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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ECONÔMICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO EVERALDO MARQUES CENCI A UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE NÍVEIS DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA DE CONTROLE ECONÔMICO E FINANCEIRO SINOP - MT 2006

A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E

ECONÔMICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

EVERALDO MARQUES CENCI

A UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE NÍVEIS DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA DE CONTROLE

ECONÔMICO E FINANCEIRO

SINOP - MT 2006

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EVERALDO MARQUES CENCI

A UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE NÍVEIS DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA DE CONTROLE

ECONÔMICO E FINANCEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Banca Avaliadora do departamento de Administração – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Profª Arlete Redivo

SINOP - MT 2006

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EVERALDO MARQUES CENCI

A UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE NÍVEIS DE ESTOQUE COMO FERRAMENTA DE CONTROLE

ECONÔMICO E FINANCEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Banca Avaliadora do

departamento de Administração – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop

como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovado em 27 de maio de 2006.

____________________________

Profª Orientadora: Arlete Redivo

Departamento de Administração UNEMAT – Campus Universitário de Sinop

____________________________________

Prof. Avaliador: Gildete Evangelista da Silva

Departamento de Administração UNEMAT – Campus Universitário de Sinop

____________________________________

Prof. Avaliador: Norival Ricardo Cazarin

Departamento de Administração UNEMAT – Campus Universitário de Sinop

__________________________________

Natalicio Pereira Lacerda

Chefe do Departamento de Administração UNEMAT – Campus Universitário de Sinop

SINOP – MT 2006

Page 4: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

Dedico este trabalho como forma de homenagem aos meus pais Ires e Rosa (in memoriam) que

tanto apoio e incentivo me deram em vida.

Page 5: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela vida.

Também um agradecimento especial à minha orientadora

Professora Arlete Redivo sempre atenciosa, obrigado pelo

auxílio.

E, a todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente

para a elaboração deste trabalho.

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RESUMO

CENCI, Everaldo Marques. A utilização dos indicadores de níveis de estoque como ferramenta de controle econômico e financeiro. 2006. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado em Administração de Empresas) - Universidade do Estado De Mato Grosso. Instituto de Administração, Ciências Contábeis e Econômicas. Campus Universitário de Sinop.

Na presente monografia, propôs-se um estudo de caso na empresa: Isa Rolamentos e Peças Ltda, em Sorriso-MT, no departamento de controle de estoque, e teve como objetivo geral: demonstrar a utilização dos indicadores de níveis de estoque como ferramentas de controle econômico e financeiro. Para um melhor entendimento se fez necessário descrever a forma de controle e registro de estoques utilizados pela empresa; identificar o modelo de previsão de estoque utilizado e por último fazer uma análise das movimentações de estoque utilizando-se indicadores de níveis de estoque. Como objeto do estudo utilizou-se uma amostragem de doze (12) produtos, onde foram levantadas as movimentações de entrada e de saída, e seus respectivos tipos, ocorridas no período compreendido de 01/09/2004 a 31/08/2005. Como problemática do trabalho questionou-se se, o modelo atual utilizado para controle dos níveis de estoque contribui eficientemente para o equilíbrio econômico e financeiro da organização. Optou-se para o estudo de caso o método de pesquisa-diagnóstico, com isso detectaram-se algumas deficiências e apontaram-se possíveis sugestões. A pesquisa e coleta de dados foram efetuadas durante o estudo de caso. A análise e interpretação das informações foram realizadas de forma qualitativa e quantitativa, com apresentação de gráficos, tabelas, quadros e os dados coletados de forma descritiva. Constatou-se que a utilização dos indicadores de níveis de estoque contribui para o equilíbrio econômico e financeiro e ainda, que somente com a implantação de melhorias, no atual modelo de controle de estoque a organização atingirá uma eficiência e eficácia maior. Palavras-chave: controle, eficiência, eficácia, indicadores, equilíbrio, demanda.

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ABSTRACT

CENCI, Everaldo Marques. The use of the pointers of supply levels as tool of economic and financial control. 2006. 67f. Paper of Conclusion of Course (Graduation in Bachelorship in Business administration) - University of the State Of Mato Grosso. Institute of Administration, Accounting and Economic Sciences. University campus of Sinop. In the present monograph, a case study in the company was proposed: Isa Rolamentos and Peças Ltda, in Sorriso-MT, in the department of supply control, and had as objective generality: demonstrate the use of the pointers of supply levels as tools of economic and financial control. For a better understanding it has been made necessary to describe the form of control and register of supplies used by the company; identify the model of forecast of used supply and finally to make an analyzes of the movements of supply using supply levels indicators. As object of the study a sampling of twelve (12) products was used, where were raised the movements occurred during the period from 09/01/2004 to 08/31/2005, as much the movements of entrance as of exit of products and the respective types of movements. As problematic of the work it was questioned if, the current model used for control of the supply levels contributes efficiently for the economic and financial balance of the organization. The research-diagnosis method was opted for the case study, with this it detected some deficiencies and it pointed possible suggestions. The research and collects of data was effected during the case study. The analysis and interpretation of the information had been carried through in qualitative and quantitative form, with presentation of graphs, tables, pictures and the collected data of descriptive form. One evidenced that the use of the pointers of supply levels still contributes for the economic and financial balance and, that only with the implantation of improvements, in the current model of supply control the organization will reach an efficiency and bigger effectiveness. Key Words: control, efficiency, effectiveness, pointers, balance, demand.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Gráfico do estoque médio .........................................................................28

Figura 2 - Gráfico do resumo das entradas e saídas – em quantidades ...................42

Figura 3 - Gráfico do resumo das entradas e saídas – em valores de custo.............43

Figura 4 - Gráfico curva ABC - em valores de venda ................................................54

Figura 5 - Gráfico curva ABC - em rotatividade .........................................................55

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Cálculo de estoque de segurança ...........................................................23

Tabela 2 – Percentuais na classificação ABC ...........................................................30

Tabela 3 – Inventário do estoque realizado em 01/09/2005 ......................................39

Tabela 4 – Venda real ...............................................................................................44

Page 10: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Relação dos produtos analisados...........................................................39

Quadro 2 – Movimentação de estoque - baseados nos meses de setembro/2004 à

agosto/2005...............................................................................................................41

Quadro 3 - Resumo das quantidades movimentadas................................................42

Quadro 4 - Resumo das movimentações em valores de custo .................................43

Quadro 5 - Vendas reais............................................................................................44

Quadro 6 - Compras referentes 01/09/2004 a 31/08/2005 ........................................45

Quadro 7 – Cálculo de estoque médio ......................................................................46

Quadro 8 - Rotatividade do estoque e demanda média ...........................................46

Quadro 9 - Cálculo do tempo de cobertura (mês) .....................................................47

Quadro 10 – Cálculo de estoque mínimo ..................................................................48

Quadro 11 - Ponto de pedido ....................................................................................49

Quadro 12 – Intervalo de ressuprimento médio.........................................................50

Quadro 13 - Cálculo do lote de compra .....................................................................50

Quadro 14 - Cálculo de estoque máximo ..................................................................51

Quadro 15 - Índice de sazonalidade ( I.S. ) - 01/09/2004 a 31/08/2005 ....................53

Quadro 16 – Classificação ABC do estoque – em valor de venda ............................54

Quadro 17 – Classificação ABC do estoque - em rotatividade ..................................55

Quadro 18 – Diferença entre valores de compra.......................................................56

Quadro 19 – Estoque mínimo sazonal mensal (EMSM)............................................58

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13

1 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 15

1.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................ 15

1.1.1 Definição de Administração de Materiais ................................................. 15

1.1.2 Histórico da Administração de Materiais .................................................. 16

1.2 CONTROLE DE ESTOQUES ......................................................................... 17

1.2.1 Conceitos.................................................................................................. 17

1.2.2 Precisão dos Registros de Estoques........................................................ 18

1.2.3 Objetivos do Controle de Estoques .......................................................... 19

1.2.4 Métodos de Previsão de Estoques ........................................................... 19

1.3 NÍVEIS DE ESTOQUE.................................................................................... 20

1.3.1 Estoque Mínimo (E.Min) ou Estoque de Segurança (ES)......................... 21

1.3.2 Tempo de Ressuprimento ........................................................................ 23

1.3.3 Tempo de Reposição (TR) ....................................................................... 24

1.3.4 Tempo de Cobertura (TC) ........................................................................ 25

1.3.5 Rotação de Estoque ................................................................................. 25

1.3.6 Sazonalidade............................................................................................ 26

1.3.7 Estoque Máximo (E.Máx) ......................................................................... 26

1.3.8 Consumo Médio Mensal (CMM) – Demanda Média (DM)........................ 27

1.3.9 Estoque Médio (EM)................................................................................. 27

1.3.10 Ponto de Pedido (PP) – Nível de Reposição (NR) ................................. 28

1.3.11 Nível ABC............................................................................................... 29

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................................. 31

2.1 PLANO OU DELINEAMENTO DO ESTUDO .................................................. 31

2.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA E INSTRUMENTOS DE COLETA DO ESTUDO ....... 31

2.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................................ 32

3 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 33

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA: ISA ROLAMENTOS E PEÇAS LTDA .. 33

3.1.1 Dados da Empresa................................................................................... 33

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3.1.2 Administração........................................................................................... 33

3.1.3 Histórico.................................................................................................... 34

3.2 A FORMA DE CONTROLE E REGISTRO DE ESTOQUE ............................. 34

3.2.1 Recepção ................................................................................................. 34

3.2.2 Conferência .............................................................................................. 35

3.2.3 Estocagem................................................................................................ 35

3.2.4 Registro do Estoque ................................................................................. 35

3.3 MODELO DE PREVISÃO DE ESTOQUE UTILIZADO PELA EMPRESA....... 36

3.3.1 Métodos de Previsão de Estoques ........................................................... 36

3.4 ANÁLISE DAS MOVIMENTAÇÕES................................................................ 37

3.4.1 Tipos de Movimentações.......................................................................... 38

3.4.2 Produtos Analisados................................................................................. 38

3.4.3 Inventário.................................................................................................. 39

3.4.4 Resumo das Movimentações ................................................................... 40

3.4.5 Vendas e Compras................................................................................... 43

3.4.6 Estoque Médio e Rotatividade.................................................................. 45

3.4.7 Tempo de Cobertura ................................................................................ 47

3.4.8 Estoque Mínimo........................................................................................ 47

3.4.9 Ponto de Pedido ...................................................................................... 48

3.4.10 Intervalo de Ressuprimento Médio ......................................................... 49

3.4.11 Lote de Compra...................................................................................... 50

3.4.12 Estoque Máximo..................................................................................... 51

3.4.13 Índice Sazonal ........................................................................................ 51

3.4.14 Classificação ABC .................................................................................. 53

3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................................................... 56

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 62

ANEXOS .................................................................................................................. 64

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INTRODUÇÃO

No atual mercado, a competitividade está determinando uma busca maior

pela eficiência dentro das organizações. As margens de lucro reduzidas exigem uma

rotatividade maior e uma redução a níveis mais aceitáveis dos estoques.

Assim, em qualquer empresa, os estoques representam componentes extremamente significativos, seja sob aspectos econômico-financeiros ou operacionais críticos. Nas empresas [...], os materiais concorrem, quase sempre, com mais de 50% do custo do produto vendido, o que faz com que os recursos financeiros aloucados a estoques devam ser empregados sob forma mais racional possível. (VIANA, 2002, p.108)

A manutenção dos níveis de estoque está diretamente associado à formação

do capital de giro. Quando se elevam os estoques ocorre um dispêndio maior de

recursos financeiros e para que haja um equilíbrio se faz necessário um controle

eficiente da quantidade adquirida.

O atual modelo de gestão de estoques caracteriza-se pela alta rotatividade de

produtos e a baixa margem de lucros. Daí a importância de se ter um controle eficaz

e eficiente dos estoques. Entre as principais vantagens de um eficiente controle dos

níveis de estoque, destacam-se:

- Permite a gerência da empresa visualizar a qualquer momento a situação

real de seus produtos no estoque;

- Evita imobilizações em mercadorias de giro lento; (Sebrae, 1994, p.15)

- Disponibiliza maior parcela de dinheiro para capital de giro; (Sebrae, 1994,

p.15)

- Proporciona segurança na tomada de decisões;

- Evita compras desnecessárias ou exageros, investimentos mal aplicados;

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- No lançamento de ofertas e promoções oferece dados reais e com isso

diminui a possibilidades de prejuízos e fracassos.

Desta maneira, o presente Trabalho de Conclusão de Curso justifica-se pela

importância de se fazer um estudo detalhado a respeito do tema e ressaltar a

utilização de tais controles para a empresa; e também por ser um assunto de

particular interesse do autor e, que o mesmo considera de fundamental importância

para o sucesso das organizações.

Diante disto, o problema levantado foi, se o modelo atual utilizado para

controle dos níveis de estoque contribui eficientemente para o equilíbrio econômico

e financeiro da organização?

Ressaltando, que na presente monografia, propôs-se um estudo de caso na

empresa: Isa Rolamentos e Peças Ltda, em Sorriso-MT, na área de Administração

de Materiais, mais precisamente no departamento de controle de estoque e teve

como objetivo geral: demonstrar a utilização dos indicadores de níveis de estoque

como ferramentas de controle econômico e financeiro. Para um melhor

entendimento se fez necessário: descrever a forma de controle e registro de

estoques utilizado pela empresa; identificar o modelo de previsão de estoque

utilizado e analisar as movimentações de estoque utilizando-se alguns indicadores

de níveis de estoque para demonstrar os resultados.

Diante da problemática e dos objetivos propostos, algumas hipóteses

surgiram, tais como: a existência de uma discrepância1 entre os níveis de estoque

considerados ideais, segundo os métodos científicos, e os identificados na empresa;

a falta de uma política de controle de estoques bem definida e eficiente na empresa,

e também, que a ausência de regras claras a respeito do controle de estoques

provoca uma margem de insegurança.

A partir desses pressupostos, estruturou-se o estudo em três capítulos, onde

o primeiro buscou descrever toda teoria que abrange o tema estudado, utilizando-se

das referências de vários autores ligados ao assunto; o segundo trata da

metodologia utilizada para a elaboração do trabalho e o terceiro, o estudo de caso

elaborado na empresa, cujas informações obtidas proporcionaram analisar e cumprir

com o objetivo deste trabalho.

1 DISCREPÂNCIA: Característica daquilo que diverge, desigualdade, diferença, discordância. (HOUAISS, 2001, p.1053)

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1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

1.1.1 Definição de Administração de Materiais

De acordo com Viana (2002, p.41) “Administração de Materiais é o

planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades ligadas à

aquisição de materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua

concepção até seu consumo final.” Pode-se dizer que se trata de um conceito novo,

esse de se ter um departamento responsável pelos materiais que entram na

empresa, desde o fornecedor até o consumidor.

Segundo a definição de Arnold (1999, p.26) “Administração de Materiais é

função coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de

materiais”. E cujos, objetivos são:

• Maximinizar a utilização dos recursos da empresa;

• Fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor.

Francischini e Gurgel (2002, p.5), definem Administração de Materiais como:

“atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e

econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar

até a entrega do produto terminado ao cliente.” Desta forma, os materiais

necessitam de uma atenção especial, visto que, são indispensáveis para o

desempenho das organizações.

Sendo assim, Viana (2002, p.41) conceitua Materiais como sendo “todas as

coisas contabilizáveis que entram como elementos constituídos ou constituintes na

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16

linha de atividade de uma empresa.” Assim, administrar materiais requer o mesmo

nível de organização aplicado à empresa como um todo, sendo necessária a

aplicação das Funções Administrativas2 de forma eficiente e eficaz.

1.1.2 Histórico da Administração de Materiais

De acordo com Martins e Alt (2004, p.133)

O estudo do papel dos estoques nas empresas é tão antigo quanto o estudo da própria administração. Como elemento regulador, quer no fluxo de produção, no caso do processo manufatureiro, quer no fluxo de vendas, no processo comercial, os estoques sempre foram alvo da atenção dos gerentes.

Desta maneira, “os cálculos dos níveis de estoque (máximo, mínimo,

segurança, ponto de ressuprimento)” (VIANA, 2002, p.146) eram precários, mas com

a evolução e a introdução dos sistemas de informação através da informática

eliminou-se a constância de falhas no controle dos estoques.

Viana (2002, p. 45) ainda destacou que:

Uma das primeiras medidas práticas, válidas até hoje, para equacionar a problemática do quanto e quando ressuprir foi à adoção de procedimentos como grau de controle, tamanho do estoque e quantidades de reposição, norteados pelos critérios da classificação ABC [...]

A classificação ABC ou a metodologia de controle de estoques baseado na

curva ABC foi desenvolvido em 1897, pelo economista, sociólogo e engenheiro

italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), também chamada de Lei de Pareto. Esse

sistema permite diferentes níveis de controle de acordo com a importância relativa

dos itens. (VIANA, 2002)

Destaca-se ainda, que “alguns autores atribuem o sucesso da Alemanha na

Segunda Guerra Mundial a seu perfeito sistema de abastecimento [...]. No Brasil os

primeiros estudos sobre a Moderna teoria do gerenciamento de estoques são da

década de 50 [...]” (VIANA, 2002, p.108). Verificando desta forma, que no decorrer

do tempo surgiu a necessidade de se ter um controle mais eficiente dos materiais,

dentro das organizações.

2 As funções administrativas segundo Fayol: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

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17

Até a década de 90, as empresas ganhavam muito com estoques. Tudo o que

se comprava em um dia, no seguinte devido à inflação, aumentava de preço. Com o

ensejo do Plano Real, a estabilização da moeda, índices baixos de inflação,

aumento da concorrência, a estocagem excessiva de mercadorias se tornou um

negócio desvantajoso. (SUCUPIRA, 2003)

1.2 CONTROLE DE ESTOQUES

1.2.1 Conceitos

São vários os conceitos atribuídos aos estoques. De acordo com Sebrae

(1994) estoques são os produtos disponíveis para vender ou que serão utilizados

direta ou indiretamente na fabricação de produtos para venda. Já Viana (2002,

p.109) estende mais a sua definição e considera “como representativo de matérias-

primas, produtos semi-acabados, componentes para a montagem, sobressalentes,

produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados”.

Destacando que seu controle é o conjunto de atividades desenvolvidas para

garantir as mercadorias para venda, ou recursos utilizados direta ou indiretamente

na produção (SEBRAE, 1994). Portanto, uma das mais importantes funções da

administração de materiais está relacionada ao controle de níveis de estoques, isto

quer dizer: ajustar os estoques de acordo com a demanda de mercado.

Na visão de Pozo (2002, p. 38) “o termo controle de estoques, dentro da

logística, é em função da necessidade de estipular os diversos níveis de materiais e

produtos que a organização deve manter, dentro de parâmetros econômicos”.

Porém, Arnold (1999, p. 271) coloca que “uma empresa que deseja maximinizar seu

lucro terá como objetivos mínimos a excelência no atendimento aos clientes e

investimento mínimo em estoques”.

Desta maneira, o ideal almejado pelas empresas seria trabalhar com mínimo

de estoque possível. A decisão de se ter ou não estoques é uma questão muito

discutível e deve-se adotar uma série de variáveis e critérios para focalizar os

investimentos e, com isso, minimizar os custos. Dessa forma, o uso de modelos

como Just In time são importantes para comparar-se com os modelos

convencionais. Conforme Viana (2002, p.169):

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18

Just In time é a produção na quantidade necessária, no momento necessário, para atender à variação de vendas com o mínimo de estoque em produtos acabados, em processo e em matéria-prima [...]. Os elementos principais do Just In time, entre outros, são: ter somente o estoque necessário e melhorar a qualidade tendendo a zero defeito.

Em síntese, controlar e equilibrar os níveis de estoque de forma mais

racionalizada3, equacionando demanda do mercado com níveis baixos de estoque,

torna-se um desafio para o administrador.

1.2.2 Precisão dos Registros de Estoques

Segundo Arnold (1999) a precisão e a utilidade dos registros de estoque,

estão diretamente relacionados com sua eficiência. Com base nesses registros, uma

empresa determina a necessidade de um item, libera pedidos baseando-se na

disponibilidade de materiais e executa análise de estoques.

Arnold (1999, p.361-362) ainda salienta que :

Se os registros não forem precisos, haverá falta de materiais, programas descaracterizados, entregas atrasadas, vendas perdidas, baixa produtividade e excesso de estoque (dos itens errados).

Três informações devem ser precisas: a descrição da peça (número da peça), a quantidade e a localização. Registros de estoque precisos permitem às empresas: - Operar um sistema eficaz de administração de materiais. Se os registros de estoque são imprecisos, os cálculos de bruto-para-líquido serão errados. - Manter um nível satisfatório de atendimento aos clientes. Se os registros mostram que o item está no estoque quando ele não está, qualquer promessa de pedido estará errada. - Operar com eficácia e eficiência. Os planejadores podem planejar, confiantes de que as peças estarão disponíveis. - Analisar o estoque. Qualquer análise de estoque só pode ter a qualidade dos dados em que se baseia.

Desta forma, os registros de estoques, sejam eles de forma manual ou

informatizados, têm como objetivo controlar a quantidade de materiais em estoque,

tanto o volume físico quanto o financeiro.

3 RACIONALIZAR: Tornar mais eficiente (trabalho, atividade, etc.) com planejamento ou pelo emprego de métodos científicos ou técnicas mais adequadas. (MINIAURÉLIO, 2005, p.677)

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19

1.2.3 Objetivos do Controle de Estoques

Os principais objetivos do controle do estoques são:

¬ Informar à empresa a disponibilidade das matéria primas que serão utilizadas na produção; ¬ Informar à empresa a disponibilidade das mercadorias para atendimento dos clientes; ¬ Evitar imobilizações em mercadorias de giro lento ou em compras excessivas, liberando maior parcela de dinheiro para capital de giro. (SEBRAE, 1994, p.15)

Resumidamente, o objetivo geral é otimizar os investimentos em estoque,

tornar o uso dos recursos mais eficientes de modo a extrair o máximo de

desempenho.

1.2.4 Métodos de Previsão de Estoques

Existem várias formas de se prever estoques e todas estão relacionadas com

a demanda. Prevendo-se a quantidade a ser consumida, seja ela para consumo

interno, matéria-prima para produção, ou quando da mercadoria para revenda, ter-

se-á possibilidade de melhor equacionar e planejar a compra com o consumo.

O propósito básico de qualquer previsão é reduzir a incerteza. A incerteza é uma variável que não se pode eliminar e a qual se deva levar sempre em consideração nas previsões. A decisão correta a ser tomada hoje depende de se conhecer tanto quanto for possível as condições no futuro. (VIANA, 2002, p.147).

A incerteza de fato é uma variável que requer uma atenção especial porém,

há meios de diminuir o seu grau de interferência através da utilização de alguns

métodos. Conforme a colocação de Francischini e Gurgel (2002, p. 103) há dois

métodos para se estimar a demanda , quanto à natureza:

• Métodos qualitativos – baseados em opiniões e estimativas de diretores, gerentes, vendedores e consultores especializados (feeling); • Métodos quantitativos – baseados em ferramentas estatísticas e de programação da produção, pressupondo a utilização de cálculos matemáticos.

Dentro da análise qualitativa pode-se definir segundo Churchill (2003, p. 107)

como técnicas de previsão:

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20

- Júri de opinião: que é a opinião de pessoas de diversas áreas na empresa;

- Composição das estimativas da equipe de venda: valores estimados pelos

vendedores;

- Levantamento de intenções de compra: baseia-se nas informações

coletadas junto aos clientes sobre sua intenções de compra. O autor

adverte sobre as intenções dos clientes, “nem sempre fazem exatamente

o que dizem que irão fazer.”

O uso de ferramentas estatísticas “são muito úteis para estimar padrões

básicos de comportamento do consumo, baseado no consumo passado e

formulando determinadas hipóteses para um período futuro.” (FRANCISCHINI E

GURGEL, 2002, p. 103)

Os métodos de previsão de estoques baseados em médias são muito

utilizados, dentre eles (ARNOLD, 1999, p. 239):

- Demanda Média: faz-se uma média aritmética dos últimos períodos, pode-se

usar como base os últimos doze meses, e utilizá-la para o período seguinte.

- Média Móvel: utiliza-se a média dos últimos três ou seis períodos como valor

para o próximo período, e no mês seguinte a demanda do primeiro período é

desprezada e a do último acrescentada. As “médias móveis têm melhor

utilização para prever produtos com demanda estável, que apresentam pouca

tendência ou sazonalidade.” Já Dias (1995, p. 33) apresenta que “a previsão

gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se o

padrão de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o padrão de

consumo for decrescente.”

- Método do último período: “utiliza para o período seguinte o valor ocorrido no

período anterior.” (DIAS, 1995, p. 33)

1.3 NÍVEIS DE ESTOQUE

Ter estoque muito baixo pode prejudicar as vendas. Por outro lado estoque

muito elevado empata capital de giro. Dessa forma, manter níveis adequados de

estoque de mercadorias é uma tarefa que requer organização e um controle

rigoroso. Existem alguns métodos e modelos matemáticos que podem auxiliar

nestes controles. “O custo de estocar materiais tende a ser subestimado pela

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21

maioria dos gestores, que olham normalmente somente o custo do material.

Esquecem de avaliar o custo do espaço necessário, dos equipamentos, dos insumos

e do pessoal.” (POZO, 2004, p. 84)

Ainda, segundo Pozo (2004, p. 42) “a mais importante função do controle de

estoque e dos materiais está relacionada com a administração de níveis de

estoque.” Neste mesmo contexto Viana (2002, p. 107) afirma “que, manter os níveis

economicamente satisfatórios o atendimento às necessidades em material de

qualquer empresa constitui seu mais amplo objetivo.“

Dentre alguns modelos e métodos de controle dos níveis de estoque

destacam-se a seguir:

1.3.1 Estoque Mínimo (E.Min) ou Estoque de Segurança (ES)

Estoque mínimo ou também denominado estoque de segurança pode ser

definido segundo Viana (2002, p. 150) como sendo a “quantidade mínima possível

capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ou programado ou um

consumo desproporcional”. Dias (1995, p. 63) complementa que tal quantidade tem

como objetivo “a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo

produtivo, sem risco de faltas”. Em síntese, é a quantidade mínima de mercadoria

que a empresa deve manter em estoque para atender as suas necessidades e

assegurar seu nível de serviço desejado por determinado período.

Lembrando que nível de serviço é definido segundo Francischini e Gurgel

(2002, p. 155) “como o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes,

internos ou externos, no atendimento dos pedidos.” Isto significa que se pode

determinar, por exemplo, que um determinado item terá seu nível de serviço fixado

em 95%, ou seja, em 95% das vezes que houver uma solicitação deste item, ela

será atendida. E em 5% das vezes ocorrerão faltas.

O Grau de Atendimento (GA) pode ser medido pela seguinte fórmula:

Consumo necessário x100

quantidade atendida

GA =

Page 22: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

22

O estoque mínimo ou de segurança pode sofrer mudanças no seu

comportamento, caso hajam alterações da demanda média e do tempo de

reposição, tais como:

♦ aumento repentino de demanda ou oscilações no consumo;

♦ demora no procedimento do pedido de compra, atraso no pedido de

compra;

♦ divergências do solicitado, por parte do fornecedor;

♦ atrasos no transporte.

♦ diferenças no inventário. (FRANCISCHINI e GURGEL, 2002, p. 152)

De acordo com Dias (1995, p.63) “pode-se determinar o estoque mínimo

através de”:

- fixação de determinada projeção mínima (projeção estimada do consumo);

- cálculos com base estatística.

Modelos de cálculo para o estoque mínimo

a) Fórmula simples

E.Min. = CMM x K

Onde: E.Min. = estoque mínimo

CMM = consumo médio mensal

K = fator de segurança arbitrário com o qual se deseja garantia contra

um risco de ruptura. Pode ser utilizado o grau de atendimento como

fator de segurança. (DIAS,1995). Neste estudo será utilizado o valor do

Tempo de cobertura (TC) como fator “K”.

b) Cálculo do Estoque de segurança

Supondo que o comportamento da demanda e do tempo de reposição sofram

variações significativas, deve-se levar em conta algumas variáveis já colocadas

anteriormente, visto que é improvável um comportamento estático.

Page 23: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

23

Tabela 1 – Cálculo de estoque de segurança

TR Constante TR VARIÁVEL

Demanda Constante ES = 0 ES = D.Médio (TR.máx – TR)

Demanda Variável ES = (D.Máx – D.Médio) x TR ES = (D.Máx – D.Médio) x (TR.máx – TR)

FONTE: FRANCISCHINI e GURGEL, 2002, p.154

Considerações:

ES = estoque de segurança

D.Máx = demanda máxima histórica ⇒ C.Máx = consumo máximo

D.Média = demanda média ⇒ CMM = consumo médio mensal

TR.máx = tempo de reposição máximo

TR = tempo de reposição

1.3.2 Tempo de Ressuprimento

O tempo de ressuprimento compreende o “intervalo de tempo compreendido

entre a emissão do pedido de compra e o efetivo recebimento, gerando a entrada de

material no estoque” (VIANA, 2002, p. 155). O tempo decorrido entre um

ressuprimento e outro é chamado de Intervalo de Ressuprimento (IR) (DIAS, 1995,

p.62). O seu valor pode ser obtido utilizando-se a fórmula sugerida:

número de períodos (meses)

número de pedidos

De acordo com Dias (1995, p. 136), “calcula-se a quantidade a comprar em

função de necessidades reais”, utilizando um sistema de reposição periódica. O

tempo de ressuprimento é composto por tempos internos da empresa como também

por externos:

a. TPC – Tempo de Preparação da Compra b. TAF – Tempo de Atendimento do Fornecedor c. TT – Tempo de Transporte d. TRR – Tempo de Recebimento e Regularização. (VIANA, 2002, p. 156)

Intervalo de ressuprimento =

Page 24: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

24

Esta separação em tempos compreende as atividades de forma sucinta.

Pode-se subdividir cada tempo em atividades mais especificas conforme será

mostrada mais adiante.

1.3.3 Tempo de Reposição (TR)

A informação sobre o tempo de reposição é indispensável para o cálculo do

estoque mínimo. Dias (1995, p. 58) define como “tempo gasto desde a verificação de

que o estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado

da empresa.” Esse tempo requer uma divisão de forma a especificar a sua

informação. A divisão deste tempo pode ser efetuada em três momentos:

a) Emissão do pedido - Tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela empresa até ele chegar ao fornecedor; b) Preparação do pedido – Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar os produtos, emitir faturamento e deixá-los em condições de serem transportados; c) Transporte – Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela empresa dos materiais encomendados. (DIAS, 1995, p. 58)

Estes momentos podem ser subdivididos de forma mais específica, conforme

Francischini e Gurgel (2002, p. 151) em etapas:

• constatar a necessidade de reposição [...]; • informar a área de comprar da necessidade de reposição; • contatar os fornecedores para obter as propostas de fornecimento por meio de cotações, licitações, etc., ou outro meio adequado; • emitir pedido de compra; • cumprir o prazo de entrega pelo fornecedor: fabricação, separação, e expedição do pedido feito; • transportar o item comprado do fornecedor até o comprador; • desembaraços alfandegários, quando necessários; • realizar os procedimentos adequados de inspeção e ensaios pelo Controle de Qualidade, quando necessário. Assim, o tempo de reposição é soma dos tempos de cada uma das etapas acima descritas.

Além do cálculo do estoque mínimo, o tempo de reposição é utilizado para

efetuar o cálculo de Ponto de Pedido (PP). Devido a sua grande importância esse

tempo deve ser o mais preciso possível. Pois, caso hajam variações no valor durante

o período compreendido também modificará a estrutura do estoque.

Page 25: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

25

1.3.4 Tempo de Cobertura (TC)

Tempo de Cobertura é o período decorrido entre o momento em que se

verifica necessidade de fazer o pedido ao fornecedor e o momento em que repõe a

mercadoria em estoque. Para que o cálculo do Tempo de Cobertura (TC) são

necessárias algumas informações:

- Prazo de informação: tempo que demora para tomar conhecimento do

item que está faltando.

- Prazo de elaboração do pedido ou preparação da compra: tempo desde o

momento que se sabe da falta do produto, a emissão do pedido de compra

pela empresa até ele chegar ao fornecedor.

- Prazo de entrega das mercadorias: o tempo que as mercadorias levam

para chegar até a empresa, compreende o tempo desde o fechamento do

pedido de compra, mais a preparação do pedido pelo fornecedor e o

tempo de transporte.

- Prazo de recebimento: tempo gasto entre receber o produto, conferir a

Nota Fiscal, etiquetá-los e estocá-los.

- Margem de segurança: margem de dias para compensar os atrasos (do

fornecedor) que possam ocorrer. (SEBRAE, 1994)

De modo a simplificar o estudo, visto que alguns autores utilizam o Tempo de

Reposição e outros Tempo de Ressuprimento, será adotado o Tempo de Cobertura

como indicador, que além de incorporar ambos, é de fácil entendimento e por

detalhar os tempos que compõe a informação final.

1.3.5 Rotação de Estoque

A rotação, rotatividade ou giro do estoque “indica quantas vezes o estoque foi

renovado no ano” (VIANA, 2002, p. 160). É a relação entre o valor consumido no

período e o estoque médio do produto neste período (MARTINS e ALT, 2004). Este

dado obtido é muito importante na tomada de decisões com relação a investimentos

nos estoques e estratégias de venda.

Page 26: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

26

consumo no período

estoque médio no período

1.3.6 Sazonalidade

Dentro do estudo da demanda ocorrem picos de consumos de produtos em

determinados períodos (ARNOLD, 1999, p. 244). O consumo é considerado sazonal

quando possui alterações de 25%. (DIAS, 1995, p. 31)

Uma forma de medir o grau de variação sazonal do produto é através do

Índice Sazonal que, segundo Arnold (1999, p. 244) “trata-se de uma estimativa de

quanto a demanda, durante um determinado período, será maior ou menor que

demanda média do produto“. Calcula-se a demanda média de cada período

compreendido e após, a média dessas demandas.

Este índice é encontrado com o uso da seguinte fórmula:

Demanda Média para o período Índice Sazonal =

Demanda Média para todos os períodos

A sazonalidade influência na política de estoques da empresa, pois após ser

determinada possibilita visualizar os períodos de demanda auxiliando assim a

diminuição das incertezas e riscos na aquisição de estoque.

1.3.7 Estoque Máximo (E.Máx)

Estoque máximo é definido por Viana (2002, p. 149) como a “quantidade

máxima de estoque permitida para o material” . E ainda, segundo Dias (1995, p. 62)

pode ser determinado pela “soma do estoque mínimo mais o lote de compra. Esse

lote pode ser econômico ou não”.

Isso quer dizer que o uso de fórmulas prontas para o Lote de Compra é

facultativo. A organização decidirá pelo seu uso ou a utilização de outro modelo.

Viana (2002, p. 157) utiliza a fórmula de “quantidade de material a pedir

quando o saldo remanescente em estoque for igual ao nível de reposição.”

Rotatividade =

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27

QC = NR + IR x CMM – EV

Onde:

QC = Quantidade a comprar ⇒ LC = Lote de Compra

NR = Nível de Reposição ⇒ PP = Ponto de Pedido

IR = Intervalo de Ressuprimento

CMM = Consumo médio mensal

EV = Estoque Virtual ⇒ EV = NR

Logo:

Lote de Compra = Intervalo de Ressuprimento x Demanda

E.Max. = E.Min. + Lote de Compra

1.3.8 Consumo Médio Mensal (CMM) – Demanda Média (DM)

O consumo de médio mensal ou a demanda média de um produto, conforme

Dias (1995, p. 61), “é a quantidade referente à média aritmética das retiradas

mensais de estoque.”

Para que haja uma confiabilidade maior sobre o valor obtido, deve-se fazer

esta média pelo consumo de seis meses, no mínimo. Através da média obtida pode-

se presumir a demanda mensal do produto. Pode-se estimar também a demanda

diária, semestral, anual, etc. A fórmula utilizada é:

C1 + C2 + C3 + ... Cn

n

1.3.9 Estoque Médio (EM)

Para Dias (1995, p. 61) estoque médio “é o nível médio em torno do qual as

operações de compra e consumo se realizam”. Podendo ser representado

graficamente, de acordo com a Figura 1, da seguinte forma:

Page 28: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

28

EM =

Figura 1 - Gráfico do estoque médio

Q

-------------------------------------------------- 2Q

Qo

To T

Fonte: DIAS (1995, p. 61)

No instante T0 o estoque é igual a quantidade Q0 que varia de um mínimo zero

(0), Q0 a um máximo, Q; o valor médio será então 0 + Q/2, ou melhor, Q/2. Então,

significa dizer que é a relação entre o estoque inicial em determinado período e o

estoque final nesse mesmo período. A fórmula utilizada para este cálculo é:

1.3.10 Ponto de Pedido (PP) – Nível de Reposição (NR)

De acordo com a definição de Dias (1995, p. 58) ponto de pedido (PP) é um

indicador de que, quando os níveis de estoque alcançarem o estoque virtual4 a

mercadoria deverá ser reposta, e que a quantidade de saldo em estoque suportaria

o consumo durante o Tempo de Reposição.

Em outras palavras o Ponto Pedido determina uma quantidade que ao ser

atingida aciona um novo processo de compra. Viana (2002, p. 154) coloca que,

quando o EV = NR deverá ser emitida solicitação de compra.

EV = ER (Estoque Real) + Encomendas

4 Estoque real acrescido das quantidades de encomendas em andamento. (VIANA, 2002, p. 152)

Estoque Inicial + Estoque Final

2

Page 29: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

29

PP = C x TR + E.Min.

Viana (2002, p. 152) trata este termo com outra denominação: Nível de

Reposição (NR) “quantidade na qual, ao ser atingida pelo estoque virtual em

declínio, indica o momento de ser providenciada a emissão do pedido de compra

para reposição do material”.

NR = ES + CMM x TR

Sendo assim:

PP = Ponto de Pedido ⇒ NR = Nível de Reposição

C = Consumo Médio Mensal ⇒ CMM = Consumo Médio Mensal

TR = Tempo de Reposição ⇒ TR = Tempo de Reposição

E.Min = Estoque Mínimo ⇒ ES = Estoque de Segurança

1.3.11 Nível ABC

É comum nas empresas um estoque com uma diversidade e quantidade

muito grande de produtos. Porém, nem todos esses produtos possuem uma grande

rotatividade, valor alto, tamanho único, etc. Contudo, são indispensáveis para o

atendimento dos clientes. Diante deste fato, deve-se medir que importância esses

itens possuem dentro do estoque.

O sistema de classificação ABC de estoques permite determinar a importância

desses itens no estoque e relativamente os diferentes níveis de controle desses

itens (ARNOLD, 1999).

Após ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas assim: Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com atenção bem especial; Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C; Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção. (VIANA, 2002, p. 64)

Existem várias situações em que se pode aplicar a metodologia ABC,

segundo Arnold (1999, p. 284) pode-se basear o princípio ABC na observação de

Page 30: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

30

que um pequeno número de itens, freqüentemente, domina os resultados atingidos

em qualquer situação.

Estes percentuais podem variar de acordo com análise e a interpretação a se

fazer, alguns autores atribuem percentuais variados. Isso fica demonstrado na

Tabela 2:

Tabela 2 – Percentuais na classificação ABC

CLASSE % QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR

A 5 75

B 20 20

C 75 5

Fonte: VIANA (2002, p.65)

A classificação ABC é uma ferramenta5 que auxilia na análise dos estoques,

podendo auxiliar de diversas formas, pois cada produto tem a sua importância dentro

do estoque e esta importância deve ser medida. Podendo-se usar como base o valor

financeiro ou a quantidade movimentada.

5 FERRAMENTA: qualquer instrumento necessário à prática profissional, meio para alcançar um fim. (HOUAISS, 2001, p. 1329)

Page 31: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

31

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2.1 PLANO OU DELINEAMENTO DO ESTUDO

Para o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, foi realizado um estudo

de caso. De acordo com Acevedo e Nohara (2004, p. 53), “o estudo de caso

caracteriza-se pela análise em profundidade de um objeto ou um grupo de objetos,

que podem ser indivíduos ou organizações”.

Inicialmente, foram colocados algumas questões ou pontos críticos que foram

explicitados, reformulados ou mesmo abandonados, à medida que o estudo foi

avançando.

O estudo de caso se torna importante para o desenvolvimento do tema em

questão, visto que foram buscadas informações que são conseqüências do modelo

utilizado na prática e a partir daí confrontados com os modelos científicos.

2.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA E INSTRUMENTOS DE COLETA DO ESTUDO

O dados foram coletados através de pesquisas primárias e secundárias,

onde:

- Os dados primários foram coletados através de entrevista informal e

observações no período compreendido entre os meses de Agosto a

Novembro de 2005, sendo efetuada com o gerente da empresa e os

responsáveis de cada departamento envolvido e também levantamento de

dados no sistema de informação da empresa (software).

Page 32: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

32

- Os dados secundários foram obtidos através de pesquisa bibliográfica em

informações já disponíveis em livros, revistas e consulta a documentos

pertencentes à empresa.

2.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A análise e interpretação das informações foram realizadas de forma qualitativa e

quantitativa, utilizando-se o modo exploratório, que tem como objetivos “proporcionar

maior compreensão do fenômeno que está sendo investigado” (ACEVEDO e

NOHARA, 2004, p. 51). Podendo assim, levantar questões, hipóteses para posterior

estudo. Isto é, os dados foram analisados em forma descritiva, gráfica de acordo

com as respostas obtidas dos entrevistados e dados coletados.

Page 33: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

33

3 ESTUDO DE CASO

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA: ISA ROLAMENTOS E PEÇAS LTDA

3.1.1 Dados da Empresa

a) Razão Social: ISA ROLAMENTOS E PEÇAS LTDA

b) Denominação Comercial: ISRAEL ROLAMENTOS

c) Setor da Economia e Ramo de Atividade: Comércio Varejista de Peças

Agrícolas

d) Principais produtos comercializados: rolamentos, retentores, filtros, óleos

e graxas lubrificantes, ferramentas, peças para tratores, plantadeiras e

colheitadeiras multimarcas.

e) Endereço: Av. Perimetral Sudeste, 12079 - Centro - Sorriso – MT

f) Número de colaboradores: 10 (dez)

g) Enquadramento: Empresa de Médio Porte

3.1.2 Administração

a) Administração dos Níveis de Influência da Estrutura Organizacional: Willian

Valério Borges

b) Missão da Empresa: não identificada

c) Principais Objetivos da Empresa: não identificados

d) Sistema de Autoridade: Centralizada

Page 34: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

34

e) Estilo de liderança: Autocrática e Liberal

f) Tipo de departamentalização: Funcional

3.1.3 Histórico

A empresa Isa Rolamentos e Peças Ltda é pertencente ao Grupo Israel

Rolamentos cujas atividades iniciaram em 1986 na cidade Rondonópolis – MT, onde

se situa a loja Matriz e está presente com mais de 10 lojas em 3 estados do Brasil:

São Paulo, Mato Grosso, Goiânia e no Distrito Federal .

A Isa Rolamentos foi fundada pelo Sr. Israel da Silva Borges e Sr. Francisco

da Silva Borges, atuais proprietários, em julho de 1997 na Av. Perimetral Sudeste,

s/n na cidade de Sorriso – MT em prédio alugado. Em dezembro de 1999 mudou

para prédio próprio na mesma avenida, com o nº 12079. Em maio de 2004, devido

ao aumento da demanda de clientes e constante crescimento no intuito de oferecer

um melhor atendimento, inaugurou suas novas e modernas instalações. Atualmente,

é dirigida pelo Sr. Willian Valério Borges.

3.2 A FORMA DE CONTROLE E REGISTRO DE ESTOQUE

O processo de controle do estoque envolve uma série de atividades dentro da

organização: a recepção, conferência, estocagem, registro dos produtos e a saída

das mercadorias.

3.2.1 Recepção

O recebimento das mercadorias adquiridas é feito no setor de recepção, por

um funcionário do setor de vendas, onde é checada a origem dos produtos,

quantidade de volumes constante na guia de frete com o da Nota Fiscal, o estado

em que a mercadoria se encontra e por fim assina-se a guia de frete.

Page 35: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

35

3.2.2 Conferência

Estando tudo certo na recepção, parte-se para a conferência dos produtos.

Todos os produtos são contados e, verificado se a quantidade recebida está em

conformidade com a da Nota Fiscal, em caso de divergência é comunicado o erro ao

responsável pela compra ou o gerente, caso este não esteja no momento. Há

ocorrência de lacunas no processo. Durante a conferência são numerados os

produtos que necessitam de codificação original ou numeração similar. Desta forma,

todos os produtos que possuem similaridade ficam estocados juntos. A conferência

não precisa ser efetuada necessariamente pela mesma pessoa que recebeu.

3.2.3 Estocagem

Depois de conferidos e numerados, os produtos são levados para a prateleira

onde são colocados em seqüência numérica crescente ou seu similar, no caso de

filtros, retentores, peças agrícolas, por exemplo. Já nos rolamentos sua seqüência

também é numérica, porém de acordo com as marcas, pois determinados itens

possuem a mesma descrição, porém algumas marcas têm especificações técnicas

diferentes tais como: rolamentos industriais, de agulha, cônicos, esfera, etc. Procura-

se estocar o máximo possível no espaço disponível nas prateleiras para que seja

utilizado o máximo do espaço disponível, visto que o produto estocado gera custo de

armazenagem. O excedente é colocado no depósito.

3.2.4 Registro do Estoque

Após conferência, a Nota fiscal segue para ser lançada no sistema.

Identificou-se durante as observações que as notas são lançadas imediatamente

após a conferência exceto, quando há muita mercadoria a ser lançada ou quando o

responsável pelo lançamento no sistema prioriza outros assuntos. O registro do

estoque é efetuado totalmente no software de controle de estoque desenvolvido e

utilizado pelo grupo Israel Rolamentos.

Primeiramente, é consultado se o item já está cadastrado, caso contrário é

efetuado um cadastro do novo produto no sistema que será registrado com um

Page 36: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

36

número seqüencial, seguindo o princípio arbitrário6, e todas as informações

pertinentes ao produto como: a descrição, a aplicação, o código do fabricante, as

dimensões, marca, grupo e subgrupo, tributação, custo de compra e custo de

reposição, preço de venda, desconto máximo permitido e códigos sinônimos do

produto.

A divisão dos grupos não segue uma regra definida, não é muito especifica ou

detalhada, divide-se em grupo e um subgrupo, em alguns casos os dois.

3.3 MODELO DE PREVISÃO DE ESTOQUE UTILIZADO PELA EMPRESA

3.3.1 Métodos de Previsão de Estoques

A previsão de estoques ou a quantidade prevista a ser estocada não seguem

um modelo único ou padronizado. De acordo com informações levantadas

informalmente na empresa “tudo depende da época, do tipo de cliente alvo que se

queira atingir, da situação financeira, da importância do item no estoque e outras

situações”.

A princípio foram identificadas quatro formas de se estimar a quantidade dos

pedidos:

1ª) Uma das formas utilizadas para estabelecer a quantidade a ser pedida é

através da opinião dos vendedores que estão diretamente em contato com

clientes.

2ª) Outra forma se dá pela análise de relatório de movimentações emitido pelo

sistema de controle de estoque, onde se especifica o período compreendido de

6 a 12 meses retroativos, uma espécie de análise de tendências7. E sobre este,

calcula-se a média mensal e projeta-se para um número “x” de meses que se

queira atingir.

3ª) Ainda, usa-se fazer uma pesquisa entre os clientes, do número de

equipamentos existentes (tratores, colheitadeiras, caminhões, utilitários, etc.) e o

6 Os itens de material são codificados seqüencialmente, à medida que ingressam no estoque, e tem como desvantagem o fato de não permitir nenhuma forma de identidade entre itens de material da mesma natureza. FRANCISCHINI E GURGEL (2002, p.118)

Page 37: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

37

período de trabalho de cada um deles. Por exemplo: a empresa pretende

ampliar sua linha, quer comercializar filtros para determinado trator ou outro

equipamento em específico. Primeiro passo é levantar quantos equipamentos

existem na região, a quantidade e os tipos de filtros que eles utilizam. Segundo,

verificar a cada quanto tempo (horas de trabalho) é feito troca desses filtros.

Terceiro sazonalidade de trabalho, este fator deve ser levado em conta, pois

alguns equipamentos, principalmente, na atividade agrícola, trabalham somente

três meses por ano, exemplo disso são as colheitadeiras que operam somente

no período da colheita. Tendo estes dados em mãos é possível estimar o

estoque para atender a demanda daquele período, não havendo assim

necessidade de compras excedentes.

4ª) E por fim, porém, não muito usual é a compra antecipada8 que consiste em

comprar uma grande quantidade de produtos para aproveitar as promoções dos

fornecedores, levando-se em consideração as outras formas de previsão.

3.4 ANÁLISE DAS MOVIMENTAÇÕES

Para e elaboração da análise das movimentações foram utilizados alguns

indicadores de níveis de estoque. Esses indicadores possuem várias finalidades,

cabe a empresa a melhor maneira de tirar proveito dessas informações, porém uma

das finalidades é demonstrar limites para a manutenção dos estoques. Tais

indicadores trazem informações de quais níveis seriam ideais para o estoque,

sempre baseados no histórico das movimentações.

A movimentação do estoque se dá a partir da entrada no sistema da Nota

Fiscal de Compra. Neste momento são colocados todos os dados constantes da

Nota, tais como: fornecedor, produtos, as quantidades, códigos, valores, impostos

incidentes, condições de pagamentos, etc. E sua saída no momento em que se

emite a Nota de Venda.

7 ANÁLISE DE TENDÊNCIAS: Técnica de previsão de vendas que se apoia em padrões de vendas passadas para prever vendas futuras.(CHURCHILL, 2003, p.107) 8 COMPRA ANTECIPADA: Prática consistente em comprar um grande estoque para aproveitar o preço reduzido de um fornecedor.(CHURCHILL, 2003, p. 107)

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38

As movimentações de estoque não ocorrem somente pela operação de

compra e venda, também por ajustes de estoque, balanços e cancelamentos de

notas.

3.4.1 Tipos de Movimentações

Os cinco tipos de movimentações de estoque identificadas ocorrem nas

seguintes situações:

Nota Fiscal de Venda (NFV): ocorre no momento da saída do produto com

a emissão da nota de venda;

Nota Fiscal de Compra (NFC): no momento em que é registrada a entrada

da mercadoria no sistema;

Balanço de Estoque (BAL): em virtude do inventário, identifica uma

situação de entrada e de saída de mercadoria;

Ajuste de Estoque (AJT): sua ocorrência se dá no ato do ajuste das

quantidades em estoque, pode ser uma saída ou uma entrada;

Cancelamento de Nota Fiscal (CNF): somente ocorre quando uma nota de

venda é cancelada.

Esses tipos de movimentações podem ser efetuados tanto pelo pessoal de

vendas, quanto o pessoal que atua no financeiro, o sistema permite que qualquer

um pratique estas rotinas.

3.4.2 Produtos Analisados

Devido ao grande número de produtos cadastrados no estoque da empresa,

cerca de 18400 itens9, optou-se por fazer uma análise utilizando-se uma

amostragem de apenas 12 (doze) itens (Quadro 1) do grupo específico de Filtros

(Quadro 1) e efetuar o levantamento no sistema de controle de estoques das

movimentações ocorridas no período compreendido de 01/09/2004 a 31/08/2005.

9 Este dado sofre alterações quase que diariamente devido à aquisição de novos produtos.

Page 39: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

39

Quadro 1 – Relação dos produtos analisados

CODIGO DESCRIÇAO UNID. V. Custo Pr. Venda 18011 Filtro Lubrificante PC 10,88 17,00

167655 Filtro Lubrificante PC 13,95 19,50 165636 Filtro Combustível PC 3,02 4,50 18008 Filtro Combustível PC 6,83 11,00

161454 Filtro Combustível PC 11,66 18,00 140322 Filtro Combustível PC 16,22 25,00 161455 Filtro Lubrificante PC 58,20 87,00 149372 Filtro Ar PC 33,82 51,00 18005 Filtro Direção PC 4,28 6,50

162637 Filtro Ar PC 45,12 70,00 163892 Filtro Lubrificante PC 27,63 42,00 167860 Filtro Ar PC 89,00 160,00

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

3.4.3 Inventário

No dia 01/09/2005 efetuou-se um inventário dos produtos selecionados, com

a finalidade de fazer uma conciliação10 entre o estoque físico e a quantidade

apresentada no sistema de controle de estoques da empresa (Tabela 3).

Tabela 3 – Inventário do estoque realizado em 01/09/2005

CODIGO Estoque Sistema Estoque Físico PRODUTO em 01/09/2005 em 01/09/2005

18011 104 104 167655 19 20 165636 65 65 18008 3 3

161454 128 128 140322 16 16 161455 50 50 149372 11 11 18005 186 186

162637 37 39 163892 38 38 167860 13 13

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

10 CONCILIAÇÃO: Ato ou efeito de combinar, ajustar ou harmonizar coisas que parecem contrárias ou contraditórias. (HOUAISS, 2001, p. 786)

Page 40: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

40

O inventário físico11 representa uma oportunidade de corrigir quaisquer

imprecisões nos registros de estoques (ARNOLD, 1999, p. 365). Segundo Martins e

Alt (2004, p. 156) inventário físico “consiste na contagem física dos itens em

estoque.”

Pode-se citar como causas de erros no registro de estoque, segundo Arnold

(1999, p. 362):

• Retirada de material sem autorização; • Depósito sem segurança; • Pessoal mal treinado; • Contagens imprecisas; • Transações não registradas; • Falhas do sistema.

O inventário demonstrou divergência entre estoque do sistema e o estoque

físico em dois produtos: 167655 e 162637, em ambos o estoque apresentado no

sistema está menor em relação ao físico. A diferença existente será acertada através

de movimentação do tipo BAL ou AJT.

3.4.4 Resumo das Movimentações

Os dados referentes às movimentações de estoque coletadas do sistema de

controle de estoque estão demonstrados no Quadro 2, onde os produtos estão

apenas identificados pelos seus respectivos códigos e as quantidades referem-se ao

total das entradas e das saídas de cada mês correspondente, dos 12 (doze) itens

selecionados, contendo também o estoque inicial e estoque final do período.

11 INVENTÁRIO FÍSICO: É uma contagem periódica dos materiais existentes para efeito de comparação com os estoques registrados e contabilizados em controle da empresa, a fim de se comprovar sua existência e exatidão. (VIANA,2002,p.381)

Page 41: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

41

Quadro 2 - Movimentação de estoque - baseados nos meses de setembro/2004

a agosto/2005.

Produto Est. ENTRADAS - 01/09/2004 A 31/08/2005 Inic. SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

18011 24 59 9 48 6 35 96 0 2 1 2 85 97 167655 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 165636 -7 10 0 0 0 0 200 0 0 30 0 0 2

18008 85 15 0 48 36 6 50 0 0 0 24 20 49 161454 84 26 26 53 10 32 1 0 9 4 48 98 48 140322 54 1 51 25 0 16 0 10 0 0 8 1 1 161455 5 28 69 1 0 41 24 0 0 0 24 1 0 149372 8 4 20 12 0 2 0 1 0 1 10 0 13

18005 21 240 0 0 10 69 120 0 1 0 168 5 96 162637 28 0 27 168 15 121 0 0 10 0 0 3 1 163892 15 0 0 0 0 65 0 0 0 2 5 0 36 167860 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 10 0 0

Produto SAÍDAS - 01/09/2004 A 31/08/2005 Est. SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO Fin.

18011 14 22 72 39 46 6 26 5 5 40 13 72 104 167655 0 2 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 19 165636 0 0 0 0 0 1 22 30 60 8 35 14 65

18008 36 20 51 24 2 8 6 9 2 17 69 86 3 161454 59 16 16 58 34 41 8 2 9 7 48 13 128 140322 37 9 18 2 15 4 13 5 7 18 12 11 16 161455 9 9 9 1 58 18 3 2 10 6 13 5 50 149372 8 7 2 7 3 4 3 2 5 1 9 9 11

18005 80 54 7 21 123 1 106 12 21 49 21 49 186 162637 23 32 3 54 0 1 141 31 12 3 16 20 37 163892 2 3 0 7 33 0 3 1 3 21 7 5 38 167860 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 13

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

O saldo do estoque final demonstra uma quantidade elevada. O estoque que

existia no início do período era menor que o apurado no final, na maioria dos

produtos analisados. Isto representa um investimento de capital em estoque parado.

Financeiramente falando é mais interessante diminuir os ativos e aumentar o

giro de capital. O aumento do estoque afeta principalmente o departamento

financeiro. (DIAS, 1995).

A análise das movimentações ocorridas durante o período, de acordo com os

Tipos, estão dispostas de forma resumida no Quadro 3 e Figura 2. As informações

ali contidas possibilitam uma visualização melhor de como essas movimentações

ocorreram separadamente, tanto em quantidade de produtos como também em

valores de custo (Quadro 4 e Figura 3).

Page 42: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

42

Quadro 3 - Resumo das quantidades movim. de 01/09/2004 a 31/08/2005

ENTRADAS ( + ) TOTAL SAÍDAS ( - ) TOTAL CODIGO NFC BAL CNF AJT ENTRADAS NFV BAL AJT SAÍDAS

18011 360 46 23 11 440 339 20 1 360 167655 0 0 0 0 0 3 2 0 5 165636 0 200 32 10 242 142 28 0 170 18008 204 18 23 3 248 299 31 0 330

161454 224 91 40 0 355 266 45 0 311 140322 72 21 19 1 113 114 37 0 151 161455 138 45 5 0 188 94 49 0 143 149372 54 2 7 0 63 59 0 1 60 18005 624 69 16 0 709 495 49 0 544

162637 170 121 29 25 345 206 130 0 336 163892 84 17 7 0 108 68 17 0 85 167860 4 10 1 0 15 2 0 0 2 TOTAL 1934 640 202 50 2826 2087 408 2 2497

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

Legenda: NFV : Nota Fiscal de Venda

BAL : Balanço de Estoque

AJT : Ajuste de Estoque

NFC : Nota Fiscal de Compra

CNF : Cancelamento de Nota Fiscal

Fígura 2 - Gráfico do resumo das entradas e saídas

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

O levantamento demonstra uma quantidade significativa de produtos

movimentados por BAL, tanto na entrada (23%), quanto na saída (16%).

SAÍDAS ( - )

BAL16%

AJT0%

NFV84%

NFV

BAL

AJT

ENTRADAS ( + )

AJT2%

CNF7%

BAL23%

NFC68%

NFC

BAL

CNF

AJT

Page 43: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

43

Quadro 4 - Resumo das movimentações em valores de custo – de 01/09/2004 a 31/08/2005

ENTRADAS ( + ) SAÍDAS ( - ) CODIGO NFC BAL CNF AJT

TOTAL ENTRADAS NFV BAL AJT

TOTAL SAÍDAS

18011 3.916,80 500,48 250,24 119,68 4.787,20 3.688,32 217,60 10,88 3.916,80 167655 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 41,85 27,90 0,00 69,75 165636 0,00 604,00 96,64 30,20 730,84 428,84 84,56 0,00 513,40 18008 1.393,32 122,94 157,09 20,49 1.693,84 2.042,17 211,73 0,00 2.253,90

161454 2.611,84 1.061,06 466,40 0,00 4.139,30 3.101,56 524,70 0,00 3.626,26 140322 1.167,84 340,62 308,18 16,22 1.832,86 1.849,08 600,14 0,00 2.449,22 161455 8.031,60 2.619,00 291,00 0,00 10.941,60 5.470,80 2.851,80 0,00 8.322,60 149372 1.826,28 67,64 236,74 0,00 2.130,66 1.995,38 0,00 33,82 2.029,20 18005 2.670,72 295,32 68,48 0,00 3.034,52 2.118,60 209,72 0,00 2.328,32

162637 7.670,40 5.459,52 1.308,48 1.128,00 15.566,40 9.294,72 5.865,60 0,00 15.160,32 163892 2.320,92 469,71 193,41 0,00 2.984,04 1.878,84 469,71 0,00 2.348,55 167860 356,00 890,00 89,00 0,00 1.335,00 178,00 0,00 0,00 178,00 TOTAL 31.965,72 12.430,29 3.465,66 1.314,59 49.176,26 32.088,16 11.063,46 44,70 43.196,32

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

Fígura 3 - Gráfico do resumo das entradas e saídas - em valores de custo

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

Esses mesmos produtos, em valores de custo, representam um percentual

ainda maior: nas entradas (25%) e nas saídas (26%). (Figura 3)

Considerando as movimentações de entrada no estoque, em valores de

custo, 65% foram através de NFC, 3% de AJT e 7% por CNF.

As NFV representam em valores de custo 74% das movimentações e em

quantidade 84% (Figura 2).

3.4.5 Vendas e Compras

Os valores das Vendas e Compras ficaram muito próximos, porém deve-se

levar em conta os Cancelamentos que, subtraídos das vendas demonstram um

volume maior de compras. Dos 12 (doze) itens analisados 7 (sete) apresentaram

compras superiores às vendas (58%), 2 itens não apresentaram qualquer compra.

SAÍDAS ( - )

BAL26%

AJT0%

NFV74%

NFV

BAL

AJT

ENTRADAS ( + )

AJT3%

CNF7%

BAL25% NFC

65%

NFC

BAL

CNF

AJT

Page 44: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

44

Ainda, 2 (dois) produtos (167655 e 167860) tiveram um volume de vendas muito

baixo durante o período.

De acordo com os dados contidos neste resumo (Quadro 3), pode-se dizer

que as vendas ocorridas não demonstram a realidade. Pois, deve-se levar em

consideração que durante o período houve cancelamentos de notas. Logo, pegando

as quantidades vendidas e subtraindo-se os cancelamentos obtêm-se a venda real

como demonstra a Tabela 4.

Tabela 4 – Venda Real

CODIGO VENDAS CANCELAMENTOS VENDA REAL 18011 339 23 316

167655 3 0 3 165636 142 32 110 18008 299 23 276

161454 266 40 226 140322 114 19 95 161455 94 5 89 149372 59 7 52 18005 495 16 479

162637 206 29 177 163892 68 7 61 167860 2 1 1

Fonte: Isa Rolamentos (2005) elaborado pelo autor.

As vendas ocorridas apresentam alguns aspectos peculiares, conforme

mostra o Quadro 5, revelando períodos em que o consumo varia muito entre os

produtos, caracterizando demandas sazonais.

Quadro 5 - Vendas reais referentes 01/09/2004 a 31/08/2005

Produto VENDAS - 01/09/2004 A 31/08/2005 SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO 18011 14 13 64 32 34 6 26 3 4 38 11 71

167655 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 165636 0 0 0 0 0 1 22 10 30 8 27 12 18008 36 20 51 24 2 6 6 9 2 17 18 85

161454 14 14 14 48 26 40 8 1 5 7 36 13 140322 3 6 15 2 13 4 3 5 7 17 10 10 161455 8 7 8 1 17 18 3 2 10 1 9 5 149372 4 6 2 7 3 4 2 2 4 1 9 8 18005 80 54 7 11 74 1 106 11 21 49 16 49

162637 23 32 3 39 0 1 11 21 12 3 13 19 163892 0 3 0 7 25 0 3 1 1 11 5 5 167860 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Page 45: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

45

Quadro 6 – Compras referentes 01/09/2004 a 31/08/2005

COMPRAS - 01/09/2004 A 31/08/2005 Produto SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

18011 48 0 48 0 0 96 0 0 0 0 72 96 167655 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 165636 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18008 0 0 48 36 0 48 0 0 0 24 0 48

161454 24 24 48 0 0 0 0 8 0 48 72 0 140322 0 48 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 161455 23 67 0 0 0 24 0 0 0 24 0 0 149372 0 20 12 0 0 0 0 0 0 10 0 12 18005 240 0 0 0 0 120 0 0 0 168 0 96

162637 0 20 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 163892 0 0 0 0 48 0 0 0 0 0 0 36 167860 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

As compras não seguem uma política definida, ora compra-se grandes

quantidades, ora quantidades menores (Quadro 6). Ocorrem também, períodos com

ausência de compras. A conseqüência de compras elevadas fica evidenciado no

Quadro 2, onde o saldo do estoque final demonstra-se elevado.

A relação entre o volume efetuado de compras e as vendas está demonstrada

no Gráfico das Vendas Reais e Compras no Anexo I. Este gráfico demonstra de

forma bem prática um comparativo entre as vendas reais e as compras do período

determinado, com isso pode-se visualizar o volume de compra com as vendas mês a

mês.

3.4.6 Estoque Médio e Rotatividade

O cálculo do estoque médio (Quadro 7) é requisito para o cálculo da

rotatividade. Toma-se por base o estoque do início do período e o estoque do fim do

período para elaboração do cálculo.

Dos produtos analisados, o estoque médio dos itens 167655 (21,50) e 167860

(6,50) são muito superiores às vendas do período. E a rotatividade aferida (Quadro

8) desses itens é inferior a uma unidade durante o período analisado.

O giro dos estoques neste período (Quadro 7) está muito abaixo da média

brasileira que é de 14 giros de estoque por ano e 80 giros à média mundial. Quanto

menor a rotatividade, maior o valor imobilizado em estoque e vice-versa. (POZO,

2004).

Page 46: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

46

Quadro 7 – Cálculo de estoque médio

PRODUTO Estoque Inicial

Estoque Final Estoque Médio

18011 24 104 64,00 167655 24 19 21,50 165636 -7 65 29,00 18008 85 3 44,00

161454 84 128 106,00 140322 54 16 35,00 161455 5 50 27,50 149372 8 11 9,50 18005 21 186 103,50

162637 28 37 32,50 163892 15 38 26,50 167860 0 13 6,50

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Estoque Médio = (24 + 104) ÷÷2 = 64 Quadro 8 - Rotatividade do estoque e demanda média

PRODUTO Venda Real Demanda Média Estoque Médio Rotação 18011 316 26,33 64,00 4,94

167655 3 0,25 21,50 0,14 165636 110 9,17 29,00 3,79 18008 276 23,00 44,00 6,27

161454 226 18,83 106,00 2,13 140322 95 7,92 35,00 2,71 161455 89 7,42 27,50 3,24 149372 52 4,33 9,50 5,47 18005 479 39,92 103,50 4,63

162637 177 14,75 32,50 5,45 163892 61 5,08 26,50 2,30 167860 1 0,08 6,50 0,15

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Rotatividade = Vendas / Estoque Médio

O consumo médio mensal ou a demanda média de um produto, conforme

Dias (1995, p. 61), “é a quantidade referente à média aritmética das retiradas

mensais de estoque”. Em outras palavras, são os totais das vendas do período

dividido pelo número de períodos.

Page 47: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

47

Esses dados demonstram que para atender a demanda do período não seria

necessário um estoque médio tão elevado. Daí os saldos resultantes do estoque

final. O estoque final está acima da demanda média.

3.4.7 Tempo de Cobertura

O Tempo de cobertura é um indicador que demonstra o tempo que demora

entre um ressuprimento e outro da mercadoria. Seu valor representa a soma dos

tempos internos e externos durante o intervalo de ressuprimento.

Quadro 9 – Cálculo do tempo de cobertura (mês)

PRODUTO

Pra

zo d

e in

form

ação

Pra

zo d

e el

abor

ação

do

pedi

do

Pra

zo d

e en

treg

a da

m

erca

dori

a

Pra

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e re

cebi

men

to

Mar

gem

de

segu

ranç

a

Tota

l da

cobe

rtur

a

Tem

po d

e C

ober

tura

18011 2 2 20 1 1 26 0,87 167655 2 2 20 1 1 26 0,87 165636 2 2 20 1 1 26 0,87 18008 2 2 20 1 1 26 0,87

161454 2 2 20 1 1 26 0,87 140322 2 2 20 1 1 26 0,87 161455 2 2 20 1 1 26 0,87 149372 2 2 20 1 1 26 0,87 18005 2 2 20 1 1 26 0,87

162637 2 2 20 1 1 26 0,87 163892 2 2 20 1 1 26 0,87 167860 2 2 20 1 1 26 0,87

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Tempo de Cobertura ( TC ) = total da cobertura ( soma dos tempos ) / 30

3.4.8 Estoque Mínimo

O tempo de cobertura juntamente com a demanda real resultam o indicador

de estoque mínimo. Este indicador fornece um valor mínimo de estoque para o

produto enquanto aguarda o ressuprimento.

Page 48: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

48

Fica bem evidenciado que o valor do Tempo de Cobertura é o fator

determinante para o cálculo do Estoque Mínimo, qualquer alteração nesse valor

reflete direta e significativamente no resultado final.

Est. Mínimo = Demanda (Consumo médio mensal) x Tempo de cobertura ( K )

Demanda = Total das vendas / nº de períodos

Quadro 10 – Cálculo de estoque mínimo

PRODUTO Demanda Real Tempo de Cobertura Estoque Mínimo

18011 26,33 0,87 22,82 167655 0,25 0,87 0,22 165636 9,17 0,87 7,94 18008 23,00 0,87 19,93

161454 18,83 0,87 16,32 140322 7,92 0,87 6,86 161455 7,42 0,87 6,43 149372 4,33 0,87 3,76 18005 39,92 0,87 34,59

162637 14,75 0,87 12,78 163892 5,08 0,87 4,41 167860 0,08 0,87 0,07

Fonte: Isa Rolamentos (2005).

3.4.9 Ponto de Pedido

Tendo a informação da demanda, do estoque mínimo e do tempo de

cobertura é possível demonstrar outro indicador, o de ponto de pedido. Tal valor

demonstra o momento em que se deve iniciar um novo processo de compra. E este

valor pode sofrer alterações no seu resultado caso um dos outros três indicadores

sofrer qualquer mudança, como demonstra o Quadro 11.

Page 49: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

49

Quadro 11 - Ponto de pedido

PRODUTO Demanda ( C ) TC ( TR ) E. Mínimo Ponto Pedido

18011 26,33 0,87 22,82 46 167655 0,25 0,87 0,22 0 165636 9,17 0,87 7,94 16 18008 23,00 0,87 19,93 40

161454 18,83 0,87 16,32 33 140322 7,92 0,87 6,86 14 161455 7,42 0,87 6,43 13 149372 4,33 0,87 3,76 8 18005 39,92 0,87 34,59 69

162637 14,75 0,87 12,78 26 163892 5,08 0,87 4,41 9 167860 0,08 0,87 0,07 0

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

Ponto de Pedido = C x TR + E.Min.

PP = 2xE.Min.

C = Demanda ( Consumo médio mensal )

TR = Tempo de Cobertura (TC)

E.Min. = Estoque Mínimo

3.4.10 Intervalo de Ressuprimento Médio

O indicador do intervalo de ressuprimento médio demonstra o tempo médio

entre um ressuprimento e outro. Esse valor multiplicado pela demanda constitui o

indicador de lote de compra. O IR tráz o tempo médio em meses entre uma compra

e outra.

Page 50: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

50

Quadro 12 – Intervalo de ressuprimento médio (IR)

PRODUTO Nº PERÍODOS Nº COMPRAS I. R.

18011 12,00 5,00 2,40 167655 12,00 0,00 0,00 165636 12,00 0,00 0,00 18008 12,00 5,00 2,40

161454 12,00 6,00 2,00 140322 12,00 2,00 6,00 161455 12,00 4,00 3,00 149372 12,00 4,00 3,00 18005 12,00 4,00 3,00

162637 12,00 2,00 6,00 163892 12,00 2,00 6,00 167860 12,00 1,00 12,00

Fonte: DIAS (1995, p. 136), elaborado pelo Autor

Intervalo de Ressuprimento médio (em meses) = Nº Períodos / Nº compras

3.4.11 Lote de Compra

O lote de compra é um indicador que fornece a quantidade a ser comprada,

baseada no histórico e nos dados dos outros indicadores. Pode ser também

considerado como uma sugestão da quantidade a ser adquirida.

Quadro 13 - Cálculo do lote de compra

PRODUTO I.R. Demanda Lote de Compra

18011 2,40 26,33 63,20 167655 0,00 0,25 0,00 165636 0,00 9,17 0,00

18008 2,40 23,00 55,20 161454 2,00 18,83 37,67 140322 6,00 7,92 47,50 161455 3,00 7,42 22,25 149372 3,00 4,33 13,00

18005 3,00 39,92 119,75 162637 6,00 14,75 88,50 163892 6,00 5,08 30,50 167860 12,00 0,08 1,00

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Lote de Compra = Intervalo de Ressuprimento ( IR ) x Demanda

Page 51: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

51

Sua eficácia se torna maior se utilizado em observância ao IR. O uso do

modelo do lote de compra pode ser opcional, pois deve-se levar em conta a

sazonalidade da demanda. É importante definir quando e quanto comprar para que

não fique mercadoria estocada por períodos de pouca procura. Também sofre

oscilação caso os indicadores que o compõe sejam alterados.

3.4.12 Estoque Máximo

O estoque máximo é um indicador da quantidade máxima que se deve ter

estocada. Neste caso é determinado pela soma do estoque mínimo mais o lote de

compra. Sua função principal visa demonstrar um limite, a ser obedecido, de

mercadoria em estoque. Isso não significa que seu valor deva ser tomado como

regra, visto que num sistema Just In Time, tal valor dificilmente seria alcançado.

Quadro 14 - Cálculo de estoque máximo

PRODUTO Est. Mínimo Lote de compra Estoque Máximo

18011 22,82 63,20 86,02 167655 0,22 0,00 0,22 165636 7,94 0,00 7,94

18008 19,93 55,20 75,13 161454 16,32 37,67 53,99 140322 6,86 47,50 54,36 161455 6,43 22,25 28,68 149372 3,76 13,00 16,76

18005 34,59 119,75 154,34 162637 12,78 88,50 101,28 163892 4,41 30,50 34,91 167860 0,07 1,00 1,07

Fonte: Isa Rolamentos (2005)

Est. Máximo = Estoque mínimo + Lote de compra

3.4.13 Índice Sazonal

A Sazonalidade, dentro do estudo da demanda, ocorrem quando há picos de

consumos de produtos em determinados períodos (ARNOLD, 1999). De acordo com

Dias (1995, p.31), “o consumo é considerado sazonal quando possui alterações de

25%”.

Page 52: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

52

O indicador da sazonalidade de vendas demonstra um índice resultante da

demanda de cada período pela demanda média de todos os períodos. A sua análise

sobre o comportamento dos produtos pode ser: anual, semestral, trimestral ou

mensal, depende apenas do que a organização pretende. O uso do indicador de

índice de sazonalidade se torna mais eficiente quando se analisam vários períodos

repetidos. Por exemplo, quando se analisa o comportamento dos mesmos meses

durante vários anos. Com o valor desse indicador é possível fazer previsões de

compras com maior segurança.

No Quadro 15, identificou-se o índice sazonal de cada mês durante os doze

períodos compreendidos entre 01/09/2004 a 31/08/2005.

I.S. = Demanda Média do Período ÷÷ Demanda Média de todos períodos

Outra importante aplicação para o índice sazonal é, quando utilizado para o

efetuar o calculo do EMSM - Estoque Mínimo Sazonal Mensal (Quadro 19). Este

indicador permite que se obtenha um valor do estoque mínimo para cada mês, não

permanecendo estático. Com isso pode-se expandir mais a análise dos estoques.

Page 53: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

53

Quadro 15 - Índice de sazonalidade ( I.S. ) - 01/09/2004 a 31/08/2005

Demanda por período Produto

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

Demanda

Média

18011 14 13 64 32 34 6 26 3 4 38 11 71 26,33 I.S. 0,53 0,49 2,43 1,22 1,29 0,23 0,99 0,11 0,15 1,44 0,42 2,70

167655 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0,25 I.S. 0,00 8,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 0,00 0,00 0,00

165636 0 0 0 0 0 1 22 10 30 8 27 12 9,17 I.S. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 2,40 1,09 3,27 0,87 2,95 1,31

18008 36 20 51 24 2 6 6 9 2 17 18 85 23,00 I.S. 1,57 0,87 2,22 1,04 0,09 0,26 0,26 0,39 0,09 0,74 0,78 3,70

161454 14 14 14 48 26 40 8 1 5 7 36 13 18,83 I.S. 0,74 0,74 0,74 2,55 1,38 2,12 0,42 0,05 0,27 0,37 1,91 0,69

140322 3 6 15 2 13 4 3 5 7 17 10 10 7,92 I.S. 0,38 0,76 1,89 0,25 1,64 0,51 0,38 0,63 0,88 2,15 1,26 1,26

161455 8 7 8 1 17 18 3 2 10 1 9 5 7,42 I.S. 1,08 0,94 1,08 0,13 2,29 2,43 0,40 0,27 1,35 0,13 1,21 0,67

149372 4 6 2 7 3 4 2 2 4 1 9 8 4,33 I.S. 0,92 1,38 0,46 1,62 0,69 0,92 0,46 0,46 0,92 0,23 2,08 1,85

18005 80 54 7 11 74 1 106 11 21 49 16 49 39,92 I.S. 2,00 1,35 0,18 0,28 1,85 0,03 2,66 0,28 0,53 1,23 0,40 1,23

162637 23 32 3 39 0 1 11 21 12 3 13 19 14,75 I.S. 1,56 2,17 0,20 2,64 0,00 0,07 0,75 1,42 0,81 0,20 0,88 1,29

163892 0 3 0 7 25 0 3 1 1 11 5 5 5,08 I.S. 0,00 0,59 0,00 1,38 4,92 0,00 0,59 0,20 0,20 2,16 0,98 0,98

167860 0 0 0 0 0 1,00 0 0 0 0 0 0 0,08 I.S. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fonte: Isa Rolamentos (2005) Elaboração: pelo Autor.

18011 ⇒⇒ I.S. = Demanda do período÷Demanda Média ⇒ I.S. = 14 ÷ 26,33 = 0,53

3.4.14 Classificação ABC

Esta classificação permite visualizar a importância de cada produto dentro do

estoque tanto pelo seu valor representativo em vendas quanto pela rotatividade dos

estoques.

A abordagem de classificação pelo preço de venda (Quadro 16 - Figura 4),

demonstra que os produtos 162637,161455 e 18011 classificam-se como “A”.

Representam significativa importância, pois trazem maior retorno financeiro.

Entretanto, observando o Quadro 17 – Figura 5, eles giram menos que alguns

produtos de classificação “B” e “C”.

Page 54: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

54

Quadro 16 - Classificação ABC do estoque - em valores de venda

PRODUTO VENDAS (UNID./mês)

PREÇO VENDA R$/unid.

UTILIZAÇÃO NO PERÍODO EM VALORES

(R$)

ORDEM DECRESC. PRODUTO ACUMUL.

TOTAL % Classif. A B C

18011 316 17,00 5.372,00 12.390,00 162637 12.390,00 28,14 A 167655 3 19,50 58,50 7.743,00 161455 20.133,00 45,73 A 165636 110 4,50 495,00 5.372,00 18011 25.505,00 57,93 A 18008 276 11,00 3.036,00 4.068,00 161454 29.573,00 67,17 B

161454 226 18,00 4.068,00 2.562,00 163892 32.135,00 72,99 B 140322 95 25,00 2.375,00 3.113,50 18005 35.248,50 80,06 B 161455 89 87,00 7.743,00 3.036,00 18008 38.284,50 86,96 B 149372 52 51,00 2.652,00 2.652,00 149372 40.936,50 92,98 C 18005 479 6,50 3.113,50 2.375,00 140322 43.311,50 98,38 C

162637 177 70,00 12.390,00 495,00 165636 43.806,50 99,50 C 163892 61 42,00 2.562,00 160,00 167860 43.966,50 99,87 C 167860 1 160,00 160,00 58,50 167655 44.025,00 100,00 C

Fonte: Isa Rolamentos,2005, elaborado pelo Autor

Fígura 4 - Gráfico curva ABC - em valores de venda

Fonte: Isa Rolamentos,2005

Observou-se também, que os mesmos produtos mencionados, aplicando-se o

método ABC, analisando-se a rotatividade do período, classificam-se da seguinte

forma: 162637 como “A”, 161455 “B” e 18011 “B”, como demonstra o Quadro 17 e

Figura 5.

CLASSIFICAÇÃO ABC

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

162637 161455 18011 161454 163892 18005 18008 149372 140322 165636 167860 167655

Produtos

Val

ores

B A C

Page 55: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

55

Quadro 17 - Classificação ABC do estoque - em rotatividade

PRODUTO ROTATATIVIDADE

NO PERÍODO

PRODUTO

ORDEM DECRESC.

ACUMUL. TOTAL % Classif.

A B C

18011 7,32 18008 6,27 6,27 15,21 A 167655 0,14 149372 5,47 11,74 28,48 A 165636 1,49 162637 5,45 17,19 41,70 A 18008 4,19 18011 4,94 22,13 53,69 B

161454 4,78 18005 4,63 26,76 64,92 B 140322 1,91 165636 3,79 30,55 74,11 B 161455 1,53 161455 3,24 33,79 81,97 B 149372 3,77 140322 2,71 36,50 88,55 C 18005 4,34 163892 2,30 38,80 94,13 C

162637 1,76 161454 2,13 40,93 99,30 C 163892 2,97 167860 0,15 41,08 99,66 C 167860 0,27 167655 0,14 41,22 100,00 C

Fonte: Isa Rolamentos, 2005, elaborado pelo Autor

Fígura 5 - Gráfico curva ABC - em rotatividade

Fonte: Isa Rolamentos, 2005

A classificação dos produtos pelo método ABC possibilita fazer essa análise,

demonstrando o grau de importância de cada item seja pelo seu valor de venda, ou

seja, pela rotatividade. É claro que dentro do universo dos itens constantes no

estoque da empresa, os produtos aqui analisados representam um pequeno

CLAS S IFICAÇÃO ABC

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

1800

8

1493

72

1626

37

1801

118

005

1656

36

1614

55

1403

22

1638

92

1614

54

1678

60

1676

55

P rodutos

Val

ores

A B C

Page 56: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

56

percentual, mas procurou-se com esses itens trazer as mais variadas situações

dando uma noção de como se comporta o estoque.

3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

O uso eficiente e eficaz de um controle dos níveis de estoque é necessário

para a uma aplicação racional dos recursos financeiros disponíveis pela

organização. A adoção de modelos prontos pode se tornar opcional. A empresa

pode definir critérios e modelos próprios, independentes dos prontos, ou pode

simplesmente adaptá-los de acordo com sua realidade e a necessidade, tudo

depende da política e da forma de gestão dos estoques.

Independente do modelo utilizado é imprescindível que se tenha

conhecimento dos principais indicadores de níveis de estoque, sem os quais se

torna impossível criar um modelo ou uma forma de gestão dos estoques. Em termos

práticos, aplicando-se o modelo de controle de níveis de estoque utilizado para a

análise das movimentações, conseguiu-se um resultado de até 12% a menor no

volume total de compras, e individualmente alguns produtos apresentaram um

percentual maior. No Quadro 18 comparou-se o volume de compras efetuadas pela

empresa neste período com o modelo utilizado durante as análises, utilizando-se a

informação do valor do lote compra multiplicado pelo número de compras, tendo

sempre como base os valores de custo das mercadorias.

Quadro 18 – Diferença entre valores de compra

CODIGO Modelo Utilizado Modelo Sugerido Diferença %

18011 3.916,80 3.438,08 -12,22 167655 0,00 0,00 0,00 165636 0,00 0,00 0,00 18008 1.393,32 1.885,08 35,29

161454 2.611,84 2.635,16 0,89 140322 1.167,84 1.540,90 31,94 161455 8.031,60 5.179,80 -35,51 149372 1.826,28 1.758,64 -3,70 18005 2.670,72 2.050,12 -23,24

162637 7.670,40 7.986,24 4,12 163892 2.320,92 1.685,43 -27,38 167860 356,00 89,00 -75,00

Total R$ 31.965,72 R$ 28.248,45 -12,20 Fonte: Isa Rolamentos (2005).Elaboração: o Autor.

Page 57: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

57

Este resultado foi obtido apenas com os históricos dos produtos, não se

levando em consideração qualquer medida de contenção nas compras ou futuras

alterações no modelo de compra.

A partir deste resultado conseguiu-se detectar que medidas de contenção de

compras ou mudança na gestão de compras têm influência direta com os principais

indicadores de níveis de estoque. Dentre algumas influências, segue abaixo:

Com utilização do Tempo de Cobertura como indicador do Tempo de

Reposição e de Tempo de Ressuprimento, pôde-se constatar alguns efeitos quando

da alteração de seus valores:

- A diminuição da quantidade comprada e do intervalo de compras aumenta a

freqüência das compras e como conseqüência diminui o lote de compra e o

tamanho do estoque máximo;

- Diminuir o prazo de entrega tem como conseqüência diminuição do estoque

mínimo e o ponto de pedido;

- Com o aumento da freqüência de compras e diminuição do volume

comprado apenas para a atender a demanda, pode ocorrer diminuição do

estoque médio e aumento da rotatividade.

Efetuando-se as compras de acordo com a estimativa de demanda diminui-se

o risco de investimentos desnecessários e consegue-se manter um grau de

atendimento satisfatório. Constata-se ainda, que fazendo compras em volume

excessivo o capital despendido é grande, pois o lote de compra é alto.

É importante administrar a quantidade de compra. Neste sentido a utilização

dos indicadores de demanda e o estudo da sazonalidade do produto se tornam

ferramentas indispensáveis. Quanto maior for o número de compras no período,

menor será o seu lote.

Ter o controle do estoque mínimo de modo que atenda o fluxo da demanda

até o momento que os estoques sejam repostos sem excessos e analisar a

importância de cada produto dentro do estoque, são apenas alguns dos aspectos a

serem levados em conta dentro do controle dos estoques. A utilização EMSM,

possibilita essa avaliação individual, trazendo um valor de estoque mínimo não

constante mas, com valores diferentes para cada mês (Quadro 19).

Fórmula: EMSM = Demanda x I. Sazonal x TC

Page 58: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

58

Quadro19 - Estoque mínimo sazonal mensal (EMSM) Produto Período de Análise - 01/09/04 à 31/08/05

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

18011 Demanda 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 26,33 I.Sazonal 0,53 0,49 2,43 1,22 1,29 0,23 0,99 0,11 0,15 1,44 0,42 2,70 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 12,18 11,31 55,67 27,84 29,58 5,22 22,62 2,61 3,48 33,06 9,57 61,76

167655 Demanda 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 I.Sazonal 0,00 8,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 0,00 0,00 0,00 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 0,00 1,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87 0,00 0,00 0,00

165636 Demanda 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 9,17 I.Sazonal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 2,40 1,09 3,27 0,87 2,95 1,31 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87 19,15 8,70 26,11 6,96 23,50 10,44

18008 Demanda 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 I.Sazonal 1,57 0,87 2,22 1,04 0,09 0,26 0,26 0,39 0,09 0,74 0,78 3,70 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 31,32 17,40 44,37 20,88 1,74 5,22 5,22 7,83 1,74 14,79 15,66 73,95

161454 Demanda 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 18,83 I.Sazonal 0,74 0,74 0,74 2,55 1,38 2,12 0,42 0,05 0,27 0,37 1,91 0,69 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 12,18 12,18 12,18 41,75 22,62 34,79 6,96 0,87 4,35 6,09 31,31 11,31

140322 Demanda 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 7,92 I.Sazonal 0,38 0,76 1,89 0,25 1,64 0,51 0,38 0,63 0,88 2,15 1,26 1,26 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 2,61 5,22 13,06 1,74 11,31 3,48 2,61 4,35 6,09 14,80 8,70 8,70

161455 Demanda 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 7,42 I.Sazonal 1,08 0,94 1,08 0,13 2,29 2,43 0,40 0,27 1,35 0,13 1,21 0,67 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 6,96 6,09 6,96 0,87 14,80 15,67 2,61 1,74 8,70 0,87 7,83 4,35

149372 Demanda 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 I.Sazonal 0,92 1,38 0,46 1,62 0,69 0,92 0,46 0,46 0,92 0,23 2,08 1,85 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 3,48 5,22 1,74 6,09 2,61 3,48 1,74 1,74 3,48 0,87 7,82 6,95

18005 Demanda 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 39,92 I.Sazonal 2,00 1,35 0,18 0,28 1,85 0,03 2,66 0,28 0,53 1,23 0,40 1,23 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 69,61 46,98 6,09 9,57 64,39 0,87 92,23 9,57 18,27 42,63 13,92 42,63

162637 Demanda 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 14,75 I.Sazonal 1,56 2,17 0,20 2,64 0,00 0,07 0,75 1,42 0,81 0,20 0,88 1,29 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 20,01 27,84 2,61 33,93 0,00 0,87 9,57 18,27 10,44 2,61 11,31 16,53

163892 Demanda 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 5,08 I.Sazonal 0,00 0,59 0,00 1,38 4,92 0,00 0,59 0,20 0,20 2,16 0,98 0,98 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 0,00 2,61 0,00 6,09 21,74 0,00 2,61 0,87 0,87 9,56 4,35 4,35

167860 Demanda 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 I.Sazonal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 T.C. 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87

Estoque Mínimo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fonte: Isa Rolamentos, 2005 Elaboração: o Autor

Page 59: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

59

Muitas vezes, a adoção de modelos prontos é uma solução, porém, a forma

como esses modelos são geridos e implantados podem apresentar resultados mais

satisfatórios. Frisando que, o controle somente será eficiente se complementado

com a definição de uma política de gestão.

Torna-se importante salientar que a redução do estoque a níveis

considerados adequados à realidade da demanda de mercado contribui para o

equilíbrio econômico e financeiro da organização.

Após as informações resultantes da aplicação do modelo utilizado de controle

de níveis de estoque, durante a análise verificou-se que há a necessidade de

mudanças na forma como o estoque é gerido. Vale salientar que este modelo se

baseia apenas no histórico dos produtos e possibilita fazer uma análise e reavaliar

todo o sistema de compras o qual tem influência direta sobre o uso dos recursos

financeiros.

Page 60: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

60

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Manter estoques requer alocação de capital de giro. Desta forma, controlar

seus níveis de modo a se obter o máximo de resultado deve ser o objetivo de todo

administrador. O ideal seria trabalhar com estoque zero adquirindo estoques de

acordo com o consumo, mas nem sempre isto será possível. Sem estoques, para

muitas empresas é praticamente impossível competir.

Baseado nessas premissas e em outras que se julgou serem importantes, que

este trabalho foi desenvolvido atingindo seu objetivo geral, demonstrando que a

utilização dos indicadores de níveis de estoque contribui para o equilíbrio econômico

e financeiro da organização quando da análise dos resultados. Juntamente, os

objetivos específicos, que foram necessários para que se pudesse ter a noção exata

de como ocorre o processo que desencadeia o controle dos níveis de estoque.

Vale salientar ainda, que as hipóteses propostas no início do estudo, no

decorrer do trabalho foram sendo confirmadas, como a discrepância entre os níveis

de estoque considerados ideais segundo os métodos científicos e os identificados na

empresa, a falta de uma política de controle de estoques definida e eficiente na

empresa e também durante as análises pôde-se perceber que a ausência de regras

claras a respeito do controle de estoques.

Em virtude desses resultados e diante da necessidade de se manter

estoques, faz-se necessário a utilização de ferramentas de controle dos níveis de

estoque para que se possa eliminar ao máximo as incertezas e as compras

excessivas ou desnecessárias. Contribuindo assim, para a manutenção de níveis

satisfatórios de atendimento da demanda.

Page 61: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

61

Desta forma, para o sucesso da organização, torna-se imprescindível a

definição de uma política de estoque, e ainda, verificou-se que modelo atual de

controle dos níveis de estoque requer a implantação de melhorias de modo a atingir

uma eficiência e eficácia12 maior, fornecendo assim, a informação dos principais

indicadores de níveis de estoque, tais como: indicador de estoque mínimo, máximo,

ponto de pedido, demanda média, classificação ABC do estoque, gráficos entre

outros.

Com tudo isso, conclui-se que a Administração dos Materiais é uma área

administrativa de fundamental importância dentro da organização. Ela requer

máximo de atenção por parte da administração, pois somente um controle eficiente

dos níveis de estoque pode contribuir para o equilíbrio econômico e financeiro da

organização e o seu desempenho diante do mercado.

12 EFICÁCIA: É uma medida do alcance de resultados. (CHIAVENATO,2003,p.154) EFICIÊNCIA: É uma medida da utilização dos recursos no processo. (CHIAVENATO,2003,p.154)

Page 62: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

62

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Page 64: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

64

ANEXOS

Page 65: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

65

ANEXO I - GRÁFICOS DAS VENDAS REAIS E COMPRAS - REF. 01/09/2004 À31/08/2005 DOS PRODUTOS 18011/167655/165636/18008

FONTE: ISA ROLAMENTOS, 2005 ELABORAÇÃO: O AUTOR

0

204060

80100

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

18011

Vendas Compras

0

0,5

11,5

2

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

167655

Vendas Compras

0

10

20

30

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

165636

Vendas Compras

0

50

100

SET NOV JAN MAR MAI JUL

18008

Vendas Compras

Page 66: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

66

GRÁFICO DAS VENDAS REAIS E COMPRAS - REF. 01/09/2004 À 31/08/2005 DOS PRODUTOS 161454/140322/161455/149372

FONTE: ISA ROLAMENTOS, 2005 ELABORAÇÃO: O AUTOR

0

20

40

60

80

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

161454

Vendas Compras

01020304050

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

140322

Vendas Compras

0

20

40

60

80

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

161455

Vendas Compras

0

5

10

15

20

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

149372

Vendas Compras

Page 67: A Utilizacao Dos Indicadores de Niveis de Estoque Como Ferramenta de Controle Economico e Financeiro

67

GRÁFICO DAS VENDAS REAIS E COMPRAS - REF. 01/09/2004 À 31/08/2005 DOS PRODUTOS 18005/162637/163892/167860 FONTE: ISA ROLAMENTOS, 2005 ELABORAÇÃO: O AUTOR

0

50

100

150

200

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

18005

Vendas Compras

0

50

100

150

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

162637

Vendas Compras

0

102030

4050

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

163892

Vendas Compras

0

1

2

3

4

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR AB R MAI JUN JUL AGO

167860

Vendas Compras