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Administração de Recursos Materiais para o MPU Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 03 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 55 AULA 03 - Compras, Funções de compras, Organização do setor de compras, Etapas do Processo de Compras, Negociação, Centralização e descentralização de compras, Modalidades de Compras, Perfil do Comprador. Gestão Patrimonial, Tombamento dos Bens, Controle de Bens, Inventário Físico, Alienação, Alteração e Baixa de Bens SUMÁRIO PÁGINA Sumário Compras .......................................................................................................... 2 Organização do setor de compras................................................................... 4 Etapas do Processo de Compras .................................................................... 5 Negociação...................................................................................................... 7 Centralização e Descentralização de Compras ............................................... 9 Modalidades de Compras .............................................................................. 10 Acompanhamento de Pedidos....................................................................... 13 Cadastro de Fornecedores ............................................................................ 13 Perfil do Comprador ...................................................................................... 20 Gestão Patrimonial ........................................................................................ 22 Tombamento dos Bens ................................................................................. 25 Controle de Bens - Inventário ........................................................................ 26 Alienação, Alteração e Baixa de Bens........................................................... 31 Questões Comentadas .................................................................................. 34

Administração de Recursos Materiais - Aula 03

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Admisntração de Recursos Materiais

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    AULA 03 - Compras, Funes de compras, Organizao do setor de compras, Etapas do Processo de Compras, Negociao, Centralizao e descentralizao

    de compras, Modalidades de Compras, Perfil do Comprador. Gesto Patrimonial, Tombamento dos Bens, Controle de Bens, Inventrio Fsico, Alienao, Alterao

    e Baixa de Bens

    SUMRIO PGINA

    Sumrio

    Compras .......................................................................................................... 2

    Organizao do setor de compras ................................................................... 4

    Etapas do Processo de Compras .................................................................... 5

    Negociao...................................................................................................... 7

    Centralizao e Descentralizao de Compras ............................................... 9

    Modalidades de Compras .............................................................................. 10

    Acompanhamento de Pedidos ....................................................................... 13

    Cadastro de Fornecedores ............................................................................ 13

    Perfil do Comprador ...................................................................................... 20

    Gesto Patrimonial ........................................................................................ 22

    Tombamento dos Bens ................................................................................. 25

    Controle de Bens - Inventrio ........................................................................ 26

    Alienao, Alterao e Baixa de Bens ........................................................... 31

    Questes Comentadas .................................................................................. 34

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    Em frente para aquilo que, acredito eu, seja nossa ltima aula. Lgico que se

    a CESPE tiver alguma ideia mirabolante no edital, ns nos veremos de novo.

    Isso no impede voc de usar o frum para tirar dvidas, ou ainda, solicitar

    comentrios adicionais (basicamente, pedir para que eu reexplique as coisas de

    outro jeito :P).

    Chega de conversa.

    Compras

    Este tpico, apesar de parecer curto no edital, to grande que precisa ser

    dividido em tpicos. Mas nada que a gente no resolva.

    Falamos bastante sem atender a necessidade da empresa com os materias

    entregues em tempo, modo e lugar corretos.

    Mas como que um material chega ao estoque? Qual setor ser responsvel

    por suprir os estoques?

    Primeiramente observe que a ideia de suprimento est ligada ao

    abastecimento da produo, e este ocorrer por meio do fornecimento de

    materiais, matrias-primas e insumos, quando necessrios produo.

    O material chegar ao estoque por intermdio de compras, uma operao

    essencial entre aquelas que compem o processo de suprimento de uma

    empresa1. por est razo que as compras assumem um papel to importante na

    ARM.

    Falamos que os estoques so investimento da empresa, pois bem, este gasto

    ocorre justamente por meio das compras. E j foi demonstrado que as matrias-

    1 Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e

    gesto, ed. Atlas, 6 ed.

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    primas e insumos (os materiais em geral) representam parcela significativa dos

    custos envolvidos na produo.

    De acordo com Chiavenato2: O rgo de compras hoje considerado um

    centro de lucro e no simplesmente um centro de custo, uma vez que, quando

    bem administrado, pode trazer considerveis economias, vantagens e lucros para a

    empresa.

    O processo de compras, como quase todos os processos da AM, deve

    analisado de forma ampla, pois envolve desde a programao de compras

    (localizao de fornecedores, negociaes...), passando pelo acompanhamento dos

    pedidos, pelo dispndio financeiro, at chegar o momento em que os materiais so

    recebidos e verificados na empresa.

    Observe ento:

    Esto entre os objetivos de um setor de compras de uma empresa: manter

    a produo abastecida com os materiais necessrios; obter a quantidade de

    materiais necessrios e com baixos preos; prezar pela qualidade do material

    2 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 100.

    As atividades de compras mantm

    relaes:

    quanto com a administrao de materiais

    tanto com o setor

    financeiro

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    que ser adquirido; enfim, buscar as melhores condies possveis para a

    empresa.

    Suprir as necessidades do sistema de produo, garantindo as entradas do

    processo produtivo e estabelecendo, por consequncia, uma cadeia de

    suprimentos. Preste ateno especialmente no que diz respeito a:

    A Quantidade

    A Qualidade e especificaes

    As Datas (prazos)

    Organizao do setor de compras

    No processo de compras so fatores que influenciaro na tomada de

    deciso: A quantidade (de acordo com a demanda), a qualidade, o preo e o prazo.

    Segundo Marco Aurelio P Dias:

    Independentemente do porte da empresa, os princpios bsicos de

    organizao constituem-se em normas fundamentais, assim consideradas:

    Autoridade para compras;

    Registro de compras;

    Registro de preos;

    Registro de estoques e consumo;

    Registro de fornecedores;

    Arquivos e especificaes;

    Arquivos de catlogos.[...]"

    Utilizemos o exemplo de uma compra de supermercado. Se voc estivesse

    encarregado do setor de compras e para que o investimento, o gasto,fosse

    adequado, quais seriam as etapas que voc utilizaria no processo de compra? E

    qual seria a primeira atividade que a desenvolver? Parece no restar dvidas de

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    que voc deveria comear com uma pesquisa, no s a pesquisa de preos (de

    custos), mas, dentre outros, o estudo do mercado, o conhecimento do fornecedor, a

    possibilidade de se utilizar materiais alternativos

    Passada a pesquisa viria a aquisio, por esta etapa se entente desde a

    encomenda, quando necessria, at o recebimento do material. Logo depois de

    recebido o material, passamos a administrao os procedimentos de

    armazenamento em depsito.

    No que diz respeito as compras ela esta assim estruturada:

    A administrao de compras deve manter um fluxo contnuo de

    suprimentos, mas no deve incorrer em gastos desnecessrios e que provocariam

    excedentes, ou seja, fundamental que este setor execute uma programao de

    compras.

    Etapas do Processo de Compras

    De acordo com a estrutura e o porte da empresa, o processo de compras,

    tambm denominado ciclo de compras, poder apresentar pequenas variaes, no

    entanto, a sequncia a baixo seria uma organizao bsica:

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    1. Solicitao de compras (anlise das ordens de compras3 Ordem de

    Compras, recebidas);

    2. Seleo de fornecedores (em decorrncia de pesquisa);

    3. Cotao de preos e determinao do preo certo;

    4. Negociaes com o fornecedor;

    5. Pedido de Compra;

    6. Acompanhamento de compras (follow up);

    7. Recepo e aceitao das mercadorias (controle e recebimento do

    material comprado);

    8. Aprovao da fatura do fornecedor para pagamento.

    A solicitao de compras a origem do processo de compra, ocorre por

    meio da ordem de compra (OC), que o documento que informa a necessidade de

    compra, indicando tambm, qual o material se deve comprar, a quantidade que se

    deve comprar, o prazo e o local de entrega. (a solicitao de compras pode ser com

    ou sem concorrncia)

    A seleo de fornecedores4 etapa que antecede a cotao, na seleo de

    fornecedores, so analisados o preo, a qualidade, a capacidade produtiva do

    fornecedor, o prazo de entrega e as condies de pagamento (falaremos de

    tudo isso na parte de cadastro de fornecedores).

    Veja que, na seleo de fornecedores, uma serie de fatores so analisados,

    portanto no se pode afirmar que a o fornecedor selecionado ser obrigatoriamente

    o que apresentar o menor preo. A empresa analisar, de acordo com a suas

    necessidades, qual o fornecedor mais adequado.

    3 a comunicao enviada ao setor responsvel pelas compras da necessidade de

    aquisio de materiais.

    4 Normalmente a pesquisa e a seleo so feitas entre os fornecedores

    previamente cadastrados pela empresa, que registra tambm em um banco de dados as

    negociaes passadas.

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    Como bem leciona Chiavenato...pag.105, h dois tipos de fornecedores, o

    real e o potencial. Fornecedor real aquele que j efetuou vendas de materiais ou

    insumos empresa, enquanto o fornecedor potencial aquele que pode se

    candidatar a futuros fornecimentos. (grifos nossos)

    A cotao (registro) de preos normalmente feita entre alguns

    fornecedores pr-selecionados e tem como objetivo encontrar, a preo satisfatrio,

    os materiais de qualidade e nas especificaes que a produo necessita.

    O pedido de compra a oficializao do negcio, o contrato formal que

    se estabelece entre o comprador e o fornecedor logo aps a negociao.

    Aps o pedido ter sido efetuado passamos a uma nova etapa que a de

    acompanhamento (follow up). Esta etapa, de certa forma, o controle do

    processo de compra5, que dedicando ateno, dentre outras coisas, entrega do

    material.

    Este acompanhamento deve ocorrer por meio de registros devidamente

    documentados.

    Negociao

    A negociao tem um papel significativo no processo de compras, Trata-se

    de uma relao entre o comprador e o fornecedor, na qual sero levados em

    considerao alguns itens, tais como: a quantidade, a qualidade, o preo e o prazo.

    5 O setor de compras precisa manter uma boa comunicao com o fornecedor

    mesmo aps a realizao do pedido. O processo no deve ser abandonado at o

    recebimento e conferncia da mercadoria.

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    A empresa deve tratar seus fornecedores como parceiros em seus negcios

    (e direi logo logo o porqu).

    A negociao serve para definir como ser feita a emisso do pedido de

    compra ao fornecedor. 6

    O resultado final de uma negociao bem sucedida o pedido de compra.

    Em quase todas as oportunidades, este pedido de compras se encontrar

    consubstanciado em um contrato formal que representa fielmente as condies

    estipuladas na negociao.

    Das poucas vezes em que no houver contrato, a prpria aceitao do

    pedido de compra pelo fornecedor possui carter contratual, obrigando-o a

    atender todas as condies estipuladas no pedido, como por exemplo,

    quantidade, qualidade, frequncia de entregas, prazos, preos e o local de

    entrega dos materiais.

    Dado este carter contratual da negociao (fique tranquilo que teoria dos

    contratos tema de Direito Civil, ento, infelizmente, no vou dar aula disso agora

    :P), quaisquer alteraes nas condies originais devem ser objeto de novas

    6 Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 107.

    Negociador de compras

    Fornecedores

    Devem ter como objetivo o equilbrio do negcio, uma situao em que ambos possam sair

    ganhadores.

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    discusses e entendimentos, para que no haja dvidas sobre o que se prope e

    deseja que seja fornecido. Do contrrio, a empresa corre o risco de que haja

    contestao por parte dos fornecedores, que acreditaro ter cumprido as condies

    contratadas.

    Centralizao e Descentralizao de Compras

    Outra caracterstica da organizao das compras aquela relacionada a

    analise quanto a sua centralizao (onde um nico rgo responsvel pelas

    compras o que favorece o controle de estoques) ou descentralizao (quando h

    unidades de compras dispersas).

    J foi questo de concurso: So condies bsicas para o controle de

    estoques: centralizao das compras em um setor de compras, sob a direo e

    responsabilidade de um especialista, com rotinas claras e definidas; estocagem

    de todos os materiais em locais previamente designados e sujeitos superviso

    direta; e determinao de limites (mximos e mnimos) para cada item do

    estoque.

    Importante: Observe que quando falado das atribuies do setor de compras

    no citada a responsabilidade com transporte, porque esta fica a cargo do

    prprio fornecedor, que tem a obrigao de entregar o material na qualidade e no

    prazo acordados.

    Acredito que o que realmente importa neste tpico seja a anlise comparativa

    sobre as vantagens de cada uma:

    A Centralizao das Compras, de acordo com a doutrina, oferece as

    seguintes vantagens

    - Possibilidade de compras em maior volume, o que pode significar o

    aproveitamento de condies e preos melhores decorrentes de descontos, por

    exemplo;

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    - Reduo dos custos de transporte vez que valor do frete poder ser

    rateado entre um maior nmero de mercadorias;

    - Homogeneidade na qualidade dos materiais adquiridos;

    - Possibilidade de acerto de entregas menores e peridicas, que evitam a

    ocorrncia de pedidos duplicados;

    - Melhor controle global das transaes financeiras relacionadas ao setor

    de compras, uma vez que todas elas sero gerenciadas pelo mesmo departamento;

    - Evita a concorrncia danosa entre os compradores regionais e as

    disparidades de preos de aquisio de um mesmo material por vrios compradores

    Por outro lado, a Descentralizao das Compras associada s seguintes

    vantagens:

    - Oferece maior autonomia funcional s unidades regionais;

    - Permite maior flexibilidade e sensibilidade na soluo de problemas

    regionais. A unidade descentralizada est mais prxima dos problemas e anseios de

    sua rea de controle, alm de melhor representar seus interesses, por constituir um

    grupo menor. Desta forma, de se esperar que possua melhor conhecimento a

    respeito das fontes de suprimento, meios de transporte e armazenamento mais

    prximo da regio;

    - Em situaes emergenciais, costuma oferecer solues mais rpidas e

    adequadas quele momento, pelas mesmas razes do item anterior.

    - Permite melhor controle de suas funes. Lembre-se que estruturas

    menores so sempre mais fceis de gerenciar.

    Modalidades de Compras

    Sim, muita coisa que eu escrevi aqui no est no edital. Mas convenhamos

    que ele foi bem vago e voc vai fazer uma prova de alto nvel. melhor eu garantir

    que voc leu tudo que poderia cair na prova.

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    Toda classificao tem um propsito (ou ao menos, deveria ter um). No

    existem classificaes boas ou ruins, mas existem classificaes teis e inteis.

    As modalidades de compras no so mais do que classificaes que se

    referem aos modos como eu posso dividi-las. E no, isto aqui no tem

    absolutamente nada a ver com a matria de licitaes, que vocs vero com clareza

    nas aulas de Direito Administrativo.

    Dito isto, eu no me preocuparia tanto em memorizar as modalidades aqui

    expostas, so autoexplicativas.

    Vamos l:

    Eu posso dividir as compras conforme o item comprado. Assim temos:

    Compra voltada para o investimento: os bens assim adquiridos no

    integraro o produto final, mas faro parte do ativo imobilizado da empresa. Toda

    vez que a empresa compra um prdio, mquinas de produo, ou at as cadeiras

    onde os funcionrios sentam, est comprando voltando seu foco para o

    investimento, pois no tem inteno de vender esses itens no mercado.

    Compra voltada para o consumo: falamos aqui daqueles materiais que

    compem o processo produtivo. Olhe para a seta de novo:

    Todos os itens comprados para integrar esse processo so feitos por

    compras voltadas para o consumo.

    Posso dividir tambm levando em conta onde est o fornecedor.

    Compra local: Sem complicaes: so as compras feitas no mesmo pas

    da empresa compradora.

    Materias- primas Materiais em

    processamento Materiais

    semiacabados

    Materiais acabados ou

    componentes

    Produtos acabados

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    Compra importada: O fornecedor dos produtos encontra-se em outro pas

    que no o do comprador.

    Tambm posso classificar as compras de acordo com seu nvel de

    formalizao:

    Compra formal: Essas aqui so mais comuns no setor pblico, face

    exigncia de licitao e outras exigncias burocrticas atinentes ao Direito

    Financeiro. So compras que exigem comprovao de, se no todas, grande parte

    dos processos que as justificaram.

    Compra informal: Por sua vez, so compras que no necessitam seguir um

    ritual to detalhado e rgido. Pense na feira: tudo feito e combinado de boca, voc

    e o feirante acertam o preo na hora e voc sai com a verdura, sem nenhum "papel"

    que comprove a operao.

    Outra classificao que pode ser cobrada (e essa sim eu considero muito til)

    a da urgncia na entrega do item:

    Compras antecipadas: So compras feitas com planejamento. A empresa

    compra o item antes mesmo de vir a precisar dele.

    Compras contratadas: Neste caso, a figura do contrato de fornecimento

    ganha uma importncia maior. Nele ficar discriminado a poca em que o material

    deve ser entregue (no sendo recomendado nem que a entrega seja feita antes,

    nem depois), ou em quantas vezes a entrega ser feita (um lote, dois, trs, e assim

    por diante).

    Compras emergenciais: Compras realizadas quando deu o popular "xab"

    (que desconfio no ser com "x"). A necessidade da compra no foi prevista com

    antecedncia, seja pela imprevisibilidade do evento que a provocou ou pela prpria

    falta de planejamento do gestor. Esse tipo de compra merece ateno especial, pois

    prejudicial empresa. A pressa coloca o fornecedor em posio de vantagem,

    pois a empresa no tem tempo de procurar muitos fornecedores para avaliar o

    preo. Devem ser evitadas.

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    Acompanhamento de Pedidos

    Seu examinador esqueceu-se de me dizer que pedidos so esses :P.

    Felizmente, ele tambm no muito criativo, de maneira que ele faz meno aqui

    ao Acompanhamento de Pedidos de Compras.

    Ns j falamos por cima desse assunto. Este o Follow up que mencionei

    no ciclo de compras.

    A fim de que a nossa empresa no entre em falncia pela ausncia de

    materiais para dar seguimento a sua produo, necessrio que o rgo de

    compras certifique-se que o material ser entregue dentro dos prazos estipulados,

    como no poderia deixar de ser, na quantidade e qualidade contratadas.

    Para que se tenha absoluta certeza de que isto ir ocorrer, o setor de

    compras no deve abandonar o fornecedor logo aps o encaminhamento do

    pedido de compras.

    Muito pelo contrrio: deve entrar em contato com o fornecedor de

    maneira constante, assegurando-se que a produo do material solicitado est

    em andamento.

    Ao realizar este monitoramento constante sobre o fornecedor, cobrando de

    maneira permanente resultados (que no caso so os fornecimentos de bens

    demandados), ao invs de simplesmente largar mo do controle do pedido, como

    se o setor de compras desse prosseguimento no desempenho de sua atividade,

    razo pela qual o correspondente em ingls desta descrio o nosso Follow up

    (acompanhar, seguir, agendar).

    E s isso. Prximo ponto.

    Cadastro de Fornecedores

    Normalmente, eu trataria aqui do SICAF e de algumas peculiaridades do

    registro nessa base de dados. Mas o SICAF utilizado pelo Executivo Federal,

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    ento, dificilmente ser objeto de perguntas na sua prova (e uso dificilmente por

    puro eufemismo para sem chance nehuma).

    O que que, em verdade, seu examinador quer neste tpico o conhecimento

    terico por trs da construo do cadastro de fornecedores. E o que eu vou

    ensinar a voc.

    Antes de mais nada, voc poderia imaginar que o cadastro de fornecedores

    algo intil e ultrapassado. Afinal, eu sempre posso procurar na internet por

    determinado produto e compra-lo, sem ter de incorrer nos custos de manter um

    cadastro prprio. Alm do que, o cadastro do Google sempre ser maior e mais

    completo que o de qualquer corporao do mundo :P.

    Bobagens parte, s tem um problema neste raciocnio: no estamos mais

    comprando um quilo de carne no aougue. O ato de compra em uma empresa

    uma tarefa bastante complexa, envolvendo conhecimentos que vo desde o

    prprio objeto da compra (especificao do material, normas aplicaveis, critrios

    de inspeo) at a busca de fontes de suprimento que sejam capazes de

    abaster a empresa com o produto desejado, na hora certa, local certo e na

    quantidade certa. Lembra da trade? Olha ela de novo:

    J ficou mais complicado n? Para isso serve o cadastro de fornecedores. Ao

    conseguir criar seu prprio cadastro, a empresa tem em mos a lista de todos seus

    parceiros de negcio que vo lhe garantir a vantagem competitiva de que necessita.

    O cadastro de fornecedores o corpo central que alimenta o processo de

    suprimento da empresa.

    Dentro de um processo produtivo, a Administrao de Materias (AM) precisa controlar:

    A Quantidade (para que se evite a falta ou os excessos)

    O Tempo ( o momento em que os materias estaro

    disponveis)

    A Localizao (no basta o material estar disponvel ele

    tambm precisa estar disponvel no local certo)

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    Eu falei em parceiros de negcio logo acima. E eu realmente quis dizer isso.

    O fornecedor no uma pessoa da qual a empresa tenta tirar vantagem,

    comprando o produto pelo menor preo possvel, aumentando suas margens. Essa

    viso de curto prazo contrria idia por trs do cadastro. O que se busca

    formar alianas estratgicas visando intereses comuns. S assim se garantir

    que o suprimento de materiais tenha:

    - Qualidade

    - Tempestividade

    - Regularidade

    Outra ideia que deve estar encrustada na sua mente que o cadastro de

    fornecedores no busca sempre e a todo momento a aquisio de material pelo

    menor preo. Nos sistemas de administrao tradicional, a busca pelo fornecedor s

    se inicia no momento da necessidade de materiais. Espera-se ter sede para se abrir

    o poo.

    E somente a partir da existncia da necessidade se busca o fornecedor. Uma

    vez encontrado, comea-se a discutir preos e prazos de entrega. E pior, buscam-

    se condies espetaculares de fornecimento para aquela ocasio, em um raciocnio

    tpico de quem no pensa no longo prazo. O cadastro de fornecedores no se

    presta a isto.

    Veja: o que se busca com o cadastro a construo de uma relao de

    longo prazo com os fornecedores eventualmente aprovados para ali figurar. Esta

    ideia, no longo prazo, se revelar mais rentvel, por dois motivos principais:

    - No d para manter o padro espetacular de aquisies em todas as

    compras, e assim, fatalmente, o ganho de uma operao se perder em outra.

    - Os fornecedores tambm tem seus interesses, e assim, procuraro melhor

    servir os seus bons e leais clientes, em detrimento dos demais.

    Se voc acha que tudo que eu falei acima no se aplica ao regime pblico,

    por conta das licitaes, se engana. Os rgos pblicos tambm possuem cadastro

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    de fornecedores, e embora estejam atrelados Lei de Licitaes para fazer

    contrataes, lembre-se que, por exemplo, a modalidade convite comporta algum

    grau de preferncia (pense bem, trs fornecedores so diretamente convidados pela

    repartio enquanto os demais precisam fuar editais em quadros de aviso nelas).

    Alm do que, a tomada de preos depende da existncia de cadastro prvio dos

    fornecedores interessados. Embora mitigada, a importncia do cadastro tambm se

    faz presente nas reparties pblicas.

    Pois bem, agora que voc j tem em mente as premissas do cadastro, vamos

    falar de sua construo.

    E quais fornecedores ns queremos em nosso cadastro? Os melhores! E os

    melhores sero aqueles que:

    - Tenham condies de fornecer o material ou executar os servios na

    quantidade, qualidade e prazo certos;

    - Possam tornar-se uma fonte regular de suprimentos de materias ou de

    servios;

    - Possuam preos e condies competitivas.

    O primeiro passo pesquisar todos os existentes. Catalogos de fabricantes,

    guias comerciais, e at a internet. Nesta primeira fase, buscamos conhecer todos os

    fornecedores potenciais, a fim de vir a escolher algum deles.

    Assim sendo, o rgo responsvel pelo cadastro de fornecedores vai coletar

    informaes destas fontes, tabulando os dados para que sejam manipulados mais

    facilmente em um momento posterior do processo.

    Alias, o cadastro tem de ser de facil consulta por qualquer interessado dentro

    da empresa. Afinal de contas, o cadastro existe para facilitar a vida de quem

    precisar de fornecedores.

    Por isso, uma outra preocupao do cadastro, fora a tabulao dos dados

    para pesquisa, que contenha os dados necessrios para identificao do

    fornecedor, entre os quais:

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    - Tipo de produto vendido (auto explicativo n, se eu quero lmpadas, o

    fornecedor tem de ser capaz de fornecer lmpadas);

    - Capacidade de produo (o nmero de unidades que o fornecedor

    capaz de atender por pedido).

    - Facilidade de comunicao e relacionamento com seus clientes

    - Localizao geogrfica (os produtos tem de sair do fornecedor para

    chegar na empresa, e esta informao relevante para se estimar o custo de frete)

    - Situao do fornecedor (uma empresa em falncia provavelmente no

    poder continuar a ser fornecedora por muito tempo, e ainda que possa, talvez a

    nossa empresa no se interesse por ela :P).

    Vencida estas etapas, a empresa est pronta para avaliar os fornecedores, e

    uma vez feito isto, ter seu cadastro de fornecedores. Tudo que ir precisar fazer

    daqui para frente analisar o desempenho dos mesmos ao longo do tempo, para

    garantir que o fornecedor mantm o mesmo padro de excelncia no cumprimento

    de suas obrigaes.

    Tipo de produto vendido

    Capacidade de produo

    Facilidade de comunicao

    Localizao geogrfica

    Situao do fornecedor

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    O processo de avaliao e seleo dos fornecedores tambm especfico,

    mas no foi cobrado em seu edital, mas vou pelo menos relacionar os requisitos

    mais usuais, a fim de que voc feche o raciocnio na sua cabea.

    Os parmetros usuais de avaliao e aprovao do fornecedor (so aqueles

    que autorizama incluso do fornecedor no cadastro, sem isso, a empresa nem quer

    saber que aquele fornecedor existe):

    - Preo

    - Qualidade

    - Condies de Pagamento

    - Condies de Embalagem e Transporte

    Uma vez preenchidos os requisitos acima nos patamares desejados (cada

    empresa ter o seu conforme sua situao), deve haver uma anlise inicial das

    entregas, para que a empresa avalie:

    - Cumprimento dos prazos de entrega;

    - Manuteno dos padres de qualidade;

    - Poltica de preos ao longo do tempo;

    - Assistncia Tcnica

    Isto que falei das avaliaes so s parmetros. Cada empresa ou rgo

    pblico pode usar os parmetros que desejar, e no h maneira de especificar a

    infinidade de possveis critrios. Apenas coloquei estes para que voc tenha uma

    ideia de como se processa a fase de avaliao, no acredito que ser solicitado em

    seu edital, mas voc no pode ter uma viso quebrada do cadastro, pois isso

    dificultar a memorizao.

    O cadastro normalmente manter dois tipos de fornecedores:

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    Fornecedores ativos: Aqueles que gradativamente suprem as necessidades

    de bens e servios da empresa. So aqueles a quem a empresa recorre

    normalmente quando precisa de materiais.

    Fornecedores potencias: So fontes alternativas de fornecimento. Caso um

    fornecedor ativo no consiga fornecer os bens em determinada ocasio, bom que

    a empresa tenha um Plano B para no ficar sem o material. Conforme o

    desempenho do fornecedor potencial, ele talvez consiga chegar ao cadastro de

    fornecedores ativos da empresa.

    No h um nmero fixo de fornecedores no cadastro para cada tipo de

    material, entretanto, sugervel que se mantenha ao menos trs fornecedores

    diferentes para cada item. Isto dificultar a interrupo do fluxo de fornecimento de

    materiais.

    Mas como eu disse, apenas sugervel. Veja que no caso de fornecedores

    monopolistas (fabricantes de produtos exclusivos no mercado) e especiais

    (dominam materiais ou processos especficos, normalmente no encontrados entre

    outros fornecedores), a manuteno de mais de um fornecedor neste cadastro

    impossvel ou invivel, ou mesmo no desejada. Por essas razes, a relao entre

    fornecedores e compradores neste caso conhecida como de fonte nica.

    Alias, uma ltima dica: o cadastro de fornecedores volta-se, essencialmente,

    a manter uma base de dados de fornecedores habituais (em contraposio aos

    fornecedores monopolistas e especiais).

    E isto perfeitamente justificvel: os fornecedores habituais oferecem

    produtos padronizados. Existem vrios deles concorrendo entre si e, portanto, em

    busca de parceiros comerciais que permitam sua sobrevivncia. Eles se

    diferenciaro no que diz respeito qualidade de seu atendimento e sua eficincia, e

    por isso, o cadastro da empresa buscar ter como parceiro apenas aquele que

    cumpra de maneira satisfatria seus objetivos. Os fornecedores habituais, a seu

    passo, estabelecem relaes de fontes multiplas, j que o comprador possui

    diversas opes em mercado para obter os materiais de que necessita.

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    E j que falamos de fontes, vamos passar mais uma classificao, que j tem

    um tempinho que no vejo ser cobrada pela CESPE:

    Fonte nica: H exclusividade do produto fornecido (quer seja pela

    existncia de monoplio, produto especial, ou mero acordo exigindo que o material

    seja obtito apenas daquele fornecedor)

    Fonte Mltipla: O contrrio :P. Agora o comprador tem livre acesso a

    diversas fontes de materiais, podendo escolher a que mais lhe agradar.

    Fonte Simples: Essa daqui a cereja do bolo na organizao do setor de

    compras. Como dissemos, a tarefa de escolha do fornecedor rdua. E, alm de

    tudo, acertar na escolha de um bom fornecedor bastante difcil. Quando o setor

    de compras consegue isto, se agarra com unhas e dentes nele :P.

    A fonte simples indica uma relao na qual a empresa poderia comprar de

    qualquer fornecedor, mas que por questes de planejamento e estratgia, firma um

    contrato de longo prazo com um fornecedor especfico, sedimentando a relao

    comercial entre eles. Muito bonito :P

    Quanto ao cadastro, s isso. No foi pouco, mas acredito que voc no ter

    problemas em dominar os conceitos, e mais importante, o raciocnio por trs do

    cadastro.

    Perfil do Comprador

    Comprador aquele que compra. Parece bvio, mas das trs palavras que

    esto nessa frase, a mais importante "aquele". O comprador uma pessoa. Esta

    atividade ainda no pode ser substituda por uma mquina, de maneira que dever

    do comprador, representando sua empresa, estabelecer um ponto em comum entre

    o seu representado e o fornecedor, e fazer isso da maneira mais profissional

    possvel.

    Porm, altamente recomendvel que essa pessoa tenha algumas

    caractersticas, pois de outro modo, o exerccio de sua funo ser um desastre, ou

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    ao menos, extremamente antitica. Voc consegue se imaginar como fornecedor,

    recebendo um representante da empresa interessada em comprar vindo de shorts,

    sem camisa, mascando chiclete e te chamando de "cara" o tempo todo? Lgico que

    no.

    Mas para fins de prova, acredito que as caractersticas mais importantes e

    procuradas no comprador so as seguintes:

    - O comprador defende sua empresa. Ele tem em mente satisfazer os

    interesses de seu patro e no do fornecedor. No pode, por exemplo, fazer uma

    compra 20% mais cara do que seria possvel para "rachar" com o fornecedor os

    10%.

    - Por outro lado, defesa de interesses tem limite. O comprador no pode ser

    um estelionatrio profissional a servio de sua entidade. Ele age com

    transparncia, sem a ideia de querer prejudicar o fornecedor.

    - O comprador deve ser um sujeito honesto. Ele no s no pratica

    irregularidades, ele denuncia irregularidades de que tenha cincia.

    - Por fim, do ponto de vista do comprador, todos os fornecedores devem

    ser tratados de maneira igual. Ento, nada de fazer um favorzinho para aquele

    seu primo que ta com dificuldades financeiras para facilitar a compra de material da

    empresa dele. To ruim quanto aceitar uma joia ou outro presente caro no caso

    de uma negociao bem sucedida com a empresa.

    S a ttulo de curiosidade, no caso do servio pblico federal, presentes

    abaixo de R$ 100,00 podem ser aceitos sem problemas, por serem classificveis

    como "brindes". Acima desse valor entende-se que o presente passa a influenciar

    nas atribuies do servidor. Para distinguir as situaes em que o recebimento do

    presente ultrapassa a mera cortesia, utilize este parmetro.

    Embora essas caractersticas todas sejam at mesmo bvias, o que se

    assiste no Jornal Nacional todos os dias justamente servidores fazendo o contrrio

    disso. Ento, lembre das reportagens como o exato oposto do perfil do comprador

    :P. E por favor, quando passar nessa prova, nada de "esquema".

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    Gesto Patrimonial

    A grande sacada deste tema que ele no se encontra dentro da

    Administrao de Recursos Materiais. Ns j vimos que os recursos materiais se

    voltam ao processo produtivo. Estamos falando de uma outra categoria de bens

    aqui. So bens que, princpio, a instituio no deseja colocar a venda, mas, pelo

    contrrio, tais bens tendem a ser incorporados estrutura da empresa, e

    dificilmente sero vendidos por ela.

    Outro aspecto que a maior parte dos tpicos do edital diz respeito gesto

    patrimonial na administrao pblica. Desta forma, eu que sempre falei de empresa,

    hoje vou falar de rgo, instituio ou entidade.

    E j que at agora no falei de bens patrimoniais, melhor que eu comece

    definindo o que patrimnio.

    Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma instituio que

    podem ser avaliados monetariamente. Tudo, tudo, tudo que a empresa possui que

    possa ser avaliado em dinheiro patrimnio, inclusive suas dvdias. Sim, at

    mesmo as dvidas (obrigaes) compem o patrimnio da empresa.

    E j que tais bens no sero alienados to cedo pela entidade, existe um

    raciocnio diferente no seu estudo. J veremos isso logo mais.

    Os bens que compem o patrimnio da instituio ali esto para que esta

    possa perseguir seus objetivos. Eles asseguram a continuidade das atividades da

    instituio.

    Mas, que bens so esses? Bem, a primeira classificao busca distingui-los

    justamente dos direitos (bens e direitos so posies positivas no patrimnio, ao

    passo que as obrigaes o reduzem).

    Bens materiais: na contabilidade, estes bens corresponderiam ao ativo

    imobilizado da empresa. So bens dotados de existncia fsica, tangveis,

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    palpveis. So mais do que meras ideias, so coisas, objetos. Um prdio, um

    carro, um lpis, todos estes bens so materiais, pois correspondem a algo que

    podemos tocar. E claro, alm de poderem ser tocados, so bens permanentes, ou

    seja, a instituio tem a inteno de mant-los. isso que os diferencia das

    mercadorias em estoque.

    Bens imateriais: corresponderiam aos ativos intangveis. Estes bens no

    so exatamente bens, mas sim so direitos que a instituio possui. Uma

    patente um direito que possui uma instituio de fabricar determinado produto de

    maneira exclusiva. E este direito, por conceder uma vantagem de mercado, pode

    ser avaliado monetariamente, embora no passe de uma simples ideia. Tais

    bens so intangveis, no podem ser tocados.

    Ok, voc j sabe o que so bens matrias e porque os bens materiais no

    so mercadorias (e por favor, no existe estoque de bens materiais nem de bens do

    ativo permanente ou imobilizado).

    A gesto patrimonial volta sua ateno aos bens materiais. Todos os itens do

    edital so voltados ao cuidado que se deve ter na gesto destes bens.

    Mas no s isso. Do ponto de vista do proveito que a instituio pode retirar

    de determinado bem patrimonial, concorda comigo que uma caneta

    substancialmente diferente de um prdio, embora ambos sejam bens materiais?

    Por isso, a simples classificao entre bens materiais e bens imateriais no

    suficiente. Devemos ir mais fundo. Tais bens podem ser classificados entre:

    - Bens de Consumo: a caneta do nosso exemplo. Por suas caractersticas,

    o uso contnuo acaba por esgotar este bem ao final de um perodo curto de

    tempo (menos de dois anos), de maneira que ele precisa ser reposto com mais

    frequncia. E nenhuma carga de caneta vai durar a prxima dcada, razo pela

    qual sua futura mesa ter um monte delas.

    - Bens Permanentes: o uso corrente destes bens no o destri. Ele

    tende a permanecer com as mesmas caractersticas da data de sua aquisio

    durante um longo tempo (pelo menos mais de dois anos). O prdio no

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    desmorona assim que samos dele, nem precisa ser reconstrudo dia aps dia. Ele

    utilizado por mais de um sculo e continua l, do jeitinho que era (algumas

    rachaduras, mas s isso).

    E no s isso (tambm), existe ainda uma outra classificao, l do Direito

    Civil, que diferencia os bens entre:

    - Bens Mveis: so os bens que no acedem ao solo. Os que podem ser

    removidos de sua posio sem que sua substncia seja destruda. Ou, de maneira

    bem mais simples, todo bem que possa ser movimentado sem ser destrudo. A

    caneta de novo, eu tiro ela da mesa e ponho em outra e a caneta continua caneta.

    - Bens Imveis: estes bens perdem sua substncia quando

    desprendidos do solo. Encontram-se firmemente preso a ele, e so destrudos ou

    descaracterizados com sua movimentao. Lembra do nosso prdio? No d para

    coloca-lo na esquina ao lado s porque bate mais luz ali. Ele ser destrudo no

    processo.

    E acredite, embora no seja diretamente cobrado em provas de ARM (e sim

    de Direito Civil), voc precisar saber:

    Bens de uso comum do povo: So bens de uso geral, que podem ser

    utilizados livremente por todos os indivduos. A praa aonde voc vai um bem

    pblico que pode ser utilizado por qualquer pessoa.

    Bens de uso especial: So aqueles nos quais so prestados servios

    pblicos, tais como hospitais pblicos, escolas e aeroportos. Sua caracterstica

    principal a que, embora pblicos, seu acesso pode ser restringido. Por

    exemplo, a repartio onde voc ir trabalhar um bem pblico, nem por isso todo

    mundo pode entrar em qualquer sala da unidade.

    Bens dominicais: So bens pblicos que no possuem destinao

    definida, e desta forma, so passveis de alienao.

    Ok, prometo que s isso que precisa ser tratado quando falamos de bens.

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    Tombamento dos Bens

    Vou explicar o processo desde o incio. E no incio, no h bem algum. Nossa

    instituio, que pretendia adquiri-lo, licitou o objeto h muito tempo atrs. E agora

    ele, o dito bem, chegou, est na porta da repartio. O que fazer?

    Obviamente que voc ir receb-lo. Mas e a? Mais nada? Errado!

    Todo bem que adentra a instituio (e principalmente uma instituio pblica)

    precisa ser devidamente registrado.

    Lembra dos procedimentos de recebimento de materiais da aula 02?Tudo

    que est l importante para o recebimento do bem. Mas o tombamento a etapa

    que sucede a recepo.

    Vamos relembrar rapidamente a recepo dos materiais, cujo princpio o

    mesmo aqui:

    O recebimento provisrio envolve apenas procedimentos de conferncia

    dos materiais, j o recebimento definitivo, momento posterior conferncia,

    quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material est de

    acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor,

    em quantidade e qualidade, ou ainda, devolve o material ao fornecedor, por estar

    em desacordo com as especificaes, para que este regularize os materiais.

    Uma vez dado o recebimento definitivo, est na hora de realizar o

    tombamento do bem. E o que isso?

    Tombamento o procedimento administrativo de identificao de um

    bem permanente e seu registro no patrimnio da instituio. Essa identificao

    administrativa consiste em efetuar um cadastro onde so dispostas todas as

    informaes relacionadas ao bem. E ao final, gera-se um nmero de patrimnio,

    normalmente em uma plaqueta a ser afixada no bem, que ser o nmero de

    controle deste mesmo bem at sua alienao ou perecimento.

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    Enquanto este bem for um bem, e enquanto integrar o patrimnio da

    administrao, seu nmero de identificao permanecer com ele. De tempos em

    tempos a administrao efetuar o inventrio de todos os bens do seu patrimnio, e

    os nmeros de patrimnio sero teis nesta misso.

    Mas concorda que no todo bem que suscetvel de ser emplacado?

    Alguns deles, por razo de seu valor econmico diminuto, talvez sejam mais baratos

    que a prpria plaquinha que seria colocada neles, n?

    Eu tinha dito que iria parar de classificar bens. O problema que esta

    classificao est diretamente relacionada ao tombamento, de forma que eu preciso

    coloca-la nesta parte da aula. Mea culpa...

    Dentro da classificao de bens mveis encontramos dois tipos de bens:

    Bens Controlados: este o material sujeito a tombamento propriamente

    dito. Seu valor monetrio justifica um rigoroso controle sobre sua existncia, e

    responsabilidade sobre sua guarda e conservao.

    Bens Relacionados: Este material dispensado de tombamento. Sim,

    no vai rolar plaquinha. Mas isso no quer dizer que ele no ser controlado pela

    instituio. Mas ele sofrer um controle simplificado. No toda caneta que entra

    na repartio que vai ganhar um nmero de patrimnio

    Controle de Bens - Inventrio

    Ok, o bem j est dentro da instituio e devidamente catalogado. Mas ns

    devemos continuar a prestar ateno nele. Os bens da instituio no podem

    desaparecer de uma hora para outra, pois como dissemos, o objetivo que

    continuem a servir aos objetivos da instituio durante muito tempo mais.

    Os bens intangveis, por serem meras ideias, no podem ser contados, mas

    tambm no podem ser perdidos, de maneira que no necessrio exercer

    controle sobre eles. Desta forma, no a eles que se volta a atividade de controle

    de bens.

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    Por outro lado, bens tangveis imveis dificilmente desaparecem, sendo

    sua falta sentida to logo no estejam mais l. Voc notaria se sua casa no

    estivesse no lugar em que voc deixou quando voltasse do trabalho.

    Assim sendo, o controle dos bens se volta queles que esto mais

    suscetveis a desaparecimentos, subtrao e danificao, ou seja, a atividade de

    controle de bens diz respeito aos bens mveis tangveis, quer de consumo,

    quer de produo.

    E a melhor maneira de exercer este controle atravs do inventrio.

    D-se o nome de inventrio verificao ou confirmao da existncia de

    bens na instituio. Este inventrio pode se dar tanto sobre os materiais em

    estoque como sobre os bens patrimoniais da entidade.

    O inventrio em si consiste no levantamento fsico ou contagem dos

    materiais para que os dados obtidos sejam comparados ao registro efetuado pela

    instituio. Desta forma, inventariar os bens significa certificar-se de que as

    informaes constantes no controle da instituio refletem a realidade.

    E como proceder ao inventrio? Existem duas maneiras principais de se fazer

    isso:

    Inventrio Geral ou Peridico: Estes so feitos no final do exerccio fiscal, e

    a contagem e verificao se faz de uma nica vez para todos os itens do estoque ou

    patrimnio. Como voc deve ser capaz de imaginar, isto levar um tempo

    considervel para ser feito, e desta forma, a execuo do inventrio geral

    normalmente paralisa as atividades da rea inventariada.

    Inventrio Rotativo: o Inventrio Geral custoso para a instituio, pois

    paralisar as atividades da entidade. Para evitar estes males, existe o Inventrio

    Rotativo. Nestes casos, haver um cronograma peridico a se seguido, fazendo-se

    a contagem ms a ms de cada rea pretendida, de maneira que ao final do

    exerccio, todas as reas tenham sido inventariadas. A vantagem do mtodo est

    justamente em no paralisar a atividade da instituio.

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    O inventrio rotativo tem mais uma vantagem. Caso a empresa combine

    algum mtodo de classificao de materiais (por exemplo a classificao ABC),

    poder fazer com que alguns grupos de itens sejam verificados mais vezes do

    que outros. E como vimos no captulo da curva ABC, alguns poucos itens merecem

    mais ateno que outros muitos itens.

    Os materiais podem ser divididos, por exemplo, em trs grupos:

    Grupo 1: itens correspondentes Classe A, que por sua importncia e valor

    significativo, merecem ateno redobrada, e portanto, sero inventariados, por

    exemplo, trs vezes ao ano.

    Grupo 2: itens correspondentes Classe B, que tem importncia

    intermediria, e assim, podem ser inventariados, por exemplo, apenas duas vezes

    ao ano.

    Grupo 3: estes so os demais itens (Classe C), que existem em grande

    quantidade e pequeno valor total. E por representarem um valor menor do estoque

    (alm de dar bem mais trabalho inventari-los), sero contados apenas uma vez por

    ano.

    E como feito o inventrio? J disse para voc que impossvel que algum

    lhe diga como fazer algo, mas sempre existem critrios a serem levados em

    considerao. A doutrina costuma estruturar os passos da seguinte maneira:

    - Convocao das equipes de inventariantes: Normalmente, o inventrio

    feito atravs de duas equipes: a primeira equipe vai fazer a primeira contagem,

    e a segunda equipe vai.... adivinha.... contar de novo! Este procedimento feito

    para fins de reviso, j que seria mais difcil que duas equipes contassem errado o

    mesmo nmero de itens;

    - Arrumao fsica: No d para contar objetos se eles no estiverem

    organizados. Desta forma, nesta fase, os itens semelhantes so agrupados e, se

    possvel, sairo do caminho, para que as equipes possam transitar livremente. No

    caso do inventrio patrimonial, rearranjar os objetos pode ser bastante difcil

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    (imagine colocar todas as cadeiras do seu andar em um canto da sala), de maneira

    que essa fase no obrigatria;

    - Carto de Inventrio: a ficha na qual os itens so contados. Nela, so

    inseridos os dados do objeto inventariado, e, depois, sua quantidade. Isto, lgico, se

    o processo for feito manualmente. Caso, por exemplo, todos os materiais tenham

    recebido cdigos de barra ao chegar entidade, seria s passar a maquininha :P.

    - Atualizao dos registros de estoque: Se houver algum documento

    parado que altere as informaes constantes na entidade antes do inventrio,

    este documento precisa ser processado. Por exemplo: se no dia anterior foi feita

    uma retirada de 50 canetas, claro que elas no estaro l para serem contadas.

    Mas, se por qualquer razo, esta informao ainda no foi computada, chegou a

    hora de fazer isso.

    - Contagem do estoque (ou dos materiais): E finalmente chega o momento.

    Depois de tanta preparao, est na hora de contar os materiais ou bens. Cada

    item ser contado duas vezes. Da primeira vez, ser colocado um carto, etiqueta

    ou ficha no bem, para mostrar que a primeira equipe o incluiu na contagem. A

    segunda equipe de contagem vai contar tudo de novo, retirando parte da marca

    identificadora, para mostrar que tambm contou o bem. E o que sobrou da marca

    ser removido ao fim do inventrio.

    - Reconciliao e ajustes: Fizemos tudo isto para nos certificarmos que no

    h divergncia entre a realidade e o registro da entidade. Mas e se houver?

    Cabeas vo rolar :P. Brincadeira, mas algum ter de explicar as divergncias

    (e se voc vier a ser chefe, vai te dar uma baita dor de cabea). Uma vez explicada

    a variao, feito o registro da informao real, e assim, a contagem fica

    conciliada.

    Estas etapas, na gesto patrimonial, tambm comportam outra classificao

    que cobrada em provas:

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    Levantamento: a coleta de dados sobre todos os elementos do

    patrimnio. Nesta etapa, se determinada o que ir ser contado e procede-se

    contagem, em trs sub etapas:

    - Identificao: Verificao das caractersticas dos elementos do

    patrimnio a serem inventariados, para posterior agrupamento por semelhana

    - Agrupamento: Agora ns vamos juntar os elementos identificados

    conforme sua semelhana, para ficar mais fcil de conta-los..

    - Mensurao: a contagem, o inventrio em si. Nesta etapa ser

    determinada quantidade de bens existentes na entidade.

    Arrolamento: Registro das informaes levantadas.

    Tombamento. uma fase que ns j vimos. Tambm um registro, mas

    no das informaes, e sim do prprio bem que compe o patrimnio da

    entidade.

    E como todo bem patrimonial suscetvel de avaliao monetria, passamos

    ltima fase, que a da:

    Avaliao: compreende a aferio do valor monetrio do bem. Sem a

    avaliao, o arrolamento s serve para controlar a existncia do bem, mas tal

    registro no poder ser utilizado na contabilidade da entidade (no que voc precise

    saber disso, mas eu preciso dizer :P).

    Estes itens correspondem a etapa ou etapas da descrio anterior. So dois

    meios de classificar os passos a serem tomados no processamento do inventrio.

    Ento, eles podem conter etapas comuns.

    Um ltimo termo a ser aprendido: Cut-off.

    uma paralisao em toda movimentao de materiais da empresa (

    recomendvel que esta paralisao seja real, mas ela pode ser simplesmente

    terica, atravs de um registro apartado), a fim de que o material possa ser

    contado. recomendvel (no obrigatrio, como veremos nas questes) que a

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    empresa no receba materiais na data do inventrio, que as necessidades do

    processo produtivo sejam atendidas previamente, de maneira que quando realizado

    o Cut-off, nenhum material na empresa esteja sendo movimentado, ou se no for

    possvel parar a movimentao, que esta seja feita em separado, com um controle a

    parte.

    Isto perfeitamente justificvel: se o material continuasse a entrar e sair

    livremente, o inventrio nunca terminaria, j que sempre existiriam novos itens

    para serem contados ou baixados.

    Atravs do Cut-off, a empresa especfica a data limite que as

    informaes do inventrio abarcaro. Por exemplo: inventrio at o dia 31 de

    dezembro de 2012. Isto significa que os itens que entrarem ou sarem da empresa

    no dia 1 de janeiro no sero contados naquele inventrio.

    Mas para traar este limite com preciso, necessrio algo mais que a

    simples estipulao da data. A empresa precisa apontar quais so as ltimas

    operaes a serem consideradas no inventrio (preferencialmente trs) para que

    esta delimitao fique bem clara.

    Desta forma o cut-off pode ser feito atravs de um mapa que detalhe os

    trs ltimos documentos considerados antes da contagem, e assim, o

    inventrio pode ser feito com tranquilidade, sem o risco, por exemplo, de que itens

    sejam esquecidos ou contados em duplicidade.

    Viram que no tem muito segredo? porque s isso mesmo.

    Prximo ponto.

    Alienao, Alterao e Baixa de Bens

    Sero tratados juntos, simplesmente porque ao alienar o bem, deve ser feita

    a baixa do mesmo no registro da entidade.

    A alienao uma das formas pela qual o bem da entidade pode deixar o

    seu patrimnio, e desta forma, no h mais razes para realizar o seu controle.

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    Alienar transferir a propriedade de um determinado bem a terceiro. No

    Direito Civil, este termo utilizado especificamente na venda do bem, no se

    aplicando a doaes ou permutas. Entretanto, seu futuro patro (e o meu antigo)

    acreditam nisto: A Alienao consiste na operao que transfere o direito de

    propriedade do material mediante, venda, permuta ou doao.

    Neste caso, mesmo que o bem seja doado, estaremos diante das hipteses

    de alienao do bem. Na verdade, no faz tanta diferena, j que as operaes a

    serem adotadas sero as mesmas.

    A alienao no setor pblico um fenmeno melhor estudado nas aulas de

    Direito Administrativo, especificamente nos procedimentos licitatrios. Seria

    grosseria de minha parte tentar resumir em algumas linhas o tema de uma aula

    inteira, de maneira que vou passar rapidamente os requisitos para alienao dos

    bens mveis e imveis:

    - Alienao de bens mveis: o administrador pblico no faz nada sem que

    o interesse pblico o esteja amparando. Assim sendo, necessrio que se

    comprove o interesse por trs da operao (pblico, por favor). Fora isto,

    necessrio que ocorra a desafetao do bem, que nada mais do que sua

    descaracterizao enquanto bem de uso comum do povo ou bem de uso

    especial, pois estas modalidades de bens pblicos so inalienveis, e consequente

    caracterizao do bem enquanto bem dominical. E, por fim, deve ocorrer licitao,

    salvo excees.

    - Alienao de bens imveis: Deve ocorrer tudo que eu mencionei acima, e

    mais ainda, deve haver autorizao legislativa que permita a alienao do bem.

    Ok, mas a alienao no a nica espcie de alterao que o acervo

    patrimonial da entidade pode sofrer, apesar de ser a principal (e nica cobrada no

    seu edital diretamente).

    O bem tambm pode perecer em decorrncia de um sinistro (ocorrncia de

    um evento imprevisvel) ou mesmo por simples extravio (embora o bem perdido

    continue a existir, no integra mais patrimnio da entidade).

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    E tem mais uma hiptese, l do fim da nota de rodap, que o comodato.

    Comodato um contrato de Direito Civil no qual o comodante cede um bem de sua

    propriedade gratuitamente ao comodatrio, sob a condio de que este restitua o

    mesmo bem ao final do perodo fixado. Se qualquer das hipteses grifadas no

    ocorrer, no estamos falando de comodato, certo?

    E todas hiptese acima geram uma necessidade: a de que o bem registrado

    no patrimnio seja devidamente baixado, uma vez que no compe mais o

    patrimnio da entidade.

    Na verdade, a baixa do bem a atividade administrativa correspondente

    sada dele do patrimnio. Tudo registrado, e TUDO MESMO registrado em uma

    repartio pblica.

    Pois bem, j sabemos que na baixa o bem deixa de compor o patrimnio da

    entidade. Mas ele ser para sempre lembrado. E por qual razo? O nmero de

    registro patrimonial dele no poder ser utilizado em nenhum outro bem.

    Aquele nmero pertence quele bem, e mesmo que a plaqueta seja removida, no

    poder ser utilizada em outro bem.

    Caso, um dia, aquele mesmo bem retorne ao patrimnio da entidade,

    somente a o nmero voltar a ser utilizado. At l, o nmero fica guardado em

    outro registro, o de bens desincorporados.

    Pois bem, com isso, encerramos nosso curso. Voc viu tudo que eu poderia

    imaginar que precisasse ser visto para uma prova da CESPE na disciplina de

    Administrao de Materiais. E j saiu na frente (no ter de visitar essa matria

    quando o edital sair), razo pela qual deixo registrado meus parabns a voc.

    Daqui para frente, com voc. O que no quer dizer que eu no estarei no

    frum para uma mozinha :P.

    Grande abrao.

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    Questes Comentadas

    CESPE 2008/SERPRO/Analista Gesto Logstica. Acerca da

    movimentao, da alienao e de outras formas de desfazimento de materiais,

    julgue os itens.

    1. A alienao consiste na operao que transfere o direito de propriedade do

    material mediante venda, permuta ou doao.

    Comentrio: Item correto. a prpria definio de alienao, j estudada

    por ns na aula.

    CESPE 2008/STF/Analista Judicirio. Acerca de administrao de materiais

    nos setores privado e pblico, julgue os seguintes itens.

    2. Diz-se que um bem mvel classificado como material permanente est

    sujeito ao tombamento quando ele no pode ser alienado nem modificado,

    tampouco sua destinao alterada.

    Comentrio: Item errado. Todo item est sujeito a tombamento enquanto

    integrar o patrimnio da instituio pblica, desde que, como falamos, seu valor

    econmico justifique rigoroso controle sobre sua existncia. No interessa se ele

    dominical (passvel de alienao). Alias, vimos que o registro deve permanecer

    mesmo quando o material deixou de fazer parte do patrimnio da entidade (bens

    desincoporados).

    3. IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo Assinale a alternativa que

    define a cesso de um material pertencente do patrimnio de uma instituio.

    a) Ocorre quando materiais so entregues na organizao com a

    transferncia gratuita de posse e direito de uso. b) Ocorre quando os materiais so produzidos no prprio rgo. c) Cesso a troca de materiais ocorrida entre organizaes e que

    tenham o mesmo valor comum. d) Cesso a mesma coisa que aquisio remunerada de material

    com a utilizao de recursos oramentrios disponveis na organizao.

    http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/iades-2010-cfa-assistente-administrativo

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    Comentrio: A definio do item a) se encaixa melhor no conceito de doao.

    O item b) no uma classificao especfica. O caso do item c) corresponde

    definio de permuta. Desta forma, s nos sobra o item d) como item correto.

    4. FCC - 2010 - Sergipe Gs S.A. - Assistente Administrativo O processo

    realizado pela instituio a fim de cumprir a legislao e manter em dia as

    informaes patrimoniais denominado

    a) Recolhimento.

    b) Redistribuio.

    c) Cadastramento

    d) Inventrio fsico.

    e) Alienao

    Comentrio: Ns dedicamos um captulo inteiro desta aula para falar disso, a

    FCC conceituou o procedimento de inventrio fsico nesta questo. Desta forma, a

    letra d) a correta.

    5. IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo Assinale a alternativa

    que apresenta vantagem da gesto de inventrio e controle de estoque em uma

    organizao.

    a) Gesto de inventrio e controle de estoque so necessrios para manter

    baixos custos de capital e manuteno das linhas de produo.

    b) A gesto de inventrio permite reduzir os custos no processo de vendas,

    por meio da otimizao de rotas.

    c) Uma das vantagens a negociao com os fornecedores em bases

    favorveis, uma vez que os estoques estaro abarrotados.

    d) A efetiva gesto do inventrio possibilitar ganhos de escala na

    produo, por meio da automatizao dos processos de compra e

    controle de estoques.

    Comentrio: Essa uma questo interessante. Voc chega na concluso

    dela se usar todos os conceitos que utilizamos nas aulas. A empresa gerencia seu

    inventrio e controla estoques para ter certeza de que os bens e mercadorias ali

    http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/fcc-2010-sergipe-gas-s-a-assistente-administrativohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/iades-2010-cfa-assistente-administrativo

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    constantes permanecem com as caractersticas de quando foram adquiridos (e at

    mesmo para saber se o item no se extraviou).

    Ora, ao fazer isso, ela consegue gerir seu estoque com o mximo de

    eficincia, j que s ter de fazer compras estritamente necessrias ao seu

    funcionamento. E eficincia gera economia. Mas a alternativa b) tambm fala de

    reduo de custos e a d) de ganho de produo. Entretanto, o controle feito atravs

    do inventrio permite uma economia direta no custo de capital, embora isso v,

    indiretamente, reduzir os custos das vendas. E o examinador quer, no mais das

    vezes, a consequncia imediata. Letra a) a alternativa correta.

    6. CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados - Analista - Tcnico em

    Material e Patrimnio A interdependncia dos componentes patrimoniais, o

    contedo econmico avalivel em moeda dos bens que compem o patrimnio bem

    como a vinculao do conjunto patrimonial a entidade que vise determinado fim

    constituem requisitos bsicos para que um conjunto de bens, direitos e obrigaes

    seja considerado patrimnio.

    Comentrio: Patrimnio s patrimnio se puder ser identificado, controlado

    e mensurado. Item Certo.

    7. CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados - Analista - Tcnico em

    Material e Patrimnio Com relao ao patrimnio e seus aspectos qualitativos e

    quantitativos, julgue os itens a seguir.

    So inalienveis, enquanto empregados no servio pblico, os bens de uso

    especial, embora possam ser contabilizados no ativo, inventariados e avaliados.

    Comentrio: Os bens pblicos s podem ser alienados em prol do interesse

    pblico. E a princpio, se foram adquiridos, porque a sua utilizao e manuteno

    so mais interessantes ao poder pblico do que o valor monetrio que representam

    (fosse de outro modo, no precisariam ser adquiridos). Mas nada disto impede que

    o gestor pblico exera controle sobre eles. Pelo contrrio, desejvel que o faa.

    Item correto.

    Alienao de bens a transferncia de domnio de bens a terceiros.

    http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimoniohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimoniohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimoniohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimonio

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    Comentrio: Mais uma definio de alienao. Sublime :P. Item Correto

    8. CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio - rea Administrativa -

    Especficos Compras e doaes so as nicas origens de recebimento de bens

    patrimoniais nos rgos sistmicos.

    Comentrio: Pelo amor de Deus. Dificilmente alguma coisa a nica coisa

    possvel de ser algo :P. Expresses como sempre, nunca, nico, todos,

    nenhum quase sempre (j que no existe sempre) invalidam a alternativa. E aqui

    no diferente. As permutas tambm so meios de recebimento de bens materiais,

    e isso s um exemplo. Item Errado.

    9. COPEVE - 2010 - Prefeitura de Penedo - AL - Agente Administrativo - 1

    O controle de materiais utilizados em uma repartio pblica obedece ao conjunto

    de competncias do responsvel pelo setor. O controle deve ser capaz de identificar

    a qualquer momento as opes abaixo relacionadas, excetuando-se:

    a) quantidades a disposio.

    b) devolues feitas ao fornecedor.

    c) necessidades especficas de aquisio.

    d) compras recebidas.

    e) compras aceitas.

    Comentrio: O ilustre servidor do almoxarifado um guardio. Ele capaz

    de dizer a qualquer instante o que est em seu poder naquela sala. Mas ele no faz

    ideia do porque e nem para que serve aquilo que ele guarda. Assim sendo, ele no

    conhece as necessidades que conduziram aquisio daquele item. Letra c)

    10. CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judicirio - rea Administrativa Na

    gesto patrimonial, o registro das caractersticas e das quantidades determinadas

    pelo levantamento consiste na etapa de inventrio denominada:

    a) Grupamento.

    b) Mensurao

    c) Arrolamento

    d) Avaliao

    http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-stm-analista-judiciario-area-administrativa-especificoshttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-stm-analista-judiciario-area-administrativa-especificoshttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/copeve-2010-prefeitura-de-penedo-al-agente-administrativo-1http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-tj-al-analista-judiciario-area-administrativa

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    e) Identificao

    Comentrio: Ns j vimos isso. O registro de caracterstica vem logo depois

    da fase de levantamento. necessrio anotar o que foi levantado, e isso se chama

    arrolamento. Item c).

    11. CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados - Analista - Tcnico em

    Material e Patrimnio Para o inventrio de material permanente, deve-se

    considerar o material cuja vida til estimada seja superior a dois anos.

    Comentrio: Perfeita a definio de material permanente. Seu uso contnuo

    no descaracteriza sua substncia, e sua vida til estimada em mais de dois anos.

    Item correto.

    12. CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados - Analista - Tcnico em

    Material e Patrimnio O arrolamento, uma das fases do inventrio do patrimnio,

    consiste no registro das caractersticas e quantidades obtidas na fase do

    levantamento.

    Comentrio Acho que nem precisa comentar n? Mas se precisar, o

    arrolamento justamente a fase aps o levantamento do inventrio, no qual as

    caractersticas e quantidades obtidas na contagem so registradas. Item Correto

    13 COPEVE - 2010 - Prefeitura de Penedo - AL - Agente Administrativo -

    1 Em uma repartio pblica, ao se proceder ao levantamento de todos os seus

    ativos (tangveis, intangveis, ativo mobilizado etc.) est elaborando-se

    a) o inventrio de patrimnio.

    b) a lista de bens.

    c) o rol de objetos e processos.

    d) o registro de documentos.

    e) a classificao pecuniria.

    http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimoniohttp://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2012-camara-dos-deputados-analista-tecnico-em-material-e-patrimoniohttp://questoesdeconcursos.com.br/provas/copeve-2010-prefeitura-de-penedo-al-agente-administrativo-1http://questoesdeconcursos.com.br/provas/copeve-2010-prefeitura-de-penedo-al-agente-administrativo-1

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    Comentrio: Definio perfeita e acabada de inventrio de patrimnio. A

    repartio est querendo verificar se todos os bens que a guarnecem continuam em

    seu poder, e em perfeito estado. Item a).

    14. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judicirio - rea Administrativa -

    Especficos - 01 Caso determinado item apresente duas contagens divergentes em

    um mesmo inventrio, deve-se adotar como estoque fsico a mdia aritmtica entre

    os resultados das duas contagens, assumindo-se o nmero inteiro imediatamente

    inferior.

    Comentrio: Trapaceiros :P. Se a primeira conta no bateu com a segunda,

    isto significa que a contagem de ser refeita. Este bem bolado de tirar a mdia

    acaba descaracterizando a dupla contagem, que tem justamente a finalidade de

    dimensionar a real situao dos bens e materiais, e no uma simples aproximao.

    Item Errado.

    15. COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL - Assistente de Administrao Em

    relao ao processo de inventrio na administrao pblica, no correto afirmar:

    a) na Administrao Pblica o inventrio obrigatrio, pois a legislao

    estabelece que o levantamento geral de bens mveis e imveis ter por base o

    inventrio analtico de cada unidade gestora e os elementos da escriturao

    sinttica da contabilidade.

    b) a fim de manter atualizados os registros dos bens patrimoniais, bem como

    a responsabilidade dos setores onde se localizam tais bens, a Administrao

    Pblica deve proceder ao inventrio mediante verificaes fsicas pelo menos uma

    vez a cada cinco anos.

    c) na Administrao Pblica, o inventrio entendido como o arrolamento

    dos direitos e comprometimentos da Fazenda Pblica, feito periodicamente, com o

    objetivo de se conhecer a exatido dos valores que so registrados na contabilidade

    e que formam o Ativo e o Passivo ou, ainda, com o objetivo de apurar a

    responsabilidade dos agentes sob cuja guarda se encontram determinados bens.

    http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-tj-es-analista-judiciario-area-administrativa-especificos-01http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-tj-es-analista-judiciario-area-administrativa-especificos-01http://questoesdeconcursos.com.br/provas/copeve-ufal-2011-ufal-assistente-de-administracao

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    d) um instrumento de controle para verificao dos saldos de estoques nos

    almoxarifados e depsitos, e da existncia fsica dos bens em uso no rgo ou

    entidade, informando seu estado de conservao, e mantendo atualizados e

    conciliados os registros do sistema de administrao patrimonial e os contbeis,

    constantes do sistema financeiro.

    e) os inventrios na Administrao Pblica devem ser levantados no apenas

    por uma questo de rotina ou de disposio legal, mas tambm como medida de

    controle, tendo em vista que os bens nele arrolados no pertencem a uma pessoa

    fsica, mas ao Estado, e precisam estar resguardados quanto a quaisquer danos.

    Comentrio: Lembre-se sempre: no existe regra especfica de quantas

    vezes um inventrio deve ser feito no ano. Entretanto, caso estejamos falando de

    uma repartio pblica, normalmente ser recomendado que se faa o inventrio ao

    menos uma vez por ano, o que mostra que a incorreo da letra b).

    16. CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio - Administrao -

    Especficos Com relao administrao patrimonial e de materiais, julgue os

    itens seguintes.

    Para efeito de identificao e inventrio, os equipamentos e materiais

    permanentes devem receber cdigos alfanumricos ou numricos, no

    necessariamente sequenciais, que devem ser apostos ao material, por meio de

    gravao, fixao de plaqueta ou etiqueta.

    Comentrio: No tem sentido utilizar um sistema de codificao numrica se

    ele no for sequencial. Fosse para simplesmente jogar nmeros aleatoriamente,

    sem qualquer ordem, melhor seria no fazer o controle patrimonial. Item errado

    17. CESPE - 2010 - ABIN - AGENTE TCNICO DE INTELIGNCIA - REA

    DE ADMINISTRAO O inventrio, ou levantamento fsico para verificao de

    estoques, deve ser realizado uma nica vez ao final do ano fiscal, para fins de

    declarao do imposto de renda da empresa.

    Comentrio: O inventrio pode ser feito quantas vezes a instituio reputar

    vlidas, e em qualquer poca do ano. Lembram que o inventrio rotativo se

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    caracteriza justamente pela realizao de diversos inventrios ao longo do ano,

    cada um de uma rea da instituio? Item errado

    18. CESPE - 2010 - MPU - Tcnico Administrativo Considere que o

    responsvel pelo setor de estoque de certa organizao pretenda adotar um mtodo

    de inventrio fsico que permita que os artigos de alta rotatividade sejam contados

    com mais frequncia que os de baixa rotatividade. Nessa situao, o responsvel

    pelo referido setor deve adotar o mtodo de inventrio peridico.

    Comentrio: Olha que legal, eu fiz essa questo na poca que ela saiu :P. O

    que o examinador sugeriu logo acima melhor realizado com o inventrio rotativo e

    no com o peridico. O inventrio peridico se presta a efetuar a contagem do

    estoque todo, de maneira uniforme. Por outro lado, eu posso organizar o inventrio

    rotativo de maneira que determinadas reas e classes de itens sejam contadas mais

    vezes do que outras. Essa uma das finalidades da classificao ABC: selecionar

    os itens que merecem mais ateno do gestor de estoques. Desta forma,

    perfeitamente possvel que o inventrio rotativo preveja contagens 12 vezes ao ano

    para itens da classe A, e se contente com apenas duas contagens dos itens da

    classe C. Item errado.

    19. CESGRANRIO - 2010 - BACEN - Tcnico do Banco Central - Area 1

    Aps o trmino do inventrio fsico dos itens em estoque, deve-se calcular um ndice

    representativo da acurcia dos controles de movimentao de materiais da

    empresa. Considerando que foram inventariados 10.000 itens e encontrados 1.200

    itens com divergncias, o ndice de acurcia desse estoque de

    a) 12%

    b) 13,6%

    c) 76%

    d) 88%

    e) 94%

    http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2010-mpu-tecnico-administrativohttp://questoesdeconcursos.com.br/provas/cesgranrio-2010-bacen-tecnico-do-banco-central-area-1

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    Comentrio: Fica tranquilo que d pra resolver sem conta. O inventrio

    contou 10.000 itens e identificou durante a contagem 1200 itens com divergncia.

    Acurcia uma palavra que significa algo muito prximo de nvel de acerto. Se

    1200 de 10.000 estavam errados, 12% do estoque estava divergente. E desta

    forma, os outros 88% estavam corretos, e oS 88% so o nvel de acurcia (NO OS

    12%). Letra d).

    20. FCC - 2007 - TRE-MS - Tcnico Judicirio - rea Administrativa

    Considere as afirmativas abaixo quanto ao inventrio:

    I. a contagem fsica de todos os estoques da empresa, para que seja verificado se

    as quantidades efetivas correspondem aos controles registrados.

    II. O maior benefcio do inventrio ter os estoques com as quantidades registradas

    corretamente.

    III. Quando se trabalha com volumes de estoques muito pequenos, a prtica de

    inventrio mais onerosa que o benefcio por ela proporcionado.

    IV. As divergncias devem ser acertadas no sistema atravs de requisies para

    possibilitar a sada ou de pedidos para se aportar entradas.

    V. necessrio que durante o processo de inventrio o atendimento seja

    paralisado, pois entradas e sadas comprometem as contagens.

    VI. recomendvel que o inventrio seja coordenado pelo setor responsvel pelo

    almoxarifado, pois os funcionrios dominam as rotinas e conhecem os itens

    estocados.

    VII. recomendvel que seja dada ateno prioritria aos itens classificados como

    A, dentro do conceito de curva A,B,C.

    correto o que se afirma APENAS em

    a) I, II e VII.

    b) II, V e VII.

    c) I, IV e VI.

    d) III, IV e V.

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    e) IV, V e VII.

    Comentrio: Essa para encerrar o seu curso. Vamos comear pelos casos

    mais absurdos. Se inventrio deu divergncia, esta divergncia precisa ser

    registrada. Comprar mais bens para cobrir o saldo negativo simplesmente

    subverter a ideia por trs do inventrio, que a de controlar os bens e itens que j

    existem na instituio. O item IV est errado.

    Agora, imagine-se como fornecedor. Voc chega no destinatrio com a carga

    e o responsvel vira para voc e te responde que esto fechados para inventrio,

    favor voltar ms que vem. Isso pode comprometer as atividades futuras da empresa.

    Desta forma, embora se possa paralisar as atividades do almoxarifado para realizar

    o inventrio (e como vimos no cut-off isso at recomendvel), a contagem pode

    muito bem ser feita com este em andament