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1 A importância da fisioterapia após um trauma raquimedular Michele da Silva Panfilio 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Meija² Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional Faculdade Ávila Resumo O traumatismo raquimedular é uma lesão que ocorre nos elementos neurais do canal medular de forma traumática e abrupta que resulta em déficits neurológicos. Acomete a via de estímulos sensitivos e motores entre a medula e o encéfalo. É uma lesão que as literaturas definem como completa, quando atinge vias motoras e sensitivas, e incompleta quando compromete somente algumas vias motoras ou sensitivas. Possui etiologias dentre as principais estão: acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo, mergulho em água rasa e quedas de alturas. Predomina em jovens do sexo masculino no qual as literaturas denominam como produtivos, tornando-se assim um grande problema de saúde pública mundial. O objetivo deste estudo foi mostrar, a partir de revisão da literatura, de qual forma a fisioterapia pode contribuir com recursos fisioterapêuticos para uma melhor qualidade de vida e funcionalidade. Para elaboração da pesquisa, foram analisados estudos que demonstrasse as condutas fisioterapêuticas e os recursos mais utilizados bem como estudos que comprovassem a importância da fisioterapia nas pessoas que sofreram traumatismo raquimedular. As pesquisas foram obtidas nos bancos de dados: Scielo, Bireme, Lilacs , Revistas Científicas e livros na língua portuguesa. Para isso foram utilizados 20 artigos e 06 livros que demonstraram que a fisioterapia tem grande importância nos cuidados aplicados em um lesionado medular, executando condutas que auxiliam no alívio de sinais e sintomas, melhorando a funcionalidade e buscando melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Trauma raquimedular; Fisioterapia; Medula espinhal. 1. Introdução A medula espinhal é via de ligação entre o encéfalo e o corpo. Ela promove a condução de sinais de saída (eferentes), para o controle das funções corporais, e de entrada (aferentes), para informar ao cérebro o que está ocorrendo no corpo (ABRAHAMS, 2009). A lesão medular é definida pela American Spinal Injury Associantion (ASIA), como sendo uma diminuição ou perda da função motora e/ou anatômica, por trauma dos elementos neuronais dentro do canal vertebral, podendo ser total ou parcial (DINIZ et al. 2009). O trauma raquimedular (TRM) é uma lesão neurológica incapacitante, com grande impacto na sociedade, representando um problema de saúde pública (FERREIRA, 2012). A lesão ocorre, preferencialmente, no sexo masculino, na proporção de 4:1, na faixa etária entre 15 a 40 anos. Acidentes automobilísticos, queda de altura, acidente por mergulho em água rasa e ferimentos por arma de fogo têm sido as principais causas de traumatismo raquimedular (TRM) (DEFINO, 1999). A fisioterapia precoce, ainda no período hospitalar, por meio de diferentes técnicas cinesioterapêuticas, é eficaz em todas as fases da doença, previne deformidades, proporciona maior independência funcional e melhora a qualidade de vida (CAVENAGHI, 2005). 1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional ² Orientadora:Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética e Saúde.

A importância da fisioterapia após um trauma raquimedular · 1 A importância da fisioterapia após um trauma raquimedular Michele da Silva Panfilio1 [email protected] Dayana

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A importância da fisioterapia após um trauma raquimedular

Michele da Silva Panfilio1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Meija²

Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional – Faculdade Ávila

Resumo

O traumatismo raquimedular é uma lesão que ocorre nos elementos neurais do canal

medular de forma traumática e abrupta que resulta em déficits neurológicos. Acomete a via

de estímulos sensitivos e motores entre a medula e o encéfalo. É uma lesão que as literaturas

definem como completa, quando atinge vias motoras e sensitivas, e incompleta quando

compromete somente algumas vias motoras ou sensitivas. Possui etiologias dentre as

principais estão: acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo, mergulho em água

rasa e quedas de alturas. Predomina em jovens do sexo masculino no qual as literaturas

denominam como produtivos, tornando-se assim um grande problema de saúde pública

mundial. O objetivo deste estudo foi mostrar, a partir de revisão da literatura, de qual forma

a fisioterapia pode contribuir com recursos fisioterapêuticos para uma melhor qualidade de

vida e funcionalidade. Para elaboração da pesquisa, foram analisados estudos que

demonstrasse as condutas fisioterapêuticas e os recursos mais utilizados bem como estudos

que comprovassem a importância da fisioterapia nas pessoas que sofreram traumatismo

raquimedular. As pesquisas foram obtidas nos bancos de dados: Scielo, Bireme, Lilacs ,

Revistas Científicas e livros na língua portuguesa. Para isso foram utilizados 20 artigos e 06

livros que demonstraram que a fisioterapia tem grande importância nos cuidados aplicados

em um lesionado medular, executando condutas que auxiliam no alívio de sinais e sintomas,

melhorando a funcionalidade e buscando melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Trauma raquimedular; Fisioterapia; Medula espinhal.

1. Introdução

A medula espinhal é via de ligação entre o encéfalo e o corpo. Ela promove a condução de

sinais de saída (eferentes), para o controle das funções corporais, e de entrada (aferentes), para

informar ao cérebro o que está ocorrendo no corpo (ABRAHAMS, 2009).

A lesão medular é definida pela American Spinal Injury Associantion (ASIA), como sendo

uma diminuição ou perda da função motora e/ou anatômica, por trauma dos elementos

neuronais dentro do canal vertebral, podendo ser total ou parcial (DINIZ et al. 2009).

O trauma raquimedular (TRM) é uma lesão neurológica incapacitante, com grande impacto na

sociedade, representando um problema de saúde pública (FERREIRA, 2012).

A lesão ocorre, preferencialmente, no sexo masculino, na proporção de 4:1, na faixa etária

entre 15 a 40 anos. Acidentes automobilísticos, queda de altura, acidente por mergulho em

água rasa e ferimentos por arma de fogo têm sido as principais causas de traumatismo

raquimedular (TRM) (DEFINO, 1999).

A fisioterapia precoce, ainda no período hospitalar, por meio de diferentes técnicas

cinesioterapêuticas, é eficaz em todas as fases da doença, previne deformidades, proporciona

maior independência funcional e melhora a qualidade de vida (CAVENAGHI, 2005).

1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional

² Orientadora:Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética e Saúde.

2

Apesar de existirem poucos estudos da fisioterapia na área do TRM, a mesma tem grande

importância no tratamento contínuo e prolongado buscando sempre a independência funcional

e evitando possíveis complicações que possam interferir na qualidade de vida de pessoas

acometidas de traumatismo raquimedular. Este estudo bibliográfico tem por objetivo sintetizar

os principais tratamentos fisioterapêuticos e mostrar a importância da fisioterapia na busca de

uma melhor qualidade de vida em decorrência do trauma raquimedular.

2. A Medula Espinhal

Segundo Abrahams, 2009:

“A medula espinhal é uma estrutura ligeiramente cilindricamente achatada de 42 a

45 cm de comprimento e aproximadamente 2,5 cm de diâmetro em adultos. Ela é

uma continuação da medula oblonga, a parte inferior do tronco encefálico no nível

do forame magno, maior abertura na base do crânio. Depois, ela segue para baixo ao

longo do pescoço por trás do canal vertebral, protegida pelos corpos vertebrais, que,

em conjunto, formam a coluna vertebral”.

Fonte: Acessado em: <http://www.manualmerck.net/?id=85&cn=823>

Figura 1 – Anatomia da Medula Espinhal

A medula subdivide-se em cervical, torácica e lombar, por onde se projetam 31 pares de

nervos espinhais, que emergem dos forames de conjugação das vértebras, sendo oito pares de

nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, cinco pares de nervos lombares, cinco pares de

nervos sacrais e um par de nervos coccigeos (EKMAN, 2007 apud SÁ et al. 2011).

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Uma lesão medular ocorre segundo COELHO et al. (2000) apud SANCHES (2012), devido a

morte dos neurônios e a quebra de comunicação entre os axônios oriundos do cérebro e suas

conexões com os neurônios da medula interrompendo a comunicação entre o cérebro e todas

as partes do corpo que ficam abaixo da lesão.

A lesão da medula espinhal é uma das mais graves complicações que causam incapacidade no

ser humano, pois provoca falência de uma série de funções vitais como: locomoção,

sensibilidade, sexualidade, sistema urinário e intestinal e do sistema nervoso autônomo

(NEVES, 2007).

Algumas complicações decorrentes de uma lesão medular são: bexiga e intestino

neurogênicos, espasticidade, úlcera de pressão, deformidades ósteoarticulares, trombose

venosa profunda, ossificação heterotópica e síndromes dolorosas (VALL; BRAGA, 2005).

3. Traumatismos da Medula Espinhal

O traumatismo da medula espinhal (TME) é um grande problema de saúde no Brasil e no

mundo em razão dos danos neurológicos freqüentemente associados, apresentando maior

incidência em indivíduos adultos do sexo masculino (SARTORI et al. 2009).

Nos primeiros minutos do TRM são comuns complicações como a hipertensão arterial e

disritmias cardíacas, seguidas da fase de choque, resultante da diminuição do tônus simpático

e perda das respostas motora e sensitiva, com duração de três a seis semanas, caracterizada

por manifestações cardiovasculares e neurológicas importantes, destacando-se a diminuição

do retorno venoso pelo vaso dilatação periférica; a diminuição do volume sistólico e débito

cardíaco; a bradicardia e a diminuição da tolerância ao exercício; a alteração da

termorregulação; a diminuição do fluxo sanguíneo para os músculos em atividade e a paralisia

flácida (Cavenaghi, 2005).

Segundo Sartori (2009), entende-se por reabilitação neurológica um processo que busca o

desenvolvimento das capacidades remanescentes, permitindo que o indivíduo alcance o

objetivo principal, que é a reintegração familiar e comunitária dentro das maiores

possibilidades físicas e funcionais.

Para Cavenaghi (2005), é imprescindível para reabilitação desses pacientes, o

acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e com intervenção fisioterapêutica precoce,

assim que o paciente chega ao Hospital, seja no pronto-atendimento, na enfermaria ou na

unidade de terapia intensiva.

E conforme Sá et al. (2011), O atendimento fisioterapêutico visando à reabilitação do paciente

TRM, geralmente inicia-se no âmbito hospitalar logo após a lesão. No entanto deverá

continuar a domicílio, pois só assim poderá ser elaborado um plano de tratamento de acordo

com a realidade social do paciente, sempre levando em conta a individualidade de seu caso.

A reabilitação física de tais pacientes se inicia na fase aguda, logo após a ocorrência do

trauma, especialmente através dos cuidados preventivos contra a formação de ulceras de

pressão e deformidades dos segmentos “paralisados”, esvaziamento vesical e intestinal

realizado de maneira adequada e cuidados com os distúrbios vasomotores (Sartori, 2009).

4. Classificação da lesão da medula espinhal

Segundo Dreeben (2010), a American Spinal Injury Association classifica as lesões de medula

espinal da seguinte forma: (1) tetraplegia (paralisia total dos quarto membros e do tronco,

inclusive dos músculos respiratórios, causada pela lesão da medula espinal cervical: (2)

paraplegia (paralisia total dos membros inferiores e parte do tronco causada pela lesão dos

segmentos torácicos ou lombares da medula espinal, ou da cauda eqüina).

4

5. Mecanismo de lesão no traumatismo raquimedular

De acordo com Dreeben (2010):

Lesão por reflexão: mecanismo mais comum de lesão, responsável por alta porcentagem de TRM

lombares ou cervicais nos níveis de T12 a L2 e C4 a C7. As lesões em reflexão podem causar:

fraturas anteriores dos corpos vertebrais, dos ligamentos espinais posteriores; rupturas discais;

luxação anterior do corpo vertebral.

Lesão por reflexão-rotação – pode causar: fraturas de pedículos, lâminas e facetas articulares;

luxações e subluxações das articulações da facetas; ruptura dos ligamentos posterior e

interespinhoso.

Lesão por compressão – pode causar: fraturas côncovasdas placas terminais das vértebras;

fraturas cominutivas; fraturas em gota d`água; rupturas do disco intervetebral.

Lesão por hiperextensão – pode causar: fraturas dos processos espinhosos, das facetas e das

lâminas; fraturas por avulsão da superfície anterior das vértebras; rupturas do ligamento

longitudinal anterior; ruptura discal.

6. Comprometimentos clínicos do traumatismo raquimedular (TRM)

De acordo com Dreeben (2010):

A arreflexia (choque espinal);

Os déficits sensoriais e motores;

A disreflexia (hiper- reflexia);

Hipotensão postural (hipotensão ortostática);

O déficit do SNS (sistema nervoso simpático);

O déficit respiratório;

Os déficit das funções vesical e intestinal;

Os déficit das função sexual;

Comprometimentos indiretos: atelectasia e pneumonia.

7. Capacidades funcional e de assistência do TRM

A seguir estão relacionados as principais capacidades funcionais e de assistência do

traumatismo raquimedular em seus respectivos níveis de lesão, segundo Dreeben (2010):

a) Segmento mais distal inervado. Níveis de C1, C2 e C3: totalmente dependente de

assistência para realiza as AVD e transferências; independente para utilizar cadeira

motorizada (com encosto reclinável e controlável eletricamente), que disponha de um

respirador e de um microcontrole ou controles de sopro e sucção; apresente habilidade na

cadeira de rodas e no leito.

b) Segmento mais distal inervado. Nível de C4: totalmente dependente de assistência para

realizar AVD, transferências, tosse, respiração glossofaríngea e inspeção de pele; pode

utilizar uma haste presa à cabeça ou a boca (ou dispositivo de soprar-sugar, ou órtese de

mão) para digitar no teclado do computador; e é capaz de jogar jogos de mesa (como

cartas ou xadrez), pintar ou desenhar; independente na cadeira de rodas motorizada com

5

controles de cabeça, a boca, queixo oi dispositivo de soprar-sugar; apresenta habilidades

na cadeira de rodas e no leito.

c) Segmento mais distal inervado. Nível de C5: depende de alguma assistência e suporte

para AVD, para se vestir, para realizar transferências com pranchas de deslizamento e

barra giratória acima da cabeça, para inspeção de pele para tosse com compressão manual

do diafragma: consegue dirigir automóvel com controles manuais; apresenta habilidade

co a cadeira de rodas e no leito; independente com cadeira de rodas manual com aro ao

redor dos pneus e cadeira de rodas motorizada com controles de braços; consegue

alimentar-se e pode aliviar a pressão

d) Segmento mais distal inervado. Nível de C6: depende de muito pouca assistência para as

AVD; pode ser independente com equipamentos de adaptação para alimentar-se (utiliza

também a força da gravidade), realiza auto cuidado e cuidado com higiene vesical e

intestinal, transferências (com prancha de deslizamento), inspeção da pele, tosse (com

compressão do abdome), dirige, prepara refeições rápidas e pratica esportes em cadeiras

de rodas; não consegue arrumar os sapatos; apresenta habilidade na cadeira de rodas e no

leito; pode utilizar a cadeira de rodas manual com aros nos pneus por todo o tempo e

cadeira de rodas motorizadas para longas distâncias e para locomove-se na comunidade.

e) Segmento mais distal inervado. Nível de C7: Independente nas AVD alimenta-se, veste-

se, realiza atividades de autocuidado, transferências (com ou sem prancha de

deslizamento), cuidado para função vesical e intestinal, tosse com compressão manual,

realiza tarefas domésticas leves e dirige; consegue entra e sair do carro; apresenta

habilidade na cadeira de rodas e no leito; independente na cadeira manual com superfície

de atritos no aros.

f) Segmento mais distal inervado. Níveis de C8 a T1: Independente nas AVD, realiza

tarefas domésticas leves, prepara refeições, faz transferências e dirige automóvel;

consegue trabalha (em ambiente sem obstáculos físicos); habilidade na cadeira de rodas e

no leito; independente com uma cadeira de rodas manual com aros convencionais.

g) Segmento mais distal inervado. Níveis de T4 a T6: Independente para realizar atividades

no leito, nas AVD, na cadeira de rodas, transferência e tarefas rotineiras de manutenção

de casa; pode subir e descer meios-fios e empinar a cadeira de rodas; pode participar de

esportes em cadeiras de rodas; consegue adotar a postura ereta fisiológica em uma mesa

ortostática (ou suporte para ficar de pé) utilizando OJTP. Alguns pacientes conseguem

percorre distancias curtas com OJTP.

h) Segmento mais distal inervado. Níveis de T9 a T12: Independente para andar dentro de

casa utilizando OJTP bilaterais e muletas (ou andador); utiliza cadeira de rodas apenas

para conservar energia.

i) Segmento mais distal inervado. Níveis de L2, L3 e L4: Consegue realizar marcha

funcional independente com OJTP bilaterais e muletas; utiliza cadeira de rodas apenas

para conservar energia.

j) Segmento mais distal inervado. Níveis de L4 e L5: Consegue realizar marcha funcional

independente com OJTP bilaterais e muletas (ou bengalas); utiliza cadeira de rodas

apenas por conveniência e para poupar energia.

6

8. Processo de tratamento fisioterapêutico

Um plano de conduta abrangente e individualizado é essencial. Todas estas características são

mais bem conduzidas em centros de reabilitação experientes que podem fornecer assistência

na modificação doméstica, novo treinamento para dirigir e reabilitação vocacional

(SANCHES et al. 2012).

Para tal adotou-se o protocolo estabelecido pela Associação Americana de Lesão Medular

(ASIA) e a Medida de Independência Funcional (MIF). (SARTORI et al. 2009).

A Associação Americana do Trauma Raquimedular (Asia – American Spine Inury

Association) desenvolveu padrões para a avaliação e classificação neurológica do TRM, que

apresentou grande aceitação em nível mundial (FERREIRA et al. 2012).

A avaliação neurológica baseia-se na sensibilidade e na função motora e possui uma etapa

compulsória, em que se determina o nível da lesão neurológica, motor e sensitivo, e se obtêm

números que, em conjunto, fornecem um escore. A outra etapa é opcional (avaliação da

sensibilidade profunda, propriocepção, dor profunda) e não participa na formação do escore,

mas acrescenta importantes informações na avaliação clínica dos pacientes (MAGALHÃES et

al. 2011).

Fonte: DREEBEN, Olga. Mds: Manual de sobrevivência para fisioterapia; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2010.

Figura 2 – Escala ASIA de Incapacidade

7

Atualmente, os programas de reabilitação têm usado como fonte de informações, a escala de

Medida de Independência Funcional (MIF) (POMPEU et al. 2010).

A Medida de Independência Funcional (MIF), empregada para a avaliação da independência

funcional, verifica o desempenho do individuo para a realização de um conjunto de 18 tarefas,

referentes às subescalas de autocuidados, controle esfincteriano, transferências, locomoção,

comunicação e cognição social (ANDRADE et al. 2010).

Assim Riberto (2004), complementa que cada uma dessa atividades é avaliada e recebe uma

pontuação que parte de 1 (dependência total) a 7 (independência completa), assim a

pontuação total varia de 18 a 126.

Fonte: Acessado em: <http://dc432.4shared.com/doc/iq8ROtGT/preview.html>

Tabela 1 - Medida de Independência Funcional (MIF)

9. Escala de Ashoworth

Esta escala avalia o tônus muscular do paciente (capacidade ou prontidão do músculo para se

contrair). Essa avaliação torna-se importante à medida que pacientes com lesão medular

podem apresentar uma série de variações do tônus, tais como: flacidez (ausência de tônus),

8

hipotonia (tônus diminuído), hipertonia (tônus aumentado), rigidez (estado grave de

hipertonia, resulta incapacidade de mover os membros afetados) e espasticidade (tônus

muscular alterado dependente da velocidade – quanto mais rápido for mobilizado o membro,

maior será a resistência gerada) (SÁ et al. 2011).

Fonte: Acessado em : <http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=53>

Tabela 2 – Escala Modificada de Ashworth

10. Índice de Barthel

Segundo Sá et al. (2011). Tem por função avaliar o grau de autonomia (independência) de um

paciente, levando em conta 10 itens de mobilidade e cuidados com AVDs. Cada atividade

possui um escore com pontuação que variam entre, zero (dependente), cinco (necessidade de

ajuda ou supervisão), dez (parcialmente dependente) e quinze (independente) sendo que o

final somar-se-iam 100 pontos.com a soma da pontuação do teste podemos então classificar o

grau de independência do paciente de acordo com a escala abaixo:

0 -15 = dependência total;

20-35 = dependência grave;

40-55 = dependência moderada;

60-95 = dependência leve;

100 = independente.

O conhecimento sobre a doença, sinais e sintomas clínicos e as respectivas consequências

funcionais por meio de instrumentos validados, oferecem subsídios aos fisioterapeutas para

estabelecimento de objetivos e adequação da conduta ao prognóstico do paciente (POMPEU

et al. 2010).

Torna-se então fundamental o processo de reabilitação na vida desses pacientes, auxiliando-os

principalmente na busca de independência funcional para atividades de vida diárias

(AVDs),para que possam posteriormente, de acordo com seu quadro específico, tomarem de

volta suas vidas sociais e profissionais (SÁ et al. 2011).

9

O fisioterapeuta atua por meio de técnicas respiratórias, que incluem percussão, vibração,

técnicas de tosse assistida, aspiração, dentre outras, que são eficazes na remoção de muco das

vias aéreas (FERREIRA et al. 2012). Portanto é primordial que a musculatura respiratória

esteja funcionando normalmente, uma vez que o seu comprometimento pode levar à

hipoventilação, redução na tolerância ao exercício e, em casos extremos, á insuficiência

respiratória (SILVA et al. 2011).

11. Cinesioterapia

A fisioterapia evita ou ameniza efeitos deletérios da mobilidade por meio da cinesioterapia,

sendo a mobilização precoce, os exercícios terapêuticos e o treinamento funcional, os

métodos mais simples e efetivos (SISÇÃO et al. 2007).

A resistência aplicada nos músculos mais potentes do membro superior pode produzir

irradiação para os fracos, em outras áreas do corpo. E desse modo, em conformidade com os

resultados obtidos, que podemos sugerir que o uso de padrões funcionais de movimento pode

melhorar a execução de transferências. Programas de treinamento após a lesão medular

espinhal, têm impacto direto na função e qualidade de vida, permitindo, assim, participação

em atividades físicas e da vida diária de pacientes lesados medulares (NUCIATO et al. 2009).

Dessa forma, Cavenagui et al. (2005), em um trabalho de atualização, verificaram a

aplicabilidade e os efeitos da cinesioterapia na reabilitação de pacientes com trauma

raquimedular durante a permanência hospitalar, e concluíram que há necessidade de novas

pesquisas no campo da fisioterapia com foco na reabilitação funcional do paciente lesado

raquimedular e na prevenção das comorbidades às quais eles estão expostos, principalmente

durante a fase hospitalar.

12. Eletroterapia

A terapia com raios laser de baixa potência é uma técnica capaz de acelerar o processo de

reparação de tecidos biológicos traumatizados (ABREU et al. 2011).

A eficácia da EENM em melhorar a força muscular isométrica está fundamentalmente na

literatura. A melhora da força ocorre como resultado do aumento da tensão funcional aplicada

ao músculo e como resultado da reversão do recrutamento do nervo motor (STARKEY,

2001).

Vários sistemas de EENM/ergometria combinados foram desenvolvidos especificamente para

pacientes com LME para determinar se contrações repetidas, de baixo nível, induzidas pela

EENM contra baixas resistências irão produzir respostas cardiopulmonares e adaptação

similares às observadas em população saudáveis (ROBINSON, 2001).

13. Reorientação para posição vertical

Voltar a caminhar é o objetivo principal tanto dos pacientes que apresentam paraplegia como

dos profissionais (EDELSTEIN, 2006).

A necessidades da cadeira de rodas incrementa o arsenal simbólico da condição da deficiência

que a pessoa, acometida pela LME, enfrenta. Expressa as características de incapacidades

funcionais e as desvantagens que as pessoas podem apresentar diante dos aspectos físicos,

sensoriais e psicossociais, reforçando a segregação e sentimentos discriminatórios ante a

sociedade (COSTA et al. 2010).

10

A realização das funções de alcance dos membros superiores para as pessoas que utilizam

cadeiras de rodas representam a possibilidade de maior interação com o ambiente, e maior

independência para as atividades de vida diária, lazer e atividade laborais (MEDOLA et al.

2009).

A prescrição ortótica para pacientes com paraplegia é influenciada primariamente pelo nível

da lesão da medula espinhal. As órteses projetadas para postura de pé aplicam sobre o usuário

um sistema de forças de quatro pontos, a saber, forças direcionadas posteriormente, a partir da

porção média do tórax e da porção média do tórax e da porção média da perna, e

anteriormente, a partir da região dorso-lombar e dos pés (EDELSTEIN, 2006).

Fonte: EDELSTEIN, Joan E. Órteses: abordagem clínica / Joan E. Edelstein e Jan Bruckner; Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2006.

Figura 3 – Sistema de forças de quatro pontos necessários para manter-se de pé com auxílio ortótico

Estimulação elétrica funcional (FES) se refere à tecnologia auxiliar em desenvolvimento que

pode gerar movimentos propositados e úteis dos membros, aplicando ativação elétrica de

músculos paralisados ou espásticos. Em pacientes selecionados com lesão da medula espinal,

pode-se conseguir a posição de pé e a marcha, coordenando as ações de músculos fracos,

paralisados ou sem controle sinérgico e com os movimentos voluntários remanescentes

(ROSE, 2007).

O aparecimento de alternativas às órteses sob medida, tais como as estruturas para ficar de pé,

estimulação elétrica funcional e cadeiras de roda que ficam de pé, permite que a equipe de

reabilitação promova um encontro mais racional entre as capacidades funcionais do paciente e

o equipamento mais apropriado (EDELSTEIN, 2006).

No Brasil, a qualidade de vida tem sido pesquisada, especialmente, em condições crônicas de

saúde-doença (BAMPI et al. 2008). Contudo, as seqüelas decorrentes desse trauma, assim

como as dificuldades sociais, fazem com que os níveis de qualidade de vida destes indivíduos

sejam inferiores aos da população em geral, mesmo em países desenvolvidos (BRUNOZI et

al. 2011).

14. Metodologia

11

O presente estudo foi realizado por meio de revisão da literatura, incluindo neste estudo

artigos e livros em português, publicados no período de 1999 à 2012.

Com abordagem de assuntos sobre a lesão medular, traumatismo raquimedular, tratamento

fisioterapêutico e reabilitação.

Foram excluídos artigos e livros que estavam fora da abordagem do tema e com periódicos

que estivessem com o ano fora do tempo estipulado para a pesquisa.

Para a atualização da literatura e discussão, foram realizados consultas nas bases de dados

Scielo, Bireme, Lilacs, Revistas Científicas como: Revista Neurociências, Revista

Coluna/Columna.

Por meio das seguintes palavras-chave: lesão medular, trauma raquimedular, reabilitação e

fisioterapia. Através do levantamento foram utilizados 20 artigos e 06 livros para enriquecer a

fundamentação teórica do trabalho em pesquisa.

15. Resultado e discussão

Através da busca na literatura resultou-se como definição para o traumatismo raquimedular,

como sendo uma instalação inesperada e abrupta, com forte potencial para causar seqüelas

que em muitos casos se tornam irreversíveis, tanto como paraplegia, quanto para tetraplegia.

Devido ser uma ocorrência em faixas etárias consideradas como produtiva, tornou-se um

enorme problema de saúde pública mundial.

A maior parte das lesões medulares ocorre como resultado de traumas causados por acidente

de automóvel, queda ou ferimento por projétil de arma de fogo (GARANHANI et al. 2009). A

prevenção desde tipo de trauma exige a identificação das características dos indivíduos

envolvidos, causas, níveis de lesão e deficiências, características pessoais e clínicas, além do

conhecimento das situações nas quais o mesmo ocorreu, constituindo o ponto de partida para

a estruturação de programas preventivos, pois a sua incidência pode variar de acordo com o

local e o momento histórico (VASCONCELLOS et al. 2011).

A fisioterapia, como parte da reabilitação, tem o importante papel de auxiliar o indivíduo com

lesão medular e seus familiares nessa readaptação física e funcional precocemente,

executando e orientando exercícios e atividades funcionais, cuja finalidade é prevenir

complicações cardiorrespiratórias e músculo-esqueléticas, e torná-lo independente de acordo

com seu potencial residual (GARANHANI et al. 2009).

Aumentar a Capacidade Respiratória Com exercícios de respiração profunda;

exercícios de fortalecimento dos músculos

respiratórios;

Ajudando o paciente a tossir;

Alongar os músculos abdominais;

Manter a ADM e evitar contratura Realizar exercícios de ADMP;

Utilizar talas;

Realizar alongamentos seletivo para preservar a função

Manter a integridade da pele, livre de

úlceras de pressão ou outras lesões Seguir um programa de posicionamento;

Utilizar dispositivos para aliviar a pressão;

Instruir o paciente quanto às medidas e ás atividades para aliviar a pressão e a

inspeção diária da pele;

12

Aumentar a força de todos os

músculos inervados remanescentes Realizar fortalecimento seletivo durante a

fase aguda;

Fazer exercícios de resistência;

Fortalecer o deltóide, os extensores do ombro, o bíceps e o trapézio dos

pacientes com tetraplegia e todos os

músculos do membro superior quando há

paraplegia;

Reorientar o paciente para posição

vertical Utilizar mesa ortostática e cadeira de

rodas;

Usar faixa abdominal;

Promover o retorno precoce das

habilidades necessárias à mobilidade

funcional e às AVD

Enfatizar o rolar independente;

Realizar atividades de mobilidade no leito;

Treinar paciente para assumir posição sentada;

Treinar paciente para posicionamento em

quatro apoios;

Treinar paciente para colocar-se na posição ajoelhada;

Treinar paciente para realizar transferência;

Ensinar mobilidade com cadeiras de

rodas;

Treinar paciente para utilizar as órteses para deambular;

Fonte: DREEBEN, Olga. Mds: Manual de sobrevivência para fisioterapia; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2010.

Tabela 3 – Padrões de tratamento na lesão medular espinal (LME)

16. Conclusão

O traumatismo raquimedular é uma das lesões neurológicas consideradas mais graves e

dependendo do nível de lesão como a mais incapacitante que um indivíduo pode ser

acometido, ocasionando uma paraplegia ou até mesmo uma tetraplegia.

Atualmente constitui um problema gravíssimo de saúde pública no mundo todo, pois sua

devastadora incapacitação torna o tratamento prolongado e pode levar o ser humano a sérios

danos nas funções e locomoção. As principais etiologias conforme as literaturas são: os

acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo, quedas de grandes alturas e

mergulhos em água rasa. Sendo que a etiologia dependerá sempre do local ocorrido e das

características do envolvido nesse trauma. Sua prevenção dependerá do mesmo fator.

A fisioterapia tem uma extrema importância na busca da funcionalidade e na melhoria da

qualidade de vida de pessoas que são acometidas por trauma raquimedular. Através de

condutas como a cinesioterapia que favorece a manutenção de amplitude de movimento, evita

complicações circulatórias devido a imobilização de membros por períodos extensos e

promove correção de possíveis patologias respiratórias decorrentes ao trauma. A eletroterapia

que possui recursos como a Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) que é uma técnica

terapêutica que ativa o músculo esquelético, controlando a atrofia por desnervação. Para tanto,

13

um indivíduo que deseja caminhar novamente já pode se beneficiar com recursos também

muito utilizados que são as cadeiras de rodas e órteses de vários modelos, que com o passar

dos tempos o avanço tecnológico busca uma perfeição e melhor adequação ao lesionado

medular.

O estudo permitiu a elaboração de material para uma melhor abordagem clínica, avaliação e

até padrões de tratamentos em um lesado medular, além de identificar fatores de prevenção

que possam ajudar a minimizar as ocorrências desse trauma que afeta o mundo inteiro.

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