7
ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO TÉCNICA DE CROL O Crol é uma técnica de nado ventral, alternada e simétrica, no curso da qual as acções motoras realizadas pelos membros superiores e pelos membros inferiores tendem a assegurar uma propulsão contínua. A técnica de Crol é a mais eficiente do ponto de vista mecânico. Este facto deve-se, em primeiro lugar, a ser alternada evitando-se, deste modo, grandes oscilações da velocidade intracíclica. Depois, porque a posição do corpo que lhe é inerente permite trajectos subaquáticos bem orientados, criando resultantes propulsivas com sentidos muito próximos da linha de deslocamento do corpo. Condicionantes regulamentares. Não existe uma regulamentação oficial, por parte da FINA (Federação Internacional de Natação Amadora), para a técnica de Crol. É a única técnica da natação desportiva que depende apenas das leis da hidrodinâmica e das potencialidades do movimento humano. Assim se explica que as provas em “estilo livre” ou em Livres sejam universalmente, salvo raríssimas excepções, nadadas em Crol. Nas provas de competição em Livres, segundo os regulamentos da FINA, o nadador pode utilizar quaisquer movimentos, na sequência que bem entender, para se deslocar na água. Pode, inclusive, nadar qualquer uma das outras técnicas desportivas regulamentadas (Costas, Bruços ou Mariposa) e mudar de técnica em qualquer altura. É a superioridade do Crol, do ponto de vista de rendimento mecânico e velocidade máxima, quando comparada com qualquer outra estrutura de movimentos propulsivos, que condiciona a sua escolha para as provas de Livres. Para a viragem ou na chegada, o nadador pode tocar na parede com qualquer parte do corpo. Naturalmente, ao procurar a situação que lhe seja mais vantajosa, o nadador, na viragem, toca apenas com os pés (viragem de “cambalhota”, única utilizada na técnica de Crol, desde a década de sessenta) e, na chegada, toca apenas com a mão mais avançada. Posição do corpo A posição do corpo deve manter-se, ao longo do ciclo gestual, o mais próxima possível da posição hidrodinâmica fundamental. Alinhamento lateral Sendo o Crol uma técnica alternada, os desvios mais frequentes e mais importantes ocorrem em relação ao alinhamento lateral do corpo. Com efeito, quando um nadador está na água, está como que suspenso no fluido e qualquer movimento segmentar que crie forças com linhas de acção laterais (em relação ao sentido de deslocamento do corpo), conduzirá a uma reacção aplicada noutro segmento corporal, que o

ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

TÉCNICA DE CROL O Crol é uma técnica de nado ventral, alternada e simétrica, no curso da qual as acções motoras

realizadas pelos membros superiores e pelos membros inferiores tendem a assegurar uma propulsão

contínua.

A técnica de Crol é a mais eficiente do ponto de vista mecânico. Este facto deve-se, em primeiro

lugar, a ser alternada evitando-se, deste modo, grandes oscilações da velocidade intracíclica. Depois, porque

a posição do corpo que lhe é inerente permite trajectos subaquáticos bem orientados, criando resultantes

propulsivas com sentidos muito próximos da linha de deslocamento do corpo.

Condicionantes regulamentares. Não existe uma regulamentação oficial, por parte da FINA (Federação Internacional de Natação

Amadora), para a técnica de Crol. É a única técnica da natação desportiva que depende apenas das leis da

hidrodinâmica e das potencialidades do movimento humano. Assim se explica que as provas em “estilo livre”

ou em Livres sejam universalmente, salvo raríssimas excepções, nadadas em Crol.

Nas provas de competição em Livres, segundo os regulamentos da FINA, o nadador pode utilizar

quaisquer movimentos, na sequência que bem entender, para se deslocar na água. Pode, inclusive, nadar

qualquer uma das outras técnicas desportivas regulamentadas (Costas, Bruços ou Mariposa) e mudar de

técnica em qualquer altura. É a superioridade do Crol, do ponto de vista de rendimento mecânico evelocidade máxima, quando comparada com qualquer outra estrutura de movimentos propulsivos, que

condiciona a sua escolha para as provas de Livres.

Para a viragem ou na chegada, o nadador pode tocar na parede com qualquer parte do corpo.

Naturalmente, ao procurar a situação que lhe seja mais vantajosa, o nadador, na viragem, toca apenas com

os pés (viragem de “cambalhota”, única utilizada na técnica de Crol, desde a década de sessenta) e, na

chegada, toca apenas com a mão mais avançada.

Posição do corpo

A posição do corpo deve manter-se, ao longo do ciclo gestual, o mais próxima possível da posição

hidrodinâmica fundamental.

Alinhamento lateral

Sendo o Crol uma técnica alternada, os desvios mais frequentes e mais importantes ocorrem em

relação ao alinhamento lateral do corpo. Com efeito, quando um nadador está na água, está como que

suspenso no fluido e qualquer movimento segmentar que crie forças com linhas de acção laterais (em relação

ao sentido de deslocamento do corpo), conduzirá a uma reacção aplicada noutro segmento corporal, que o

Page 2: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

desvia do alinhamento corporal. Deste modo, a resistência de forma e a resistência de onda aumentarão, jáque será mais vasta a superfície frontal de contacto quando a bacia e os membros inferiores oscilam

lateralmente.

O papel equilibrador básico cabe ao batimento dos membros inferiores que exerce ciclicamente

pressão sobre a água em direcções laterais, acompanhando o rolamento do tronco e, consequentemente, a

acção dos membros superiores.

Alinhamento lateral: faltas mais comuns

As faltas técnicas que mais impacto têm no alinhamento lateral do corpo são:

Recuperação baixa (membro superior pouco flectido) e, em consequência, com trajectória lateral;

Entrada do membro superior ultrapassando a linha média do corpo – relacionado com a anterior ;

Virar o rosto para trás ao realizar a inspiração. A cabeça deve ser mantida em alinhamento com ocorpo, ligeiramente elevada mas rodando para a inspiração segundo o eixo longitudinal comum ao tronco.

Alinhamento horizontal

O corpo deve manter-se, em Crol, muito próximo da horizontal, sendo de evitar todas as tentativas

de obter uma posição “alta” na água (imagem do hidroplano), através da elevação forçada dos ombros e dacabeça.

A cabeça deve estar ligeiramente elevada, a linha de água situada entre o topo e o início do coiro

cabeludo, com o olhar dirigido para o fundo da piscina, para uma zona localizada uns metros à frente donadador.

A eficácia do batimento dos membros inferiores é fundamental na manutenção do alinhamentohorizontal do corpo. Um batimento dos membros inferiores demasiado profundo tem, no entanto, como

efeito aumentar a resistência de forma, sem contribuir para a propulsão. Como referência, é normal aindicação de que o batimento dos membros inferiores não deve nunca ultrapassar uma linha imaginária que

passe pelo ponto mais fundo do trajecto subaquático dos membros superiores.

Alinhamento horizontal: faltas mais comuns

Posição alta de cabeça – pouco favorável do ponto de vista hidrodinâmico, conduzindo aoafundamento da região da bacia e dos membros inferiores.

Posição muito baixa da cabeça – parece facilita as oscilações laterais do corpo, tornando, também,mais difícil a inspiração.

Rolamento do corpo

A utilização alternada dos membros superiores provoca uma acção natural de rotação do tronco do

seu eixo longitudinal (rolamento), de 35 a 45 graus em relação à horizontal, ao longo do ciclo gestual.

O rolamento é indispensável para a manutenção do alinhamento do corpo e para e redução da

Page 3: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

resistência de forma (menos volume de corpo imerso). Por outro lado, facilita a recuperação aérea dosmembros superiores e a inspiração. Deste modo, poderíamos descrever o rolamento do corpo como uma

acção sequencial em que os ombros seguem o trajecto dos membros superiores, a bacia e os membrosinferiores seguem o ombro, fazendo com que o batimento dos membros inferiores seja realizado em

diferentes direcções, consoante a fase do ciclo gestual. A velocidade e a direcção do rolamento são, pois,controlados pela acção cíclica dos membros superiores.

Acção dos membros superiores

Trajecto subaquático

Entrada

Deve ser realizada à frente da cabeça, num ponto situado entre a linha média do corpo e o ombro. Amão está virada para fora, 30º a 40º a partir da horizontal (rotação interna do membro superior) e o cotovelo

ligeiramente flectido e em posição alta, de modo a que seja a ponta dos dedos a primeira parte do segmentoa entrar na água.

Entrada: faltas mais comuns

Mão em pronação (palma da mão virada para baixo), pulso flectido. Aumenta a resistência frontal, aface dorsal da mão empurra a água para a frente.

Mão cruza a linha média do corpo. Perturba o alinhamento lateral, a reacção empurra os membros

inferiores para o mesmo lado.

Mão entra demasiado perto da cabeça. Aumenta a resistência de forma, o membro superiorpercorre uma maior distância no sentido do deslocamento.

Mão entra violentamente na água, de cima para baixo. Aumenta a resistência de onda e prejudica oalinhamento horizontal, provocando reacção no corpo de direcção vertical (efeito observável: oscilaçõesverticais dos ombros).

Deslize

Depois da entrada da mão na água, o cotovelo estende completamente, projectando a mão

directamente para a frente, em linha recta, em frente ao ombro. Ao longo desta fase, a mão permanece no

prolongamento do antebraço ( posição anatómica fundamental – não há flexão nem extensão ao nível dopulso) e vai rodando até estar virada para baixo.

O deslize é fundamental no que diz respeito à sincronização de um membro superior com o outro,

pois é durante esta fase que o membro superior do lado contrário termina o trajecto propulsivo.-

Deslize: faltas mais comuns

Execução demasiado rápida. Aumenta a resistência de forma;

Extensão insuficiente do membro superior. Afecta a sincronização global da técnica.

Trajecto descrito pela mão desvia-se da linha horizontal projectada a partir do ombro para os lados

Page 4: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

Trajecto descrito pela mão desvia-se da linha horizontal projectada a partir do ombro para os lados

ou para baixo. Aumenta a resistência de forma, podendo condicionar um mau aproveitamento da acçãopropulsiva seguinte.

Acção descendente (AD)

A mão, após o deslize, desloca-se para baixo e para fora numa trajectória curva. O movimento para

fora não deve ser voluntariamente procurado: à medida que os ombros rodam acompanhando o ciclo dos

membros superiores, a mão desloca-se naturalmente para fora. Na fase final do trajecto descendente ocotovelo começa a flectir, para manter o trajecto descendente da mão e preparar a fase seguinte. No início

desta fase a mão do nadador está virada para baixo, começando a rodar até ficar orientada para baixo, para

trás e para fora.

Acção lateral interior (ALI)

A ALI começa quando a mão se aproxima do ponto mais fundo da AD. A direcção do trajectomuda, deslocando-se agora a mão para trás, para cima e par dentro, com a orientação respectiva, até atingir

ou ultrapassar um pouco a linha média do corpo. Este trajecto é conseguido graças à flexão do cotovelo,

permanecendo este numa posição alta, ou seja, por cima da mão, até final da ALI.

Acção ascendente (AA)

Esta fase consiste na aceleração da mão para fora, para cima e par trás até se aproximar da coxa.

Esta é a fase mais propulsiva da braçada, não só devido a boas condições hidrodinâmicas – trajecto quaseperpendicular ao sentido de deslocamento do corpo, se a velocidade de nado for elevada e boa orientação

do segmento mão- como, também, devido ao facto de a extensão do antebraço ser potenciada pelo

rolamento do tronco e dos ombros na mesma direcção no final do trajecto subaquático podendo, seminterrupções, ser lançada para fora de água.

A orientação da mão é para fora e para trás no seu trajecto ascendente. Isto consegue-se através da

descontracção do pulso, permitindo que a água pressione a mão para a posição correcta, dedos apontadospara baixo.

É importante referir que o cotovelo não chega a estender completamente, começando de novo a

flectir quando a mão se aproxima do final do trajecto propulsivo útil, de modo a preparar a saída da água.

Trajecto propulsivo dos membros superiores: faltas mais comuns

Cotovelo caído. Se o cotovelo está numa posição baixa é porque o nadador tenta puxar a água

directamente para trás, em vez de afundar a mão com o membro superior ainda em extensão.

Trajecto curto. Não existe deslize ou existe encurtamento no final da braçada.

Finalização com extensão completa do cotovelo. Provoca afundamento da bacia, sendo o

aproveitamento propulsivo do final da braçada praticamente nulo.

Saída

A pressão da água diminui à medida que a mão se aproxima da coxa, sendo, então, a palma da mãorodada para dentro, para que a saída da água se possa fazer com uma resistência mínima. O membro

Page 5: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

rodada para dentro, para que a saída da água se possa fazer com uma resistência mínima. O membro

superior sai da água com o cotovelo a flectir de um modo pronunciado, sendo a mão e o antebraço puxadospelo cotovelo, em situação de descontracção muscular.

Saídas: faltas mais comuns

Mão virada para cima. Se a mão continua virada para trás até sair da água, o que vai acontecer é

que a água vai ser empurrada para cima, tendo como efeito o afundamento do corpo, mais especificamente ,

da região da bacia.

Membros superiores em extensão quando sai da água. Tem o mesmo efeito da acção anterior,

prejudicando, além disso, a recuperação aérea do membro superior.

Recuperação aérea

A execução da recuperação é regulada por três imperativos:

1- Não deve perturbar o equilíbrio do corpo. A mão deve passar o mais perto possível da cabeça

para reduzir ao máximo as oscilações laterais. Isto implica uma posição flectida e alta do

cotovelo durante todo o trajecto por fora de água.2- Deve ser realizada de um modo rápido e descontraído, de modo a não perturbar a sincronização

de movimentos e, ao mesma tempo, permitir um momento de recuperação para os principais

músculos actuantes na fase propulsiva da braçada. É notória, nos bons executantes, a posição

descontraída da mão durante esta fase.3- Deve preparar da melhor maneira a entrada da mão na água. O cotovelo permanece numa

posição alta até à entrada da mão na água, procedendo-se a uma ligeira rotação do antebraço

para fora, para dar à mão a inclinação mais adequada para uma entrada na água sem turbulência.

Faltas mais comuns na execução da recuperação aérea dos membros superiores

Execução demasiado rápida. Desperdício de energia, perturba a sincronização.

Trajecto lateralizante. Rompe o alinhamento lateral do corpo.

Cotovelo baixo na segunda metade da recuperação. Impede entrada na água conveniente, a furar aágua com a ponta dos dedos.

Acção dos membros inferiores

Acção descendente (AD)

É a fase mais propulsiva do batimento dos membros inferiores. O movimento parte da articulaçãocoxo-femural (flexão da coxa). O joelho guia o movimento, causando uma acção de “chicotada” do membro

inferior e do pé. O pé deve estar descontraído, sendo a pressão da água que o vai colocar na posição mais

favorável do ponto de vista propulsivo: flexão plantar, rotação interna e adução.

Acção ascendente (AA)

É uma fase pouco propulsiva, por muitos técnicos considerada como sendo de recuperação para o

trajecto descendente seguinte. O trajecto ascendente do pé é realizado a partir da elevação da coxa

Page 6: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

trajecto descendente seguinte. O trajecto ascendente do pé é realizado a partir da elevação da coxa

(extensão da coxa em torno da articulação coxa-femural), sendo este movimento realizado sem exageradaflexão do joelho.

O batimento dos membros inferiores deve ser realizado sem interrupções, começando o joelho o seu

trajecto descendente numa altura em que o pé ainda não acabou o respectivo trajecto ascendente.

Faltas mais comuns no batimento dos membros inferiores:

Batimento dos membros inferiores demasiado fundo. Aumenta superfície frontal de contacto.

Posição do pé rígida e em flexão plantar. Perde efeitos propulsivos e equilibradores.

Joelho em extensão na fase descendente. Reduz propulsão e a acção equilibradora.

Batimento tipo “pedalar”. Reduz propulsão e a acção equilibradora dos membros inferiores.

Batimento irregular. Reduz propulsão e acção equilibradora.

Flexão dos membros inferiores no início da fase ascendente. Compromete a continuidade e a fluidez

do movimento.

Movimento de “tesoura”. Associado a uma sincronização entre membros superiores descontínua e a

um rolamento do tronco exagerado e unilateral.

Sincronização da acção dos membros superiores

A variante básica de sincronização dos membros superiores em crol e aquela que deve ser

introduzida na iniciação desportiva é uma em que, no momento em que uma mão entra na água, a outra estáa iniciar a ALI. Esta variante implica a existência de uma fase de deslize bem marcada.

Sincronização membros superiores/membros inferiores

A variante básica de sincronização dos membros superiores com os membros inferiores em crol e

aquela que deve ser ensinada inicialmente é uma em que se realizam seis batimentos dos membros inferiores

por cada ciclo dos membros superiores. Acompanha normalmente a variante acima referida de sincronizaçãode um membro superior com o outro e tem um maior poder estabilizador do alinhamento lateral do corpo,

permitindo ao alunos-nadador um maior rolamento dos ombros e trajectos propulsivos mais curvilíneos,

nomeadamente uma ALI mais pronunciada.

Sincronização da acção dos membros superiores com o ciclo respiratório

A inspiração faz-se através da rotação lateral da cabeça. Coincide com o fim da ALE, AA e inícioda recuperação aérea do membro superior do mesmo lado. Acompanha, portanto, a rotação natural dos

ombros em torno do seu eixo longitudinal – o rosto não deve emergir antes do membro superior do lado

contrário estar totalmente na água. O retorno do rosto para baixo deve ser completado antes da mão do

mesmo lado entrar na água.

A expiração deve iniciar-se logo após a submersão do rosto, pela boca e pelo nariz. A saída de ar

Page 7: ANÁLISE DESCRITIVA DAS TÉCNICAS DE NATAÇÃO

A expiração deve iniciar-se logo após a submersão do rosto, pela boca e pelo nariz. A saída de ar

deve ser contínua e constante até ao momento que antecede a saída da boca da água. Nesta altura deve

tornar-se vigorosa, expulsando o ar remanescente nas vias respiratórias superiores e, ao mesmo tempo,

expelindo a água que se comprime contra a boca, possibilitando o início imediato da inspiração, aspecto este

da maior importância na sincronização membros superiores- respiração. A utilização da respiração bilateral deve ser favorecida desde o início da aprendizagem desta técnica,

uma vez que tal poderá ajudar a evitar a habitual assimetria que se cria na posição do corpo de muitos

nadadores – rolamento deficiente do lado contrário da respiração, com as consequências previsíveis que daí

podem decorrer.

Faltas mais frequentes associadas com a respiração

Rotação “adiantada” da cabeça. Perturba a sincronização e o rolamento do corpo, logo a

recuperação do membro superior; impede uma AA eficaz do lado da inspiração e provoca entrada da mão e

parte inicial do trajecto subaquático do membro superior do lado contrário deficientes; está frequentemente

associada com um alinhamento lateral fraco.

Rotação “atrasada” da cabeça. Deslize exageradamente longo com o membro superior do lado

contrário. Falta de sincronização com o rolamento do corpo.

Elevar demasiado a cabeça ou virá-la para trás ao executar a inspiração perturba, respectivamente ,

o alinhamento horizontal e lateral do corpo.