Upload
phamdan
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 1
ACIDENTE DE TRABALHO.
1. Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho
é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do
art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho".
2. Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico,
por expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou
ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art.
20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:
3. - doença profissional, assim entendida a produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério
do Trabalho e da Previdência Social;
4. - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.
5. Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças,
o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em
caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do
trabalho".
6. O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de
trabalho:
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 2
7. I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa
única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
8. II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do
trabalho, em consequência de:
9. a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
10. b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de
disputa relacionada ao trabalho;
11. c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou
de companheiro de trabalho;
12. d) ato de pessoa privada do uso da razão;
13. e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
14. III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado
no exercício de sua atividade;
15. IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e
horário de trabalho:
16. a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade
da empresa;
17. b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
18. c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 3
19. d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.
20. § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião
da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho
ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
21. Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem
jurídica. Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha
que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador
deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em
decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos
da relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador
também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da
empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003.
22. Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado.
Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar
a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário,
auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal,
aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a
Previdência Social gastou, só em 2010, cerca de 17 bilhões de reais
com esses benefícios.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 4
MT lidera ranking de acidentes de trabalho com morte, sendo mais
de 20 ao ano para cada 100 habitantes.
Mato Grosso tem a pior situação do país em acidentes trabalho, com 20
mortes por ano para cada 100 mil habitantes. Os dados foram apresentados
pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Oreste Dalazen,
durante debate nesta segunda-feira (7.5), em Cuiabá, sobre o programa
Trabalho Seguro, que é desenvolvido pela justiça trabalhista do país.
"O setor da construção civil no Estado é o que mais tem vítimas fatais",
Segundo o ministro, setor da construção civil, seguido dos frigoríficos e das
madeireiras lideram o ranking negativo de mortes em acidentes de trabalho.
A cada ano cerca de 30 mil acidentes são registrados na indústria,
principalmente por quedas e choques.
“Faleceram em 2011 mais de sete trabalhadores no Brasil por dia. Os
acidentes duplicaram, triplicaram em 2011 se comparado com 2000,
segundo dados oficiais. Acidentes do trabalho provocam um 11 de
setembro a cada ano no Brasil”, alertou.
Ele enumerou que estes são os segmentos que registram maior número de
ocorrência de acidentes de trabalho. “No TST resolvemos mais de 200 mil
processos ano passado, muitos deles relacionados a acidente de trabalho.
Muitos por descuido dos trabalhadores. Todos perdem”, enfatizou.
Autor de projetos para criação de varas da Justiça do Trabalho da
destinação de recursos públicos desde 2010, via emenda parlamentar de R$
20 milhões, para construção de fóruns e varas trabalhistas em Mato Grosso,
o deputado Valtenir Pereira (PSB-MT) defendeu a importância de patrões,
empregados e sociedade desenvolverem ação preventiva sobre acidentes do
trabalho.
Valtenir diz que empresários, trabalhadores, instituições públicas e a justiça
trabalhista buscam sempre promoção da saúde do trabalhador e
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 5
fortalecimento da política nacional de saúde e segurança do trabalho.
“Nenhuma obra seria erguida, nenhuma copa seria realizada, sem o suor do
trabalhador. Protegê-lo na integridade física e moral é dever do Estado, da
empresa e da sociedade”, sustentou.
O deputado também assinalou que Mato Grosso e o Brasil não podem ter
desenvolvimento se não for pensado “o trabalho seguro, que dignifica o
homem muito mais”.
“O trabalho seguro é premissa básica de um país que quer ser protagonista
no cenário mundial. De nada adianta ser a 6ª economia do mundo, se os
trabalhadores e a sociedade não forem dignamente assistidos”, argumentou.
Segundo o deputado, sem trabalho seguro, perdem o trabalhador, a empresa
e o Estado de Mato Grosso e o Brasil.
O ato tem apoio da Secretarias Estaduais da Copa do Mundo (Secopa) e de
Trabalho e Assistência Social (Setas), Ministério Público do Trabalho,
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Federação das Indústrias (Fiemt),
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Baixada Cuiabana e
Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho em Mato Grosso
(Amatra 23).
O ato foi organizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), Conselho
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e o Tribunal Regional do Trabalho
da 23ª Região (TRT-MT) e instituições públicas e privadas.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 6
ENTENDA O QUE É E COMO FUNCIONA O ACIDENTE DE
TRABALHO E A CAT
Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício da atividade a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional e
gerando a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho. Em certos casos, um acidente de trabalho pode causar a
morte. Também é considerado acidente de trabalho a doença produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade,
independente de vínculo empregatício. A seguir, respondemos algumas das
dúvidas mais freqüentes sobre o assunto.
Como é classificado o acidente de trabalho?
O acidente de trabalho pode ser classificado como “típico”, aquele que
ocorre durante o exercício do trabalho, ou de trajeto, aquele que ocorre no
percurso do local de residência para o de trabalho, ou vice-versa.
Quem são os beneficiários do acidente de trabalho?
As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas ao empregado
ou trabalhador avulso, ao médico-residente (de acordo com a Lei 8.138, de
1990) e ao segurado especial.
Existe carência para o recebimento do benefício ao empregado que sofre
acidente?
Não. Em caso de acidente de trabalho, o empregado terá direito a receber o
benefício previdenciário a partir da data de admissão.
Qual a diferença entre auxílio-acidente e auxílio-doença acidentário?
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 7
O auxílio-doença acidentário é o benefício concedido ao segurado que
ficou mais de 15 dias incapacitado para o trabalho em decorrência de
acidente de trabalho ou de doença profissional. Já o auxílio-acidente tem
natureza indenizatória e é devido ao segurado que, ao retornar ao trabalho
após um afastamento motivado por um acidente de trabalho,
não apresenta plena capacidade de desenvolver sua função.
O que fazer quando ocorre um acidente de trabalho?
Todo acidente de trabalho deve ser acompanhado por um técnico de
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, membro da Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (Cipa) ou pelo responsável pelos recursos
humanos da empresa, que deve garantir que seja prestado todo atendimento
necessário ao acidentado.Além disso, o responsável também deve
preencher as seis vias da Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT),
que tem a função de garantir a estabilidade por 12 meses ao trabalhador que
permanecer afastado por mais de15 dias, e enviá-las para:
1ª via - o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS);
2ª via - à empresa;
3ª via - o segurado ou dependente;
4ª via - o sindicato da categoria profissional;
5ª via - o Sistema Único de Saúde (SUS); e,
6ª via - à Superintendência Regional do Trabalho (SRT).
É necessária a emissão de CAT no caso de óbito?
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 8
Sim. O óbito ocorrido em decorrência de acidente de trabalho ou doença
ocupacional deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT. Nesse caso,
também devem ser anexos à CAT a Certidão de Óbito e, quando houver, o
laudo de necropsia.
É necessário emitir CAT em caso de acidentes que não afastem o
funcionário de sua função?
Sim. A empresa deve comunicar o acidente havendo ou não afastamento do
trabalho. A comunicação deve ser feita até o primeiro dia útil seguinte ao
da ocorrência e, em caso de morte, imediatamente.
Como a empresa pode ter acesso ao aplicativo CAT para preenchimento
eletrônico?
O acidente de trabalho pode ser comunicado por meio de aplicativo
próprio, disponível no site do INSS ou nas Agências da Previdência Social.
Após a emissão da CAT, o que o empregado deve fazer?
Caso haja necessidade de afastamento por mais de 15 dias, o empregado
e/ou seu representante legal deve levar a CAT a uma agência do INSS e
agendar a Perícia Médica para, então, poder passar a receber o benefício
que é pago por meio do INSS.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 9
INFORMÇÕES SOBRE ACIDENTE DE TRABALHO E CAT (fonte
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297)
Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº
5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95,
regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou
doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de
multa em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato
preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não
apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também
trabalhista e social.
Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT pela Internet (download do programa de instalação)
Formulário para Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT
Instruções para preenchimento do formulário da Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT
Instruções para preenchimento da Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT (manual completo)
Legislação específica:
o PORTARIA Nº 5.051, de 26 de fevereiro de 1.999
Comentar sobre os seguintes anexos:
Formulário CAT, instruções de preenchimento, portaria e estatística do
INSS 2013.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 10
EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO
Resumo: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de acidentes do
trabalho (acidente típico, de trajeto e doença do trabalho) na população
inserida no mercado formal de trabalho, do município de Cuiabá-SP,
ocorridos de janeiro de 2008 a dezembro de 2012, elaborado a partir de
informações contidas nos documentos de notificação desses eventos que
são as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT).
Foram analisadas todas as CAT que geraram período de afastamento do
trabalho superior a 15 dias. Os documentos analisados neste estudo
pertencem ao Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST) de
Amparo.
No período de estudo foram registrados 387 acidentes do trabalho: 64 casos
de acidentes de trajeto (16,5%), 120 casos de doenças do trabalho (31,0%)
e 203 casos (52,5%) de acidentes de trabalho típicos. O período médio de
afastamento do trabalho foi de 61,3 dias. Dentre os 64 casos de acidentes
de trajeto, em 56 houve a participação de meio de transporte. Nestes, houve
o envolvimento de motocicletas em 41 casos e de bicicletas em 10 casos.
Dentre os 120 casos de doenças do trabalho, 96,7% eram de doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho. As doenças tiveram um
predomínio em mulheres (62,5%), maior ocorrência na faixa etária entre 20
e 29 anos (40,8%) e em empregados das indústrias de confecção e
pequenos acessórios (20,0%). Dos 203 acidentes típicos, 45,3% foram
registrados nas indústrias, frigoríficos e construção civil. As lesões
provocadas pelos acidentes típicos foram as fraturas (42,4%) e a parte do
corpo mais atingida foi a mão (45,8%). Os resultados revelaram que os
acidentes e doenças do trabalho registrados no município ocorreram em
indivíduos jovens e acarretaram períodos prolongados de incapacidade
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 11
temporária para o trabalho. Também sugere o problema da subnotificação,
particularmente nos casos das doenças do trabalho, pela presença dos
baixos índices de diagnóstico e de registro. O estudo aponta subsídios para
estabelecimento de prioridades em termos de prevenção e de
aprimoramento das ações de Saúde do Trabalhador para diagnóstico e
registro dos acidentes do trabalho no município
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 12
EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES DE TRABALHOS
(Complemento)
OBJETIVOS: Define-se por acidente de trabalho toda a lesão física,
perturbação emocional ou redução da capacidade de trabalho decorrente
ocorrida de forma casual durante o exercício do trabalho, no trajeto para o
mesmo ou na volta para o lar. O presente tem por objeto notificar
compulsoriamente os acidentes de trabalho ocorridos durante os plantões
das pesquisadoras e a análise de sua distribuição temporal, profissional e
gravidade.
METODOLOGIA: No período de abril a junho de 2003 foram notificados
todos os acidentes de trabalho atendidos pelas plantonistas de diversos
pronto atendimento espalhados no Brasil e através disso foi feito uma
média de resultados, através de questionários contendo informações acerca
de sexo, idade, profissão e caráter da lesão.
RESULTADOS: Foram realizadas 168 horas de plantão em dias úteis
(considerando-se o sábado como tal), com a notificação de 38 acidentes de
trabalho, predominantemente em quintas feiras (0,4 acidentes/hora) e
segundas feiras (0,22 acidentes/hora), na ausência de uma padrão de
distribuição horária característico. Observou-se claro predomínio do sexo
masculino (89,4%), cuja média de idade foi de 30,4 anos. Para o sexo
feminino (10,6%), a média de idade foi inferior (25,5 anos). Entre os
homens, havia cinco ocupações relacionadas ao corte frigorífico (14,7%),
quatro metalúrgicos, quatro marceneiros e quatro mecânicos (11,7% cada).
Por outro lado, 50% das mulheres eram auxiliares de cozinha. As lesões
músculo-esquelético e muco-cutâneo foram as predominantes sendo as
lesões cortantes responsáveis por 50% dos casos. Fratura ocorreu em dois
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 13
casos e lesão ligamentar em um. Estas injúrias tiveram como principais
agentes os instrumentos e as superfícies (de máquinas, etc.) cortantes,
responsáveis por, respectivamente, 39,4% (15) e 21% (8) das lesões.
Somente três casos foram de gravidade tal a ponto de exigirem
encaminhamento para outros serviços. CONCLUSÃO:
Há claro predomínio de acidentes de trabalho músculo-esquelético no PA-
24hs. O sexo masculino é mais freqüentemente acometido, particularmente
nos profissionais braçais. Por fim, não há um padrão regular de distribuição
destes acidentes - predomínio nos inícios e fins da semana e expediente,
como se tem sugerido - provavelmente em função de variáveis como
demanda de trabalho e fatores psicossociais.
Palavras-chave: acidente de trabalho, distribuição, injúria músculo-
esquelética, atividade
Profissional
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 14
Número de acidentes de trabalho sobe 27,6% de 2006 para 2007
Anuário Estatístico de 2007 do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) registrou 653 mil acidentes de trabalho. Mato Grosso ocupa o
1º lugar na média relativa, com 47,26 mortes por acidente para cada
100 mil segurados
O número de acidentes de trabalho aumentou 27,6% em 2007, comparado
com o ano anterior. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou
653 mil ocorrências, segundo dados do Anuário Estatístico de 2007. O
maior impacto deste aumento (98,6%) diz respeito aos acidentes sem
Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs), registrados por meio do
nexo técnico epidemiológico – mecanismo que relaciona doenças que
ocorrem com maior incidência às atividades profissionais. Os acidentes de
trabalho registrados em 2007, por meio da CAT, aumentaram 3,7% em
relação a 2006.
No ano passado, foram registradas 2,8 mil mortes por acidentes do trabalho
em todo o país. "No caso dos acidentes fatais, o nexo técnico
epidemiológico não interfere", explica Fernando Donato Vasconcelos,
médico e auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego de Mato Grosso (SRTE/MT). A nova metodologia não se aplica
aos trabalhadores informais e só abrange o universo dos segurados pelo
INSS.
Segundo ele, a caracterização do acidente envolve dificuldades na
delimitação do que é o fator de risco ou causal, suas circunstâncias de
ocorrência e a relação com o trabalho. Por isso, os números podem ser
ainda maiores em função da subnotificação. "Comparando as estatísticas da
Previdência Social com dados de Boletins de Ocorrência nos distritos
policiais, por exemplo, temos níveis de subnotificação de cerca de 90%. Ou
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 15
seja, a realidade de acidentes do trabalho é muito pior do que aparece nos
dados oficiais".
Dados do governo federal mostram que acidentes e doenças do trabalho
custam, anualmente, R$ 10,7 bilhões aos cofres da Previdência Social,
responsável pelo pagamento do auxílio-doença, auxílio-acidente e
aposentadorias.
Prioridade e planejamento
A primeira medida para diminuir o alto índice de acidentes repousa
na priorização da questão dentro do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE). "O problema não é novo. As iniciativas para combatê-lo foram se
perdendo ao longo dos anos. Antigamente a segurança e saúde do
trabalhador era uma secretaria dentro do MTE. Atualmente há um número
pequeno de auditores especialistas no tema. Os recursos são limitados".
Para Junia Barreto, diretora do Departamento de Segurança e Saúde do
Trabalho (DSST) do MTE, o que houve foi uma mudança de planejamento
e não de prioridades. "Em nenhum momento, nos últimos anos, o
planejamento de segurança e saúde foi deixado de lado. O que aconteceu, e
que era necessário acontecer, é que o planejamento, que anteriormente era
limitado à área, passou a englobar também os aspectos trabalhistas
propriamente ditos".
Segundo a diretora, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do MTE
estabelece diretrizes para o planejamento. Neste ano, as prioridades
determinadas têm como base os números de acidentes por setor econômico.
Essas áreas serão alvos de fiscalizações em todo o território nacional. "Para
os setores prioritários, são estabelecidas estratégias e táticas de intervenção,
que podem incluir, além de uma fiscalização intensiva, outras
metodologias, como notificação coletiva, reuniões, mediações". As
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 16
superintendências regionais do MTE também podem definir suas
prioridades.
Em 2007, o setor que mais acumulou acidente de trabalho foi a indústria,
com 129 mil ocorrências, seguido pelo setor de serviços, com 70,5
mil acidentes. Porém, o setor mais fiscalizado foi o comércio, com 43.461
ações, seguido da indústria, com 31.918 ações. Os dados foram
apresentados pelo auditor fiscal Marcell Fernandes Santana, da SRTE/ES ,
durante o 26º Encontro Nacional dos Auditores Fiscais (Enafit). Das cinco
divisões estabelecidas pela Previdência Social, o comércio é a que
apresenta menor índice de acidentes e, apesar disso, foi o primeiro setor em
número de fiscalizações do MTE.
Últimos três anos
No período de janeiro de 2005 a maio de 2008, 439 pessoas morreram em
acidentes no trabalho no MT. As atividades econômicas com maior número
de óbitos foram: transporte rodoviário de cargas (37), construção (30),
criação de bovinos (22), madeireira (22) e cultivo da soja (19).
No mesmo período, quase 2 milhões de CATs foram emitidas no Brasil. E
os setores que mais se destacam em números de ocorrências registradas
são: as atividades de atenção à saúde; a construção; os transportes
terrestres; os supermercados; o abate e preparação de produtos da carne e
de pescado e o setor sucroalcooleiro. Fernando Donato pondera, entretanto,
que nem sempre o problema é mais grave nas áreas de maior incidência.
"No caso da área de saúde, por exemplo, são poucos acidentes que são
fatais, o contrário ocorre no caso dos transportes".
No transporte de cargas, uma das principais causas de acidentes é a jornada
exaustiva dos funcionários. "As empresas impõem um ritmo que leva um
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 17
grande volume de caminhões na estrada, e com motoristas, inclusive,
usando drogas para se manterem acordados. Alguns empregadores
argumentam que as estradas é que são ruins, mas já foi comprovado que
não são problemas nas estradas que causam acidentes", avalia Fernando.
No caso dos frigoríficos – que são muitos no Mato Grosso -, as condições
de trabalho são insalubres, os trabalhadores são submetidos a altas e baixas
temperaturas em curto intervalo de tempo. "No corte das peças é o estágio
em que ocorrem mais acidentes", descreve o auditor fiscal Fernando.
A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como a tela de
proteção e o cinto, é a principal causa dos problemas na construção
civil. "Nas madeireiras acorrem muitos acidentes porque os proprietários
tiram um equipamento de proteção instalado na serra para que ela trabalhe
mais rápido. Na derrubada de árvores também há casos de acidentes com
motosseras".
Dados alarmantes
Foram contabilizadas 143 mortes por acidentes de trabalho no estado do
Mato Grosso em 2007. O estado aparece em oitavo lugar na média de
acidentes do trabalho fatais. Por outro lado, quando se analisa a Taxa de
Mortalidade Específica [TME] por acidentes, calculada pelo número de
óbitos notificados de trabalhadores segurados sobre o total de segurados,
Mato Grosso passa à primeira posição na média referente ao período 1997-
2006.
Enquanto a média nacional do período foi de 14,68 mortes por 100 mil
segurados da Previdência Social e a de São Paulo, o estado com maior
número absoluto com 7.668 mortes, foi de 11,12 mortes por 100 mil
segurados, Mato Grosso apresenta uma média de 47,26 mortes por acidente
do trabalho por 100 mil segurados do INSS.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 18
A SRTE/MT criou o Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes do
Trabalho para tirar o estado do topo dessa lista. Participam do organismo, o
INSS, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego, Cidadania e
Assistência Social (Setecs), a Secretaria de Estado da Saúde (Ses), o
Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Coordenadoria de Saúde do
Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde (CSTSES). "A nossa
pretensão é envolver a Polícia Rodoviária Federal, por conta dos acidentes
de transporte e trazer a universidade para esse debate também", relata
Fernando, da SRTE/MT.
O INSS é parceiro do MTE na análise dos acidentes de trabalho. Por meio
do projeto Sirena, o instituto repassa informações do seu banco de dados
para subsidiar a investigação das causas de óbitos e acidentes graves. Após
o encerramento da análise, o MTE envia suas conclusões à Procuradoria do
INSS para a possível proposição de ações regressivas contra os
responsáveis, com o objetivo de recuperar para os cofres públicos os
recursos gastos com benefícios previdenciários.
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 19
Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com
campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao
empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao
qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames
médicos clínicos, além de dados referentes à empresa.
O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades
que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25
anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições
que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria
nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP.
O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos
empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes
e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores.
PPP Eletrônico
Estamos transformando o formulário do Perfil Profissiográfico Profissional
– PPP em um sistema: as empresas terão acesso ao programa, farão as
atualizações necessárias e enviarão para a Previdência Social, a exemplo do
funcionamento do programa de declaração de imposto de renda. O PPP
Eletrônico deverá, a princípio, estar disponibilizado na Internet,
possibilitando que o trabalhador possa acessá-lo por meio de senha
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 20
individual, permitindo assim o acompanhamento do preenchimento e das
atualizações; a solicitação de retificação de possíveis erros; a emissão e
impressão imediata quando necessitar para qualquer comprovação; entre
outros.
A partir da disponibilização do PPP Eletrônico pela Previdência Social as
empresas serão obrigadas a informar o perfil profissiográfico de todos os
trabalhadores, inclusive dos que não exerçam atividades baixo agentes
nocivos físicos, químicos, biológicos ou combinação destes.
Os parâmetros para elaboração e as regras de negócio do Sistema PPP
Eletrônico já foram definidos pelo DPSO.
Legislação específica:
o Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 06 de agosto de
2010
o Anexo XV: Formulário do Perfil Profissiográfico
Previdenciário - PPP
o Anexo XII: Declaração de exercício de Atividade Rural
Perfil Profissiográfico Previdenciário
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com
campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao
empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente
nocivo ao qual é exposto, a intensidade e a concentração do agente,
exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa.
O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem
atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 21
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria
especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com
Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE,
também devem preencher o PPP.
O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição
dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os
ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os
trabalhadores.
Nota: É necessário o preenchimento do PPP, pelas empresas, para
todos os empregados. De acordo com a Instrução
Normativa/INSS/DC nº 99 de 05/12/2003, após a implantação do
PPP em meio magnético, pela Previdência Social, esse documento
será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de
atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos.
A comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos será feita
mediante formulário próprio do INSS, o Perfil Profissiográfico
Previdenciário, que será preenchido pela empresa ou seu preposto
com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
(LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho, para fins de comprovação da exposição a
agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física.
As cooperativas de produção, em que seus cooperados no exercício
das atividades sejam expostos a condições especiais, deverão
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 22
elaborar o PPP dos cooperados conforme a Instrução
Normativa/INSS/DC nº 087, de 27 de março de 2003. O PPP das
cooperativas de trabalho serão elaborados com base nas informações
fornecidas pela empresa contratante.
A apresentação do LTCAT será exigida para os períodos de
atividade exercida sob condições especiais apenas a partir de 14 de
outubro de 1996, exceto no caso do agente nocivo ruído, que exige
apresentação de laudo para todos os períodos declarados.
Quando houver o desligamento do empregado, a empresa é obrigada
a fornecer uma cópia autêntica do PPP ao trabalhador, sob pena de
multa, caso não o faça.
Observação: De acordo com a Instrução Normativa/INSS/DC nº 99,
de 05/12/2003, a partir de 1º de janeiro de 2004 a comprovação do
exercício de atividade especial será feita pelo PPP, emitido pela
empresa com base em laudo técnico de condições ambientais de
trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança. O PPP contemplará, inclusive, informações pertinentes
aos formulários acima, os quais deixarão de ter eficácia.
A empresa (ou equiparada à empresa) deverá elaborar PPP de forma
individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e
cooperados expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos
ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física,
considerados para fins de concessão de aposentadoria especial. E
ainda, para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir
de 1º de janeiro de 2004, a Perícia Médica do INSS poderá solicitar o
PPP à empresa, com vistas à fundamentação do reconhecimento
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 23
técnico do nexo causal e para avaliação de potencial laborativo,
objetivando o processo de reabilitação profissional.
A exigência da apresentação do LTCAT será dispensada a partir de
1º de janeiro de 2004, data da vigência do PPP, devendo, entretanto,
permanecer na empresa à disposição da Previdência Social.
Entretanto, para períodos laborados até 31 de dezembro de 2003,
será aceito o DIRBEN-8030 (antigo SB-40, DISES-BE 5235, DSS-
8030), desde que emitido até essa data.
Quando o PPP for apresentado contemplando períodos laborados até
31 de dezembro de 2003, não é necessária a apresentação do
DIRBEN-8030 (antigo SB-40, DISES-BE 5235, DSS-8030).
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=4653
Epidemiologia – Unidade de Sorriso - SENAC MT, Prof Rikey Felix
Professor Rikey, www.professorrikey.com 24
FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E
EMPREGO.
Qual o papel do Ministério Público do Trabalho?
O Ministério Público do Trabalho (MPT) atua em estreita parceria com o Ministério
do Trabalho e Emprego para o cumprimento das normas de incremento do
trabalho das pessoas com deficiência. Tem sido a tônica da atuação do MPT a
adoção de medidas de aproximação de empresários, autoridades públicas e
organizações não-governamentais envolvidas com a matéria. Visa-se, dessa
forma, alterar o paradigma cultural de exclusão das pessoas com deficiência.
Parte-se do pressuposto de que o desconhecimento das capacidades das pessoas
com deficiência é o maior óbice ao cumprimento da lei. Audiências públicas com
os atores sociais mencionados e dirigidas pelo Ministério Público do Trabalho e
Ministério do Trabalho e Emprego têm sido realizadas com sucesso, eis que a
mera aproximação aqui retratada desvela mitos e esclarece a realidade dos fatos.
Caso se frustrem as conversações e remanescendo descumprida a lei, o Ministério
Público do Trabalho tentará compor a situação por meio do Termo de Ajuste de
Conduta (que não exime a empresa infratora do descumprimento da lei), que
estipulará prazo para sua adequação. Sendo impossível, ainda mais uma vez, o
entendimento, ajuíza-se Ação Civil Pública, que fixará multa inerente à obrigação
de contratar, até que a cota se preencha, bem como indenização social pelo
descumprimento pretérito da lei.