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S I N E R G I A BELO HORIZONTE • FEVEREIRO/MARÇO 2007 • ANO 6 • NÚMERO 30 • UMA PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA UBQ Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de planejamento estratégico Entrevista Guilherme Barbassa página 6 Artigo Érico de Barros Kehne página 8

Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de ...lizou uma pesquisa de satisfação, aplicada no final do ano passado. O formulário da pesquisa contou com espaços para o as-sociado

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Page 1: Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de ...lizou uma pesquisa de satisfação, aplicada no final do ano passado. O formulário da pesquisa contou com espaços para o as-sociado

SINERGIAB E LO H O R I Z O N T E • F E V E R E I R O / M A R Ç O 2 0 0 7 • A N O 6 • N Ú M E R O 3 0 • U M A P U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D A U B Q

Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de planejamento estratégico

EntrevistaGuilherme Barbassa

página 6

ArtigoÉrico de Barros Kehne

página 8

Page 2: Ao comemorar 25 anos, UBQ se renova e ganha mapa de ...lizou uma pesquisa de satisfação, aplicada no final do ano passado. O formulário da pesquisa contou com espaços para o as-sociado

2SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007

�FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA

Alguns dizem que, devido às crises do mundo de hoje, estamos vivendo um período de involução e não de evolução.

Sim, estamos vivendo uma era de paradoxos: a evolução das ciências exatas e da tecnologia, que está nos proporcionando sur-presas a cada dia com as novas invenções, que não conduzem a uma evolução da cultura e da civilização humana. Nem tampouco da felicidade das pessoas. As guerras, a violência, o descontrole do clima devido à má gestão dos recursos e o consumismo desmedi-do ao lado da miséria, estão a nos indicar a necessidade urgente de mudança de rumos.

Esta mudança não passa, necessariamente por uma revolução. Trata-se, antes de uma mudança de paradigmas, de mentalidade e percepção, no sentido da evolução cultural e espiritual da sociedade e de cada um de nós, que leve a humanidade a uma era do conhe-cimento que realmente mereça esse nome.

As tecnologias nos deram uma plataforma a partir da qual pode-remos evoluir para uma civilização digna desse nome – uma nova civilização.

O excesso de especialização, que teve êxito nas tecnologias, precisa evoluir para um conhecimento mais sistêmico, amplo e efi-caz. Só para citar um exemplo: o milagre tecnológico da televisão, que só por si poderia nos levar a um salto qualitativo na educação e na edificação de uma nova civilização é hoje, alegando-se um para-doxal respeito ao desejo do mercado, um instrumento que propaga, pelo contágio psicológico, a violência, a deseducação, o desamor e a lei do salve-se quem puder, favorecendo o descrédito em nossas potencialidades.

Quando dois países estão em guerra, cada qual procura destruir o moral do outro, mostrando suas fraquezas. Hoje, tem-se a impres-são que estamos em guerra conosco mesmos – a mídia acentua muito os pontos negativos e propaga a violência, mostrando-a em filmes e casos reais. Que fazer?

A UBQ se propõe, ao lado das atividades do dia-a-dia e da rea-lização de eventos como congressos, seminários, palestras, visitas técnicas, além de grupos de estudo e outros fóruns de discussão, a sonhar o sonho de uma sociedade de maior produtividade e eficá-cia. Propõe-se também a trabalhar em rede com outras entidades que têm sonhos assemelhados, a ajudar na evolução da nossa so-ciedade. Sabemos que estamos apenas assentando um tijolo na construção desta catedral de uma Nova Civilização.

Queremos ser um foro aberto aos debates, tanto das tecnologias de gestão exitosas para as empresas, como também dos temas ca-pazes de ajudar no desenvolvimento do mercado interno brasileiro, num jogo de egoísmo inteligente – um jogo de ganha-ganha.

Rua Timbiras, 1200 -3º andar - Funcionários - 30140-060 - Belo Horizonte - MG Fone/

fax: (31)3274-3200 - www.ubq.org.bre-mail: [email protected]

Presidente:

Mauricio Roscoe

Diretor Financeiro:Erick Carvalho Soares Travaglia e Faria

Diretor Administrativo: Washington Eustáchio de Freitas

Diretores Executivos:Cláudia Maria Araújo Esteves

Dhenyse Estrada Brandão Elaine Emar Ribeiro César

Jorge MizeraniMárcio Bambirra

Maria Helena Batista Murta Maria Nice de Faria Fonseca Paulo Roberto Carneiro Leite

Ronaldo Simão

Conselho Fiscal André Luiz Gomes

Dorico Cipriano da Silva NetoWander Lúcio Francisco Prado

Conselho Deliberativo Caio Múcio Barbosa Pimenta

Cláudio Bruzzi Boechat Celso Renato Pitanguy Lucena

Denis de Lima Souza Maria Teresa de Azeredo Roscoe

Neuza Maria Dias Chaves Regina Coeli Chassin Drumond

Sávio Gabriel Felipe Quintão

Equipe GerencialFátima Teixeira - Gerente Administrativo-

FinanceiraRenato Valle - Diretor Executivo

Valéria Versiani - Gerente de Eventos

Jornalista Responsável e Editor:Sérgio Stockler (MTb 5.741-MG)

Redação: Renata Carvalho Pereira (estagiária)Projeto Gráfico: Pedro Miranda

Impressão: Gráfica Del Rey

Em busca da evolução

editorial

Maurício roscoe é presidente da UBQ

SINERGIA

Novas parcerias e satisfaçãomarcam o ano de 2006

Balanço 2006

O ano de 2006 foi mar-cado por uma pro-gramação bastan-

te intensa e com atividades diversificadas, que além de dar maior visibilidade à UBQ, tam-bém contribuíram para atrair novos parceiros, viabilizar novos empreendimentos e projetos e, por força do alto nível das pro-moções, assegurar um alto grau

de satisfação do cliente. Foram quase 100 eventos realizados em várias áreas, com uma mé-dia de mais de 8 por mês.

Em números exatos, a UBQ realizou um total de 98 even-tos, que atingiram um público de 4.858 pessoas. Foram cin-co visitas técnicas a empresas, seis seminários, oito palestras, 74 cursos, duas convenções,

dois encontros técnicos e um café com qualidade. O evento que obteve maior número de inscritos foi a Convenção do CCQ, com 1400 participantes. A média geral de satisfação do público desses eventos che-gou à excelente taxa de 91 por cento, segundo pesquisa de satisfação realizada ao longo do ano passado.

Além de realizar a Conven-ção Mineira de Círculos de Controle da Qualida-

de, que conseguiu encher e animar o Minascentro em maio do ano passado, a UBQ realiza treinamentos, cursos e outras atividades destinadas á divul-gação e adoção do CCQ pelas empresas. Um exemplo de trei-namento de CCQ aconteceu em setembro na Iveco Fiat do Brasil Ltda. “O CCQ foi um marco im-portante na história da Iveco. Os funcionários ficaram entusias-mados com o programa, foram 36 grupos de efetivados que participaram do treinamento. A união da Iveco com a UBQ au-mentou muito o nosso lado mo-tivacional”, testemunha Christian Clayton da Silva, analista de Tec-nologia Industrial da Iveco.

Assim como a Iveco, o CIA-AR (Centro de Instrução e Adap-

tação da Aeronáutica) em 2006 também concretizou sua parce-ria com a UBQ. E em fevereiro de 2007, colocou em prática o programa 5S (Cinco Sensos): “No dia do senso de ordenação, descartamos todos os materiais inutilizados, a unidade parou por dois dias, nós fizemos um expe-diente interno. Foi gratificante ver que todos, independente da fun-ção hierárquica, participaram do processo de ordenação”. Disse o Coronel Manoel da Silva.

Importantes empresas como a Usiminas Mecânica, a Cemig e a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD também participaram da capacitação de Ferramentas da Qualidade e Metodologia Masp, do programa CCQ promovido pela UBQ no ano passado.

De acordo com Valéria Ver-siani, gerente de eventos da UBQ, foi por meio de um crono-

grama bem definido e racional e de uma programação ampla e interessante para os parceiros, associados e clientes em geral, além de mais voltada para resul-tados, que a UBQ atingiu esses números e esse alto índice de satisfação.

Pesquisa Mediu satisfação de sócios

Buscando avaliar a opinião dos seus associados, a UBQ rea-lizou uma pesquisa de satisfação, aplicada no final do ano passado.

O formulário da pesquisa contou com espaços para o as-sociado atualizar o seu cadastro, enviar sugestões de treinamento para 2007 e, ainda, aferir o nível de satisfação em relação a itens como o site da UBQ, seu acervo (CDI) e qualidade de atendimen-to. A pesquisa também foi funda-mental para a UBQ reunir dados para uma avaliação real sobre seu relacionamento com os as-sociados e, ainda, para apontar possibilidades de melhoria de relacionamento e serviços. O formulário foi amplamente dis-tribuído entre os associados e o seu retorno chegou a 30%, somando associados físicos e jurídicos, o que garantiu uma amostra bastante representati-va do universo de associados e clientes da UBQ, assegurando credibilidade ao seu resultado.

Círculos de controle da qualidade

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�SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007

5FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA

Através de workshop realizado em fevereiro desse ano, a UBQ se mobilizou com objetivo de revisar e atualizar seu planejamento estratégico, gerando o seu mapa estratégico e adequando-se às novas condições do ambiente onde atua.

O processo foi conduzido pelo Grupo Yes Consultoria, empresa associada e parceira da UBQ com a finalidade de formular as suas estratégias, orientadas para as necessida-des da sociedade, estabelecer e desdobrar metas e elaborar planos de ação para atingi-las, considerando o ambiente in-terno, externo, atual e futuro.

O Planejamento Estratégico é um processo gerencial que permite que se estabeleça um direcionamento a ser seguido pela empresa, com o objetivo de se obter uma otimização na relação entre a empresa e seu ambiente.

Ele diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as

condições internas e externas à empresa e sua evolução espe-rada. Também considera as premissas básicas que a empresa deve respeitar, para que todo o processo tenha coerência e sus-tentação.

Além do compromisso de conquistar e manter clientes sa-tisfeitos, as organizações bem sucedidas devem estar sempre prontas a se adaptar a mercados em contínua mudança. O pla-nejamento estratégico cumpre exatamente esta função, pois bus-ca manter uma flexibilidade viável de seus objetivos, habilidades e recursos enquanto mantém um compromisso com o lucro, o crescimento e sua missão organizacional.

“O workshop de planejamento foi importante para a UBQ, pois traçamos um mapa estratégico junto com a nova diretoria, e ainda teremos um software que foi elaborado para acompanhar todas as atividades que a entidade realiza”. Completou o diretor executivo da UBQ, Renato Valle

Planejamento estratégicoé prioridade em 2007

UBQ faz sintonia fina em sua identidade organizacional

O workshop promoveu uma modernização e atualização da Missão, Visão e Valores da UBQ, após debates que visaram atingir uma maior precisão de foco. A sutileza da mudança sugere uma sintonia fina no texto da Missão da instituição, ampliando o seu alcance por meio de pequenas alterações, indicando ações práticas e objetivos definidos que podem e devem funcionar como ferramentas capazes de tornar mais funcionais e compreensíveis as metas propostas pela antiga Missão. Uma inversão na ordem das idéias contidas no texto, para ganhar mais precisão e viabilidade de cumprimento dos objetivos explicitados. Veja como ficou:

A visão que também foi revista e alterada, com o objetivo de se tornar ainda mais clara, envolvente e fácil de memorizar, além de compatível com os valores da organização e ligada às neces-sidades da sociedade. A visão da UBQ para 2010 ficou assim:

Durante o workshop a UBQ também definiu seus valores, que são os seguintes:

Segundo o consultor do Grupo Yes, Guilherme Barbassa, coordenador do workshop, “a UBQ queria uma atualização, um ar de modernidade, e ainda mais, queria ressaltar o seu compromisso com as pessoas e as organizações, por isso re-formulamos a sua identidade organizacional”.

O estabelecimento de um planejamento estratégico envolve cinco atividades:

1. Definição da missão corporativa.

2. Análise da situação.

�. Formulação de objetivos.

�. Formulação de estratégias.

5. Implementação, feedback e controle.

VALORES:

Sinergia, Relacionamento, Confiança, Evolução, Constân-cia de propósito, Pró atividade, Ética e Foco em fatos e dados.

MISSÃO:

“Promover o debate de idéias e a difusão de conceitos e práticas da gestão pela qualidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade, das or-ganizações e das pessoas”.

VISÃO:

“Manter e consolidar os projetos existentes e criar novas frentes de trabalho integradas às estruturas empresariais, acadêmicas e sociais”.

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6SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007

7FEVEREIRO E MARÇO DE 2007 UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE SINERGIA

Sinergia: Por que fazer um plane-jamento estratégico?

guilherme BarBaSSa: O objetivo do planejamento estratégico é definir um posicionamento es-tratégico que crie e/ou fortaleça a vantagem competitiva da em-presa e estabelecer ações estra-tégicas para tornar este posicio-namento realidade.

Sinergia: O que é o Planejamen-to Estratégico?

g.B.: O planejamento estratégico é o processo através do qual a or-ganização se mobiliza para formu-lar as suas estratégias, orientadas para o mercado, para estabelecer e desdobrar metas e para elabo-rar planos de ação para atingi-las, considerando os ambientes inter-no, externo, atual e futuro.

Sinergia: Existe a época mais ade-quada para a elaboração do PE?

g.B.: Não existe uma época, porém a ocorrência ou a possi-bilidade de ocorrência de alguns fatos como o acirramento da concorrência, mudanças no com-portamento do mercado, pressão de fornecedores, chegada de no-vos entrantes, possibilidade de produtos substitutos, perda de margem ou de participação de mercado, exigem que a empresa repense seu futuro. Entretanto, empresas que adotam o planeja-mento estratégico periodicamen-te, acabam praticando a gestão estratégica. Isto é, implementam metodologias de desdobramento dos objetivos e metas estratégi-cas (como, exemplo destas meto-dologias podemos citar o Balan-

ced Scorecard (BSC) ou o (GPD) Gerenciamento pelas Diretrizes), e adotam uma sistemática contí-nua de avaliação dos resultados e adoção de medidas corretivas. A utilização de softwares, como o “Gestão Estratégica”, desenvolvi-do e comercializado pelo Grupo Yes e que inclusive é utilizado pela Fundação Unimed, facilita muito a implementação desta sistemática garantindo assim, o alcance das metas estabelecidas.

Sinergia: Há instituições em que o planejamento seja mais fácil ou mais difícil?

g.B.: A facilidade ou a dificul-dade de realizar o planejamento estratégico de uma organiza-ção, muitas vezes está ligada à dinâmica do setor no qual ela atua. Alguns setores são de tec-nologia intensiva e outros, nem tanto. Em alguns, a concorrên-cia é muito acirrada e em outros, menos. Uns dependem de co-nhecimentos específicos, outros não. Enfim, o setor de atuação da empresa e os cenários nos quais este setor está inserido podem determinar o grau de dificuldade para se definir um posicionamento estratégico que diferencie a empresa.

Sinergia: Quais são as vantagens para quem adota o PE?

g.B.: As empresas que ado-tam a gestão estratégica estão continuamente reavaliando suas estratégias para criar valor para a organização e desenvolven-do, nas pessoas que ocupam função gerencial, o pensamento estratégico. O pensamento es-

tratégico é o processo de pen-samento que se dá na mente das pessoas-chave da organi-zação, que as ajuda a determi-nar a aparência da organização em determinado momento futu-ro. Este processo, que contribui sobremaneira para elevar o nível da função gerencial e pode, por si só, constituir uma vantagem competitiva importante para uma organização.

Sinergia: O PE pode ser revisa-do? Com qual freqüência?

g.B.: O posicionamento estraté-gico geralmente é construído num período de tempo maior, entre 2 e 3 anos ou até mais. Porém, con-forme dito anteriormente, a prática do planejamento estratégico deve evoluir para a gestão estratégica e, sendo assim, a avaliação das metas e ações estratégicas deve se dar pelo menos uma vez a cada trimestre.

Sinergia: Quem deve fazer um PE?

g.B.: Qualquer organização para construir seu sucesso fu-turo deve fazer uso da meto-dologia de planejamento estra-tégico, não importa se é uma organização pública, privada ou do terceiro setor, ou se é uma pequena, média ou gran-de instituição. Esta prática deve ser utilizada porque o futuro é construído. Abrir mão do plane-jamento estratégico é o mesmo que terceirizar o seu futuro. Sua organização será parte do pla-nejamento de alguém. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo que optar por se tornar vítima das circunstâncias.

Planejamento estratégico,a construção do futuro

entrevista GuilherMe BarBassa

Assembléia Geral Ordinária: Convocação

A UBQ, através de sua Dire-toria Executiva, convoca todos os associados, pessoas física e jurídica, para a Assembléia Ge-ral Ordinária, a realizar-se no dia 29 de março de 2007, às 18h, em primeira convocação e, em segunda e última convocação às 18h 15, em conformidade com o estatuto, para deliberar sobre a seguinte pauta:a) Dar conhecimento das ativi-dades sociais realizadas pela entidade em 2006;b) Deliberar sobre a prestação de contas do exercício de 2006;c) Dar conhecimento dos pla-nos de trabalho da entidade para exercício de 2007.

Para instalação da Assem-bléia o “quorum” mínimo com-provado pelas assinaturas no “Livro de Presença são de:a) 50% do número total de associa-dos, em primeira convocação.b) Com qualquer número, em segunda e última convocação; 15 minutos após a primeira, ex-ceto no caso previsto no pará-grafo único do art. 32.

Todo associado tem direito a um voto, podendo se fazer representar por procuração. Da mesma forma, o associado co-letivo deve delegar poderes a seu representante ou delegado com direito a um voto.

Em entrevista ao jornal Sinergia, Guilherme Barbassa, só-cio-diretor da empresa de consultoria Grupo Yes, empresa parceira da UBQ, fala sobre Planejamento Estratégico e sua importância para as organizações:

Rede de relacionamento pode ajudar a criar oportunidades de recolocação

A UBQ tem larga atuação como um canal de relacionamento entre seus associados. Como a entidade possui um bom entrosamento com as áreas de RH e de treinamento das empresas asso-ciadas, ela termina por funcionar como um meio de repassar o currículo de seus sócios em busca de empregos e de oportunidades na área da qualidade. Para isso é preciso que o associado da UBQ envie seu currículo para [email protected]. É importante lembrar que a análise, a seleção e o recrutamento do profissional são de exclusiva responsabilidade da empresa empregadora.

Parcerias oferecem vantagens para o associadoEm fevereiro de 2006, o Pi-

tágoras Sistema de Educação Superior tornou-se o mais novo parceiro da UBQ. A instituição oferece 10% de desconto aos associados para os cursos de especialização no campus Vila da Serra e para todos os cursos de graduação dos campi de Belo Horizonte e Betim.

A Faculdade de Ciências Médicas promove curso de Especialização em Gestão Or-ganizacional em Serviços de

Saúde. O curso pretende de-senvolver a visão crítica quanto a análise de políticas, planeja-mento de objetivos e definição de resultados nas organiza-ções. Associados da UBQ re-cebem 10% de desconto no Módulo de Especialização I.

Para saber mais sobre os descontos e conhecer outras vantagens que a UBQ ofere-ce, entre em contato conosco: 3274-3200, ou mande um e-mail para [email protected]

Cursos In Company podem ser customizadosOs cursos In Company ou Fechados oferecidos pela UBQ podem ser customizados pelas empresas

clientes de acordo com suas necessidades específicas. Isto quer dizer que cada empresa pode formatar o seu curso, personalizando-o de forma a melhor atender às suas especificidades, caso a caso. Nessa modalidade de treinamento, a empresa tem a oportunidade de indicar os pontos em que quer mais des-taque, recebendo um atendimento personalizado. O curso também pode ser realizado dentro do próprio ambiente da empresa. A UBQ oferece um corpo técnico de profissionais qualificados com experiência em gestão organizacional, pessoas e processos, atendendo os diversificados ramos empresariais. In-formações na UBQ: 3274-3200.

Nova diretoria da UBQ é empossada

Tomou posse no último dia 5 de março, a nova diretoria da UBQ, eleita no final de 2006. O mandato da nova diretoria, que foi reeleita, é bienal, com vi-gência até março de 2009.

Durante a posse, foram apresentados as diretri-zes da UBQ, os projetos da instituição para o ano de 2007 e o Planejamento Estratégico.

Café com Qualidade tem convidado especial

No último dia 7 de março, a UBQ realizou o Fórum Estratégico – Café com Qualidade, para seus associados patrocinadores. O convidado especial foi o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG, desembargador Orlando Adão Carvalho, que desde 1995 desenvolve programa de qualidade na instituição que preside.

O Desembargador apresentou o modelo de gestão pela qualidade implantado no TJMG e enfatizou os projetos que visam agilizar processos e buscar excelência em atendimento na área jurídica.

O evento contou com a participação de representantes, da Fiat Automóveis, Furnas Centrais Elétricas, CIAAR, entre outros.

notas

“Abrir mão do planejamento

estratégico é o mesmo

que optar por se tornar

vítima das circunstâncias”

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�SINERGIA UNIÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE FEVEREIRO E MARÇO DE 2007

Em 1542, quando os mercadores e nave-gadores portugueses, os primeiros oci-dentais a pisar no Japão, chegaram em

Tanegashima, uma ilha na costa sul de Kyshu, depararam-se com dois elementos que os impressionaram sobremaneira: a casta dos samurais e o “verdadeiro espírito” desses – a espada (ou katana) japonesa. Apenas os sa-murais (a palavra “samurai” vem do verbo clás-sico japonês SABURAU, que significa “servir”) estavam autorizados a usar as duas espadas – a longa, ou katana e a curta, wakizashi. Esse par constitui o chamado daisho.

Os séculos XII e XIII foram considerados a grande era dos fabricantes japoneses, como Muramasa e Masamune. Acreditava-se que a própria personalidade do fabrican-te se incorporava à espada. Dessa forma, Muramasa, que era um fabricante de grande perícia, mas possuidor de uma mente vio-lenta e desequilibrada que chegava à lou-cura, transmitia às lâminas que forjava uma verdadeira sede de sangue, enquanto Ma-samune, tranqüilo e digno, também transmi-tia essa dignidade às lâminas.

O processo de fabricação das katanas reveste-se até hoje de um caráter espiritual e de grande complexidade. Dessa maneira, o mestre espadeiro deve iniciar o seu trabalho com uma purificação mental rigorosa e, só então, iniciar a forjadura da lâmina. Tudo co-meça com a obtenção de aproximadamente três quilos de minério de ferro, provenientes de uma mina específica, localizada no Ja-pão. O primeiro estágio da fabricação da espada é a fundição do minério e a sua mol-dagem na forma de um bloco retangular só-lido, ao qual é afixado uma espécie de cabo bem comprido, que depois será retirado. O bloco é batido na bigorna até ficar achata-do. Essa peça achatada pode ser coberta de palha ou mergulhada numa solução que remove as impurezas do metal. Ainda aque-cida ao vermelho, ela é fendida na metade com um formão bem duro e dobrada sobre si mesa, de modo a assumir novamente um formato regular. É recolocada na fornalha e o processo é repetido milhares de vezes. Esse processo de dobrar, bater e redobrar dispõe o aço em camadas finíssimas, semelhantes às de um compensado de madeira. O tem-peramento acontece depois que a lâmina já foi achatada e formada com um lado mais

fino, o qual será, ao fim do processo, o fio da espada. O metal é aquecido a uma tem-peratura exata, que só o mestre espadeiro consegue avaliar, pela cor que a lâmina assume ao fogo. É mergulhada então num líquido frio. Os dois lados da lâmina são agora de espessuras diferentes; por isso, se expandem e se contraem em proporções di-ferentes, dando à lâmina curvatura caracte-rística. O temperamento também endurece o exterior da lâmina (o hamon), mas deixa o interior (a parte média ou shinogi) com

dureza mediana e a parte curva (ou mune) mais macia. Com isso, ela se torna menos frágil, ligeiramente flexível e com um enor-me e futuro poder de corte. A lâmina está, agora, pronta para ser polida. O polimento é feito à mão, com pedras naturais de cerâ-mica, cada vez menos ásperas, até que a superfície fique semelhante a um espelho. Por fim, a lâmina é afiada. Materiais nobres são utilizados na confecção das demais partes da katana; assim, por exemplo, o tsuka (ou parte que forma a empunhadura da espada) e o saya (a bainha da katana), devem ser confeccionados à mão, em car-valho japonês. Além disso, o tsuka deve ser revestido com pele de raia oceânica (raia samê), o que garante durabilidade de até duzentos anos. Além do uso prático, as katanas japonesas feitas por mestres espadeiros conceituados, são vendidas por alto preço (as mais simples variam de 6.000 a 15.000 dólares), podendo chegar a mais de 150.000 dólares (vide site www.nihonto.com) e são consideradas um ex-celente investimento, chegando mesmo a serem guardadas em cofres de banco.

Érico de Barros Kehne é médico, pro-fessor de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e um estudioso e praticante de lutas marciais japonesas.

Espada japonesa – exemplo máximo de qualidade

artigo

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