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ATIVIDADES EXTRAS MORAR

ADES S MORAR - saberesdovale.com.brsaberesdovale.com.br/wp/wp-content/uploads/2017/09/sdvatividades... · trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional

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ATIVIDADESEXTRAS

MORAR

2 3

Esta sequência didática tem início

com a aula 1, onde será assistido e

debatido o documentário MORAR.

A seguir, três diferentes propostas de

aula (A, B e C), independentes entre

si, mas complementares, poderão

ser conduzidas com os alunos. A

apreciação do documentário MORAR,

realizada na aula 1, é pré-requisito para

a realização das demais.

Na AULA A, os alunos investigarão sua

cidade e a vizinhança para registrar as

fachadas das casas que caracterizam

a região. Essa proposta de atividade é

uma maneira de direcionar o olhar para

o entorno e aprender a valorizá-lo.

Na AULA B, os alunos vão conversar

com seus familiares para identificar

objetos da casa que fazem parte

da história da família; e devem

compartilhar suas descobertas com

os colegas. É uma experiência que

procura valorizar a memória e os

saberes familiares.

Por fim, na AULA C, os alunos vão

realizar uma pesquisa acerca da

diversidade de formas de moradia

e técnicas de construção de várias

culturas pelo mundo. É uma atividade

que tem como objetivo ampliar o

repertório cultural dos alunos e

valorizar a diversidade.

MORAR

COMPETÊNCIAS DA BNCC

GERAIS 6.

2.6.2.

3.5.

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais

e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe

possibilitem entender as relações próprias do mundo do

trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida

pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia,

consciência crítica e responsabilidade.

HUMANAS

HISTÓRIA

GEOGRAFIA

Compreender eventos cotidianos e suas variações de

significado no tempo e no espaço.

Compreender os conceitos históricos e geográficos para

explicar e analisar situações do cotidiano e problemas mais

complexos do mundo contemporâneo e propor soluções.

Selecionar e descrever registros de memória produzidos

em diferentes tempos e espaços, bem como diferentes

linguagens, reconhecendo e valorizando seus significados

em suas culturas de origem.

Estabelecer relações entre sujeitos e entre sujeitos e

objetos, e seus significados em diferentes contextos,

sociedades e épocas.

Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos

de investigação para compreender o mundo natural,

social, econômico, político e o meio técnico-científico

e informacional, avaliar ações e propor perguntas e

soluções para questões que requerem conhecimentos

científicos da Geografia.

4 5

O QUE É IMPORTANTE SABERPESQUISE MAIS REFERÊNCIAS SOBRE A HISTÓRIA

DA TÉCNICA DO PAU A PIQUE NO BRASIL. Em

diversas regiões onde os colonizadores portugueses

chegaram, encontraram o pau a pique sendo utilizado

e desenvolvido pelos povos indígenas. A utilização

dessa técnica foi fundamental para a criação das

primeiras vilas e cidades do Brasil. Procure trazer

mais informações aos alunos durante a apreciação do

documentário.

VALORIZE A TÉCNICA DO PAU A PIQUE COMO UM

IMPORTANTE SABER E FAZER DA NOSSA CULTURA,

presente em muitas regiões do Brasil. Procure

desconstruir possíveis preconceitos sobre uma

suposta precariedade ou pobreza dessa forma de

moradia.

OS ALUNOS PRECISAM COMPREENDER QUE HÁ

INÚMEROS MODOS DE MORAR, de construir uma

moradia, de trabalho colaborativo ou de formar uma

comunidade. É fundamental eles compreenderem

que a maneira de viver dos grandes centros urbanos

não é a única que existe.

NÃO DEIXE DE CHAMAR A ATENÇÃO PARA O PAPEL

SOCIAL DOS MUTIRÕES: além do resultado

pragmático da construção das moradias, eles

estabelecem relações de vizinhança e laços

comunitários. É importante que os alunos

reconheçam e valorizem a diversidade de valores e

modos de vida e a concepção de comunidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer a técnica do pau a pique e os processos de

mutirão; conhecer a produção e as histórias dos personagens do documentário e

sua relação com a moradia, o trabalho colaborativo, a vida comunitária e os saberes

e fazeres populares; discutir questões relacionadas à moradia e à vida comunitária;

contextualizar a importância da permanência e transformação dos saberes.

MATERIAL NECESSÁRIO Documentário MORAR; equipamento para assistir ao

filme – aparelho de TV / projetor / reprodutor de DVD / computador.

DESENVOLVIMENTO

1 Organize os alunos na sala de aula

e conte sobre o filme a que vão

assistir, sobre saberes e fazeres rela-

cionados ao morar, sobre a técnica do

pau a pique e sobre os mutirões. Antes

de iniciar o filme, pergunte aos alunos

se já ouviram falar do pau a pique,

se já viram uma casa construída com

essa técnica ou se sabem como ela é.

Pergunte também se sabem o que é um

mutirão e como funciona.

2Após passar o filme, faça uma con-

versa abordando os depoimentos

em tópicos e sistematize na lousa o que

os alunos responderem.

AULA 1 ASSISTINDO AO DOCUMENTÁRIO MORAR

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3Proponha uma conversa sobre a

técnica do pau a pique: quais são

os materiais usados nas construções de

pau a pique? De onde esses materiais

são retirados? Qual a origem dessa téc-

nica? Por que ela era usada em cons-

truções de moradias da região do Vale

do Paraíba? Qual a importância do pau

a pique para a região? O pau a pique

aparece em outras regiões?

4Sobre os personagens, incentive

os alunos a compreenderem suas

histórias e seus repertórios: quem são

os personagens que fazem os depoi-

mentos no documentário? Qual é modo

de vida deles? Que idade eles têm?

Em que contexto e onde nasceram,

quais são suas histórias, onde cresce-

ram? Como e com quem aprenderam a

técnica do pau a pique? Qual é a relação

desses personagens com a natureza,

com o morar? De que forma eles com-

preendem o trabalho colaborativo e a

vida em comunidade?

5Levante questões acerca do

mutirão e a colaboração: como

nasceu a ideia de “juntar um pessoal”

para construir de forma colaborativa?

Como funcionam os mutirões? Por que

a técnica do pau a pique é interessante

para a questão da moradia em algu-

mas regiões? Quais as suas vantagens?

Como começam os mutirões? Por

que as pessoas de uma determinada

comunidade participam de mutirões?

Segundo alguns depoimentos, o que

acontece em um mutirão? Quais ações

eventos e celebrações marcam este

momento? Qual o papel dos mutirões

nas comunidades?

6Sobre o Brão: o que os personagens

nos depoimentos sobre o costume

de cantar durante o trabalho? Ao buscar

esta lembrança na memória, como eles

reagem? Que valor tem esse costume

para eles? O que é o Brão, que histórias

são contadas sobre ele? Por que o Brão

é executado nos encontros de muti-

rões? Como é cantado o Brão?

AVALIAÇÃO Os alunos compreenderam o funcionamento e a história do pau a

pique? Os alunos reconheceram os valores e princípios implicados no mutirão

e na vida em comunidade? Como eles entendem os processos de cooperação e

integração ali presentes?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Refletir sobre as características da cidade e da região.

Valorizar a cultura e a arquitetura locais.

MATERIAL NECESSÁRIO Câmera fotográfica ou telefone celular. Cartolina e

canetões hidrográficos.

DESENVOLVIMENTO

1 Converse com seus alunos sobre a

proposta desta atividade. Reto-

me as discussões realizadas na aula

anterior acerca da técnica de constru-

ção com pau a pique, dos mutirões e

do Brão. Aborde a questão da caracte-

rização e das associações que criamos

na nossa memória, relacionando, por

exemplo, alguns tipos de construção

a determinados contextos. Pergunte:

as casas de pau a pique nos remetem

a qual tipo de ambiente ou contexto?

Elas são típicas ou características de

algum ambiente ou tipo de região?

Provavelmente os alunos falarão acerca

da relação que elas guardam com o

ambiente rural, ao qual elas devem

remetê-los. Pergunte: por que associa-

mos o pau a pique ao contexto rural?

Pelo material utilizado? Pela aparência?

As casas aparentam ser mais conve-

nientes ao ambiente rural? Por quê?

Há uma imagem pré-concebida que

associa automaticamente o pau a pique

ao ambiente rural?

2Pergunte aos alunos se existem

outros contextos ou ambientes

aos quais a memória associa automa-

ticamente algum tipo de construção

AULA A FACHADAS DA CIDADE

8 9

característica. Você pode propor um

jogo de associações. Diga CIDADE –

que construção vem à cabeça. Nomeie

outros contextos: DESERTO, PRAIA,

CAMPO etc.

3Peça aos alunos que pensem em

seus bairros. Há algum tipo de

construção característico da região?

Há elementos que se repetem em vá-

rias casas, como um tipo de janela, um

tipo de telha, portão, porta, jardim etc?

4Apresente em seguida a proposta

desta atividade: fazer um passeio

à deriva – uma caminhada livre – pelo

bairro, observando os tipos de fachada,

os detalhes das construções, os tipos

de comércio e lugares públicos (como

praças e parques) que existem nos bair-

ros. A ideia é descobrir se há elementos

mais presentes ou comuns que sejam

característicos na região. Ao identifi-

carem esses elementos, os alunos vão

fazer séries de fotografias mostrando

as diversas formas e variações pelas

quais esses elementos se repetem. Os

alunos podem usar câmeras digitais

ou telefones celulares para realizar os

registros. É um registro do bairro ou da

vizinhança, mas também do próprio

percurso dos alunos e da sensibilidade

de seu olhar.

5Você pode encaminhar essa

atividade de duas maneiras: pode

determinar que os alunos realizem

esses registros individualmente ou em

grupos, fora do horário escolar, como

um trabalho de pesquisa. Outra possibi-

lidade é organizar uma caminhada com

os alunos no entorno da escola para

realizar a pesquisa. Quando os registros

estiverem prontos, reúna os alunos

para que apresentem seus trabalhos

e comentem as características que

encontraram.

AVALIAÇÃO Qual foi o olhar dos alunos para as características das construções

do entorno? Que elementos chamaram a atenção deles? Sobre o que falaram ao

compartilhar as imagens?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Valorizar os saberes e a memória familiar. Compartilhar

experiências. Estreitar laços comunitários.

MATERIAL NECESSÁRIO Câmera fotográfica ou telefone celular. Cartolina e

canetões hidrográficos.

DESENVOLVIMENTO

1 Converse com os alunos sobre a

proposta desta atividade. Reto-

me as discussões realizadas na aula 1

acerca da técnica de construção com

pau a pique, dos mutirões e do Brão.

Relembre as conversas sobre as mora-

dias características do modo de vida do

homem do campo e sobre os saberes,

fazeres e costumes construídos nesse

contexto. Pergunte: vocês perceberam

elementos característicos da vida no

campo? Que objetos vocês notaram nas

casas? Que utensílios domésticos vocês

observaram? Quais são os fazeres coti-

dianos dos personagens que vimos?

2Em seguida, pergunte aos alunos

acerca de suas casas e de seus

familiares: existem objetos que estão há

muito tempo na família? Há utensílios,

móveis, ferramentas ou objetos de de-

coração que os pais ganharam dos avós

na casa? No caso de utensílios, eles

ainda são usados diariamente ou estão

guardados? Esses objetos guardam

alguma relação com o contexto em que

os familiares cresceram?

3Proponha que os alunos façam

pesquisas em suas casas, pro-

curando por objetos que remetam a

histórias e ao modo de vida dos fami-

liares. Os objetos podem ser utensílios

utilizados para produzir alimentos

em casa, materiais e instrumentos de

costura, ferramentas ligadas a hábitos

e costumes de outros tempos e regiões.

É importante que busquem por peças

que revelem costumes e modos de vida

diferentes dos atuais, relacionados a

AULA B MEMÓRIAS DE NOSSAS CASAS

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familiares mais velhos ou oriundos de

outras regiões. Podem também ser ob-

jetos ligados aos ofícios dos familiares.

4Oriente os alunos para que façam

registros fotográficos dos objetos

ou que os tragam para a sala de aula,

se for possível. Eles devem também

entrevistar os familiares a fim de

levantar informações e recuperar a

história dos objetos escolhidos: para

que servem? Quando eram usados? A

que saberes e fazeres estão relaciona-

dos? Ainda são utilizados? Como foram

confeccionados? Quem foi o primeiro

dono na família? Há quanto tempo

estão na família?

5Estabeleça um prazo para que

realizem os trabalhos, que não

deve ser de mais de uma semana.

6Para que os alunos apreciem e

conversem sobre os objetos e

suas histórias, organize apresentações

na sala de aula. Você pode fazer essa

dinâmica com o grupo todo ou dividin-

do a turma em subgrupos de seis a oito

alunos. Um a um, todos mostram o re-

gistro ou o objeto em questão e contam

sua história, observando as questões

propostas no item 4.

AVALIAÇÃO Qual foi o olhar dos alunos sobre as histórias de suas famílias? Que

tipos de objetos eles encontraram? Sobre quais temas e aspectos conversaram em

suas apresentações? Como se relacionam com suas origens e histórias de família?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer e pesquisar hábitos, costumes e técnicas de

diversas culturas. Apreciar esteticamente aspectos arquitetônicos de construções

variadas. Valorizar a diversidade.

MATERIAL NECESSÁRIO Materiais para a produção de cartazes: cartolina, cola,

canetões. Materiais para apresentação digital: computador e projetor. Caderno.

DESENVOLVIMENTO

1 Converse com os alunos sobre a

proposta desta atividade. Reto-

me as discussões realizadas na aula 1

acerca da técnica de construção com

pau a pique, dos mutirões e do Brão.

Aborde a questão da caracterização

e das associações que criamos na

memória, relacionando, por exemplo,

alguns tipos de construção a determi-

nados contextos. Pergunte: as casas de

pau a pique nos remetem a qual tipo de

ambiente ou contexto? Elas são típicas

ou características de algum ambiente

ou tipo de região? Provavelmente os

alunos falarão acerca da relação que

elas guardam com o ambiente rural, ao

qual elas devem remetê-los. Pergunte:

por que associamos o pau a pique ao

contexto rural? Pelo material utilizado?

Pela aparência? As casas aparentam ser

mais convenientes ao ambiente rural?

Por quê? Há uma imagem pré-concebi-

da que associa automaticamente esse

tipo de construção ao rural?

2Pergunte aos alunos se eles se

lembram de outros tipos e estilos

de construção que são típicos de

determinadas regiões ou culturas.

Alguns exemplos são as casas

construídas por aborígenes, por povos

do deserto ou povos que vivem em áreas

geladas, pelos vários povos das florestas,

as casas japonesas, a arquitetura árabe,

indiana etc. Se houver disponibilidade

de um computador e um projetor, você

pode pesquisar na internet imagens de

construções de diferentes contextos

AULA C CASAS PELO MUNDO

12 13

e organizar uma apresentação. É

importante para essa apresentação

identificar referências e contextualizar

as imagens. Você pode projetar as

imagens e perguntar aos alunos se eles

identificam a que contextos elas estão

relacionadas e por que eles fizeram

essas associações.

3Explique que a proposta é que

realizem pesquisas em grupo sobre

as moradias e as técnicas de construção

características de diversas culturas. É

importante estabelecer um recorte para

a proposta, pois nesta atividade não se

pretende abordar as arquiteturas típicas

ou históricas de vários países, o que

poderia incluir grandes construções. O

objetivo é procurar formas de moradia e

técnicas de construção populares, ma-

nuais, passadas de geração em geração,

muitas vezes rústicas. Assim como ve-

mos no documentário MORAR em rela-

ção ao pau a pique, a proposta é que os

alunos encontrem moradias e técnicas

que reconheçam como saberes e faze-

res populares, construídos por meio da

relação com o entorno, como soluções

para as necessidades e demandas dos

indivíduos e das comunidades.

4Organize os alunos em subgrupos

de quatro a seis integrantes para

que realizem as pesquisas e determine

o prazo de uma semana para o trabalho.

Explique que no dia combinado cada

grupo vai apresentar sua pesquisa.

5Se houver disponibilidade

de computador e projetor, as

apresentações podem ser planejadas

em suporte digital e realizadas com

o uso desses recursos. Se não for

possível, oriente os alunos a trabalhar

com cartazes.

6A cada apresentação, retome a

discussão das questões com a

classe, como uma reflexão acerca

dos saberes e fazeres do cotidiano.

O objetivo é aprofundar a reflexão

sobre a diversidade cultural, os modos

de morar, de viver e de estabelecer

uma vida comunitária. Conduza as

conversas, faça perguntas e estimule

reflexões a fim de que os alunos

percebam de que maneira os modos

de construir e morar podem refletir

aspectos da cultura. É possível, por

exemplo, observar se são usados

recursos ou materiais típicos da

AVALIAÇÃO Os grupos se envolveram com as pesquisas, procuraram múltiplas

fontes para apresentar sua própria visão do objeto? As pesquisas e apresen-

tações dos alunos cobriram os aspectos discutidos na primeira aula? Os alunos

identificaram a importância das técnicas de construção e modos de morar com

a cultural regional? Estabeleceram relações entre as condições materiais e as

moradias? Levantaram e discutiram questões relativas à diversidade cultural?

Participaram, ouviram e respeitaram os colegas e se manifestaram de forma

clara, coerente e pertinente?

região ou os modos de produção

constituintes da economia local; se

as casa têm aspectos ou recursos que

se relacionam com o clima local, com

o modo de vida ou as necessidades

típicas da região ou da cultura; se as

casas, em sua arquitetura, disposição

dos cômodos, decoração, mobília etc.

refletem aspectos característicos da

tradição local; se trazem memórias ou

tradições de outras regiões envolvidas

no povoamento local; entre outras

questões. Para fechar a sequência,

faça uma conversa geral para avaliar

o processo, retomando com os alunos

os pontos discutidos desde a primeira

aula. Sistematize na lousa as palavras-

-chave da conversa.

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