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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL ADITIVOS FUNCIONAIS EM SUBSTITUIÇÃO A ANTIMICROBIANOS NA RAÇÃO DE POEDEIRAS SEMIPESADAS EM FASE DE RECRIA Sadala Mehesen Cruz Tfaile Nova Odessa Fevereiro 2016

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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

ADITIVOS FUNCIONAIS EM SUBSTITUIÇÃO A

ANTIMICROBIANOS NA RAÇÃO DE POEDEIRAS SEMIPESADAS

EM FASE DE RECRIA

Sadala Mehesen Cruz Tfaile

Nova Odessa

Fevereiro – 2016

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

Aditivos funcionais em substituição a antimicrobianos na ração de

poedeiras semipesadas em fase de recria

Sadala Mehesen Cruz Tfaile

Orientadora: Profa. Dra. Carla Cachoni Pizzolante

Co-orientador: Prof. Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño

Nova Odessa

Fevereiro – 2016

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-graduação do Instituto de Zootecnia,

APTA/SAA, como parte dos requisitos

para obtenção do título de Mestre em

Produção Animal Sustentável.

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Ficha Catalográfica elaborada pelo

Núcleo de Documentação e Informação do Instituto de Zootecnia

Bibliotecária: Tatiane Helena Borges de Salles – CRB 8/8946

T356a Tfaile, Sadala Mehesen Cruz.

Aditivos funcionais em substituição a antimicrobianos na ração de

poedeiras em fase de recria / Sadala Mehensen Cruz Tfaile

Nova Odessa, SP: [s.n.], 2016.

80p.; il.

Dissertação (mestrado) – Instituto de Zootecnia. APTA/SAA,

Nova Odessa.

Orientadora: Dra. Carla Cachioni Pizzolante

Co-orientadora: Fábio Enrique Lemos Budinõ

1. Absorção intestinal. 2. Contaminação 3. Probíoticos. 4. Saúde Animal. I.

Pizzolante, Carla Cachioni. II. Budinõ, Fábio Enrique Lemos. III. Título.

CDD – 636.5084

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

TÍTULO: ADITIVOS FUNCIONAIS EM SUBSTITUIÇÃO A

ANTIMICROBIANOS NA RAÇÃO DE POEDEIRAS SEMIPESADAS EM

FASE DE RECRIA

AUTOR: SADALA MEHESEN CRUZ TFAILE

Orientador: Profa. Dra. Carla Cachoni Pizzolante

Co-orientador: Prof. Dr. Fábio Enrique Lemos Budiño

Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em Produção

Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora:

Profa. Dra. Carla Cachoni Pizzolante

(IZ/APTA – SAA)

Dra. Rosana Aparecida Possenti

(IZ/APTA – SAA)

Dra. Hirasilva Borba

(UNESP/Jaboticabal)

Data da realização: 01 de fevereiro de 2016

Presidente da Comissão Examinadora

Prof. Dra. Carla Cachoni Pizzolante

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Dedico este trabalho

a minha esposa Silvia Helena Longhini Tfaile,

ao meu filho Rafael Longhini Tfaile,

e aos meus pais

Maria Cruz Tfaile (in memoriam) e Sadala Mehesen Tfaile (in memoriam).

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AGRADECIMENTOS

À minha família, minha esposa e meu filho, que compreenderam e me

incentivaram a continuar na jornada de estudos buscando atingir metas que

jamais imaginei que conseguiria alcançar, e hoje tenho certeza que querer é

poder, e mesmo achando que seria tarde, nunca é tarde para começar.

Aos meus pais, que já não estão presentes a algum tempo em minha vida, mas

deixaram muitos legados eternos, que nunca ei de esquecer e transmitir para

outros, a honestidade, a verdade e o amor. São as bases para o crescimento do

ser humano digno e honrado.

Aos meus orientadores e colaboradores, que me incentivaram, ajudaram e

motivaram, em todos os momentos de alegria e dificuldades, tornando este

trabalho uma grande realização profissional.

À todos os colegas de classe, que foram parceiros, carinhosos e amigos em

todos os momentos desta jornada.

A Granja Kakimoto em especial ao Dr. Sergio kakimoto, pelo apoio logístico e

operacional, com suporte ao experimento.

A empresa TAMURA Co., Ltd. em especial o Sr. Paulo Tatsuo Matuda pela

disponibilidade do equipamento Dileka, para o experimento.

À fé ao Grande Arquiteto Do Universo, com a união e a força de todos os

homens de bem, podemos construir um mundo cada vez melhor e mais humano.

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“Quando achamos que chegamos a todas as respostas,

vem a vida e muda todas as perguntas”

Autor desconhecido

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RESUMO

TFAILE, S.M.C. Aditivos funcionais em substituição a antimicrobianos na ração de

poedeiras semipesadas em fase de recria. 2016. 80p. Dissertação (Mestrado em

produção animal sustentável) – Instituto de Zootecnia – Nova Odessa. 2016.

Com a crescente restrição ao uso de antibióticos como promotores de crescimento na

avicultura, aumenta-se a busca de produtos alternativos que sejam eficientes na melhora

do desempenho da ave, no controle de patógenos e na resposta da imunomodulação do

trato gastrointestinal. Este estudo teve como objetivo avaliar o desempenho, a

imunidade vacinal, as vísceras (fígado, pâncreas e intestino), histomorfometria intestinal

e o desenvolvimento microbiológico da ração e da cama de poedeiras semipesadas na

fase de recria que receberam rações com aditivos funcionais em substituição a

antimicrobianos. As 192 poedeiras semipesadas da linhagem Isa Brown em fase de

recria foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) e,

receberam quatro tratamentos (T1. Ração basal com antimicrobianos, T2. Ração basal

sem antimicrobianos, T3. Ração basal com probióticos e T4. Ração basal sem

antimicrobianos + água modificada - Dileka) com seis repetições de oito aves cada. Para

efeito da avaliação dos resultados, foram estabelecidos oito semanas de avaliação que

compreenderam o período de 7 a 14 semanas de idade das aves. Os resultados obtidos

foram analisados através da Análise de Variância e o contraste entre médias de

tratamentos quando significativos pelo teste de Tukey a 5%, com auxílio do sistema

computacional SISVAR. Não houve diferenças significativas (P>0,05) entre os

tratamentos nos parâmetros de desempenho, resposta imunológica, análise das vísceras

e histomorfometria intestinal, quando do uso de aditivos alternativos em substituição

aos antimicrobianos. Os resultados indicam que é possível a substituição de

antimicrobianos por aditivos alternativos, por não terem interferido negativamente no

desempenho das aves, além de melhorar a decomposição dos dejetos que são utilizados

na produção vegetal, possibilitando a diminuição do uso de antimicrobianos e o destino

de seus resíduos no solo. Concluiu-se com o presente estudo que os aditivos alternativos

por serem produtos inovadores, naturais, atóxicos e não induzirem resistência

bacteriana, podem ser fontes alternativas em substituição aos antimicrobianos na

produção de poedeiras semipesadas em fase de recria, mesmo assim há necessidade da

realização de outros trabalhos nesta mesma linha de pesquisa.

Palavras-chave: absorvição intestinal, contaminação, probióticos, saúde animal.

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ABSTRACT

TFAILE, S.M.C. Replacement for antimicrobial of functional additive in the feed of

semi-heavy laying hens in the growing phase. 2016. 80p. Dissertation (Master in

Sustainable Animal Production) – Instituto de Zootecnia – Nova Odessa. 2016.

ABSTRACT: With the increasing restriction of the use of antibiotics as growth

promoters in poultry, increases the search for alternative products that are effective in

improving the performance of the bird, to control pathogens and the response of

immune modulation of the gastrointestinal tract. This study was aimed to evaluate the

performance, vaccine immunity and the viscera (liver, pancreas and intestine) of semi-

heavy pullets in the growing phase they received rations with functional additive to

replace antibiotics. The 192 brown pullets distributed in a completely randomized

design (CRD), received four treatments (T1. Feed control with antibiotics, T2. Feed

control, T3. Feed control with probiotics and T4. Feed control + modified water) with

six repetitions of eight birds each. For purposes of evaluation of the results, eight weeks

of assessment that comprised the period 7 to 14 week-old birds were established. The

results analyzed by ANOVA and the contrast between of treatment when significant by

5% Tukey test, using the computer package SISVAR. The results indicate that the

replacement of antimicrobials by alternative additives is possible, because they have

negatively interfered with the performance of the birds, in addition to improving the

decomposition of waste that are used in crop production, enabling the reduction of

antimicrobial use and the fate of their residues in the soil. Concluded with the present

study that alternative additives for being innovative, natural, non-toxic and does not

induce bacterial resistance may be alternative sources to replace antibiotics in the

production of laying hens in the growing phase, even then there is need to carry out

other works on this same line of research.

Keywords: animal health, contamination, intestinal absorption, probiotics.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Aditivos melhoradores de desempenho e anticoccidianos para uso em

produtos destinados à alimentação animal registrados no Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (MAPA) / Coordenação de Fiscalização de Produtos para

Alimentação Animal (CPAA) / Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários

(DFIP). ............................................................................................................................ 29

Tabela 2. Microrganismos com propriedades de probióticos. ........................................ 33

Tabela 3. Nomenclatura dos tratamentos. ...................................................................... 46

Tabela 4. Composição das dietas experimentais, fornecidas na fase de recria (7 a 14

semanas de idade). .......................................................................................................... 48

Tabela 5. Composição nutricional calculada* para rações na fase de recria (7 a 14

semanas). ........................................................................................................................ 49

Tabela 6. Protocolo de vacinação de poedeiras semipesadas na fase de cria e recria. ... 50

Tabela 7. Desempenho de poedeiras semipesadas de 7 a 14 semanas de idade na recria,

recebendo aditivos funcionais a antimicrobianos. .......................................................... 55

Tabela 8. Características de vísceras (cm) de poedeiras semipesadas às 14 semanas de

idade na recria. ................................................................................................................ 58

Tabela 9. Histomorfometria dos segmentos do duodeno de poedeiras semipesadas em

fase de recria às 14 semanas de idade, recebendo rações com diferentes aditivos

funcionais em substituição a antimicrobianos. ............................................................... 59

Tabela 10. Contagem das UFC (unidades formadoras de colônias), após 24 hs de

incubação, apresentando os seguintes resultados. .......................................................... 61

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Gerador de Fotoeletrôns – Funcionamento interno – Corte transversal. ........ 39

Figura 2. Mecanismo de Oxidação e Redução. .............................................................. 40

Figura 3. Instalação do equipamento Dileka em uma das linhas de água com sistema

nipples do experimento. .................................................................................................. 47

Figura 4. Resposta vacinal contra Newcastle. ................................................................ 56

Figura 5. Resposta vacinal contra Bronquite infecciosa................................................. 57

Figura 6. Corte transversal de duodeno (morfometria histológica). ............................... 60

Figura 7. Imagem das placas de BDA, contagem de colônias observadas nas rações

experimentais e na cama. ................................................................................................ 61

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 21

2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 23 2.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 23 2.1.1 Objetivos específicos ......................................................................................... 23

3 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 25 3.1 Promotores de crescimento ................................................................................... 25

3.2 Estrutura e microflora intestinal ........................................................................... 26 3.3 Aditivos funcionais na dieta. ................................................................................ 28

3.3.1 Os antibióticos como aditivos na dieta. ......................................................... 28

3.3.2 Probióticos como aditivos na dieta ................................................................ 31

3.3.3 Prebióticos como aditivos na dieta ................................................................ 33

3.3.4 Simbióticos como aditivos na dieta ............................................................... 35

3.4 Efeitos dos probióticos como imuno-estimulate .................................................. 36 3.5 Água Modificada .................................................................................................. 37 3.6 Respostas imunológica às vacinas de Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG) e

Doença de Newcastle (DN) ........................................................................................ 41

3.6.1 Bronquite infecciosa das galinhas (BIG) ....................................................... 42

3.6.2 Doenças de Newcastle (DN).......................................................................... 43

4 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 45 4.1 Local ..................................................................................................................... 45

4.2 Ensaio de desempenho.......................................................................................... 45 4.2.1 Delineamento experimental ............................................................................... 46

4.2.2 Rações experimentais ........................................................................................ 47 4.2.3 Vacinação e Protocolo vacinal .......................................................................... 50

4.2.4 Parâmetros avaliados ......................................................................................... 50 4.2.4.1 Desempenho ............................................................................................... 50

4.2.4.2 Análise sorológica ...................................................................................... 51

4.2.4.3 Análise de vísceras ..................................................................................... 51

4.2.5 Análises estatística ............................................................................................. 54

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 55 5.1 Desempenho ponderal .......................................................................................... 55

5.2 Respostas vacinais (sorologia) para doença de Newcastle e Bronquite Infecciosa.

.................................................................................................................................... 56

5.3 Vísceras ................................................................................................................ 57 5.4 Resultados de histomorfometria intestinal ........................................................... 59 5.5. Microbiologia das amostras de rações e camas ................................................... 60

6 CONCLUSÃO............................................................................................................. 63 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 65

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1 INTRODUÇÃO

A eficiência e a produtividade das aves são asseguradas com a utilização de

promotores de crescimento que são imprescindíveis na cadeia avícola rentável, pois

controlam as doenças.

Os promotores de crescimento são adicionados às rações em pequenas

quantidades. Esses produtos incluem os antibióticos, que são substâncias produzidas por

fungos, leveduras ou bactérias e que atuam contra bactérias e os quimioterápicos, que

incluem substâncias obtidas por síntese química, com ação semelhante à dos

antibióticos (MENTEN, 2001). Até hoje o mecanismo de ação destas substâncias é

motivo de controvérsias. Segundo Dematté Filho (2004), de modo geral, seus efeitos

podem ser agrupados em três categorias: metabólico, nutricional e controle de doenças.

Destes, admite-se que o modo de ação primário é o controle de doenças, promovendo

equilíbrio na microflora gastrintestinal, reduzindo as bactérias indesejáveis (Gram +) e

favorecendo a colonização das desejáveis (Gram -). Esse mecanismo de ação é

explicado pelo fato de que ocorrem melhores respostas ao uso de antimicrobianos em

animais jovens em relação aos mais velhos, em meio ambientes mais contaminados do

que nos limpos e em animais com menor resistência a doenças do que nos mais

saudáveis (NRC, 1994). Por outro lado, a manipulação inadequada da flora bacteriana

nociva através do uso de promotores de crescimento, quimioterápicos e/ou antibióticos

em doses preventivas, pode induzir o desequilíbrio da flora bacteriana e desencadear

processos entéricos devido às interações indesejáveis com outros patógenos (NRC,

2004).

O uso contínuo dos promotores de crescimento em animais de produção vem

preocupando a população, devido à presença de resíduos que esses antimicrobianos

podem deixar nos produtos de origem animal e o possível prejuízo a saúde do

consumidor, além da possibilidade do desenvolvimento de microrganismos resistentes,

que poderia dificultar a eficácia terapêutica posterior destes medicamentos em

indivíduos e animais. Resíduos desses antibióticos podem permanecer na carne e ovos e

assim, passar ao consumidor final, propiciando o aparecimento de resistência de

bactérias intestinais aos promotores de crescimento (BUTOLO 2002; FUKAYAMA,

2005).

Tal fato desencadeou, na década de 90 (RIZZO et al., 2008) a proibição do uso

de alguns destes antimicrobianos (MENDES, 2005), porém, Windisch et al. (2007) cita

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a proibição total da utilização de vários antimicrobianos pela união europeia em janeiro

de 2006.

Antimicrobianos são amplamente utilizados na avicultura de postura como

agentes profiláticos ou no tratamento de patologias; apesar disso, poucos medicamentos

têm sido formulados especificamente para galinhas poedeiras, embora vários

medicamentos tenham sido aprovados para outras classes de aves de produção

(BORSOI e PALERMO NETO, 2015).

Os antimicrobianos mais comumente utilizados com finalidade terapêutica ou

aditivo são: enrofloxacina, oxitetraclina, norfloxacina, doxicilina, sulfaquinoxalina,

bacitracina de zinco, amoxicilina, apramicina, ciprofloxacina e a associação de

doxiciclina + gentamicina e na fase de produção: oxitetraciclina, enrofloxacina,

norfloxacina, sulfaquinoxalina, doxicilina, bacitracina de zinco e ciprofloxacina

(PAMvet/PR, 2005, citados por BORSOI e PALERMO NETO, 2015).

Palermo Neto (2005) relaciona os antimicrobianos autorizados como promotores

de crescimento para frangos de corte, entre eles: avilamicina, tilosina, virginamicina,

lincomicina, colistina, flavomicina, bacitracina, espiramicina e enramicina. Já a

espiramicina, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi

proibida a partir de maio de 2012.

Devido a pressão popular pela substituição dos antimicrobianos por

melhoradores de crescimento pesquisas vem sendo realizadas principalmente por meio

de utilização de produtos alternativos viáveis (ALBUQUERQUE, 2005). Essas

pesquisas têm procurado desenvolver produtos que possam ser utilizados como

substitutivos aos antimicrobianos, dentre eles se encontram os probióticos que tem

demonstrado ação antimicrobiana, promovendo melhora no desempenho e na resposta

imune animal, e segundo Brenes e Roura (2010), os aditivos alternativos são

reconhecidos como seguros pelo consumidor por serem livres de resíduos.

Devido a essas restrições, novas pesquisas mostraram que alguns vegetais têm,

em sua composição, alguns princípios ativos com efeito contra bactérias (MITSCH et

al., 2004; SANTURIO et al., 2007; BRENES e ROURA, 2010), fungos e leveduras

(VIEIRA, 2009), ação antioxidante (RACANICCI et al, 2004; 2008) e digestivo

(KAMEL, 2000; MELLOR, 2000), entre eles estão os óleos essências (OE).

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23

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho, a imunidade vacinal, as vísceras

e o desenvolvimento microbiológico da dieta e da cama de poedeiras semipesadas em

fase de recria suplementadas com aditivos funcionais em substituição a antimicrobianos

na ração.

2.1.1 Objetivos específicos

Quantificar e avaliar o peso das aves, consumo de ração e ganho de peso durante

o período do experimento entre os tratamentos testados.

Analisar a imunidades vacinais específicas no soro sanguíneo das aves, relativos

a Bronquite Infecciosa e Doença de Newcastle no período do experimento entre os

tratamentos testados.

Avaliar as medidas e pesos das vísceras e a morfometria histológica intestinal

entre os tratamentos testados.

Avaliar a contaminação de microrganismos na dieta e cama entre os tratamentos

testados.

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25

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Promotores de crescimento

A avicultura comercial tem como objetivo obter alta produtividade a baixo custo

e oferecer ao consumidor um produto de qualidade. Entretanto, para obtenção da alta

produtividade alguns aditivos alimentares têm sido usados como promotores de

crescimento, entre eles, os antibióticos. A utilização rotineira e indiscriminada dos

antibióticos tem levado ao aparecimento de populações bacterianas resistentes

(FULLER, 1989), levando ao desequilíbrio na simbiose entre microrganismos

apatogênicos e o animal.

A utilização dos antibióticos melhoradores de desempenho pertencentes ao

mesmo grupo de drogas empregadas em terapêutica, propiciou o aparecimento de

formas bacterianas resistentes e prejudiciais à saúde e à terapia animal e humana

(EDENS, 2003). O aparecimento de cepas resistentes despertou atenção de

pesquisadores, grupos ativistas e autoridades governamentais envolvidas com a saúde

pública, culminando no banimento do uso de antibióticos como promotores de

crescimento na indústria de alimentação de aves (HALFHIDE, 2003).

O uso de antibióticos e a resistência aos antibióticos estão claramente ligados. A

resistência aos antibióticos atualmente está principalmente associada com o uso humano

e o uso em animais, e por sua vez, levantam a possibilidade de que a resistência traduz-

se em doença humana ocasional. É muito difícil atribuir o quanto da resistência a

antibióticos passa através da cadeia alimentar que é devida à utilização de antibióticos

nestes animais (RANDALL et al., 2003).

Os consumidores estão cada vez mais exigindo qualidade e inocuidade dos

produtos alimentícios que adquirem. Na Europa, EUA e Japão, os consumidores buscam

informações a respeito de novos produtos e estão interessados em questões relacionadas

ao bem-estar animal, se eles ingerem hormônios ou não, entre outras preocupações

(ZAMUDIO et al., 2009).

Os estudos de produtos alternativos torna-se uma necessidade para substituir os

antibióticos na alimentação animal, sem causar perdas de produtividade e qualidade dos

produtos finais, mantendo as ações benéficas dos antibióticos e eliminando as

indesejáveis como a resistência bacteriana.

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26

O mercado para produtos alternativos como promotores de crescimento tem

aumentado e vêm sendo cada vez mais difundido entre a produção animal, por não

deixarem resíduos (BRENES e ROURA, 2010), não causar resistência bacteriana e

trazer os benefícios encontrados com o uso de antimicrobianos.

3.2 Estrutura e microflora intestinal

As aves necessitam de intestino saudável e capaz de atender as necessidades de

digestão, absorção de nutrientes e de defesa. Funções estas que são necessárias para que

a ave possa expressar todo seu potencial genético e de desempenho. A saúde intestinal

possui grande importância nesse papel, pois alterações nesta acarretam doenças,

diminuição da digestibilidade e desempenho. O que leva a perdas na conversão

alimentar e consequente prejuízos econômicos relevantes, pois cerca de 66% dos custos

totais de produção são gastos na nutrição das aves (PORTER-JR, 1998).

O intestino funciona como barreira física entre o meio interno e o meio externo.

Além de funcionar como barreira seletiva, que necessita diferenciar antígenos de

patógenos, antígenos de microrganismos comensais e nutrientes. Para isto diversos

mecanismos imunes e de tolerância são empregados.

Diversos microrganismos vivem de maneira comensal no intestino, estes podem

auxiliar no processo digestivo e competir por sítios de ligação com patógenos.

O intestino das aves é semelhante ao dos mamíferos, possuindo entretanto

algumas particularidades. O intestino pode ser dividido em intestino delgado e grosso,

sendo o intestino delgado constituído por duodeno, jejuno e íleo, e o intestino grosso de

ceco, colón e cloaca (BACHA e BACHA, 2000).

No intestino as respostas imunes locais geralmente levam a manifestações

macroscópicas. Os sinais clássicos de uma resposta imunológica em curso no intestino

incluem o aumento da infiltração de leucócitos na lâmina própria e as mudanças na

estrutura do intestino, como a atrofia das vilosidades e hiperplasia dos enterócitos nas

criptas (SMITH e BEAL, 2008).

O intestino é um ecossistema complexo formado por três componentes

principais que estão em permanentes trocas entre si: a barreira mucosa; o sistema

imunológico local (GALT – tecido linfoide associado ao intestino) e a microbiota

(MATARESE, 2003).

O intestino possui quatro camadas distintas: a mucosa, a submucosa, a muscular

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e a serosa. Os vilos são projeções da mucosa, estes são recobertos por epitélio colunar

simples e estão presentes no intestino delgado e grosso. São maiores no intestino

delgado e diminuem gradualmente de altura e se tornam mais largos ao longo do

intestino. A submucosa é uma camada de tecido conjuntivo que é mais densa que a

lâmina própria, sendo extremamente fina nas galinhas. A camada muscular consiste de

uma camada de músculo liso interna circular e externa longitudinal, uma terceira

camada de músculo liso pode estar presente nas aves. A serosa recobre todo o intestino

consistindo de uma camada de tecido conjuntivo coberto por mesotélio. Nas aves há

ausência de glândulas duodenais (Glândulas de Brunner), entretanto tecido linfático é

particularmente abundante (BACHA e BACHA, 2000; AUGHEY e FRYE, 2001;

FRAPPIER, 2007).

Os vilos são constituídos por três tipos de células funcionalmente distintas: os

enterócitos, as células caliciformes e as células enteroendocrinas (EROSCHENKO,

2008).

A presença de bactérias no trato gastrintestinal logo após a eclosão é quase

inexistente. A complexidade da microbiota intestinal aumenta com o avançar da idade,

existindo fatores específicos do hospedeiro que exercem influência no estabelecimento

dessa microbiota dominante (WIELEN et al., 2002).

Existe uma microflora natural no trato gastrointestinal dos animais, de difícil

definição, e composta de muitas espécies em equilíbrio entre si e com o hospedeiro

(LODDI, 2001). A presença desta flora intestinal normal, em equilíbrio, é tão necessária

como benéfica para o bem estar do animal. Estima-se que 90% da microflora seja

composta por bactérias facultativas (aeróbicas/anaeróbicas) e produtoras de ácido lático

(Lactobacillus spp, Bifidobacterium spp), incluídas as bactérias exclusivamente

aeróbicas como os Bacterioides spp, Fusobacterium spp e Eubacterium spp. Os 10%

restantes desta flora são constituídos de bactérias consideradas nocivas ao hospedeiro,

entre elas, a Escherichia coli, Clostridium spp, Staphylocuccus spp, Pseudomonas spp,

Blastomyces spp. O desequilíbrio em favor das bactérias indesejáveis, resulta em

infecção intestinal severa que, muitas vezes, pode ser fatal aos animais (LODDI, 2001).

Os microrganismos do trato gastrintestinal são compostos por bactérias, fungos e

protozoários, com predomínio de bactérias. A parte superior do trato digestivo é

basicamente ocupada por anaeróbios facultativos, enquanto que os cecos são

principalmente ocupados por anaeróbios. Os tipos, números e atividades metabólicas

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dos organismos, que ocupam o sistema gastrintestinal, são afetados por vários fatores,

como a idade, o indivíduo, o animal, o meio ambiente e a dieta (GABRIEL et al., 2006).

As populações de bactérias comensais do intestino podem proteger o hospedeiro

da colonização por patógenos invasores, ocupando sítios de ligação na superfície da

mucosa, competindo por nutrientes, fortalecendo a resposta imune intestinal e pela

produção de bacteriocinas (LAN et al., 2005; BURKHOLDER et al., 2008).

O intestino também é o principal local de desenvolvimento, colonização e porta

de entrada de microrganismos patogênicos para os tecidos mais profundos do corpo,

portanto qualquer perturbação da fisiologia do intestino muitas vezes resulta em

consequências clínicas relevantes (SMITH e BEAL, 2008).

A etiologia das doenças entéricas é complexa, podendo estar envolvidos uma

combinação de vírus, bactérias e outros agentes infecciosos ou não infecciosos. (SAIF et

al., 2008).

3.3 Aditivos funcionais na dieta.

3.3.1 Os antibióticos como aditivos na dieta.

O termo antibiótico foi adotado por Wasksman, em 1945, quarenta e nove anos

após a primeira evidência de que substâncias produzidas por fungos tinham a

capacidade de inibir o crescimento bacteriano. Por definição, consideram-se antibióticos

(AB) as substâncias sintetizadas por microrganismos ou produzidas em laboratórios a

partir de um princípio ativo sintetizados por fungos ou bactérias e que têm ação

antimicrobiana (GONZALES et al., 2012).

De importância relevante, principalmente na fase inicial da vida das aves,

ganharam destaque nas dietas por pesquisadores nos anos 50, utilizando doses

subclínicas de antibióticos verificando-se que o desempenho era melhorado, e

consequente, maior eficiência na produção. Os antibióticos adicionados a dietas em

pequenas doses passaram a serem denominados como “promotores de crescimento”.

Entende-se como aditivo toda substância que não é nutriente e pode ser

incorporada à ração animal. Como aditivos os antibióticos têm como principais funções:

aumentar a produtividade, diminuir a mortalidade, prevenir infecções e impedir a

deterioração da própria ração (NETO et al., 2001).

Os antibióticos, na nutrição animal, são usados em larga escala como promotores

de crescimento, pelo fato deles proporcionarem principalmente melhora no

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aproveitamento do alimento pelos animais. Existem várias hipóteses que tentam

explicar o efeito estimulador do crescimento que esses medicamentos exercem sobre os

animais, porém os mecanismos de ação ainda não são bem entendidos. A microflora

parece sofrer profundas modificações, um exemplo disso é que no uso de oxitetraciclina

há redução de microrganismos do intestino delgado produtores de toxinas (Clostridium

welchii e Streptococos faecalis), provocando maior aumento de peso dos animais.

Também, há aumento de Proteus, fungos (Candida albicans) e bactérias (Escherichia

coli, Aerobacter aerogenes) necessárias para a síntese de vitaminas. Além disso, o

número de bactérias que consomem vitaminas do complexo B é também diminuído

(HAESE e SILVA, 2004).

Aditivos antimicrobianos, anticoccidianos e agonistas com uso autorizado na

alimentação animal na Tabela 1.

Tabela 1. Aditivos melhoradores de desempenho e anticoccidianos para uso em produtos destinados à

alimentação animal registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) /

Coordenação de Fiscalização de Produtos para Alimentação Animal (CPAA) / Departamento de

Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP).

Aditivos Melhoradores de Desempenho e Anticoccididianos Registrados na Cpaa/Dfip

Aditivos Melhoradores De Desempenho Aditivos Anticoccidianos

Avilamicina Amprólio

Bacitracina Metileno Disalicilato Amprólio + Etopabato

Bacitracina de Zinco Clopidol + Metilbenzoquato

Colistina Diclazuril

Clorexidina Lasalocida

Enramicina Maduramicina Amônio

Flavomicina Maduramicina + Nicarbazina

Halquinol Monensina

Lasalocida Narasina

Lincomicina Narasina + Nicarbazina

Monensina Nicarbazina

Ractopamina Robenidina

Salinomicina Salinomicina

Tiamulina Semduramicina + Nicarbazina

Tilosina

Virginiamicina

Zilpaterol Fonte: MAPA (2012).

Já se provou que a microflora pode ter efeitos benéficos ou maléficos sobre a

assimilação de nutrientes. Dentre os efeitos benéficos decorrentes da predominância de

uma microflora desejável cita-se: a intensificação da digestão do amido. Por outro lado,

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uma microflora indesejável pode causar incremento na velocidade de renovação das

células da mucosa intestinal e espoliar as reservas energéticas e as suas proteínas

(NETO et al., 2002).

O uso em larga escala de promotores de crescimento na dieta de aves causou

grande preocupação, já que, muitos dos princípios ativos dos antibióticos usados nas

dietas, serem parecidos com o uso para saúde humana o que poderia causar resistência

cruzada, e também a disseminação de populações bacterianas resistentes no ambiente

(DAWSON e PIRVULESCU, 1999).

Segundo Booth (1992), as IDAs (Ingestão Diária Aceitáveis) são consideradas

como a ingestão diária de uma droga ou resíduo químico que, durante toda a vida de

uma pessoa, pareça ser isento de risco à saúde. Para a maioria das respostas biológicas,

admite-se que exista um limiar de nível de ausência de efeito (LMR) (Limites Máximos

de Resíduos). Antes que um nível ou concentração de tolerância a um resíduo de droga

ou substância química possa ser estabelecido, é necessário obter a concentração com a

ausência de efeito do composto na maioria das espécies sensíveis de mamíferos. Isso é

necessário para que uma margem confortável de segurança possa ser estabelecida entre

o nível da exposição que não afeta os animais de experimentação e a quantidade de

exposição permitida para o ser humano.

Desde 2006 a comunidade europeia proíbe o uso de alguns antibióticos e o

Brasil, obedecendo às normas internacionais, manifestou-se contra o uso deste aditivo

em rações avícolas (ALBINO et al., 2006). No entanto grande quantidade de estudos

epidemiológicos já foi realizada com o objetivo de determinar essa presumida

associação entre utilização de antimicrobianos na produção animal e aumento do risco

de infecções por bactérias resistentes em humanos. (PHILLIPS et al., 2004; HURD e

MALLADI, 2008; COX Jr. e POPKEN, 2010; MATHERS et al., 2011).

Atualmente não há uso indiscriminado de antibióticos na alimentação dos

animais. Há normativas do MAPA que proíbem o uso de alguns antibióticos de uso

humano na alimentação dos animais monogástricos. Além disso, os técnicos em

nutrição animal adotam o critério de usar somente aqueles antibióticos indicados como

promotores de crescimento (predominantemente contra bactérias Gram positivas, não

utilizado em medicina humana ou veterinária, não mutagênico, entre alguns dos

critérios) ou para evitar a coccidiose (ionóforos) na alimentação dos frangos. Essa

atitude já está bem consolidada no setor produtivo de carne, leite e ovos (GONZALES

et. al., 2012).

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Magalhães (1998) demonstra que através do efeito do calor (cocção) e do

congelamento muitos dos antibióticos residuais são destruídos. Com exceção das

penicilinas, cloranfenicol e estreptomicina, os demais antibióticos são termolábeis e

seus metabólitos dificilmente produzirão efeitos adversos, embora sejam desconhecidos

seus destinos e toxicidades.

Sesti (2002), em defesa do uso de antibióticos, relata que podemos esperar

mudanças de desempenho zootécnico em lotes de frangos sendo alimentados com

rações sem aditivos antibióticos e/ou agentes anticoccidianos. Isto já vem sendo

percebido em larga escala em alguns países da Europa, onde a grande maioria destes

aditivos já foi banida da alimentação de frangos de corte. Principalmente em aves que

ocorreriam aumentos dos casos de enterite necrótica causa pelo Clostridium perfringem

e com consequente diminuição dos ganhos. Uma outra problemática colocada por Sesti

seria em relação ao melhoramento genético, pois todos os animais melhorados

geneticamente são mais susceptíveis a doenças quando não criados em ambientes

adequados, sendo que dessa forma perderíamos em produção, já que teríamos que

buscar animais mais rústicos, porém menos eficientes.

3.3.2 Probióticos como aditivos na dieta

Lilly e Stillwel (1965) usaram o nome probióticos para denominar substâncias

secretadas por um protozoário que estimularam o crescimento de outros, e Parker

(1974), para denominar suplementos alimentares destinados a animais, incluindo

microrganismos e substâncias que afetam o equilíbrio da microbiota intestinal.

Fuller (1989) considerou que os probióticos são suplementos alimentares que

contêm bactérias vivas que produzem efeitos benéficos no hospedeiro, favorecendo o

equilíbrio de sua microbiota intestinal, entanto Havenaar e Huis In’t Veld (1992)

consideraram que são culturas únicas ou mistas de microrganismos que, administrados a

animais ou humanos, produzem efeitos benéficos no hospedeiro por incremento das

propriedades da microbiota nativa.

Schrezenmeir e De Vrese (2001) propuseram que o termo probiótico deveria ser

usado para designar preparações ou produtos que contêm microrganismos viáveis

definidos e em quantidade adequada, que alteram a microbiota própria das mucosas por

implantação ou colonização de um sistema do hospedeiro, e que produzem efeitos

benéficos em sua saúde.

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A modulação da microbiota intestinal pelos microrganismos probióticos ocorre

através de um mecanismo denominado "exclusão competitiva". Esse mecanismo impede

a colonização dessa mucosa por microrganismos potencialmente patogênicos, através da

competição por sítios de adesão, da competição por nutrientes e/ou da produção de

compostos antimicrobianos (KAUR et al., 2002; GUARNER e MALAGELADA,

2003).

A resistência aumentada contra patógenos é a característica mais promissora no

desenvolvimento de probióticos eficazes. O emprego de culturas probióticas exclui

microrganismos potencialmente patogênicos e reforça os mecanismos naturais de defesa

do organismo (PUUPPONEN-PIMIÄ et al., 2002).

Os probióticos podem também afetar patógenos através da síntese de

bacteriocinas (VILLANI et al., 1995; RODRIGUEZ, 1996; NAIDU et al., 1999), de

ácidos orgânicos voláteis (AUDISIO et al., 2000; JIN et al. 2000; OGAWA et al., 2001)

e de peróxido de hidrogênio (HAVENAAR et al., 1992; NAIDU et al., 1999), que têm

ação bacteriostática ou bactericida, especialmente em relação às bactérias patogênicas.

As bacteriocinas são substâncias antibióticas de ação local, que inibem o crescimento de

patógenos intestinais. As bactérias ácido lácticas produzem nisina, diplococcina,

lactocidina, bulgaricina e reuterina. Essas substâncias apresentam atividade inibitória,

tanto para bactérias gram-negativas quanto para gram-positivas (KEERSMAECKER et

al., 2006; CLEUSIX et al., 2007; CORR et al., 2007; LIMA et al., 2007), ou atuar sobre

o metabolismo celular, reduzindo a concentração de amônia no organismo (KOZASA,

1986), e liberando enzimas como a lactase (DE VRESE et al., 2001).

Os probióticos auxiliam a recompor a microbiota intestinal, através da adesão e

colonização da mucosa intestinal, ação esta que impede a adesão e subsequente

produção de toxinas ou invasão das células epiteliais (dependendo do mecanismo de

patogenicidade) por bactérias patogênicas. Adicionalmente, os probióticos competem

com as bactérias indesejáveis pelos nutrientes disponíveis no nicho ecológico. O

hospedeiro fornece as quantidades de nutrientes que as bactérias intestinais necessitam e

estas indicam ativamente as suas necessidades. Essa relação simbiótica impede

produção excessiva de nutrientes, a qual favoreceria o estabelecimento de competidores

microbianos com potencial patogênico ao hospedeiro. Além disso, os probióticos podem

impedir a multiplicação de seus competidores, através de compostos antimicrobianos,

principalmente as bacteriocinas (KOPP-HOOLIHAN, 2001; CALDER e KEW, 2002;

GUARNER e MALAGELADA, 2003).

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Várias ações benéficas são atribuídas ao uso dos probióticos, principalmente

Bifidobactéria e Lactobacilos como, por exemplo, aumentam de maneira significativa o

valor nutritivo e terapêutico dos alimentos, pois ocorre aumento dos níveis de vitaminas

do complexo B e aminoácidos e absorção acrescida de cálcio, ferro e magnésio

(ROLFE, 2000; COUDRAY et al., 2005; SNELLING, 2005).

Como probióticos, são usados microorganismos do gênero dos Lactobacillus,

dos Bifidobacterium, bactérias ácido- lácticas, bactérias não ácido lácticas e leveduras

(Tabela 2). Os probióticos são usados em medicina humana na prevenção e tratamento

de doenças, na regulação da microbiota intestinal, em distúrbio metabólico

gastrintestinal, como imunomoduladores, e na inibição da carcinogênese. Em medicina

veterinária, além dessas aplicações, podem também ser usados como promotores de

crescimento, constituindo-se em uma alternativa aos antibióticos, cujo uso

indiscriminado pode também selecionar cepas resistentes.

3.3.3 Prebióticos como aditivos na dieta

Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam

beneficamente o hospedeiro, por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade

de populações de bactérias desejáveis no cólon. Adicionalmente, o prebiótico pode

Tabela 2. Microrganismos com propriedades de probióticos.

Lactobacillus Bifidobacterium Bactérias ácido lácticas

Bactérias não ácido

lácticas

L. acidophilus B. adolescentis Enterococcus faecalis

Bacillus cereus var.

toyoi

L. amylovorus B. animalis Enterococcus faecium

Escherichia coli cepa

nissle

L. casei B. bifidum Lactococcus lactis Propionibacterium

L. crispatus B. breve

Leuconstoc

mesenteroides Freudenreichii

L. delbrueckii

subsp. Bulgaricus B. infantis

Pediococcus

acidilactici

Saccharomyces

cerevisiae

L. gallinarum B. lactis

Sporolactobacillus

inulinus

Saccharomyces

boulardii

L. gasseri B. longum

Streptococcus

thermophilus

L. johnssonii

L. paracasei

L. plantarum

L. reuteri

L. rhamnosus

Adaptado de HOLZAPFEL et al, (2001).

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inibir a multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do

hospedeiro. Esses componentes atuam mais frequentemente no intestino grosso, embora

eles possam ter também algum impacto sobre os microrganismos do intestino delgado

(GIBSON, ROBERFROID, 1995; ROBERFROID, 2001; GILLILAND, 2001;

MATTILA-SANDHOLM et al., 2002).

Para uma substância ser classificada como prebiótico, ela não pode ser

hidrolisada ou absorvida na parte superior do trato gastrintestinal e deve ser substrato

para limitado número de bactérias benéficas, de modo que seja capaz de alterar a

microflora intestinal favorável e induzir efeitos benéficos intestinais ou sistêmicos ao

hospedeiro (DIONÍZIO et al., 2002).

Os prebióticos identificados atualmente são carboidratos não-digeríveis,

incluindo a lactulose, a inulina e diversos oligossacarídeos que fornecem carboidratos

que as bactérias benéficas do cólon são capazes de fermentar (CUMMINGNS e

MACFARLANE, 2002).

No entanto, nem todos os carboidratos que fermentam são classificados como

prebióticos, somente os frutanos, lactulose e transgalacto-oligossacarídeos têm

comprovação para a classificação como prebióticos (MENEZES et al., 2008).

Os prebióticos mais importantes são hexoses como glicose, frutose, galactose,

manose e pentoses como ribose, xilose e arabinose (VAN IMMERSEEL et al., 2004),

sendo que a frutose e a manose são, respectivamente, os componentes dos dois mais

importantes grupos de prebióticos utilizados atualmente, os frutoligossacarídeos (FOS)

e os mananoligosacarídeos (MOS).

Os transgalacto-oligossacarídeos (TOS) são misturas de oligossacarídeos

derivados da lactose por transglicolisação enzimática e são comercializadas no Japão e

na Europa na forma de suplementos dietéticos e utilizados em alimentos funcionais. Já a

lactulose é produzida pela isomerização da lactose resultando em dissacarídeo sintético

utilizado como medicamento laxativo para o tratamento de constipação (SOUZA et al.,

2010).

Carboidratos não digestíveis, como parede celular de plantas e leveduras, são

classificados nesse grupo, pois são constituídos de complexo de glicomanonoproteínas,

em particular de mananoligossacarídeos, capazes de ligarem-se à fímbria das bactérias e

inibir a colonização no TGI (Trato Gastro Intestinal). Podem também serem utilizados

como nutrientes pelas bactérias. Alguns autores atribuem aumentos na retenção de

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alguns minerais e a mineralização óssea a suplementação com prebióticos (BRADLEY

e SAVAGE, 1994 e ONIFADE et al., 1999).

A velocidade de fermentação e a atividade de carboidratos não-digeríveis são

fatores primordiais para a saúde intestinal do hospedeiro. Novos tipos de

oligossacarídeos com velocidades de fermentação controladas serão desenvolvidos, de

modo a assegurar a fermentação uniforme, ao longo do cólon, da área proximal para a

distal (PUUPPONEN-PIMIÃ et al., 2002).

3.3.4 Simbióticos como aditivos na dieta

Um produto referido como simbiótico é aquele no qual um probiótico e um

prebiótico estão combinados. A interação entre o probiótico e o prebiótico in vivo pode

ser favorecida por adaptação do probiótico ao substrato prebiótico anterior ao consumo.

Isto pode, em alguns casos, resultar em vantagem competitiva para o probiótico, se ele

for consumido juntamente com o prebiótico. Alternativamente, esse efeito simbiótico

pode ser direcionado às diferentes regiões "alvo" do trato gastrintestinal, os intestinos

delgado e grosso. O consumo de probióticos e de prebióticos selecionados

apropriadamente pode aumentar os efeitos benéficos de cada um deles, uma vez que o

estímulo de cepas probióticas conhecidas leva à escolha dos pares simbióticos substrato-

microrganismo ideais (HOLZAPFEL e SCHILLINGER, 2002; PUUPPONEN-PIMIÄ

et al., 2002; MATTILA-SANDHOLM et al., 2002; BIELECKA et al., 2002).

De acordo com (GIBSON e ROBERFROID, 1995) a combinação de probióticos

e prebióticos, denominado simbiótico, pode ser benéfica ao hospedeiro por aumentar a

colonização (probióticos) e a sobrevivência de bactérias no trato gastrintestinal, uma vez

que os prebióticos estimulam o crescimento e aceleram o metabolismo de um limitado

número de microrganismo não patogênicos, melhorando a qualidade de vida do

hospedeiro.

O uso contínuo de probióticos e prebióticos permite a redução de resíduos

químicos em carcaça, o controle de salmoneloses, a redução de colesterol e a

imunoestimulação, potencializando a produção e os programas sanitários como as

vacinações em aves e em outros animais de interesse econômico (MARTIN, 1994).

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36

3.4 Efeitos dos probióticos como imuno-estimulate

Em aves, existem três diferentes tipos de anticorpos ou imunoglobulinas: IgA,

IgM e IgY. A imunoglobulina IgA é o principal anticorpo presente nas mucosas e IgY

corresponde a 75% do total de imunoglobulinas no soro. A imunidade humoral pode ser

mensurada pela detecção, quantificação e caracterização das variáveis de anticorpos,

antígenos ou citocinas específicos no soro sanguíneo (TIZARD, 2010). Como resultado,

a evidenciação de anticorpos específicos nestes testes sorológicos, caracteriza exposição

atual ou anterior a antígenos específicos e que pode ser identificada pela diversidade

funcional das classes de imunoglobulinas e a ordem que se apresentam nos fluidos

biológicos.

Profusa bibliografia, a maioria relatando estudos com bactérias ácido-lácticas,

demonstra que os probióticos têm efeito imuno-estimulante em animais e no homem,

apesar de ainda não estarem esclarecidos os mecanismos pelos quais isto ocorre

(CROSS, 2002).

Esse efeito pode estar relacionado à capacidade de os microrganismos do

probiótico interagirem com as placas de Peyer e as células epiteliais intestinais,

estimulando as células B produtoras de IgA e a migração de células T do intestino

(PERDIGÓN e HOLGADO, 2000). Também tem sido demonstrado que os probióticos

favorecem a atividade fagocítica inespecífica dos macrófagos alveolares, sugerindo ação

sistêmica por secreção de mediadores que estimulariam o sistema imune (CROSS,

2002).

O efeito dos probióticos sobre a resposta imune tem sido bastante estudado.

Grande parte das evidências de sistemas in vitro e de modelos animais e humanos

sugere que os probióticos podem estimular tanto a resposta imune não-específica quanto

específica. Acredita-se que esses efeitos sejam mediados por ativação dos macrófagos,

por aumento nos níveis de citocinas, por aumento da atividade das células destruidoras

naturais (NK - "natural killer") e/ou dos níveis de imunoglobulinas. Merece destaque o

fato de que esses efeitos positivos dos probióticos sobre o sistema imunológico ocorrem

sem o desencadeamento de uma resposta inflamatória prejudicial. Entretanto, nem todas

as cepas de bactérias láticas são igualmente efetivas. A resposta imune pode ser

aumentada, quando um ou mais probióticos são consumidos concomitantemente e

atuam sinergisticamente, como parece ser o caso dos Lactobacillus administrados em

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37

conjunto com Bifidobacterium (KOPP-HOOLIHAN, 2001; CALDER e KEW, 2002;

VAN DE WATER, 2003).

Alguns gêneros de bactérias intestinais, como o Lactobacillus e o

Bifidobacterium estão diretamente relacionados com o estímulo da resposta imune por

aumento da produção de anticorpos, ativação de macrófagos, proliferação de células T e

produção de interferon, entre outros. Entretanto, o verdadeiro mecanismo pelos quais

essas bactérias estimulam o sistema imune ainda permanece com muitos pontos a serem

esclarecidos (FULLER, 1991; ISOLAURI et al., 2001; MATSUMOTO et al., 2005;

RINNE et al., 2005; PELUSO et al., 2007).

3.5 Água Modificada

Segundo Richardson (2003), o processo de desinfecção para obtenção de água

potável foi o maior triunfo da saúde pública do século XX. Antes de seu uso

generalizado, milhões de pessoas morriam por causa de doenças como cólera e febre

tifóide.

Atualmente, desinfecção de águas pode ser feita tanto por agentes químicos

quanto físicos, sendo os agentes químicos mais comuns o cloro, o dióxido de cloro e o

ozônio, além do peróxido de hidrogênio, do ácido acético, do bromo, do iodo, do

permanganato de potássio e do cloreto de bromo. Como agentes físicos destacam-se a

radiação UV, a radiação gama e a radiação solar (DI BERNARDO e DANTAS, 2005;

LIBÂNIO, 2005).

O desinfetante químico mais utilizado mundialmente na desinfecção para a

produção de água potável é o cloro. Este agente é empregado como desinfetante

primário na maioria das estações de tratamento de água superficial ou subterrânea.

(DANIEL, 2001; JACANGELO e TRUSSELL, 2001; SILVEIRA, 2004). O efeito do

cloro livre e combinado inativa as bactérias pela alteração da permeabilidade da

membrana celular, liberando os componentes citoplasmáticos para o meio (SHANG;

BLATCHLEY, 2001; SILVEIRA, 2004).

Apesar da eficiência germicida do cloro contra bactérias e alguns vírus, a

toxicidade potencial dos subprodutos da cloração torna o processo cada vez menos

atrativo. Os compostos clorados têm algumas desvantagens que limitam crescentemente

seu uso, tanto no tratamento de água quanto na indústria de alimentos, pois a cloração

pode conduzir à formação de compostos organoclorados, trihalometanos (THMs) e

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ácidos haloacéticos, que são mutagênicos, tóxicos e carcinogênicos em água, em

alimentos ou em superfícies de contato (LAZAROVA et al., 1999; PRESTES, 2007).

Desinfetantes alternativos vêm sendo aplicados em substituição ou em

combinação com o cloro, (DANIEL, 2001; SILVEIRA, 2004; PRESTES, 2007), sendo

o ozônio utilizado em larga escala na Europa (DI BERNARDO e DANTAS, 2005;

LIBÂNIO, 2005; RICHTER e AZEVEDO NETTO, 2005).

O ozônio é um poderoso agente oxidante, eficaz na inativação de bactérias,

bolores, leveduras, vírus, protozoários, inclusive formas esporuladas e cistos de

protozoários, que são mais resistentes (USEPA, 1999 LAPOLLI et al., 2003; SOUZA,

2006).

O ozônio inativa diversas bactérias, incluindo gram-negativas e gram-positivas,

células vegetativas e formas esporuladas, além de componentes do envoltório celular,

esporos fúngicos ou capsídeos virais, em concentrações relativamente baixas e em

reduzido tempo de contato (KIM et al., 1999 KHADRE et al., 2001; PRESTES, 2007).

A redução ou a inativação da população microbiana devido a ozonização depende da

concentração de ozônio, do tempo de aplicação e do microrganismo envolvido.

O efeito bactericida do ozônio já foi documentado para uma grande variedade de

microrganismos, incluindo bactérias gram-positivas e gram-negativas. As bactérias

gram-negativas possuem maior sensibilidade ao ozônio quando comparadas com as

bactérias gram-positivas, pois possuem menor quantidade de peptídeoglicano em sua

parede celular (RUSSEL et al., 1999).

Florjanic e Kristl (2006) verificaram na produção de leite, que os sistemas de

purificação, armazenamento e distribuição da água na temperatura ambiente são

altamente suscetíveis à contaminação e à formação de biofilme, logo, investiram por

quatro anos as contagens de placas heterotróficas e a concentração dos compostos

orgânicos totais na água com concentrações de ozônio em 70 +/- 20 ppb na produção e

250 +/- 50 ppb no regime de desinfecção. Concluíram que o nível especificado do

ozônio impede o crescimento e a formação de biofilme no sistema da distribuição de

água.

Biofilmes são definidos como populações bacterianas em matriz-fechada

aderentes umas às outras e ou a superfícies ou interfaces. Esta definição inclui

agregados microbianos, flocos e também populações aderentes dentro dos espaços dos

poros e meios porosos (COSTERTON E LEWANDOWSKI, 1995). Basicamente os

biofilmes são constituídos por bactérias e biopolimeros extracelulares que elas

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produzem (ARCURI, 2000). Podendo também conter fungos e ou protozoários, de

modo isolado ou em combinação (JAY, 2005). Durante a formação do biofilme, um

agregado de células se insere em uma matriz de substancias exopoliméricas que dão

origem a uma estrutura rígida de três dimensões (DEMUTH e LAMONT, 2006).

O Gerador de Fotoeletróns (Figura 01), é construído como um condensador. Os

micros fragmentos de cerâmica radiantes destinam-se a executar vórtices múltiplos, em

sentido horário e anti-horário. Estes fragmentos ficam acondicionados dentro de

invólucros. Sob pressão da água, as posições angulares dos invólucros e o desenho dos

fragmentos geram internamente milhões de microbolhas e múltiplos vórtices,

simultaneamente, gerando carga elétrica, através da energia do atrito da água passante,

que é condensada em carga elétrica positiva e negativa. Os elétrons negativamente

carregados permanecem na água, para formar íons negativos, enquanto que parte da

carga elétrica positiva é descarregada através de uma conexão de aterramento.

Figura 1. - Gerador de Fotoeletrôns – Funcionamento interno – Corte transversal.

Fonte: http://www.dileka.com.br/index.html

O íon é um átomo que ganhou uma carga elétrica, através do ganho ou da perda

de um elétron. Um átomo é composto de um núcleo formado por prótons (positivos),

nêutrons (neutros) e elétrons (negativos) gravitando em torno do núcleo. Normalmente,

os átomos possuem o mesmo número de elétrons e prótons. Os elétrons movem-se

livremente de um átomo a outro. Quando um átomo ganha um elétron, ele passa a ser

chamado de íon negativo, e quando perde um elétron passa a ser chamado de íon

positivo. Redução alternativa significa a adição de um elétron (e-), e seu contrário,

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oxidação, significa a remoção de um elétron. A adição de um elétron (redução)

armazena energia no composto reduzido. A remoção de um elétron (oxidação) libera a

energia do composto oxidado. Toda vez que uma substância é reduzida, outra é oxidada.

(Figura 02).

Figura 2. - Mecanismo de Oxidação e Redução.

Fonte: http://www.netxplica.com

Os radicais livres com elétrons ímpares são instáveis e possuem alto potencial de

oxidação, o que significa que são capazes de roubar elétrons de outras células. Este

mecanismo químico é muito útil em desinfetantes, tal como o peróxido de hidrogênio e

o ozônio, que podem ser usados para esterilizar ferimentos ou instrumentos médicos.

Dentro do corpo, estes radicais livres são necessários, devido à habilidade de atacar e

eliminar bactérias, vírus e outros produtos de excreção. Problemas surgem, contudo,

quando demasiadas destas moléculas de oxigênio ativo, ou radicais livres, são

produzidos no corpo. Os estudos mostram que cerca de 2% que respiramos se

transforma em radicais livres extras, são extremamente reativos e podem aderir a células

normais e saudáveis, danificando-as. Estes radicais de oxigênio ativo roubam elétrons

de moléculas biológicas normais e saudáveis. Este roubo de elétrons pelo oxigênio ativo

oxida os tecidos e pode causar todo tipo de doenças degenerativas. O cloro usado para

desinfetar a água também é extremamente reativo. O cloro atua roubando elétrons de

organismos vivos próximos.

A habilidade de remoção de oxigênio ativo é chamada de “Atividade

Sequestradora do Radical Superóxido” (Superoxide Scavenging Activity, ou SOSA). A

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SOSA da água pode ser medida pelo método de Ressonância de Spin Eletrônico ou

ESR, semelhante à RMN (Ressonância Magnética Nuclear usada em hospitais).

O Gerador de Fotoeletrons, nome comercial “Dileka”, é capaz de combater

bactérias do tipo Legionella e E-coli através da habilidade desinfetante do

infravermelho e a habilidade dos íons negativos de deter a proliferação de patógenos.

Sob a ação dos íons negativos e pela redução induzida na separação eletrostática, os

trihalometanos (THMs) que são mutagênicos, tóxicos e carcinogênicos em água, são

degradados.

3.6 Respostas imunológica às vacinas de Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG) e

Doença de Newcastle (DN)

Como conceito biológico, imunidade significa a resposta desencadeada a agentes

estranhos e proteção contra doenças, principalmente, doenças infecciosas (ABBAS,

2008).

O estado imunológico tem papel primordial na manutenção da homeostasia e no

combate a desafios contra agentes patogênicos; fatores estes determinantes para a

manutenção da sanidade animal. Quando essa homeostase é quebrada, a resposta

imunológica consome grande parte dos recursos orgânicos (energia e nutrientes)

(KLASING e KOVER, 1997).

O sistema imune das aves possui diversas semelhanças com o de mamíferos,

porém apresentam características únicas (DAVISON, 2008).

As aves possuem uma distinção quanto as células polimorfonucleares em relação

a mamíferos: possuem heterófilos, mas não possuem neutrófilos e eosinófilos

(BROWNLIE e ALLAN, 2011).

Os heterófilos, equivalentes aos neutrófilos em mamíferos, são considerados

importantes na resposta imune inata, desencadeando a explosão respiratória com

consequente produção de reativos de oxigênio que eliminam os patógenos após a

fagocitose (KAISER, 2010).

Embora, por diversas vezes, a resposta imune inata seja suficiente para debelar a

invasão das barreiras naturais, em outras ocasiões a resposta imune adaptativa é

requerida quando há persistência dos patógenos, resultando em células que irão

promover a memória imunológica (JEURISSEN et al., 2002).

A resposta imune adaptativa pode ser humoral (com produção de anticorpos) e

resposta imune celular (realizada pelos linfócitos T) e ambas atuam conjuntamente nas

respostas a invasão microbiana (JEURISSEN et al., 2002; HOLT et al., 2005).

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A imunocompetência é a capacidade que o organismo possui em produzir uma

resposta imune eficiente contra substâncias estranhas. A pesquisa laboratorial para

avaliação da resposta imune, pode ser utilizada para verificar a resposta inata e

adquirida (humoral e celular) (ABBAS, 2008).

A imunidade humoral, pode ser mensurada pela detecção, quantificação e

caracterização das variáveis (de anticorpos, antígenos ou citocinas) específicos no soro

sanguíneo (TIZARD, 2010).

A utilização do soro para mensurar a interação antígeno-anticorpo é denominada

sorologia (TIZARD, 2010). Como resultado, a evidenciação de anticorpos específicos

nestes testes sorológicos, caracteriza exposição atual ou anterior a antígenos específicos

e que pode ser identificada pela diversidade funcional das classes de imunoglobulinas

(IgA, IgM e IgY ou IgG) e a ordem que se apresentam nos fluidos biológicos.

3.6.1 Bronquite infecciosa das galinhas (BIG)

A bronquite infecciosa das galinhas (BIG) é uma doença aguda, altamente

contagiosa, causada por um Coronavírus que acomete a espécie Gallus gallus

domesticus, infectando células dos aparelhos respiratórios e genito-urinário das galinhas

(KING e CAVANAGH, 1991; SANTOS et al., 2005). A BIG foi descrita pela primeira

vez por Schalk e Hawn (1931) na Cidade Dakota do Norte, EUA, espalhando-se

rapidamente por todo o país (COOK, 1997). Nos anos 40 foi descrito o impacto da BIG

na produção e qualidade dos ovos e na década de 60 a síndrome nefrite-nefrose foi

relatada na Austrália (KING e CAVANAGH, 1991). No Brasil, a BIG foi diagnosticada

pela primeira vez no ano de 1957 pelo Professor Hipólito no Estado de Minas Gerais

(HIPÓLITO et al., 1979).

A importância econômica dessa doença decorre da diminuição na produção e

qualidade interna e externa dos ovos, diminuição da eclodibilidade, diminuição da

eficiência alimentar e do ganho de peso e aumento da mortalidade e da condenação de

carcaças ao abate, além dos gastos com medicamentos para debelar infecções

bacterianas secundárias (HIPÓLITO et al., 1979; ROCHA, 2000; RESENDE, 2003).

O BIG, após um período de incubação de 18 a 36h, é replicado com altos títulos

primeiramente nas células epiteliais ciliadas da mucosa do aparelho respiratório,

seguindo uma fase de viremia por 1 a 2 dias após a infecção, o que possibilita a

distribuição viral para os diversos tecidos para os quais o agente possui tropismo.

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Eventualmente, o vírus causa os principais danos no aparelho genito-urinário. O trato

intestinal é outro possível sítio da infecção primária. A infecção primária no trato

respiratório superior pode resultar em doença menos severa do que quando a infecção

primária ocorre no trato respiratório inferior (KING e CAVANAGH, 1991; MURPHY

et al., 1999; ROCHA, 2000).

Na avicultura industrial mundial, o controle da BIG tem sido feito, com relativo

sucesso, pela combinação de medidas básicas de Biosseguridade (isolamento, higiene,

lotes com idade única, controle de trânsito de veículos e pessoas, "all-in-all-out" e vazio

sanitário), que incluem programas de vacinação desenvolvidos de acordo com a região

ou país (HOERR et al., 1999; RESENDE, 2003; BERNARDINO, 2004).

Em avicultura de postura, os programas de vacinação durante os períodos de cria

e recria geralmente contemplam a administração de vacinas vivas atenuadas seguidas de

vacinação utilizando antígeno inativado antes da fase de produção. A vacinação durante

a fase de produção é uma prática adotada por várias empresas em todo o mundo nesse

tipo da ave (RESENDE, 2003).

No Brasil, a vacinação contra o BIG tem sido feita desde 1980 e o único

sorotipo/genótipo liberado pelos órgãos oficiais é o Massachusetts (RESENDE, 2003;

BERNARDINO, 2004).

Apesar dos programas de vacinação sistemática contra o BIG, os surtos da doença

continuam ocorrendo em plantéis vacinados em vários países, inclusive no Brasil. Esses

surtos têm ocorrido devido a vários fatores que podem estar diretamente relacionados à

vacina: como hipervariabilidade viral, alta ou baixa atenuação do vírus vacinal; e à ave:

como processos imunodepressores, destacando-se a DIB e outras doenças

concomitantes, manejo geral inadequado ou falhas diretas no processo de vacinação

(RESENDE, 2003; BERNARDINO, 2004).

3.6.2 Doenças de Newcastle (DN)

O primeiro relato reconhecendo o termo Doença de Newcastle (DN) em aves

ocorreu em 1926, em Java, na Indonésia (KRANEVELD, 1926) e em Newcastle, na

Inglaterra (DOYLE, 1927). Entretanto, há relatos de doença similar na Europa Central

antes desta data (HALASZ, 1912). Em particular, Macpherson (1956) atribuiu a morte

de todas as aves no oeste da Escócia em 1896 por DN. É possível, portanto, que a DN

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tenha ocorrido em aves antes de 1926, mas ela tornou-se conhecida a partir da

ocorrência na cidade de Newcastle.

É uma enfermidade viral aguda, notificável, altamente contagiosa que acomete

aves silvestres e comerciais. Os sinais clínicos podem variar entre quadros

gastrointestinais agudos, acompanhados de anorexia, letargia e cianose, até conjuntivite,

edemas, diarreia (fezes esverdeadas) e doença respiratória aguda com exsudatos em

trato respiratório superior e dispneia, ou ainda doença crônica do sistema nervoso

central com opistótono, torcicolo, tremores e paralisia de membros (ZANETTI, 2005).

A infecção pode ocorrer através de inalação ou ingestão, sendo que o vírus está

presente no ar exalado pelas aves, nas fezes e em toda parte da carcaça da ave durante a

infecção aguda e na morte. A contaminação de outras aves pode se dar por meio de

aerossóis e pela ingestão da agua ou alimentos contaminados. Quanto à transmissão

vertical do vírus, parece não ocorrer, a maioria das aves infectadas cessam a oviposição

e se o ovo se infectar o embrião sucumbirá. A intervenção humana é provavelmente o

método mais comum de infecção em aviários industriais, as roupas e sapatos de pessoas

que manuseiam aves infectadas são imediatamente contaminados. Assim como a

comida, água, equipamento usados ou expostos a áreas contaminadas são, também, um

meio mecânico de disseminação do vírus contagioso. O período de incubação nas aves é

de aproximadamente cinco dias, mas pode variar de 2 a 15 dias (JONES, 2006).

Nas aves industriais, segundo Alexander (1997), o controle da DN consiste na

adoção de um conjunto de medidas tais como: políticas internacionais de controle

regulamentadas através da OIE (2000), políticas nacionais de controle, com destaque

para o PNSA, práticas de biossegurança e medidas de vacinação.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Local

Foi conduzido um ensaio no Setor de Avicultura, na Unidade de Pesquisa e

Desenvolvimento de Brotas/APTA Regional/APTA, Brotas, SP, durante o período de

11 de Maio de 2015 a 03 de Julho de 2015.

4.2 Ensaio de desempenho

Como fase de adaptação as 192 aves da linhagem Isa Brown foram alojadas

desde o primeiro dia de vida no aviário preparado para o experimento, em box de 1,0 x

2,0 m, com estrutura de aquecimento para os primeiros 15 dias, água e ração ad libitun,

seguindo o desenvolvimento corporal da ave de acordo com o manual da linhagem para

fase de cria, até a sexta semana de vida.

O ensaio de desempenho foi realizado durante a fase de recria de poedeiras

semipesadas da linhagem Isa Brown, que compreendeu o período de 7 a 14 semanas de

idade das aves, com objetivo de avaliar o efeito de aditivos alternativos em substituição

a antimicrobianos na ração. As 192 frangas da linhagem Isa Brown foram avaliadas da

sétima semana até a décima quarta semana de idade, alojadas em um aviário de

cria/recria medindo 6,0 x 18,0 m, sendo as laterais formadas por 0,50 m de muretas e

1,50 m de telas de arame galvanizado equipadas com cortinas externas e internas, com

oitões fechados e cobertura de telha francesa, contendo 24 boxes no chão e com

corredor de serviço, específicos para criação nesta fase. Os boxes com dimensões de 1,0

x 2,0m foram telados e equipados com comedouros tipo pendular e bebedouros tipo

nipple. Cada boxe foi revestido com cama de maravalha, com espessura aproximada de

5 cm, durante todo o período experimental, com a finalidade de oferecer maior conforto

aos animais. A temperatura ambiental e a umidade relativa do ar foram registradas

diariamente, procedendo-se ao manejo adequado de cortinas para a garantia do conforto

térmico das aves.

O manejo dos animais foi similar ao recomendado pelo manual de criação da

linhagem Isa Brown para a fase de recria, com as aves recebendo água limpa ad libitum

e vacinadas contra as doenças de marek, newcastle, bronquite, gumboro, coccidiose,

coriza, micoplasma, bouba, encefalomielite, pneumovírus, colli e salmonela.

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No primeiro dia do experimento foram distribuídas aleatoriamente oito aves por

boxe, que foram submetidas a idênticas condições de manejo e alimentação com água e

ração à vontade. Não foi utilizado programa de luz artificial nesta fase.

4.2.1 Delineamento experimental

As 192 poedeiras semipesadas foram distribuídas em um delineamento

inteiramente casualizado (DIC) recebendo quatro tratamentos, com seis repetições de

oito aves cada (Tabela 3).

Tabela 3. Nomenclatura dos tratamentos.

Tratamentos Inclusão ração

T1 Ração basal com antimicrobianos 40g/tonelada ração

T2 Ração basal sem antimicrobianos -

T3 Ração basal com probióticos 2 kg/ton. Ração

T4 Ração basal sem antimicrobianos + água modificada (Dileka) -

Todas as aves foram submetidas às mesmas condições de manejo durante todo

período experimental. As inclusões dos aditivos seguiram as recomendações dos

fabricantes. O sulfato de colistina foi adicionada à ração como antimicrobiano na

dosagem de 40g/tonelada e o probiótico foi constituído de cepas de microrganismos

(Leveduras e Lactobacilos), que foram adicionados às rações experimentais na

proporção de 2,0 kg por tonelada. Devido a um compromisso de confidencialidade com

a empresa fabricante, o probiótico que foi utilizado no experimento não poderá ser

divulgado, sabendo restritamente que se tratava de um composto de Leveduras e

Lactobacilos.

A água de poço artesiano era captada e levada por sistemas de tubulação até uma

caixa dágua com capacidade de 310 litros, instalada nas terças internas do telhado, no

interior do galpão. A distribuição da água foi feita, através da instalação de duas linhas

de água distintas. Em uma das linhas, a água saia da caixa de 310 litros diretamente para

o reservatório de uma das linhas de bebedouros nipples já instalada em um dos lados do

galpão e abastecia todos os outros tratamentos com água natural. Já para o tratamento

com água modificada, foi necessária a instalação de outra linha de água da caixa dágua

de 310 litros. Para isso, foi instalada uma mangueira laranja entre a caixa de 310 litros e

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o equipamento Dileka (com fio aterrado), outra mangueira da saída do Dileka e que foi

acoplada a um galão com capacidade para 200 litros e deste com auxílio de outra

mangueira, a água seguia diretamente para o reservatório do outro sistema nipple

independente que foi instalado do outro lado do galpão e que fornecia a água

modificada ao grupo 4 (Figura 03).

Figura 3. - Instalação do equipamento Dileka em uma das linhas de água com sistema nipples do

experimento.

Fonte: Carla Cachoni Pizzolante.

Devido a um compromisso de confidencialidade com a empresa fabricante, o

probiótico que foi utilizado no experimento não poderá ser divulgado, sabendo

restritamente que se tratava de um composto de Leveduras e Lactobacilos.

4.2.2 Rações experimentais

Para o estudo, as rações experimentais todas isonutritivas, foram formuladas à

base de milho e farelo de soja, de acordo com o manual de criação da linhagem e as

matérias-primas tabeladas por Rostagno et al. (2011) e encontram-se na Tabela 4 e 5.

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Tabela 4. Composição das dietas experimentais, fornecidas na fase de recria (7 a 14 semanas de idade).

Recria

Descrição Crescimento

Desenvolvimento

Idade das aves

7 a 11 semanas 12 a 15 semanas

Milho grão 61,9 57,7

Soja Farelo (46% PB) 26,1 18,6

Farelo de trigo 8,7 20,8

Calcário 38% Ca 1,1 1,2

Fosfato bicálcico 1,2 0,9

Suplemento vitamínico e mineral1 0,4 0,4

Sal 0,3 0,3

DL-Metionina 99% 0,2 0,1

L-Lisina 78% 0,1 -

Fitase 10000 (Poedeira) 0,003 0,003

TOTAL 100,0 100,0

(1) Produto Comercial BROVO CRIA/RECRIA 0,7; Níveis nutricionais por kg de ração: Vit. A –

2.500.000 UI; Vit. D3 – 625.000 UI; Vit. E 6.250 UI; Vit. K – 500 mg; Vit. B1 – 500 mg; Vit.B2 – 1.500

mg; Vit.B6 – 750 mg; Vit. B12 – 3.000 mcg; Niacina – 8.500 mg; Biotina – 18 mg; Ac. Pantotenico –

3.275,000 mg; Ac. Folico – 175 mg; B.H.T. – 20 mg; Fitase – 50.000 ftu; Metionina – 173,25 g; Colina –

32,56 g; Cobre – 2.500 mg; Ferro – 12.500 g; Iodo – 300 mg; Manganês – 20 g; Selênio – 50 mg; Zinco –

15,000 g.

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Tabela 5. Composição nutricional calculada* para rações na fase de recria (7 a 14 semanas).

Recria

Composição Crescimento Desenvolvimento

Nutricional (%) 7 a 11 semanas 12 a 15 semanas

EM/Aves (Kcal/kg) 2.874,7 2.749,7

Proteína Bruta (%) 18,0 16,0

Extrato Etéreo % 3,2 3,3

Fibra bruta % 3,7 4,1

Cálcio (%) 0,9 0,9

Fósforo Total (%) 0,7 0,7

Fósforo disponível (%) 0,5 0,4

Sódio (%) 0,1 0,1

Cloro % 0,2 0,2

Lisina total % 1,0 0,8

Lisina digestível para aves % 0,8 0,6

Metionina total (%) 0,5 0,4

Metionina digestível para aves % 0,4 0,3

Metionina+Cistina Total (%) 0,8 0,7

Metionina+Cistina digestível para aves % 0,7 0,5

Treonina Total (%) 0,7 0,6

Treonina digestível para aves % 0,5 0,4

Triptofano total % 0,2 0,2

Triptofano digestível para aves % 0,2 0,1

Arginina total % 1,2 1,0

Isoleucina total % 0,9 0,8

Valina total (%) 0,8 0,7

Ácido linoléico % 1,6 1,7

Xantofilas (mg) 11,1 10,4

*Rostagno, et al., 2011.

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50

4.2.3 Vacinação e Protocolo vacinal

As aves foram vacinadas profilaticamente para as principais enfermidades

susceptíveis na avicultura de postura, obedecendo um protocolo descrito na Tabela 6.

Tabela 6. Protocolo de vacinação de poedeiras semipesadas na fase de cria e recria.

Idade das aves Vacina Via de aplicação

1 dia Marek

7 dias - Bronquite (H120)

- Newcastle (La sota)

- Gumboro suave

Salmonela enteritidis

Ocular

14 dias - Pneumovirus

- Gumboro suave

Ocular

21 dias - Gumboro forte Ocular

28 dias - Bronquite (H120) (2ª dose)

- Newcastle (La sota)

- Gumboro forte

Ocular

35 dias - coriza aquosa

- Micoplasma

Intramuscular

Ocular

42 dias - Bouba

- Encefalo

membrana da asa

56 dias - Bronquite (H120)

- Newcastle (La sota)

- Salmonela enteritidis (2ª dose)

Ocular

63 dias 2ª dose Pneumovírus (cabeça inchada)

- Colli

Água

4.2.4 Parâmetros avaliados

4.2.4.1 Desempenho

Para efeito da avaliação dos resultados, foram estabelecidos 8 semanas, que

compreendeu a fase de recria, onde as aves receberam água e ração a vontade e foram

pesadas as sobras de ração de cada box para a estimativa do consumo médio de ração

por ave alojada a cada 7 dias.

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51

Foram determinados o desempenho através do Peso médio inicial (g), peso

médio final (g), consumo de ração médio (CR), consumo de ração médio diário (CRD),

consumo de ração acumulado (CRA), ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio

diário (GPD), índice de conversão alimentar (CA) e viabilidade (%).

Para obtenção destes dados, foram realizadas pesagens das aves ao início e a

cada 7 dias. Semanalmente foram avaliadas as variáveis consumo de ração (g/ave/dia)

pela diferença entre a ração fornecida e a sobra de cada período experimental, não

houve mortalidade; ganho de peso (g) e de viabilidade (%).

4.2.4.2 Análise sorológica

A coleta de sangue foi realizada no período da noite, com jejum prévio de 1 hora,

através de veno-punção da veia braquial direita. Foram coletados 3 mL de sangue de

cada ave em tubos a vácuo, sem anticoagulante, para a obtenção do soro sanguíneo,

conforme indicado pelo laboratório dos kits reagentes utilizados no experimento. As

coletas foram realizadas em 24 frangas ao início (29 de maio de 2015), meio (15 de

junho de 2015) e final do experimento (03 de julho de 2015), para avaliação sorológica

e verificação da imunidade vacinal contra as doenças de Newcastle e Bronquite aviária.

Ambas as vacinas foram aplicadas aos 7 dias (via ocular), 28 e 56 dias (na água de

bebida).

4.2.4.3 Análise de vísceras

Ao final do experimento com 14 semanas de idade (03 de julho de 2015) foram

escolhidas e retiradas uma ave por parcela, fundamentando-se no peso médio da parcela,

totalizando seis aves por tratamento, num total de 24 aves. As aves foram pesadas para a

avaliação do peso corporal, do peso relativo e posteriormente eutanasiadas, obedecedo

os critérios para a espécie, conforme protocolo do comitê de ética numero 218/15 e

dissecadas para coleta do material de interesse: glândulas (fígado e pâncreas) e órgãos

(intestino). O comprimento e o peso das diversas porções do trato intestinal limpo

(duodeno, jejuno, íleo, ceco e cólon-reto) foram aferidos, utilizando-se balança de

precisão e uma fita métrica.

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52

4.2.4.4 Análises de histomorfometria

O intestino delgado foi pesado e seus segmentos foram individualizados e

pesados. Amostras de 1,0 cm da porção média do duodeno, jejuno e íleo foram

cuidadosamente coletadas, lavadas em água destilada, estendidas pela túnica serosa e

abertos e fixadas com formol 10%. Posteriormente, o material foi desidratado em séries

crescentes de álcool de 70% até 100%. As amostras foram recortadas, diafanizadas em

benzol, processadas, e inclusas em resina histológica. A seguir, foram realizados cinco

cortes histológicos semisseriados de sete micrômetros de espessura e corados segundo a

técnica de Hematoxilina e Eosina – HE (TOLOSA et al. 2003). Posteriormente o

material foi acondicionado em caixas histológicas devidamente enumeradas. As lâminas

coradas foram analisadas ao microscópio de luz. A nomenclatura anatômica utilizada foi

a de Mclelland (1993). As lâminas coradas foram analisadas Departamento de

Morfologia e Fisiologia Animal, Unesp de Jaboticabal ao microscópio de luz. As

imagens pertinentes à avaliação morfométrica foram capturadas na microcâmera

Olympus DP 11 acoplada ao microscópio de luz e armazenadas em um pendrive. As

fotomicrográficas foram descarregadas em um microcomputador e a análise

morfométrica foi realizada no programa Image Pro Plus, Media Cybernetics®, Brasil,

versão 6.0. As medidas da mucosa incluíram a profundidade das criptas intestinais e

altura e a largura das vilosidades intestinais. O comprimento da vilosidade foi tomado a

partir da região basal da mesma, que coincide com a porção superior da cripta. Foi

traçado uma reta entre os dois pontos da base e outra reta paralela a primeira,

tangenciando o ápice do vilo, sendo que a distância entre essas duas retas corresponde

ao comprimento do vilo. A profundidade da cripta, foi tomada da sua base até a região

de transição cripta-vilo. Foram medidos os comprimentos de 6 vilos e a profundidade de

6 criptas, bem orientados, em cada lado dos cortes na sequência em que se encontravam

do intestino delgado e medidos os seus comprimentos (µm) em linha reta. As medidas

em altura das vilosidades foram tomadas a partir da base superior da cripta até o ápice

da vilosidade e as criptas foram medidas entre as vilosidades da base inferior até a base

superior da cripta (FUKAYAMA et al, 2005; GAVA, 2012).

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53

4.2.4.5 Análises microbiológicas das rações e cama

As rações experimentais foram elaboradas na fábrica de ração CEZE Rações em

Santa Bárbara do Oeste-SP. Após a homogeneização do material a ser analisado, foi

feita a coleta de maneira asséptica em porções representativas da massa total em frascos

estéreis, em quantidade igual ou superior a 500 g. As amostras foram coletadas,

acondicionadas, identificadas e posteriormente encaminhadas ao Laboratório de

Produção de Anticorpos e Imunensaios do Instituto de Zootecnia. Três a mostras por

tratamento foram mantidas fechadas em potes plásticos em geladeira regulada para

manter a temperatura abaixo de 4 a 12°C, para posterior análises. Efetuou-se análise de

09 amostras envolvendo as rações experimentais, sendo avaliadas a contagem de

microrganismos totais de acordo com a metodologia preconizada pela Apha (2001).

Pesou-se 1 g de cada amostra que foi diluída em 50 mL de salina. Em seguida foram

realizadas 10 diluições seriadas na base 10 e a partir destas, foram semeadas em BDA

(Batata 200 g, Dextrose 20 g, Agar 20g e água 01 litro). As batatas foram picadas,

cozidas em 500 mL de água até que ficassem macias. O material foi coado em filtro,

adicionando-se os outros reagentes e o volume completado para 1 L, posteriormente

foram autoclavadas por 20 minutos a 1 atm. O meio foi vertida em placas de Petri de

9X15 mm. Após incubação por 24 horas a 35 °C foram contadas as unidades

formadoras de colônias nas placas (UFC/g).

As amostras de cama, num total de 24, foram coletadas na área experimental,

homogeneizadas e acondicionadas em refrigeração também foram pesadas e diluídas da

mesma forma que as amostras de ração.

A contagem de coliformes totais e E. coli nas amostras de ração foram realizadas

utilizando o kit comercial Coli test, com 1 g por litro de cada amostra de ração,

incubados a 37 °C por 48 horas para a contagem de coliformes totais, e posterior prova

da presença de E. coli, com o teste de indol e fluorescência, ambos indicados no teste

comercial (Duarte et al., 2014).

Resultado do teste de coliformes totais e E. coli: foram todos negativos nas 9

amostras de ração.

Uma vez que as análises foram preconizadas para a cama das aves, não foi

realizado as contagens de coliformes para as amostras de cama coletadas.

Ao final do experimento foram coletadas 24 amostras de cama simples dos

boxes em pontos representativos de toda área do alojamento, representando seis

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54

repetições de cada tratamento, sendo evitadas as áreas próximas ou abaixo dos

comedouros e dos bebedouros, conforme metodologia utilizada por Singh et al. (2004).

Cada ponto de coleta amostral da cama correspondeu a um círculo de aproximadamente

20 cm de raio e 7 cm de altura, sendo as amostras retiradas com a ajuda de trado e pá.

Das 24 amostras simples coletadas, foram obtidas 4 amostras compostas, que foram

descompactadas, homogeneizadas e acondicionadas em sacos de polietileno

devidamente identificados e armazenadas em temperatura de -18 a -23º, sendo

posteriormente avaliados em laboratório.

O meio de cultura utilizado para avaliação das amostras camas foram de BDA

(Batata 200 g, Dextrose 20 g, Agar 20g e água 01 litro). As batatas foram picadas,

cozidas em 500 mL de água até que ficassem macias. O material foi coado em filtro,

adicionando-se os outros reagentes e o volume completado para 1 L, posteriormente

foram autoclavadas por 20 minutos a 1 atm. O meio foi vertida em placas de Petri de

9X15 mm. Após, as amostras foram colhidas dos tratamentos e acondicionadas sob

refrigeração até o momento das inoculações. De cada amostra foi pesado 0,5 g em tubo

de 50 mL, tipo Falcon, adicionados de 50 mL de água destilada esterilizada. Destas

soluções, foram realizadas diluições para que no plaqueamento tivéssemos um fator de

diluição de 10-6

. A inoculação foi feita por espalhamento com auxílio de alça de

Drigalski. As placas foram mantidas a temperatura de 25 0 C, por 48 horas, quando foi

realizada a observação visual das colônias crescidas.

Neste primeiro momento, somente uma comparação visual foi realizada para

cada tratamento. As contagens de colônias foram realizadas utilizando UFC (Unidade

Formadora de Colônia) /mL após 24 hs de incubação.

4.2.5 Análises estatística

Os resultados obtidos foram analisados através da Análise de Variância e o

contraste entre médias de tratamentos quando significativos pelo teste de Tukey a 5%,

com auxílio do sistema computacional SISVAR (2011).

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55

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Desempenho ponderal

Os valores de temperaturas mínimas e máximas (16,4 e 27,6 °C) e umidade

relativa (56 e 83%), respectivamente observadas e aferidas no galpão experimental

podem ser classificados como confortável para as aves não tendo, portanto influenciado

nos resultados de desempenho que estão apresentados na Tabela 7.

O peso vivo médio inicial, peso vivo médio final às 14 semanas, consumo de

ração médio (CR), consumo de ração médio diário (CRD), consumo de ração

acumulado (CRA), ganho de peso médio (GP), ganho de peso médio diário (GPD), não

diferiram estatisticamente (P>0,05) entre os tratamentos, da inclusão dos aditivos

funcionais utilizados nas rações de poedeiras semipesadas em fase de recria no período

estudado (7 a 14 semanas de idade) em substituição ao antimicrobiano sobre os

parâmetros de desempenho (Tabela 7).

Tabela 7. Desempenho de poedeiras semipesadas de 7 a 14 semanas de idade na recria, recebendo

aditivos funcionais a antimicrobianos.

Período

Tratamentos

T1

T2

T3

T4 Média geral (%)

CV (%)2

7 – 14 semanas

Peso inicial (g) 1

519,2 521,2 520,9 520,6 520,5 1,5

Peso final (g) 1

1435,9 1447,7 1414,1 1428,2 1431,5 2,2

CR (g) 1

475,7 485,2 486,4 455,4 475,7 5,2

CRD1 74,1 76,3 76,3 70,1 74,2 5,9

GP (g) 1

114,4 116,1 111,6 113,4 113,9 2,8

GPD (g/dia)1 17,4 17,9 17,0 17,4 17,4 3,5

CA (kg ração/kg ganho peso)¹ 5,0 5,1 5,3 5,1 5,1 10,4

1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05)

2. CV (%): coeficiente de variação.

3. CR (Consumo médio de ração); CRD (Consumo médio de ração diário); GP (Ganho de peso); GPD (Ganho

de peso diário); CA (Conversão alimentar).

O antibiótico utilizado como promotor de crescimento e o probiótico utilizado

como agente de exclusão competitiva no experimento para o controle de

microrganismos patogênicos no trato gastrointestinal das poedeiras semipesadas em fase

de recria, sugere no presente trabalho que não houve diferença significativa (P>0,05)

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56

que diferissem em relação ao tratamento dos grupos que foram utilizados água

modificada e o controle.

Os resultados obtidos no presente estudo foram semelhantes aos trabalhos

realizados por Henrique et al. (1998), Zuanon et al. (1998) e Loddi et al. (2000b) que

mostraram não haver diferenças no consumo de ração para frangos alimentados com

ração contendo probióticos e antibióticos na fase inicial. Não foi observada diferença

(P>0,05) entre tratamentos quanto ao ganho de peso dos frangos nesta fase. No entanto

os resultados dos trabalhos encontrados por Owings et al. (1990), Jin et al. (1997),

Henrique et al. (1998). Contudo, Watkins (1983), Henrique et al. (1998), Henrique et al.

(1998), Loddi et al. (2000a) e Moreira et al. (2002) observaram diferença significativa

no ganho de peso quando foram comparadas aves suplementadas e não suplementadas

com probióticos.

5.2 Respostas vacinais (sorologia) para doença de Newcastle e Bronquite Infecciosa.

Os resultados das análises sorológicas para avaliação das respostas vacinais das

doenças de Bronquite infecciosa e Doença de Newcastle encontram-se nas Figuras 4 e

5.

Figura 4. - Resposta vacinal contra Newcastle.

Fonte: Sadala M. C. Tfaile.

A resposta imunológica para a Doença de Newcastle (Figura 4) para todos os

tratamentos foram acima do limite de corte entre o resultado positivo e negativo (Cutoff

S/P>0,35). Observou-se que, não houve diferença significativa entre os tratamentos,

1,33

1,89 1,83 2,00

y = -0,098x2 + 0,6846x + 0,7852 R² = 0,8602

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

T1. Colistina T2. Controle T3. Fermentada T4. Dileka

S/P

Rat

io

Tratamentos

Resposta Imunológica - NewCastle - Cutoff S/P:> 0,35

média Polinômio (média)

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57

sugerindo no experimento que todos os tratamentos foram satisfatórios para uma

proteção contra a Doença de Newcastle.

Figura 5. - Resposta vacinal contra Bronquite infecciosa.

Fonte: Sadala M. C. Tfaile.

Sobre a resposta imunológica para a doença de Bronquite Infecciosa (Figura 5),

apenas o tratamento com antibiótico ficou acima do limite de corte entre o resultado

positivo e negativo (Cutoff S/P >0,20), observou-se, que os tratamentos com

probióticos, agua modificada e controle, ficaram abaixo da proteção satisfatória contra a

doença de Bronquite Infecciosa. Apesar da proteção ficar abaixo do limite mínimo de

proteção, não houve prejuízo sanitários para as aves no experimento por se tratar de ser

uma doença emergente e de pouca expressão na fase de recria, situação contraria para a

doença de Newcastle que é mais agressiva patologicamente nesta fase.

5.3 Vísceras

Os resultados de vísceras avaliados de frangas marrons na fase de recria que

receberem aditivos funcionais estão apresentados na Tabela 8.

0,27

0,09

0,15 0,18

y = 0,0554x2 - 0,2976x + 0,499 R² = 0,7986

0,00

0,10

0,20

0,30

T1. Colistina T2. Controle T3. Fermentada T4. Dileka

S/P

Rat

io

Tratamentos

Resposta Imunológica - Bronquite Infecciosa - Cutoff S/P:> 0,20

média Polinômio (média)

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Tabela 8. Características de vísceras (cm) de poedeiras semipesadas às 14 semanas de idade na recria.

Período

Tratamentos

T1

T2

T3

T4

Média geral

(%)

CV

(%)2

7 – 14 semanas de idade

Peso pâncreas (g) 1

2,8 3,3 2,9 3,3 3,1 14,1

Pâncreas (%)1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 13,6

Peso fígado (g)1 24,2 27,3 26,0 24,7 25,5 14,0

Fígado (%) 1

1,9 1,9 1,8 1,8 1,9 11,9

Intestino delgado (cm) 1

104,0 97,7 90,7 97,0 97,3 8,8

Intestino delgado (g) 1

29,1 32,6 30,7 31,3 30,9 13,1

Intestino delgado (%)1 1,9 2,3 2,2 2,3 2,2 21,4

Duodeno (cm) 19,3a 17,8ab 16,5b 18,0ab 17,9 9,3

Duodeno (g)1 7,9 8,2 6,8 7,5 7,6 19,0

Duodeno (%) 1

0,6 0,6 0,5 0,5 0,6 16,7

Jejuno (cm) 1 45,3 41,3 42,0 43,0 42,9 12,4

Jejuno (g) 1

12,4 14,4 13,8 13,1 13,4 12,6

Jejuno (%)1 0,96 1,01 0,97 0,97 0,98 8,7

Íleo (cm) 1

39,3 38,5 32,2 36,0 36,5 13,7

Íleo (g)1 8,8 10,0 10,0 10,6 9,9 18,5

Íleo (%)1 0,7 0,7 0,7 0,8 0,7 15,4

Intestino grosso (cm) 1

9,2 8,3 8,3 8,2 8,5 12,4

Intestino grosso (g) 1

4,7 3,9 3,7 3,2 3,9 28,5

Intestino grosso (%)1 0,4 0,3 0,3 0,2 0,3 29,1

Ceco (cm) 1

11,7 12,8 11,5 12,0 12,0 7,4

1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05)

2. CV (%): coeficiente de variação.

Não houve efeito significativo (P>0,05) no uso de aditivos funcionais em

substituição a antimicrobianos na ração sobre a maioria das vísceras avaliadas, com

exceção do comprimento do duodeno que apresentou maiores valores (p<0,05) para o

tratamento com antimicrobiano em relação ao tratamento com probiótico (Tabela 8).

Resultados semelhantes foram observados por Otutumi et al. (2008), provavelmente por

não haver a colonização do intestino pela cultura contida no probiótico. Já em pesquisas

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conduzidas por Loddi et al. (2000) e Sato (2002) foi verificada ausência de efeito sobre

comprimento do intestino quando da suplementação do probiótico na ração de frangos

de corte. Paz et al (2010) obteve resultados semelhantes ao da presente pesquisa quanto

ao peso de fígado e do intestino.

5.4 Resultados de histomorfometria intestinal

Os resultados de histomorfometria dos segmentos do duodeno de poedeiras

semipesadas em fase de recria às 14 semanas de idade, recebendo rações com diferentes

aditivos funcionais em substituição a antimicrobianos são apresentados na Tabela 9 e

Figura 6. Não houve diferença estatística entre os tratamentos (P>0,05) para os valores

histomorfométricos (altura e largura do vilo, profundidade da cripta e suas relações)

(Tabela 9).

Tabela 9. Histomorfometria dos segmentos do duodeno de poedeiras semipesadas em fase de recria às 14

semanas de idade, recebendo rações com diferentes aditivos funcionais em substituição a

antimicrobianos.

Tratamentos

T1 T2 T3 T4 Média geral

(%) CV (%)2

Altura de vilosidade1 684,4 711,2 729 728 713 14.93

Largura de Vilosidade1 87,9 83,6 79,2 102 88 22.9

Profundidade de cripta1 38,8 31,8 34,9 33,5 33 24,9

Relação altura e

profundidade de cripta1

18,8 22,3 20,9 21,9 21 13,9

Relação altura e largura

de vilos1

0,13 0,12 0,11 0,15 0,1 28,9

1. Ausência de efeito entre os tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05)

2. CV (%): coeficiente de variação

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Figura 6. - Corte transversal de duodeno (morfometria histológica).

Fonte: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Unesp – Jaboticabal, SP.

Silva et al. (2011) avaliando os efeitos de levedura de cana-de-açúcar na

morfologia intestinal de galinhas poedeiras, verificaram que no jejuno e no íleo a adição

de levedura às dietas não proporcionou efeito significativo sobre os parâmetros

avaliados, as alturas das vilosidades do duodeno não apresentaram diferenças

significativas, entretanto, houve efeito quadrático na profundidade das criptas neste

mesmo segmento, com menor profundidade de cripta no nível de 5,46% de inclusão de

levedura. Os resultados apresentados no presente trabalho estão de acordo com o de

Otutumi et al. (2008), avaliados com frangos de corte, que não verificaram diferença

significativa nem em relação à altura de vilo (AV), nem em profundidade de cripta (PC)

do duodeno, provavelmente por não ter ocorrido sua colonização. Bueno et al., (2012),

observaram um efeito significativo (P<0,05) da interação (probiótico x dia) aos 35 dias

de idade em frangos de corte, em que a adição do mesmo na dieta causou menor valor

na profundidade da cripta no duodeno em relação ao controle.

5.5. Microbiologia das amostras de rações e camas

Os resultados de contagem das UFC (unidades formadoras de colônias), das

rações e cama experimental, após 24 hs de incubação, onde (R) - amostra de ração

basal; (T1) amostra de cama das aves que receberam ração basal + antimicrobianos;

(T2) amostra de cama das aves que receberam ração basal; (T3) amostra de cama das

aves que receberam ração basal + microrganismos; (T4) amostra de cama das aves que

receberam ração basal + água modificada, são apresentados na Tabela 10 e Figuras 7.

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61

Tabela 10. Contagem das UFC (unidades formadoras de colônias), após 24 hs de incubação,

apresentando os seguintes resultados.

Tratamento Numero de UFC/mL*

R 0

T1 0

T2 2,3 107

T3 2,9 106

T4 1,9 108

*Média de 4 repetições

Figura 7. - Imagem das placas de BDA, contagem de colônias observadas nas rações experimentais e na

cama.

Fonte: Laboratório de Produção de Anticorpos e Imunensaios do Instituto de Zootecnia – Nova Odessa,

SP.

Os resultados do desenvolvimento de microrganismos (contagem em UFC) na

Tabela 10, das análises microbiológicas das raçoes e das camas coletadas no final do

experimento com as poedeiras semipesadas, observou-se que o tratamento T1 com

antibióticos não houve desenvolvimento de UFC (unidade formadora de colônia) no

período de incubação de 24 hs, sugerindo que o antibiótico residual age sobre o

desenvolvimento microbiológico da ração e da cama, impedindo a proliferação e

consequentemente aumentando o período de degradação, no entanto os tratamentos T2

- controle, T3 - com probióticos e T4 - com agua modificada, apresentaram um

significativo desenvolvimento de microrganismo, sugerindo que aditivos alternativos

por serem naturais e não bactericidas, não interferem no desenvolvimento de

microrganismo por não terem efeitos residuais, reduz significativamente o tempo de

decomposição dos dejetos, causando menor impacto ambiental.

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6 CONCLUSÃO

Nas condições em que o presente estudo foi realizado, pode-se concluir que é

possível o uso de aditivos alternativos em substituição aos antimicrobianos, para

poedeiras semipesadas em fase de recria, pois, os mesmos não comprometeram o

desempenho e nem as respostas fisiológicas e imunológicas das aves. O tratamento com

antimicrobianos dificultou o desenvolvimento de microrganismos nas amostras de

cama, provavelmente devido ao seu efeito residual. Já o uso de aditivos alternativos

promoveu o desenvolvimento microbiológico nas amostras de cama sugerindo uma

rápida decomposição dos dejetos e consequentemente uma melhor degradação,

contribuindo positivamente na redução do impacto ambiental. Por serem produtos

inovadores, naturais, atóxicos e não induzirem resistência bacteriana, podem, portanto,

ser fontes alternativas em substituição aos antibióticos, mas há necessidade de um maior

número de pesquisas para que se possa determinar com exatidão os efeitos benéficos de

sua substituição.

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