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Actividades no Âmbito do Acesso ao Direito Ordem dos Advogados - Conselho Geral O presente documento espelha as principais actividades desenvolvidas e em execução pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados no âmbito do Acesso ao Direito no período compreendido entre 10 de Janeiro de 2014 e 10 de Julho de 2015. Importa aos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, actualmente cerca de 11800, terem conhecimento das actividades desenvolvidas e dos principais eixos de actuação do Conselho Geral e que contribuíram para a melhoria do sistema e defesa dos interesses dos Advogados que nele participam. Somente desta forma poderão continuar a contribuir proficuamente para que se alcance tal desiderato, através do envio de sugestões, denuncias e propostas que fazem chegar ao Conselho Geral. O Pelouro do Acesso ao Direito é assegurado pelas vogais do Conselho Geral, Dra. Sandra Horta e Silva e em substituição pela Dra. Sandra Amendoeira e coordenado directamente pela Sra. Bastonária, Dra. Elina Fraga. Os Advogados contam ainda com a colaboração do Instituto do Acesso ao Direito, estrutura de apoio aos Advogados que participam no sistema, bem como, do Departamento de Informática e de Acesso ao Direito da Ordem dos Advogados. Sempre que se mostre necessário reúne o Grupo de Trabalho, constituído pela Dra. Sandra Horta e Silva, Dra. Mafalda de Oliveira (ODC), e Dra. Dolores C. Rodrigues (IAD), e que sob orientação da Bastonária tem por função preparar nomeadamente, estudos, avaliações e eventos no âmbito do Acesso ao Direito e que servem de suporte à concretização das políticas desenvolvidas pelo Conselho Geral.

Actividades no Âmbito do Acesso ao Direito - oa.pt75c164e1-98ce-44f7-9d88-961f64819c62}.pdf · Código de Processo Penal e pode ser consultado na íntegra no portal da OA. No que

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O presente documento espelha as principais actividades desenvolvidas e em execução pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados no âmbito do Acesso ao Direito no período compreendido entre 10 de Janeiro de 2014 e 10 de Julho de 2015. Importa aos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, actualmente cerca de 11800, terem conhecimento das actividades desenvolvidas e dos principais eixos de actuação do Conselho Geral e que contribuíram para a melhoria do sistema e defesa dos interesses dos Advogados que nele participam. Somente desta forma poderão continuar a contribuir proficuamente para que se alcance tal desiderato, através do envio de sugestões, denuncias e propostas que fazem chegar ao Conselho Geral. O Pelouro do Acesso ao Direito é assegurado pelas vogais do Conselho Geral, Dra. Sandra Horta e Silva e em substituição pela Dra. Sandra Amendoeira e coordenado directamente pela Sra. Bastonária, Dra. Elina Fraga. Os Advogados contam ainda com a colaboração do Instituto do Acesso ao Direito, estrutura de apoio aos Advogados que participam no sistema, bem como, do Departamento de Informática e de Acesso ao Direito da Ordem dos Advogados. Sempre que se mostre necessário reúne o Grupo de Trabalho, constituído pela Dra. Sandra Horta e Silva, Dra. Mafalda de Oliveira (ODC), e Dra. Dolores C. Rodrigues (IAD), e que sob orientação da Bastonária tem por função preparar nomeadamente, estudos, avaliações e eventos no âmbito do Acesso ao Direito e que servem de suporte à concretização das políticas desenvolvidas pelo Conselho Geral.

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Índice

Capítulo I RELAÇÕES DO CG COM OS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT

Título I - Acções Informativas e Formativas 1. Cadernos Temáticos e Manuais de Acesso ao Direito 2. Formação Acesso ao Direito/SinOA 3. Processos de Parecer Título II - Apoio aos Advogados Inscritos no SADT 1. Respostas a Dúvidas e Tratamento de Denúncias dos Advogados 2. Acompanhamento das Queixas-Crime Decorrentes da Auditoria do MJ

Capítulo II REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT A NÍVEL MINISTERIAL

Título I - Ministério da Justiça 1. Problemáticas Apresentadas Junto do Ministério da Justiça 2. O Acesso ao Direito e o Novo Estatuto da OA Título II- Ministério das Finanças 1. Isenção de IVA para Advogados Inscritos no SADT

Capítulo III REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS JUNTO DE ENTIDADES COM COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DO SADT

Título I - Direcção Geral da Política da Justiça 1. Posição do Conselho Geral Face à Eventual Alteração do Actual SADT Título II - Instituto de Gestão Financeira e Estruturas da Justiça 1. Novo Módulo de Confirmação dos Honorários 2. Anulações de Pedidos de Pagamento Efectuados pelos Advogados 3. Melhorias no Sistema a Efectuar pelo IGFEJ Título III - Direcção-Geral da Administração da Justiça 1. Tratamento de Queixas dos Advogados 2. Falha do Sistema Informático e Nomeações Ad-Hoc Título IV - Instituto da Segurança Social, IP 1. Apoio Judiciário em Processos que Corram nas Conservatórias 2. Cooperação e Colaboração entre o Conselho Geral da OA e a Segurança Social

Capítulo IV REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT JUNTO DE OUTRAS ENTIDADES

Título I - Funcionários Judiciais 1. A Problemática da Falta de Formação dos FJ para Validação de Honorários Título II - Conselho Superior da Magistratura e Procuradoria-Geral da República 1. Nomeações Ad-Hoc, Ampliação de Nomeações e Falta de Nomeação de Defensor nas Suspensões Provisórias do Processo Título III - Autoridade Tributária 1. Protocolo de Formação AT: Questões Fiscais no Âmbito do Apoio Judiciário 2. Posição do Conselho Geral Face à Newsletter da AT Título IV - DGRSP 1. Estabelecimento Prisional da Madeira Título V - OPCs 1. Nomeações em Escala

Capítulo V ACTIVIDADE INTERNA DO CG PARA APERFEIÇOAMENTO DO SADT

Título I - Conselhos Distritais e Delegações 1. Uniformização de Procedimentos 2. Reunião CG/Delegações: Mapa Judiciário Título II - Departamento de informática e de Acesso ao Direito 1. Avaliação, Monitorização e Melhoria dos Serviços 2. Adaptações na Plataforma

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Capítulo I RELAÇÕES DO CG COM OS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT

Título I - Acções Informativas e Formativas

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados nunca se coibiu de desenvolver todos os esforços que contribuam para uma melhor preparação dos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais. Actualmente os Advogados têm ao seu dispor todo o material informativo necessário para interagir no sistema com um elevado grau de eficiência e padrões de excelência. Igualmente o Conselho Geral tem-se deslocado a todas as Comarcas para as quais é convocado a prestar formação aos Advogados inscritos no SADT. 1. Cadernos Temáticos e Manuais de Acesso ao Direito

O Elucidário do Acesso ao Direito, divulgado em Abril de 2014, constitui actualmente o manual orientador dos Advogados inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais para lançamento de honorários na plataforma informática. Com a publicação do Elucidário parte do material informativo até então disponibilizado aos Advogados ficou desactualizado, motivo pelo qual o Conselho Geral da Ordem dos Advogados entendeu criar a colecção Vademecum, sob orientação da Dra. Sandra Horta e Silva. Actualmente encontram-se publicados dois números, o primeiro dedicado a Escalas (Dezembro de 2014) e o segundo a Despesas (Março de 2015) e que contemplam as dúvidas/questões tratadas no Departamento de Informática e de Acesso ao Direito da Ordem dos Advogados. O Manual de Utilizador do SinOA foi igualmente sujeito a actualizações, dando origem a três manuais específicos e temáticos: Escalas (Fevereiro de 2015), Nomeações (Junho de 2015) e Consultas (Junho de 2015). Estes materiais de apoio aos Advogados encontram-se disponíveis online.

2. Formação Acesso ao Direito/SinOA O Conselho Geral preparou uma acção de formação denominada “Lançamento de honorários no SinOA: Questões Práticas” que ministrou junto de todas as Delegações que a solicitaram: Beja, Évora, Abrantes, Vila Franca de Xira, Olhão e Lagos (em parceria com as Delegações de Portimão, Silves e Monchique). Além das questões práticas relacionadas com o tema da formação é dada primazia à interacção com os Advogados, na qual se expõe a posição dos organismos do Estado e de outros operadores judiciários relativamente ao Acesso ao Direito e aos Tribunais, o modo de funcionamento e comunicação das diversas plataformas informáticas, os constrangimentos que outras entidades têm na implementação de medidas correctivas, bem como, as acções desenvolvidas pelo Conselho Geral que visam a melhoria do sistema. São igualmente coligidas as críticas, sugestões e propostas dos Advogados.

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O Conselho Geral, através da Vogal Dra. Sandra Horta e Silva, participou ainda como orador nas sessões de esclarecimento levadas a cabo pelo IAD em Lisboa, Porto e Setúbal subordinadas ao tema “Funcionamento das Escalas: Perspectiva Informática” e nas acções de formação ministradas por aquele Instituto em Portalegre, Paredes, Viseu, Loulé e Aveiro, subordinadas ao tema “Acesso ao Direito: Questões Práticas”. A Dra. Sandra Horta e Silva, vogal do Conselho Geral e em sua representação, participou como oradora nas Quartas Jornadas Nacionais do IAD, subordinadas ao tema “SADT: Um Modelo de Cidadania” realizadas em Viseu a 27 de Setembro de 2014. 3. Processos de Parecer O Conselho geral foi chamado a pronunciar-se sobre várias matérias de acesso ao direito que deram origem aos Processos de Parecer nº 1/PP/2014-G, nº 31/PP/2014-G e nº 10/PP/2015-G. No Processo nº 1/PP/2014-G questiona-se qual a nomeação que prevalece em caso de apensação de processos e do Parecer emitido retiram-se as seguintes conclusões: “1ª - No âmbito do apoio judiciário, com a revogação da Lei n.º 30-E/2000, de 20/12 e do nº 1 do art.º 40º da Lei n.º 34/2004 de 29 de Julho, a viabilidade de escolha de patrono ou de defensor deixou de ter consagração legal. 2ª - Em caso de apensação de processos, nos quais exista mais do que um defensor nomeado, a nomeação prevalecente deve obedecer a critérios objectivos. 3ª – Ditam a unidade do sistema jurídico e o princípio da economia processual que essa nomeação deva recair no patrono/defensor nomeado para a acção principal, uma vez que o patrono/defensor nomeado no processo apenso

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poderá suscitar a vicissitude de escusa/dispensa de patrocínio – por analogia com o disposto na parte final dos nºs 6 e 7 do art.º 18º da Lei n.º 34/2004 de 29 de Julho alterada e republicada pela Lei n.º 47/2007 de 28/08. 4ª – Porque a apensação de processos ditada pela conexão leva a que todos os processos-crime do arguido sejam apreciados num julgamento unitário, havendo constituição de mandatário num dos apensos, a mesma estará implícita aos demais apensos, bem como, ao processo principal. 5ª - E por imposição do nº 1 do Art.º 43.º da Lei n.º 34/2004 de 29 de Julho alterada e republicada pela Lei n.º 47/2007 de 28 de Agosto, o defensor nomeado oficiosamente nos autos cessa as suas funções.” O processo nº 31/PP/2014-G respeita a pedido de substituição de defensor nos termos do artigo 66º, n.º 3, do Código de Processo Penal e pode ser consultado na íntegra no portal da OA. No que respeita ao Processo nº 10/PP/2015-G, questiona-se sobre se um Advogado nomeado pode aceitar o patrocínio forense de beneficiário em processo diverso daquele para que foi nomeado. No Parecer emitido encontra-se plasmada a seguinte conclusão: “O facto de um Advogado ser nomeado patrono ou defensor de um beneficiário no âmbito da protecção jurídica, não o impede de exercer o mandato em processo diverso daquele para o qual foi nomeado oficiosamente e que voluntariamente aquele beneficiário lhe pretenda conceder, não constituindo tal aceitação angariação de clientela.”

Título II Apoio aos Advogados Inscritos no SADT

O apoio aos Advogados é prestado no âmbito do funcionamento do SADT, designadamente ao nível de esclarecimento de dúvidas sobre o lançamento de honorários no SinOA e também ao nível do suporte informático. 1. Respostas a Dúvidas e Tratamento de Denúncias dos Advogados O Departamento de Informática e de Acesso ao Direito recepciona por telefone ou por correio electrónico as dúvidas suscitadas pelo Advogados inscritos no SADT às quais presta o cabal esclarecimento, bem como, as queixas/denúncias às quais dá o adequado tratamento, nomeadamente através do reencaminhamento para os competentes órgãos da Ordem dos Advogados. A maioria dessas queixas/denúncias são devidamente acompanhadas pela Bastonária e pelo Conselho Geral e tratadas junto das entidades competentes em reuniões agendadas para o efeito ou através do envio de relatórios ao responsável da entidade a quem incumbe a resolução das problemáticas denunciadas. Enquadram-se nestas situações, por exemplo, os atrasos na validação e pagamento de honorários, os atrasos nas anulações de pedidos de pagamento efectuados pelos Advogados, os estornos indevidamente efectuados pelos oficiais de justiça e os pedidos de honorários que não se encontram por validar no SICAJ (Vide Capítulo III e Capítulo IV do presente documento). Não raras as vezes, o Conselho Geral por sua iniciativa elabora parecer sobre determinadas denúncias em concreto (o que fez por exemplo junto do ISS,IP e da Autoridade Tributária) ou solicita a emissão de parecer junto de algum Instituto ou Comissão da Ordem dos Advogados. Enquadram-se nesta última situação, por exemplo, os dois pareceres emitidos pela Comissão Coordenadora do ODC-Observatório do Direito do Consumo, sobre a recusa dos Notários em prosseguirem com os processos de inventário nos quais uma das partes beneficia de apoio judiciário (Parecer n.º 02|2014) e sobre a recusa de emissão gratuita de certidões judiciais também a beneficiários de apoio judiciário (Parecer n.º 01|2014).

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Compete ainda ao Departamento de Informática e de Acesso ao Direito a monitorização do funcionamento da plataforma SinOA e o levantamento das melhorias a implementar e que possam constituir uma mais-valia para os Advogados. 2. Acompanhamento das Queixas-Crime decorrentes da auditoria do MJ Pelo Conselho Geral foi mantido o acompanhamento aos Colegas visados com participações criminais infundadas decorrentes da auditoria levada a cabo pelo Ministério da justiça. De um universo de 17.425 desconformidades, foram abertos 463 processos de inquérito, 368 dos quais já foram arquivados, não sendo conhecida até à presente data qualquer condenação.

Capítulo II REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT A NÍVEL MINISTERIAL

Tem sido essencialmente Junto do Ministério da Justiça e do Ministério das Finanças a intervenção do Conselho Geral para defesa dos Advogados inscritos no SADT: o não cumprimento atempado dos prazos de validação e de pagamento de honorários, uma tabela de honorários desajustada e desactualizada face à legislação em vigor e aos actos praticados, um regime de facturação desadequado às especificidades da prestação de serviços no âmbito do SADT, têm sido algumas das temáticas mais prementemente abordadas.

Título I - Ministério da Justiça 1. Problemáticas Apresentadas Junto do Ministério da Justiça Face à inexistência de homologação atempada por parte do Ministério da Justiça do Elucidário do Acesso ao Direito, foi apresentada uma proposta de portaria que unifica num só diploma toda a matéria que regulamenta o Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais e que compagina com as soluções adoptadas naquele documento. Nesta proposta atentou-se igualmente aos parcos honorários pagos nalgumas acções em especial como é por exemplo, o caso dos recursos, bem como à falta de previsão tabelar de alguns processos especiais que são pagos como “Outras Intervenções de Patrono Oficiosos” e cujos montantes se mostram manifestamente insuficientes. Igualmente se tem pugnado junto desta entidade pelo cumprimento da legislação no que respeita a prazos de validação de honorários e ao atempado pagamento dos mesmos. Também se alertou o Ministério da Justiça para a necessidade de uma alteração legislativa que viesse adequar o regime de apoio judiciário à nova reorganização judiciária, no que respeita ao critério de nomeações para processos e designações para escalas e ao ressarcimento de despesas de deslocação. Face à inércia legislativa, tal matéria veio a ser incluída na proposta de Estatuto da Ordem dos Advogados que foi apresentada pelo Conselho Geral junto do Ministério da Justiça. 2. O Acesso ao Direito e o Novo Estatuto da OA O Conselho Geral apresentou ao Ministério da Justiça uma proposta inovadora que se traduz na consagração estatutária do Sistema do Acesso ao Direito e aos Tribunais. Esta proposta revelava-se como essencial, uma vez que a inclusão destas matérias numa Portaria, como acontece actualmente, é limitadora da dignificação da função social da Advocacia. Para além da consagração do prazo para o pagamento dos honorários e despesas, ressalta-se a confirmação tácita da nota de honorários decorridos 15 dias sobre o seu envio, bem como, a previsão do reembolso das despesas de deslocação sempre que elas ocorram fora da área territorial do município em que o Advogado se encontra inscrito. Resultaram assim inclusos na Proposta de Estatuto os seguintes preceitos:

TÍTULO VII Acesso ao Direito

Artigo 184.º Nomeações de patronos ou defensores e escalas

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O acesso ao direito e aos tribunais constitui atribuição da Ordem dos Advogados, a quem incumbe, designadamente, proceder à nomeação de patronos ou defensores aos beneficiários e à elaboração de escalas de prevenção ou presenciais, bem como às respectivas nomeações urgentes.

Artigo 185.º Selecção dos profissionais forenses

1 - Sem prejuízo do disposto no presente Estatuto, a candidatura dos Advogados para participar no sistema de acesso ao direito e aos tribunais é voluntária. 2 - A participação dos Advogados no sistema é efectuada nos termos definidos em regulamento do Conselho Geral. 3 - A selecção deve assegurar a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários de protecção jurídica no âmbito do sistema de acesso ao direito.

Artigo 186.º Reembolso de despesas

1 - O reembolso das despesas de deslocação realizadas em Portugal continental, bem como de todas as despesas referentes ao processo, apresentadas pelos Advogados participantes no sistema de acesso ao direito fica dependente de homologação do Conselho Geral da Ordem dos Advogados. 2 - Aos Advogados inscritos no sistema de acesso ao direito e aos tribunais é devido o pagamento de despesas de deslocação que ocorram fora da área territorial do município em que aqueles se encontram inscritos. 3 – As despesas de deslocação e demais custos inerentes suportados por Advogado nas Regiões Autónomas, sempre que se verifique a indispensabilidade de deslocação de patrono ou defensor nomeado para ilha diversa da do seu domicílio, são antecipadamente pagos pelo Ministério da Justiça, através do IGFIJ, I. P..

Artigo 187.º Prazo de Pagamento

1 - O pagamento dos honorários e o reembolso de despesas aos Advogados é sempre efectuado por via electrónica, tendo em conta a informação remetida pela Ordem dos Advogados ao Ministério da Justiça, por intermédio do IGFEJ, I. P. 2 - Os honorários e despesas devidos aos Advogados inscritos no sistema de acesso ao direito e aos tribunais devem ser pagos pelo Ministério da Justiça, IGFEJ, I. P., até ao termo do mês seguinte àquele em que os honorários são confirmados no sistema electrónico, pela secretaria do tribunal ou serviço competente junto do qual corre o processo. 3 - O pedido de honorários considera-se tacitamente confirmado quinze dias após o envio da respectiva informação pela Ordem dos Advogados ao Ministério da Justiça, por intermédio do IGFEJ, I. P.

Artigo 188.º Pedidos de Escusa, Dispensa de Patrocínio e Substituição

O pedido de escusa, de recusa de patrocínio e o pedido de substituição dirigido à Ordem dos Advogados e apresentado na pendência de um processo, interrompe o prazo que estiver em curso, com a junção aos respectivos autos de documento comprovativo do referido pedido, aplicando-se o disposto no número 5., do artigo 24.º, da Lei n.º 34/2004 de 29 de Julho, alterada e republicada pela Lei n.º 47/2007 de 28 de Agosto.

Título II- Ministério das Finanças

1. Isenção de IVA para Advogados Inscritos no SADT Nas relações encetadas com o Ministério das Finanças pugnou-se pelo regime de isenção de IVA para os Advogados e em especial para os inscritos no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, uma vez que neste caso em concreto o estado é simultaneamente devedor e credor do imposto. Pelo Ministério das Finanças foi demonstrada total disponibilidade para acolher o regime de isenção, desde que, a legislação comunitária venha claramente a permiti-lo. O Ministério das Finanças foi ainda alertado para as especificidades da actividade desenvolvida pelos Advogados inscritos no SADT, devendo a interpretação do regime legal de facturação em vigor adequar-se àquelas, em especial, pela entidade que tem a seu cargo a função inspectiva.

Capítulo III REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS JUNTO DAS ENTIDADES COM COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DO SADT

Foram efectuadas reuniões com todos os organismos tutelados pelo Ministério da Justiça que têm intervenção directa no Sistema de Acesso ao Direito e que igualmente foram intervenientes na elaboração do manual de uniformização de procedimentos para o lançamento de honorários no SinOA.

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Sendo o SICAJ uma ferramenta em aperfeiçoamento, tal implicou um contacto frequente com estas entidades no sentido de lhes fazer chegar as queixas procedentes dos Advogados quanto ao seu funcionamento, por forma a adoptarem as medidas correctivas adequadas. Existe uma comunicação eficaz e assídua entre o Conselho Geral e estas entendidas que tem permitido paulatinamente corrigir deficiências do sistema que causam graves e sérios prejuízos aos Advogados, como por exemplo, atrasos nas validações, atrasos nos estornos dos pedidos de anulação de pagamento, às quais se somaram outras tantas, decorrentes da implementação do mapa judiciário. O diálogo permanente com estas entidades permite igualmente uma maior celeridade na resolução dos problemas comunicados directamente pelos Advogados, por exemplo, junto da DGAJ ou do IGFEJ.

Título I Direcção Geral da Política da Justiça

1. Posição do Conselho Geral Face à Eventual Alteração do Actual SADT A Direcção Geral da Política de Justiça no âmbito das suas competências de acompanhamento da política legislativa na área da Justiça, realizou um estudo que pretende avaliar o actual Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais. Esse estudo culminou com o Workshop “Acesso ao Direito e à Justiça” realizado em Abril de 2015 no qual participaram diversos operadores judiciários: OA, CSM, IGFEJ, DGAJ, DGPJ e ISS. O Conselho Geral, repugnou a implementação de qualquer outro modelo de Acesso ao Direito e aos Tribunais, defendendo porém, o aperfeiçoamento do actualmente em vigor, nomeadamente através da criação de uma portaria unificada, mais inteligível e que transponha a uniformização já alcançada pelo Grupo de Trabalho criado pelo Ministério da Justiça, assim como uma tabela de honorários actualizada. Instou a DGAJ e o IGFEJ, IP a cumprirem os seus deveres legais, em especial no cumprimento dos prazos de validação de pedidos de honorários e respectivo pagamento, seguindo o exemplo dos Advogados que cumprem atempada e cabalmente a função social de defesa dos mais carenciados. Demonstrou junto do CSM os efeitos nefastos para os cidadãos das nomeações ad-hoc e ampliação de nomeações que alguns magistrados insistem em efectuar, apelando a que se abstivessem de tais condutas que prejudicam o regular funcionamento do SADT. Pugnou conjuntamente com o ISS,IP pela criação de um sistema de escalas juntos dos serviços de atendimento da Segurança Social com vista a consulta obrigatória prévia aos beneficiários do sistema. Apelou à DGPJ pelo alargamento do regime de apoio judiciário a todas as estruturas de resolução alternativa de litígios e não somente às que constam no anexo a que refere o artigo 9º da Portaria que regulamenta o acesso ao direito.

Título II Instituto de Gestão Financeira e Estruturas da Justiça

1. Novo Módulo de Confirmação dos Honorários O problema da localização dos processos no SICAJ-Sistema de Confirmação do Apoio Judiciário, agravado com a implementação do novo mapa judiciário, tem causado graves constrangimentos aos Advogados. Iguais constrangimentos decorriam do facto de existirem Advogados que se viam impedidos de pedir honorários uma vez que, após a implementação do mapa judiciário, os processos não foram redistribuídos ou transferidos. Tais situações sempre motivaram por parte do Conselho Geral inúmeras queixas junto do IGFEJ, I.P. Para ultrapassar estas falhas, no passado dia 12 de Maio, o IGFEJ desactivou o SICAJ e criou um novo módulo para a confirmação dos pedidos de honorários, inserido na recente versão da plataforma do Sistema das Custas Judiciais. O módulo entrou em funcionamento no dia 19 de Maio de 2015 e encontra-se actualmente em plena produção, permitindo que todos os pedidos de pagamento passem a ser devidamente localizados por Oficiais de Justiça e colaboradores do IGFEJ, I.P., entidades competentes para a validação dos pedidos de honorários. O novo módulo permite ainda as seguintes funcionalidades: - Pesquisa de processos por nº de AJ, nº de processo judicial e NIF do Advogado;

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- Visualização de um maior número de elementos do pedido de honorários efectuado pelo Advogado, permitindo por exemplo, em caso de constituição de mandatário, averiguar se o pedido foi efectuado com ou sem intervenção processual; - O envio de pedidos de honorários efectuados no Tribunal extinto para as novas Unidades Orgânicas. Da monitorização efectuada a esta plataforma resultou um aumento considerável do número de processos validados. 2. Anulações de Pedidos de Pagamento Efectuados pelos Advogados Uma das queixas que tem sido frequentemente apresentada pelo Conselho Geral junto do IGFEJ prende-se com o excessivo período de tempo que medeia entre o pedido de anulação de pagamento efectuado por um Advogado que se engana aquando o lançamento de honorários no SinOA e o momento em que o IGFEJ procede ao competente estorno. Para resolução desta problemática foi pedido pelo Conselho Geral que o IGFEJ adaptasse a sua plataforma por forma a permitir ao Advogado a possibilidade de "corrigir" pedidos de pagamento de honorários directamente no SinOA pelo menos até ao momento em que o pedido entra em lote de pagamento. Para implementação desta ferramenta é necessário, o que também foi pedido pelo Conselho Geral, que o IGFEJ igualmente remeta a informação relativa ao estado do pedido, o que permitirá ao Advogado visualizar no SinOA o estado de confirmação dos processos (validado, por validar, em lote), sem que tenha necessidade de contactar frequentemente o help desk daquele instituto a fim de obter essas informações. O IGFEJ está a desenvolver as melhorias propostas, sendo que o SinOA já se encontra adaptado para acolher todas estas funcionalidades. Entretanto e enquanto o IGFEJ procede à implementação destas regras foi acordado permitir aos Advogados efectuarem os pedidos de anulação de pagamento para o correio electrónico [email protected], evitando-se assim delongas nos estornos. 3. Melhorias no Sistema a Efectuar pelo IGFEJ Na última reunião efectuada com o IGFEJ em Junho de 2015 ficou esta entidade de envidar esforços para a implementação ainda no presente ano de algumas melhorias propostas pelo Conselho Geral, nomeadamente: - Permitir que em caso de repartição de honorários o pagamento seja efectuado de uma forma individualizada a cada advogado com intervenção no processo, - Permitir o pagamento de honorários por deslocação a EP quando da reunião efectuada no Estabelecimento Prisional resultar a inviabilidade da acção e - Permitir efectuar pedidos de pagamento de honorários por resolução extrajudicial do litígio.

Título III Direcção-Geral da Administração da Justiça

1. Tratamento de Queixas dos Advogados Nas reuniões havidas entre a OA e a DGAJ, foram solucionadas diversas questões relacionadas com o funcionamento do SADT, em especial, a falta de cumprimento dos procedimentos uniformizados por parte dos funcionários judiciais aquando a validação de honorários, o que gera estornos indevidos, assim como, atrasos manifestamente excessivos a que se assiste em algumas Comarcas. Estes casos, reportados à DGAJ, levam a que esta entidade junto do respectivo Tribunal faculte as indicações de validação de acordo com aqueles procedimentos ou inste ao cumprimento dos prazos de validação legalmente estabelecidos. Por outro lado, a Direcção Geral da Administração da Justiça é a única entidade que determina não só, o número de advogados em escala presencial, mas também, os tribunais que devem dispor deste tipo de escalas. Essa informação é transmitida à Ordem dos Advogados que gera mensalmente as escalas presenciais para os Tribunais e com o número de advogados indicados por aquela entidade. Por sua, vez os pedidos de escalas presenciais, são efectuados pelos Presidentes dos Tribunais à DGAJ. Não obstante o supra exposto chegam à Ordem dos Advogados queixas de desfasamento das escalas geradas face ao movimento de determinado Tribunal em concreto.

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O Conselho Geral, mesmo sem competência para intervir nesta matéria sempre reportou estas queixas à DGAJ para resolução do problema junto dos Presidentes dos Tribunais visados. Actualmente, na DGAJ encontra-se pendente de resolução a problemática relacionada com a impossibilidade do lançamento de honorários respeitante a pedidos de indemnização cível conexos com o crime de valor inferior a 3.740,98 €. Igualmente a Tabela de Honorários anexa à Portaria não prevê o pagamento de honorários por intervenção em acções administrativas de valor inferior a 3.740,98 €. Junto da DGAJ foi encontrada a mesma solução que é adoptada pelos Tribunais Administrativos na fixação de honorários em processos cujas nomeações ocorreram antes de 1 de Setembro de 2008, i.e., a fixação de honorários correspondentes à acção cível sumaríssima. Mostra-se assim sanado este problema, devendo os Advogados aquando o lançamento de honorários no SinOA, indicar como espécie de acção “Acção Cível Sumaríssima”. 2. Falha do Sistema Informático e Nomeações Ad-Hoc Abordou-se com a DGAJ a problemática relacionada com as nomeações efectuadas pelos tribunais sem recurso ao sistema informático, as denominadas nomeações Ad-Hoc que, embora menos frequentes, não deixam de constituir ainda um entrave ao regular funcionamento do sistema, tendo sido uniformizado o procedimento a adoptar em caso de falha informática do sistema dos Tribunais. Esse procedimento foi distribuído internamente pela DGAJ aos funcionários judiciais dos diversos Tribunais. Nas acções de formação ministradas pelo Conselho Geral tem-se alertado os Advogados de que os Funcionários dispõem de um serviço que funciona no Departamento de Acesso ao Direito que visa colmatar qualquer falha ou deficiência do sistema, dispondo aqueles de um número de telefone directo e exclusivamente para o efeito.

Título IV Instituto da Segurança Social, IP

1. Apoio Judiciário em Processos que Corram nas Conservatórias Teve o Conselho Geral conhecimento de que o ISS, IP estaria a indeferir requerimentos de pedido de Apoio Judiciário para tramitar divórcios por mútuo consentimento nas Conservatórias do Registo Civil. Instada a Segurança Social a prestar esclarecimentos veio esta confirmar que efectivamente tinha dado orientações de indeferimento aos Centros Distritais da Segurança Social por não haver cabimento legal para a concessão de apoio judiciário nas acções que correm seus termos junto de Conservatórias. O Conselho Geral da O.A. opôs-se de forma veemente a tal entendimento perfilhado pelo ISS, IP e apresentou por escrito a sua posição que conclui nos seguintes termos: “Podemos assim facilmente concluir, que o apoio judiciário se aplica aos procedimentos que foram desjudicializados e que correm seus termos nas Conservatórias do Registo Civil, sendo estes os constantes no Capítulo III do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de Outubro…” e “Quanto aos demais procedimentos que corram em todas as Conservatórias do Registo (e não somente o Civil) e à míngua da legislação a que refere o nº 3 do art.º 17º da Lei do Apoio Judiciário, há que aplicar o entendimento perfilhado pelo ISS, IP.”. Chamada a DGAJ em representação do Ministério da Justiça para avaliar do diferendo, acabou por vingar a posição perfilhada pelo CGOA e que pode ser consultada no portal da OA. 2. Cooperação e Colaboração entre o Conselho Geral da OA e a Segurança Social Nas reuniões havidas entre o Conselho Geral e o ISS,IP foram abordadas diversas questões que preocupam os Advogados e que obstam ao regular funcionamento do SADT. De entre essas questões assumem particular relevo o crescendo de nomeações que implicam contactos desnecessários dos Advogados com os beneficiários e deslocações em vão aos tribunais para consulta de processos judiciais, nomeações essas que acabam por serem dadas sem efeito.

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Encontram-se nesta situação, por exemplo, pedidos de apoio judiciário concedidos para processos findos ou para processos em que o beneficiário já tinha patrono/defensor nomeado ou mandatário constituído. Uma situação a que se assistia frequentemente era a de nomeações serem dadas sem efeito, uma vez que, se procedia a apensações manuais de processos AJ nos quais os beneficiários eram coligados ou litisconsortes. Quanto a esta última situação foram efectuadas melhorias na plataforma informática da Segurança Social que permitiu a nomeação automática de um só Advogado na maioria dos casos de litisconsórcio ou coligação, pondo-se assim termo a um considerável número de nomeações “queimadas”. A Segurança Social demonstrou a sua disponibilidade para a resolução de outras problemáticas subjacentes, porém as mesmas só terão solução se no momento em que o beneficiário efectua o pedido de concessão de protecção jurídica existir um jurista que faça a avaliação em concreto das situações que originam as comummente chamadas nomeações “queimadas”, quer por desnecessidade de nomeação de Advogado, quer por inexistência de protecção jurídica para uma determinada pretensão. Tal seria colmatado através da implementação de um regime de consulta jurídica prévia e obrigatória prestada por advogados em escala, junto dos serviços de atendimento da segurança social, proposta que foi apresentada junto da DGPJ. Para o efeito foi levado a cabo uma acção conjunta entre a Segurança Social e a Ordem dos Advogados que teve lugar aquando das comemorações do dia do advogado de 2015 visando sensibilizar os órgãos políticos e com poderes legislativos, para a importância da consulta jurídica naqueles serviços de atendimento. Dos relatórios elaborados pelas entidades envolvidas, conclui-se que a solução preconizada traz vantagens para todos os intervenientes e em especial para os cidadãos mais carenciados. O Relatório elaborado pelo Conselho Geral foi remetido ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Por último, pelo Conselho Geral foi ainda solicitado ao ISS,IP que transmitisse a informação referente ao número de telefone dos beneficiários por forma a agilizar o contacto dos Advogados com aqueles, uma vez que da parte da Ordem dos Advogados a plataforma SinOA está adaptada para receber essa informação. Porém, o ISS,IP aguarda verbas orçamentais para que possa adaptar a sua plataforma por forma a poder transmitir os dados solicitados.

Capítulo IV

REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ADVOGADOS INSCRITOS NO SADT JUNTO DE OUTRAS ENTIDADES

Título I

Funcionários Judiciais

1. A problemática da Falta de Formação dos FJ para Validação de Honorários

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Foi celebrado protocolo com o Sindicato dos Funcionários Judiciais, através do qual o Conselho Geral presta sessões de esclarecimento sobre as matérias uniformizadas com as entidades tuteladas pelo Ministério da Justiça respeitantes a lançamento e validação de honorários no SICAJ. Este protocolo permite corrigir as falhas que aqueles operadores judiciários cometem na validação de honorários e igualmente percepcionar os lançamentos que estão a ser efectuados inadequadamente pelos Advogados, por forma a elaborar-se com maior acuidade o programa formativo para os Advogados inscritos no SADT.

Foi realizada uma acção de formação subordinada ao tema “Validação de Honorários no SICAJ” que teve lugar no Porto e cujos destinatários foram os funcionários judiciais desta comarca e ainda das comarcas de Vila Nova de Gaia, Valongo, Gondomar, Matosinhos e Maia. A implementação do Novo Mapa Judiciário obrigou ao adiamento dos agendamentos devendo as futuras acções reiniciarem-se em Outubro de 2015.

Título II

Conselho Superior da Magistratura e Procuradoria-Geral da República

1. Nomeações Ad-Hoc, Ampliação de Nomeações e Falta de Nomeação de Defensor nas Suspensões Provisórias do Processo Com vista ao estreitamento de relações com os Magistrados e à reflexão conjunta de matérias e propostas de soluções que visem um efectivo acesso à justiça, está em curso um projecto conjunto com o CSM e a PGR que engloba um ciclo de conferências sobre institutos jurídicos com relevância para a prática forense, abrangendo especificidades no âmbito do sistema de acesso ao direito e aos tribunais. Serão abordadas diversas temáticas, como por exemplo, nomeações Ad-Hoc, duplicação de nomeações e a exclusão de defensor nas suspensões provisórias de processo.

Título III

Autoridade Tributária

1. Protocolo de Formação AT: Questões Fiscais no âmbito do Apoio Judiciário Foi firmado um protocolo de formação com a AT com vista à formação dos Advogados sobre regime fiscal e acesso ao direito. Aquela entidade levou a cabo um ciclo de acções de formação subordinadas ao tema “Questões fiscais no âmbito do Apoio Judiciário” que tiveram lugar em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro. Nessas acções de formação foi objectivo do Conselho Geral sensibilizar a AT para as especificidades da prestação de serviços efectuada pelos Advogados inscritos no SADT, demonstrada através de casos práticos que os Advogados participantes tiveram oportunidade de relatar e debater conjuntamente com os formadores daquela entidade. Não obstante o supra exposto, a AT veio a publicar uma Newsletter em Julho de 2014 que no entendimento do Conselho Geral não espelha a realidade vivenciada por estes Advogados, tendo por isso se oposto de forma veemente às conclusões que a mesma encerra.

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2. Posição da O.A. Face à Newsletter da AT Foi apresentada junto da AT a posição do Conselho Geral sobre o regime de facturação aplicável aos Advogados, contrariando a posição assumida por aquela entidade, em especial a de que o momento de realização/conclusão das prestações de serviços efectuadas no âmbito do SADT precede o momento em que os advogados solicitam o pagamento dos correspondentes honorários. Desta posição do Conselho Geral foi igualmente dado conhecimento ao Ministério da Justiça e ao Ministério das Finanças.

Título IV DGRSP

1. Estabelecimento Prisional do Funchal Foram encetados contactos com a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, no sentido de adoptarem os necessários procedimentos administrativos internos no Estabelecimento Prisional do Funchal, para que fosse possível no momento da visita, a disponibilização imediata do respectivo comprovativo, sem que houvesse necessidade dos Advogados se deslocarem novamente àquele E.P. para recolha do dito comprovativo, tendo ficado sanado este constrangimento apontado pelos Advogados.

Título V OPCS

1. Nomeações em Escala Pela Dra. Sandra Amendoeira, foram efectuadas reuniões com os OPCs do distrito de Faro, designadamente, PJ-Directoria de Faro, GNR-Comando Territorial de Faro, PSP-Comando Distrital de Faro e SEF - Direcção Regional do Algarve, no sentido de uniformização de procedimentos e resolução de dificuldades na nomeação de defensores oficiosos no âmbito de escalas e sensibilização face à problemática de nomeações efectuadas sem recurso ao sistema informático. Logrou-se ainda a resolução de uma deficiência no sistema da PJ relativamente a erro nas listagens de advogados por Comarca.

Capítulo V ACTIVIDADE INTERNA DO CG PARA APERFEIÇOAMENTO DO SADT

Título I

Conselhos Distritais e Delegações

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1. Uniformização de procedimentos Foi efectuada em Março de 2014 uma reunião com os vogais dos Conselhos Distritais e das Delegações com competência delegada que têm a seu cargo o pelouro do apoio judiciário, avaliando-se problemáticas, uniformizando-se procedimentos e criando-se uma ponte que permite auscultar e promover o intercâmbio dos contributos que visem uma constante melhoria do Sistema de Acesso ao Direito e do seu regular funcionamento. A reunião do presente ano será efectuada após as férias judiciais o que permitirá uma avaliação mais profícua do novo sistema de nomeações para as acções pendentes, visto que este só entrou em funcionamento em Fevereiro de 2015. 2. Reunião CG/Delegações Mapa Judiciário Com a entrada em vigor do novo mapa judiciário, foi ainda necessário fazer alguns reajustamentos ao sistema de nomeações, atendendo a que os Colegas que viram as suas comarcas extintas ou desqualificadas ficaram destituídos de nomeações. Deste modo foi convocada uma reunião com todas as Delegações da O.A., realizada em 18 de Dezembro de 2014, para apresentarem a solução que resultou da audição dos Advogados de cada Comarca. Das diversas soluções apresentadas pelas Delegações, foi por maioria decidido alterar o sistema de nomeação para as acções pendentes, adoptando-se igualmente neste caso e à semelhança do que já ocorria nas nomeações para acções a propor, o critério da residência do beneficiário. Tal solução veio ao encontro da preconizada na IX Convenção das Delegações no sentido de que “A área geográfica das novas Comarcas impõe a adopção do critério da residência do beneficiário no Sistema de Acesso ao Direito e à Justiça”. Foi igualmente decidido agregar os municípios que viram os Tribunais extintos aos municípios limítrofes, criando-se assim uma Comarca mais alargada para efeitos de designações para escalas.

Título II

Departamento de informática e de Acesso ao Direito

1. Avaliação, Monitorização e Melhoria dos Serviços Foram efectuadas melhorias nos serviços de atendimento telefónico do Departamento de Informática e de Acesso ao Direito, através da criação de um call-center, aquisição de uma nova central telefónica e a reafectação de recursos humanos, que se traduzem num menor tempo de espera para os Advogados que recorrem aos serviços prestados por aquele Departamento. Foi ainda implementada uma nova solução informática que permite a disponibilidade permanente, para download, dos certificados na área reservada do portal da Ordem dos Advogados, o aumento do período de validade dos certificados para três anos evitando as actuais obrigatórias renovações anuais e a substituição das cartas PIN por códigos SMS, com a total manutenção da segurança do processo. 2. Adaptações na Plataforma A permanente monitorização da plataforma SinOA permite implementar melhorias que constituam uma mais-valia para os Advogados, das quais resultou, nomeadamente a adaptação conjunta das plataformas geridas pela OA e pelo ISS,IP por forma a melhorar a comunicação dos dados transmitidos por aquela entidade. No SinOA foi também introduzida a entidade Notários para efeitos de validação e aceitação de pedidos de pagamento de honorários, de forma a viabilizar o pedido em acções de inventário, que corram termos nos Notários. Com a entrada em vigor do novo mapa judiciário e a sua implementação, foi adaptado o SinOA à nova realidade judiciária, sendo que às zero horas do dia 1 de Setembro de 2014, data da entrada em vigor do novo mapa, o SinOA encontrava-se a funcionar em pleno visualizando-se na plataforma as novas unidades orgânicas. Em breve irá ser possível visualizar no SinOA a espécie de processo para o qual o advogado foi nomeado pela Segurança Social, melhoria há muito pugnada pelos Advogados e que se encontra actualmente em desenvolvimento.

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CONCLUSÃO: Não obstante os projectos em desenvolvimento, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados continuará a envidar todos os esforços para uma célere resolução das problemáticas identificadas, dando continuidade ao trabalho desenvolvido junto das entidades com competências no âmbito do Acesso ao Direito e aos Tribunais, contribuindo assim para um mais eficaz e melhor funcionamento do sistema.

Julho de 2015/SHS-MO-DCR-MA-CC