24
BRASiLITERÁRIO Ficção Científica: O que devemos fazer para escrever uma boa história! Mande Já: Mande já seu artigo, ele poderá estar aqui na próxima edição! Edição 2- Outubro

A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A única revista literária onde o leitor pode ser também colunista! Veja!

Citation preview

Page 1: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

BRASiLITERÁRIO

Ficção Científica:O que devemos fazerpara escrever uma boa história!

Mande Já:Mande já seu artigo,ele poderá estaraqui na próxima edição!

Edição 2- Outubro

Page 2: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário
Page 3: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário
Page 4: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Dez anos haviam se passado des-de a morte do presidente naquela fatídi-ca tarde de quinta-feira. Mesmo após tanto tempo a polícia ainda não tinha pistas sobre quem havia matado o pres-idente. Desde aquele fato, muita coisa mudara no nosso país. Os inimigos do presidente, que até então se intitulavam aliados, tomaram o poder e a corrupção começou a reinar. As pessoas que iam contra as ideias de governo desapareci-am misteriosamente e eram encontra-dos esquartejados semanas depois.

O caos era o principal tema em que a cidade vestia, o que fez povo protestar. Enquanto alguns protestavam de um lado, muitos roubavam de outro, o que alarmou o patamar do roubo que estes governantes nos sobmetia.

Era um quebra-quebra daqui, um quebra-quebra pra lá... Gangues, in-clusive, chegaram a matar vereadores, senadores e deputados para botar medo nos governantes. Mas parecia que nada adiantava. Como já disse alguém uma vez, “A violência gera mais violência”. Ou até mesmo “O crime fortalece o crime”. Nestes dias vivi isso arrisca.

Eu havia me tornado um agente policial. Um detetive. A morte do pres-idente havia me abalado. Outro motivo também fora à morte de meu pai. Ele envolveu-se contra o governo e acabou desaparecendo. O choque fora muito grande. O trabalho era difícil. Conforme avançávamos a cada nova investigação, outros casos de assassinatos aconteci-am, e era cada vez mais difícil liga-los ao governo. Aqueles assassinos e ladrões, realmente pareciam profissionais em sua arte da discórdia e do caos. O Departamento de Investigação de Crimes, ou apenas DIC, era onde eu e mais umas quinze pessoas de altíssimo nível trabalhávamos. O trabalho era difí-cil, pois os policiais não mais trabalhara em resolver as coisas, e prender meli-antes, este agora era um trabalho para um detetive, para um homem que pode constatar o fato do assassinato ter sido daquela forma. Policiais só servira ape-nas como escolta para senadores e pes-soas do poder, ou seja, se mantinham do lado deles. O crime do presidente estava a mais de dez anos no departamento, mas ninguém achou nenhuma solução ainda. Sempre me matinha sentado e minha mesa que se situava no centro de uma sala grande, com acondicionados, diversas mesas como a minha, de ma-deira com uma coloração esbranquiça-da. O teto era todo fechado por um teto artificial, para que o calor não se alas-trasse para o ambiente, o chão sempre bem limpo. Havia muitos amigos lá, mas não amigos que eu podia confiar.

Minha chefe, uma mulher com uns quarenta e poucos anos, alta, com cabelos escuros, muito bonita por sinal e com um corpo de botar inveja a toda garotinha de dezoito, se aproximou de mim com aquele olhar penetrante, e com aqueles olhos castanhos vibrantes. — Ainda trabalhando no caso do Palanque? — Perguntou minha chefe. — Eu ainda não consigo decifrar isso, sabe? Ao mesmo tempo em que está tudo tão perto, tudo está tão distan-te... Eu não consigo achar a solução... — Desista. Acho que a gente nun-ca vai achar a solução... — “Nunca desista”. É uma das coisas que aprendemos ao nos graduar-mos, não é mesmo? — Você ainda é um moleque. Olha como fala com seus superiores.Soltei uma pequena risada e voltei a tra-balhar.Bianca pegava no pé, mas era legal. E uma das agentes mais competentes de toda a corporação.Pegar quem matou o presidente tor-nou-se quase impossível. Praticamente tudo muda em meses, imagine em dez anos. O enigma que rodava em torno do assassino do presidente tornava tudo mais difícil. Quem era? Quem mandou matar? Quantos estavam envolvidos? Muitas perguntas e nenhuma resposta. E acho que talvez houvesse possibili-dade de nunca chegarmos aos culpados. Mas, a cada passo que dávamos em falso, algo de novo chegava para a gente. Tínhamos a suspeita de que o as-sassino ainda trabalhava no Governo, para manter o controle. E que, acima de tudo, tinha um cargo alto. A partir daí, nossa lista de sus-peitos diminuía. No entanto, não poderíamos ata-car diretamente, se não, o plano não daria certo. Estávamos em uma fria. E eu ia começar a agir.

“A Morte SobeO Palanque”.2º Capítulo.

Page 5: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

3 artigos enviados

pelasleitoras

VaneBarrosJoice

Passose Mariana

Gomes!

Page 6: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Ensaio sobre Barroco- época das crises religiosas

e dualidades. Por Vanessa Barros.

Surgiu em uma época de crises religiosas. Em meio ao enfraquecimento da Igreja Católica, o Barroco veio renovar a doutrina e os valores da religião para o povo europeu. A igreja se via preocupada com Reforma protestante iniciada por Lutero e depois divulgada por outros como Calvino. Diante disso, o Concílio de Trento (1545-1563) convocado pelo Papa Paulo III para asse-gurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica, instau-rou uma grande reformulação no catolicismo, fazendo com que a autoridade e a disciplina da Igreja fossem reafirmadas com força. Nos Estados protestantes, havia condições favoráveis à liberdade de pensamento e a inovações científicas do Renascimento. Já nos Estados católicos a Contra-refor-ma reprimia as manifestações culturais e artísticas que pudessem contrariar a Igreja, que precisava de algo que reinflamasse a fé dos cristãos a fim de fazê-los perceber que estavam abandonando a “Deus” e que, Ele se encontrava triste e insatisfeito diante dos peca-dores que lhe davam as costas. Após o Concílio de Trento, criou-se o Índex (índice dos livros perdidos) que censurava os livros que pregavam doutrinas contrárias ou diferentes da doutri-na católica. A Inquisição que se estabeleceu na Es-panha a partir de 1480 e em Portugal a partir de 1536, ameaçava cada vez mais a liberdade de pensamento e o clima geral era de repressão e de medo. A Inquisição passa a ter julgamentos de qualquer pessoa que fosse contra os princípios cristãos ou da Igreja dominante da época. A tentativa de conciliar o espiritualismo medieval e o humanismo renascentista resultou em uma disputa entre forças opostas: o teocentrismo e o antropocen-trismo. Nesse contexto nasce e se desenvolve o Barro-co, movimento artístico e literário que se estende do séc. XVII até meados do séc. XVIII, aproximadamente.

Contrariamente à arte do Renascimento, que pre-gava o predomínio da razão sobre os sentimentos, no Barroco há grande exaltação de emoções e a religiosi-dade é expressa de forma teatral, dramática e intensa. Essas características podemos notar em obras como a igreja de Santa Engrácia em Lisboa, a Catedral de Santiago de Compostela e a igreja de Santa Cruz em Braga, todas construídas em Portugal. As imagens de anjos e santas com rostos agonizantes olhando para o céu. A arte procura envolver emocionalmente as pes-soas a fim de tocá-las interiormente. De certa forma, é uma retomada do Espírito religioso e místico da Idade Média, aquela relação de respeito ao Deus, centro de tudo. É o ressurgimento da visão teocêntrica do mundo em meio a arte barroca. Todo esse rebuscamento na arte é reflexo do dilema do ser renascentista: o conflito entre o terreno e o celestial, entre o homem e Deus (Antropocentrismo X Teocentrismo), o pecado e o per-dão, a religiosidade medieval e o paganismo proposto pelo Renascimento, o material e o espiritual, que tan-to atormenta o homem do século XVII. As produções artísticas assumem, assim, uma tendência moralista diante da época. Na arte barroca, a imagem do Cristo é sofredo-ra. Um Cristo que agoniza diante dos pecadores. E o homem por sua vez, tenta conciliar a glória e a superi-oridade do humano proposta pelo Renascimento com as idéias de submissão e pequenez diante de Deus e da Igreja Católica. Há uma culpa, uma confusão e passam a exist-ir várias dualidades. O homem se torna dividido entre o Renascimento que diz que o humano é o centro de tudo e o Teocentrismo que prega que Deus é centro de todas as coisas. O ser humano fica entre céu e ter-ra, consciente de sua grandeza, mas também de sua pequenez.

Page 7: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Se vê perseguido pela ideia do pecado e busca a salvação de forma angustiada. É uma tentativa desesper-adora de conciliação das ideias an-tagônicas: bem e mal, Deus e diabo, céu e terra, pureza e pecado, luz e trev-as, alegria e tristeza e principalmente espírito e carne. Essa última talvez seja a mais interessante do ponto de vista do Barroco. A questão do espírito X a carne transformou-se em uma das dualidades mais inquietantes para o homem barroco. De um lado o espírito, a parte mais sublime do ser, que não é destruído quando o ser morre, eterno e mais próximo da Divindade. E do out-ro a carne, fonte de todos os pecados, mas também de todos os prazeres. A visão religiosa fazia com que a angús-tia em relação a isso se tornasse um dos principais motivos para o homem não se afastar de Deus, da Igreja e da disciplina imposta pela mesma. E em meio a essa confusão de mente, corpo e espírito há um crescente sentimen-to de pessimismo sobre a vida, e tudo lembra ao humano a ideia do senti-do vago da existência e da morte. Se tudo causa destruição e desgraça pelo pecado, todos estariam condenados e nada teriam que fazer para buscar a salvação. “Então, o que é certo diante do Criador?” Essa pergunta atormentava as mentes dos homens do Barroco. É im-portante lembrar que o tema central do Barroco que desenvolve todas essas dualidades se dá pela antítese entre a vida e a morte.

Por isso o homem barroco os-cila entre a renúncia e a alegria dos prazeres da vida. Quando pensa nos castigos de Deus, foge, se atormenta pelos pecados e procura apoio em sua fé. E quando essa fé se torna insufici-ente, a atração pelos prazeres que a vida pode oferecer cresce e o desejo por eles aumenta. É como um jogo do certo e do errado. Em meio a esse contraste, surgiu a ex-pressão latina do Carpe diem, que sig-nifica “aproveita o dia (presente)”. Ela se tornou um dos temas frequentes do Barroco. Era uma forma de escape das tormentas que as dualidades causavam na época. O Carpe diem, era um tema que vinha da antiguidade, mas no Bar-roco ele ganhou nova versão. Ele foi desenvolvido de forma angustiada pela influência da religião e era uma tenta-tiva de fundir os opostos, as antíteses. Se tornou um modo de conciliar o que no fundo é inconciliável: a razão e a fé, a carne e o espírito, a vida carnal e a vida espiritual. A maneira mais fácil de fugir e não se culpar, nem culpar a Deus por não perdoar os pecados. As pessoas que estavam seguindo o Carpe diem, viviam o presente e só. Era a forma de desprender-se um pouco da angústia que o Barroco influenciou no homem que viveu do séc. XVII até meados do séc. XVIII.

Ensaio sobre Barroco- época das crises religiosas

e dualidades. Por Vanessa Barros.

Page 8: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

É complicado para alguns leitores responder-em qual seu tipo de livro favorito, boa parte deles ama praticamente todos os tipos, sejam eles de fantasia a autoajuda, eu por exemplo sou esse tipo de leitora, do mesmo modo que pode você me encontrar viajando pela Terra Média lendo O Senhor dos Anéis, você pode me encontrar em prantos lendo A culpa é das Estrelas ou algum dos emocionantes romances de Nicholas Sparks, não esquecendo que talvez me encontre ar-rancando os cabelos para tentar descobrir o assassino de algum livro da Ághata Christie. Nos últimos três anos foi fácil perceber a enorme quantidade de filmes lançados, que foram baseados em filmes. Com o sucesso das sagas como Harry Pot-ter e Crepúsculo, as produtoras viram nesse mercado uma forma de faturamento alto. Com o término dessas sagas, essas produtoras começaram a lançar filmes para tentar buscar o seu público, Percy Jackson foi uma das primeiras tentativas mas o primeiro filme foi um fiasco e sofreu sérias críticas sobre sua adaptação, o segundo filme conseguiu mudar um pouco a histórias mas saga continua sofrendo várias críticas. Outro com uma história diferente foi Jogos Vorazes, o filme foi um enorme sucesso de bilheteria terá a continuação lança-da em novembro. O tão amado A garota que roubava livros também ganhará os cinemas no ano de 2014,as-sim como Divergente e O Hobbit, o primeiro filme da trilogia 50 tons de cinza também esta cotado pra fazer parte dessa série de lançamentos. Outros como A cul-pa é das Estrelas e Fallen também estão sendo prepa-rados para ir para as telonas.

Não vamos esquecer de falar sobre os filmes lançados em 2013, começamos com A Hospedeira que não teve o rendimento esperado, temos Percy Jack-son e o Mar de Monstros, que apesar das críticas teve uma ótima bilheteria confirmando assim sua continu-ação, Os Instrumentos Mortais também foi lançado e não teve grande bilheteria assim como A Hospedeira. Meu namorado é um Zumbi entra na lista dos que con-seguiram boa renda. Mesmo com todos esses lançamentos, nenhuma saga conseguiu mover legiões de fãs como Harry Pot-ter e Crepúsculo, o que deixa uma pergunta básica, será que que haverá uma adaptação tão forte como essas? Bom o jeito é esperar!!

Tipos de livros e Adaptações Literárias no Cinemaros.

Por Joice Passos.

Page 9: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Resenha do livro “Eu Sou o Mensageiro” de Markus Zusak.

Artigo por Mariana Gomes.

Provavelmente você conheça o autor indicado no título do post. Isso mesmo: Markus Zusak, o mes-mo autor do best-seller “A menina que roubava livros” nos apresenta uma história incrível, divertida e mui-to agradável de ler. O protagonista dessa vez é o fracassado Ed Kenne-dy, com 19 anos, é taxista, péssimo em relacionamentos amorosos e que vive na companhia de um cão velho e fedorento. Mas tudo muda quan-do ele impede um assalto a banco e logo em seguida começa a receber cartas anônimas com “missões”. É aí que Ed se envolve numa jornada para desvendar sua tarefa de acordo com cada carta recebida.

Tendo como centro um protag-onista que faz o tipo anti-herói, o livro envolve do começo ao fim o leitor. O fato de Zusak usar acontecimentos rotineiros, como uma simples car-ta de baralho e transformar em algo tão magnífico é o que pode encantar. Sem falar na incrível lição passada no fim do livro, você pode começar a ler o livro com um pensamento e acaba tendo um outro no final.

O livro é narrado em primeira pessoa e isso pode agradar bastan-te, ver o ponto de vista do Ed e sa-ber o que se passava em sua men-te a respeito de toda aquela loucura foi maravilhoso (aposto que o Ed não gostaria que eu usasse essa pala-vra, rs). Além disso, preciso destacar as personagens, que com suas par-ticularidades, tornaram o livro ainda mais próximo do leitor, cada uma com seus dilemas. A obra é diferente de “A Menina que Roubava Livros”, mas no mesmo nível de escrita e excelência. Numa mistura de humor, suspense e drama, esse livro se tornou um dos meus favoritos e é simplesmente uma leitura indispensável para os bibliófi-los. Termino essa resenha com a sensação de que essa foi a minha melhor leitura do ano até agora. Eu simplesmente achava que nada que o autor escrevesse iria conseguir su-perar “A Menina que Roubava Livros”, mas esse livro me provou justamente o contrário. Fiquei muito satisfeita, pra quem leu ou não algum livro do autor, é claro que eu recomendo! Essa resenha foi original-mente postada no blog “Biblioteca de Resenhas” (http://biblioteca-de-re-senhas.blogspot.com.br/2013/06/eu-sou-o-mensageiro-markus-zusak.html).

Page 10: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

A série da Sony, Un-charted, foi adaptada em um Livro pelas mãos de Christo-pher Golden, autor de muitos Best Sellers ineditos no Brasil que soube impecavelmente passar a história dos jogos do PlayStation 3 para um enredo de prender a atenção nas pá-ginas de um livro. A história de Uncharted - O Quarto Labirin-to começa quando Luka Hzu-jak, um perito em labirintos mitológicos, é assassinado misteriosamente, seu melhor amigo Victor Sullivan recorre à Nathan “Nate” Drake e a fil-ha de Sullivan, Jade, para in-vestigar. Eles logo vão desco-brir pistas no diário de bordo de Luka que levarão a labirin-tos extremamente perigosos e a uma aventura imperdível.

#3 -Uncharted

Assassin’s Creed é outra série que teve adap-tação em livros. Até o mo-mento, foram lançados cinco: Renascença, Irman-dade, A Cruzada Secreta, Revelações e Renegado, todos adaptados por Oli-ver Bowden e publidados no Brasil pela Editora Gal-era Record. Diferente dos jogos, a série de livros re-trata apenas a aventura de Ezio e sua vingança contra o governo corrup-to. Os livros seguem uma sequência e não contam totalmente a história do jogo, contando apenas com alguns eventos dos mesmos.

#1-Assassins Creed

Livros baseadosem jogos!

#2-Diablo 3

A série de computador da Blizzard também teve uma adaptação em livro feita por Nate Kenyon. A ambientação da história de Diablo III - A Ordem se passa entre os jogos da história e com o livro, mui-tas duvidas são esclareci-das. O livro trás uma nar-rativa muito bem fluída e mesmo aqueles que não conhecem o universo da série de jogos pode se pegar imerso nos detalhes do livro e conhecendo mui-to bem os personagens.

Page 11: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

A série “Battlefield” é um sucesso indiscutível. Por isso, também tem uma adaptação em livro. “Bat-tlefield 3 - O Russo” foi es-crito por um ex-militar, e por isso, trás detalhes im-pecáveis sobre o ambiente de guerra da história. Trás o conflito entre russos e os protagonistas, e a história vai se desenrolando de forma fantástica, tornan-do-a uma das melhores adaptações já feitas.

#4 -Battlefield 3

#5 - Worldof Warcraft

E mais um jogo da desenvolvedora Blizzard entra nessa lista. O mun-do dos jogos também fora adaptado diversas vezes em uma coleção de liv-ros e futuros lançamentos aumentarão ainda mais a coleção. A história dos liv-ros se assemelham muito a da série de computador iniciada em 1994, então, quem já jogou e/ou con-hece a série, não terá mui-ta dificuldade em entend-er e pegar a essência da história.

#6 - Resident Evil

A série da Capcom de Survival Horror, além de filmes, também conseguiu adaptação em livros. No en-tanto, esse fato surpreende muita gente, já que o livro não é tão famoso no Brasil por ter somente o seu pri-meiro livro lançado e, mesmo assim, sem tanto alarde. Dif-erente dos filmes, o enredo dos livros segue quase que fielmente a história dos jogos. Eles contam detalhes sobre personagens e esclarece al-gumas duvidas deixadas pe-los jogos. Atualmente existe um livro para cada título da série lançado para o videog-ame.

Page 12: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Uma das franquias mais famosas da Sony não poderia passar desperce-bida por aqui. Mais uma ve, o livro trás as aventu-ras de Kratos confrontan-do os deuses do Olimpo. A história segue a risca a história dos jogos, utilizan-do elementos da Mitolo-gia Grega, já frequente na série, e toques suaves de outras mitologias.

#7 - GodOf War

E mais uma vez na lista, um jogo da Blizzard. Desta vez, oito livros (mais dois em produção) foram adaptados do enredo dos jogos. A história dos livros é fiel à história espacial dos jogos e mantêm a credi-bilidade da franquia, que continua sendo um dos jo-gos de computador mais vendidos e populares do mundo, especialmente na Coréia do Sul, onde mui-tos campeonatos são or-ganizados e transmitidos ao vivo pela TV.

#8 -Starcraft

#9 - SuperMario Bros

It’s-a Me! Mario! Um dos personagens de vid-eogame mais famosos de todos os tempos também tem um livro lançado. “Nos Bastidores da Nintendo” trás a história de como o encanador bigodudo e sua turma salvaram a Ninten-do muitas vezes das cri-ses que a grande empresa passou e também como a série foi fundamental para empurrar a empresa no mundo competitivo dos videogames.

Page 13: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Para que possamos escrever uma ótima obra de ficção cientifica, devemos ter a lógica em primeiro lu-gar, mas, o que é lógica? O conceito de lógica é você perceber o que acontece sempre igual, o que segue um ritmo. Por que sabemos que a gravidade existe? Porque se soltarmos algo, cairá, isso é uma lógica. Por exemplo, Sócrates é um homem, e homens morrem, por tanto, seguindo a lógica, Sócrates também morrerá, pelo fato de já ter-mos visto vários homens morrerem. Agora que sabemos o que é lógica, como a co-locaremos em nossos textos? Através de pesquisas. Isaac Asimov, o pai da robótica, com certeza teve de estudar um pouco sobre alguns assuntos para que ele pudesse escrever sua obra. É através de pesquisas, que a lógica central de sua ficção cientifica fica mais rica, pois podemos notar vertentes de nosso cotidiano em histórias completamente futuristas. A ficção cientifica não pode ter ideias sobrenatu-rais, devido a ciência ser a força regente dessa obra, e com isso, a ciência não lida com o sobrenatural, e sim com o natural, mesmo o natural sendo completa-mente louco.

Agora, isso não significa que vampiros ou lobi-somens não poderiam existir em um mundo de ficção cientifica. Em diversas histórias há um vírus que aca-ba controlando o ser humano, daí, de uma forma nat-ural, um zumbi foi criado. Ou seja, mesmo que a ideia seja louca, a ficção cientifica deve ser natural. Um autor brasileiro que escreve ficção cientifica em inglês, JM daSilva, adora seres sobrenaturais, mas não gostava que o vir do nada tivesse em sua obra, daí, ele criou algo que pudesse transformar o sobrenatural em natural, ou seja, algo criado por laboratório, por exemplo. A lógica, a pesquisa e o natural, pode te levar a escrever uma ótima obra. Siga essas regras e veja a diferença!

Ficção Cientifica:O que devemos fazer

para escrever uma boa história.

Page 14: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Fomos bombardeados de livros interessantes este ano, mas o ano ain-da não acabou, e com isso o turbilhão de novas publicações também não. Estes são os lançamentos para o mês de novembro de dois mil e trezes!

EVE.

Eve da escritora Anna Carey, que passou sua vida em Nova York. Eve tem um enredo apocalíptico. Um vírus mortal dizima a população mundial, e com isso, o mundo fica um lugar muito perigoso, onde uma garota chamada “Eve” de dezoito anos de idades passa sua vida dentro de uma escola só para meninas órfãs. Eve nunca foi além do perímetro fortimente vigiado da escola. Eve acaba descubrindo o que poderá acontecer com ela se continuar vivendo lá. Devido isso ela foge e deixa a único lugar que ela poderia chamar de lar para trás. Eve sai em uma lon-ga e perigosa viagem em busca de um lugar que ela possa sobreviver. Ao longo do caminho ela encontra Arden, seu ex-rival de escola, um menino áspero e rebelde. Ela de-veria teme-lo, mas aos poucos ela acaba confiando em Arden. E ele promete protegê-la, porém quando os soldados começam a caça-los, Eve deve escolher entre o verda-deiro amor e sua vida. Este artigo foi tirado a própria página da autora na www.amazon.com.

The Vampire Diaries: Stefan’s Diaries volume 3

The Vampire Diaries: Stefan’s Diaries volume 3 da autora norte Americana L. J. Smith. Após Shefan ser traído pelo irmão Damon Salva-tore, Stafan recomeça em Manhat-tan. Ele jura nunca mais prejudicar outro ser humano, com isso, ele per-ambula pelas sombras do caos da cidade. Quando Stafan pensa que deixou seu passado para trás, ele descobre que não pode escapar de seu irmão. Damon, mesmo Stefan e ele não se gostando, Damon tem planos. Juntos, eles levam o levam Nova York ao caos, o que os faz en-trar nas páginas de sociedade, fa-zendo um grande inimigo resurgir! Este artigo foi tirado a própria página da autora na WWW.amazon.com.

FlashForward

FlashForward do autor canadense Robert J. Sawyer. Do nada, todos perdem a consciência por dois minutos. Aviões despen-cam dos céus, milhões de acidentes acontecem e milhares de pessoas morrem. E quando todos acordam, as pessoas devem viver com o con-hecimento do que está por vir. E tudo se baseia em descobrir o que ocorreu com todas as pessoas. Flashforward foi um livro gan-hador do Nébula, o principal prêmio de ficção científica do mundo. E se tornou um seriado de TV produzido pela HBO que teve dois anos de du-ração, de dois mil e nove até dois mil e dez. Este artigo foi tirado da pági-na do autor na WWW.amazon.com e imdb.com.br

Page 15: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Assassins Creed: Black Flag: O livro se passa na época dourada da pirataria, onde a ganân-cia, a corrupção e a ambição su-pera todas as lealdades e um jovem capitão, Edward Kenway, está fa-zendo fazendo seu nome como um dos maiores piratas do seu tempo.Na nova história de Assassins Creed: Black Flag, poderemos descobrir a história de como Edward, um jovem corsário, tornou-se um dos piratas mais poderosos do mundo e foi le-vado para muitas batalhas entre os Templários e os Assassinos. Este artigo foi tirado do site WWW.saraiva.com.br.

Teardrop: O primeiro livro da série Tear-drop, que se tornou o bestseller da New York Times , autor da série Fallen. Teardrop é uma saga de ro-mance , segredos devastadores e magia negra, em um mundo onde tudo que você tem, pode ser tirado. “Nunca, jamais chorar”, essa foi a frase que Eureka Boudreaux ouvia de sua mãe. Mas agora sua mãe está desaparecido, e em todos os lugares, Eureka vai estar para encontrá-la. Ander , o alto e pálido garoto loiro , diz a Eureka que ela está em grave perigo. Mas Ander não sabe o segre-do mais obscuro de Eureka. Desde que sua mãe se afogou em um ac-idente, Eureka desejava estar mor-ta, também. E com isso, ela ganha uma herança, um velho livro e um medalhão. Neste livro há um conto assombroso sobre uma garota que teve seu coração partido e chorou todo um continente. Eureka está prestes a descobrir que o conto antigo é mais do que uma história e que Ander pode estar dizendo a verdade, e sua vida tem correntes muito mais escuros do que ela ja-mais imaginou. Este artigo foi tirado do site www.amazon.com.

Dawn of the Aspects: Incerteza assola antigos guardiões de Azeroth como eles lu-tam para encontrar um novo propósi-to. Este dilema atingiu Kalecgos , caçula do ex- Aspectos do dragão, especialmente duros. Tendo per-dido seus grandes poderes, como pode ele ou qualquer um de sua es-pécie , ainda fazer uma diferença no mundo? A resposta está no passado distante, quando animais selvagens chamados proto- dragões domina-vam os céus, devido ao controle de um misterioso artefato encontrado perto do coração de Northrend.Em suas formas mais primitivas, os futuros protetores de Azeroth deve estar unida contra Galakrond , uma criatura sedenta de sangue que ameaça a existência de sua raça. Mas estes meros proto-dragões poderiam enfrentam um adversário tão horrível sozinho, ou precisariam de uma força externa para ajudá-los? As descobertas de Kalecgos irá mudar tudo o que sabe sobre os eventos que levaram à Dawn dos aspectos. Este artigo foi tirado do site WWW.amazon.com.

Page 16: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Clockwork Princess:

Uma rede de sombras começa a apertar em torno dos Caçadores de Sombras do Instituto de Londres. Mortmain planeja usar seu Infernal Devices, um exército de autôma-tos impiedoso, para destruir os Caçadores de Sombras. Ele preci-sa de apenas um último item para completar seu plano, o Tessa Gray. Charlotte Branwell , chefe do Instituto de Londres, está deses-perada para encontrar Mortmain antes que ele comece atacar. Mas quando Mortmain rapta Tessa, Jem e Will, irão fazer de tudo para salvá-la. Pois, embora Tessa e Jem este-jam agora empenhados a completar o último item, Will está muito mais, por ser apaixonado por Tessa.Mas Tessa percebe que a única pes-soa que pode salvá-la é ela mesma. Mas uma única menina pode co-mandar um exército sozinha? Perigo e traição, segredos e encantamento, e os fios emaranha-dos de amor e perda se entrelaçam com os Caçadores de Sombras que são empurrados para a beira da de-struição no último livro da saga The Infernal Devices. Este artigo foi tirado do site WWW.amazon.com.

Size 12 and Ready to Rock:

Size 12 and Ready to Rock é uma misteriosa comédia. Heather tem em suas mãos uma estrela pop e sua equipe de filmagem invadindo o dormitório, trazendo com eles um acampamento de verão cheio de adoração adolescente. Há romance, traição, alegria, caos e música para todos os apreciadores.

Gregor and the Code of Claw:

Todos no Mundo Subterrâneo se esforçam para manter a Profecia do Tempo de Gregor. Gregor sus-peitava ter dito algo horrível, mas ele nunca imaginou o quão terrível. Ele chama para a morte do guerreiro. Agora, com um exército de ratos se aproximando e sua mãe e irmã ain-da em Regalia, Gregor, o guerreiro deve reunir toda a sua coragem para ajudar a defender Regalia e se casa de sua família em segurança. Toda a existência do Subterrâneo está nas mãos de Gregor, eo tempo está se esgotando. Existe um códi-go para ser quebrada, um misteri-oso novo princesa, florescente lado escuro de Gregor, e uma guerra para acabar com todas as guerras.

Page 17: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

10 Curiosidades Sobre

1- Há aproximadamente três mil bruxos em toda inglaterra!

2- Há dez diferentes espécies de dragões no mundo de Harry Potter.

3- Harry Potter faz aniversário no mesmo dia, só que em anos diferentes da autora J. K Rowling.

4- A atriz que fez a Murta que Geme em Harry Potter, tinha seus trinta e sete anos de idade, o que a coloca como a pessoa mais velha estudante de Hogwarts.

5- Apenas Alan Rickman, o ator que interpre-tou o Professor Snape, sabia o destino de seu per-sonagem antes do lançamento de “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, pois Rowling disse a ele.

6- Ao contrário da crença popular, o ‘t’ no final do nome “Voldemort” é silenciosa. O nome vem da palavra francesa que significa “vôo da morte”.

7- Durante todos os filmes de Harry Potter, seis atores enterpretaram Voldemort.

8- Mais de 400 milhões de livros do brucho em mais 67 línguas foram vendidos em todo o mundo a partir de 2008.

9- J K. Rowling é a primeira pessoa a ficar bil-ionária sendo escritora.

10- Quarenta versões do famoso medalhão de Salazar Slytherin teve que ser criada para acomodar Harry e tentativas frustradas de Ron para destruí-la durante as filmagens.

Page 18: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Participe do Sorteio para ganharo Box Jogos Vorazes maiso Kit de Livros Legend e Prodigy!Você precisa de mandar um e-mailpara [email protected] dizendo por que você deve ganhare curtir a página da RevistaBrasiliterário no Facebook!Participe já!

Page 19: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

FEBRE DELIRANTE:POR VANESSA BARROS.

Ele estava insano, quieto, mudo, estático em sua cama. Olhou para um lado, olhou para o outro. Não conseguia entender o motivo pelo qual ela teria o abandonado. Só, estava só, seu maior medo era estar só. E isso o deixava vulnerável, mas nem sequer tinha coragem de admitir aquela situação. Pensava no que faria, como seria seu mundinho sem ela, lembrava como era mara-vilhoso se alegrar ao ouvir sua linda voz cantando todas as manhãs. E ele batia no peito e recon-hecia sua pobre humanidade:- A culpa é minha, como pude deixá-la ir, tenho medo da solidão.Chorou até se anestesiar. Via sua imagem distorcida no espelho. Não sabia se era sonho ou realidade. Se estava sonhando ou pensava que estava sonhando. Estava enganado de sua própria existência.

Estava vivo? O sangue corria em suas veias? O desespero inva-dia aquele ser. Corria pelos degraus da casa vazia. Não ouvia vozes, não ouvia passos, não sentia nada. Só via sombras. Sombras, sombras dos móveis. Onde estaria ela agora, pensava ele. Há tanto tempo estava mergulhado na tristeza. Atormenta-va-se lentamente. Tomou uma de-cisão e disse para si mesmo: — Vou procurá-la. Onde andará ela, razão de mim mesmo. Refletiu, parou diante do espelho e disse: — Pobre Madalena, minha Ma-dalena abandonou-me. Irei acabar com essa dor. Matarei o que não me deixa viver. Pobre Madalena irá morrer... Traiu-me, deixou-me joga-do a solidão e a morte para os dois será a solução.

O que estava pensando? Nada importava mais. Ele abriu a úl-tima gaveta do guarda-roupa, pux-ou a arma guardada ali e sem pen-sar novamente, saiu daquela casa vazia. Quando saiu, seus olhos est-ranharam a luz do sol. Nem mesmo chegou a colocar os pés na metade da rua, viu Madalena, a bela Ma-dalena. Pensou em chamá-la para conversar e então executar seu pla-no, e assim o fez.— Como adivinhou que eu já es-tava vindo para casa querido? Deix-ei você por muito tempo só. Estava muito preocupada. — Disse ela.— Sei o quanto você estava preocu-pada, imagino. Tanto tempo esperei Madalena.— Meu amor, não demorei tanto assim! Eu tinha que esperar a en-comenda.— Sei... a encomenda. — É, você ainda está com febre, está delirando amor! Você sonhou com o quê? Eu fui à farmá-cia da esquina buscar o seu remé-dio. Faz menos de 15 minutos que saí de casa. Meu querido, você está bem?Não era verdade, ela não me aban-donou! Só foi um pesadelo, eu não estou só! Foi tudo ilusão. Mas o que foi realidade mesmo? — Confuso, ele pensava. — Vamos querido, você sempre fica estranho quando está com febre alta. Vamos, agora você não está sozinho. — Será mesmo que não estou soz-inho? Não sei se é delírio ou reali-dade. Vou tentar acreditar em você. — Dizia ele com a arma escondida por trás das costas.

Participante do Concurso

Page 20: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Chovia naquela manhã cinzen-ta e fria de dezembro. Ele se lembrava muito bem, era uma terça feira. Seus ol-hos castanhos, enevoados pelo luto, se haviam fixado no nome entalhado na lápide. O funeral tivera seu fim poucos momentos antes e as pessoas, munidas de guarda-chuvas negros, se afastavam em direção à saída do imenso cemitério. Com uma sensação de torpor a percor-rê-lo, ele recebeu os pêsames de cada um que o cercou, na tentativa débil de amenizar um pouco o sofrimento de sua perda. Parentes, amigos, colegas ou ape-nas curiosos, ele não reparou em nen-hum daqueles rostos familiares. Parecia alheio a tudo, era como se não estivesse acontecendo com ele.

Quando as pessoas se foram, a solidão confortou-o melhor do que to-dos aquelas manifestações de solidarie-dade, que o obrigavam a murmurar um “obrigado” quase maquinal. Ficou sozinho com sua dor e seus pensa-mentos. Olhou ao redor e viu as lápid-es, blocos frios de mármore e concreto que marcavam o fim de diversas vidas humanas. Mais uma vez olhou para o túmulo daquele que lhe dera a vida vinte anos atrás. Subitamente fechou o guarda-chuvas, permitindo que as frias gotas que despencavam das nuvens se misturassem às lágrimas quentes que escorriam pelo seu rosto, fazendo com que seus olhos ardessem. Quem sabe a chuva lavasse de sua alma toda a agonia que se apoderara dele? Morte: implacável, inesperada, traiçoeira, impiedosa. Eis a única cer-teza da vida, e mesmo assim nunca es-tamos devidamente preparados para enfrentá-la. Nossa morte é certa; todo o resto é mera especulação. Constantemente ele se surpreen-dia evitando pensar nela, mas isso não impediu que ela o separasse de alguém a quem amava. Ela podia se apresentar de várias formas. Dessa vez fora câncer, provavelmente o mal do século. Desco-berta tardia, sintomas agravados, trata-mento iniciado às pressas que, infeliz-mente não tivera tempo de surtir o efeito desejado. E lá se fora seu pai. Simples assim; sem conversa, sem negociações, sem misericórdia nem protestos. A vida seguira seu curso inalterável. E a morte também. Aquele a quem amava morrera para esta vida terrena, mas nascera para a eterna.

Enxugou os olhos vermelhos com as costas das mãos e lembrou-se das pa-lavras do sacerdote, pouco antes que se descesse o caixão à cova. “Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.” Morrer para esta vida era nascer para a próxima, sem dor, nem tristeza, nem ag-onia, e nem preocupações. - Meu pai não morreu- balbuciou para si, confortado pela própria voz. - Ele vive em mim, na minha memória, em minhas atitudes. A morte não tem poder para destruir nosso amor. Essa certeza reduziu a dor e lhe renovou a esperança. Muitas pessoas ve-riam aquela lápide, leriam aquele epitá-fio, talvez se inclinassem e fizessem uma oração. Porém, o que elas não sabiam, é que o pai daquele jovem não se en-contrava ali. Estava vivo e presente em cada conquista de seu filho, em cada ol-har, em cada boa ação, em cada vez que o rapaz se ajoelhasse para orar. Seu pai estaria em cada lágrima vertida, seja de alegria ou tristeza. Estaria no vento que tocava seu rosto, no ar que ele respira-va e nas pessoas que ele amava. Estar-ia em cada raio de sol que o aquecesse, em cada abraço, em cada sorriso. Isso se daria porque a matéria, ainda que finita, não importa quando duas almas estão realmente conectadas. Ele então se vi-rou e começou a caminhar com passos lentos em direção à saída. Tinha muito o que fazer, muito a con-struir. Queria ter boas notícias para contar quando um dia se reencontras-sem. Queria honrar a memória daquele que partira desejando que ele vivesse intensamente cada segundo como se fosse o último. Notou que já não sofria, paz e alívio se apoderavam dele. Naque-la manhã sepultara apenas a tristeza e a dor da ausência. Seu pai não ficara naquela cova; ao contrário, partia com ele mais vivo do nunca, dentro de seu coração.

“Mera matéria”.Conto por Danilo Alex.

Em memória de Pacífico dos Santos.

Participante do Concurso

Page 21: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Não havia nada para ser ouvido além do motor velho e sem manutenção. O ônibus estava vazio, exceto por um casal apaixona-do e um cara que dormia. A cidade estava escura, talvez por ainda ser madrugada, e os postes de luz âmbar eram poucos. Have-ria trabalho a ser feito naquele dia – muito, aliás – e as horas de sono perdidas fariam falta. O ônibus passou por um parque, en-chendo o ar com cheiro de eucalipto e or-valho. Era bom, revigorante, algo distante da metrópole cosmopolita. Mas a paz não durou muito, um grupo de amigos voltando da balada apareceu. Eles gritavam e riam, e a algazarra ensurdecedora perdurou por um bom tempo. O dia seguinte seria bem longo pelo que aquela primeira hora demonstrava. Um suspiro não pôde ser evitado. Sua cama foi ainda mais desejada e o cansaço que estivera anestesiado despertou. No fundo, queria estar como eles, se divertindo, mas esse luxo lhe era negado. Sua vida naquele momento era feita só para trabalhar. E não havia reclamações.

“ÔNIBUS”Por

Deborah Zanette.

A luz incendiava a atmosfera como mágica. Ela esperou, só para ter certeza de que não sonhava com as cores vibrantes e doidas. Não que ela detestasse, pelo con-trário! Deixava-a viva, pulsante. A música também a enlouquecia, deixava-a com um desejo enlouquecedor de se mexer. Ela res-pirou fundo e quis que aquela vontade nunca passasse. Sem saber por que, ela riu, como se fosse algo novo, uma nova descober-ta. Ela amou, se entregou de corpo e alma àquela vida nunca antes vivida. Tudo era feito para ser descoberto, e ela queria sa-ber sobre tudo, conhecer a fundo seu novo universo. Entretanto, não havia mágica que a dopasse tempo suficiente para tirá-la de sua dor. Nenhuma. Ela despertou de sua alucinação e olhou em volta, sabendo de an-temão que as paredes descascadas do seu apartamento não traziam alento. Ela desa-marrou o elástico do braço e guardou-o em seu kit. Seu precioso estojo de vida foi devid-amente escondido no fundo da gaveta, mais uma vez. Pronto para outra alucinação.

“Kit”Por

Deborah Zanette.

Três contosde Deborah Zannette!

Não chovia quando ela abriu a janela pela manhã, mas a laje úmida da casa da frente dizia que a noite fora tempestuosa. Sua habitação era pequena, apenas uma kitchnet nos fundos do quintal. A única pais-agem que via era o muro preto do vizinho, uma caixa-d’água azul piscina e a fatídica laje. Já quando olhava pela porta, via um corredor que ia ficando menor conforme o portão da rua se aproximava. Seu univer-so afunilava. Mas ela não se incomodava, pois aquela paisagem era transitória. Ela não pretendia ficar muito mais tempo pressa àquela jaula. Aquele não era seu lar, muito menos sua casa; era seu casulo, algo para ser abandonado quando virasse borboleta. Se é que ela um dia pudesse se tornar algo assim. Ela se olhou no espelho e não gostou do que viu. Estava com olheiras, marcas de mais uma noite insone. Suspirou. Nesse mo-mento, seu gato saiu do meio das cobertas e foi se roçar entre suas canelas. Ela pegou o gordo animal e o abraçou, jurando para si que tudo mudaria. Era só ter fé.

“A Laje”Por

Deborah Zanette.

Participante do Concurso

Page 22: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Entrei em contato com a nova escritora Jhana Fioravante, ela me tratou realmente bem, e começamos a conversar e daí saiu esta entrevista. Que começou com eu perguntando quais eram os autores favoritos dela. “Bom, meus autores favoritos são maior parte mulheres entre elas se encontram Cassandra clare, Lauren Kate, Becca Fitzpatrick, Alexandra Adornetto, Mag Cabot e acho que só li um livro de autor homem que foi o livro “O Reecontro” eu já já lembro o nome dele pra te rsrsrs, porque eu acho que a mulher de modo geral tem uma sensibilidade de tratar os assun-tos mais diversos sem ser exagerada e sem muita ver-gonha digamos assim, mas de modo geral leio livros escritos por mulheres, nada contra homens mas as mulheres mandam o/ rsrsrs.”. Achei enteressante a forma que ela retratava o seu apreço por literatura mais feminina, o que gerou a segunda pergunta, que foi de onde ela tirava suas inspirações para escrever. “Assim, uma vez eu li numa pesquisa logo quan-do comecei a querer escrever que “você tem que es-crever sobre aquilo que você gosta, e conhece muito bem” e bom foi ai que me deu aquele estalo de escrev-er sobre anjos, nefelins e seres sobrenaturais rsrs mas claro eu faço sempre uma boa pesquisa sobre esses assuntos, pra trazer pra mais perto da realidade ash-istorias do livro e de cada personagem, porque se eu não adequar isso de um jeito que não fique bagunça-do e natural, as coisas desandam e fica uma merda, com perdão da palavra.”.

Continuei a conversa com a terceira pergunta. Estava realmente muito interessado no modo em que ela colocava suas ideias, e fiquei com uma dúvida e perguntei o que a família dela achava por ela querer ser escritora. “ai eu venho de uma família bem grande, tenho 5 irmãs rsrsrs ai assim, eu sou a filha do meio e minhas irmãs mais velhas não ligaram muito quando eu fa-lei que queria escrever, mas ai a Jacke a segunda mais velha leu os primeiros capítulos do original e surtou total e disse que não parecia q tinha sido eu que tinha escrito rsrsrs, ai ela contou pros meus pais logo depois de eu terminar o original, e meu pai gostou bastante de saber pq ele escrevia poesias pra minha mãe quan-do mais novo, minha mãe sempre me apoiou bastante também.”. E terminei com a nossa entrevista perguntando o que ela mudaria em nossa humanidade. “nossa eu mudaria tanta coisa... é difícil falar, porque se eu fosse fazer uma lista acho que no topo estaria a mentira, porque tipo eu sempre tive sérios problemas com isso, porque a mentira muitas vezes tem o efeito pior do que o de uma bomba nuclear de-pendendo que de quem ela vai afetar e assim muitas vezes a gente vê no jornal, o quanto ela nos afeta di-retamente ou indiretamente, principalmente na área política.”. Se quiser ser entrevistado pela Revista, entre em contato e mostre sua obra para o mundo!

Entrevistacom a nova escritora

Jhana Fioravante.

Page 23: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

Entrei em contato com a nova escritora Amanda Cristina, e através do chat do Face-book, comecei a entrevista perguntando quais eram seus autores favoritos. E sua resposta foi imediata. “George Martin, Douglas Adams, Giorgio Faletti. Tem vários outros, mas esses são memo-ráveis pra mim.”. Concordei com ela. E perguntei de onde ela tirava inspiração para escrever seus textos. “Da sociedade e seus problemas. Dos po-dres que eu vejo pela janela do ônibus. Da falta de sensibilidade, de compaixão, da crueldade.”. Começamos a conversar um pouco sobre outros assuntos, até que a terceira pergunta foi feita. Estava curioso em saber o que a família dela achava de ela querer se tornar uma grande escritora. “Besteira. Eles dizem que a escrita deve ser hobbi e não profissão. Mas convenhamos, no Brasil nenhum escritor se sustenta só com livros.”.

Mudamos um pouco de assunto e a quarta pergunta foi feita. Gostaria de saber o que ela mudaria na humanidade. “Sou suspeita pra falar, mas eu proibiria o consumo de carne. Sou vegetariana. O que os bois comem hoje daria pra alimentar boa parte da África.”. Achei realmente profundo o que ela falava que a vertente de seus pensamentos realmente era de uma vontade de fazer o bem. E a fiz a últi-ma pergunta. Se você pudesse moldar o mundo em cima de um enredo de livro, como seria. “Ele ficaria tecnológico, mas consciente. Imagine um planeta preservado, com carros flu-tuadores. Imagine também sociedades iguais, sem pobreza e sem riqueza, onde todo mundo tem o corpo quer ter e como quer ter. Utópico, mas é um desejo.”. Realmente foi um bate-papo revigorante com ela. Você, escritor, também quer ser entrev-istado, entre em contato e mostre por que você deve estar aqui na revista! Obrigado.

Entrevistacom a nova escritora

Amanda Cristina.

Page 24: A Segunda Edição da Revista Literária Brasiliterário

É fácil escrever? É fácil colocar tudo para fora? Quem poderá publicar suas obras? Estas são uma das maiores perguntas que os novos escritores se fazem todos os dias. Vamos começar pela primeira pergunta. É fácil escrever? Para alguns, sim, mas para muitos, não. A escrita ela está em todo lugar, em um livro que você está lendo agora, nas legendas que passam em sua TV quando há um filme legendado, ou em um outdoor de publi-cidade em uma estrada. Podemos notar que em cada uma dessas artes textuais, houve um tem-po para que estas fossem criadas. Uma legenda demora muito mais para ser feita, do que o próprio filme demora em ser assistido. Um livro demora muito menos para ser lido, do que para ser es-crito, e um outdoor demora muito mais para ser feito, do que para lê-lo. O que podemos constatar? Que a escrita, não é fácil. Para que possamos responder a pergunta de numero um, a pergunta de número dois deve ser esclarecida tam-bém. É fácil colocar tudo para fora? É fácil colocar suas ideias textuais para fora em forma de turbilhoes de pala-vras? Creio que para alguns, sim. Ex-perimente fazer algo. Fique com muita raiva e utilize este sent. A emoção tem um grande poder sobre as obras textu-ais. Pois para que o leitor possa se sentir dentro daquela história, tudo deve estar encharcado de emoção. A emoção é um grande ingrediente, talvez o principal ingrediente para que as vendas de seu livro decolem.

Experimente subir em um palco, onde há milhares de pessoas, e recite um poema de sua autoria, porém, de uma forma não emocionante. As milhares de pessoas não irão gostar de você ali. Agora, experimente pegar aquele poema e nele depositar toda sua carga emocional. Você poderá sair de lá aplaudido. Escrever é fácil quando a emoção está regendo a obra, mas uma emoção lógica, onde a clare-za dos fatos e do entendimento para o leitor esteja em palta. E escrever também é fácil, você só precisa exercitar isso. Leia um livro e analise a emoção que o escritor está impondo na obra, daí tire a sua própria emoção, a sua própria vertente emocional. Mas, após conseguir escrever, colocar tudo para fora, para onde você deve levar seu livro? Creio que para uma editora analisar. Mas, e se uma editora analisar e disser que seu livro não será publicado, você irá desistir? Creio que a resposta de muitos será “Sim”. Mas, será que vale realmente a pena publicar em uma editora? Será que vale a pena gastar todos eu dinheirinho suado em uma editora? Os Estados Unidos hoje vive a maior revolução editoral já ocorrida desde que as editoras foram criadas. Mas agora, por quê? Não há escritores? Creio que a resposta não seja essa. Escritores há até de mais! Mas, então por que as editoras norte-americanas estão falindo? Atualmente com a Amazon, os autores passaram a se autopublicarem. Sem editora nenhuma, só ele e a cara e a coragem. Mui-tos contratam agentes literário e promotores literários, o que pode parar uma ótima, mas cada vez mais as editoras estão perdendo posição. Altas taxas para publicação, um padrão abusivo de se trabalhar, está acaban-do com estas editoras. Muitas das editoras que existem deixam o autor com apenas dez porcento dos direitos de sua obra, enquanto ela fica com quarenta e a livraria fica com cinquenta, isso realmente é um roubo. Os americanos mostram cada vez mais que a autopublicação é a onde do futuro, e a maior empresa de livros do mundo, a Amazon, in-veste alto nisso. Por que você também não in-veste sua obra lá? Contrate um agente literário e um promotor para cuidar de suas vendas e de sua vida como autor, e apenas se preocupe em escrever.

As dificuldadespara novosescritores!