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APLICAÇÃO DO MÉTODO DAS UEPS PARA A GESTÃO DA PRODUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO Kliver Lamarthine Alves Confessor (UFPB ) [email protected] Fabio Walter (UFRPE ) [email protected] Francisco Gaudencio Mendonca Freires (UFBA ) [email protected] Abdinardo Moreira Barreto de Oliveira (UNIVASF ) [email protected] Bartira Pereira Amorim (UFPB ) [email protected] Mensurar a produção, analisar seu desempenho e identificar os custos de fabricação são atividades dispendiosas e complexas para empresas de manufatura de qualquer porte e o método de custeio Unidade de Esforço de Produção (UEP) se apresentaa como simplificado e adequado para estas e outras necessidades da gestão de manufatura Este trabalho busca discutir, a partir de estudo de caso numa manufatura calçadista de Campina Grande/PB, como a aplicação do método das UEPs pode contribuir para a gestão da produção. Quanto aos fins este trabalho é classificado como aplicado e descritivo, e quanto aos meios é documental e bibliográfico. Os resultados dessa pesquisa ressaltam as contribuições que o método proporciona para o custeio da produção e como sua aplicação contribui para a gestão da produção, sendo que este trabalho pode se configurar como um guia, uma vez que explica detalhadamente as etapas para a implementação e operacionalização do método. Palavras-chaves: Gestão da Produção, Método das UEPs, Unidade de Esforço de Produção. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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APLICAÇÃO DO MÉTODO DAS UEPS

PARA A GESTÃO DA PRODUÇÃO: UM

ESTUDO DE CASO

Kliver Lamarthine Alves Confessor (UFPB )

[email protected]

Fabio Walter (UFRPE )

[email protected]

Francisco Gaudencio Mendonca Freires (UFBA )

[email protected]

Abdinardo Moreira Barreto de Oliveira (UNIVASF )

[email protected]

Bartira Pereira Amorim (UFPB )

[email protected]

Mensurar a produção, analisar seu desempenho e identificar os custos

de fabricação são atividades dispendiosas e complexas para empresas

de manufatura de qualquer porte e o método de custeio Unidade de

Esforço de Produção (UEP) se apresentaa como simplificado e

adequado para estas e outras necessidades da gestão de manufatura

Este trabalho busca discutir, a partir de estudo de caso numa

manufatura calçadista de Campina Grande/PB, como a aplicação do

método das UEPs pode contribuir para a gestão da produção. Quanto

aos fins este trabalho é classificado como aplicado e descritivo, e

quanto aos meios é documental e bibliográfico. Os resultados dessa

pesquisa ressaltam as contribuições que o método proporciona para o

custeio da produção e como sua aplicação contribui para a gestão da

produção, sendo que este trabalho pode se configurar como um guia,

uma vez que explica detalhadamente as etapas para a implementação e

operacionalização do método.

Palavras-chaves: Gestão da Produção, Método das UEPs, Unidade de

Esforço de Produção.

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1. Introdução

As empresas necessitam de constantes e atualizados controles administrativo-econômico-

financeiros, a fim de assegurar uma vida útil e saudável. O primeiro passo da gestão de custos

consiste em identificar e mensurar os objetos de custos e Almeida, Rocha e Alves (2005)

ressaltam que após a estruturação e análise de custos é possível identificar os produtos mais

rentáveis e os menos competitivos. Nessa perspectiva, a gestão deve escolher o método de

custeio que norteará as tomadas de decisão relacionadas ao custo unitário dos produtos e os

métodos mais destacados na literatura são: o Custeio Baseado em Atividades (ABC), o

Método de Centros de Custo (RKW) e o Método das Unidades de Esforço de Produção

(UEPs).

O método das UEPs foi trazido ao Brasil por Franz Allora nos anos 70 e visa simplificar a

gestão de empresas multiprodutoras por meio da unificação da produção, obtida através de

uma unidade de medida comum aos produtos e processos da empresa: a UEP (BORNIA,

2009). Antunes Júnior e Klieman Neto (1998) apresentam o método da UEP como uma

ferramenta de planejamento e controle gerencial das atividades industriais, permitindo a

compreensão dos custos industriais e contribuindo para o controle e avaliação do nível de

eficiência, eficácia e ociosidade da produção.

A intenção do presente trabalho consiste em demonstrar as contribuições da implementação

do método das UEPs para a gestão da produção de uma fábrica de bolsas e calçados. Aliado

ao fato de que a organização em estudo não possuía, à época da coleta de dados, um sistema

de custeio estruturado para realizar o efetivo rateio dos custos indiretos e, sobretudo, subsidiar

o processo de tomada de decisão, dá-se a importância da implementação do método nesta

indústria para o gerenciamento dos custos inerentes as suas atividades produtivas.

Dado que o ambiente de estudo é uma empresa do setor de fabricação de bolsas e calçados e

que este segmento constitui um cenário altamente competitivo (ABICALÇADOS, 2009),

entende-se que a implementação de um adequado método de custeio pode proporcionar

vantagem competitiva à organização, na medida em que dispõe dados significativos acerca da

administração da produção, financeira e de vendas da própria instituição.

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2. Fundamentação

São várias as definições de custos. Segundo Bornia (2009, p.15), “Custo é o valor dos

insumos usados na fabricação dos produtos da empresa”. Já o método de custeio diz respeito

ao modo como os custos indiretos serão apropriados aos produtos. O método das UEPs visa,

além de outras aplicações, mensurar os “custos de transformação” (salários, encargos sociais,

energia, manutenção, depreciação, utilidades entre outras), que correspondem aos gastos

ocorridos no processo de transformação das matérias-primas em produtos acabados.

Fundamentado na simplificação do controle de gestão através do conceito de Unidade de

Esforço de Produção (UEP), o método das UEPs adota uma medida do conjunto de esforços

dos recursos de manufatura, visando desta forma, padronizar a medição da produção sob um

só referencial. Segundo Gantzel e Allora (1996) a unificação da medida de produção se baseia

na noção de “esforço de produção”, que representa o trabalho realizado na matéria-prima em

produto. Os esforços de uma máquina, de energia, de capital, humanos e de outros recursos

usados para a fabricação se equivalem a uma determinada quantidade da unidade de medida

(UEP), a qual é obtida por meio da proporção entre os custos unitários de produção.

Este método compreende duas etapas: a implantação e a operacionalização. A etapa referente

à implementação objetiva determinar inicialmente o equivalente em UEPs de cada produto e

dos potenciais produtivos, enquanto a operacionalização se propõe à utilização contínua do

método para fins de custeio e avaliação de desempenho. A Figura 1, representa as etapas

referente à implementação do método.

A etapa de implementação objetiva estabelecer valores fixos para os potenciais produtivos e

para o custo em UEPs por produtos, visto que estes valores permanecem estáveis na medida

em que não houver alteração nos postos operacionais e nos tempos de passagem dos produtos

(KLIEMANN NETO, 1994). O Quadro 1 descreve as fases necessárias para a implementação

(até a quinta fase) e operacionalização do método das UEPs.

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Figura 1 – Roteiro geral para a Implementação do método das UEPs

Fonte: Kliemann Neto (1994, p. 15)

A divisão da fábrica em Postos Operativos (POs) consiste basicamente em dividir os recursos

de manufatura em agrupamentos homogêneos. Bornia (1988) afirma que a fábrica deve ser

dividida em setores produtivos, ou centros de custo, e por fim estes devem ter relacionados

todos os POs (máquinas e equipamentos). Um dos princípios do método das UEPs é que os

produtos “consomem” esforços de produção no decorrer do processo de fabricação, e que

esses esforços são realizados pelos Postos Operativos (POs). Após a identificação dos POs é

preciso calcular os seus custos operativos por unidade de tempo, denominados por “Foto

Índice do Posto Operativo” (FIPO) (KLIEMANN NETO, 1994), conforme pode ser mais bem

visualizado no Quadro 1.

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Quadro 1: Procedimentos da implementação e operacionalização

Fonte: Adaptado de Bornia (2009, p. 143-147)

Na medida em que a produção de cada item em um determinado período pode ser calculada

em UEPs, a soma desta produção entre todos os itens permite calcular o desempenho total da

fábrica no período analisado e, ao se dividir o custo total de transformação da fábrica por este

total (em UEPs), obtém-se então o custo ($/UEP) da etapa de implementação (Figura 2).

Figura 2 – Equação de determinação do custo da UEP de cada período

Fonte: Kliemann Neto (1994)

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Isto posto, tem-se o valor em UEPs de cada produto é definido na fase de implementação,

sendo que em cada período específico é necessário calcular o valor específico da UEP e então

recalcular o quanto, em unidades monetárias, foi o custo dos produtos naquele período. Essa é

a aplicação mais simples do método, a de custeio dos produtos no processo de transformação.

Além disso, entende-se que este método oferece vantagens para a gestão da produção que

outros métodos de custeio não disponibilizam (ANTUNES JÚNIOR, 1998; BORNIA, 1988;

KLIEMANN NETO, 1994). Algumas dessas aplicações estão relacionadas à mensuração do

nível da produção, cálculo das capacidades produtivas, programação da produção, ponto de

equilíbrio e medidas físicas de desempenho, como ociosidade, produtividade, eficiência,

eficácia e produtividade e outros. Assim, o método das UEPs não é apenas um instrumento

para a gestão de custos: seu uso pode compor um sistema de informação gerencial,

mensurando o desempenho financeiro, econômico e produtivo. A Figura 3 ilustra algumas

aplicações gerenciais para o método das UEPs.

Figura 3 – Potenciais aplicações do método das UEPs

Fonte: Kliemann Neto (1994, p. 65)

3. Procedimentos metodológicos

ANÁLISE DE

VALORES

CUSTEIO DA

PRODUÇÃO

POTENCIAIS

APLICAÇÕES

DO MÉTODO

DAS UEPs

DEFINIÇÃO DO PREÇO

DOS PRODUTOS

MEDIDAS DE

DESEMPENHO

DEFINIÇÃO DE

MÁQUINAS E PESSOAL

PROGRAMAÇÃO

DA PRODUÇÃO

COMPARAÇÃO DE

PREÇOS

VIABILIDADE DE

AQUISIÇÃO DE NOVOS

EQUIPAMENTOS

DEFINIÇÃO DAS

CAPACIDADES DE

PRODUÇÃO

MEDIÇÃO DA

PRODUÇÃO

EFICÁCIA DAS

HORAS EXTRAS

PRÊMIOS DE

PRODUTIVIDADE

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Para Vergara (2008) uma pesquisa pode ser classificada em duas partes, quanto aos fins e aos

meios. Quanto aos fins esta pesquisa é aplicada e descritiva, e quanto aos meios é documental

e bibliográfica.

Como métodos, aplicou-se um estudo de caso e a observação não-participante. O ambiente

de pesquisa foi uma empresa calçadista localizada em Campina Grande/PB e os sujeitos da

pesquisa foram o Diretor Financeiro e o Supervisor de Produção. A organização possuía, na

época do estudo (2011), um portfólio de 120 produtos, classificados em três “famílias”. Dada

a enorme variedade, foi selecionado um produto de cada família, a saber: 5641, 4279 e 5685.

A análise dos dados seguiu o modelo teórico das UEPs descrito por Kliemann Neto (1994) e

Bornia (2009), a respeito das etapas de implementação e operacionalização do Método UEPs.

4. Coleta e análise de dados

4.1 Implementação do Método

O primeiro passo para implantação - Divisão da Fábrica em Postos Operativos – exige

levantar todos os conjuntos de atividades e recursos necessários para a fabricação do calçado,

então é importante conhecer o layout da fábrica. A Figura 4 ilustra, além da linha de

montagem, que é composta por 12 POs, uma sala de reunião e uma área de armazenagem da

matéria-prima, dois banheiros e a expedição.

Figura 4: Layout e Fluxo da Produção

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Fonte: autoria própria

Como identificado na Figura 1, o fluxo de produção e sua seqüência é dada conforme a

distribuição dos POs. O sistema de produção da empresa em estudo possui uma

particularidade: os POs são clientes uns dos outros, o que permite um controle de qualidade

sob o produto em fabricação na medida em que identifica as “não conformidades” do

processo produtivo. O Quadro 2 resume as atividades de cada PO.

Quadro 2: Descrição dos Postos Operativos

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Fonte: autoria própria

O cálculo do foto-índice é a segunda etapa da implementação do método das UEPs. Nessa

fase é determinado o custo-hora de cada PO. Para obter o custo-hora dos vários itens de custo

usou-se como referência a quantidade de horas que esses itens funcionam por dia. Os dados

sobre a depreciação técnica e os custos das máquinas e de sua manutenção foram levantados

junto aos diretores da empresa e sempre que possível, com base em notas fiscais. A Tabela 1

demonstra, a partir do exemplo do PO 1, como o custo de cada posto operativo foi calculado.

A soma dos custos totais de cada um dos recursos consumidos nos Postos Operativos sobre a

unidade de tempo (hora) representa o foto-índice, ou seja, o foto-índice indica o custo

operacional por hora. A Tabela 2 resume os foto-índices dos 12 Postos Operativos. Conforme

se pode perceber, o Posto Operativo que consome mais recursos é o PO 11.

Tabela 1 - Custo por Hora do PO 01

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Fonte: autoria própria

Tabela 2: Resumo dos Foto-índice dos POs

Fonte: autoria própria

Para calcular o foto-custo é preciso definir o produto-base, que servirá de referência para os

demais cálculos. Este produto base pode ser definido como aquele que passa por todos os

postos operacionais (KLIEMANN NETO, 1994). Como todos os produtos fabricados passam

por todos os POs, e dado que os tempos de elaboração do produto variam conforme a

complexidade de fabricação do produto, a definição do produto base (produto fictício) se deu

a partir da média dos tempos dos três produtos (5641; 4279; 5685) (Tabela 3).

O cálculo do foto-custo é o resultado da multiplicação entre os tempos de processamento de

cada Posto Operativo do produto-base (ver Tabela 3) pelo foto-índice (ver Tabela 2). Isto

posto, tem-se que o foto-custo do produto-base é R$/lote 25,77 conforme ilustra a Tabela 4.

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Tabela 3: Definição do produto fictício

Fonte: autoria própria

Tabela 4: Demonstração do foto-custo do produto base

Fonte: autoria própria

O resultado da divisão do foto-índice pelo valor da UEP em R$ é denominado de potencial

produtivo, representa a capacidade de desempenhar as atividades usando os recursos

disponíveis em cada PO e é dado em “UEP/h”. O potencial produtivo de cada posto é

demonstrado na Tabela 5.

A última etapa da implementação é a determinação dos equivalentes em UEPs dos produtos,

ou seja, consiste em determinar a quantidade de esforço de produção necessária para a

produção de cada um dos produtos. Para esta determinação é realizado uma multiplicação

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entre os tempos de processamento por hora do produto base e o potencial produtivo em

UEP/h. As Tabelas 6, 7 e 8 ilustram o cálculo para a determinação dos equivalentes em UEPs

para um lote de cinco pares para os produtos: 5641, 4279, 5685 respectivamente.

Tabela 5: Demonstração dos potenciais produtivos dos POs

Fonte: autoria própria

Conforme ilustram as Tabelas 6, 7 e 8, para fabricar 5 pares os POs consomem 1,15 UEP,

0,96 UEP e 0,89 UEP para produzir os calçados 5641, 4279 e 5685 respectivamente.

Tabela 6: Equivalente em UEP do produto 5641

Fonte: autoria própria

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O cálculo do custo de cada UEP é realizado a partir da divisão dos custos de transformação

sobre a produção do período em UEPs. A Tabela 9 ilustra os cálculos dos custos da UEP para

o período analisado.

Tabela 7: Equivalente em UEP do produto 4279

Fonte: autoria própria

Tabela 8: Equivalente em UEP do produto 5685

Fonte: autoria própria

Tabela 9: Ilustração do cálculo do custo da UEP para o trimestre analisado

Fonte: autoria própria

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Como praticamente não houve variação entre as quantidades de UEPs produzidas no período

analisado, o valor do custo da UEP também não sofre grandes alterações, dado que houve

uma variação de R$ 5.000,00 reais nos custos totais de fabricação.

A grande contribuição consiste em calcular facilmente o custo dos diversos produtos a partir

da identificação do custo da UEP no período. Por exemplo, sabe-se que o valor em UEP para

os produtos 5641, 4279 e 5685 foi de 1,15; 0,96 e 0,89 respectivamente. A Tabela 10 ilustra o

custo de transformação dos produtos, para os meses de julho, agosto e setembro.

Tabela 10: Ilustração do cálculo do custo de transformação dos produtos analisados

Fonte: autoria própria

Diante dos dados da Tabela 10 percebe-se a facilidade para calcular os custos de

transformação dos produtos, pela multiplicação do valor da UEP de cada período pelo custo

da UEP no respectivo período.

4.2 Operacionalização do Método

Nesta seção será abordado como demonstração de algumas aplicações gerenciais do método

das UEPs para o gerenciamento da produção: a mensuração do nível de produção, o cálculo

das capacidades produtivas da empresa e as medidas físicas de desempenho.

4.2.1 Mensuração do nível de produção

O método em estudo ao transformar uma empresa multiprodutora em monoprodutoras através

da unificação da produção por meio de uma medida comum – Unidade de Esforço de

Produção – proporciona uma melhor visualização da produção total do período e

consequentemente a comparação entre as quantidades produzidas em períodos distintos. O

cálculo da produção total do período é realizado através do somatório das multiplicações entre

as quantidades de itens produzidos pelos seus respectivos equivalentes.

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A Tabela 11 ilustra os dados e como estes se relacionam para calcular a produção total no

período, a partir da produção de 100, 200 e 300 pares de calçados dos produtos 5641, 4279 e

5685, respectivamente, no mês de setembro.

Tabela 11: Simulação do cálculo da Produção no mês de setembro

Fonte: autoria própria

Como exposto na Tabela 11, a quantidade de UEPs produzida no mês de setembro indica que

naquele mês a fábrica foi capaz de produzir 574 UEPs. Sabendo dessa informação e da

quantidade de UEPs necessárias para fabricar os produtos é possível analisar e balancear a

produção para a fabricação de produtos que possuem margens de contribuição mais

expressivas. Percebe-se que com o consumo de 547 UEPs é possível fabricar exclusivamente

499,13 pares do produto 5641, ou 597,91 do calçado 4279, ou 644,94 do produto 5685.

Considerando-se que sejam conhecidas as quantidades produzidas nos meses de julho e

agosto, pode-se comparar as produtividades nesse trimestre. A Tabela 12 exemplifica esses

dados.

Tabela 12: Simulação do cálculo da Produção para julho e agosto

Fonte: autoria própria

Ao comparar os totais de produção (Tabela 11 e 12), percebe-se que houve pequena variação

de 0,32 UEP no total produzido, permitindo concluir que a produção da fábrica foi estável

nesse trimestre, apesar da variação de 26 unidades fabricadas a mais para o período de

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setembro. Através desse exemplo também é possível identificar que a variação de itens

fabricados não implica diretamente em produtividade, posto que a variável em questão é

UEPs produzidas.

4.2.2 Cálculo das capacidades produtivas da empresa

O método das UEPs proporciona o cálculo das capacidades teóricas, prática e real. A

capacidade teórica é o somatório das capacidades em UEPs de todos os postos operativos,

enquanto a capacidade prática corresponde à capacidade teórica menos as horas em que os

postos operativos não estão produzindo e a capacidade real é a soma das UEPs de cada item

fabricado sem defeito, ou seja, sem desperdício.

Sabe-se que o total de horas disponíveis para a produção de calçados em lotes de cinco pares

corresponde a 24 horas. A Tabela 13 exemplifica o cálculo da capacidade teórica ao

correlacionar o potencial produtivo de cada posto com as horas disponíveis.

Tabela 13: Capacidade Teórica dos POs

Fonte: autoria própria

Os dados da Tabela 13 permitem analisar a capacidade de a fábrica vir a funcionar em todos

os turnos. É importante destacar que a capacidade teórica é o total que empresa pode produzir

usando todos os recursos disponíveis sem ocasionar desperdício. Para calcular a capacidade

pratica (Tabela 14) foram considerados 7 horas efetivas de trabalho por dia, posto à estimativa

de 1 hora de paradas involuntárias. O resultado da capacidade pratica é obtido através da

multiplicação do potencial produtivo pela quantidade de horas efetivas de trabalho referente a

paradas involuntárias para calcular as capacidades teóricas por dia.

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A capacidade prática permite identificar o quanto realmente cada posto operativo é capaz de

produzir por dia, e a partir desses dados é possível determinar os níveis de tolerância para as

horas improdutivas, que a administração da produção deve constantemente interver em busca

de otimizar as horas efetivas de trabalho. Dado que o cálculo da capacidade real considera

todos os produtos produzidos perfeitamente, seu cálculo de deve ser feito no período pós-

produção. Assim sendo, os produtos com defeito são excluídos. Para ilustrar o cálculo da

capacidade real, tem-se o resultado da produção de calçados perfeitos do dia 29 de setembro

de 2011 conforme apresentado na Tabela 15.

Tabela 14: Capacidade Prática dos POs

Fonte: autoria própria

Tabela 15: Capacidade Real dos POs

Fonte: autoria própria

Para obter o resultado da capacidade real é preciso calcular o consumo individual de UEP em

cada posto operativo para cada item fabricado vezes a quantidade de lotes produzidos. Estes

cálculos requem informações minuciosas da produção da organização em estudo. Os dados de

capacidade real, prática e teórica servem para analisar restrições no processo produtivo e dar

suporte à programação da produção, com base na Tabela 16 que consolida os dados sobre as

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capacidades dos postos operativos, pode-se melhor visualizar e então, decidir mais facilmente

sobre as questões da programação da produção.

Conhecendo os valores de capacidade real, prática e teórica para cada posto operativo é

possível mensurar os níveis de produção relacionados aos postos operativos. Por exemplo, a

capacidade real do Posto Operativo 01 no dia 29 de setembro de 2011 representa 45%, o que

significa que este posto desenvolveu menos de a metade de suas atividades com eficiência,

cabendo a intervenção da gerencia de produção para identificar os fatores resultante desse

desempenho. Algumas das causas que afetam a capacidade real são: horas improdutivas,

produtos defeituosos e ociosidade.

Tabela 16: Consolidação das Capacidades Teórica, Real e Prática.

Fonte: autoria própria

4.2.3 Medidas físicas de desempenho

O método das UEPs permite que a produção da empresa seja avaliada por diversas medidas de

desempenho, conforme Kliemann Neto (1994), sendo que serão discutidas aqui três destas

medidas, que devem ser calculadas para cada posto operativo: a eficiência teórica e prática e a

produtividade horária.

A eficiência mede o nível de produção alcançado em comparação com a capacidade teórica, e

diante dessa informação pode-se avaliar qual posto operativo é mais produtivo, qual posto

representa o gargalo no sistema produtivo e a capacidade em percentual que ainda é possível

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ser atingida por cada posto operativo. A Tabela 17 demonstra essa aplicabilidade a partir dos

dados ilustrativos usados anteriormente.

Tabela 17: Ilustração da Eficiência Teórica dos POs

Fonte: autoria própria

Na Tabela 17 o posto operativo 05 é o posto mais eficiente com utilização de 25%, e mesmo

assim, pode ter sua produção ampliada para 75%, como se identifica ao considerar a

capacidade teórica. O posto operativo 11 é o menos eficiente uma vez que possui rendimentos

de apenas 6%. As razões que justificam o rendimento do posto operativo 11, se baseiam (1)

aquisição de novas maquinas e desconhecimento de como manuseá-las, (2) realocação recente

do funcionamento para o posto operativo 11 e (3) alto índice de assiduidade.

Outra potencialidade do método baseia-se no calculo da eficiência pratica que segue os

mesmos princípios da eficiência teórica, divergindo apenas ao usar como multiplicador da

capacidade real a capacidade prática. E significativo possuir todos os indicadores de a fim de

combinar os resultado e seguramente tomar uma decisão mais apurada. A Tabela 18

representa os resultados para eficiência prática.

Tabela 18: Ilustração da Eficiência dos POs

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Fonte: autoria própria

Conforme identificado na tabela o posto operativo 05 é o mais eficiente e o menos eficiente é

o posto 11, com respectivamente 84% e 20%.

5. Considerações finais

Kliemann Neto (1994) considera o método das UEPs como uma ferramenta simples de fácil

operacionalização e que contribui para o gerenciamento da produção. Como demonstrado

nesta pesquisa, o método das UEP pode efetivamente contribuir para a gestão da produção ao

proporcionar informações relacionadas à produtividade, ociosidades, capacidade produtiva e

outras potencialidades não abordadas aqui, como na programação da produção, auxilio na

identificação de gargalos e outros.

Diante disso, percebe-se que o método em estudo pode subsidiar o processo de tomada de

decisão a partir do fornecimento de controles dos custos de transformação e ferramentas de

mensuração e gerenciamento da produção. Tais controles foram facilmente compreendidos

pelos gestores da organização à época do estudo e que pretendiam continuar a implementação

do método.

Uma limitação conceitual do método das UEPs é que este considera apenas os custos de

transformação, ou seja, os custos de fabricação do produto. Quanto aos demais custos

(matéria-prima, vendas, administração, comissão e outros), estes devem ser alocados aos

produtos e por isso se fazem necessárias ferramentas complementares. No que tange aos

custos de matéria-prima, estes são facilmente rateados, posto que na ficha de fabricação de

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produto consta as quantidades exigidas para a fabricação de cada produto. Outra limitação do

método reside no fato de que sua implementação é inviável em empresas cujo sistema de

produção não é em série (KLIEMANN NETO, 1994).

A limitação dessa pesquisa tem como viés a coleta de dados, posto que não foi possível

coletar todos os dados necessários para realizar cada etapa do método. Essa limitação

corresponde à dificuldade em acompanhar todos os produtos fabricados (identificar os tempos

de fabricação para todos os produtos), posto a distância entre o pesquisador e o objeto de

estudo e a variação da produção quase que diária. Ademais, identifica-se a ausência de

informações relativas ao planejamento e controle da produção, e também não havia o registro

manual das atividades pertinente á transformação da matéria-prima.

REFERÊNCIAS

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