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à melhoria da condição de saúde - asapsaude.org.br · só os custos com assistência médica e social, mas também os custos com pensões e aposentadorias precoces. de portadores

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Esta edição aborda profundamente

e em detalhes, a importância da

Gestão das Doenças Crônicas.

Como fazer, por que investir em

programas que cuidem e monitorem

as pessoas identificadas dentro de

uma população, como cuidar, como

medir os resultados e, finalmente,

conhecer os benefícios que a

iniciativa pode trazer para os

cidadãos e para as empresas.

Doenças crônicas podem não

significar risco à vida no curto

prazo, mas, silenciosamente, levam

à deterioração da saúde e, em muitos

casos, interferem sobremaneira na

liberdade de ir e vir. São dolorosas

às vezes, dispendiosas sempre,

e não têm cura.

Mesmo com a evolução do

conhecimento, grande parte

da população mundial sofre

com males crônicos como diabetes,

hipertensão, reumatismo, doenças

cardiovasculares e respiratórias.

Fruto da desinformação ou de

escolhas equivocadas, são custosas

não apenas para seus portadores,

mas para a sociedade em geral.

No Brasil, os custos com estas

doenças já correspondem a 70%

dos gastos totais com saúde,

segundo o Ministério da Saúde.

Alguns estudos têm demonstrado,

no entanto, que investir na gestão

das doenças crônicas pode levar

à melhoria da condição de saúde

de uma população que se mantenha

ativa e, consequentemente, é possível

inferir que isso leve ao aumento

da produtividade e à melhoria

dos resultados das empresas.

Este Caderno Gestão das Doenças

Crônicas pretende ser uma importante

ferramenta para apoiar gestores das áreas

de Recursos Humanos e de Benefícios,

no fornecimento da melhor orientação

à população portadora de doenças

crônicas, tornando estes indivíduos

responsáveis pela própria saúde.

Esta é uma das formas de a ASAP

dotar as empresas dos mais atuais

conceitos de Gestão de Saúde

Populacional, dando resposta aos

desafios de melhoria do bem-estar

e da sustentabilidade econômica

do setor da saúde.

Mais uma vez, esperamos

que faça uma boa leitura

do conteúdo oferecido

e que se junte a nós

na construção das

referências em Gestão

de Saúde Populacional

no Brasil.

Investimento, informação e conscientização da necessidade de se fazer gestão das doenças crônicas

Devemos considerar o aumento da expectativa de

nossas vidas uma benção e uma conquista! Teremos

mais tempo para conviver com os amigos e familiares,

para realizar projetos que ficaram na gaveta por muito

tempo, continuar ativo no trabalho, conhecer novos

lugares, novas pessoas, ler mais livros...

Mas, para isso, é necessário fazer boas escolhas, que

não só fazem parte do nosso dia-a-dia, como definem

o que será dos anos a mais que teremos, por conta

da evolução da medicina, dos investimentos em

saneamento básico, e do maior acesso à informação.

Tendo em vista um dos objetivos da ASAP, que é o

de estimular as empresas a criarem condições para

que seus trabalhadores mudem posturas e hábitos

que tragam benefícios para estes e busquem reduzir

o impacto dos custos médico-hospitalares, mais um

Caderno está sendo lançado.

Marilia Ehl BarbosaSuperintendente Executiva da [email protected]

“Objetivo supremo da Medicina, desgraçadamente

nem sequer projetado: tornar contagiosa a saúde”

(Dr. Walter Benevides, em Visitas de Médico)

CONTEÚDOPrefácio .................................................................................................................06

Gestão de Doenças Crônicas – Cinco Condições Crônicas Centrais

Visão Geral................................................................................................11

Considerações Metodológicas ..............................................................13

Conjuntos de Medições ..........................................................................61

Comitês ASAP ......................................................................................................72

Conselho Diretor e Fiscal ASAP ..........................................................................76

Associados ASAP .................................................................................................78

TABELASTabela I, Projeto de Estudo .................................................................................15

Tabela II, Métodos para Definir Excepcionalidades .......................................22

Tabela III, Taxas de Prevalência .........................................................................28

Tabela IV, Mensurações Clínicas .......................................................................28

Tabela V, Mensurações de Utilização ..............................................................29

Tabela VI, Mensurações Financeiras ................................................................29

Tabela VII, Tendência de Recomendação de Resultados ............................33

Tabela VIII, Exemplos de Ajuste do Risco ..........................................................36

Tabela IX, Populações Pequenas, Parte I ........................................................47

Tabela X, Comparação de Distintas Mensurações de Utilização .................66

FIGURASFigura 1, Cálculo da Pontuação da Previsão do Risco ..................................43

Figura 2, Impacto do Programa ao Longo do Tempo ...................................53

Figura 3, Encontrando o Equilíbrio Ideal no Estudo do Projeto ......................62

GRÁFICOSGráfico I, Pequenas Populações, Parte II .........................................................48

Sumário

© Copyright 2010 by Population Health Alliance , Inc. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do

material protegido por este copyright pode ser relatado ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer

meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou por qualquer sistema de armazenagem

e recuperação, sem autorização escrita do proprietário dos direitos autorais.

A ASAP possui exclusividade na tradução de materiais da Population Health Alliance no Brasil.

POPULATION HEALTH ALLIANCE

Após uma década representando a indústria da gestão de saúde populacional, a Care Continuum Alliance, está mudando o seu nome para a Population Heatlh Alliance (PHA). Principal entidade mundial em gestão de saúde populacional, a

PHA inspirou a criação da ASAP, que hoje faz parte do seu quadro de associadas.

[email protected] www.asapsaude.org.br

Desenvolvimento

7

Prefácio

O envelhecimento populacional, as mudanças

demográficas e epidemiológicas e a complexidade

do cenário da Saúde Suplementar no Brasil, fazem

com que o desenvolvimento de ações de Gestão

de Saúde Populacional torne-se estratégico para

viabilizar o envelhecimento ativo da população

e a sustentabilidade econômica do setor. Diante

desse cenário surgiu a ASAP – Aliança para a Saúde

Populacional, com vistas a disseminar conhecimentos,

compartilhar boas práticas e engajar empresas,

prestadores de serviços e operadoras de saúde,

ao redor da causa - GSP, foco de sua atuação.

Adotar um estilo de vida mais saudável

torna-se fundamental para que a

população envelheça com boa

qualidade de vida, que em saúde

representa, não só a capacidade

de viver sem doenças, mas também

de superar as dificuldades dos estados

ou condições de doença.

A maior parte das incapacidades

associadas à idade é consequência

de doenças crônicas preveníveis e

não do processo de envelhecimento

propriamente dito.

Pessoas que praticam atividades

físicas regularmente e se alimentam

de maneira saudável apresentam

menor risco de desenvolver doenças

cardiovasculares, diabetes, hipertensão,

alguns tipos de câncer e obesidade,

entre outras enfermidades. Essas

doenças por definição não têm

cura, são as chamadas Doenças

Crônicas não Transmissíveis - DCNT,

mas a ciência mostra que por meio

de orientações, do acompanhamento

constante, monitoramento de seus

sintomas, controle de sinais específicos

e mudança de hábitos, as pessoas

podem melhorar a sua saúde,

adquirir autocontrole e ampliar sua

longevidade. Além disto, diversos

estudos afirmam que a prática

sistemática do exercício físico está

associada à ausência ou à menor

evidência de sintomas depressivos

ou de ansiedade. E ainda, são

intervenções simples e de custo

moderado quando comparadas

com os crescentes orçamentosdos

tratamentos medicamentosos e

dependentes de alta tecnologia.

Os resultados presentes em modelos

praticados nos últimos anos mostram

que o investimento nessa área leva à

melhoria na qualidade de vida e saúde

da população assistida, aumento na

produtividade e consequentemente

nos resultados das empresas, além de

racionalizar os custos da assistência à

saúde, segundo maior gasto de RH das

empresas. Se considerados os gastos

com perda de produtividade resultantes

do absenteísmo e principalmente do

presenteísmo, esses gastos relacionados

às más condições de saúde ficam

ainda maiores.

O presente material - 2º caderno da

ASAP, fruto do trabalho do seu Comitê

Técnico, baseia-se na tradução da

5ª edição do Relatório de Diretrizes

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7© Copyright - Todos os direitos reservados6 © Copyright - Todos os direitos reservados

da PHA – Population Health Alliancee

contém vasto material sobre Gestão

de Doenças Crônicas.

No número anterior, abordamos

os aspectos gerais da Gestão de

Saúde Populacional. Ao mesmo

tempo em que se deve dirigir a

atenção à população saudável,

o mais precocemente possível, é

imprescindível manter a população

portadora de doenças crônicas sob

controle, idealmente falando, sob

autocontrole. O grande objetivo é

transformar, culturalmente, os indivíduos

em gestores da própria saúde.

Este volume fornece informações

consistentes, baseadas em experiências

já vivenciadas, sobre modelos de

Programas para Gestão de Doenças

Crônicas, sua aplicabilidade

e metodologias de mensuração

de resultados.

Medidas de prevenção de agravos

e doenças vêm sendo incentivadas

pela OMS – Organização Mundial

de Saúde e no Brasil, pelo Ministério

da Saúde e ANS – Agência

Nacional de Saúde Suplementar.

A despeito disto, paralelamente

ao envelhecimento populacional,

aumenta vertiginosamente o número

das pessoas mais idosas, coerente

com o novo conceito de

Envelhecimento Ativo.

Além da sustentabilidade do Sistema

de Saúde, fortes razões econômicas

impulsionam o atendimento da

preservação da qualidade da força

de trabalho em si, minimiza

o percentual de idosos inativos.

Por outro lado, a manutenção da

estabilidade clínica e capacidade

funcional dos idosos também refletirão

no desenvolvimento econômico das

nações. De outra forma, ou seja,

liberando a população mais jovem

de cuidar de pais e avós dependentes,

haverá, também nessa hipótese,

influência positiva na capacidade

produtiva do país.

Incontáveis outras motivações levam

as sociedades a buscar estratégias

para promover o envelhecimento ativo,

como também, por exemplo, a busca

de sustentabilidade para o sistema

previdenciário, já que pessoas ativas

vivendo mais e melhor aposentar-se-ão

mais tardiamente, reduzindo assim, não

só os custos com assistência médica

e social, mas também os custos com

pensões e aposentadorias precoces.

de portadores de doenças crônicas.

A partir do início do século XXI, a

OMS passou a divulgar o conceito

de Envelhecimento Ativo, também

adotado pela ANS, inclusive com

incentivos a essa prática. O objetivo

desse conceito é postergar e comprimir

o declínio da capacidade funcional

para o menor período possível, bem

próximo do inexorável final da vida.

Todos nós comemoramos o aumento

da expectativa de vida, tão em moda

atualmente no Brasil, experiência

já vivenciada há mais tempo

por países desenvolvidos.

Mas não basta viver mais...

É imprescindível agregar mais

vida ativa, aos anos que estamos

ganhando, sob o risco de que esse

prêmio se transforme em ônus social.

A razão para tal perspectiva se

fundamenta no paralelismo que se

apresenta, entre envelhecimento

populacional e envelhecimento

da força de trabalho, experiência

pela qual já estamos passando.

Com a diminuição da fecundidade,

a preservação da mão de obra e,

portanto da capacidade produtiva das

empresas, passa pela necessidade de

manutenção da capacidade laboral

Mesmo em sociedades envelhecidas,

o controle das condições e despesas

de saúde poderá propiciar mais

investimentos em educação

e saneamento básico, gerando

círculo virtuoso de prosperidade e

competitividade. A saúde deve ser

valorizada, como alavanca para

os negócios. Por tantas e

fundamentadas razões, as empresas

e operadoras de planos de saúde

(e os próprios cidadãos), têm nesse

cenário, mais uma responsabilidade

social a desempenhar: contribuir para

a manutenção da saúde dos seus

empregados e beneficiários atuando

fortemente em Wellness, mas sem

negligenciar a Gestão de

Doenças Crônicas.

Esperamos que este volume seja mais

um incentivo ao aperfeiçoamento dos

programas já existentes e exitosos, mas

também à multiplicação deles pelas

empresas e entidades que ainda não

iniciaram essa trajetória, obrigatória,

em se tratando de Gestão de Saúde

e de Pessoas.

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98 © Copyright - Todos os direitos reservados © Copyright - Todos os direitos reservados

Gestão dedoenças crônicas Cinco Condições Crônicas Centrais

• Visão Geral

Tradicionalmente, a gestão de

doenças crônicas tem se concentrado

nas “cinco grandes” doenças: Doença

Arterial Coronariana (DAC), Diabetes,

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(DPOC), Asma e Insuficiência Cardíaca

Congestiva (ICC). Programas de gestão

de doenças crônicas geralmente são

oferecidos por telefone, envolvendo

a interação com profissional de

enfermagem treinado, e necessitam

de uma extensa série de interações,

incluindo um forte componente

educacional. Espera-se que os

pacientes desempenhem um papel

ativo na gestão da doença.

Por causa da presença de co-

morbidades ou múltiplas doenças

na maioria dos pacientes de alto

risco, esta abordagem pode tornar-se

operacionalmente difícil de executar,

com os pacientes sendo atendidos

por mais de um programa. Com o

tempo, a indústria tem se movido na

direção de um modelo de abordagem

da pessoa como um todo, em que

todas as doenças de um paciente são

gerenciadas por um único programa

de gestão de doentes crônicos.

O trabalho nesta edição aplica-se a

programas tradicionais de gestão de

doenças analisados isoladamente.

Embora a aplicação em outros

programas de gestão de doenças

crônicas e outras condições específicas

seja possível, as recomendações foram

concebidas para aplicar à avaliação de

programas para diabetes, asma, doença

pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),

doença arterial coronariana (DAC) e

insuficiência cardíaca congestiva (ICC).

A definição de gestão de doenças da

PHA é a seguinte:

Gestão de doenças é um sistema

de comunicações e intervenções

de cuidados de saúde coordenados

para as populações com condições

nas quais os esforços de autocontrole

do paciente são significativos.

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crô

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isão

Ge

ralGestão de doenças:

Apoia no relacionamento médico x

paciente e o plano de cuidados;

Enfatiza a prevenção de intercorrências

e complicações utilizando protocolos

de medicina baseada em evidências e

estratégias de educação do paciente;

Avalia clínica, humanística e

economicamente os resultados,

em uma base contínua, com o objetivo

de melhorar a saúde em geral.

Componentes de gestãode doenças incluem:Processos de identificação

da população;

Protocolos de medicina baseada

em evidências;

Modelos de prática colaborativa

para incluir médicos e prestadores

de serviços de apoio;

Educação do paciente para o

autocontrole (pode incluir a prevenção

primária, programas de mudança

de comportamento, adesão/

monitoramento);

Medição de processos e resultados,

avaliação e gerenciamento;

Sequência rotineira de relatórios/

feedback (podem incluir a

comunicação com paciente,

plano de saúde, médico e

prestadores de serviços auxiliares).

Programas de gestão de doenças com

serviço completo devem incluir todos os

seis componentes. Programas compostos

por menos componentes são serviços de

apoio à gestão da doença.

O foco da gestão de doenças

está nas condições crônicas com

certas características que as tornam

adequadas para a intervenção clínica:

Uma vez contraída, a doença

permanece com o paciente para

o resto da vida;

A doença é geralmente controlável

com uma combinação de terapia

farmacêutica e mudança de hábitos

de vida;

O custo médio para alguns pacientes

crônicos é suficientemente elevado

para justificar o dispêndio de recursos

por parte do plano de saúde

ou empregador para controlar

a condição.

A seção de Diretrizesinclui o seguinte:1. Projeto de Avaliação

2. Metodologia de Identificação

da População

3. Definição da População

4. Métodos para definir Outliers

5. Critérios de Seleção

6. O Uso da Tendência

7. O Uso de Ajuste de Risco

8. Considerações de Avaliação

para Pequenas Populações

9. Considerações de Avaliação

para Programas de Gestão

de Doenças Crônicas

10. Indicadores Financeiros

11. Indicadores da Utilização

12. Indicadores Clínicos

13. Autocontrole

14. Adesão à Medicação

15. Indicadores Operacionais

16. Medições Adicionais

• Considerações Metodológicas

O objetivo de um modelo de avaliação

é medir o impacto da intervenção e

determinar se os efeitos encontrados

foram consequentes dela. Em geral,

existem três tipos de modelos de

avaliação que têm sido aplicados para

a avaliação do programa de gestão

de doenças crônicas. Estes incluem

verdadeiros projetos experimentais

(por exemplo, estudos randomizados

controlados), projetos “quase-

experimentais” (como por exemplo,

pré-pós com algum tipo de grupo

de comparação) e pré-experimentais

(por exemplo, pré-pós, sem grupo

de comparação).

O estudo controlado randomizado

(ECR), em que os participantes são

designados aleatoriamente para

grupos de controle e de intervenção

simultâneos, é um projeto de estudo

altamente considerado para a

avaliação científica dos resultados,

pois permite a avaliação para descartar

muitas explicações conflitantes para

as mudanças observadas. O modelo

de ECR pode ser difícil de implementar

rotineiramente em um cenário do

mundo real, onde muitas vezes não é

possível restringir o acesso ao programa

de gestão de doenças crônicas

atribuindo alguns indivíduos a um grupo

de “tratamento habitual”. No outro

> MODELO DE AVALIAÇÃO

extremo, um modelo pré-experimental é

a categoria menos rigorosa de projetos

de avaliação e, geralmente, mais fácil

de implementar.

O mais comum destes modelos pré-

experimentais é o pré-pós sem grupo

de comparação. Neste modelo,

um grupo é medido em métricas de

interesse no momento inicial, recebe

a intervenção e é medido novamente

no final do período de apuração.

Enquanto este projeto fornece

informações sobre as mudanças

que ocorrem entre o momento inicial

e o de pós-intervenção, é difícil

descartar explicações conflitantes

para as mudanças que ocorrem.

Por exemplo, pode haver uma

diminuição substancial no percentual

de participantes fumantes, mas pode

não ser possível atribuir a mudança à

intervenção da gestão de doenças

crônicas se os membros também

estiverem expostos a outros programas

destinados a reduzir o tabagismo.

Modelos quase-experimentais, embora

ainda sujeitos a potenciais falhas,

se destinam a reduzir as ameaças

à validação interna e, assim, aumentar

a confiança com a qual se possa

atribuir as alterações às intervenções

de gestão de doenças crônicas.

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ica

s“Modelos de Pesquisa de Projetos

Experimentais e Quase-Experimentais”,

de Campbell e Stanley, descreve

e avalia vários modelos quase-

experimentais.

Modelos experimentais servirão de

controle do viés e variáveis de confusão

melhor do que o modelo quase-

experimental descrito acima. A PHA

reconhece a conveniência e valor

do modelo de estudo randomizado

controlado para chegar a conclusões

sobre o valor da gestão de doenças

crônicas, mas também reconhece a

inviabilidade de se esperar que todos

os financiadores de serviços de gestão

de doenças crônicas implementem

este modelo para fins de avaliação.

Portanto, a PHA propõe que o

objetivo do programa de avaliação

seja prático e não necessariamente

seja conduzido com os rigores

e complexidade de um projeto

de estudo realmente experimental.

A PHA recomenda a utilização de um modelo de estudo

pré-pós com um grupo equivalente

de comparação, interno ou externo,

a ser avaliado durante o mesmo

período de tempo que o grupo

que recebe a intervenção.

Um grupo de comparação que seja ao mesmo tempo

equivalente e simultâneo pode não estar sempre

disponível nas configurações aplicadas. Assim, a PHA

recomenda que avaliações usando um modelo de

estudo de pré-pós sem um grupo de comparação

façam esforços explícitos para controlar potenciais

vieses e erros induzidos pelo projeto e que o potencial

impacto do modelo sobre a interpretação dos

resultados seja claro.

Há outros modelos de estudo que a Gestão de

Saúde Populacional utiliza para avaliar resultados dos

programas de gestão de doenças crônicas. Com isso

em mente, uma matriz (Tabela I) que compara vários

dos modelos de estudo mais utilizados encontra-se

incluída nesta edição. Ambos provedores de serviços

de gestão de doenças crônicas e financiadores são

incentivados a analisar as informações incluídas na

matriz ao selecionar um modelo de estudo que difira

do recomendado pela PHA.

A PHA reconhece os desafios da realização de

avaliações em um contexto no mundo real, mas

encoraja programas a selecionar o modelo de estudo

mais rigoroso possível, dentro das restrições existentes,

e compreender as limitações na interpretação

imposta pelo modelo selecionado.

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> METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO

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s

O desenvolvimento de uma

metodologia baseada no registro

de sinistros que identifica pacientes

apropriados para inclusão na

avaliação de um programa de

gestão de doenças crônicas pode

ser um desafio, principalmente por

causa da complexidade inerente e

diversidade de dados de solicitação

de sinistros. O primeiro passo é decidir

quais códigos serão utilizados para

selecionar as condições de interesse

(ver Critérios de Seleção). Os códigos

de identificação de solicitação

podem ser os da Classificação

Internacional de Doenças, 9ª edição,

Modificação Clínica (CID-9-CM);

códigos de diagnóstico; Os códigos da

Terminologia Processual em Uso (CPT ®);

códigos do Sistema de Codificação de

Procedimentos de Cuidados da Saúde

Nível II (HCPCS); ou os do Código

Nacional de Medicamentos (NDC).

Uma vez que os códigos apropriados

sejam determinados, o algoritmo de

seleção deve ser definido. Uma questão

crítica é a de falsos positivos (ou seja, os

pacientes identificados pelo algoritmo

de busca que não têm a condição de

interesse). Isto pode ocorrer porque a

convenção utilizada de codificação

de diagnóstico não faz distinção

entre “diagnósticos” e “diagnósticos

descartados”. Um indivíduo com falta

de ar pode ter requisições de visitas

ao consultório e testes com diagnóstico

de angina que poderia ser usado

para identificar o indivíduo como um

elegível participante do programa

de doença coronária quando, na

verdade, a pessoa tem um problema

de esôfago. Programas de gestão de

doenças crônicas podem diferir sobre

a importância relativa de falsos

positivos (sendo seletivo) versus

falsos negativos (sendo inclusivo),

de tal forma que os algoritmos desta

distinta seleção podem gerar distintos

níveis de falsos positivos. O efeito

sobre os cálculos do retorno sobre

o investimento (ROI) utilizando

algoritmos diferentes é que

diferentes definições de populações

utilizando diferentes algoritmos irão

definir diferentes grupos, diferentes

prevalências da doença em questão,

diferentes médias de custos por

membro por mês (PMPM) e, em última

instância, diferentes níveis estimados

de impacto para uma dada população.

O período ao qual se aplica o

algoritmo também é importante.

A identificação de indivíduos dentro

de um determinado ano seleciona

apenas aqueles que estiveram

doentes o suficiente para gerar

registros de sinistros. Indivíduos

com a doença que não geraram

registros (e, provavelmente, estão

“menos doentes”) não são contados.

Avaliações de programas muitas vezes

procuram usar um ano retroativo (look

back) para identificar esses indivíduos

por período, computando estes

indivíduos como tendo uma doença

caso eles tenham desencadeado o

algoritmo em algum momento deste

período. Esta questão pode afetar os

cálculos de ROI se diferentes métodos

para a identificação são usados na

análise inicial do programa. Várias

estratégias têm sido sugeridas para

resolver este problema.

As diretrizes inicialmente ofereciam dois

métodos de aplicação de critérios de

identificação para definir a população

para um dado ano de medição.

Método I - Qualificação Anual

Cada período de medição da

população (por exemplo, pré-

programa, momento inicial ou

qualquer ano pós-implementação) é

definido exclusivamente com base na

aplicação de critérios específicos de

identificação para o período.

Os mesmos critérios de identificação

são usados para definir a população

e, da mesma maneira, também

são aplicados para cada período

de medição, inicial ou pós-

implementação.

Como resultado, nenhum membro

é automaticamente qualificado para

a inclusão em períodos posteriores,

ou automaticamente levado adiante

para períodos posteriores, simplesmente

por ter sido identificado em um

período anterior.

Método II - Identificação Prospectiva

(Uma vez crônico, sempre crônico...)

Em contraste com o processo de

“qualificação anual”, aqueles

identificados no momento inicial ou

durante o ano inicial de avaliação

são automaticamente levados para

a população de medição referente

ao período de pós-implementação,

enquanto permanecerem elegíveis

para o programa de gestão de

doenças crônicas adquirido pelos

financiadores. Isto é, presume-

se que eles continuem a ter a

condição previamente identificada,

independentemente das evidências

daquela condição no período pós-

implementação.

Os mesmos critérios de identificação

são usados para definir a população

para cada ano (por exemplo, a lógica

usada para definir um indivíduo com

uma condição específica). No entanto,

esses critérios são aplicados de forma

diferente entre os períodos já que

os indivíduos são prospectivamente

“levados adiante” para os anos

posteriores ao inicial, enquanto

não membros são tipicamente levados

para a população do ano base.

Assim, a população do período de

medição pós-implementação inclui

todos aqueles que atendam aos critérios

aplicados de identificação para o

período em curso, bem como aqueles

que preenchiam os critérios utilizados

para definir os períodos anteriores.

17© Copyright - Todos os direitos reservados16 © Copyright - Todos os direitos reservados

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lóg

ica

sEmbora ambos os métodos tenham

sido considerados aceitáveis para a identificação de grupos com a finalidade de

avaliação do programa, a

PHA recomenda a adoção de um processo

de qualificação anual para definir uma população,

devido à sua mais próxima correlação

com o princípio da equivalência

entre os períodos de medição das

populaçõesAlém disso, quando contas médicas são envolvidas na

avaliação, a PHA recomenda que o período de tempo para

o fechamento de cada período de medição seja de três meses com o fator de conclusão, e de

seis meses sem.

PHA recomenda que o período de medição seja de pelo menos seis meses para o

financiador de um programa comercial e de pelo menos

de um ano para participantes de programas assistenciais do

Governo (Medicaid).

Para o propósito da avaliação do programa de gestãode doenças crônicas, a PHA recomenda que as informações

de um ano sejam incluídas no ano base, assim como no período de análise retroativo (look-back) e em todos os anos

subsequentes usados para a mensuração.

Os pontos-chave para este processo são:

Aplicar os mesmos critérios para a definição

da presença de uma condição em todos os

períodos de medição. Por exemplo, utilizar os

mesmos algoritmos para definir um diabético

em todos os períodos de medição. Não mudar

de um ano para o próximo.

Aplicar os critérios da mesma maneira para cada

período de medição. Seja qual for a forma como

os dados de registros são utilizados para definir

populações de um dado ano, assegurar que tais

critérios sejam aplicados da mesma forma para cada

ano. Se as populações não são definidas de forma

idêntica, é menos provável que elas venham a ser

consideradas equivalentes e provavelmente vieses

serão introduzidos nos resultados.

Use no mínimo 24 meses de registros de contas

médicas para definir a população de cada ano,

e aplique critérios idênticos em termos de registros

utilizados por mês para definir a população de

comparação. Por exemplo, não usar 24 meses de

registros para definir uma população e 36 para

definir a população comparativa.

Este período de fechamento deverá

aumentar a probabilidade de que

todas as contas médicas ocorridas

no período de medição sejam incluídas

nos registros disponíveis para análise.

Muitos dos cálculos usados nas

avaliações utilizam a razão “por

membro por mês” como denominador.

Embora nem todos os programas de

gestão de doenças crônicas tenham

informações sobre a data de inscrição.

Definir a população é importante para uma medição efetiva e assertiva dos efeitos

de um programa de gestão de crônicos. As diretrizes incluídas neste relatório para

ajudar a definir a população incluem a duração dos períodos de medição, período

base de referência, de esgotamento de sinistros e de observação retroativa, bem

como a definição do critério de ”participantes por mês”, critérios de exclusão e

critérios de seleção.

> DEFININDO A POPULAÇÃO

1918 © Copyright - Todos os direitos reservados © Copyright - Todos os direitos reservados

PHA recomenda que quando esta

informação estiver disponível, os

participantes sejam contabilizados

apenas nos meses nos quais estiveram

expostos ou até o décimo quinto dia

do mês

Esta diretriz se aplica às populações atendidas por

programas comerciais e Medicare (Previdência),

mas não aos programas do Medicaid (assistenciais).

PHA concluiu que deve haver 3 tipos de critérios

de exclusão que permitam que a experiência

de um participante seja excluída da avaliação.

Estes critérios devem ser esclarecidos com todas

as partes interessadas antes da avaliação.

Critério I - Exclui todos os dados da avaliação de

pacientes com co-morbidades que tornem difícil para

o paciente ser beneficiado pelo programa de gestão

de doenças crônicas. Exemplos destas condições

incluem:

• Doença Renal Crônica Terminal

• HIV/AIDS

• Transplante

• Câncer (sem ser de pele, com evidência em

reivindicações de tratamento ativo - sinistros)

• Hemofilia

* Note que pacientes com essas condições podem

ou não participar do programa, mas não serão

incluídos em sua avaliação.

Critério II - Exclui registros de contas médicas da

avaliação para eventos e diagnósticos que são

potencialmente custosos, mas claramente não

relacionados com o programa de gestão doenças

crônicas. Por exemplo, trauma com hospitalização

ou câncer de pele.

*Note que esta recomendação exclui registros

específicos e não o indivíduo da avaliação.

Critério III - Exclui custos de Outliers da avaliação

por meio de uma abordagem de Stop-loss (retenção

de perdas) no nível do participante, como a remoção

de registros do contas médicas superiores a 100 mil

dólares anuais, indexados para crescer em anos

futuros, de acordo com a Tendência apropriada.

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Pacientes podem incorrer em custos

extraordinariamente altos por inúmeras

razões. Estes custos geralmente

decorrem de eventos aleatoriamente

distribuídos na população e não

relacionados ao programa de gestão

de doenças crônicas – traumas

acidentais, por exemplo. Custos altos

criam uma volatilidade substancial

nas tendências de custos das contas

médicas e pode distorcer os cálculos

de economia financeira, particularmente

para populações menores.

A abordagem “stop-loss” exclui, para

o propósito de mensuração, custos de

contas médicas de participantes que

excedam o limiar de stop-loss durante

o ano. Esta abordagem é preferível a

excluir totalmente a experiência do

participante, pois possibilita a inclusão

na medição de uma proporção maior

da população sob gestão. Além disso,

não cria uma distorção se o programa

envolver o deslocamento de um

membro acima ou abaixo do limiar

estabelecido. Existem vários métodos

comumente usados pela Gestão de

Saúde Populacional para identificar

e mitigar estes custos de outliers. Estes

métodos estão ressaltados na Tabela II,

“Métodos para Definir Outliers”.

PHA recomenda uma revisão

das informações da tabela antes

da seleção de um método.

> MÉTODOS PARA DEFINIR OUTLIERS

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> CRITÉRIO DE SELEÇÃO

Background e Trabalho PrévioO trabalho para desenvolver critérios de seleção padronizados começou em

2008 com o reconhecimento de que atingir um consenso sobre como selecionar

populações para avaliação de programas de gestão de doenças crônicas

contribuiria para melhorar a padronização da avaliação do programa, assim

como para ajudar a facilitar comparações rigorosas de desempenho e aumentar

a transparência para os compradores.

O termo “critério de seleção” se refere a

características padronizadas (observadas

em conjuntos de dados) usadas para

identificar pessoas para a inclusão em

mensurações coletivas (denominadores)

de medição de resultados.

O objetivo do projeto foi desenvolver

uma abordagem fundamental para

direcionar as especificações do

denominador para a comparação

de programas de gestão de doenças

crônicas para as 5 condições crônicas.

Especificação de critério de seleção

requer: Identificação das fontes de

dados a serem usadas; especificar o

algoritmo a ser utilizado para consultar

os dados; e a seleção de códigos para

diagnóstico, procedimento e outros,

para serem usados no algoritmo.

É importante enfatizar que o critério

de seleção representa a intenção do

algoritmo de identificar precisamente

as pessoas que têm a doença sem

falsamente identificar as que não. É bem

reconhecido que dados administrativos

não podem ter sucesso completo

nas duas tarefas; que algoritmos que

identificam todas ou quase todas as

pessoas que tem a doença irão incluir

alguns falso-positivos e vice-versa. Nos

volumes anteriores de Diretrizes de

Resultados, discutimos a natureza deste

equilíbrio “sensibilidade/especificidade”.

Um problema adicional em se utilizar o

critério de seleção, discutido no volume

4, é que a padronização do critério de

seleção irá produzir denominadores que

podem não se sobrepor completamente

aos produzidos pelo programa. Isto é

importante de se entender para aqueles

que usam relatórios padronizados de

avaliação para comparar programas.

Os volumes 2 e 3 do Relatório de

Diretrizes de Resultados desenvolveram

uma estrutura filosófica para permitir

a construção e avaliação dos

algoritmos de identificação para as 5

doenças crônicas principais: Doença

Arterial Coronariana (DAC), Diabetes,

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(DPOC), Asma e Insuficiência Cardíaca

Congestiva (ICC).

Os critérios de seleção resultantes

são as características padronizadas

usadas para identificar pessoas para

inclusão nas mensurações coletivas

(denominadores) das métricas

de resultados.

Em 2009, o trabalho se concentrou

em testar a adequação dos

denominadores especificados no

Volume 3, usando prazos variados para

identificação e elegibilidade mínima

para a comparação do programa.

As organizações usaram seus próprios

dados para testar se o denominador

da PHA produziu: Taxas de prevalência

que fossem consistentes com sua

própria experiência; especificidade

razoável sem sacrificar indevidamente a

sensibilidade quando testada ao longo

do tempo; uma sobreposição aceitável

entre os indivíduos identificados usando

o critério de seleção do PHA e aqueles

identificados pelos critérios próprios.

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s2010 - Escopo do TrabalhoBaseado no trabalho do Relatório

de Diretrizes de Resultados Volume

4, de 2009, o grupo de trabalho

sobre Critérios de Seleção testou a

adequação dos critérios de seleção

(denominadores) para as 5 doenças

crônicas comuns para a comparação

de desempenho do programa de

gestão de doenças crônicas nas

medições de resultados clínicos,

financeiros e de utilização.

Consistentemente com o nosso

trabalho anterior, definimos

“adequação” para significar que

medidas derivadas dos critérios de

seleção são justas e representativas

da experiência e são aceitáveis para

a maioria dos programas para fins de

comparações de resultados.

Embora estes critérios possam também

ser utilizados apropriadamente para

a melhoria e avaliação de programas

internos, não é nossa expectativa que

o sejam. No entanto, reconhecemos

que os programas não estarão

dispostos a serem comparados a

menos que os critérios de seleção

da PHA identifiquem um conjunto

relevante de indivíduos que seja

capaz de mostrar o impacto de seus

programas. “Esses denominadores

são apropriados para medições

em qualquer população”.

Para avaliar a adequação, o grupo

de trabalho testou o desempenho

dos denominadores das 5 doenças

crônicas com uma quantidade de

medições financeiras, clínicas e de

utilização. Bom desempenho foi

definido como o que produz resultados

estáveis ao longo do tempo e entre

os fornecedores (testadores). No ano

passado, conforme relatado no Volume

4, o primeiro critério (sobreposição)

foi testado. Este ano o foco foi nos

segundo e terceiro critérios.

O quarto e o quinto critérios não foram

testados explicitamente (sobreposição

de mensuração e sobreposição de

estabilidade ao longo do tempo), mas

a expectativa é que os programas os

farão usando os critérios publicados:

1. (Relatado no Relatório de

Diretrizes de Resultados, Volume 4)

A sobreposição de identificação entre

o testador (fornecedor) e os critérios

de seleção da PHA é adequada (isto

é, a maioria das pessoas identificadas

pelo testador também é encontrada

pela PHA, e PHA não requer que o

testador reporte sobre pessoas demais

que não se encaixam em seus critérios

de identificação).

2. Em um ano determinado de

medição, as mensurações utilizando

o critério PHA se correlacionam

suficientemente bem entre os

testadores (isto é, a medição dá

resultados estáveis entre os testadores).

3. Os resultados do uso de critérios

de seleção do PHA sobre múltiplos

e consecutivos anos de medição são

plausivelmente estáveis (ou seja, não

variam mais do que o esperado - a

medição dá resultados estáveis ao

longo do tempo).

4. (Testado não explicitamente) Em

um ano determinado de mensuração,

medições usando os critérios de PHA

e os critérios de seleção do testador

correlacionam suficientemente bem.

5. (Testado não explicitamente) Em

uma série de anos de medição, os

resultados a partir dos critérios de

seleção de PHA são, em média,

consistentes com os encontrados

usando os critérios de testadores

(fornecedores).

Nós criamos medições financeiras,

clinica e de utilização para atender

as segunda e terceira questões.

É importante ter em mente que o

propósito de se construir este sistema

não foi para definir métricas detalhadas

reais, mas testar a adequação do

denominador sobre uma variedade

de condições e tipos de resultados.

Critério Geral de MediçãoCada medição incorpora

os seguintes elementos:

Quadro de Identificação (datas para

começo/fim de sinistros): 24 meses,

com 3 meses de período fechamento

de registros após o final do quadro de

identificação. Este é o período de tempo

baseado na data do serviço, usado

para determinar se um membro se

qualifica como “tendo” a doença

do denominador.

Quadro de Medição (datas para

começo/fim de sinistros): Últimos 12

meses dos 24 estabelecidos no quadro

de identificação.

Elegibilidade Mínima

(durante o quadro de medição):

Medições Clínicas: “HEDIS

ininterrupto” Elegível para toda a

estrutura de medição com uma única

lacuna permissiva de até 45 dias.

Medição Financeira e de

Utilização: Pelo menos 6 meses,

não necessariamente contínuos.

Embora o teste tenha sido feito

com este critério (de acordo com o

especificado em edições anteriores

das Diretrizes), é reconhecido que

algumas organizações podem

desejar usar o mesmo denominador

para todas as medidas de resultados.

É altamente recomendável que as

organizações especifiquem qual

critério de elegibilidade foi usado

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sMedições de Testes ClínicosAs medições teste foram simplificadas

a partir das medidas formais de

comparação em que não eram

permitidas exclusões clínicas e,

com esta simplificação, foram usados

prazos de identificação baseados

no calendário.

As definições de denominador podem ser

encontradas no apêndice. Foram testadas

as seguintes medidas (evidência de

numerador, pelas especificações técnicas

de HEDIS1 de 2010):

Diabetes: Teste de A1c durante

o ano de medição.

Diabetes: Mapeamento de nefropatia

ou pelo menos uma prescrição para

inibidor ACE ou ARB durante o ano

de medição.

Asma (de 5 a 17 anos): Pelo menos

uma prescrição de medicação para

controle de asma durante o ano

de medição.

Asma (de 18 a 56 anos)2: Pelo menos

uma prescrição de medicação para

controle da asma durante o ano

de medição.

DPOC: Pelo menos uma prescrição

para beta-agonista de curta ou

longa duração.

1. Nota do Tradutor: HEDIS, do inglês Healthcare Effectiveness Data and Information Set ou “Conjunto de

Dados e Informações sobre a Eficácia dos Cuidados de Saúde”, é uma ferramenta de medição utilizada

por mais de 90% das Operadoras de Planos de Saúde americanas para medir o desempenho dos serviços

e cuidados e consiste de 75 medições por 8 domínios de cuidados que tratam de importantes questões

de saúde. Foi criada pelo Comitê Nacional para a Garantia de Qualidade – NCQA, e é também um

componente do processo de certificação do Comitê para os programas de saúde.

2. Para medições de testes clínicos e medição de utilização, Asma foi testada até a idade de 56 anos,

conforme as especificações originais consistentes com HEDIS na época. HEDIS agora vai até a idade de 50

anos para asma.

ICC: Pelo menos uma prescrição

de inibidor ACE ou ARB durante

o ano de medição.

ICC: Pelo menos uma prescrição

de beta bloqueador durante

o ano de medição.

DAC: LDL- Testes de colesterol

durante o ano de medição.

Medição de UtilizaçãoForam usadas as seguintes

especificações gerais de critério

de medição:

Resultado: Todas as visitas ao pronto

atendimento (PA) de emergência

e hospitalizações (exceto por

maternidade e perinatal), por 1.000

membros crônicos, por doença,

relatado separadamente por membros

com cada uma das 5 principais

doenças crônicas. Também relatado

as de todas as doenças combinadas

(para eliminação de duplicidade

na contagem).

Denominadores: Um por cada

população com DAC, ICC, DPOC,

diabetes, asma (separado por

populações de 5 a 17 e 18 a 56); que

foram elegíveis por pelo menos 6 meses

no ano de medição.

Numeradores: Número de visitas ao PA

por todas as causas (com exceção de

maternidade e perinatal) por membros

em cada denominador.

Hospitalização é contada como

ocorrida em sua data de admissão

(não na data de alta).

Transferências Hospitalares

não foram contadas como

hospitalizações separadas.

Medições FinanceirasForam usadas as seguintes

especificações gerais de critério

de medição:

Resultados: Ano 1 $PMPM (pago) e Ano

1 – Ano 2 tendência para populações

crônicas com DAC, ICC, diabetes,

asma (separado por população

de 5-17 e de 18-56), e DPOC.

Elegibilidade mínima: Pelo menos

seis meses no ano de medição.

Resultados e ComentáriosMuitos membros da PHA participaram

do processo de testes. Os seguintes

resultados são das quatro populações

em que os testes foram realizados. Estas

são populações grandes, geograficamente

diversas, com programas comercializados

de gestão de doenças crônicas.

Concluiu-se que o critério de adequação

é cumprido, pois os resultados do teste

representam ambos, resultados plausíveis e uma

amplitude razoável, considerando que as quatro

populações medidas podem ter diferenças em

demografia, nos níveis de co-seguro e dedutibilidade,

nos padrões de prática médica, no risco populacional

e nos anos de gestão de saúde e doença.

27© Copyright - Todos os direitos reservados26 © Copyright - Todos os direitos reservados

A Tabela III exibe a média de taxa de

prevalência específica através das

quatro populações, bem como as

taxas médias de prevalência relatadas

no Volume 4. Para os dados de 2010,

tanto a média de prevalência quanto

o percentil +-95 para as populações

do ano 1 e ano 2 são apresentados.

As taxas de prevalência medidas

para as cinco condições crônicas

(com asma dividida em dois grupos

de idade) pelos dados de ano 1 e

ano 2, atenderam as expectativas:

elas foram consistentes com as taxas

esperadas pelos testadores e pelos

membros do grupo de trabalho,

com base em sua experiência;

os resultados foram consistentes

entre os testadores; e, com exceção

do DAC, em conformidade com as

taxas de prevalência encontrados

nos testes de 2009.

Note-se que nos testes de 2009, não foi

possível apresentar médias separadas

para asma juvenil e adulta.

Finalmente, as taxas de prevalência

foram consideradas consistente entre

os anos 1 e 2.

A Tabela IV apresenta a relação entre as taxas médias por condições específicas

e +-95 percentil para os resultados clínicos do ano 1 para as 4 populações. As

medições dos Resultados Clínicos para os dados do Ano 1 para as Condições

Crônicas da mesma forma atenderam as expectativas:

Eles foram consistentes entre os testadores.

A Tabela V apresenta a relação das condições por taxa específica e o percentil

de +-95 para as mensurações de Utilização para o ano 1. As taxas de utilização

medidas (PA e hospitalização) pelos dados do Ano 1 para as condições crônicas

foram plausíveis de acordo com as expectativas dos testadores tinham, baseados

em sua experiência, embora tenha mostrado uma ampla variação relativa (não

esperada, dado a diferenças de composição entre as populações e a falta de

ajuste de risco em nossos resultados).

Finalmente, a Tabela VI apresenta a média por condição de saúde, do custo

assistencial pago por membro doente por mês (PMDPM) e o percentil de +-95 para

as 4 populações. Também incluído está o percentil de +-95 para a tendência do

Ano 1 e Ano 2. As taxas financeiras medidas (Ano 1 $PMDPM e tendência) para as

condições crônicas foram plausíveis de acordo com as expectativas dos testadores,

baseada na experiência deles, embora a utilização tenha mostrado uma variação

inter-teste relativamente ampla.

Foi concluído que os resultados de todos os testes são consistentes em atingir o

critério de adequação. Baseado nesta conclusão, a PHA recomenda que os 5

critérios de seleção das condições de saúde sejam utilizados como denominadores

para medições clinicas, de utilização e financeiras, especificamente para

comparação de programas.

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Outros comentáriose próximos passos:PHA convida seus membro e o público

a fazer comentários sobre os resultados

dos testes, em face do fato de que

as organizações agora podem

escolher utilizar seu critério de seleção

não apenas para comparação com

outros programas, mas também

internamente, para avaliação e

melhoria de programas.

Atualizações para novos códigos de

CID-9, receitas, CPT4, NDC e LOINC

podem ser feitas anualmente pela

PHA. Sempre que possível, estes

códigos serão consistentes com

aqueles publicados pelo Comitê

Nacional para garantia da qualidade

(NCQA), para utilização em medidas

de desempenho; onde PHA não

especifica um denominador, PHA

publicará anualmente atualizações

conforme apropriado.

PHA recomenda que o critério

HEDIS de elegibilidade contínua seja

aplicado às medições clínicas e que as

medições de utilização e financeira

exijam pelo menos seis meses (não

necessariamente adjacentes) para

elegibilidade no ano de medição.

No entanto, organizações podem

optar por utilizar a elegibilidade

de HEDIS contínuo para todas as

medidas. Relatórios de organizações

devem especificar os critérios de

elegibilidade utilizados.

2011 - Escopo Provisório do Trabalho

Procure substituir a doença DAC por

Doença vascular Isquêmica, conforme

definido pelo NCQA em suas medições

de desempenho. DVI compreende

DAC, doença arterial periférica e

doença cerebrovascular. Justificativa:

Estas condições ateroscleróticas ou

aterotrombóticas são clinicamente

relacionadas e compartilham muitas

diretrizes de prática clínica importantes.

Medições de resultados clínicos são

geralmente idênticas para as condições

do DVI. Assim como no NCQA, programas

que tratam de uma ou duas condições DVI

podem relatá-los como “DVI” e especificar

quais condições estão incluídas.

Para medições de utilização e financeira,

considere um critério de elegibilidade de

seis meses, versus HEDIS- contínuo.

Considere a possibilidade de mais

testes do que o critério de relevância

para medições financeiras para fornecer

orientação sobre a viabilidade de

comparação do programa.

O mais importante mote do grupo de

trabalho de critérios de seleção — Definir

denominadores de resultados adequados

para comparação do programa — está

completo. Portanto, em 2011, este grupo

de trabalho pôde ser combinado com o

grupo de trabalho de Gestão de Saúde

Populacional para fornecer uma sinergia

mais profunda entre as iniciativas que

avaliam o impacto da identificação,

envolvimento e metodologias de

mensuração de resultados.

> O USO DE TENDÊNCIA

A parte mais difícil sobre avaliar o

desempenho financeiro dos programas

de gestão de doenças crônicas é que

a comparação de custos é feita com

o que os custos “poderiam ter sido”,

sem o programa realizado. Imagine-

se sendo convidado a avaliar o

desempenho do Presidente de um país,

comparando-o contra o que “poderia

ter sido” com um Presidente diferente

durante os mesmos anos. Cada

cidadão teria uma resposta diferente,

baseada na construção de diferentes

cenários de como a macroeconomia

teria evoluído independente ou

consequente às ações do Presidente

e quais eventos globais poderiam

ter ocorrido independentemente ou

consequentemente, etc.; e a resposta

de nenhum indivíduo poderia ser

descartada como errada.

Da mesma forma, para calcular uma

tendência que representa o que

“poderia ter sido” sem um programa de

gestão de doenças crônicas, esforços

podem ser empreendidos para explorar

as profundezas de vários macro e micro

fatores econômicos de saúde. Ou, os

avaliadores do programa poderiam

reconhecer a dificuldade da proposta

em si e aceitar algo simples de

antemão. É prática corrente que, na

ausência de um grupo equivalente de

controle, avaliações de programa que

dependam de comparações pré-pós

devem ser ajustadas para a tendência

que espera-se que ocorra na ausência

de intervenções do programa.

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PHA recomenda o uso de uma

população “não crônica” para calcular esta

tendência. Para este propósito, uma

população “não crônica é definida

pelos membros não identificados como

tendo uma das cinco condições

crônicas “comuns”: diabetes, DAC,

DPOC, asma e ICC

Foi empiricamente demonstrado que a tendência

crônica (para qualquer uma das cinco condições

crônicas comuns) pode diferir significativamente da

tendência não-crônica. Nesse sentido, é desejável

ter um método para ajustar a tendência não-crônica

para representar um substituto mais preciso para

o que a tendência crônica teria sido na ausência

do programa de gestão de doenças crônicas.

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PHA recomenda a utilização da

diferença média entre tendências

históricas de crônicas e não crônicas para

ajustar a tendência não-crônica do

ano atual.

Para ajustar a tendência de não-crônica do ano

atual de intervenção para estimar a tendência

crônica esperada na ausência de intervenção, use

a diferença de média histórica de tendência crônica

e não crônica. Use dois a três anos de dados (pré-

intervenção) para comparar a tendência crônica com

a tendência não-crônica para a mesma população

como sendo intervinda atualmente (isso pressupõe que

as diferenças nessas taxas são relativamente estáveis

de ano para ano e que essa tendência é calculada

consistentemente para ambos os grupos nos anos

históricos e no ano do programa atual).

Enquanto isso pode ser feito para qualquer programa

de gestão de doenças crônicas com histórico de

registros de contas médicas acessível, pode ser

desejável desenvolver um banco de dados nacional

de referência da tendência crônica e não crônica,

como parte de um futuro projeto de pesquisa do PHA.

Isto permitiria a utilização pelos programas de

gestão de doenças crônicas de um fator de ajuste

de tendência nacional ou regional empiricamente

derivado, permitindo um cálculo mais padronizad dos

resultados financeiros e facilitando sua comparação

para programas diferentes, o que agora é difícil devido

ao uso de tendências e ajustes de tendência diferentes

para a avaliação dos programas individuais de gestão

de doenças crônicas.

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Abordagem Passo a Passo:Passo 1: calcular tendências de riscos ajustados não-crônicas e crônicas em

períodos de tempo históricos, usando métodos de identificação idênticos aos

do período do programa; medir a relação entre essas duas tendências.

Passo 2: calcular a tendência de riscos ajustados de não-crônica para o período

do programa e, em seguida, modificá-lo para representar “o que poderia ter sido”

em uma tendência crônica, baseada na relação medida no passo 1. Daí, como

no método anterior, proceda para calcular o resultado, primeiro garantindo que

qualquer alteração do perfil de risco na população crônica é contabilizada.

Em muitos casos, a relação entre

a tendência crônica histórica e a

tendência não crônica pode ser

bastante estável, permitindo a

utilização da diferença entre essas

tendências para o ajuste

da tendência não-crônica.

Testes empíricos foram conduzidos

para determinar se a relação entre

tendência crônica e não crônica é

estável. Um grande banco de dados

de registros, representando três anos

de dados sobre uma população que

não teve um programa rigoroso de

gestão doenças crônicas foi usado

para testes. O teste foi conduzido

nas cinco doenças crônicas

comuns para as quais a tendência

recomendada foi projetada para

ser aplicada, e o método de

qualificação recomendado pela PHA

foi usado para identificar

a população para o teste.

A Tabela VII resume os resultados para

as amostras não-crônicas, crônicas e

combinadas. As tendências a direita

da tabela, para os anos 1 até o 3,

mostram que há estabilidade entre

as duas amostras para a tendência

histórica de três anos.

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s > O USO DO AJUSTE DE RISCO

Ajuste de risco, como aplicado para

a avaliação de resultados financeiros

de gestão de doenças crônicas,

consiste em uma série de técnicas

que contabilizam as características

individuais dos pacientes dentro

de uma população definida,

ao avaliar retrospectivamente o

impacto de uma intervenção de

gestão de doenças crônicas sobre

os resultados financeiros para essa

população. Realizar a avaliação de

resultados financeiros de programas

de gestão de doenças crônicas,

quando um grupo de comparação

equivalente está disponível, elimina

a necessidade de ajuste de risco dos

resultados — idealmente, o grupo

de comparação difere do grupo de

intervenção apenas pelo impacto

do programa de gestão de doenças

crônicas, assim como todos os outros

fatores relevantes que contribuem

para os resultados financeiros são

equivalentes.

Considerações gerais para usar o

ajuste de risco nas avaliações pré-

pós de programas de gestão de

doenças crônicas:

• Ao medir as alterações em um

resultado de uma intervenção ao

longo do tempo, frequentemente

o resultado pode ser influenciado

pela intervenção, bem como por

fatores externos a ela (por exemplo,

mudanças demográficas ou de casos

ao longo do tempo que alterariam

as características da população

a um grau palpável).

• Ajuste de risco serve para ajustar

as alterações em um resultado de

interesse consequentes da ação

desses fatores exógenos ou externos

à intervenção a ser avaliada.

• O objetivo da utilização do ajuste

do risco na avaliação de programas

de gestão de doenças crônicas é

a adaptação para esses fatores de

confusão exógenos, na maior medida

possível, conquanto não altere ou

distorça o impacto do programa.

• Métodos de ajuste de risco devem

ser transparentes, simples, confiáveis,

acessíveis e adequados aos dados

disponíveis.

• Métodos de ajustamento de risco

também devem ser validados; Este

é normalmente o caso quando

o método utilizado é simples

(idade, sexo) ou uma ferramenta

comercial ou de domínio publico

não-patenteado. Exemplos dessas

ferramentas incluem, mas não estão

limitados a sistemas de agrupamento

como ACGs [Adjusted Clinical

Groups], DCGs [Diagnostic Cost

Groups], CRGs [Clinical Risk Groups],

ERGs [Episode Treatment Groups],

ou CDPS [Chronic Illness & Disability

Payment System] (utilizados nos EUA).

Cuidados na aplicação do ajuste

de risco na avaliação dos programas

de gestão de doenças crônicas:

• Muitas abordagens de ajuste de

risco para variáveis exógenas correm

certo risco de inadvertidamente

ajustar também para variáveis que

são impactadas positivamente pelos

programas de gestão de doenças

crônicas; Isso pode resultar em um ajuste

tanto para fatores de confusão, como

para os fatores objetivados ao mesmo

tempo, potencialmente descartando

o impacto desejado da gestão de

doenças crônicas enquanto tenta se

ajustar para as variáveis exógenas,

fora da influência do programa.

• Todas as ferramentas de ajuste

de risco são imperfeitas e a meta de

ajustamento de risco nunca pode ser

alcançada completamente. Até mesmo

as pesquisas acadêmicas são muitas

vezes frustradas por, exatamente, realizar

o ajuste de risco.

• Métodos de ajuste de risco não

são de “uso geral”; eles devem ser

individualizados para os resultados de

interesse, as populações envolvidas

e os dados disponíveis.

•Executar ajuste de risco não é simples e

nem é uma “fórmula pronta”; nenhuma

abordagem única pode ser aplicada

universalmente para todas as avaliações

do programa para atingir a meta de

ajustamento de risco sem possíveis

consequências não intencionais.

Recomendação:

Ao decidir se e como abordar o ajuste

de risco para um programa particular

de gerenciamento de doenças crônicas

para uma população específica, é útil

categorizar os resultados de interesse em

uma das duas categorias seguintes:

• Categoria 1: Aqueles que acredita-

se serem afetados apenas por fatores

de confusão exógenos e não pelas

intervenções de gestão de doenças

crônicas, onde não há nenhuma

preocupação se o impacto do

programa é alterado pelo ajuste de risco

(exemplo: Tendência não-crônica).

Para esta categoria de variáveis,

deve-se utilizar um método de ajuste

de risco adequado, idealmente

uma ferramenta de ajuste de risco

disponível comercialmente ou outro

método válido não-patenteado.

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s• Categoria 2: Aqueles que acredita-se

serem impactados tanto por variáveis

exógenas, como pelas intervenções do

programa e que potencialmente podem

ser inadequadamente distorcidas ou

descartadas pelo ajuste de risco (por

exemplo, prevalência ou severidade

da condição, mix de casos).

Para esta categoria de variáveis, o

próximo passo é examinar a magnitude

e a importância das potenciais variáveis

exógenas. Se a magnitude potencial

é grande e/ou altamente importante,

então se deve considerar que métodos

de ajuste de risco disponíveis permitem

um razoável trabalho de ajuste para

as variáveis exógenas agressivas, sem

seriamente distorcer ou descartar os

impactos do programa.

Se mais de um método estiver disponível,

aquele com a menor probabilidade de

distorção dos impactos do programa

enquanto razoavelmente ajusta para

fatores de confusão (variáveis exógenas)

é o preferido. Em alguns casos utilizar

uma abordagem “minimalista”, tais

como idade, sexo ou simples ajuste de

prevalência, pode ser mais adequado

do que as ferramentas de ajuste de risco

mais complexas. Isso porque, quanto mais

abrangente ou explicativo o método de

ajuste de risco, maior a probabilidade de

que algumas das variáveis aplicadas para

este método sejam fatores positivamente

impactados pelo programa de gestão de

doenças crônicas.

A aplicação do ajuste de risco para

avaliação de programas de gestão

de doenças crônicas é uma questão

complexa e, mesmo quando desejável,

pode ser bastante difícil. A decisão de

utilizar o ajuste de risco e a escolha de qual

método usar necessariamente envolve

um comprometimento ponderado sobre

os benefícios associados e os riscos de

se fazer, e exatamente como se fazer, o

ajuste de risco dos resultados financeiros.

Tabela VIII oferece exemplos de como

o ajuste de risco poderia ser usado

para várias situações.

Para fornecer mais detalhes e para

destacar algumas vantagens e

desvantagens das técnicas específicas,

PHA oferece abaixo dois exemplos

de caso de estudo de ajustamento

de risco. Em ambos os exemplos, os

métodos descritos foram aplicados

usando experiências reais de contas

Introdução:

Um método amplamente usado para

realizar avaliações de economia de

programa de gestão de doenças

crônicas é o método recomendado

pelo PHA de controle histórico ajustado.

Este método usa a tendência da

população não-crônica concomitante

como referência para aproximar a

tendência para a população crônica

na ausência de um programa de

gestão de doenças crônicas.

Um reforço para este método tem sido

anular qualquer impacto da mudança

no perfil de risco da população

médicas. PHA espera que estes estudos

de caso possam ajudar usuários do

Relatório de Diretrizes a compreender

a importância e a complexidade do

ajuste de riscos. PHA não está, neste

momento, defendendo uma ou outra

técnica, nem uma metodologia

apropriada em particular.

não-crônica sobre a tendência de

referência não-crônica. Outra melhoria

foi ajustar a tendência de referência

não-crônica pela relatividade da

gestão pré-doença entre as tendências

crônicas e não crônicas. Ambos os

aperfeiçoamentos, embora bem

intencionados, ainda podem resultar

em avaliações econômicas com

falhas, devido ao não reconhecimento

de mudanças no perfil de risco da

população crônica. O estudo de

caso apresentado aqui reconhece

a importância das mudanças no perfil

de risco da população crônica.

Exemplo de caso de estudo IAbordagens do Uso do Ajuste de Risco na avaliação da Gestão de Doenças Crônicas.

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ica

sMetodologia:

A metodologia geral pode ser resumida de maneira simples, como se segue:

Estratificar a população crônica no período-base e no período de avaliação

do programa em estratos homogêneos de alto nível de risco.

Calcular os custos PMPM para cada estrato de risco na população crônica

no período base.

Calcular a distribuição de membro por mês entre os estratos de risco

da população crônica no período de avaliação do programa.

Calcular a média ponderada do custo PMPM no período base de cuidados

crônicos, usando o custo PMPM base para cada estrato de risco específico do

período base e a distribuição PMPM do período de avaliação do programa entre

os estratos de risco.

Em seguida, proceda como no método de controle padrão ajustado histórico

(isto é, aplique a tendência de média ponderada acima, de custos PMPM de

crônicos no período, pela tendência de referência para o período de avaliação

do programa e subtraia o custo real do PMPM experimentado pela população

crônica no período de avaliação do programa, para calcular a economia bruta).

Benefícios:

A metodologia acima ajusta o ponto

de partida (custo base crônico) do

cálculo da economia ao fazê-lo imitar

o perfil de risco da população no

período de avaliação do programa de

doenças crônicas. Isso representa uma

melhoria significativa na metodologia

de avaliação de economia, porque

garante que quaisquer alterações no

perfil de risco da população crônica

do período base para o período

de avaliação do programa não

permaneça incorporado dentro

do cálculo de economia.

Exemplo de Estudo de Caso:

Abaixo está uma tabela resumindo os custos PMPM e a distribuição por membro

por mês da população de crônicos em três estratos relativamente homogêneos:

o segmento dos crônicos que perseveram ou continuam a permanecer na

população de estudo; aqueles que recentemente entraram para o grupo

e os que terminaram sua participação na população estudada.

Se a mudança no perfil de risco da população crônica não for reconhecida, então

a análise focará apenas na linha de baixo e irá comparar o valor real de $620.80

aos $705.19 base orçados na tendência de referência de linha de base. Isso é

mostrado abaixo.

Cálculo Base de Economia (não ajustado):

Custo PMPM da população crônica no período-base ...................$705.19

x Tendência de Referência .................................................................$1.05

= Custo PMPM Esperado .....................................................................$740.45

- Custo PMPM pós Intervenção real ..................................................$620.80

= Economia Estimada PMPM ..............................................................$119.65

Se, no entanto, a mudança no perfil de risco para a população crônica (conforme

capturada pela mudança na distribuição por membro por mês entre os estratos

de risco) é para ser reconhecida, então o custo do período base de $705.19 deve

ser substituído pelo número que pesa novamente o custo PMPM base para cada

estrato de risco usando a distribuição por membro por mês do período de avaliação

do programa no Ano 1. Isto é mostrado no próximo quadro.

Se o perfil de risco melhorou, a

economia seria diminuída em relação

ao que, de outra forma, seria uma

conclusão indevidamente otimista; se

o perfil de risco se agrava, a economia

seria aumentada em relação ao que

seria, caso contrário, uma conclusão

indevidamente desfavorável. Em

outras palavras, conclusões de

economia não seriam afetadas por tal

fator (mudança de perfil de risco na

população crônica), o que é diferente

do que acontece com a eficácia das

intervenções do programa de gestão

de doenças crônicas.

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ica

sAssim, o cálculo da economia conclui as alterações, conforme mostrado abaixo.

Cálculo de Economia (ajustado):

Custo PMPM da população crônica no período-base ......... $724.15

x Tendência de Referência ....................................................... $1.05

= Custo PMPM Esperado ........................................................... $760.36

- Custo PMPM pós Intervenção real ........................................ $620.80

= Economia estimada PMPM .................................................... $139.56

Desta forma, o agravamento do perfil de risco não permite que a da economia

seja subestimada.

Outra maneira de dividir a população crônica em estratos de risco homogêneos

é separá-la nas categorias de condições e co- morbidades:

Cálculo base de Economia (não ajustado):

Custo PMPM da população crônica no período-base ......... $725.99

x Tendência de Referência ....................................................... $1.05

= Custo PMPM Esperado ........................................................... $762.29

- Custo PMPM pós Intervenção real ......................................... $697.04

= Economia Estimada PMPM .................................................... $65.25

Cálculo de Economia (ajustado):

Custo PMPM da população crônica no período-base ........ $709.94

x Tendência de Referência ....................................................... $ 1.05

= Custo PMPM Esperado ........................................................... $745.43

- Custo PMPM pós Intervenção real ......................................... $697.04

=Economia Estimada PMPM ..................................................... $48.39

Desta forma, o agravamento do

perfil de risco não permite que a da

economia seja superestimada.

Uma típica pergunta é: Por que não

usar modelos padrões de ajuste de

risco para avaliar a mudança no risco

da população crônica? A resposta

é que, porque a população crônica

está sujeita a intervenções da gestão

de doenças crônicas, a aplicação do

ajuste de risco para essa população

potencialmente iria neutralizar o efeito

dos resultados que a avaliação está

tentando capturar. Este estudo de

caso ilustra abordagens alternativas

para avaliar a mudança no risco da

população crônica sem anular o

impacto das intervenções de gestão

de doenças crônicas. O resultado

final é uma estimativa de economia

que evita a confusão causada pelas

mudanças no perfil de risco da

população crônica, um fator que

é extrínseco para o programa de

gestão de doenças crônicas.

Exemplo de caso de estudo IIAbordagem Prospectiva Defasada

Introdução:

Para avaliar o resultado financeiro

de um programa de gestão de

doenças crônicas, é importante levar

em consideração a diferença de perfis

de risco durante o período base

e o período do programa.

Diferenças potenciais no perfil de risco

podem ser detectadas, comparando

os escores de risco preditivos no início

de cada período. Para efeitos de ajuste

de risco, qualquer um dos escores

de risco comercialmente disponíveis

poderia ser usado. Modelos preditivos

patenteados também poderiam ser

usados, desde que o modelo seja

validado como um bom preditor

de risco. Se os perfis de risco nos

dois períodos são significativamente

diferentes, então os níveis de risco

podem ser ajustados usando a média

das pontuações de risco preditivo em

determinadas circunstâncias.

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sMetodologia:

Identificação de membros com doenças crônicas no período base. Pontuar

os membros identificados usando um modelo preditivo no início do período base.

Calcular a pontuação média de risco para o período base - RS0.

Identificação de membros com doenças crônicas no período do programa.

Pontuar os membros identificados usando um modelo preditivo no início do

período do programa. Calcular a pontuação média de risco para o período

do programa - RS1.

Cálculo do custo por membro diagnosticado por mês (PMDPM)

para a população crônica no período base.

Ajuste do custo de PMDPM para a diferença de risco usando a pontuação média

de risco - [Custo Ajustado base PMDPM] = [Custo Base PMDPM] *RS1/RS0.

Ajuste da Tendência de custo PMDPM usando a tendência de referência e a

comparando com o custo PMDPM observado no período de avaliação do

programa para calcular a economia de custos.

Benefícios e Limitações:

Tem havido preocupações com o uso

da pontuação de risco para ajustar

diretamente para perfis de risco

diferentes. Desde que o programa

de gestão de doenças crônicas é

projetado para intervir na forma

em que os membros identificados

gerenciam suas condições crônicas,

esta intervenção do programa pode

mudar o perfil de risco da população

crônica no período do programa.

Ajustar diretamente o risco poderia

confundir o efeito do programa.

Cálculo de escore de risco preditivo:

Exemplo de Caso de Estudo: A tabela abaixo resume os custos PMDPM na população

crônica e os escores médios de risco preditivo no início de cada período.

Na abordagem proposta, no entanto, o

escore de risco previsto no início de cada

período é usado para o ajuste de risco.

Normalmente, informações de um

período de 12 a 18 meses antes do

tempo da pontuação são usadas

para obter o escore de risco. O efeito

da intervenção durante o ano de

programa não é faturado no cálculo

dos escores preditivos de risco. O

desenho abaixo ilustra o período de

cálculo dos escores de risco preditivos.

Este método de ajuste de risco pode ser usado para avaliar o efeito do programa

de gestão de doenças crônicas nas seguintes situações:

Para comparar o efeito no ano1 do programa, quando o programa foi

primeiramente implementado para o ano base;

Para medir o impacto cumulativo do programa ao longo de vários anos, a partir da

implementação do programa no ano 1, usando o resultado do ano base como

um controle ajustado;

Para medir a evolução incremental ano após ano, além do Ano 1, nos casos

em que este for o objetivo principal.

No entanto, essa abordagem de ajuste de risco não é apropriada para comparar

os custos em qualquer período determinado do programa além do ano 1 para

aqueles no período base. Isso porque o efeito da intervenção nos primeiros anos

do programa seria usado para calcular a pontuação de risco preditiva.

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sA pontuação da média de risco preditivo para o período base é 2.24 e a pontuação

média de risco preditivo para o período do programa é 2.35. Isto indica a diferença

no perfil de risco entre os dois períodos.

Se o ajuste de risco não for feito para contabilizar a diferença no perfil de risco,

a análise compararia diretamente os $686,84 observados no período base com

os $773.54 no período do programa com a tendência de referência;

A seguir está a análise que mostra que o programa terá um aumento de custo de

$18.02 por membro identificado, usando a tendência de referência de 10 por cento:

Cálculo de Economia no Custo Básico (Não ajustado):

Custo PMDPM da população crônica no período-base .......... $686.84

x Tendência de referência. ............................................................. $1.10

= Custo PMDPM Esperado ............................................................... $755.52

- Custo PMDPM pós Intervenção real ........................................... $773.54

= Economia estimada PMDPM ....................................................... -$ 18.02

Para explicar a mudança no perfil de risco, as pontuações médias de risco preditivo

podem ser aplicadas para ajustar para a diferença nos dois períodos de tempo.

O PMDPM risco-ajustado no período base é calculado desta forma:

PMDPM risco-ajustado na base = $686.84*2.35/2.24 = $720.57

Então, este custo PMDPM risco-ajustado para o período base pode ser aplicado no

cálculo normal pré/pós para economia de custos. Presumindo a mesma tendência

de referência de 10 por cento, a economia de custo é $19.09. A seguir, o cálculo de

economia de custo com ajuste de risco.

Custo PMDPM da população crônica no período-base .......... $720.57

x Tendência de Referência ............................................................. $1.10

= Custo PMDPM Esperado ............................................................... $792.63

- Custo PMDPM pós Intervenção real ............................................ $773.54

=PMDPM Economia Esperada ........................................................ $19.09

Aparentemente, o aumento do custo inicial no cálculo de economia base foi devido

principalmente ao maior risco preditivo durante o período do programa, o que

deturpou os resultados. Uma vez que o perfil de risco foi ajustado, foi mostrada

uma redução positiva de custos durante o período do programa.

> CONSIDERAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DE PEQUENAS POPULAÇÕES

O valor e os riscos de se aplicar

as recomendações de métodos

articulados nas presentes diretrizes

para pequenas populações são uma

preocupação importante. Os usuários

finais dos resultados, normalmente,

são as organizações que representam

grupos de pessoas (tais como

empregadores, agências estaduais

e federais, operadoras de saúde

e grupos provedores).

Dada a importância da gestão

de saúde para os empregadores,

o número de potenciais utilizadores

da informação de resultados só em

nossos grupos de empregadores

já é extremamente grande. Esses

grupos podem variar amplamente de

tamanho. Grupos de empregadores,

variando em tamanho de 50 a mais

de 250.000 pessoas, estão ativamente

envolvidos na gestão de doenças

crônicas e tem um interesse cada

vez mais vigoroso em entender os

resultados desses serviços.

Esta seção destina-se a fornecer

informações contextuais importantes

para compreender as medidas

de resultados para grupos de

indivíduos, agregados em números

relativamente pequenos. Na verdade,

as informações abaixo fornecem

informação relativa para os grupos

que têm uma ampla gama de

tamanhos, até 50.000 indivíduos.

Dados de custos médicos são

altamente variáveis em populações

pequenas. Custos médios para

indivíduos com muitas das condições

comuns na gestão de doenças

crônicas podem mostrar variação

grave com alto grau de desvio. Mesmo

poucos participantes com alto custo

podem ter um impacto sobre as

médias calculadas para custos PMPM

e no resultado em largos intervalos de

confiança, em torno de estimativas

destas medidas.

Esta é, de fato, uma razão porque

profissionais de gestão médica

foram atraídos para estas condições

em primeiro lugar: A eliminação

da variação desnecessária foi

considerada um objetivo chave das

intervenções de gestão de doenças

crônicas. Em populações maiores, o

impacto do custo de alguns “outliers”

na variação da medição não tem

um efeito tão significativo.

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sA Tabela IX, “Pequenas Populações”,

demonstra a importância do impacto

desta variabilidade nas avaliações

de custos médicos. As informações

apresentadas na tabela pretendem

ser um exemplo da variedade de

diferenças que podem ser vistas em

uma população de amostra e não

pretende representar resultados

que seriam vistos por todas as

populações deste tamanho.

A tabela foi criada iniciando com

uma grande população de indivíduos

que participam de um programa de

gestão de doenças crônicas, e então

repetidamente tirando amostras de

vários tamanhos e computando o

impacto econômico da intervenção

para cada amostra.

•A tabela mostra os valores para

os intervalos de confiança superiores

e inferiores, nas estimativas de

economia de custos médicos PMPM,

em uma população com um robusto

programa de gestão de doenças

crônicas em vigor.

• As estimativas de economia foram

derivadas de métodos compatíveis

com o relatório de diretrizes de

resultados do PHA.

• A variação foi estimada utilizando

repetidas amostras de uma grande

população de plano comercial para

o qual foi implementado um programa

de gestão de doenças crônicas.

• Por exemplo, na primeira linha, 500

membros de amostra foram retirados

da população inteira, gerando, em

cada caso, 30 membros com doenças

crônicas. Os algoritmos de economia

de custos médicos aplicados a cada

uma das amostras e a variação nesses

resultados são medidos para produzir

o intervalo de confiança citado.

• Este processo foi então repetido para

amostras de tamanhos diferentes, de

até 3.000 membros, e com doenças

crônicas, um procedimento chamado

“Bootstrapping” nos círculos de

programação matemáticos.

*Economia de custos por população com doenças crônicas é dividido pela

população total PMPM.

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s

Obviamente, aconselha-se

cautela ao produzir medições de

economia de custos médicos em

subpopulações com pequeno número

de membros recebendo gestão de

doenças crônicas. Alta variabilidade

frequentemente resulta em indicações

conflitantes, enganosas e/ou

grosseiramente imprecisas de

impacto referentes ao programa.

Olhando para esta tabela de forma

ligeiramente diferente, os limites

do intervalo de confiança superior

e inferior foram grafados versus o

tamanho total da amostra para obter

uma apreciação da direção e da

magnitude deste efeito.

Devem-se notar

vários itens de interesse:

• À medida em que aumenta o

tamanho da amostra, os intervalos

de confiança superiores e inferiores

convergem para a economia de custos

PMPM que uma grande população

provavelmente reconheceria como

deste programa de doenças crônicas.

• Para o pequeno número de

participantes, a gama de medição

da economia PMPM pode ser

surpreendente — de tão elevado

quanto $35 PMPM para tão baixo

quanto - US$20 PMPM para tamanhos

de amostra de população na faixa de

1.000 a 2.000. Em outras palavras, uma

pequena empresa ou grupo sendo

atendida por este programa, poderia

mostrar impactos PMPM variando de -

US $20 a $35 apenas por um acaso.

• A curva inferior sobe gradualmente,

atravessando o $0 de economia

em uma população total de 15.000

membros/900 com a condição.

Alguém poderia argumentar que

para evitar mal direcionar os clientes

ou chegar à conclusão incorreta de

que não havia nenhuma redução de

custos ou até mesmo uma perda, uma

população do tamanho mínimo de

15.000 membros deve ser incluída nos

cálculos antes que os cálculos

de economia de custos PMPM sejam

feitos para este programa.

Em geral, este grande número

de participantes não está comumente

disponível em empresas pequenas

ou de tamanho modesto. Considere

que, em diabetes, onde a taxa

de prevalência é de cerca de 5

por cento, você precisaria de um

empregador com 50.000 funcionários

para identificar 2.500 diabéticos — um

número que, neste quadro, ainda está

em uma escala que caracteriza-se

pela ampla variação.

Idealmente, o proprietário

de um programa de gestão de

doenças crônicas iria calcular

o número de pessoas necessárias

em um programa para garantir

a significância estatística dos

resultados, um processo chamado

de um “cálculo de poder” (ou “Power

Calculation” pelos estatísticos), antes

de embarcar em um programa.

Isso iria prepará-los para o nível

de certeza que teriam mais tarde

ao estimar os resultados.

PHA considerou várias

recomendações alternativas como

possíveis soluções para avaliar

os resultados do programa para

pequenas empresas ou instituições.

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sAlternativa I – Mistura de resultados

(usando métodos padrões de

economia de custos médicos) para

a pequena população com resultados

da “Carteira de Negócios” ou a maior

população de referência.

Os defensores desta abordagem

observam que ela mistura os resultados

específicos do cliente com os resultados

de uma população de referência

maior, mais estável, mais de acordo

com a “carteira de negócios” que se

presume comparável, geralmente sem

a necessidade de ajuste de gravidade,

idade, sexo ou outros ajustes similares.

Além disso, esta abordagem parece

em conformidade com o padrão de

processos atuariais para o rateio de

prêmios, que misturam os prêmios

calculados computados por “Carteira

de Negócios” e a experiência de

pequeno grupo no cálculo do

rateio de prêmios que pesam mais

fortemente a carteira de clientes

em amostras de pequeno tamanho.

O “Coeficiente de credibilidade”

descreve a porcentagem relativa

dos dados do próprio cliente que são

misturados com a carteira de negócios

ou a taxa “manual”.

Finalmente, esta abordagem permite

que os resultados da pequena

população ainda sejam contabilizados

no resultado final, dando algum

sentido de contribuição às pequenas

populações realmente representadas.

Alternativa II - usar uma Carteira de

negócios, onde os resultados de uma

população maior de referência derivam

um fator que calcula a porcentagem do

total de custos médicos economizado

por membro que recebe um nível

significativo de apoio.

Presumivelmente, este nível de apoio

será definido e acordado por todas

as partes. O multiplicador assim

calculado será então multiplicado

pelo número de participantes para

estimar a economia de custos

médicos PMPM para indivíduos

recebendo o nível padronizado de

suporte usado para desenvolver a

estatística. Este resultado fornecerá

uma estimativa de economia para o

grupo que está sendo gerenciado.

No exemplo acima, a população

total no programa de gestão de

doenças crônicas parece economizar

cerca de US $5 por membro por mês

(PMPM). Se outro programa usando o

sistema idêntico matriculou apenas 50

pessoas, então a economia total seria

ainda os $5 PMPM vezes o número de

participantes inscritos.

Os defensores desta abordagem

constatarão que ela possibilita que

a atividade nível grupo e, talvez, os

dados de custo, sejam utilizados para

derivar a economia. Ela também

utiliza uma carteira de negócios mais

estável ou os resultados de uma maior

população de referência que tenha

uma validade estatística aprimorada.

Alternativa III - usando a Carteira

de Negócios ou resultados de

uma população maior de referência

para construir um modelo estatístico

que avalia todos os fatores que

geram economias.

Um exemplo aqui poderia ser um

modelo de regressão linear que

atribui pesos a cada uma das várias

intervenções do programa. Aplicar

coeficientes do modelo para um grupo

menor produz dados para calcular

estimativas de economia.

Os defensores desta abordagem

salientariam que ela permite

que informações do grupo sejam

utilizadas na derivação da economia.

Essa abordagem também utiliza a

carteira de negócios mais estável

ou os resultados de uma população

grande de referência e usa uma

ponderação matemática com base

no impacto medido nos condutores

da economia de custos médicos. Este

método também permite o uso de

outros estudos, como experimentos

conectados na literatura médica, que

são mais difusos e mais independentes

do que a associação empírica real.

Todas as três alternativas devem

claramente fornecer apenas estimativas

de economia projetada pelos programas

usados para calculá-las. Para total

transparência, é necessário aconselhar

os compradores ou empresas de

programas de gestão de doenças

crônicas em pequenas populações que

precisam de contabilidade de impacto

não é reconhecido para fins estatísticos,

mas que estimativas razoáveis podem ser

feitas e ajudam na projeção do impacto

do programa.

Em resumo, o principal motivo para

discutir os problemas com populações

pequenas nestas diretrizes é fornecer a

preocupação formalmente reconhecida

de que programas com pequeno número

de participantes têm sérias e substanciais

questões com a criação de resultados

imprecisos, se apenas técnicas simples de

cálculo da média são utilizadas. Embora

as questões não sejam insuperáveis e

algumas recomendações alternativas

acima possam ser usadas para estimar a

economia de uma forma que represente

uma validade matemática, o cálculo da

economia com várias casas decimais

tem pouco significado em populações

pequenas e uma consulta estatística

deve ser solicitada sempre que houver

incerteza em torno do curso de ação.

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s> CONSIDERAÇÕES PARA AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS MADUROS DE GESTÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS

Até este ponto, as considerações

metodológicas do PHA abordaram

os princípios de avaliação de um

programa para uma população

anteriormente não gerenciada ou

para uma população cujo período

não gerenciado era muito recente e,

portanto, permitiria comparação com

um período de tempo anterior à gestão.

Populações com programas mais

maduros – aquelas que estão sendo

gerenciadas por três ou mais anos, quer

por um fornecedor de programa único

quer por fornecedores de programas

múltiplos – podem apresentar desafios

peculiares de avaliação por uma

variedade de razões.

Para ajudar a ressaltar e se aprofundar

nestas razões, o grupo de trabalho de

avaliação de longo prazo da PHA

desenvolveu uma seção de perguntas

frequentes que analisa o tema em

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A AVALIAÇÃODE RESULTADO NAS POPULAÇÕES DE UMPROGRAMA MADURO

profundidade (próxima página). Além

disso, o grupo de trabalho incluiu um

gráfico para ilustrar as considerações

revistas na seção de “perguntas mais

frequentes”. O gráfico é um exemplo

simples, com base na experiência geral

em vez de na análise de dados, e

pretende ilustrar que uma intervenção

específica não dobra a tendência

continuamente, ano após ano.

Ao mesmo tempo em que o impacto

incremental de uma intervenção nivela,

há um benefício alcançado duradouro

e contínuo, já que a tendência

diminui em relação ao que seria sem

a intervenção. Diferentes intervenções

podem afetar a tendência esperada

de maneiras diferentes; as mudanças

inclinam em relação à agressividade

da intervenção de controle de custo.

Meu programa de gerenciamento tem estado em vigor há vários anos. Quantos

anos adiante uma tendência PMPM

base deve ser calculada? Existe

um limite?

Embora seja tecnicamente possível calcular a

tendência PMPM muitos anos à frente, há um limite

prático para o número de anos para o qual isso

faria sentido. Lembre-se que a intenção de uma

análise pré-pós é projetar o custo que teria sido

para esses membros, na ausência do programa.

Em um mundo ideal, a avaliação seria feita em um

período de tempo simultâneo, sem que o uso de

nenhuma tendência fosse necessário. A cada ano

que passa mais fatores de confusão são trazidos ao

jogo, o que pode ter um impacto sobre a eficácia

da aplicação de uma tendência derivada de vários

anos anteriores. Três anos é um limite comum e é um

ponto de corte razoável.

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sQuando um programa atinge

seu terceiro ano ou mais, faz sentido

medir impacto ano após ano? Qual deve ser

a expectativa, se o programa

é distribuído da mesma forma?

Uma vez que um programa tenha sido estabelecido

e esteja em vigor por um longo período de modo que

já não faça sentido comparar com uma base não

gerenciada, pode fazer sentido executar uma análise

de ano a ano para garantir que o programa ainda

mantém os níveis de desempenho prévios.

Se o programa foi considerado um sucesso, com um

retorno financeiro verificado, pode-se simplesmente

fazer a medição ano a ano deste ponto em diante.

O objetivo é manter o impacto sustentado. Se a

análise ano a ano é plana, isto pode significar que

a economia alcançada previamente ainda vale.

Os custos podem não ser progressivamente reduzidos

ano após ano, mas enquanto um membro identificável

PMPM não os faça aumentar novamente, os ganhos

do ano anterior ainda prevalecem. Colocando de

forma diferente, embora a tendência não esteja sendo

manipulada, o efeito da manipulação da tendência

dos anos anteriores ainda está em vigor, e assim as

tendências observadas são menores do que seriam

sem o programa.

Pode se considerar que um Programa Maduro

(em andamento por três ou mais anos) tenha sido

distribuído a uma população de uma maneira e que

continue a ser distribuído para a mesma população

geral de forma semelhante. Quando comparado um

ano gerenciado com o ano gerenciado seguinte,

nesse cenário, não se espera que o programa

entregue uma economia de custos incremental

ano após ano. Para conseguir uma economia bruta

incremental, algo adicional tem de ser feito.

Exemplos incluem:

• Mais condições gerenciadas;

• Maior nível de alcance/engajamento

dentro das condições gerenciadas;

• Intervenções adicionais.

Substituir um fornecedor de programa com a intenção

de ter “expectativas de ROI substanciais” pode ser

enveredar por um caminho perigoso. Substituir um

fornecedor faz sentido se:

• O fornecedor do programa atual falha

significantemente em funções operacionais básicas;

• O fornecedor do programa atual parece não

estar tendo impacto em nenhum ano – i.e.: não é

eficaz em domínios chave avaliados.

• O fornecedor substituto terá maior impacto que

o atual, ajustado para a quantia despendida.

Se o fornecedor do programa é ineficaz na tarefa

básica para a qual foi contratado, de fato faz sentido

alterar fornecedores do programa. No caso de falha

operacional significativa, tais como queixas

de membros, quebra de promessa, incompatibilidade

de cultura corporativa, etc., a mudança de parceiros

de negócios faz sentido a partir de uma variedade

de perspectivas, mas não necessariamente pode

melhorar o retorno sobre o investimento. Entretanto,

observe que pode haver uma diferença entre uma

função ineficaz do programa e a melhoria sustentada

vista em uma população, quando o programa está

funcionando primordialmente para extrair todos os

benefícios disponíveis da estratégia do programa.

Neste caso, mudar o paradigma de economia

com o mesmo fornecedor de programa pode ser

menos oneroso e continuar a melhorar a eficácia.

Exemplos de técnicas incluem alterações no design

do benefício, adição de biometrias, aumento da

participação do patrocinador corporativo através

da melhoria na comunicação, etc.

Simplesmente substituir um fornecedor de programa

com a esperança de que o retorno sobre o

investimento aumente; que o programa irá passar

por um “reset” e, de novo, mostrar retorno sobre o

investimento, é susceptível de ocorrer apenas se o

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snovo fornecedor de programa representa

as capacidades existentes e mais uma substancial

mudança paradigmática. Se o primeiro fornecedor

de programa foi eficaz ao longo de vários anos e o

segundo fornecedor de programa usa um modelo

semelhante, pode haver pouca mudança a ser

antecipada. Custos da troca, mudança de cultura

corporativa e o risco de alterar estratégias de negócio

no meio do caminho, todos contribuem para o custo

da substituição e devem ser considerados.

Se um programa é interrompido ou alterado, algum

mecanismo para monitorar a decadência do efeito

na ausência do programa deve ser continuado para

confirmar que foi feita uma escolha correta.

A resposta a esta pergunta depende de como

os resultados financeiros são definidos e em que

momento da evolução do programa eles estão sendo

considerados. Resultados financeiros em uma base

ano a ano podem mostrar pouca mudança e ainda

representam uma melhoria funcional primordial com

relação ao que teria ocorrido na ausência de um

programa. Resultados cumulativos estimados podem

ser bastante acentuados se a economia anual

permanecer em um nível constante ou imutável.

Análises temporais do desempenho financeiro do

programa devem ser incluídas nos cálculos simples

de ano a ano. Além disso, examinar um programa

a partir de uma perspectiva multidimensional

frequentemente irá fornecer pistas adicionais

do que não está funcionando ou do que tenha

cessado de ser eficaz. Examinar de perto as medidas

operacionais, os resultados clínicos, a gestão

da utilização e dos fatores intangíveis tais como

indicadores de qualidade de vida, é tão igualmente

importante para avaliar a eficácia do programa,

como é contabilizar os cálculos simples de impacto.

Se as melhorias forem alterações programáticas

generalizadas e o tempo transcorrido do período

de não intervenção é ainda relativamente curto,

o programa ainda poderia ser medido em relação

ao programa base. Isso presume que a natureza

da melhoria é tal que a mesma população é

gerenciada, como era pré-implantação. O desafio

será separar o aumento incremental da economia.

Uma abordagem seria ajustar o valor de

referência ROI para o período para refletir

o esperado aumento da economia, bem

como o aumento dos custos do programa.

Uma alternativa é que certos tipos de melhorias

possam ser medidos por métricas não-financeiras,

tais como conformidade clínica, aderência à

medicação ou outro processo ou resultados

de médio prazo.

Se a melhoria afeta apenas um determinado

segmento da população, poderia ser possível

determinar a economia incremental, comparando

a economia do ano em curso entre segmentos da

população com os resultados do ano anterior.

Qualquer economia incremental poderia, então,

ser comparada com os custos associados com o

programa aprimorado. Também poderia ser possível

planejar a fase de implementação de melhorias

do programa para que o segmento afetado da

população gerenciada possa ser diretamente

comparado com outro segmento não afetado.

Novamente, isso pode permitir que o impacto

incremental do aprimoramento seja calculado

como a diferença de economia PMPM entre

os dois segmentos

Se os resultados financeiros do programa são

planos, isso significa que o

programa não está fazendo o que

se pretendia que fizesse?

Se melhorias são feitas no

meu programa, medições ano a

ano fazem sentido? Que tipo de ROI

deve ser esperado?

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sA primeira pergunta a ser feita: Em que ponto

deixou de fazer sentido usar o ano base como

um controle histórico?

A metodologia de controle histórico pré-pós

endossado pelo PHA assume que o ano e a

população bases de medição são comparáveis

em termos de características de risco chave, tais

como idade, sexo, risco de saúde e prevalência da

doença. Na medida em que há uma quantidade

significativa de reviravoltas na população, as

características de risco podem mudar de tal forma

que a população base pode ser uma população

de comparação inadequada após um período

relativamente curto de tempo.

O fato é que quase todo ano base não representa

mais um grupo de comparação razoável após

três ou quatro anos, seja devido ao impacto

cumulativo na rotatividade de afiliações ou

a outros fatores de confusão.

Uma alternativa óbvia é “resetar” o ano base para

um período mais recente de intervenção. Nesse

cenário, é razoável esperar que qualquer garantia

de desempenho ROI seria reduzida para refletir a

economia previamente atingida no novo ano base.

A extensão da redução dessa garantia iria depender

do programa, da população coberta e do nível

histórico de economia. Na prática, esta situação não

é diferente da substituição integral de um programa

de gestão de cuidados existente, mas o impacto

muitas vezes pode ser desconsiderado.

Outra opção pode ser mudar para medidas

de desempenho alternativas, como manutenção

nos níveis de ativação de membros, conformidade

clínica ou aderência à medicação a longo prazo,

para segmentos continuados da população. Se

a população gerenciada é grande o suficiente,

Medições que são marcadores para vetores

de mudança financeira – medidas de utilização,

por exemplo – seguem a mesma trajetória que

os resultados para mudança financeira. Assim,

a diminuição de internações, visitas ao pronto

atendimento, etc., para uma determinada condição

vão aplainar ao longo do tempo, seguindo o mesmo

padrão da mudança financeira. Para medições

clínicas, as mudanças na adesão vão também

permanecer no mesmo patamar, mas o prazo pode

variar dependendo da taxa de adesão no ponto de

partida. Medições que começam com altos níveis

de aderência irão nivelar mais rapidamente do que

aqueles que começam com níveis moderados ou

baixos de aderência. Não há necessidade de mudar

a abordagem de medições clínicas, mas há mais

flexibilidade com elas ao longo do tempo. Quando

uma medida atinge a parte plana da curva, pode ser

substituída por outras medidas com baixos níveis de

aderência ou que representam os mais avançados

tipos de intervenções. Por exemplo, ao medir o

impacto do programa de diabetes, uma medição

inicial pode estar alcançando duas instâncias de

hemoglobina A1c durante um período de 12 meses.

Ao longo do tempo, esta medida poderia ser

substituída por uma medida do nível de controle

dos valores de hemoglobina A1c.

Como devemos avaliar um

programa de gestão de doenças

crônicas que está em vigor há tanto

tempo que a tendência de base não gerenciada já

não faz sentido?

E os resultados fora da área

financeira? Eles devem continuar

melhorando, ou eles aplainam

também? Precisamos

mensurá-los de forma diferente em

anos posteriores?

pode ser possível estimar a economia ano a ano em

segmentos da população definidos, usando métodos

estatísticos como regressão linear múltipla ou grupo

de controles comparados (cada um exigindo uma

população considerável). Em teoria, grupos de

comparação poderiam ser obtidos de populações

não intervindas, populações geridas passivamente

ou mesmo da experiência histórica do programa

em grupos comparáveis. Viés de seleção é uma

questão óbvia destas abordagens.

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sA gestão de casos, com a gestão intensa de

um pequeno grupo de pessoas com doenças

complexas, com alta frequência de eventos

catastróficos, dificilmente irá experimentar uma

nivelação na curva de economia financeira.

Os mesmos fatores de confusão existentes na

mensuração do impacto de qualquer programa

de gestão populacional foram notados com

relação às series de tempo e à necessidade

de se estabelecer uma base padrão.

A PHA reconhece que as partes interessadas

utilizam uma grande variedade de métodos e

de medidas para avaliar resultados financeiros.

Alguns destes métodos têm sua base na ciência

experimental e em estatísticas, alguns são empíricos

ou quase-experimentais e alguns são apenas

medidas convenientes escolhidas por simplicidade.

Encontrar um método mutuamente aceitável

para determinar resultados financeiros pode ser

desafiador para compradores e fornecedores de

programas e de serviços, na medida em que cada

parte pode ter diferentes visões nos trade-offs

entre adequação e aceitabilidade para diferentes

métodos de medição dos resultados. Para esta

finalidade, estes termos são usados como segue:

• Adequação: o método atinge um limiar de

precisão e de confiabilidade; consistente com os

mais rigorosos padrões de ciências experimentais,

bioestatísticas e epidemiológicas, ao lidar com

a variação randomizada, fatores de confusão,

regressão à média, viés e equivalência.

• Aceitabilidade: transparência adequada,

facilidade, simplicidade, praticidade e utilidade

do método para a finalidade para a qual

os resultados são desejados; os métodos

podem ser compreendidos e executados

por pequenos compradores, sem

consultores ou acadêmicos externos.

Essa preocupação é limitada apenas

a programas de gestão de

doenças crônicas ou se aplica a

outros programas também?

• Conjuntos de Medições

> AVALIAÇÃO FINANCEIRA

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esQualquer método padronizado para resultados financeiros que a PHA endosse

deve atender a este teste duplo de adequação e aceitabilidade para obter

ampla aceitação e adoção.

Há um único método que invariavelmente atende estes testes para todas as

possíveis partes interessadas, todas as populações e todas as circunstâncias?

Podemos definir as medidas e os métodos que são igualmente satisfatórios

para atuários, consultores, estatísticos, diretores financeiros, gerentes de

benefícios e diretores médicos?

A recomendação da PHA para medição dos resultados financeiros irá, na

maioria dos casos, satisfazer essa necessidade dupla para a maioria das partes

interessadas, populações e circunstâncias. Onde não satisfizer, a PHA entende

que as partes terão que acordar mutuamente sobre algum método alternativo

mais adequado para a situação particular em questão.

Para encontrar uma abordagem de resultados financeiros que combine

adequação e aceitabilidade em proporções balanceadas e que também seja

generalizável para a maioria dos cenários de gestão de crônicos, a meta da

PHA tem sido recomendar uma abordagem “meio do caminho” que pode ser

aceita pela maioria, senão por todas as partes interessadas.

Tanto o custo PMPM (aplicado sobre todas as vidas

cobertas) e o custo PMDPM (aplicado àqueles que

são elegíveis para o programa segundo o critério

de elegibilidade predefinido) devem ser usados para

representar as economias de custo da saúde brutas

e líquidas.

A PHA reconhece que o retorno sobre investimento

será inevitavelmente computado pelos tomadores

de decisão, mas esta não deveria ser a principal

métrica financeira para a avaliação do programa.

Por que economia de custos em oposição ao

retorno sobre investimento (ROI)?

Retorno sobre investimento descreve o tamanho do

retorno relativo ao investimento, mas não em termos

absolutos que facilitem comparações com resultados

financeiros:

Projeto com o mesmo retorno sobre investimento

pode ter economias totais muito diferentes.

Em dois projetos, um que tiver menor retorno sobre

investimento pode ter a maior economia total.

Da mesma forma que o uso do valor presente líquido

(VPL) versus a taxa interna de retorno (TIR) para

decisões de investimento de capital:

O retorno sobre investimento sofre dos mesmos

problemas na comparação de escolhas alternativas

de gestão de doenças crônicas que a TIR para

as decisões de investimento de capital.

Nem a TIR ou o ROI são confiáveis na seleção de

opções que maximizam o valor em todos os casos.

Economia total de custo, como o VPL, incorpora

todos os fluxos de caixa e produz um resultado

que pode ser comparado com outras opções.

Com economia, pode-se calcular “economia atual

líquida” para incorporar o valor dos custos no tempo

(como no VPL) se desejado.

A PHA recomenda resultados de custo

da saúde para a medição financeira

na avaliação de programas

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Duas das medições de admissão

mais comumente usadas são:

Taxa de admissão, por todas as causas,

para a população doente ou elegível.

Relativamente sensível para

os principais fatores de custo

impactados pelos programas

de gestão de crônicos.

Impacto das medições em

co-morbidades, bem como

condições primárias de interesse.

Não testa a precisão do algoritmo de

identificação para a população doente.

Taxa de admissão de pessoas

com condição específica para todos

os segurados ou a população coberta

(usando somente o diagnóstico principal).

Específico para um impacto

esperado do programa de gestão

de crônicos, mas insensível a possíveis

impactos de outros programas.

Não mede o impacto da gestão

de crônicos nas co-morbidades.

Sensível à mudança das condições

prevalentes, de modo que ajustes

da prevalência são requeridos.

Pode servir como teste de “ponta

a ponta” de identificação, alcance,

inscrições, engajamento, impacto,

retenção, etc.

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esÁlgebra simples ilustra o problema:

Custo de $1 milhão, economia bruta de $3 milhões

= economia líquida de $2 milhões, ROI de 3:1.

Custo de $10 milhões, economia bruta de $20 milhões

= economia líquida de $10 milhões, ROI de 2:1.

É preferível ter um ROI de 3:1 ou economias

adicionais de $8 milhões?

Economias podem ser depositadas no banco;

o ROI não pode.

Defensores do uso de dólares aprovados

preferem esta abordagem para neutralizar

diferenciais de benefício ao longo de diferentes

períodos de tempo; aqueles que preferem ver os

resultados financeiros expressos em dólares pagos

estão menos preocupados com as distorções do

benefício e mais sensíveis a usar o mesmo custo pago

que determina sua tendência de prêmios. Note que

se pode determinar o custo em dólares aprovados e

então multiplicar pela relação paga/aprovada para

aproximar dos dólares reais pagos.

Dentro da gestão de saúde

populacional, há um uso difundido

de medidas de utilização como

complemento às medições principais

de resultados financeiros para entender

e validar a economia do programa.

Medidas múltiplas de utilização

são usadas atualmente para esta

finalidade, com diferentes medidas

de utilização revelando diferentes

informações sobre o desempenho

do programa de gestão de crônicos.

Medições de admissão hospitalar

(tipicamente, taxa da admissão

expressa o número de hospitalizações

por mil membros por ano) e as

medições de ida a pronto atendimento

(tipicamente, taxa de visita a PA

expressa o número das visitas por mil

membros por ano) são as medidas

de utilização que mais diretamente

impactam os programas de gestão

de crônicos. Estas medidas, derivadas

dos eventos médicos, são apropriadas

para a comparação pré-pós, assim

como o acompanhamento ano a ano

para programas que vão além do ano

base, para complementar e corroborar

as medidas financeiras primordiais.

A PHA recomenda usar os dólares

aprovados e/ou pagos para

calcular as economias

reportadas na avaliação do

programa.

Como Medir Resultados de Custo da Saúde

continuação > MENSURAÇÃO DE UTILIZAÇÃO

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esOutras medidas de utilização que podem ser de interesse dos compradores e

fornecedores de programas de gestão de saúde populacional podem ser coletadas

e relatadas na opção e no acordo das partes. A tabela X, “Comparação das Vária

Medidas de Utilização”, elabora sobre muitas destas medidas.

As medições clínicas recomendadas

e discutidas neste relatório foram

desenvolvidas em colaboração com

o Comitê Nacional para a Garantia

da Qualidade (NCQA). Medições

estão categorizadas em conjuntos

de medidas Grupo I e Grupo II. As

métricas foram desenvolvidas para

cinco condições crônicas: diabetes,

insuficiência cardíaca, doença arterial

coronariana (DAC), asma e doença

pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Recomendações para o Grupo I

das medidas clínicas existentes

foram revisadas considerando

os seguintes critérios:

A medição aborda uma

falha importante no cuidado.

Programas poderiam

impactar a medição.

A medição tinha previamente sido

endossada ou era bastante utilizada

(ex. Foro Nacional da Qualidade

ou medições HEDIS).

> MENSURAÇÃO CLÍNICA

O desenvolvimento das medições

do Grupo I focou na adaptação

das medições para as quais havia

um consenso nacional sobre a

medição e sua especificação estivesse

disponível (ex. Teste e controle de LDL

para a doença arterial coronariana).

Embora esforços tenham sido feitos

para usar medições existentes “como

tais”, mudanças foram feitas para

adaptar a linguagem ou para definir

as fontes de dados que pudessem

ser amplamente aceitas na gestão

de saúde populacional. O Grupo

II inclui medições que estão em

amplo uso nos programas de gestão

de crônicos, mas para as quais um

consenso nacional ainda não está

disponível (ex. Auto monitoramento

da ingestão de sódio por pacientes

com problemas cardíacos).

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Mensuração do Grupo 1Asma

// Vacinação contra gripe

// Vacinação pneumocócica

// Identificação e aconselhamento

anti tabagismo

// Uso corrente de medicação

• Controlador de medicação

DPOC

// Vacinação contra gripe

// Vacinação pneumocócica

Identificação e aconselhamento

anti tabagismo

// Avaliação espirométrica

// Uso de medicação

• Broncodilatador

Insuficiência Cardíaca

// Vacinação contra gripe

// Vacinação pneumocócica

// Identificação e aconselhamento

anti tabagismo

// Persistência da medicação

• betabloqueadores

• ACE/ARB

• anticoagulantes (com FA

crônica ou paroxística)

Mensuração do Grupo 2Insuficiência Cardíaca

// Rastreamento da depressão

// Conhecimento/autoeficácia

// Dieta/gestão do peso

// Atividade física

// Autocuidado/ativação

// Coordenação de cuidados

// Monitoramento do consumo

de sódio

// Monitoramento da

sobrecarga volumétrica

// Uso de álcool

Doença Arterial Coronariana

// Rastreamento da depressão

// Conhecimento/autoeficácia

// Dieta/gestão do peso

// Atividade física

// Autocuidado /ativação

// Coordenação de cuidados

Asma

// Rastreamento da depressão

// Conhecimento/autoeficácia

// Autocuidado/ativação

// Presenteísmo/produtividade

// Uso de medicação (persistência)

// Plano de ação

Doença Arterial Coronariana

// Vacinação contra gripe

// Vacinação pneumocócica

// Identificação e aconselhamento

anti tabagismo

// Teste e controle de LDL

• teste anual

• LDL < 100; < 130

// Pressão arterial

• Pressão arterial < 140/90

// Persistência da medicação

• betabloqueadores

• ACE/ARB

• aspirina

Diabetes

// Vacinação contra gripe

// Vacinação pneumocócica

// Identificação e aconselhamento

anti tabagismo

// Uso diário da aspirina

// Teste e controle de LDL

• teste anual

• LDL < 100; < 130

// Teste e controle HbA1c

• Teste anual

• HbA1c < 7.0; > 9.0

// Pressão arterial

• Pressão arterial

< 130/80; < 140/90

// Exame oftalmológico

// Teste de nefropatia

DPOC

// Rastreamento da depressão

// Conhecimento/autoeficácia

// Autocuidado /ativação

// Presenteísmo/produtividade

// Técnica de inalação suficiente

Diabetes

// Rastreamento da depressão

// Conhecimento/autoeficácia

// Dieta/gestão do peso

// Atividade física

// Autocuidado /ativação

// Coordenação de cuidados

de nefropatia

Medições identificadas para

o conjunto do Grupo II não

têm especificações aceitas

nacionalmente. Como tal, duas

medições do grupo identificado

foram escolhidas para desenvolver

para o relatório do Volume 3. Estas

medições incluem o autocuidado

e a aderência à medicação.

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A PHA reconhece o papel crítico dos

indivíduos na gestão de sua saúde em

uma base diária. Dentro do contexto da

gestão de doenças crônicas – diabetes,

por exemplo – este papel se torna

mais complexo com a necessidade

diária de auto administrar e gerenciar

múltiplas medicações; auto monitorar

e gerenciar os níveis de açúcar no

sangue e responder apropriadamente;

implementar e seguir as recomendações

da dieta e incorporar comportamentos

de um estilo de vida saudável, tal como

o exercício diário. O autocuidado

bem-sucedida de uma doença crônica

pode reduzir a progressão da doença

e melhorar a qualidade de vida geral.

Programas de gestão de cuidados

crônicos, portanto, devem incorporar a

avaliação do autocontrole e educação

para aumentar a conscientização

e o cumprimento das diretrizes de

tratamento; facilitar as habilidades

de solução de problemas, apoiar e

motivar indivíduos a fazerem mudanças

comportamentais saudáveis e promover

comunicação aberta com provedores.

Esta seção inclui:

• Definição de autocontrole.

• Critérios para selecionar e priorizar

o Desenvolvimento de métricas

de autocontrole.

• Especificação de métricas para avaliar

o autocontrole tanto a nível indivíduo

quanto programa

> AUTOCONTROLE

A PHA define autocontrole como:

O autocontrole consiste de processos

e ações contínuos para gerenciar/

controlar a própria condição, com

o objetivo de melhorar os resultados

clínicos, o status de saúde e a

qualidade de vida.

Os componentes centrais do processo

de autocontrole incluem incorporar as

necessidades, as metas e experiências

de vida do indivíduo aos padrões

baseados em evidência.

Os objetivos das intervenções de

autocontrole são apoiar a tomada

de decisão informada, melhorar e

promover o uso de habilidades de auto

cuidado e comportamento e encorajar

a solução de problemas e colaboração

ativa entre participantes, familiares/

cuidadores e outros membros do time

de cuidados da saúde.

A avaliação da capacidade

de autocontrole de um

indivíduo depende de medições

comportamentais que incluem

a auto-eficácia; confiança na saúde

e prontidão para mudança;

conhecimento da condição

e de seu tratamento e habilidades

de auto cuidado requeridas para

gerenciar a condição.

Critérios para as Métricas

de Autocontrole

Métricas podem ser

influenciadas por um

programa de gestão

de crônicos.

Métricas avaliam uma

questão ou problema

que tenha um impacto

substantivo na coorte

do participante ao longo

do tempo.

Há uma base de

evidência para o projeto

ou seleção da métrica.

A métrica é

rotineiramente medida

ou é mensurável pelo

uso de uma ferramenta

ou método validado.

A informação resultante

é utilizável para avaliar

e refinar a intervenção

para levar a resultados

melhorados do paciente.

Métricas de Autocontrole

Foram identificadas oito possíveis métricas aplicáveis

ao desenvolvimento e implementação de programas

educativos de autocontrole em doenças.

Conhecimento da condição/alfabetização

em saúde.

Da condição/questão

Da solução/intervenção

Prontidão para mudança em comportamentos

aplicáveis (tanto genéricos como específicos da

condição). Os estágios do processo que indivíduos

podem passar para se engajar e para plena

adoção de comportamentos.

Autoeficácia (tanto genérica como específica).

Crenças individuais sobre a própria

habilidade de produzir efeitos desejados.

Estruturas relacionadas.

Confiança.

Controle percebido.

Uso de dispositivos e ferramentas desenhadas

para apoiar o autocontrole.

Presença de atividades colaborativas

de estabelecimento de metas.

Uso e conteúdo de avaliação das habilidades

de autocontrole do participante.

Presença de plano de ação individual projetado

para guiar o autocontrole.

Presença e frequência de uso de atividades

específicas de auto monitoramento (tanto

genéricas como específicas da condição).

7170 © Copyright - Todos os direitos reservados © Copyright - Todos os direitos reservados

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Co

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icoComitê Técnico

Fábio BoihagianAdministrador de empresas pela FAAP, São Paulo, SP - Finanças

e Marketing; Pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas de São

Paulo - em sistemas de saúde. Atua há 16 anos no mercado privado

de saúde. É diretor de operações e sócio da Axismed.

Pedro Oliveira Médico, Pós Graduação em Administração Hospitalar

e MBA de Gestão em Saúde, Diretor Médico da ePharma

Kylza Estrella Médica Geriatra; Diretora Técnica do Grupo Santa Celina; Mestrado

em Sistemas Complementares de Saúde pela Univ. de Exeter -

Inglaterra; Doutorado em Saúde Coletiva no Instituto de medicina

social/UERJ; Atuou por 10 anos no Grupo Amil; Atuou como Gerente

da ANS; Atuou como consultora do Ministério da Saúde.

Graciá Fragalá Assistente Social, com MBA em Gestão de Negócios e Pessoas

pela FIA - Fundação Instituto de Administração. Executiva na área

de Segurança no Trabalho, atuou por mais de 20 anos em Gestão

de Saúde do Trabalhador no Grupo Telefônica. Foi responsável

pela integração dos processos de Segurança do Trabalho e

pelo reposicionamento estratégico da Segurança do Trabalho.

Atualmente, é Consultora Técnica para a Telefônica|VIVO.

Gustavo Loubet GuimarãesMédico Infectologista, Especialização - Faculdade de Medicina

da USP, pós graduação em Administração Hospitalar e Sistemas

de Saúde - FGV, Diretor Técnico da Funcional, responsável pelo

desenvolvimento, implantação e gerenciamento dos programas

para pacientes com doenças crônicas. Professor do MBA de Gestão

de Saúde da Business School São Paulo.

Neusa PellizzerFisioterapeuta pela PUPHAmp., Gerontóloga pela USP, especialização

em administração pela FGV-PROAHSA. Foi membro da Câmara

Técnica de Gestão de Crônicos da UNIDAS. Responde pelo

Departamento de Promoção à Saúde da ABET (Associação

Brasileira dos Empregados em Telecomunicações).

Ana CláudiaMédica com especialização em Endocrinologia, doutorado

em Medicina pela UNIFESP e MBA pelo IBMEC-SP. Especialista em

Gestão de Qualidade de Vida (QV) pela FIA-USP, com experiência

em Prevenção e Promoção da Saúde. Professora responsável pela

Disciplina de Prevenção de Doenças Crônicas de MBA do Centro

Universitário São Camilo.

Jurandir Luiz BrainerMédico, Gastroenterologista, especialista em Clínica Médica, MBA

em gestão com ênfase em saúde, gestor do FLQBEM da Interne

Soluções em Saúde (setor responsável por promoção de saúde,

prevenção de doenças e gerenciamento de pacientes crônicos).

Líder

73Copyright - Todos os direitos reservados72 Copyright - Todos os direitos reservados

Co

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Claudio TaflaMédico, residência em Clinica Médica pela PUC-SP, com

especialização em urgência e emergência, ATLS e ACLS (FMUSP),

Saúde Pública em Harvard, Empreendedorismo em Babson, MBA

em Gestão de Saúde e Serviços, professor de MBA da ABRAMGE –

São Camilo. Atualmente na Superintendencia Médica da Allianz Saúde.

Elizabeth Christiane Vignol GutierrezÉ a gerente responsável pelo Saúde Ativa, como é conhecida a Área

de Medicina Preventiva da SulAmérica. Enfermeira formada pela

Universidade de São Paulo desde 1982 , especializada em Promoção

da Saúde pela mesma Universidade em 2004 e com MBA em

Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas em 2009. Trabalha

atualmente na Área de Planejamento Estratégico da Cia.

Mahiti GodoyEnfermeira, sócia executiva da empresa Gestor Saúde, pós em centro

cirúrgico, administração hospitalar, economia em saúde, MBA de

gestão de pessoas. Atuou por 8 anos em áreas assistenciais no Hospital

das Clinicas, a frente da Gestor Saúde. Presta serviços há 7 anos na

ProCare Saúde,à frente dos programas de Gestão de risco à Saúde.

Maristela Duarte RodriguesSuperintendente da Área de Gestão do Benefício Empresarial.

Médica, com formação em Medicina do Trabalho pela UNIRIO e Pós

Graduação em Geriatria e Gerontologia pela UnATI – UERJ. Trabalha

com gestão de saúde na Saúde Suplementar desde 2004.

Carlos SuslikDiretor da PwC Brasil para a Indústria de Saúde, nas áreas de

consultoria, M&A e PPP. Bacharel em Medicina e Doutor em

Radiologia, ambos pela Universidade de São Paulo, Pós graduado

(MBA) em Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas.

Ex Professor e Coordenador do MBA em Gestão de Saúde HIAE – Insper.

João Deoni M OliveiraEconomista com especialização em Gestão Estratégica Corporativa

- IBMEC/RJ. Atua há 10 anos na gestão administrativa da saúde

populacional. Administrador de Saúde da empresa Whirpool

Latin America.

Gentil Jorge Alves JuniorMédico formado pela Universidade Federal de São Paulo

Especialização em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo

Fellow em Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de Miami

- Flórida - EUA; MBA Executivo pelo IBEMEC SP; Superintendente

Médico - responsável pelos programas de Gestão de Saúde

Populacional - Sul America

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Fisc

al d

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SAP

Paulo Marcos Senra Souza (Presidente)

Fábio de Souza Abreu (Vice-Presidente)

Michel Daud Filho (Secretário)

Demais Membros do Conselho DiretorMaurício da Silva Lopes

Luiz Carlos Silveira Monteiro

Pedro Onofrio

José Antonio Diniz de Oliveira

Ana Elisa Álvares Corrêa

Mauro Figueiredo

Suplentes do Conselho DiretorCaio Seixas Soares

Carlos Pappini Jr.Fernando FernandesRegina de Arruda Mello Blanco

Suplentes do Conselho FiscalFábio João Hansen

Antonio Pedro de Oliveira

André Carvalho de Mendonça Correa Gibrail

Conselho Diretorda ASAP

Conselho Fiscal

Com experiência e

grande capacitação em Gestão

de Saúde Populacional nos Estados

Unidos, a Population Health Alliance , é um

exemplo de profissionalismo, ética e transparência

na disseminação do assunto. O Conselho Diretor da

ASAP sente-se honrado em compartilhar experiências e

conhecimentos com nossa contraparte norte-americana.

Por meio dessa cooperação, possibilitamos ao Brasil

e aos Estados Unidos acesso às melhores metodologias

e práticas de GSP. Nosso muito obrigado à PHA,

um parceiro presente, valioso e de confiança!

Apoio Internacional

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Associados

[email protected] | www.gruposantacelina.com.br