ação civil pública Questionário comp

Embed Size (px)

Citation preview

LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Qual a finalidade da ao civil pblica? Art. 1 Regem-se pelas disposies desta Lei, sem prejuzo da ao popular, as aes de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: Quais espcies de danos morais e patrimoniais so tutelados pela lei da ao civil pblica? l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III ordem urbanstica; IV a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico; V - por infrao da ordem econmica e da economia popular; VI - ordem urbanstica. A ao civil pblica no pode ser usada para veicular que espcies de pretenses? Pargrafo nico. No ser cabvel ao civil pblica para veicular pretenses que envolvam tributos, contribuies previdencirias, o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficirios podem ser individualmente determinados. Pretenses que envolvam: - tributos, - contribuies previdencirias, - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficirios podem ser individualmente determinados. Onde deve ser proposta a ao civil pblica? Art. 2 As aes previstas nesta Lei sero propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juzo ter competncia funcional para processar e julgar a causa. A propositura da ao civil pblica previne a jurisdio do juzo para todas as aes posteriormente intentadas? Pargrafo nico A propositura da ao prevenir a jurisdio do juzo para todas as aes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.

A ao civil pode ter por objeto a condenao em dinheiro? Art. 3 A ao civil poder ter por objeto a condenao em dinheiro ou o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer. A ao civil pblica admite ao cautelar? Art. 4o Poder ser ajuizada ao cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, ordem urbanstica ou aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico (VETADO). Quem tem legitimidade para propor a ao principal (civil pblica) e a ao cautelar? Art. 5o Tm legitimidade para propor a ao principal e a ao cautelar: I - o Ministrio Pblico; II - a Defensoria Pblica; III - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; IV - a autarquia, empresa pblica, fundao ou sociedade de economia mista; V - a associao que, concomitantemente: a) esteja constituda h pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteo ao meio ambiente, ao consumidor, ordem econmica, livre concorrncia ou ao patrimnio artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico. Quais os requisitos para que a associao possa propor a ao principal (civil pblica) e a ao cautelar? V - a associao que, concomitantemente: a) esteja constituda h pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteo ao meio ambiente, ao consumidor, ordem econmica, livre concorrncia ou ao patrimnio artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico. A participao do MP na ao civil pblica obrigatria? 1 O Ministrio Pblico, se no intervier no processo como parte, atuar obrigatoriamente como fiscal da lei.

Somente o Poder Pblico pode habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes na ao civil pblica? 2 Fica facultado ao Poder Pblico e a outras associaes legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. O que ocorre quando houver desistncia infundada ou abandono da ao por associao legitimada? 3 Em caso de desistncia infundada ou abandono da ao por associao legitimada, o Ministrio Pblico ou outro legitimado assumir a titularidade ativa. Em que situao o requisito da pr-constituio da associao pode ser dispensado pelo juiz? 4. O requisito da pr-constituio poder ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimenso ou caracterstica do dano, ou pela relevncia do bem jurdico a ser protegido. A ao civil pblica admite o litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicos da Unio e do Distrito Federal na defesa dos interesses e direitos? 5. Admitir-se- o litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicos da Unio, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. Na ao civil pblica os rgos pblicos podem tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais? 6 Os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediante cominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial. De que forma os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais? 6 Os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediante cominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial. O servidor pblico obrigado a provocar a iniciativa do Ministrio Pblico, ministrando-lhe informaes sobre fatos que constituam objeto da ao civil pblica? Art. 6 Qualquer pessoa poder e o servidor pblico dever provocar a iniciativa do Ministrio Pblico, ministrando-lhe informaes sobre fatos que constituam objeto da ao civil e indicando-lhe os elementos de convico.

Os juzes e tribunais que, mesmo fora de suas funes, tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ao civil, devero remeter peas ao Ministrio Pblico para as providncias cabveis? Art. 7 Se, no exerccio de suas funes, os juzes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ao civil, remetero peas ao Ministrio Pblico para as providncias cabveis. Para instruir a inicial, o interessado pode requerer s autoridades competentes as certides e informaes que julgar necessrias? Art. 8 Para instruir a inicial, o interessado poder requerer s autoridades competentes as certides e informaes que julgar necessrias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. Em quanto tempo devem ser fornecidas pelas autoridades competentes as certides e informaes necessrias requeridas pelos interessados para instruir a inicial da ao civil pblica? Art. 8 Para instruir a inicial, o interessado poder requerer s autoridades competentes as certides e informaes que julgar necessrias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. A quem cabe a instaurao e presidncia do inqurito civil? 1 O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ou requisitar, de qualquer organismo pblico ou particular, certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder ser inferior a 10 (dez) dias teis. Para fins de ao civil pblica, o Ministrio Pblico pode requisitar certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, somente de organismo pblico? 1 O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ou requisitar, de qualquer organismo pblico ou particular, certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder ser inferior a 10 (dez) dias teis. Em quanto tempo deve ser fornecida ao MP as certides, informaes, exames ou percias por ele requisitada? 1 O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ou requisitar, de qualquer organismo pblico ou particular, certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder ser inferior a 10 (dez) dias teis. A requisio a qualquer organismo pblico ou particular de certides, informaes, exames ou percias podem ser negadas? 2 Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poder ser negada certido ou informao, hiptese em que a ao poder ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisit-los.

Em que situao a ao civil pblica poder ser proposta desacompanhada de certides, informaes, exames ou percias necessrias? 2 Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poder ser negada certido ou informao, hiptese em que a ao poder ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisit-los. O que ocorre se o rgo do Ministrio Pblico se convencer da inexistncia de fundamento para a propositura da ao civil? Art. 9 Se o rgo do Ministrio Pblico, esgotadas todas as diligncias, se convencer da inexistncia de fundamento para a propositura da ao civil, promover o arquivamento dos autos do inqurito civil ou das peas informativas, fazendo-o fundamentadamente. O que ocorre com os autos do inqurito civil ou das peas de informao quando arquivadas? 1 Os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivadas sero remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (trs) dias, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico. Em quanto tempo os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivados devem ser remetidos ao Conselho Superior do Ministrio Pblico? 1 Os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivadas sero remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (trs) dias, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico. O que ocorre se os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivadas no forem remetidos ao Conselho Superior do MP em 03 dias? 1 Os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivadas sero remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (trs) dias, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico. As associaes legitimadas podem apresentar razes escritas ou documentos at que seja homologada ou rejeitada a promoo de arquivamento? 2 At que, em sesso do Conselho Superior do Ministrio Pblico, seja homologada ou rejeitada a promoo de arquivamento, podero as associaes legitimadas apresentar razes escritas ou documentos, que sero juntados aos autos do inqurito ou anexados s peas de informao. Como se d a promoo de arquivamento do inqurito civil pelo Conselho Superior do MP? 3 A promoo de arquivamento ser submetida a exame e deliberao do Conselho Superior do Ministrio Pblico, conforme dispuser o seu Regimento.

O que ocorre quando o Conselho Superior deixar de homologar a promoo de arquivamento do inqurito civil? 4 Deixando o Conselho Superior de homologar a promoo de arquivamento, designar, desde logo, outro rgo do Ministrio Pblico para o ajuizamento da ao. O retardamento ou a omisso de dados tcnicos indispensveis propositura da ao civil constitui crime? Art. 10. Constitui crime, punido com pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigaes Reajustveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omisso de dados tcnicos indispensveis propositura da ao civil, quando requisitados pelo Ministrio Pblico. O que deve fazer o juiz na ao civil pblica que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer? Art. 11. Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, o juiz determinar o cumprimento da prestao da atividade devida ou a cessao da atividade nociva, sob pena de execuo especfica, ou de cominao de multa diria, se esta for suficiente ou compatvel, independentemente de requerimento do autor. Na ao civil pblica, o juiz pode conceder mandado liminar sem justificao prvia, em deciso sujeita a agravo? Art. 12. Poder o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificao prvia, em deciso sujeita a agravo. Havendo recurso na ao civil pblica, o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso pode suspender a execuo da liminar, em deciso fundamentada? 1 A requerimento de pessoa jurdica de direito pblico interessada, e para evitar grave leso ordem, sade, segurana e economia pblica, poder o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execuo da liminar, em deciso fundamentada, da qual caber agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicao do ato. Em quanto tempo pode ser interposto agravo para uma das turmas julgadoras quando o Presidente do Tribunal, a que competir o conhecimento do respectivo recurso, suspender a execuo da liminar em deciso fundamentada? 1 A requerimento de pessoa jurdica de direito pblico interessada, e para evitar grave leso ordem, sade, segurana e economia pblica, poder o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execuo da liminar, em deciso fundamentada, da qual caber agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicao do ato.

Quando pode ser exigida do ru a multa cominada liminarmente? 2 A multa cominada liminarmente s ser exigvel do ru aps o trnsito em julgado da deciso favorvel ao autor, mas ser devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. O que ocorre quando houver condenao em dinheiro na ao civil pblica? Art. 13. Havendo condenao em dinheiro, a indenizao pelo dano causado reverter a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participaro necessariamente o Ministrio Pblico e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados reconstituio dos bens lesados. obrigatria a participao do MP em um Conselho Federal ou Conselho Estadual destinado reconstituio de bens? Art. 13. Havendo condenao em dinheiro, a indenizao pelo dano causado reverter a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participaro necessariamente o Ministrio Pblico e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados reconstituio dos bens lesados. Onde deve ser depositado o dinheiro destinado reconstituio de bens lesados enquanto o fundo do Conselho Federal no for regulamentado? 1o. Enquanto o fundo no for regulamentado, o dinheiro ficar depositado em estabelecimento oficial de crdito, em conta com correo monetria. O que ocorre com o dinheiro havendo acordo ou condenao com fundamento em dano causado por ato de discriminao tnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei? 2o Havendo acordo ou condenao com fundamento em dano causado por ato de discriminao tnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestao em dinheiro reverter diretamente ao fundo de que trata o caput e ser utilizada para aes de promoo da igualdade tnica, conforme definio do Conselho Nacional de Promoo da Igualdade Racial, na hiptese de extenso nacional, ou dos Conselhos de Promoo de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipteses de danos com extenso regional ou local, respectivamente. - a prestao em dinheiro reverter diretamente ao fundo de que trata o caput e - ser utilizada para aes de promoo da igualdade tnica, conforme definio do Conselho Nacional de Promoo da Igualdade Racial. O juiz pode conferir efeito suspensivo aos recursos na ao civil pblica? Art. 14. O juiz poder conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparvel parte.

O que ocorre quando a associao autora no promover a execuo aps 60 dias do trnsito em julgado da sentena condenatria? Art. 15. Decorridos sessenta dias do trnsito em julgado da sentena condenatria, sem que a associao autora lhe promova a execuo, dever faz-lo o Ministrio Pblico, facultada igual iniciativa aos demais legitimados. Somente o MP tem legitimidade para promover a execuo quando a associao autora no promover a execuo aps 60 dias do trnsito em julgado da sentena condenatria? Art. 15. Decorridos sessenta dias do trnsito em julgado da sentena condenatria, sem que a associao autora lhe promova a execuo, dever faz-lo o Ministrio Pblico, facultada igual iniciativa aos demais legitimados. Em que situao a sentena civil no far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator? Art. 16. A sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova. O legitimado poder intentar outra ao se a sentena no for julgada erga omnes pelo fato do pedido ser julgado improcedente por insuficincia de provas? Art. 16. A sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova. A associao autora e os diretores responsveis pela propositura da ao civil pblica podem ser solidariamente condenados por litigncia de m-f? Art. 17. Em caso de litigncia de m-f, a associao autora e os diretores responsveis pela propositura da ao sero solidariamente condenados em honorrios advocatcios e ao dcuplo das custas, sem prejuzo da responsabilidade por perdas e danos. Na ao civil pblica existem custas e sucumbncia? Art. 18. Nas aes de que trata esta lei, no haver adiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios de advogado, custas e despesas processuais. O Cdigo de Processo Civil aplicado ao civil pblica? Art. 19. Aplica-se ao civil pblica, prevista nesta Lei, o Cdigo de Processo Civil, aprovado pela Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que no contrarie suas disposies.

Em quanto tempo deve ser regulamentado o fundo de que trata o art. 13 da lei da ao civil pblica? Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei ser regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias. A ao civil pblica pode ser aplicada defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais? Art. 21. Aplicam-se defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabvel, os dispositivos do Ttulo III da lei que instituiu o Cdigo de Defesa do Consumidor.