Aborto A mulher dona de si Na vertente do aborto, o assunto abordado se tornou muito generalista devido o estabelecimento de algumas normas e de uma forma religiosa e cultural de ver o assunto, portanto as mulheres acabam por no receberem o devido apoio das famlias e das polticas pblicas, seria necessrio, portanto uma viso mais individualizada de cada caso, de cada histria e de cada motivo para decidir abortar. O aborto no Brasil proibido por opo, em alguns casos ele pode ocorre, entretanto com autorizao judicial, e apenas em casos de fetos anenceflico e em alguns casos de estupro. De acordo com os direitos humanos fazemos correlao com os direitos reprodutivos. Naes Unidas aprovam, em 1979, a Conveno sobre a Eliminao de todas as formas de Discriminao contra a Mulher. A Conveno conta hoje com 165 Estados-partes, o que inclui o Brasil, que a ratificou em 1984. Foi resultado de reivindicao do movimento de mulheres, a partir da primeira Conferncia Mundial sobre a Mulher, realizada no Mxico, em 1975.(Direitos reprodutivos como Direitos humanos, Professora doutora da Faculdade de Direito da PUC/SP de Direitos Humanos e Direito Constitucional, Flavia Piovesan)

A realidade existente no Brasil diferente, pois as mulheres continuam sendo alvo frequente de grandes descriminaes, seja na sexualidade, na postura social ou nas escolhas pessoais. O aborto enquanto direito individual tem como mxima "nosso corpo nos pertence", o que significa para as mulheres a possibilidade da livre escolha da maternidade. O movimento utilizava o argumento de que a Constituio de 1988 considera a sade um direito de todos e dever do Estado, e dessa forma, o direito individual de interromper uma gravidez no poderia ser tratado como crime. No que se refere ao aborto como um direito social, na opinio de Scavone (2008), "tratar o aborto como direito social significa questionar as condies precrias em que ele realizado no Pas, ao arriscar a sade e a vida das mulheres" (p. 676).( Boemer, M. R., & Mariutti, M. G. (2003). A mulher em situao de abortamento: um enfoque existencial. Revista Escola de Enfermagem da USP, 37 (2), 59-71) Na vertente do aborto, a mulher no pode escolher ter ou no o filho em casos de gravidez indesejada, pois no Brasil no permitido a legalizao do aborto, por esse motivo e tantos outros , algumas mulheres procuram clinicas ilegais e formas abortivas que no so seguras, expondo ento sua sade e sendo alvo de profissionais no qualificados para tal atividade, podendo levar a mulher a bito, caso o aborto seja realizado com sucesso, a mulher acaba tendo que enfrentar vrios problemas psicossociais, onde a sociedade defende a ilegalidade do aborto e coloca essa mulher em uma posio difcil e at mesmo de mostro perante o ato de retirar uma vida antes do devido perodo. J as mulheres que escolhem no serem mes acabam se tornando incompletas para a sociedade, no encontrando, portanto, a felicidade e sendo julgadas. Na nossa cultura foi estabelecido o padro de mulher como me, partindo de vertentes religiosas, ser me uma dadiva de Deus, o simbolismo da existncia e fora humana. A mulher no pode exercer, portanto a escolha em seu prprio corpo em vrios aspectos, pois a sociedade discrimina de todas as formas, o auto controle do prprio corpo no pode ser exercido, existe a teoria de que vivemos em um pais democrtico, mas essa democracia e a liberdade que a ns concedida, parte de alguns limites impostos pelas polticas pblicas, onde voc livre, porem tem que arcar com as consequncias de tal liberdade, dentro das normas e leis estabelecidas, portanto o aborto uma consequncia a qual as mulheres esto submetidas , pois no podem decidir se querem ou no que exista um feto dentro si, a discurso sobre a temtica muito extensa, pois vria de cada caso, mas infelizmente no Brasil visto de uma forma geral, no levando em considerao o a sade mental da mulher, as condies financeiras e a falta de apoio que muitas sofrem, outras simplesmente no querem ser mes no momento, ou ento no desejam ser, cada caso merece um olhar diferenciado, uma pesquisa realizada pelo instituto Guttmacher juntamente com pesquisadores da Organizao Mundial de Sade, mostrou que foram realizados cerca de 41,6 milhes de abortos em todo o mundo no ano de 2003, foram realizados de forma insegura, a pesquisa mostra tambm que cerca de 19,7 milhes foram realizados em pases em desenvolvimento, se existisse ento a opo de escolha, ou se existissem polticas que dessem pelo menos apoio bsico a essas mulheres o ndice de abandono seria bem menor, e os transtornos diminuiria significativamente.

Referencias Bblia. (1990). Bblia Sagrada. So Paulo: Paulus.Boemer, M. R., & Mariutti, M. G. (2003). A mulher em situao de abortamento: um enfoque existencial. Revista Escola de Enfermagem da USP, 37 (2), 59-71http://base.repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/106297/tavares_sb_dr_arafcl.pdf?sequence=1&isAllowed=y