographical

    research made from the development of scientific

    initiation projects at the campus Mossoro of IFRN in

    2012-2013, aiming to examine the inclusion of

    engineering graduates on the educational area. A track

    record of Engineering in Brazil shows that the first

    schools in this area of knowledge were created, in Brazil,

    just over a century and which continue until today

    technicality and pragmatism inherited from models of

    existing courses in Europe and were transplanted for our

    country. Based on this, we defend the need for a greater

    opening of training courses of engineers for the

    Humanities, given the important role this plays in the

    society.

    KEYWORDS:training courses, engineering history, technicality, technology.

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    1 INTRODUO

    A capacidade humana de dar forma a elementos da natureza, empregando-os para

    diversos fins, existe desde os tempos mais remotos. Um exemplo disso a inveno da roda,

    situao em que houve a utilizao de um fundamento cognitivo mecnico para a construo de

    um objeto que promovesse a melhoria da vida do homem em seu meio social e natural. Pode-se

    afirmar, assim, que a histria da humanidade, desde a chamada Pr-Histria at o tempo presente

    foi feita de avanos no mbito da tecnologia, sobretudo a partir do sculo XVII, com a Revoluo

    Cientfica.

    De acordo com Telles (1994, p. 01), o conceito atual de engenheiro, isto , uma pessoa

    diplomada e legalmente habilitada a exercer alguma das mltiplas atividades da engenharia,

    relativamente recente, podendo-se dizer que data da segunda metade do sculo XVIII. Para esse

    autor, a cole Nationale des Ponts et Chausss, fundada em Paris em 1747, por iniciativa de Daniel

    Trudaine, considerada o primeiro estabelecimento de ensino, em todo o mundo, onde se

    ministrou um curso regular de engenharia e que diplomou profissionais com esse ttulo. At ento,

    as obras que (...) at hoje causam admirao, so por isso muito mais fruto do empirismo e da

    intuio, do que de clculo e de uma verdadeira engenharia, como entendemos atualmente

    (1994, 01).

    Mas, se a profisso engenheiro historicamente recente em nvel mundial, quando essa

    profisso teve incio no Brasil? Quando surgiram as primeiras escolas de formao de

    engenheiros? Em que bases elas se assentaram? Como a formao dos engenheiros hoje? Neste

    artigo, pretendemos responder essas questes e refletir sobre o papel que esse profissionalexerce na atualidade.

    Trata-se de uma pesquisa bibliogrfica realizada a partir do desenvolvimento de dois

    projetos de pesquisa de iniciao cientfica no campus Mossor do IFRN, em 2012-2013, e que

    tm como objetivo principal analisar a insero de bacharis de engenharia na rea da educao,

    como professores de cursos tcnicos. Pelo carter qualitativo dos referidos projetos,

    empreendemos uma reviso de literatura sobre a histria da Engenharia e da formao desses

    profissionais no Brasil, informaes importantes para compreendermos as prticas pedaggicas

    adotadas pelos professores engenheiros.

    O texto est dividido em duas partes: na primeira, fazemos um levantamento histricosobre a Engenharia no Brasil e, em seguida, abordamos o carter social e humanstico dessa

    profisso e a necessidade desta se abrir para a rea das Humanidades.

    2 O APARELHO FORMADOR DE ENGENHARIA NO BRASIL

    No Brasil, o ensino da engenharia comea a obter estruturao especfica no incio do

    sculo XIX, atravs da Academia Real Militar e, no final desse sculo, atravs da implantao de

    escolas como as Politcnicas do Rio de Janeiro, de Ouro Preto, de So Paulo e o Mackenzie

    College. Esta crescente implantao ocorreu devido s mudanas realizadas nos sistemas de

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    transporte, no avano do sistema naval e na construo de hidreltricas, necessitando de mo de

    obra especializada para atender a demanda de construo e manuteno. (KAWAMURA, 1979).

    O ensino da engenharia, no caso brasileiro, no possui muitas particularidades, haja vista

    que seu modelo didtico corresponde inspirao cognitiva dos mtodos de ensino estrangeiros.Houve, e h, portanto, uma crescente importao tecnicista estrangeira no aparelho formador

    brasileiro de engenharia, caracterizando o modelo de ensino nacional como uma interseco

    pragmtica da didtica internacional (Figura 1).

    Figura 1: Representao do modelo de ensino de engenharia brasileiro atravs da interseco de diagramas de

    Venn, com base em Silveira (2005).

    Dessa maneira, por no dispor de tecnologia avanada, havia e h, embora atualmente em

    menor escala, uma considervel importao de conhecimentos tcnicos e cientficos estrangeiros.

    Engenheiros europeus e norte-americanos aqui se instalaram e construram escolas com cursos

    voltados para a rea, como ocorreu com a implantao da Escola de Engenharia do Mackenzie

    College. O poder estatal, por sua vez, interessado e comedido sua ao controladora econmica,

    tambm passa a investir na qualificao do profissional local, fundando, como exemplo

    importante, a Escola Politcnica de So Paulo.

    Conforme Kawamura (1979), a organizao curricular dessas instituies assemelhava-se

    adotada em algumas das principais escolas europeias de ento, o que explica a subdiviso do

    ensino da engenharia em diferentes modalidades. Para ela, as alteraes sofridas por cursos e

    laboratrios efetuavam-se no sentido de incorporar cada vez mais aspectos pragmticos do ensino

    da engenharia.

    Nesta poca, o ensino da engenharia no Brasil seguia uma linha terica e conceitual. A

    economia agroexportadora da poca e as poucas indstrias aqui existentes no supriam as

    necessidades prticas de uma cultura de ensino importada de pases desenvolvidos para os

    padres da poca.

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    A consistncia terica que possua o ensino da engenharia no Brasil e a criao de diversas

    escolas foram grandemente favorecidas pela corrente filosfica positivista, que era realidade

    internacional e valorizava a o raciocnio matemtico (CUNHA, 2000). Este carter terico que foi

    incorporado pelo ensino da engenharia e a formao do engenheiro no Brasil ocasionou a busca

    de formao do engenheiro da elite no exterior, ficando s margens da qualificao profissional a

    classe proletria (KAWAMURA, 1979).

    Nessa poca, o engenheiro no era posto em nvel de intelectualidade comum ao do

    mdico ou de um advogado, este ltimo considerado, poca, um especialista de prestgio por

    excelncia. Este reconhecimento conferia a esses profissionais o exerccio de todas as posies

    polticas e acadmicas e a ocupao dos mais altos cargos da administrao pblica. No entanto,

    embora estivessem os engenheiros s margens deste reconhecimento no tecido social, eles

    constituam uma minoria da populao que auxiliava a modernizao tcnica e cientfica do pas, o

    que viria, a posteriori, ser um fundamento basilar para ascenso ao poder (AZEVEDO apudKAWAMURA, 1979, p. 68).

    No Brasil, a partir da dcada de 30, com o declnio da burguesia agroexportadora, o

    governo de Getlio Vargas impe considerveis mudanas no sistema escolar nacional, em

    especial na rea industrial, em que viriam a se formar novos e pragmticos engenheiros, seguindo

    uma metodologia de ensino totalmente tecnicista, como ocorria no exterior. O objetivo era

    eliminar o carter terico at ento presente e trazer para o ensino a formao e a prtica

    profissional.

    O acesso s escolas de engenharia da poca, assim como no incio do desenvolvimento do

    ensino de engenharia no pas, continuou a ser elitista. As limitaes impostas para ingressar nasuniversidades eram to grandes que, muitas vezes, somente quem tinha conhecimento de cincias

    bsicas, por exemplo, possua o direito de lecionar. Conhecimentos como este, geralmente,

    ficavam restritos a quem dispunha de quantidade considervel de regalias financeiras, provocando

    o refugo escolar de quem no tinha condies de estudar nas universidades, optando por

    trabalhar com cargos e funes menos qualificadas e favorecendo os preceitos da economia

    capitalista.

    Aos poucos, incorporando a demanda de servios industriais, o aparelho ideolgico do

    estado deu origem tambm a cursos com ingresso mais fcil e durao menor, como o caso dos

    cursos tcnicos integrados e subsequentes. O problema que se observa persistncia a formao

    dos engenheiros e profissionais no campo puramente tecnicista, quando se deve valorizar um

    misto de formao tcnica e humana. O engenheiro precisa ter noo de seu meio social e as

    consequncias que seu trabalho trar para a sociedade em que vive. Deve haver, assim, uma

    multiplicidade de relaes entre o engenheiro e a sociedade de modo que este possa executar

    essa proximidade com o meio beneficamente, e essa relao s possvel quando, aliada

    tcnica, h uma formao humanstica, que tem muito ficado para trs nos ltimos anos.

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    3 FORMAO HUMANA DOS ENGENHEIROS NO BRASIL

    A formao que cada profissional recebe em determinada rea depende diretamente da

    concepo que se tem sobre as funes primordiais que ele vai desempenhar. Conforme afirma

    Ferraz:

    Na verdade, todos os conceitos sobre o ensino da engenharia tomam como ponto departida a definio da engenharia como arte ou a tcnica de transformar a naturezapara coloc-la a servio do homem, e por isso d-se maior nfase s transformaes danatureza, atravs dos processos experimentais, no que a engenharia conseguiu umconsidervel avano; mas igual progresso no foi conseguido com relao ao servioprestado ao homem por essas transformaes, pois observa-se que, na medida dosavanos do conhecimento sobre a natureza material e no aprimoramento dosinstrumentos postos a servio do homem, a humanidade tornou-se cada vez menos capazde resolver seus problemas relativos s condies de vida. (1983, p. 72)

    Dessa forma, no Brasil, a importao de modelos estrangeiros e a aplicao comadequao mnima realidade brasileira, favoreceu um tecnicismo exacerbado, em detrimento

    formao humana dos profissionais engenheiros. Essa deciso de focar a formao do engenheiro

    no tecnicismo est diretamente relacionada ao fortalecimento do positivismo como mtodo, o

    que incutiu na mente de muitos engenheiros que a sua funo principal aplicar os seus

    conhecimentos matemticos, fsicos e qumicos para transformar os recursos naturais em bens

    para utilidade e conforto do homem, no admitindo que essa remodulao nem sempre seja til

    vida humana. Um engenheiro civil, por exemplo, pode alterar um ambiente natural em um

    shopping center, utilizando, em sua concepo, um espao inutilizado para gerar milhares de

    empregos e propiciar um maior conforto populao, sem pensar nos danos futuros que tal

    modificao pode causar ao ambiente, tanto em aspectos geogrficos como sociais, ao passo que

    pode favorecer uma distribuio populacional irregular e causar vrios problemas

    socioeconmicos. Ao conceber as cincias exatas como imunes s imprecises das cincias

    humanas, grande parte dos engenheiros considera, em uma anlise destituda de grandes

    reflexes, que se os clculos esto corretos, o projeto ser um sucesso.

    Para Loder, a formao do profissional engenheiro no deve ser separada de outras reas:

    Nos cursos de engenharia, priorizado o estudo das cincias e das tcnicas, o que plenamente justificvel. No entanto, a crtica que comea surgir, na sociedade e no meioacadmico, sinaliza problemas nesse processo de formao tendo em vista que, em geral

    esse estudo no contextualizado em termos sociais e ambientais. Em outras palavras, naacademia a formao do engenheiro se d depurada de outras implicaes alm das decunho tcnico e econmico, isto , depurada das implicaes ambientais ou sociais quepodem resultar de sua ao (LODER, 2004, p. 08).

    Quando comearam a ser implantadas as escolas de engenharia no Brasil, os modelos j

    eram obsoletos por no terem sido adaptados realidade do pas. Entretanto, como este se

    encontrava em estgio inicial de desenvolvimento de indstrias e sistemas de transporte, criava-se

    a falsa iluso de que o desenvolvimento desordenado e a qualquer custo era eficiente, j que

    estava criando novas tecnologias. Conforme o Brasil vai se desenvolvendo, entretanto, a

    preocupao passa a ser a de otimizar o trabalho, as construes e inventos e no de faz-los

    apenas para criar uma determinada coisa at ento inexistente. Quanto mais funes esse invento

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    desempenhar, mais eficaz ele e, para tanto, o engenheiro precisa ter conhecimentos no

    somente tcnicos, mas tambm polticos, econmicos e sociolgicos.

    A falta de engenheiros no mercado de trabalho foi e continua sendo uma realidade

    brasileira. A formao meramente tecnicista no resolver esse problema, muito embora possanumericamente aumentar essa disponibilidade de recursos humanos, j que tem levado mera

    formao de homens-massa instrudos a repetir os padres comprovados pelas cincias exatas e

    no de profissionais aptos a criar solues aos problemas da sociedade moderna. Muito mais do

    que engenheiros tecnicistas, preciso formar engenheiros empreendedores, capazes no s de

    repetir o que lhes foi ensinado, mas a solucionar problemas e situaes-problema que porventura

    apaream no decorrer de sua atuao profissional.

    Para que tal realidade mude, faz-se necessria uma reformulao profunda na estrutura

    curricular dos cursos de engenharia, tendo em mente que esse profissional no imediatista e no

    tem como objetivo mximo a aquisio de um emprego ou a criao de uma empresa, mas sim um engenheiro humano, voltado soluo de problemas de ordem que ultrapassa as fronteiras

    de sua formao principal, seja engenharia civil, eltrica, mecatrnica ou qualquer outra.

    Como o objetivo principal dos governos formar mo de obra qualificada para atender as

    demandas atuais e as universidades particulares objetivam agradar os seus clientes, que em sua

    maioria estudam para conseguir um emprego, Ferraz observa:

    A universidade deixou de ser um centro de criao e divulgao de cultura, paratransformar-se numa instituio preparatria para a conquista de empregos, ementidades industriais principalmente, sem diversificar as aptides para os cargos do

    servio pblico e para o desempenho de empresas privadas(1983, p. 77).O engenheiro, portanto, deve elaborar os seus projetos de acordo com os clculos e

    medies necessrios, sem esquecer-se de relacion-las com o comportamento do homem que

    usufruir das transformaes da matria por ele promovidas. Dessa forma, a preocupao do

    engenheiro no tem razes apenas nas transformaes da matria, mas, em ltima anlise, da

    filosofia. (FERRAZ, 1983)

    4 CONSIDERAES FINAIS

    Os papeis que a sociedade espera que o engenheiro desempenhe contribuem para umareflexo a respeito da formao que os profissionais da Engenharia recebem. A necessidade deabertura para outras reas do conhecimento, superando as limitaes impostas pelo positivismo,impe mudanas nas grades curriculares dos cursos de formao de engenheiros, devendo estesserem sensveis s transformaes da sociedade.

    Dentro desse contexto, o engenheiro passa a exercer outros papeis alm do fato de ser umtcnico. Suas atividades tambm tm um vis cientfico, devido ao aprofundamento de estudosque esse profissional necessita. Alm disso, ele tambm tem um envolvimento gerencial, pois, nodesempenho de suas atividades, ele desenvolve a liderana no local de trabalho e toma decisescom base em estudos e tcnicas aplicadas. Acrescente a estes, o papel de agente de

    transformao que a sua profisso poder exercer na sociedade em que est inserido. Portanto,

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    seus conhecimentos no podem se restringir aos aspectos tericos e tcnicos, uma vez que oengenheiro , antes de tudo, um ser social e, principalmente, humano.

    5 REFERNCIAS

    CUNHA, Flvio M. A formao do engenheiro na rea humana e social. In: BRUNO, Lcia;

    LAUDARES, Joo B. (Orgs.). Trabalho e formao do engenheiro. Belo Horizonte: Fumarc, 2000. p.

    267-312.

    FERRAZ, Hermes. A formao do engenheiro: um questionamento humanstico. So Paulo: tica,

    1983.

    LODER, Liane L. Ensino de engenharia: possibilidades de uma perspectiva freireana. Disponvel

    em: Acesso em: 16

    maio. 2013.SILVEIRA, Marcos A. da. A formao do Engenheiro inovador: uma viso Internacional. Rio de

    Janeiro: Abenge, 2005.

    TELLES, Pedro C. da S. Histria da Engenharia no Brasil(sculos XVI a XIX). 2. ed. Rio de Janeiro:

    Clavero, 1994.

    KAWAMURA, Lili K. Engenheiro: trabalho e ideologia. So Paulo: tica, 1979.

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