Apostila Anato Vet UFPel 1

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    SUMRIO

    1. Consideraes gerais .............................................................................. 03

    2.Osteologia geral ........................................................................................ 08

    3. Artrologia geral ........................................................................................ 12

    4. Miologia geral ........................................................................................... 14

    5Esqueleto axial........................................................................................... 18

    6 Esqueleto apendicular............................................................................... 32

    7 Anatomia comparada do sistema tegumentar........................................ 458. Estruturas msculo-esquelticas das aves ............................................. 55

    Bibliografia ................................................................................................... 60

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    2. CONSIDERAES GERAIS

    A anatomia um ramo do conhecimento que estuda a forma, a disposio e a estruturados componentes dos seres vivos. O termo, de origem grega, significa cortar fora, por isso, adissecao do cadver o meio tradicional de estud-la, alm de primordial.

    Anatomia Macroscpica o estudo das estruturas que podem ser dissecadas e estudadas a olhonu.Diviso da anatomia: anatomia especial e anatomia comparada.A anatomia especial: aquela que compreende o estudo de uma nica espcie.A anatomia comparada:compara uns indivduos com outros de espcies diferentes e descobreas analogias e diferenas de organizao existente entre eles.

    A anatomia apresenta as seguintes subdivises:

    OsteologiaSindesmologiaMiologia

    Sistemtica NeurologiaAngiologia

    Descritiva EsplacnologiaNormal Estesiologia

    ANATOMIATopogrfica

    ou Mdico Cirrgica

    Regional Artstica ouescultural

    Microscpicaou

    Histolgica

    PatolgicaTeratolgica

    Desenvolvimento

    Filogentica

    A Anatomia Normalestuda os indivduos que gozavam de bom estado de sade, antesdo abate ou sacrifcio e est dividida em Descritiva e Microscpica ou Histolgica.

    Anatomia Descritiva: a que estuda sucessivamente, os diferentes rgos. Descrever umrgo informar o seu nome, sua situao, sua forma, peso, volume, cor, consistncia, relaes ea disposio relativa de suas diferentes partes, quando subdividido.

    Anatomia Microscpica ou Histolgica (geral): estuda as estruturas e seus detalhesinvisveis a olho nu com o uso da microscopia ptica e eletrnica.

    Anatomia Descritiva:est dividida em sistemtica e topogrfica ou regional.

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    Anatomia Sistemtica: estuda grupos de rgos que estejam to estreitamenterelacionados em suas atividades que constituem os sistemas corpreos com funo comum. Ex.sistema muscular, nervoso e circulatrio.

    O estudo da anatomia sistemticaest subdividido nas seguintes partes:

    1) Osteologia: estuda os ossos que compe o esqueleto.2) Sindesmologia: estuda as articulaes que so os meios de unies entre osso.3) Miologia: estuda os msculos que so elementos ativos do movimento.4) Neurologia: o estudo do sistema nervoso. Este sistema est subdividido em central e

    perifrico.5) Angiologia: estuda o corao e vasos (artrias, veias e linfticos) por onde circula o

    sangue e a linfa encarregados de nutrir e drenar todos os tecidos do corpo.6) Esplacnologia ou organologia: estuda as vsceras que compe os sistemas localizados no

    interior do corpo do animal. Ex.: sistemas respiratrio, digestrio, urinrio, etc.7) Estesiologia: estuda os rgos que se destinam a captao das sensaes, como o olho,

    orelha, papilas gustativas, etc.

    A pele e seus anexos so estudados no sistema tegumentar.

    As glndulas de secreo interna so estudadas no sistema endcrinoou juntamente comos sistemas que esto relacionados funcionalmente. Ex. a hipfise no sistema nervoso, otestculo no sistema genital masculino, etc.

    Anatomia Topogrfica ou Regional: a que est diretamente envolvida com a forma eas relaes de todos os rgos presentes numa regio especifica ou parte do corpo dos seresvivos. Os conhecimentos da anatomia topogrfica so empregados na clnica e cirurgia (mdicocirrgica) e nas belas artes (artstica ou escultural).

    Anatomia Patolgica: estuda as alteraes do estado normal dos rgos quando o animaladoece ou seus componentes funcionam mal.

    Anatomia Teratolgica: o que estuda o desenvolvimento anormal, vcios deconformao compatveis ou no com a vida. Ex: animal com duas cabeas.

    Anatomia do Desenvolvimento: estuda as fases pelas quais os organismos passam desdea concepo, o nascimento, a juventude, a maturidade at a idade avanada. A embriologiaestuda o desenvolvimento do indivduo desde a fecundao do ocito at o nascimento.

    Anatomia Filogentica: o estudo das transformaes da espcie no tempo. Porexemplo, o ancestral do cavalo possua cinco dedos e o atual, apenas um.

    NOMENCLATURA ANATMICA

    Como toda a cincia, a anatomia tem sua linguagem prpria. O conjunto de termosempregados para designao e descrio de um organismo ou suas partes denomina-senomenclatura anatmica. Foi realizado em Paris, em 1955, um Congresso de Anatomia visandouma uniformizao internacional da nomenclatura anatmica. Foi escrito em latim com a

    permisso de cada nao traduzi-la para sua lngua.

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    Em 1968 foi publicado em Viena, pela Comisso Internacional de NomenclaturaVeterinria, sob responsabilidade da Associao Mundial de Anatomistas Veterinrios, a

    Nomina Anatmica Veterinria (NAV); essa nomina periodicamente revista, sendo a quarta em1994, e tentaremos us-la de forma permanente neste trabalho. E escrita em latim e pode sertraduzida para a lngua do profissional que a emprega, por exemplo, o latim hepar torna-se

    fgado em portugus, higadoem espanhol, liverem ingls,foieem Frances e leberem alemo.

    POSIO ANATMICA

    Para evitar o uso de termos diferentes nas descries anatmicas, considerando-se que aposio pode variar, convencionou-se uma posio padro (posio anatmica). Para os animaisquadrpedes, a posio anatmica aquela em que o animal est com os quatro membros emestao (de p) e alerta. Esta posio diferente da posio anatmica humana. Quandodescrevemos um rgo, no interessando se o cadver est sobre uma mesa, por exemplo,sempre temos em mente a posio anatmica.

    EIXOS DOS CORPOS DOS QUADRPEDES:

    So linhas imaginrias traadas no animal considerando sua incluso no paraleleppedo.Os principais so:

    a) Eixo longitudinal crnio-caudal unindo o centro do plano cranial ao centro doplano caudal.

    b) Eixo vertical dorso ventral unindo o centro do plano dorsal ao centro do planoventral.

    c) Eixo transversal latero-lateral unindo o centro do plano lateral direito com ocentro do plano lateral esquerdo.

    PLANOS PARA O CORPO DOS ANIMAIS QUADRUPEDES:

    Plano uma superfcie, real ou imaginria, ao longo da qual dois pontos quaisquer podemser unidos por uma linha reta. Na posio anatmica, o corpo pode ser delimitado por planostangentes sua superfcie, formando uma figura geomtrica, um paraleleppedo. Assim, tm-seos seguintes planos:

    1) Plano Mediano: o plano que divide o corpo em duas metades, direita e esquerda.2) Planos Sagitais ou Paramedianos:so todas as seces do corpo feitas por planos

    paralelos ao mediano (corte sagital).

    3)

    Plano Transversal: o plano de seco perpendicular ao plano mediano no sentidodorso-ventral.4) Plano Frontal ou Horizontal: o plano de seco que divide o animal em dorsal e

    ventral, sendo que nos membros fala-se proximal e distal.

    Termos anatmicos gerais que indicam a posio (local) e direo das partes docorpo dos animais:

    Cranial e Caudal expresses usadas para indicar na direo ou maioraproximao da cabea ou da cauda.

    Dorsal e Ventral - na direo ou relativamente prximo ao dorso ou ao ventre

    (abdome) do animal respectivamente. O termo ventral nunca deve ser usado paramembros.

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    Lateral e Medial- estrutura distante ou afastada do plano mediano ena direo ourelativamente prximo ao plano mdio respectivamente.

    Rostral na direo ou relativamente prximo ao focinho (rostro-nariz) doanimal, usado somente para cabea.

    Proximal e Distal- proximal relativamente prximo a raiz ou origem principal e

    distal afastado da raiz, utilizado para membros e cauda. Interno e Externo; superficial e profundo tem o significado usual dos termos. Nos membros usamos para a moDorsal e Palmar e para o p Dorsal e

    Plantar para designar caractersticas localizadas em cima ou abaixo dosmembros.

    CONSTITUIO GERALO corpo dos vertebrados tem como unidade anatomofuncional a clula. Um conjunto de

    clulas da mesma natureza forma um tecido. A unio de tecidos diferentes forma um rgo.Diversos rgos reunidos podem formar um sistema ou aparelho.

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    DIVISO DO CORPO DOS ANIMAIS DOMSTICOS

    O corpo divide-se em cabea, pescoo, tronco e membros. O esquema seguinte apresentaas principais partes do corpo:

    CabeaPescoo

    TraxTronco Abdome

    Pelvis

    Cintura Escapular

    Brao

    Diviso do Corpo Torcicos AntebraoMo (palma e dorso)

    Membros

    Plvicos ou Cintura PlvicaPelvianos Coxa

    Perna

    P (planta e dorso)

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    2. OSTEOLOGIA GERAL

    Em sentido restrito e etimologicamente, o estudo dos ossos. Em sentido mais amplo,inclui o estudo das formaes intimamente ligadas ou relacionadas com os ossos, com elesformando um todo, o esqueleto.

    Podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligampara formar o arcabouo do corpo do animal e desempenhar vrias funes. Por sua vez, osossos so definidos como peas rijas, de nmero, colorao e forma variveis e que, emconjunto, constituem o esqueleto.

    Funes do Esqueleto: O esqueleto desempenha vrias funes vitais ao organismo do animal,como proteo para rgos moles: corao, pulmes, sistema nervoso central...; sustentao econformao do corpo; um sistema de alavancas que movimentadas pelos msculos, permitemo deslocamento do corpo, no todo ou em parte; local de armazenamento de ons clcio e fsforo(durante a gravidez, a calcificao feita, em grande parte pela reabsoro destes elementosarmazenados no organismo materno) e, finalmente, local de produo de certas clulas do

    sangue.

    Composio Qumica dos Ossos: os ossos so constitudos de matria orgnica e inorgnica naproporo de 1:2 aproximadamente. A matria orgnica proporciona ao tecido sseo solidez eelasticidade e a inorgnica, a dureza natural.GELATINA.....................................................33,30%FOSFATO DE CLCIO.................................57,35%CARBONATO DE CLCIO.............................3,85%FOSFATO DE MAGNSIO.............................2,05%CARBONATO E CLORETO DE SDIO.........3,45%

    Estrutura dos Ossos: os ossos constam principalmente de tecido sseo, mas considerados comorgos, apresentam ainda peristeo, medula ssea, vasos e nervos.

    O tecido sseo est formado por substncia compacta densa, dentro da qual se achadisposta a substncia esponjosa, menos densa, formando um emaranhado, que lembra at centro

    ponto, uma esponja marinha e est localizada nas extremidades dos ossos.O peristeo - uma membrana fibrosa que reveste a superfcie externa dos ossos, com

    exceo dos pontos onde h atrito (articulaes) bem como nos locais de insero de ligamentose msculos. Mantm a capacidade osteognica em adultos, sendo reativada no processo dereparao de fraturas.

    O endsteo - uma fina membrana fibrosa que envolve internamente o canal medulardos ossos longos.A medula ssea ocupa os interstcios dos ossos esponjosos e a cavidade medular dos

    ossos longos. Existem duas variedades de medula nos adultos: a vermelha e amarela. Nosanimais jovens s existem a medula vermelha, mas aps, ela substituda na cavidade medular

    pela medula amarela. A medula vermelha contm vrios tipos de clulas caractersticas e umasubstncia formada de sangue, enquanto a amarela est constituda quase que totalmente detecido adiposo.

    Vasos e nervos - os ossos de uma maneira geral so ricamente vascularizados einervados. Os ossos, devido funo hematopoitica, ou pelo fato de se apresentarem comdesenvolvimento lento e continuo, so altamente vascularizados. A artria nutrcia penetra no

    forame nutrcio para o interior do osso, distribuindo-se em sentido proximal e distal. As artrias

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    do peristeo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula ssea. Por esta razo,desprovido de seu peristeo, o osso deixa de ser nutrido e morre.

    MORFOLOGIA DOS OSSOS

    uma classificao baseada na forma, tomando-se em considerao a predominncia deuma das dimenses (comprimento, largura e espessura) sobre as outras duas. Assim,classificam-se em:

    Ossos longos: neste caso o comprimento apresenta-se consideravelmente maior que alargura e a espessura e, apresentam sempre canal medular. Exemplos tpicos so os ossosdo fmur, tbia, mero, rdio, ulna, etc. Os ossos longos apresentam duas extremidades(epfises), uma proximal e outra distal, bem como uma poro intermediria, o corpo(difise).

    Ossos alongados:os ossos em que o comprimento maior que a largura e espessura e

    no apresentarem canal medular. Exemplo: costelas. Ossos planos: expandem-se em duas direes. So os que apresentam comprimento elargura equivalente. Ossos do crnio, como parietal, frontal, nasal e outros comoescpula e o osso do quadril, so exemplos demonstrativos.

    Ossos curtos: so aqueles que apresentam equivalncia das trs dimenses. Ex. ossos docarpo e tarso.

    Ossos irregulares: apresentam uma morfologia complexa, no apresentam foramgeomtrica definida. Ex. as vrtebras, esfenide, temporais, etmide, etc.

    Ossos pneumticos: apresentam uma ou duas cavidades, de volume varivel, revestidosde mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seios. Os ossos

    pneumticos situam-se no crnio. Ex. frontal, maxilar e esfenide.

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    Ossos sesamides: so encontrados dentro dos tendes, onde promovem uma mudanade direo sobre proeminncias que exerceriam presso e frico excessivas sobre ostendes.

    Ossos esplncnicos: desenvolvem-se em rgos moles, no se articulando com osdemais ossos. Ex. ossos do pnis do co e gato e osso cardaco do corao dos

    ruminantes.

    Estrutura do osso plano

    PeristeoSubstnciacompacta

    Substnciaesponjosa

    Substnciacompacta

    Peristeo

    Estrutura do osso plano craniano - diplo

    PeristeoSubstnciacompacta

    Substnciaesponjosa

    Substncia compactamuito densa

    Dura-mtermeninge

    Estrutura do osso plano

    PeristeoSubstnciacompacta

    Substnciaesponjosa

    Substnciacompacta

    Peristeo

    Estrutura do osso plano craniano - diplo

    PeristeoSubstnciacompacta

    Substnciaesponjosa

    Substncia compactamuito densa

    Dura-mtermeninge

    Estrutura do osso longo

    Peristeo-lmina fibrosa

    Cartilagemhialina

    Endsteo

    Metfise ouDisco epifisrio

    SubstnciaesponjosaPeristeo

    Substnciacompacta Endsteo

    Cavidade medular com medula ssea

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    DIVISO DO ESQUELETO

    O esqueleto resulta da armao dos ossos entre si, dividindo-se em: Esqueleto Axial: o eixo principal do corpo, formado pela cabea, coluna vertebral,

    costelas e esterno. Esqueleto Apendicular: est formado pelos membros torcicos e plvicos. Esqueleto Visceral: constam de ossos, desenvolvidos no parnquima de alguma

    vscera ou rgo, no se articulando com nenhum outro osso. Ex. o osso do coraobovino, do pnis do canino.

    O nmero de ossos em um esqueleto animal varia:- segundo a idade deste animal devido fuso que ocorre das partes sseas desde a

    origem at o nascimento e da at a idade adulta. Os elementos sseos que se originam separadosno feto vo se unindo medida que o animal se desenvolve at a idade adulta.

    - varia dentro de uma mesma espcie, principalmente no nmero de vrtebras caudais.- varia dentro do esqueleto de um mesmo animal entre os dois antmeros.

    Ex: tarso do eqino pode apresentar 6-7 ossos, e o carpo de 7-8 ossos.

    ACIDENTES SSEOSAs principais partes descritivas de um osso so as faces, bordas e ngulos. Definidas

    estas trs expresses, podemos notar que a superfcie externa dos ossos apresenta uma grandevariedade de eminncias, depresses e perfuraes.

    Tanto as salincias como as depresses podem ser articulares ou no articulares.

    Salincias articularesCabea: segmento de esfera. Ex. do fmur, da costela, do mero, etc.Cndilo: segmento de cilindro. Ex. da mandbula, do occipital, do temporal...Trclea: segmento de polia. Ex. do fmur, do talus, etc.

    Salincias no articularesProcesso ou apfise: um termo para designar eminncia. Ex. processo odontide do axis,

    processo espinhoso das vrtebras.Tuberosidade ou protuberncia: salincias mais ou menos obtusas. Ex. tuberosidade coxal eisquitica.Cristas: salincias estreitas e alongadas. Ex. parietal, facial, etc.Tubrculo: menos acentuado que a protuberncia. Ex. do mero.Trocanter: menos acentuada que uma tuberosidade mas mais que um tubrculo. Ex. fmur,trocanter maior, menor e terceiro trocanter..

    Espinhas:salincias mais ou menos pontudas. Ex. tibial, nasal, etc.Linhas:espcie de cristas, pouco elevadas e pouco salientes. Ex. da tbia.

    Depresses articularesCavidade Cotilide: forma esferide, oca e profunda. Ex. das vrtebras cervicais.Cavidade Glenide: forma ovide, oca, rasa. Ex. da escpula.

    Depresses no articularesHiato:abertura de contorno irregular. Ex: hiato rasgado na base do crnio.Forame e Orifcios:abertura de contorno regular. Ex. forame magno do occipital.Fossa:escavaes extensas, largamente abertas. Ex. na escpula.

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    3. ARTROLOGIA GERAL

    As articulaes ocorrem entre ossos, entre cartilagens ou entre ossos e cartilagens.Classificam-se em: articulao fibrosa (sinartrose), Articulao cartilaginosa (anfiartrose) eArticulao sinovial (diartrose).

    Articulao Fibrosa: o elemento de unio o tecido fibroso, so junturas fixas ouimveis, no apresentam cavidade articular e so temporrias. Podem ser:

    - SUTURA: entre os ossos da face, sendo serrtil, plana ou escamosa.- SINDESMOSE: entre os metacarpos, metatarsos e rdio e ulna.

    - GONFOSE: entre os dentes e os alvolos dentrios.

    Exemplos no eqino: a cabea do fmur articula-se no acetbulo (depresso articular cotilide)

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    Articulao Cartilaginosa: meio de unio tecido cartilaginoso, tendo muito poucamobilidade. Pode ser:

    - SINCONDROSE: meio de unio cartilagem hialina. Ex: esterno.- SNFISE: meio de unio uma fibrocartilagem. Ex: snfise plvica ou entre os corpos

    das vrtebras.

    Articulao Sinovial:so as junturas mveis ou verdadeiras. Apresentando elementos

    constantes: superfcie, cartilagem, cavidade e cpsula articulares; e elementos inconstantes:ligamentos (podendo ser intra ou extra capsulares), discos e cartilagem marginal. As junturassinoviais podem ser classificadas conforme o movimento que realizam:

    - GINGLIMO: articulao uniaxial, realizando movimentos de flexo e extenso. Ex:articulao do cotovelo. B

    - TROCIDE: tambm uma articulao uniaxial, deslizamento de um pino sobre umasuperfcie. Ex: articulao entre o xis e atlas. C

    - ESFERIDE: articulao multiaxial realiza todos os movimentos em todas asdirees. Ex: articulao entre cabea do fmur e o acetbulo. G

    - PLANA: realizam pequenos movimentos de deslizamento. Ex: entre os ossos docarpo ou tarso.

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    4. MIOLOGIA GERAL

    a parte da anatomia que estuda os msculos, e estes por sua vez so rgos capazes decontrao devido a um estimulo do sistema nervoso central. Os msculos so elementos ativosdos movimentos, pois os tornam possveis e, alm disso, unem a parte ssea e determinam a

    postura do esqueleto. Nos organismos multicelulares, as clulas musculares possuem aspropriedades de condutividade e contratilidade.

    Os msculos so classificados em: msculo liso, msculo estriado cardaco e msculoestriado esqueltico, sendo que todos apresentam a mesma origem embrionria.

    As clulas musculares so alongadas, apresentam uma grande quantidade demitocndrias (estruturas responsveis pela respirao celular) e de elementos contrteis, que soos miofilamentos. Um conjunto de clulas musculares forma a fibra muscular. Histologicamenteexistem termos usados exclusivamente para clulas musculares como: sarcolema (membrana

    plasmtica), sarcoplasma (citoplasma) e sarcossomos (mitocndrias).

    1) MUSCULO LISO- Contratilidade lenta- Colorao vermelha plida- Realizam movimentos involuntrios

    - Esto presentes em vsceras, vasos sanguneos, folculos pilosos.- Apresentam um ncleo central, que quando contrado fica com formato de saca rolha.

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    2) MUSCULO ESTRIADO CARDACO

    uem ritmo coordenado pelas fibras de Purkinje (clulas musculares cardacasodificadas)

    TRIADO ESQUELTICO

    pida

    e transversais

    toMsculos motores

    .1) Componentes do msculo estriado esqueltico:

    alm de serem altamente resistentes e tem a funo de prender o msculo ao

    tecido conjuntivo.o.

    cularesndomsio:tecido conjuntivo que envolve cada fibra muscular.

    branas de tecido conjuntivo que separam os msculos uns dos outros e os firmam na

    ropriamente Dita: podendo ser superficial (junto a pele) ou profunda (entre os

    - Realiza movimento involuntrio- Clulas possm

    3) MUSCULO ES- Fibras estriadas- Contratilidade r- Avermelhados- Estrias longas- Voluntrios- Revestem o esquele-

    3

    *Poro mdia VENTRE

    Parte ativa - contrtil

    *2 extremidades:

    Cilndricas ou fita TENDO

    Lminas APONEUROSES

    Origem fixaInsero mvelNos membros a origem proximal e a insero distal

    VENTRE: fibras musculares vermelhasTENDO OU APONEUROSE: so compostos de tecido fibroso denso, so esbranquiadas e

    brilhantes,esqueleto.

    3.2) Consideraes sobre o msculo esqueltico:- fibra muscular: um composto de vrias clulas musculares unidas por- esse tecido conjuntivo dividido em: epimsio, perimsio e endomsiEpimsio:tecido conjuntivo que envolve todo o msculo esquelticoPerimsio:tecido conjuntivo que envolve um feixe de fibras musE3.3) Fscia muscular:- So mem

    posio.- Tipos de fscia:

    1. Fscia Pmsculos).

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    2. Fscia Muscular: tendo (formado de tecido colgeno) ou aponeurose de insero

    4. Inscries Tendinosas: subdividem o mesmo msculo, aumentando a sua resistncia.

    msculos estriados esquelticos:

    - 500 msculos.

    O: gua 75%, protenas 18%, carboidratos, gorduras, sais minerais e outros

    flexores:

    3. Ligamentos Anulares ou Retinculos: prendem os tendes.

    3.4) Outras consideraes sobre os- VOLUME: extremamente varivel- PESO: em torno de 50% do peso corporal

    - NMERO: tambm varivel, dependendo da espcie, eqino com +- SITUAO: quase todos pares, exceto: diafragma e esfncter anal.- CONSTITUIcompostos 7%.

    - ARQUITETURA DA FIBRA: fusifor

    - AO MUSCULAR: 1 adutor: aproxima do meio, 2 abdutor: afasta do meio, 3

    me,unipenado, bipenado e pluripenado.

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    3 4

    flexiona uma ou mais articulaes, 4 extensores: estende uma ou mais articulaes.

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    ** Msculos com fibras longas realizam muito movimento, mas tem pouca fora e,

    riais. Estes so fusos neuromuscularesN) e rgos tendinosos de golgi (OTG). FN: informam ao crtex sobre o estiramento

    vel a breida

    utnea movem a pele. Exemplo: msculo cutneo (espanta mosca).

    plo esfncter e orbicular.

    QUANTO AO NMERO DE TENDES DE ORIGEM: CABEAS, podendo ser bceps (duasabeas), trceps (trs cabeas) ou quadrceps (quatro cabeas).

    msculos com fibras penadas realizam muita fora, mas com movimentos limitados. Paraproduzir movimento o msculo dever cruzar pelo menos uma articulao.

    - VASCULARIZAO E INERVAO: para o msculo executar trabalho precisa de energia, e

    para isso deve apresentar um extenso leito vascular, sendo que msculos ativos so corados e osmsculos atrofiados so plidos. Os nervos que se dirigem aos msculos podem originar-se devrias partes da medula espinhal, sendo que uma vez destrudo o suprimento nervoso o msculoentra em atrofia. Os msculos recebem o comando do movimento atravs do corno ventral damedula espinhal, e nos msculos existem receptores senso(F

    ocid de de alterao. OTG:informam ao crtex sode de alterao.

    (comprimento) da fibra muscular e suaa tenso nos tendes e sobre essa veloc

    ** Novas fibras musculares no so

    manho atravs do

    pode aumentar pelaeposio de gordura.

    . Exemplo: msculo trcepsbraquial, inervado pelo nervo radial e msculo

    formadas aps o nascimento.** Aumento do taexerccio.** O peso corporald** O reparo do msculo por substituiode tecido conjuntivo.

    - QUANTO A FUNO MUSCULAR:AGONISTA: msculos que produzemdeterminado movimento e

    ANTAGONISTAS: oposio ativa adeterminado movimento. Grupos de msculosantagonistas so normalmente supridos pornervos diferentes

    bceps braquial, inervado pelo nervomusculocutneo.

    ** Determinados msculos por associao com a fscia superficial e com ancoragemc

    - QUANTO A DIREO DAS FIBRAS: retilneo ou curvilneo, exem- QUANTO AO NMERO DE VENTRES: monogstrico (apenas um ventre), digstrico (comdois ventres) e poligstricos (com mais de dois ventres).

    -c

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    Corpo amente liso. Internamente encontramos os seguintes acidentes sseos: selaipofisria onde se acomoda a glndula hipfise.

    sas orbitais

    e a face. Apresenta a crista galie a lmina crivosa.

    o em:e:

    cesso temporal do zigomtico e forma o arcoca; - cndilos: articula-se com os cndilos da mandbula.

    ) Poro petrosa tem a forma de uma pirmide. Acidentes:terno e externo

    rtes laterais do teto da cavidade craniana.xternamente: crista parietal externa

    ietal interna e impresses dos giros cerebrais.

    .

    ALpresenta a protuberncia occipital externa. Seu tamanho e visualizao so variveis de

    cie.

    extremtrcica e fossa hAsas temporaisA

    3) ETMIDEEst localizado no limite entre o crnio4) TEMPORAISLocalizados de cada lado da cavidade craniana. Est subdividida) Poro escamosa externament-processo zigomtico do temporal: une-se ao proou ponte zigomti

    bmeato acstico inbolha ou bula timpnica aloja a orelha interna

    processo hiideo

    5) PARIETAISOs parietais formam as paEInternamente: crista parNos ruminantes:no entra na formao do teto da cavidade craniana, constitui a parte dorsal da

    parede caudal do crnio6) INTERPARIETAacordo com a espOSSOS DA FACE

    1) FRONTAISEsto no limite entre o crnio e a face.

    rocesso zigomtico do frontal.

    o teto da cavidade craniana e apresenta o processo cornual.

    lateral da face. Apresenta:

    cavidades ou alvolos para dentes pr-molares eolares superiores.rocesso palatino:projeta-se medialmente formando a maior parte do palato duro. Seios doaxilar:so espaos entre duas lminas sseas, cobertas por mucosa, e preenchidos por ar.os ruminantes: no apresenta crista facial.

    Externamente: pInternamente: seio do frontal.Nos ruminantes: ocupa todo

    2) MAXILARSituam-se na poroFace Externa: crista facial.Face nasal: forma a maior parte da parede lateral da cavidade nasal.Alvolos dentrios:apresentam seis grandesmPmN

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    3) VMERcavidade nasal. constitudo por uma lmina que forma rostralmente uma

    ralmentecomo se fossem orelhas de gato se articulando com os ossos palatino, esfenide e pterigide.

    ) PTERIGIDEseas encurvadas que se articulam com os ossos palatino,

    So ossos mais rostrais da face. Articula-se com os ossos nasais, maxilares e vmer. Apresenta:ofundos para os dentes incisivos superiores.

    7) ZIGOMTICOS OU MALARossos lacrimais dorsalmente, com os maxilares rostral e ventralmente, e com

    da rbita e se estendem rostralmente sobre a face at omaxilar. Articula-se com os ossos frontal e nasal, dorsalmente e com o zigomtico e maxilar,

    . Apresenta o tubrculo lacrimal e a fossa lacrimal.

    Forma juntamente com o processoasal do osso incisivo a chanfradura naso-incisiva semelhante ao eqino.audal pontiaguda.

    ero de 2has nasais dorsais esto

    Meato nasal dorsal: o espao entre a concha nasal dorsal e o teto da cavidade nasal. o espao entre as conchas nasais dorsal e ventral.

    Est localizado nacanaleta, onde se encaixa a cartilagem do septo nasal. Caudalmente se expande late

    4) PALATINOSEsto situados em ambos os lados das coanas e formam a poro caudal do palato duro.

    5 o menor osso da face. So lminas sesfenide e vmer. Formam parte das paredes laterais das coanas. Nas demais espcies osprocessos ganchososso menores.

    6) INCISIVOS OU PR -MAXILAR

    Alvolos: apresentam trs alvolos pr

    Processos palatinos: formam a poro rostral do palato duro.Nos ruminantes: no apresentam os alvolos para os dentes incisivos superiores.

    Articula-se com oso temporal caudalmente. Apresenta o processo temporal do zigomtico e, na sua poroventral, a crista facial.

    8) LACRIMAISEsto localizados na poro rostral

    ventralmenteNos ruminantes: no apresenta o tubrculo lacrimal. A fossa para o saco lacrimal pequena e

    bem prxima do contorno da rbita.

    9) NASAISFormam a maior parte do teto da cavidade nasal. Articula-se com os ossos incisivo, maxilar,lacrimal e frontal. Possui um contorno triangular alongado, com a extremidade caudal alargada ea extremidade rostral pontiaguda.Face externa: lisa e convexa transversalmente.Face interna (nasal): lisa e cncava. Aproximadamente no seu centro apresenta a crista

    etmoidal que serve de sustentao da concha nasal dorsal.nNos ruminantes: bem menor, extremidade cSunos: nesta espcie na extremidade rostral da cartilagem do septo nasal entre os ossos nasal eincisivo apresenta o osso rostral (osso do focinho do porco).

    10) CONCHAS NASAIS OU CORNETOSSo ossos em forma de cartuchos localizados no interior da cavidade nasal, so em nm

    pares (ventral e dorsal) que esto separados pelo septo nasal. As concfixadas nas cristas etmoidais dos ossos nasais e as ventrais nas cristas conchais dos maxilares.Meatos- so os espaos existentes entre os cornetos e so:

    Meato nasal mdio:

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    Meato nasal ventral: o espao entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal.Meato comum: o espao entre as conchas e o septo nasal.

    11) MANDIBULA o maior osso da face e mpar, pois as duas metades se fusionam quando o animal apresenta

    ao redor de dois meses de idade. Consiste de um corpoe dois ramosverticais e dois ramoshorizontais.Corpo: a poro horizontal espessa e apresenta os dentes molares.Ramos verticais:a face lateral cncava e apresenta linhas rugosas para insero do msculo

    l por meio de um disco

    na face medial o forame mandibular.amos horizontais: apresenta os alvolos dentrios para os dentes molares e pr-molares e mais

    ara os dentes incisivos inferiores e o forame mentoniano.

    si. Dividido em

    * Seios Paranasais: so cavidades dentro de alguns ossos da cabea preenchidas por ar. Elaso revestidas internamente por uma membrana mucosa e se comunicam com cavidade nasal.

    masseter. A extremidade articular composta pelo processo coronide rostralmente, e pelocndilo,caudalmente, que se articula com a poro escamosa do temporaou menisco articular. A unio da (ramo horizontal) com o ramo vertical espessa e denominadade ngulo da mandbula. Observa-seRrostralmente pNos ruminantes: as duas metades no se fundem completamente mesmo na idade avanada,

    portanto, existe snfise mandibular.

    12) HIOIDE conhecido vulgarmente por osso da lngua. Est situado entre os ramos da mandbulacaudalmente. constitudo por diversas peas sseas que se articulam entrehastes maiores, menores, tireideas e processo lingual. Nos ruminantes, entre as hastes maiore menor, encontramos a haste intermediria. O processo lingual do eqino longo e pontiagudo,sendo que no bovino tem formato de boto. O hiide se articula com o crnio atravs da hastemaior, a qual se conecta com o processo hiideo da poro petrosa do temporal.*sRuminantes divertculo cornual: continuao direta do seio frontal para dentro do processocornual em ruminantes aspados. Esto presentes nos ossos frontal, esfenide e maxilar.

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    ARTROLOGIA

    A mais comum a articulao fibrosa do tipo sutura, havendo uma articulaocartilaginosa do tipo sincondrose entre os ossos esfenide e occipital (articulaoesfenooccipital) e entre os ossos temporal e hiide (articulao temporohioidia).

    Na cabea apenas uma articulao classificada como sinovial, sendo a nica articulaomvel da cabea, do tipo gnglimo, entre os ossos temporal e mandbula (articulaotemporomandibular ATM).

    Desenho esquemtico daATM do eqino:

    Superfcies articulares:Cndilo da mandbula (13)Fossa mandibularCndilo do temporal (9)Disco articular (13)Ligamentos: lateral (8) ecaudal (10 e 11).

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    MIOLOGIA

    Na cabea h a musculatura mmica e a mastigatria, que so inervadas por nervosprovenientes do sistema nervoso central, chamados de nervos cranianos.

    Msculos principais:

    Musculatura Mmica e superficial:- elevador nasolabial:dorsal e caudal as narinas. 1- elevador do lbio superior. 2- canino:dilata as narinas. 3- orbicular do olho: ao redor dos olhos. 4- bucinador:msculo das bochechas. 5- orbicular da boca: ao redor dos lbios. 6- zigomtico:atravessa a face indo at a comissura labial. 7

    Musculatura Mastigatria:

    - masseter:maior de todos, tem a funo de fechar a boca. 8- temporal:funo de fechar a boca. 9- pterigideo medial:fechar a boca.- digstrico:abrir a boca.- milioideo:fecha os ramos horizontais da mandbula.

    9

    4

    178 2

    35

    6

    5.2 COLUNA VERTEBRAL

    OSTEOLOGIAFormada de ossos irregulares que se estendem desde a cabea at a extremidade da cauda. A

    coluna vertebral forma o eixo principal do corpo, dividido em regio cervical, torcica, lombar,sacra e caudal.

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    Vrtebras: os caracteres gerais so os encontrados em todas as vrtebras e servem como meiode diferenciao destas com os demais ossos do esqueleto. Todas as vrtebras apresentamcaracteres bsicos, que so:1. Corpo colocado ventralmente a vrtebra, representado por um segmento cilndrico,

    apresentando na face cranial uma cabea articular e na face caudal, uma cavidade cotilide.

    2. Forame situado imediatamente por cima do corpo e limitado lateral e dorsalmente por umarco sseo, onde se encontram os outros elementos da vrtebra.3. Arco constitui a poro dorsal da vrtebra e formar o teto do canal vertebral.4. Processo espinhoso a parte do arco sseo que se situa medianamente sobre o arco, acima

    do forame vertebral. Dirige-se para cima sob a forma de uma longa espinha.5. Processo transverso so dois prolongamentos laterais que se projetam transversalmente.6. Processos articulares divididos em craniais e caudais.

    REGIO CERVICALApresenta sete vrtebras na maioria das espcies domsticas (exceto nas aves com 14

    vrtebras cervicais). As vrtebras desta regio no apresentam todos os elementos caractersticos.

    As caractersticas desta regio so o corpo, o arco e a cabea articular desenvolvidas. A 1 e a 2so modificadas devido funo especial de suportar e movimentar a cabea. Com exceo da1 so cubides e macias e mais longas que as vrtebras das outras regies.- Atlas: a primeira vrtebra. formado por um arco dorsal, um arco ventral e um par de asas.As asas so expanses laterais que emergem de cada lado dos arcos. O atlas se articulacranialmente com os cndilos do occipital (articulao da nuca, movimento de afirmao) ecaudalmente com o axis (movimento de negao). Apresenta 3 pares de orifcios: vertebral, alare transverso. No bovino o ltimo est ausente.- Axis: a segunda vrtebra. Cranialmente ao corpo encontra-se o processo odontide edorsalmente o processo espinhoso dorsal, em forma de crista.- a 3, 4 e 5 cervicais processo transverso com duas pontas (bicspides) e uma crista ventral;- a 6vrtebra cervical processo transverso com trs pontas (tricspide);- a 7vrtebra cervical processo transverso com uma ponta (unicspide), facetas articulares que

    juntamente com as facetas articulares da extremidade cranial da 1 vrtebra torcica, formamuma cavidade articular, destinada a cabea do primeiro par de costelas.

    REGIO TORCICAA principal caracterstica desta regio o comprimento do processo espinhoso,

    apresentando ainda, na extremidade cranial e caudal do corpo, facetas articulares para a cabeadas costelas. Na face ventral dos processos transversos apresenta facetas articulares para otubrculo das costelas.

    REGIO LOMBARA principal caracterstica desta regio o comprimento dos processos transversos. No

    eqino temos a articulao entre os processos transversos de L5 e L6, alm de L6 com a regiosacral, nas demais espcies isso no ocorre.

    REGIO SACRALFormada por vrtebras falsas ou imveis. Durante a vida fetal as vrtebras da regio

    sacral so mveis. Logo aps o nascimento, essas vrtebras fusionam-se entre si formando oosso sacro. O sacro cranialmente apresenta um par de asas, que serve para articular-se com oosso do quadril (lio). Projetando-se caudalmente as asas, temos o corpo. Encontramos

    dorsalmente os forames sacrais dorsais e ventralmente, os ventrais, alm de 5 processosespinhosos . A juno da extremidade cranial do sacro com a face ventral forma um lbio,

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    denominado de promontrio, sendo ele utilizado como ponto de referncia em obstetrcia. Nosbovinos o osso sacro mais encurvado, os forames so maiores e os processos espinhosos sounidos dorsalmente, formando uma crista dorsal.

    REGIO CAUDAL

    No inicio da srie apresentam-se com todos os elementos perfeitamente evidenciados. Apartir da 3 ou 4 vrtebra, vo desaparecendo as caractersticas gerais de vrtebra tpica, sendoque do meio para o fim da srie, apresentam somente corpo.

    Frmula Vertebral: a maneira mais simplificada de se expressar graficamente o nmero devrtebras das diversas regies. O nmero constante dentro de uma espcie, variando apenas aregio caudal. Toma-se a letra inicial da regio seguida pelo nmero de vrtebras desta.

    Equino C 7 T 18 L 6 S 5 Ca 15-21

    Bovino C 7 T 13 L 6 S 5 Ca 18-20Ovino C 7 T 13 L 6 S4 Ca 16-18Suino C 7 T 14-15 L 6-7 S 4 Ca 20-23

    cervical

    torcica lombar sacral

    caudal

    AtlasAxisEqino

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    Regio lombar eqino Regio lombar bovino

    5.3 COSTELA E ESTERNO

    OSTEOLOGIA

    COSTELASo ossos curvos, alongados, dispostos aos pares e que formam a parede lateral do trax.

    Cada costela articula-se entre duas vrtebras, dorsalmente, e se continua ventralmente, pelascartilagens costais. O nmero de vrtebras torcicas corresponde ao nmero de costelas.Apresentam-se divididas em trs grupos:Costelas esternais ou verdadeiras: so aquelas que por sua extremidade ventral vo se articularcom o osso esterno por meio de suas cartilagens costais. Geralmente so os primeiros pares.Costelas asternais ou falsas: so aquelas que por sua extremidade ventral so articuladas entresi, por meio das suas cartilagens costais. Constituem o arco costal. So todas aquelas que no

    so verdadeiras.Costelas flutuantes: so as que sua extremidade ventral termina livremente, no aderida a umacartilagem adjacente. Encontrada no homem e suno.

    Espao intercostal: o intervalo entre as costelas.Uma costela constituda por um corpo e duas extremidades: figura A.

    Corpo: a poro mdia da costela que se apresenta de forma arqueada. 1Extremidade dorsal ou vertebral: apresenta cabea, colo e tubrculo:- Cabea: apresenta duas superfcies articulares que vo se articular com o corpo de duasvrtebras adjacentes. 2- Colo: a poro estreita logo aps a cabea que une esta ao corpo. 3- Tubrculo: apresenta uma superfcie articular que se articula com a apfise transversa davrtebra de igual nmero de srie. 4Extremidade ventral: apresenta uma tira de cartilagem que d continuao as costelas edenomina-se cartilagem costal. Pode se articular com o esterno (costelas esternais) ou comoutra cartilagem adjacente por meio de tecido elstico para formar arco costal (costelasasternais). 5

    ESTERNO um osso segmentrio situado na linha mdia que forma o assoalho da cavidade torcica

    e articula-se lateralmente com as cartilagens das costelas esternais. Consta de 6-8 segmentossseos (esternbras) unidas por cartilagens interpostas em animais jovens. conhecido

    vulgarmente como o osso do peito. Ventralmente apresenta a crista esternal que palpvel noanimal vivo.

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    - Manbrio: extremidade mais cranial. A borda dorsal apresenta uma chanfradura que servepara articulao do primeiro par de costelas. Encontramos a cartilagem do manbrio oucariniforme (somente no cavalo). Serve de insero para msculos do peito e pescoo.- Apndice Xifide: uma cartilagem que se projeta caudalmente e serve para insero demsculos.

    ** TORAXO esqueleto do trax est formado na regio dorsal pelas vrtebras torcicas, lateralmente

    pelas costelas e cartilagens costais e, ventralmente pelo osso esterno. Apresenta uma forma decone achatado lateralmente com abertura nas duas extremidades. O pice a abertura cranial e a

    base a abertura caudal. O trax envolve e protege os rgos torcicos. Entrada do trax: amais estreita e formada pela primeira vrtebra torcica, primeiro par de costelas e pelomanbrio. Sada do trax: a mais ampla e est formada pela ltima vrtebra torcica, ltimo

    par de costelas, arco costal, ltima esternbra e cartilagem xifide.

    42

    3

    Eqino1

    Esternos com cartilagens costais articuladas e parte do corpo dacostela cortado, vista lateral.

    ABovino

    5

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    Legenda: 1- ltima vrtebra cervical C7; 2 segunda vrtebra torcica; 3 terceiracostela; 4 cartilagem costal da quarta costela; 5 corpo das vrtebras torcicas; 6 processo espinhoso das vrtebras torcicas; 7 processo transverso das vrtebrastorcicas; 8 forame intervertebral (passagem do vasos e nervos); 9 cabea dacostela; 10 tubrculo da costela; 11 dcima primeira costela; 12 manbrio,cartilagem cariniforme; 13 esternebra, osso esterno; 14 cartilagem xifide; 15 arco costal (formado pelas costelas asternais ou falsas); 16 oitava vrtebra torcica;17 espaos intercostais (quinto e dcimo). Eqino.

    ARTROLOGIA

    COLUNA VERTEBRALAs vrtebras formam dois conjuntos de articulaes, sendo um cartilaginoso, envolvendo

    a conexo direta dos corpos vertebrais(snfise)e outra sinovial,entre as faces articulares dosprocessos articulares craniais e caudais. Associados a estas articulaes, h ligamentos queunem os arcos e os processos. Os movimentos so de flexo dorsal, ventral e lateral e de rotao.A gama de movimentos em uma nica articulao pequena, mas o somatrio dos movimentos considervel. So mais livres na regio cervical e caudal e limitado nas regies torcica elombar.

    Articulao atlanto-occipital:entre os cndilos do occipital e as duas cavidades articulares doAtlas. Tipo sinovial gnglimo, realizando flexo e extenso, movimento de afirmao.Tambmh a presena de ligamentos que refora essa articulao.

    Articulao atlanto-axial: entre a fossa odontide do atlas (ou sela trcica) e o processoodontide do Axis. A cpsula articular frouxa e suficientemente ampla para permitirmovimentos extensos e existem ligamentos que reforam essa articulao. Tipo sinovialtrocide, realizando o movimento de negao e rotao.

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    1 2

    Figura 1: vista ventral da articulao atlanto-occipital do eqino,mostrando a cpsula articular negativo com ltex.Figura 2: desenho esquemtico da vista dorsal da articulao atlanto-

    axial do eqino mostrando os ligamentos que vo do axis ao atlas.

    Articulao do corpo das vrtebras:entre a cabea de uma vrtebra e a cavidade cotilide deoutra na regio cervical. Nas demais regies essa articulao ocorre entre os corpos vertebrais.Encontramos um disco articular intercalado entre as superfcies. uma articulao do tipocartilaginosa snfise. Disco intervertebral: so fibrocartilagens e ocupam o espao entre oscorpos de duas vrtebras adjacentes. Cada disco consiste de um anel fibroso perifrico e umncleo pulposo. Ligamentos tambm reforam essas articulaes.** Ligamento da Nuca: inicia na protuberncia occipital externa dirigindo-se caudalmentesobre regio cervical. Consiste de um ligamento elstico cuja funo principal auxiliar osmsculos extensores da cabea e do pescoo. Nos grandes animais se divide em funculo danuca e lmina da nuca.** Ligamento supra-espinhal: a continua do funculo da nuca sobre a regio torcica at aregio sacral, unindo os processos espinhosos das vrtebras.

    COSTELAApresenta uma articulao entre a cabea da costela e as superfcies articulares das

    vrtebras torcicas, sendo do tipo sinovial trocide. E tambm uma articulao entre o tubrculoda costela e o processo transverso da vrtebra correspondente. Vrios ligamentos reforam essasarticulaes.

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    MIOLOGIA DO PESCOO, TRAX E ABDOME

    1 canino, 2 msseter, 4 esplnio, 5 trapzio cervical, 5 trapzio torcico, 6 serrato ventralcervical, 6 serrato ventral torcico, 7 grande dorsal, 8 esternoceflico, 9 e 10braquioceflico, 21 intercostais externos, 22 intercostais internos, 22 e 29 oblquoabdominal externo.

    - braquioceflico 1- esternoceflico2- trapzio cervical 3- trapzio torcico 4- esplnio 5- serrato ventral cervical 6- esternohioideo 10- grande dorsal 11- peitorais 14

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    - Msculos Abdominais: formam as paredes laterais os msculos: oblquo abdominal externo,oblquo abdominal interno e transverso abdominal; a parede ventral: msculo retoabdominal; a parede dorsal: vrtebras lombares e os msculos lombares como o longo lombar(que a continuao do longo torcico), que fica entre o processo espinhoso e transverso de cadavrtebra; alm deste, que se localiza externamente, internamente encontramos os msculos

    psoas, que correspondem ao corte comercial mais nobre que o fil mignom (tem bastantegordura entre as fibras e quase no se movimenta, sendo por isso a maciez).

    6 ESQUELETO APENDICULAR

    6.1 MEMBRO TORCICO

    OSTEOLOGIAOs animais domsticos no possuem uma cintura escapular completa, ou seja, no

    apresentam os ossos clavcula e coracide, apenas a escpula. Nas aves essa cintura escapular completa e nos felinos encontramos um vestgio de clavcula. Os membros torcicos se

    - Diafragma: um msculo mpar que

    separa a cavidade torcica da abdominal,apresenta uma poro carnosa (6) e umcentro tendinoso (4). As aves noapresentam esse msculo desenvolvido.O diafragma perfurado por trsaberturas: hiato artico (8), por onde

    passa a artria aorta, veia zigus e ductotorcico; hiato esofgico (9), por onde

    passa o esfago e os nervos vagais dorsale ventral; forame da veia cava caudal(15), por onde passa a mesma.

    - Msculo Cutneo:recobre a regio doabdome, trax, brao,

    pescoo e face. A e B

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    articulam com o tronco por meio de msculos, tipo de articulao, esta chamada de sisarcose. Omembro torcico composto pelos seguintes ossos: escpula, mero, rdio, ulna, carpo,metacarpo, falanges e sesamides.

    ESCPULA

    um osso situado lateralmente na poro cranial da parede do trax. A face lateral acha-sedividida em duas fossas pela espinha da escpula. Na face medial apresenta uma fossachamada de subescapular. A extremidade distal apresenta a cavidade glenide, e esta se articulacom a cabea do mero, formando a articulao do ombro. Na extremidade proximalencontramos uma cartilagem.Bovino:apresenta no final da espinha da escpula o acrmio.

    MERO (brao)

    um osso longo que se articula com a escpula proximalmente, formando a articulao doombro e com o rdio e ulna distalmente, formando a articulao do cotovelo. Compe-se de umcorpo (difise) e duas extremidades (epfises). O corpo irregular e tem a aparncia de tersofrido uma toro e apresenta uma salincia lateral chamada de tuberosidade deltide. Naextremidade proximal temos caudalmente, uma cabea articular e, craniolateralmente umtubrculo maior, que no eqino apresenta um sulco bicipital (para o msculo bceps braquial)dividido. A extremidade distal apresenta cranialmente, os cndilos (medial e lateral) e,caudalmente a fossa do olecrano.Bovino: apresenta na extremidade proximal um tubrculo maior mais desenvolvido e o sulco

    bicipital nico.

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    RADIO E ULNA (antebrao)RDIO: o mais longo dos dois ossos do antebrao do eqino. Articula-se proximalmente como mero, distalmente com o carpo e caudalmente com a ulna. O corpo (difise) encurvado emtoda a sua extenso. Entre os dois ossos existe o espao intersseo. Extremidade proximal:apresenta uma superfcie articular para os cndilos do mero. Extremidade distal: apresenta

    facetas articulares para a fileira proximal do carpo.ULNA: um osso longo reduzido, situado caudalmente ao rdio, com o qual est parcialmentefusionado no adulto, articulando-se tambm o mero. Projeta-se proximalmente constituindo oolecranoque a maior parte do osso e fica na lateral do rdio. Na borda cranial do olecranoencontramos uma projeo pontiaguda, denominada do processo ancneo.Bovino:so menores e a ulna vai at a parte distal do rdio, apresentando o processo estilide daulna.Suno:olecrano muito desenvolvido e a ulna mais macia e pesada que o rdio.

    CARPO (mo) formado por um conjunto de ossos ordenados em duas fileiras, uma proximal e outra distal. Afileira proximal articula-se com o rdio no eqino e, nas demais espcies com o rdio e ulna. Afileira distal se articula com os ossos metacarpianos.Fileira proximal: carpo radial, intermdio, ulnar e acessrio (mais lateral e caudal).Fileira distal:composta de 3 ou 4 ossos, sendo o primeiro carpiano inconstante no eqino e oterceiro o mais desenvolvido.Bovino: so 6 ossos apresentando na fileira distal apenas 2 ossos, pois h uma fuso entre o

    segundo e o terceiro carpiano.Suno: so 8 ossos, sendo que na fileira distal teremos desenvolvido do segundo ao quartocarpiano.

    METACARPONo eqino existem trs ossos metacarpianos, sendo que somente um, o terceiro ou grandemetacarpiano, completamente desenvolvido e suporta o dedo, os outros (segundo e quarto) somuito reduzidos e so comumente chamados de pequenos metacarpianos. Apresenta doiscndilos distais e a superfcie articular proximal de formato oval.No bovino existem dois dedos desenvolvidos, terceiro e quarto, sendo o segundo e quintovestigiais (possuem somente a poro crnea) e esto situados na face palmar da falange

    proximal, no se articulando com o restante do esqueleto.

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    No sunoexistem quatro dedos desenvolvidos, mas apenas dois tocam o solo (terceiro e quartometacarpianos).

    DEDOConstitudo por:

    Falange proximal ou primeira falange: o menor osso longo, na extremidade distal apresentacndilos que se articulam com falange mdia e na extremidade proximal articula-se, na facepalmar, com os ossos sesamides proximais.Falange mdia ou segunda falange: est situada entre as falanges proximal e distal. achatadano sentido dorso-palmar e sua largura proporcional a altura.Falange distal ou terceira falange: acha-se envolvida pelo casco, com o qual se assemelha.Apresenta trs faces: articular, parietal e solar.Sesamides proximais: so em nmero de dois para cada metacarpiano (no bovino so 4),localizados na face palmar da articulao do grande metacarpiano com falange proximal.Sesamide distal ou osso navicular (particular do eqino): um osso nico, localizado na

    juno da falange mdia com a falange distal, articulando-se com ambas. sempre um para cada

    dedo desenvolvido, exemplo bovino apresenta 2 distais e o suno tambm, pois apenas 2 dedosencostam no solo.

    ARTROLOGIA

    SISSARCOSE:fixao da escpula na parede lateral do trax por meio de msculo.1) Articulao umeral ou do ombro:entre a cavidade glenide da escpula com a cabea

    do mero. A cpsula reforada por ligamentos, que so de difcil visualizao. dotipo sinovial esferide, realizando todos os movimentos possveis. Reforada pelo tendodo msculo bceps braquial.

    2) Articulao mero-rdio-ulnar ou do cotovelo: entre os cndilos do mero +

    cavidades glenides do rdio+chanfradura semi-lunar da ulna. do tipo sinovialgnglimo, apresenta ligamentos fortes e faz flexo e extenso.

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    3) Articulao do carpo: extremidade distal do rdio, ossos do carpo e extremidadeproximal do metacarpo. Tipo sinovial gnglimo entre o radio e o carpo e entre o carpo e ometacarpo. Entre os ossos do carpo do tipo sinovial plana.

    4) Articulaes metacarpo falangeana ou BOLETO:extremidade distal do metacarpo eextremidade proximal da falange proximal e sesamides proximais. Os sesamides

    proximais articulam-se com a face palmar da extremidade distal do metacarpo. Temfuno de manter o dedo ereto, fazendo com que o animal sustente na extremidade distaldo dedo. Tipo sinovial gnglimo.

    5) Articulao interfalangeana proximal ou QUARTELA:entre a extremidade distal dafalange proximal e a extremidade proximal da falange mdia. Sinovial do tipo gnglimomovimentos angulares.

    6) Articulao interfalangeana distal ou CASCO:extremidade distal da falange mdia esuperfcie articular da falange distal e osso sesamide distal (navicular no eqino).Sinovial gnglimo. 4, 5 e 6 articulao do DEDO.

    ** Aparelho de Sustentao ou apoio da mo: formado por vrios ligamentos quereforam as articulaes entre os metacarpianos, boleto, quartela e casco. Um dos mais

    importantes o ligamento suspensrio ou tendo intersseo, que passa no espaointersseo dos metacarpianos (face palmar do dedo), nas laterias dos ossos sesamides

    proximais, chegando na face dorsal do dedo no processo do extensor da falange distal. Trstendes tambm so importantes: tendo do msculo extensor digital, que passa na facedorsal; tendo do msculo flexor digital superficial e tendo do msculo flexor digitalprofundo, que passam na face palmar do dedo, sobre o ligamento suspensrio.

    ** *

    *

    1

    2

    1 ombro2 cotovelo3 mo

    4 4 dedo

    3

    Boleto Quartela Casco

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    MIOLOGIA

    1) Msculos que fixam o membro torcico ao trax e pescoo:

    5 trapzio cervical, 5 trapzio torcico, 6 serrato ventral cervical, 6 serrato ventraltorcico, 7 grande dorsal, 9 e 10 braquioceflico, 23 peitorais.

    2) Msculos do brao: so msculos localizados na face lateral e medial da regio da escpula emero. So msculos que fixam o ombro e o brao.3)Msculos do antebrao: os que se localizam crnio-lateralmente so chamados de extensorese os que se localizam mdio-caudalmente so chamados de flexores.

    Vista lateral do membro torcico esquerdo doeqino:1 cartilagem da escpula2 espinha da escpula4 msculo supraespinhal5 msculo infraespinhal6 msculo redondo menor7 msculo deltide9 msculo trceps braquial cabea longa10 msculo trceps braquial cabea lateral11 msculo bceps braquial12 msculo braquial13, 14 e 19 msculos extensores do antebrao

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    MTDeqinoMTD

    eqino

    Vista medial do membro torcico direito do

    scpula

    maior

    cabea medial

    fscia antebraquial-20 msculos flexores do antebrao

    eqino:1 cartilagem da escpula2 superfcies serratas da e

    3 msculo subescapular5 msculo supraespinhal6 msculo redondo7 msculo peitoral8 msculo trceps braquial cabea longa9 msculo trceps braquial

    10 msculo bceps braquial11 msculo coracobraquial

    12 msculo tensor da13 msculo braquial17

    .2 MEMBRO PLVICO6

    STEOLOGIA

    ides. Est ligado ao esqueleto axial atravs do osso coxal que se articula com o ossoacro.

    a

    rticula com a cabea do fmur.

    te. No ngulo medial situa-se a tuberosidade

    oposto. Apresenta em cada lado uma

    apresenta diferenas notveis entres dois sexos e entre as espcies quanto ao tamanho e forma.

    O

    constitudo dos ossos: coxal, fmur, tbia, fbula, patela, tarso, metatarso, falanges e

    sesamsCOXALEst unido ao longo da linha medi na ventral pela snfise plvicaque por sua vez, formada

    pelas snfises pbica e isquitica. Compe-se de trs partes: lio, squio e pbis que se unempara formar uma grande cavidade cotilide, acetbulo, que se aEsses ossos se fusionam ao redor de um ano de idade no eqino.lio a maior das trs partes, situada dorsalmen

    sacrale no ngulo lateral, a tuberosidade coxal.squio forma a parte caudal da parede ventral ou assoalho da pelve ssea. A borda caudal espessa e forma o arco isquitico, juntamente com o ladotuberosidade isquitica,que nos bovinos tri facetada.Pbis a menor das trs partes do osso coxal. Forma a parte cranial do assoalho plvico.*** Pelve ou Cavidade Plvica a parede dorsal ou teto est formado pelo sacro e pelas

    primeiras trs vrtebras caudais e a parede ventral ou assoalho pelo pbis e squio. As paredeslaterais so formadas pelos lios e pelo ligamento sacrotuberal (sacrotuberal largo). A aberturacranial ou entrada constituda, ventralmente, pela borda cranial do pbis e, dorsalmente, pelaextremidade cranial do sacro (promontrio). A pelve sseao

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    FMUR o maior e mais pesado dos ossos longos. Articula-se proximalmente com o acetbulo edistalmente com a tbia e patela. Epfise proximal: larga e consiste de cabea e trocantermaior. A cabea est colocada do lado medial e articula-se com o acetbulo, enquanto que otrocanter maior situa-se lateralmente. Epfise distal: larga e est constituda da trocleacranialmente e doiscndiloscaudalmente. A troclea consiste de duas cristas separadas por umsulco a qual se articula com a patela. Os cndilos esto separados por uma fossa profunda e searticulam com os cndilos da tbia e meniscos da articulao do joelho. Na difise do fmurobservamos, lateralmente o terceiro trocanter(no est presente nos bovinos)e medialmente otrocanter menor.

    ** Patela um grande sesamide largo que se articula com a troclea do fmur.

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    TIBIA E FIBULA

    TBIA um osso longo que se articula proximalmente com o fmur, distalmente com o tarso elateralmente com a fbula. O corpo triangular proximalmente (apresentando a crista da tbia,que voltada lateralmente) e estreita-se na extremidade distal. A borda lateral cncava e forma

    junto com a fbula o espao intersseo. Extremidade proximal apresenta dois cndilosque searticulam com os cndilos do fmur atravs dos meniscos. Extremidade distalapresenta umaface articular que se adapta a trclea do osso tarso-tibial e consiste de dois sulcos oblquosseparados por uma crista. No bovino esses dois sulcos so retos e tambm separados por umacrista.

    FBULA um osso longo, reduzido, situado ao longo do bordo lateral da tbia. O corpo umahaste delgada que forma o limite lateral do espao intersseo. A extremidade proximal articula-se com o cndilo lateral da tbia. No bovino a fbula um osso bem reduzido na lateral da tbia.

    TARSO

    Compe-se de 6 ossos no eqino. Assim como no carpo se divide em fileiras. Na fileiraproximal temos o tarso-tibial(talus, astrgalo), que se articula com a tbia atravs de sua trclea;e tarso fibular (calcneo), que o maior dos ossos do tarso e sua extremidade livre forma atuberosidade calcanear (tuberosidade calcnea), onde se insere o tendo calcanear comum (deAquiles). Na fileira mdia encontramos o osso central o tarso e na fileira distal temos a fuso doI + II tarsiano, medialmente; III tarsiano, maior e IV tarsiano, mais lateral. No bovinoo tarsotem 5 ossos com algumas diferenas: o tarso tibial apresenta dupla trclea; na fileira mdia oosso central fusionou-se com o IV tarsiano, formando o osso centro-quarto; e na fileira distal,

    plantarmente temos o I tarsiano e dorsalmente a fuso do II + III tarsiano (medialmente).

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    METATARSO semelhante ao metacarpo, porm num mesmo animal so maiores e, o corpo do grandematatarsiano apresenta o contorno circular. Nos ruminates, na face mdio-plantar da

    extremidade proximal, localiza-se um pequeno metatarsiano (vestgio do segundo dedo), e osdesenvolvidos tambm so o III e IV metatarsianos.

    FALANGES E SESAMIDESSo semelhantes ao membro torcico, porm deve-se substituir o termo palmar por plantar nadescrio das caractersticas.

    ARTROLOGIA

    1) Articulao Sacroilaca: unio ssea entre a coluna e o membro plvico. As asas do sacroarticulam com o osso lio. Sinovial plana, com movimentos de deslizamento. Ligamentosacrotuberal largo: uma extensa lmina quadriltera que completa a parede plvica lateral.

    BovinoEqino

    A metacarpoB - metatarso

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    2) Snfise Plvica: a unio ventral dos ossos coxais. Essa snfise formada pela unio dasnfise isquitica e snfise pbica. Nos machos ossifica-se precocemente. Normalmente asuperfcie ventral saliente. Na fmea ossifica-se tardiamente devido a reproduo.

    3) Articulao do Quadril: articulao entre a cabea do fmur e acetbulo (cavidade cotilide

    do quadril). Sinovial esferoidal, realizando todos os movimentos.

    4) Articulao Fmuro Tbio Patelar ou JOELHO. uma sinovial composta: Articulao fmuro-tibial:sinovial gnglimo. Cndilos do fmur com cndilos da tbia,

    entre eles, os meniscos articulares, sendo um medial e outro lateral. Apresenta doisligamentos

    Articulao fmuro-patelar:trclea do fmur com a patela. Sinovial gnglimo. Articulao tbio-fibular proximal:sinovial plana. Articulao tbio fibular distal:cartilaginosa tipo sindesmose.

    5) Articulao do P ou JARRETE: articulao tarso-crural:entre a tbia distal e osso talus(entre a trclea do talus e a superfcie correspondente da tbia) e extremidade proximal dometatarso. Sinovial do tipo gnglimo. Nesta articulao temos ainda a juntura entre as fileiras dotarso, formando a articulao intertrsica (tipo sinovial plana) e a articulao tarso-metatrsica.

    6) Articulao do dedo: igual ao membro torcico (boleto, quartela e casco), apresentandotambm o mesmo aparelho de sustentao.

    Joelho, vista cranial Joelho, vista caudal JarreteEQUINO

    MIOLOGIA

    Msculos da regio gltea (regio da garupa), coxa e perna. Os cortes comerciais maisapreciados esto no membro plvico.

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    MPEMPE

    Vista lateral do membro plvico esquerdo doeqino:2 glteo mdio3 tensor da fscia lata4 glteo superficial5 bceps femoral TENDO6 semitendneo CALCNEO7 semimembranceo27 reto femoral28 vasto lateral9 flexor superficial dos dedos

    quadrceps femoral

    TENDO10 gastrocnmio CALCNEO15 sleo

    11-14 e 20 loja cranio-lateral EXTENSORES

    Vista medial do membro plvico direito doeqino:8, 9 e 10: msculos pssoas12 tensor da fscia lata13 reto femoral14 vasto medial15 sartrio (cortado)16 pectneo

    17 grcil (cortado)18 adutor19 semimembranceo20 semitendneo21 32 loja mdio-caudal FLEXORES

    MPD

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    7 ANATOMIA COMPARADA DO SISTEMA TEGUMENTAR

    a capa protetora do corpo que se continua nos orifcios naturais com asmucosas dos tubos digestrio, respiratrio e urogenital. Sob o ponto de vista anatmico formado por dois planos, o mais superficial, denominado pele e o mais profundo o

    tecido subcutneo. constitudo da pele e seus anexos ou modificaes da mesma, taiscomo plos, aspas, penas, l e unhas. Contm ramificaes perifricas dos nervossensoriais e constitui, portanto um importante rgo sensorial. o principal fator daregulao da temperatura corporal, e por meio de suas glndulas desempenha umimportante papel secretrio. Alguns de seus anexos crneos so utilizados como rgosde apreenso ou de defesa. A pele serve como barreira anatmica entre o corpo doanimal e seu meio, protege contra traumas microbiolgicos, fsicos e qumicos e seuscomponentes sensoriais capacitam o animal a sentir calor, frio, dor, toque e presso.

    Pele

    Estrutura da pele:A pele consta de duas camadas distintas, sendo uma mais superficial, epidermee outramais profunda de tecido conjuntivo, crion ou derme.EPIDERME: um epitlio escamoso estratificado, no vascular e de grossura varivel. Apresentaorifcios das glndulas cutneas e dos folculos pilosos, e se divide em duas camadas,estrato crneo (camada superficial, dura e seca) e estrato germinativo (camada

    profunda, macia e mida, que apresenta o pigmento chamado melanina). A epiderme constantemente renovada, ou seja, as clulas do estrato crneo saem em formato decaspa, sendo essa perda compensada pelo estrato germinativo que se multiplica e vai

    para a superfcie. A melanina protege os animais da radiao ultravioleta, alm de darcor aos mesmos. A falta de melanina o albinismo, podendo ocorrer em animais ehomens. Alm do albinismo temos a doena chamada vitiligo ou leucodermia, ou seja,h o surgimento de manchas brancas na pele ou nos plos, no tem cura e estrelacionada com as defesas imunolgicas do indivduo. No estrato crneo temos aqueratina que d origem s especializaes epidrmicas como: unhas, cornos, cascos e

    plos.DERME OU CRION:Tem como principal funo suportar e nutrir a epiderme e seus apndices. Consiste deum arranjo de fibras colgenas e elsticas, sendo essas que puxam as bordas de umaferida, deixando-a aberta. Tornam a pele flexvel, capaz de voltar forma primitiva aps

    ser enrugada ou deformada. A derme constituda de artrias, veias, capilares,linfticos, glndulas cutneas (sebceas e sudorparas), folculos pilosos, nervos e fibrasmusculares lisas. Nos animais domsticos bastante espessa e constitui o couro.

    Tecido subcutneo (hipoderme):Sua principal funo estocar gordura, atuar como isolamento trmico e suportar aderme e epiderme dando o contorno corporal. formado de tecido conjuntivo frouxoque contm fibras elsticas, sendo que em ces e gatos a pele pode ser pinada emgrandes dobras. Em boa parte do corpo, o tecido subcutneo est aderido ao msculocutneo ou platisma, que mexe a pele espantando parasitas como moscas.

    Regulao Trmica: as artrias formam uma srie de redes dentro da derme. A variaono fluxo sanguneo atravs da superfcie dos vasos tem um importante papel na

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    regulao da temperatura. Quando a temperatura est elevada ocorre vasodilatao comperda de calor por irradiao superficial e indiretamente, favorecendo a atividadeglandular com produo de suor. O suor produzido se espalha pela superfcie cutnea e,ao ser evaporado, absorve calor baixando a temperatura da superfcie corprea. Aocontrario, quando a temperatura decresce, ocorre a vasoconstrio e diminuio nas

    perdas de calor.

    rgo Imunitrio: a pele um rgo importante do sistema imunolgico, pois elaalberga diversos tipos de leuccitos. H linfcitos que regulam a resposta imunitria edesenvolvem respostas especficas como no caso de alergias ou parasitas.

    Funes Metablicas:as funes metablicas da pele so importantes, pois a que produzida a vitamina D (reao dependente da luz solar) que essencial para ometabolismo do clcio e portanto na formao/manuteno saudvel dos ossos.

    1) estrato crneo

    GlndulasGlndulas sebceas:

    As glndulas sebceas situam-se na derme e os seus ductos geralmente desembocam naporo terminal dos folculos pilosos. Existem locais em que as glndulas sebceas seabrem diretamente na pele como nus, conduto auditivo, plpebras (glndulas tarsais),

    pnis, prepcio e lbios vulvares. Secretam uma substncia chamada sebo, que protegecontra a umidade e pode desempenhar importante papel na vida sexual dos animais. Naovelha o sebo presente no pelego se chama lanolina. Funes da secreo sebcea:

    a) lubrifica e impermeabiliza a pele.

    b) dissemina o suor e diminui a perda de gua.

    c) diminui a possvel entrada de microorganismos

    d) serve como marcador territorial

    e) ferormnios, atrativos sexuais.

    Glndulas sudorparas:

    So glndulas excrinas tubulosas e enoveladas. Esto espalhadas por todo o corpo,apesar de esparsamente nos carnvoros e sunos, sendo muito desenvolvidas no cavalo e

    2) estrato germinativoepiderme

    3) derme4) tecido subcutneo

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    ausentes nas aves. So diferenciadas em glndulas sudorparas apcrinas (perdem partedo seu citoplasma como parte da sua secreo, presente em quase todo o corpo dosanimais e desembocam no folculo piloso) e glndulas sudorparas mercrinas (apenasos produtos da secreo so eliminados, desembocam diretamente na superfcie daepiderme, presente no homem e nos animais domsticos, encontra-se somente um

    pequeno nmero e, sobretudo, em locais que apresentam pouco ou nenhum plo).Existem as glndulas especiais, sendo, na maioria dos casos, uma mistura de sebceascom sudorparas, ex: glndulas da bolsa inguinal dos ovinos, glndula do corno doscaprinos, glndulas prepuciais no suno e glndula da cauda de ces e gatos (chamadacauda de garanho).

    Glndulasudorpara

    Anexos da pele:

    1) Plos:

    Os plos so uma modificao da epiderme e uma caracterstica dos mamferos, sofilamentos crneos elsticos, longos e finos oriundos da derme, apresentam-se comodelgadas estruturas queratinizadas. Sua cor, tamanho e disposio variam de acordo

    com a raa e a regio do corpo. Esto presentes em praticamente toda a superfcie docorpo, com exceo de algumas regies bem delimitadas. Os plos so estruturas quecrescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento.Observa-se na derme feixes de msculo liso, dispostos obliquamente, que se inserem deum lado na bainha conjuntiva do folculo e de outro na camada papilar da derme. Acontrao desses msculos promove o eriamento do plo, advinda deste fato o seunome de msculo eretor do plo.A pigmentao do plo processa-se graas presenade melancitos, que se dispem entre a papila e o epitlio da raiz do plo e fornecemmelanina s clulas da raiz e crtex do plo, de maneira anloga que ocorre naepiderme. A parte visvel do plo sobre a superfcie da pele ahaste,a extremidade do

    plo denominadapicedo plo e a parte embutida dentro do folculo a raiz.Temcomo funo isolamento trmico, podem cair em grande quantidade caracterizando amuda, ocorrendo mais na primavera e outono.

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    Tipos de plos:*Comuns: d a colorao e a

    pelagem do animal, estandopresente em maior parte do corpo.

    *Tcteis: so longos e grossos,ficando mais na cabea, ao redordos lbios, focinho e olhos.*Clios:nas plpebras.*Tragos:dentro das orelhas.*Vibrissas: dentro das narinas.*Cirros: so longos e grossos, noseqinos, localizados na regiodorsal da cabea, pescoo e cauda(crinas).*Cerdas:pelos espessos dos sunos.*L:finos e ondulados dos ovinos.

    Felino: pelos tcteis.Ovino: lCanino: pelagem de proteo

    2) Penas:

    o anexo epidrmico caracterstico das aves, so constitudas principalmente porqueratina, cobrem o corpo das mesmas formando uma superfcie contnua de

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    revestimento e que oferece alta resistncia ao ar e impermeabilidade gua. As penasque cobrem o corpo, exceto as asas e a cauda, denominam-se tectrizes. As penasgrandes das asas, com funo propulsora, denominam-se remgea, e as penas grandesda cauda, que orientam o vo, denominam-se rectrizes. As plumas, penugem leve emacia, cobrem quase todo o corpo da ave inclusive debaixo das penas servem para

    proteg-la das mudanas de temperatura e do impacto com o ar e com objetos durante amovimentao.

    Funo das penas: proteo da pele e do corpo da ave contra choques mecnicos,fsicos, agresses, chuva, raios solares e mudanas bruscas de temperatura. As penasfinas, achatadas e sobrepostas das asas e da cauda formam superfcies para sustentar aave durante o vo. As aves aumentam o nmero de penas com a diminuio datemperatura. As penas de algumas aves se modificam em cor e forma durante a corte e oacasalamento, podendo produzir sons ao bater das asas sendo uma das formas de atrairas fmeas. Normalmente os machos apresentam cores mais vivas em suas penas paraatrair as fmeas.

    Partes das penas:O eixo das penas formado por duas partes (clamo e rquis), quejuntas, formam o eixo da pena. O vexilo,que a lmina da pena, a poro mais maciae constituda de barba e brbulas.

    Tipos de penas:* Penas de contorno: Cobrem o corpo e auxiliam o vo.

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    * Plumas: curtas e abaixo das penas de contorno, brbulas sem ganchos e raque econservam o calor.* Semiplumas: intermedirias entre as plumas e as penas de contorno, brbulas semganchos, conservam o calor e do flexibilidade para a movimentao das penas decontorno e ainda aumentam a flutuabilidade das aves aquticas.

    * Filoplumas: barbas e brbulas esparsas e na ponta da pena, associadas s penasmecanicamente ativas, so sensoriais auxiliando no controle do movimento.* Cerdas: penas de contorno modificadas no possuindo vexilos, localizam-se ao redordo olho com funo de proteo, das narinas com funo de filtrar a poeira do ar e no

    bico com funo de captura de insetos.* Plumas de p: so as nicas que crescem continuamente e nunca sofrem muda, as

    barbas da ponta se desintegram em um p fino, resistente gua e ajudam a preservaras penas.

    Crescimento das penas

    * Ocorre conforme a idade, espcie, dieta, entre outros fatores.

    * O crescimento de uma pena comea, com uma papila drmica local, forando para

    cima a epiderme sobreposta. A base deste primrdio de pena aprofunda-se em umadepresso circular, o futuro folculo, que manter a pena na pele. As clulas epidrmicasmais externas do primrdio formam uma bainha lisa cornificada, chamada periderme,dentro da qual outras cmaras epidrmicas dispem-se em costelas paralelas, uma maiormediana formando a futura rquis e as outras produzindo as barbas.

    * O pigmento para a colorao depositado nas clulas epidrmicas durante ocrescimento no folculo. Quando o crescimento termina, rompe-se a bainha e retida

    por alisamento com o bico, a a pena distende-se em sua forma completa.

    * A colorao variada das penas resulta principalmente de pigmentos depositadosdurante o crescimento e caractersticas estruturais que causam reflexo e refrao de

    certos comprimentos de onda, cores estruturais. O conjunto de todas as penas de umaave chamado de plumagem.

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    Mudas das penas

    Ocorrem periodicamente sendo um processo gradual e ordenado. Substituem as penasdesgastadas, promovem a higiene da ave e fornecem plumagem para a corte.Geralmente ocorrem duas mudas de pena por ano. O macho tem as penas mais

    pigmentadas e geralmente maiores, pois so eles que normalmente fazem a corte. Amuda no pode prejudicar as funes normais das penas, no entanto ela requer altademanda de energia.

    Periquitos: aves com penas. Pavo: aves com plumas, macho que colorido.

    Glndula uropigiana:

    Com exceo da ema e do avestruz todas as aves apresentam uma glndula na regio douropgeo, prxima a cauda chamada uropigiana ou glndula uropgea ou de leo. Essaglndula mais desenvolvida nas aves aquticas e, devido a ela, essas aves noafundam. As aves usam o bico para espalhar o leo sob as penas, criando assim umacamada impermeabilizante, evitando que o animal se molhe. Por isso esto sempre comas penas secas e brilhantes. Os anatomistas consideram esta como a nica glndulacutnea que as aves possuem. A glndula uropgea comparada as glndulas sebceasdos mamferos e seu leo tem uma colorao branco-amarelada com composioqumica variante entre cada espcie. Seu odor sui-generis podendo ser consideradocomo ftido. Durante o ciclo reprodutivo o odor se torna mais ativo o que levou algunszologos a estudar a influncia dos hormnios gonadais sobre a glndula de leo. Elesconcluram que os esterides ativam esta glndula, regulando seu funcionamento. Nos

    gansos ela pode alcanar o mximo de desenvolvimento na poca de procriao. Aglndula uropigiana maior no macho que na fmea e mais desenvolvida nas avesaquticas, possivelmente pelo fato de que essas aves passam muito tempo sob a guanecessitando de maior proteo para sua plumagem. Alguns fisiologistas acreditam quea secreo uropigiana responsvel pelo brilho e beleza da plumagem, e que a glndula um elemento de importncia no metabolismo da vitamina D, participando noaproveitamento dessa vitamina pelo organismo. A patologia da glndula uropgea ainda pouco estudada, sendo mais freqente a uropigite ou inflamao do uropgeo queocorre principalmente nos pssaros e palmpedes (aves que apresentam os dedos dos psunidos por membrana). As ectoparasitoses tambm podem causar uropgite. Nasgrandes infestaes por piolhos a ave pode ferir a glndula com o bico ao se coar em

    virtude do grande prurido que estes parasitas causam. A inflamao , geralmente,acompanhada da obstruo do ducto excretor.

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    Ema: sem glndula uropigiana. Pelicano: glndula bem desenvolvida

    3) Cornos e chifres

    Cornos

    Os cornos so estruturas sseas que se projetam anualmente dos ossos frontais docrnio, ocorrendo somente no macho (exceto na rena). So encontrados mais facilmentena famlia dos cervdeos. O crescimento dos cornos regulado atravs de hormnios(poca de procriao) e tambm em certos casos atravs do comprimento do dia. Osmachos usam os cornos na estao de procriao em interaes sociais de competio

    pelas fmeas. No inverno, o estimulo do hormnio pituitrio de crescimento do cornodiminui, pelo fato do comprimento de dia encurtar resultando em uma perda de clcio

    no ponto de conexo do corno. Com isso o corno poder cair. No incio do crescimento,os cornos so cobertos com pele e por um plo fino, que contm vasos sanguneos enervos. Na seqncia o osso esponjoso nas extremidades externas substitudo por umosso compacto, enquanto os centros deles so preenchidos de tecido esponjoso elamelar, e medula ssea. Quando o plo morre, ele em parte retirado pelos animaisao esfregarem os cornos contra a vegetao, ficando ento com aspecto manchado.

    Chifres

    Os chifres so estruturas no ramificadas, permanentes e que se projetam dos ossosfrontais. Ocorrem tanto no macho como na fmea nos bovdeos, com exceo nas

    fmeas de espcies menores. Os chifres so freqentemente usados por machos naslutas e as exposies durante temporada de reproduo. Em machos so mais grossos nabase e suportam mais fora. Nas fmeas so mais retos e finos. Os chifres socompostos de um crio, coberto com uma envoltura de queratina, e em algumasespcies nunca parando o seu crescimento. Os chifres no nascimento so como

    pequenos caroos de cartilagem debaixo da pele, em cima do crnio, mas no seprendem ao crnio; eles so conhecidos como ossicones. Chifres tm seus prprioscentros de ossificao e fusionam-se secundariamente nos ossos de crnio. Na famliados bovinos, os chifres desenvolvem nos ossos frontais ou em cima deles.

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    Veados com cornos, s machosBfalos com chifres

    Curiosidades:

    Girafa: chifres permanentes, porm no ramificados.Difere-se de outros chifres, pois no se projetam dosossos frontais, mas sim nas suturas entre os ossosfrontais e parietais. Os chifres esto presentes emambos os sexos at mesmo em recm-nascidos e socobertos de pele e plo.

    Rinoceronte: os chifres so situados sobre osossos nasais e, em alguns casos, tambm sobreos frontais (quando tm dois chifres). Difere-sede verdadeiros chifres, pois no possuemnenhum crio ou envoltrio. So formados porclulas epidrmicas e pacotes de papilasdrmicas, que so extenses da derme.

    4) Casco:

    O casco ou ngula a cobertura crnea da extremidade distal do dgito. Para facilitar oentendimento, comum dividi-la em trs partes: parede, sola e ranilha.Parede: definida como a parte do casco que visvel quando o p est posicionado nocho. Dividida em trs partes, a parede do casco, apresenta na sua face mais externa o

    peroplo, na camada mdia tem-se a regio mais densa do casco e a presena depigmento; e por fim, a camada laminar interna que consiste nas lamelas crneas.

    Diviso da parede: pina: poro mais cranial e distal do casco, quartos: pores

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Giraffe-closeup-head.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Giraffe-closeup-head.jpg
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    laterais, coroa: corresponde a borda coronal, tales: ponto de reflexo da paredeformando as barras.Sola: constitui a superfcie inferior do casco, com duas faces e duas bordas. ligeiramente cncava, de forma que somente a extremidade distal da parede e a ranilhafazem contato com solo firme (sola no encosta no cho). A juno entre a sola e a

    parede conhecida como linha branca (Alba).Ranilha: uma massa cuneiforme que ocupa o ngulo limitado pelas barras e a sola ese estende at a superfcie basal do p. Constituda por substncia crnea relativamentemacia (epitlio queratinizado) com 50% de gua, avascular e destituda de nervos. a

    parte do coxim que entra em contato com o solo. Est separada das barras e da sola porsulcos profundos.* A ngula avascular e recebe sua nutrio atravs do crio, sendo que tambm destituda de nervos. O crio a parte mais interna do casco e est dividido em 5 partesque nutrem pores correspondentes do casco.* Os cascos dos bovinos, ovinos e sunos so semelhantes aos cascos dos eqinos,exceto pela ausncia de barras e cunha, portanto nestes animais temos somente parede e

    sola.* O casco um invlucro de proteo para a extremidade dos membros contra a aomecnica, qumica e biolgica do meio ambiente. Muito significativa a proteo dacpsula do casco contra agentes patognicos biolgicos e qumicos sob condies deestabulao intensiva, com qualidade desfavorvel do solo e permanente ao desubstncias agressivas. O casco tambm tem a funo de atenuar o impacto ao pisar nocho, funciona como amortecedor.* O recorte dos cascos deve ser realizado a cada quatro a cinco semanas e devem-sereposicionar as ferraduras dos animais que as utilizam tambm com a mesmafreqncia. O objetivo da aparao tornar o formato, o ngulo do eixo e o nvel da

    pata to prximos do normal quanto possvel. No entanto uma aparao muitoentusistica que objetiva criar um eixo da pata perfeita desaconselhada, pois qualqueralterao radical poder provocar alteraes patolgicas.* A aparao e a ferrao corretivas so consideraes importantes no tratamento dasclaudicaes. Apesar de uma anormalidade no andar ou casco mal conformado podemno ser a causa direta do problema, devem ser seriamente considerados como fatorescontribuintes; se no forem reconhecidos, pode no se obter o benefcio do tratamento.Apesar das prticas inadequadas de recorte e ferrao poderem resultar emanormalidades na andadura, a maioria destas anormalidades so provavelmente devido mal conformao do membro.* Laminite: uma inflamao das lminas do casco, porm com uma seqncia

    complicada de eventos inter-relacionados que resulta em graus variveis de patologias.Laminite , na realidade, uma doena perivascular perifrica que se manifesta por umadiminuio na perfuso capilar no interior da pata, quantidades significativas de desviosarteriovenosos, necrose isqumica das lminas e dor. Pode ser traduzida como umamanifestao local de um distrbio metablico mais sistmico que afeta os sistemascardiovascular, renal e endcrino, alm da coagulao sangnea e do equilbrio cido-

    bsico. Caracterizada por claudicao intermitente ou contnua e por padresdivergentes de crescimento da parede do casco. Em bovinos, a laminite maiscomumente observada logo aps o parto, em novilhas gordas que estavam sealimentando com excessivas quantidades de concentrados e que eram mantidas emsuperfcie de concreto.

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    Estruturas mais importantes:

    1 bulbos dos tales3 parede: tales que formam as barras4 barras5 parede: quarto, poro lateral6 e 9 sola8 linha branca10 parede: pina11 e 13 ranilha

    8 ESTRUTURAS MSCULO-ESQUELTICAS DAS AVESOSTEOLOGIA

    O esqueleto das aves como o dos mamferos divide-se em duas partes: axial eapendicular. O esqueleto axial formado pelos ossos da cabea, coluna vertebral,esterno e costelas. O esqueleto apendicular compreende os ossos do membro torcico,que nas aves acha-se modificado adapto ao vo, constituindo a asa; e os ossos domembro plvico, cuja funo principal est adaptada locomoo terrestre.

    Esqueleto axial

    OSSOS DA CABEA:

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    Logo aps a ecloso do ovo, com o nascimento do pinto, os ossos da cabea fusionam-se (a maioria). Os ossos da face apresentam-se cobertos por uma cobertura crnea que o bico. O osso occipital apresenta-se constitudo de um nico cndilo situadoventralmente ao forame magno, que vai se articular com o atlas em forma de anel etambm com o xis. Essa articulao permite as aves girarem a cabea sobre a coluna

    vertebral em um grau muito maior que o permitido aos mamferos. Alm dos ossosnormais encontrados nos mamferos, vamos ter nas aves o osso quadradoque facilita aarticulao da mandbula com os ossos do crnio.

    COLUNA VERTEBRALA frmula vertebral dos galinceos acha-se assim constituda: C14, T7, L-S14 , Ca6.Vrtebras cervicais: so em nmero de 14 e formam o esqueleto do pescoo. A regiocervical longa e apresenta-se em forma de S. Aves pequenas podem ter apenas 8,enquanto cisnes tm at 25.Vrtebras torcicas: apresentam processos espinhosos bem desenvolvidos. A primeirae a sexta vrtebras so livres; a segunda, terceira, quarta e quinta so fusionadas entre si,

    constituindo um osso dorsal (notrio); e a stima est fusionada com massalombossacra. So em nmero de seteVrtebras da regio lombar e sacral: esto fusionadas em uma massa de 16 vrtebras;a ltima torcica, 14 lombossacras e a primeira coccigea. A ltima vrtebra torcica, asvrtebras lombares, sacrais e a primeira caudal forma o sinsacroVrtebras caudais: so em nmero de 6 (5-6) e constituem o esqueleto da cauda. Asapfises transversas esto bem desenvolvidas e as espinhas dorsais so bifurcadas. A

    primeira vrtebra coccgea est fusionada com a massa lombossacra e o ltimosegmento uma pirmide de trs lados denominado de pigstilo que possui uma formamais ou menos triangular. O pigstilo consiste de vrios rudimentos fundidos e dsustentao as penas do vo da cauda. As vrtebras se movimentam livremente comexceo da primeira.

    COSTELASOs sete pares de costelas formam o esqueleto da parede lateral do trax. As costelas queconstituem os dois primeiros pares so incompletas e no alcanam o osso esterno e porisso so chamadas de costelas flutuantes ou falsas. Nos mamferos domsticos ascostelas flutuantes so as duas ltimas. As cinco ltimas costelas so constitudas deduas pores articuladas por uma articulao cartilaginosa; uma poro dorsal, que searticula com as vrtebras (costela ver