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NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME 24 SEXTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO 2013 As autarquias e as empresas podem e devem trabalhar em “network”. Esta é a melhor forma de utilizar os vários instrumentos à disposição para rentabilizar a capacidade de investimento, seja ao nível da inovação, seja das exportações ou internacionalização. Esta é a opinião de António Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia. VIRGILIO FERREIRA [email protected] “As autarquias passaram de entidades ‘fa- zedoras’ a entidades ‘facilitadoras’. Se, no passado, atuavam como ‘locomotivas de investimento’, realizando avultados inves- timentos, hoje compete-lhes utilizar uma série de instrumentos à sua disposição para atraírem e promoverem o investimento privado nos seus territórios” - defendeu António Bragança Fernandes, durante a abertura do seminário “Compras Públicas: como candidatar-se aos concursos nacio- nais e de organismos da UE”, recentemen- te realizado no Auditório Business Center do Tecmaia – Parque de Ciência e Tecno- logia da Maia”, e do qual a Vida Económi- ca foi “media partner”. O presidente da Câmara Municipal da Maia e também presidente do Conselho de Administração do Tecmaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia afirmou também que “o trabalho em rede, a deno- minada ‘network’, é fundamental para que em conjunto possam ser encontradas as melhores soluções, as soluções mais efica- zes e eficientes por forma a rentabilizar ao máximo a nossa capacidade”. António Bragança Fernandes salientou que a Maia é “o município com uma das menores taxas de desemprego e com a maior taxa de atratividade da Área Metro- politana do Porto”. “ O Tecmaia é um bom exemplo desse novo paradigma de exercício do Poder Au- tárquico, um exemplo pioneiro e precoce. Aqui, o papel da Autarquia foi, a partir de um enorme problema, construir uma nova oportunidade de desenvolvimento, crian- do este Parque que se transformou num exemplo de excelência entre os seus con- géneres e que tem permitido não só gerar riqueza e receitas fiscais mas também – e sobretudo – postos de trabalho altamente qualificados. Isso só foi possível porque houve vontade política, da Câmara, para o fazer e porque foram encontrados parcei- ros sérios, entre os quais as empresas aqui instaladas são dos mais destacáveis.” “Oportunidades de Negócio na União Europeia” O seminário “Compras Públicas: como candidatar-se aos concursos nacionais e de organismos da UE” foi organizado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) e pela Câmara Municipal da Maia, no âmbito do projeto “Oportu- nidades de Negócio na União Europeia” – uma parceria estabelecida entre as duas instituições e que tem como principal ob- jetivo fazer chegar às pequenas e médias empresas, informação privilegiada sobre a abertura de concursos e outras oportuni- dades de negócio lançadas pelas institui- ções da União Europeia. “Através do site institucional da Câmara da Maia, à distância de um click, qualquer empreendedor poderá obter a informação destas oportunidades de negócio. Este pro- jeto traduz um contributo muito relevante para o reforço de ‘business intelligence’, tendo em conta as necessidades das em- presas em ter informação essencial para a projeção dos seus negócios. Assenta numa comunicação simples, objetiva e fácil de consultar num ponto único de acesso para o público-alvo selecionado: as empresas e os empreendedores da Maia”, salienta o presidente da CMM. O encontro contou com cerca de 70 par- ticipantes e teve como principais oradores António Bragança Fernandes, Clotilde Câ- mara Pestana, diretora do Centro de Infor- mação Europeia Jacques Delors, Paulo José Santos, chefe de Unidade da Direcção Ge- ral da Informática da Comissão Europeia, Carlos Medeiros, coordenador da Unidade de Informação e Comunicação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors, Artur Mimoso, diretor de Compras Públi- cas da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, Nunes de Sousa, gerente da empresa “Audinova” e Marta Palmeira, gerente da empresa “20/21 Con- servação e Restauro”. O seminário foi moderado por Paulo Ramalho, vereador do Desenvolvimento Económico e das Relações Internacionais da Câmara Municipal da Maia, e abordou temas relacionados com oportunidades de negócios existentes para as PME, no âm- bito de concursos públicos lançados pelas Instituições da União Europeia e pela ES- PAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, bem como as prin- cipais questões a ter em atenção no desen- volvimento dos respetivos procedimentos e candidaturas. “Este tipo de acções são essenciais para a qualificação dos nossos empresários e para aumentar a sua competitividade, mas, acima de tudo, dão respostas a pro- blemas concretos das empresas e dos seus quadros. E aqui, os Municípios, pela sua relação de proximidade, estão claramente em condições privilegiadas para identificar e dar resposta aos problemas concretos dos agentes económicos do seu território de forma mais eficaz que a máquina do Es- tado Central. Daí que defenda uma maior cooperação entre a Administração Central e as Autarquias em matérias relacionadas com desenvolvimento económico”, afir- mou à “Vida Económica” Paulo Ramalho. De realçar os testemunhos apresen- tados pelos representantes das empre- sas “Audinova” e “20/21 Conservação e Restauro” (esta, uma micro-empresa), os quais manifestaram enorme satisfação, designadamente, pelas oportunidades de que têm beneficiado no âmbito de con- cursos lançados por Instituições da União Europeia. O Tecmaia é um bom exemplo desse novo paradigma de exercício do Poder Autárquico, um exem- plo pioneiro e precoce”, afirma António Borges Fernandes. António Tavares, diretor geral do Tecmaia, António Borges Fernandes, presidente da Câmara Mu- nicipal, Clotilde Pestana, diretora do CIEJD, e Paulo Ramalho, vereador do Desenvolvimento Económico e das Relações Internacionais da Câmara Municipal da Maia. Da direita para a esquerda: Artur Mimoso, diretor de compras Públicas da ESPAP, Paulo José Santos, chefe de unidade da Direção Geral de Informática – Comissão Europeia, Nunes de Sousa, gerente da Audinova, Carlos Medeiros (CIEJD), e Alexandra Neves (ISMAI). ANTÓNIO BRAGANÇA FERNANDES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MAIA, AFIRMA “As autarquias passaram de fazedoras a facilitadoras do investimento” Maia é o município com menos desemprego na área Metropolitana do Porto”

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NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

24 SEXTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO 2013

As autarquias e as empresas podem e devem trabalhar em “network”. Esta é a melhor forma de utilizar os vários instrumentos à disposição para rentabilizar a capacidade de investimento, seja ao nível da inovação, seja das exportações ou internacionalização. Esta é a opinião de António Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia.VIRGILIO [email protected]

“As autarquias passaram de entidades ‘fa-zedoras’ a entidades ‘facilitadoras’. Se, no passado, atuavam como ‘locomotivas de investimento’, realizando avultados inves-timentos, hoje compete-lhes utilizar uma série de instrumentos à sua disposição para atraírem e promoverem o investimento privado nos seus territórios” - defendeu António Bragança Fernandes, durante a

abertura do seminário “Compras Públicas: como candidatar-se aos concursos nacio-nais e de organismos da UE”, recentemen-te realizado no Auditório Business Center do Tecmaia – Parque de Ciência e Tecno-logia da Maia”, e do qual a Vida Económi-ca foi “media partner”.

O presidente da Câmara Municipal da Maia e também presidente do Conselho de Administração do Tecmaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia afirmou também que “o trabalho em rede, a deno-minada ‘network’, é fundamental para que em conjunto possam ser encontradas as melhores soluções, as soluções mais efica-zes e eficientes por forma a rentabilizar ao máximo a nossa capacidade”.

António Bragança Fernandes salientou que a Maia é “o município com uma das menores taxas de desemprego e com a maior taxa de atratividade da Área Metro-politana do Porto”.

“ O Tecmaia é um bom exemplo desse novo paradigma de exercício do Poder Au-tárquico, um exemplo pioneiro e precoce. Aqui, o papel da Autarquia foi, a partir de um enorme problema, construir uma nova oportunidade de desenvolvimento, crian-

do este Parque que se transformou num exemplo de excelência entre os seus con-géneres e que tem permitido não só gerar riqueza e receitas fiscais mas também – e sobretudo – postos de trabalho altamente qualificados. Isso só foi possível porque houve vontade política, da Câmara, para o fazer e porque foram encontrados parcei-ros sérios, entre os quais as empresas aqui instaladas são dos mais destacáveis.”

“Oportunidades de Negócio na União Europeia”

O seminário “Compras Públicas: como candidatar-se aos concursos nacionais e de organismos da UE” foi organizado pelo Centro de Informação Europeia Jacques

Delors (CIEJD) e pela Câmara Municipal da Maia, no âmbito do projeto “Oportu-nidades de Negócio na União Europeia” – uma parceria estabelecida entre as duas instituições e que tem como principal ob-jetivo fazer chegar às pequenas e médias empresas, informação privilegiada sobre a abertura de concursos e outras oportuni-dades de negócio lançadas pelas institui-ções da União Europeia.

“Através do site institucional da Câmara da Maia, à distância de um click, qualquer empreendedor poderá obter a informação destas oportunidades de negócio. Este pro-jeto traduz um contributo muito relevante para o reforço de ‘business intelligence’, tendo em conta as necessidades das em-presas em ter informação essencial para a projeção dos seus negócios. Assenta numa comunicação simples, objetiva e fácil de consultar num ponto único de acesso para o público-alvo selecionado: as empresas e os empreendedores da Maia”, salienta o presidente da CMM.

O encontro contou com cerca de 70 par-ticipantes e teve como principais oradores António Bragança Fernandes, Clotilde Câ-mara Pestana, diretora do Centro de Infor-

mação Europeia Jacques Delors, Paulo José Santos, chefe de Unidade da Direcção Ge-ral da Informática da Comissão Europeia, Carlos Medeiros, coordenador da Unidade de Informação e Comunicação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors, Artur Mimoso, diretor de Compras Públi-cas da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, Nunes de Sousa, gerente da empresa “Audinova” e Marta Palmeira, gerente da empresa “20/21 Con-servação e Restauro”.

O seminário foi moderado por Paulo Ramalho, vereador do Desenvolvimento Económico e das Relações Internacionais da Câmara Municipal da Maia, e abordou temas relacionados com oportunidades de negócios existentes para as PME, no âm-bito de concursos públicos lançados pelas Instituições da União Europeia e pela ES-PAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, bem como as prin-cipais questões a ter em atenção no desen-volvimento dos respetivos procedimentos e candidaturas.

“Este tipo de acções são essenciais para a qualificação dos nossos empresários e para aumentar a sua competitividade, mas, acima de tudo, dão respostas a pro-blemas concretos das empresas e dos seus quadros. E aqui, os Municípios, pela sua relação de proximidade, estão claramente em condições privilegiadas para identificar e dar resposta aos problemas concretos dos agentes económicos do seu território de forma mais eficaz que a máquina do Es-tado Central. Daí que defenda uma maior cooperação entre a Administração Central e as Autarquias em matérias relacionadas com desenvolvimento económico”, afir-mou à “Vida Económica” Paulo Ramalho.

De realçar os testemunhos apresen-tados pelos representantes das empre-sas “Audinova” e “20/21 Conservação e Restauro” (esta, uma micro-empresa), os quais manifestaram enorme satisfação, designadamente, pelas oportunidades de que têm beneficiado no âmbito de con-cursos lançados por Instituições da União Europeia.

O Tecmaia é um bom exemplo desse novo paradigma de exercício do Poder Autárquico, um exem-plo pioneiro e precoce”, afirma António Borges Fernandes.

António Tavares, diretor geral do Tecmaia, António Borges Fernandes, presidente da Câmara Mu-nicipal, Clotilde Pestana, diretora do CIEJD, e Paulo Ramalho, vereador do Desenvolvimento Económico e das Relações Internacionais da Câmara Municipal da Maia.

Da direita para a esquerda: Artur Mimoso, diretor de compras Públicas da ESPAP, Paulo José Santos, chefe de unidade da Direção Geral de Informática – Comissão Europeia, Nunes de Sousa, gerente da Audinova, Carlos Medeiros (CIEJD), e Alexandra Neves (ISMAI).

ANTÓNIO BRAGANÇA FERNANDES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MAIA, AFIRMA

“As autarquias passaram de fazedoras a facilitadoras do investimento”

Maia é o município com menos desemprego na área Metropolitana do Porto”