STF - Constituição Brasília, quarta-feira, 17 de agosto de 2005 - 15:57h Caso você esteja tendo problemas para visualizar a Constituição Federal e Jurisprudência, clique aqui para fazer o download da versão compactada. Sumário Pesquisa CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. "Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa". (ADI 2.076, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 08/08/03) TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: "Inexistente atribuição de competência exclusiva à União, não ofende a Constituição do Brasil norma constitucional estadual que dispõe sobre aplicação, interpretação e integração de textos normativos estaduais, em conformidade com a Lei de Introdução ao Código Civil. Não há falar-se em quebra do pacto federativo e do princípio da interdependência e harmonia entre os poderes em razão da aplicação de princípios jurídicos ditos 'federais' na interpretação de textos normativos estaduais. Princípios são normas jurídicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. Não há princípios jurídicos aplicáveis no território de um, mas não de outro ente federativo, sendo descabida a classificação dos princípios em 'federais' e 'estaduais'." (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29/04/05) "Processo legislativo da União: observância compulsória pelos Estados de seus princípios básicos, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes: jurisprudência do Supremo Tribunal." (ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26/02/99) “Se é certo que a Nova Carta Política contempla um elenco menos abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princípios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar. A questão da necessária observância ou não, pelos Estados-Membros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União Federal de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram a estrutura da federação, o respeito incondicional a padrões heterônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória aplicação. (...) Da resolução dessa questão central, emergirá a definição do modelo de federação a ser efetivamente observado nas práticas institucionais.” (ADI 216-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/05/90) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (1 of 574)17/08/2005 13:02:39
Constituição Federal Comentada pelo STF , contém Sumulas!
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1. STF - ConstituioBraslia, quarta-feira, 17 de agosto de 2005
- 15:57hCaso voc esteja tendo problemas para visualizar a
Constituio Federal e Jurisprudncia,clique aqui para fazer o
download da verso compactada.Sumrio PesquisaCONSTITUIO DA REPBLICA
FEDERATIVA DO BRASILPREMBULONs, representantes do povo brasileiro,
reunidos em Assemblia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrtico,destinado a assegurar o exerccio dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o
desenvolvimento,a igualdade e a justia como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada
naharmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,
com a soluo pacfica das controvrsias, promulgamos,sob a proteo de
Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL."Prembulo da Constituio: no constitui norma central. Invocao
da proteo de Deus: no se trata de norma dereproduo obrigatria na
Constituio estadual, no tendo fora normativa". (ADI 2.076, Rel.
Min. Carlos Velloso, DJ08/08/03)TTULO I - Dos Princpios
FundamentaisArt. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela
unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito
Federal,constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como
fundamentos:"Inexistente atribuio de competncia exclusiva Unio, no
ofende a Constituio do Brasil norma constitucional estadualque
dispe sobre aplicao, interpretao e integrao de textos normativos
estaduais, em conformidade com a Lei deIntroduo ao Cdigo Civil. No
h falar-se em quebra do pacto federativo e do princpio da
interdependncia e harmoniaentre os poderes em razo da aplicao de
princpios jurdicos ditos federais na interpretao de textos
normativosestaduais. Princpios so normas jurdicas de um determinado
direito, no caso, do direito brasileiro. No h princpiosjurdicos
aplicveis no territrio de um, mas no de outro ente federativo,
sendo descabida a classificao dos princpios emfederais e
estaduais." (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29/04/05)"Processo
legislativo da Unio: observncia compulsria pelos Estados de seus
princpios bsicos, por sua implicao com oprincpio fundamental da
separao e independncia dos Poderes: jurisprudncia do Supremo
Tribunal." (ADI 774, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 26/02/99)Se
certo que a Nova Carta Poltica contempla um elenco menos abrangente
de princpios constitucionais sensveis, adenotar, com isso, a
expanso de poderes jurdicos na esfera das coletividades autnomas
locais, o mesmo no se podeafirmar quanto aos princpios federais
extensveis e aos princpios constitucionais estabelecidos, os quais,
emboradisseminados pelo texto constitucional, posto que no tpica a
sua localizao, configuram acervo expressivo de limitaesdessa
autonomia local, cuja identificao at mesmo pelos efeitos
restritivos que deles decorrem impe-se realizar. Aquesto da
necessria observncia ou no, pelos Estados-Membros, das normas e
princpios inerentes ao processolegislativo, provoca a discusso
sobre o alcance do poder jurdico da Unio Federal de impor, ou no, s
demais pessoasestatais que integram a estrutura da federao, o
respeito incondicional a padres heternomos por ela prpria
institudoscomo fatores de compulsria aplicao. (...) Da resoluo
dessa questo central, emergir a definio do modelo defederao a ser
efetivamente observado nas prticas institucionais. (ADI 216-MC,
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/05/90)file:///K|/STF%20-%20CF.htm
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2. STF - Constituio"O pacto federativo, sustentando-se na
harmonia que deve presidir as relaes institucionais entre as
comunidades polticasque compem o Estado Federal, legitima as
restries de ordem constitucional que afetam o exerccio, pelos
Estados-Membros e Distrito Federal, de sua competncia normativa em
tema de exonerao tributria pertinente ao ICMS". (ADI1.247-MC, Rel.
Min. Celso de Mello, DJ 08/09/95)I - a soberania;O mero
procedimento citatrio no produz qualquer efeito atentatrio
soberania nacional ou ordem pblica, apenaspossibilita o
conhecimento da ao que tramita perante a justia aliengena e faculta
a apresentao de defesa. (CR 10.849-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ
21/05/04)No pode o Supremo Tribunal Federal avaliar o mrito dos
elementos formadores da prova, inclusive a autoria e amaterialidade
dos delitos cometidos, ora em produo perante a autoridade judiciria
do Pas requerente, tema afeto suasoberania. (Ext. 853, Rel. Min.
Maurcio Corra, DJ 05/09/03)Cabe, assim, Justia do Estado
requerente, reconhecer soberanamente, desde que o permita a sua
prpria legislaopenal, a ocorrncia, ou no, da continuidade delitiva,
no competindo ao Brasil, em obsquio ao princpio fundamental
dasoberania dos Estados, que rege as relaes internacionais,
constranger o Governo requerente a aceitar um instituto que atmesmo
o seu prprio ordenamento positivo possa rejeitar. (Ext 542, Rel.
Min. Celso de Mello, DJ 13/02/92)"Privilgios diplomticos no podem
ser invocados, em processos trabalhistas, para coonestar o
enriquecimento sem causade Estados estrangeiros, em inaceitvel
detrimento de trabalhadores residentes em territrio brasileiro, sob
pena de essaprtica consagrar censurvel desvio tico-jurdico,
incompatvel com o princpio da boa-f e inconcilivel com os
grandespostulados do direito internacional. O privilgio resultante
da imunidade de execuo no inibe a Justia brasileira de
exercerjurisdio nos processos de conhecimento instaurados contra
estados estrangeiros." (RE 222.368-AgR, Rel. Min. Celso deMello, DJ
14/02/03)II - a cidadania"Ningum obrigado a cumprir ordem ilegal,
ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial.
Mais: deverde cidadania opor-se ordem ilegal; caso contrrio,
nega-se o Estado de Direito." (HC 73.454, Rel. Min. Maurcio Corra,
DJ04/06/96)III - a dignidade da pessoa humana;"A durao prolongada,
abusiva e irrazovel da priso cautelar de algum ofende, de modo
frontal, o postulado da dignidadeda pessoa humana, que representa
considerada a centralidade desse princpio essencial (CF, art. 1,
III) significativo vetorinterpretativo, verdadeiro valor-fonte que
conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em
nosso Pas e quetraduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em
que se assenta, entre ns, a ordem republicana e
democrticaconsagrada pelo sistema de direito constitucional
positivo." (HC 85.988-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/06/05).
Nomesmo sentido (HC 85.237, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
29/04/05)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (2 of 574)17/08/2005
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3. STF - Constituio"Denncias genricas, que no descrevem os
fatos na sua devida conformao, no se coadunam com os
postuladosbsicos do Estado de Direito. Mais! Quando se fazem
imputaes vagas est a se violar, tambm, o princpio da dignidadeda
pessoa humana, que, entre ns, tem base positiva no artigo 1, III,
da Constituio. Como se sabe, na sua acepooriginria, este princpio
probe a utilizao ou transformao do homem em objeto dos processos e
aes estatais. O Estadoest vinculado ao dever de respeito e proteo
do indivduo contra exposio a ofensas ou humilhaes." (HC
84.409-EXS,Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 01/02/05)A mera instaurao
de inqurito, quando evidente a atipicidade da conduta, constitui
meio hbil a impor violao aos direitosfundamentais, em especial ao
princpio da dignidade humana. (HC 82.969, Rel. Min. Gilmar Mendes,
DJ 17/10/03)O fato de o paciente estar condenado por delito
tipificado como hediondo no enseja, por si s, uma proibio
objetivaincondicional concesso de priso domiciliar, pois a
dignidade da pessoa humana, especialmente a dos idosos, sempreser
preponderante, dada a sua condio de princpio fundamental da
Repblica (art. 1, inciso III, da CF/88). Por outro
lado,incontroverso que essa mesma dignidade se encontrar ameaada
nas hipteses excepcionalssimas em que o apenadoidoso estiver
acometido de doena grave que exija cuidados especiais, os quais no
podem ser fornecidos no local dacustdia ou em estabelecimento
hospitalar adequado." (HC 83.358, Rel. Min. Carlos Britto, DJ
04/06/04)Sendo fundamento da Repblica Federativa do Brasil a
dignidade da pessoa humana, o exame da constitucionalidade deato
normativo faz-se considerada a impossibilidade de o Diploma Maior
permitir a explorao do homem pelo homem. Ocredenciamento de
profissionais do volante para atuar na praa implica ato do
administrador que atende s exignciasprprias permisso e que
objetiva, em verdadeiro saneamento social, o endosso de lei
viabilizadora da transformao,balizada no tempo, de taxistas
auxiliares em permissionrios. (RE 359.444, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 28/05/04)Fundamento do ncleo do pensamento do
nacional-socialismo de que os judeus e os arianos formam raas
distintas. Osprimeiros seriam raa inferior, nefasta e infecta,
caractersticas suficientes para justificar a segregao e o
extermnio:inconciabilidade com os padres ticos e morais definidos
na Carta Poltica do Brasil e do mundo contemporneo, sob osquais se
ergue e se harmoniza o estado democrtico. Estigmas que por si s
evidenciam crime de racismo. Concepoatentatria dos princpios nos
quais se erige e se organiza a sociedade humana, baseada na
respeitabilidade e dignidade doser humano e de sua pacfica
convivncia no meio social. Condutas e evocaes aticas e imorais que
implicam repulsivaao estatal por se revestirem de densa
intolerabilidade, de sorte a afrontar o ordenamento
infraconstitucional econstitucional do Pas. (HC 82.424-QO, Rel.
Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04)O direito ao nome insere-se no
conceito de dignidade da pessoa humana, princpio alado a fundamento
da RepblicaFederativa do Brasil. (RE 248.869, Rel. Min. Maurcio
Corra, DJ 12/03/04)Objeo de princpio - em relao qual houve reserva
de Ministros do Tribunal - tese aventada de que
garantiaconstitucional da inadmissibilidade da prova ilcita se
possa opor, com o fim de dar-lhe prevalncia em nome do princpio
daproporcionalidade, o interesse pblico na eficcia da represso
penal em geral ou, em particular, na de determinados crimes: que,
a, foi a Constituio mesma que ponderou os valores contrapostos e
optou - em prejuzo, se necessrio da eficciada persecuo criminal -
pelos valores fundamentais, da dignidade humana, aos quais serve de
salvaguarda a proscrio daprova ilcita: de qualquer sorte - salvo em
casos extremos de necessidade inadivel e incontornvel - a ponderao
dequaisquer interesses constitucionais oponveis inviolabilidade do
domiclio no compete a posteriori ao juiz do processo emque se
pretenda introduzir ou valorizar a prova obtida na invaso ilcita,
mas sim quele a quem incumbe autorizarpreviamente a diligncia. (HC
79.512, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
16/05/03)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (3 of 574)17/08/2005
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4. STF - ConstituioA simples referncia normativa tortura,
constante da descrio tpica consubstanciada no art. 233 do Estatuto
da Criana edo Adolescente, exterioriza um universo conceitual
impregnado de noes com que o senso comum e o sentimento dedecncia
das pessoas identificam as condutas aviltantes que traduzem, na
concreo de sua prtica, o gesto ominoso deofensa dignidade da pessoa
humana. A tortura constitui a negao arbitrria dos direitos humanos,
pois reflete enquantoprtica ilegtima, imoral e abusiva um
inaceitvel ensaio de atuao estatal tendente a asfixiar e, at mesmo,
a suprimir adignidade, a autonomia e a liberdade com que o indivduo
foi dotado, de maneira indisponvel, pelo ordenamentopositivo. (HC
70.389, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/08/01)"DNA: submisso
compulsria ao fornecimento de sangue para a pesquisa do DNA: estado
da questo no direito comparado:precedente do STF que libera do
constrangimento o ru em ao de investigao de paternidade (HC 71.373)
e o dissensodos votos vencidos: deferimento, no obstante, do HC na
espcie, em que se cuida de situao atpica na qual se pretende de
resto, apenas para obter prova de reforo submeter ao exame o pai
presumido, em processo que tem por objeto apretenso de terceiro de
ver-se declarado o pai biolgico da criana nascida na constncia do
casamento do paciente:hiptese na qual, luz do princpio da
proporcionalidade ou da razoabilidade, se impe evitar a afronta
dignidade pessoalque, nas circunstncias, a sua participao na percia
substantivaria." (HC 76.060, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
15/05/98)Discrepa, a mais no poder, de garantias constitucionais
implcitas e explcitas preservao da dignidade humana, daintimidade,
da intangibilidade do corpo humano, do imprio da lei e da inexecuo
especfica e direta de obrigao de fazer provimento judicial que, em
ao civil de investigao de paternidade, implique determinao no
sentido de o ru serconduzido ao laboratrio, debaixo de vara, para
coleta do material indispensvel feitura do exame DNA. A recusa
resolve-se no plano jurdico-instrumental, consideradas a dogmtica,
a doutrina e a jurisprudncia, no que voltadas ao deslinde
dasquestes ligadas prova dos fatos. (HC 71.373, Rel. Min. Marco
Aurlio, DJ 22/11/96)IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa;NOVO "O princpio da livre iniciativa no pode ser
invocado para afastar regras de regulamentao do mercado e de
defesado consumidor." (RE 349.686, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ
05/08/05)NOVO "A fixao de horrio de funcionamento de
estabelecimento comercial matria de competncia
municipal,considerando improcedentes as alegaes de ofensa aos
princpios constitucionais da isonomia, da livre iniciativa, da
livreconcorrncia, da liberdade de trabalho, da busca do pleno
emprego e da proteo ao consumidor." (AI 481.886-AgR, Rel.
Min.Carlos Velloso, DJ 01/04/05). No mesmo sentido: RE 199.520, DJ
16/10/98.NOVO "Transporte rodovirio interestadual de passageiros.
No pode ser dispensada, a ttulo de proteo da livre iniciativa ,a
regular autorizao, concesso ou permisso da Unio, para a sua
explorao por empresa particular." (RE 214.382, Rel.Min. Octavio
Gallotti, DJ 19/11/99)NOVO "Em face da atual Constituio, para
conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princpio da livre
concorrncia comos da defesa do consumidor e da reduo das
desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justia
social,pode o Estado, por via legislativa, regular a poltica de
preos de bens e de servios, abusivo que o poder econmico quevisa ao
aumento arbitrrio dos lucros." (ADI 319-QO, Rel. Min. Moreira
Alves, DJ 30/04/93)V - o pluralismo
poltico.file:///K|/STF%20-%20CF.htm (4 of 574)17/08/2005
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5. STF - Constituio"Normas que condicionaram o nmero de
candidatos s Cmaras Municipais ao nmero de representantes do
respectivopartido na Cmara Federal. Alegada afronta ao princpio da
isonomia. Plausibilidade da tese, relativamente aos pargrafosdo
art. 11, por institurem critrio caprichoso que no guarda coerncia
lgica com a disparidade de tratamento nelesestabelecida. Afronta
igualdade caracterizadora do pluralismo poltico consagrado pela
Carta de 1988." (ADI 1.355-MC, Rel.Min. Ilmar Galvo, DJ
23/02/96)Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termosdesta
Constituio.Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio.
inconstitucional a criao, por Constituio estadual, de rgo de
controle administrativo do Poder Judicirio do qualparticipem
representantes de outros poderes ou entidades. (SM. 649)NOVO "Os
atos administrativos que envolvem a aplicao de conceitos
indeterminados esto sujeitos ao exame e controledo Poder Judicirio.
O controle jurisdicional pode e deve incidir sobre os elementos do
ato, luz dos princpios que regem aatuao da Administrao. (...) A
capitulao do ilcito administrativo no pode ser aberta a ponto de
impossibilitar o direito dedefesa." (RMS 24.699, Rel. Min. Eros
Grau, DJ 01/07/05)" plausvel, em face do ordenamento constitucional
brasileiro, o reconhecimento da admissibilidade das leis
interpretativas,que configuram instrumento juridicamente idneo de
veiculao da denominada interpretao autntica. As leisinterpretativas
desde que reconhecida a sua existncia em nosso sistema de direito
positivo no traduzem usurpaodas atribuies institucionais do
Judicirio e, em conseqncia, no ofendem o postulado fundamental da
diviso funcionaldo poder. Mesmo as leis interpretativas expem-se ao
exame e interpretao dos juzes e tribunais. No se revelam,
assim,espcies normativas imunes ao controle jurisdicional." (ADI
605-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 05/03/93)No h falar-se em
quebra do pacto federativo e do princpio da interdependncia e
harmonia entre os poderes em razo daaplicao de princpios jurdicos
ditos federais na interpretao de textos normativos estaduais.
Princpios so normasjurdicas de um determinado direito, no caso, do
direito brasileiro. No h princpios jurdicos aplicveis no territrio
de um,mas no de outro ente federativo, sendo descabida a
classificao dos princpios em federais e estaduais. (ADI 246,
Rel.Min. Eros Grau, DJ 29/04/05)"(...) esclareceu-se que o CNJ rgo
prprio do Poder Judicirio (CF, art. 92, I-A), composto, na maioria,
por membrosdesse mesmo Poder (CF, art. 103-B), nomeados sem
interferncia direta dos outros Poderes, dos quais o Legislativo
apenasindica, fora de seus quadros e, assim, sem vestgios de
representao orgnica, dois dos quinze membros, no podendoessa
indicao se equiparar a nenhuma forma de intromisso incompatvel com
a idia poltica e o perfil constitucional daseparao e independncia
dos Poderes." (ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso, Informativo
383)"Na formulao positiva do constitucionalismo republicano
brasileiro, o autogoverno do Judicirio alm de espaosvariveis de
autonomia financeira e oramentria reputa-se corolrio da
independncia do Poder (ADIn 135-Pb, Gallotti,21/11/96): viola-o,
pois, a instituio de rgo do chamado controle externo, com
participao de agentes ou representantesdos outros Poderes do
Estado." (ADI 98, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 31/10/97)"O
Plenrio, por maioria, julgou procedente pedido de ao direta
proposta pelo Procurador-Geral da Repblica para declarara
inconstitucionalidade do inciso VII do art. 77 da Constituio do
Estado do Rio de Janeiro, que assegura aos aprovados emconcurso
pblico, dentro do nmero de vagas fixado no respectivo edital, o
direito ao provimento no cargo no prazo mximode cento e oitenta
dias, contado da homologao do resultado. Com base no entendimento
fixado no RE 229.450/RJ (DJU de31/8/2001) no sentido de que a CF
apenas assegura ao candidato aprovado o direito subjetivo nomeao de
acordo com arespectiva ordem de classificao e no prazo da validade
do concurso, ficando o ato de provimento adstrito ao
poderdiscricionrio da Administrao Pblica, entendeu-se que a norma
impugnada viola os arts. 2 e 37, IV, da CF." (ADI 2.931,Rel. Min.
Carlos Britto, Informativo 377)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (5 of
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6. STF - Constituio"Separao e independncia dos Poderes: freios
e contra-pesos: parmetros federais impostos ao Estado membro.
Osmecanismos de controle recproco entre os Poderes, os freios e
contrapesos admissveis na estruturao das unidadesfederadas, sobre
constiturem matria constitucional local, s se legitimam na medida
em que guardem estreita similaridadecom os previstos na Constituio
da Repblica: precedentes. Conseqente plausibilidade da alegao de
ofensa do princpiofundamental por dispositivos da Lei estadual
11.075/98-RS (inc. IX do art. 2 e arts. 33 e 34), que confiam a
organismosburocrticos de segundo e terceiro graus do Poder
Executivo a funo de ditar parmetros e avaliaes do funcionamento
daJustia (...)." (ADI 1.905-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
05/11/04)"A fiscalizao legislativa da ao administrativa do Poder
Executivo um dos contrapesos da Constituio Federal separao e
independncia dos Poderes: cuida-se, porm, de interferncia que s a
Constituio da Repblica podelegitimar. Do relevo primacial dos pesos
e contrapesos no paradigma de diviso dos poderes, segue-se que
normainfraconstitucional a includa, em relao Federal, a constituio
dos Estados-Membros , no dado criar novasinterferncias de um Poder
na rbita de outro que no derive explcita ou implicitamente de regra
ou princpio da LeiFundamental da Repblica. O poder de fiscalizao
legislativa da ao administrativa do Poder Executivo outorgado
aosrgos coletivos de cada cmara do Congresso Nacional, no plano
federal, e da Assemblia Legislativa, no dos Estados;nunca, aos seus
membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em representao
(ou presentao) de sua Casa oucomisso." (ADI 3.046, Rel. Min.
Seplveda Pertence, DJ 28/05/04)"No obstante a formulao e a execuo
de polticas pblicas dependam de opes polticas a cargo daqueles que,
pordelegao popular, receberam investidura em mandato eletivo,
cumpre reconhecer que no se revela absoluta, nessedomnio, a
liberdade de conformao do legislador, nem a de atuao do Poder
Executivo. que, se tais Poderes do Estadoagirem de modo irrazovel
ou procederem com a clara inteno de neutralizar, comprometendo-a, a
eficcia dos direitossociais, econmicos e culturais, afetando, como
decorrncia causal de uma injustificvel inrcia estatal ou de um
abusivocomportamento governamental, aquele ncleo intangvel
consubstanciador de um conjunto irredutvel de condies
mnimasnecessrias a uma existncia digna e essenciais prpria
sobrevivncia do indivduo, a, ento, justificar-se-,
comoprecedentemente j enfatizado e at mesmo por razes fundadas em
um imperativo tico-jurdico , a possibilidade deinterveno do Poder
Judicirio, em ordem a viabilizar, a todos, o acesso aos bens cuja
fruio lhes haja sido injustamenterecusada pelo Estado." (ADPF 45,
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/05/04)Afronta os princpios
constitucionais da harmonia e independncia entre os Poderes e da
liberdade de locomoo normaestadual que exige prvia licena da
Assemblia Legislativa para que o Governador e o Vice-Governador
possam ausentar-se do Pas por qualquer prazo. Espcie de autorizao
que, segundo o modelo federal, somente se justifica quando
oafastamento exceder a quinze dias. Aplicao do princpio da
simetria. (ADI 738, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 07/02/03)Separao e
independncia dos Poderes: plausibilidade da alegao de ofensa do
princpio fundamental pela insero derepresentante da Assemblia
Legislativa, por essa escolhido, em rgo do Poder Executivo local,
qual o Conselho Estadualde Educao, que no constitui contrapeso
assimilvel aos do modelo constitucional positivo do regime de
Poderes. (ADI2.654-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
23/08/02)Acrdo que, analisando o conjunto probatrio dos autos,
corrige erro aritmtico manifesto no somatrio de pontos decandidato.
Alegada ofensa aos arts. 2; 5, XXXV; e 25, todos da Constituio
Federal. Hiptese em que o Tribunal a quo selimita a exercer seu
ofcio judicante, cumprindo seu dever de assegurar o direito
individual lesado, sem qualquer afronta aoprincpio da harmonia e
independncia entre poderes. (AI 228.367-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo,
DJ 23/06/00)Processo legislativo da Unio: observncia compulsria
pelos Estados de seus princpios bsicos, por sua implicao com
oprincpio fundamental da separao e independncia dos Poderes:
jurisprudncia do Supremo Tribunal. (ADI 774, Rel. Min.Seplveda
Pertence, DJ 26/02/99). No mesmo sentido: ADI 2.434-MC, DJ
10/08/01.file:///K|/STF%20-%20CF.htm (6 of 574)17/08/2005
13:02:39
7. STF - ConstituioSuspenso dos efeitos e da eficcia da Medida
Provisria n 375, de 23.11.93, que, a pretexto de regular a concesso
demedidas cautelares inominadas (CPC, art. 798) e de liminares em
mandado de segurana (Lei 1.533/51, art. 7, II) e emaes civis
pblicas (Lei 7.347/85, art. 12), acaba por vedar a concesso de tais
medidas, alm de obstruir o servio daJustia, criando obstculos
obteno da prestao jurisdicional e atentando contra a separao dos
poderes, porque sujeitao Judicirio ao Poder Executivo. (ADI 975-MC,
Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20/06/97)"Norma que subordina
convnios, acordos, contratos e atos de Secretrios de Estado aprovao
da AssembliaLegislativa: inconstitucionalidade, porque ofensiva ao
princpio da independncia e harmonia dos poderes." (ADI 676,
Rel.Min. Carlos Velloso, DJ 29/11/96). No mesmo sentido: ADI 770,
DJ 20/09/02; ADI 165, DJ 26/09/97.Alegada violao ao princpio da
independncia e harmonia entre os poderes. (...) Orientao assentada
no STF no sentidode que, no sendo dado ao Presidente da Repblica
retirar da apreciao do Congresso Nacional medida provisria que
tivereditado, -lhe, no entanto, possvel ab-rog-la por meio de nova
medida provisria, valendo tal ato pela simples suspensodos efeitos
da primeira, efeitos esses que, todavia, o Congresso poder ver
estabelecidos, mediante a rejeio da medida ab-rogatria.
Circunstncia que, em princpio, desveste de plausibilidade a tese da
violao ao princpio constitucionalinvocado. (ADI 1.315-MC, Rel. Min.
Ilmar Galvo, DJ 25/08/95)Art. 3 Constituem objetivos fundamentais
da Repblica Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre,
justa e solidria;II - garantir o desenvolvimento nacional;III -
erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;NOVO "O art. 7 da Lei n 6.194/74, na redao que
lhe deu o art. 1 da Lei n 8.441/92, ao ampliar as hipteses
deresponsabilidade civil objetiva, em tema de acidentes de trnsito
nas vias terrestres, causados por veculo automotor, noparece
transgredir os princpios constitucionais que vedam a prtica de
confisco, protegem o direito de propriedade easseguram o livre
exerccio da atividade econmica. A Constituio da Repblica, ao fixar
as diretrizes que regem a atividadeeconmica e que tutelam o direito
de propriedade, proclama, como valores fundamentais a serem
respeitados, a supremaciado interesse pblico, os ditames da justia
social, a reduo das desigualdades sociais, dando especial nfase,
dentro dessaperspectiva, ao princpio da solidariedade, cuja
realizao parece haver sido implementada pelo Congresso Nacional
aoeditar o art. 1 da Lei n 8.441/92." (ADI 1.003-MC, Rel. Min.
Celso de Mello, DJ 10/09/99)NOVO "Em face da atual Constituio, para
conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princpio da livre
concorrncia comos da defesa do consumidor e da reduo das
desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justia
social,pode o Estado, por via legislativa, regular a poltica de
preos de bens e de servios, abusivo que o poder econmico quevisa ao
aumento arbitrrio dos lucros." (ADI 319-QO, Rel. Min. Moreira
Alves, DJ 30/04/93)IV - promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminao.Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas
relaes internacionais pelos seguintes princpios:I - independncia
nacional;II - prevalncia dos direitos
humanos;file:///K|/STF%20-%20CF.htm (7 of 574)17/08/2005
13:02:39
8. STF - ConstituioExiste um nexo estreito entre a
imprescritibilidade, este tempo jurdico que se escoa sem encontrar
termo, e a memria,apelo do passado disposio dos vivos, triunfo da
lembrana sobre o esquecimento. No estado de direito democrticodevem
ser intransigentemente respeitados os princpios que garantem a
prevalncia dos direitos humanos. Jamais podem seapagar da memria
dos povos que se pretendam justos os atos repulsivos do passado que
permitiram e incentivaram o dioentre iguais por motivos raciais de
torpeza inominvel . (HC 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ
19/03/04)III - autodeterminao dos povos;IV - no-interveno;V -
igualdade entre os Estados;No pode o Supremo Tribunal Federal
avaliar o mrito dos elementos formadores da prova, inclusive a
autoria e amaterialidade dos delitos cometidos, ora em produo
perante a autoridade judiciria do Pas requerente, tema afeto
suasoberania. (Ext. 853, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 05/09/03)Cabe,
assim, Justia do Estado requerente, reconhecer soberanamente -
desde que o permita a sua prpria legislaopenal - a ocorrncia, ou
no, da continuidade delitiva, no competindo ao Brasil, em obsquio
ao principio fundamental dasoberania dos Estados, que rege as
relaes internacionais, constranger o Governo requerente a aceitar
um instituto que atmesmo o seu prprio ordenamento positivo possa
rejeitar. (Ext 542, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 13/02/92)VI -
defesa da paz;VII - soluo pacfica dos conflitos;VIII - repdio ao
terrorismo e ao racismo;"O repdio ao terrorismo: um compromisso
tico-jurdico assumido pelo Brasil, quer em face de sua prpria
Constituio, quer perante acomunidade internacional. Os atos
delituosos de natureza terrorista, considerados os parmetros
consagrados pela vigenteConstituio da Repblica, no se subsumem noo
de criminalidade poltica, pois a Lei Fundamental proclamou o repdio
aoterrorismo como um dos princpios essenciais que devem reger o
Estado brasileiro em suas relaes internacionais (CF, art. 4,
VIII),alm de haver qualificado o terrorismo, para efeito de
represso interna, como crime equiparvel aos delitos hediondos, o
que o expe,sob tal perspectiva, a tratamento jurdico impregnado de
mximo rigor, tornando-o inafianvel e insuscetvel da clemncia
soberana doEstado e reduzindo-o, ainda, dimenso ordinria dos crimes
meramente comuns (CF, art. 5, XLIII). A Constituio da
Repblica,presentes tais vetores interpretativos (CF, art. 4, VIII,
e art. 5, XLIII), no autoriza que se outorgue, s prticas delituosas
de carterterrorista, o mesmo tratamento benigno dispensado ao autor
de crimes polticos ou de opinio, impedindo, desse modo, que se
venha aestabelecer, em torno do terrorista, um inadmissvel crculo
de proteo que o faa imune ao poder extradicional do Estado
brasileiro,notadamente se se tiver em considerao a relevantssima
circunstncia de que a Assemblia Nacional Constituinte formulou um
claroe inequvoco juzo de desvalor em relao a quaisquer atos
delituosos revestidos de ndole terrorista, a estes no reconhecendo
adignidade de que muitas vezes se acha impregnada a prtica da
criminalidade poltica." (Ext 855, Rel. Min. Celso de Mello,
DJ01/07/05).IX - cooperao entre os povos para o progresso da
humanidade;X - concesso de asilo poltico.No h incompatibilidade
absoluta entre o instituto do asilo poltico e o da extradio
passiva, na exata medida em que oSupremo Tribunal Federal no est
vinculado ao juzo formulado pelo poder executivo na concesso
administrativa daquelebenefcio regido pelo direito das gentes.
Disso decorre que a condio jurdica de asilado poltico no suprime, s
por si, apossibilidade de o Estado brasileiro conceder, presentes e
satisfeitas as condies constitucionais e legais que a autorizam,a
extradio que lhe haja sido requerida. O estrangeiro asilado no
Brasil s no ser passvel de extradio quando o fatoensejador do
pedido assumir a qualificao de crime poltico ou de opinio ou as
circunstncias subjacente ao do Estadorequerente demonstrarem a
configurao de inaceitvel extradio poltica disfarada. (Ext 524, Rel.
Min. Celso de Mello, DJ08/03/91)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (8 of
574)17/08/2005 13:02:39
9. STF - ConstituioPargrafo nico. A Repblica Federativa do
Brasil buscar a integrao econmica, poltica, social e cultural dos
povos daAmrica Latina, visando formao de uma comunidade
latino-americana de naes.TTULO II - Dos Direitos e Garantias
FundamentaisCAPTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
COLETIVOSArt. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeirosresidentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,
liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termosseguintes:"
constitucional o 2 do art. 6 da lei 8.024/1990, resultante da
converso da medida provisria 168/1990, que fixou o BTNfiscal como
ndice de correo monetria aplicvel aos depsitos bloqueados pelo
plano Collor I." (SM. 725)"(...) consentnea com a Carta da Repblica
previso normativa asseguradora, ao militar e ao dependente
estudante, doacesso a instituio de ensino na localidade para onde
removido. Todavia, a transferncia do local do servio no pode
semostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a transposio da seara
particular para a pblica, sob pena de se colocar emplano secundrio
a isonomia artigo 5, cabea e inciso I , a impessoalidade, a
moralidade na Administrao Pblica, aigualdade de condies para o
acesso e permanncia na escola superior, prevista no inciso I do
artigo 206, bem como aviabilidade de chegar-se a nveis mais
elevados do ensino, no que o inciso V do artigo 208 vincula o
fenmeno capacidadede cada qual." (ADI 3.324, voto do Min. Marco
Aurlio, DJ 05/08/05)"A vedao constitucional de diferena de critrio
de admisso por motivo de idade (CF, art. 7, XXX) corolrio, na
esferadas relaes de trabalho, do princpio fundamental de igualdade,
que se entende, falta de excluso constitucionalinequvoca (como
ocorre em relao aos militares - CF, art. 42, 1), a todo o sistema
do pessoal civil. pondervel, noobstante, a ressalva das hipteses em
que a limitao de idade se possa legitimar como imposio da natureza
e dasatribuies do cargo a preencher." (RMS 21.046, Rel. Min.
Seplveda Pertence, DJ 14/11/91). No mesmo sentido: RE141.357, DJ
08/10/04; RE 212.066, DJ 12/03/99."IPVA e multas de trnsito
estaduais. Parcelamento. (...). Os artigos 5, caput, e 150, II, da
Lei Fundamental, corolrios dosprincpios da igualdade e da isonomia
tributria, no se acham violados, dado o carter impessoal e abstrato
da normaimpugnada." (ADI 2.474, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ
25/04/03)"O art. 3, II, da Lei 7.787/89, no ofensivo ao princpio da
igualdade, por isso que o art. 4 da mencionada Lei 7.787/89cuidou
de tratar desigualmente aos desiguais." (RE 343.446, Rel. Min.
Carlos Velloso, DJ 04/04/03)"Existncia, ainda, de vcio material, ao
estender a lei impugnada a fruio de direitos estatutrios aos
servidores celetistasdo Estado, ofendendo, assim, o princpio da
isonomia e o da exigncia do concurso pblico para o provimento de
cargos eempregos pblicos, previstos, respectivamente, nos arts. 5,
caput e 37, II da Constituio." (ADI 872, Rel. Min. Ellen Gracie,DJ
20/09/02)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (9 of 574)17/08/2005
13:02:39
10. STF - Constituio"Razoabilidade da exigncia de altura mnima
para ingresso na carreira de delegado de polcia, dada a natureza do
cargo aser exercido. Violao ao princpio da isonomia. Inexistncia."
(RE 140.889, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 15/12/00)"Concurso Pblico
Fator altura. Caso a caso, h de perquirir-se a sintonia da
exigncia, no que implica fator de tratamentodiferenciado com a funo
a ser exercida. No mbito da polcia, ao contrrio do que ocorre com o
agente em si, no se temcomo constitucional a exigncia de altura
mnima, considerados homens e mulheres, de um metro e sessenta para
ahabilitao ao cargo de escrivo, cuja natureza estritamente
escriturria, muito embora de nvel elevado." (RE 150.455, Rel.Min.
Marco Aurlio, DJ 07/05/99). No mesmo sentido: AI 384.050-AgR, DJ
10/10/03; RE 194.952, DJ 11/10/01."Os direitos e garantias
individuais no tm carter absoluto. No h, no sistema constitucional
brasileiro, direitos ougarantias que se revistam de carter
absoluto, mesmo porque razes de relevante interesse pblico ou
exigncias derivadasdo princpio de convivncia das liberdades
legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoo, por parte dos rgos
estatais,de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou
coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela
prpriaConstituio. O estatuto constitucional das liberdades pblicas,
ao delinear o regime jurdico a que estas esto sujeitas -
econsiderado o substrato tico que as informa - permite que sobre
elas incidam limitaes de ordem jurdica, destinadas, deum lado, a
proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar
a coexistncia harmoniosa das liberdades, poisnenhum direito ou
garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pblica ou com
desrespeito aos direitos e garantias deterceiros." (MS 23.452, Rel.
Min. Celso de Mello, DJ 12/05/00)"Ao recorrente, por no ser francs,
no obstante trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, no foi
aplicado o Estatuto doPessoal da Empresa, que concede vantagens aos
empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado
denacionalidade francesa. Ofensa ao princpio da igualdade: C.F.,
1967, art. 153, 1; C.F., 1988, art. 5, caput). Adiscriminao que se
baseia em atributo, qualidade, nota intrnseca ou extrnseca do
indivduo, como o sexo, a raa, anacionalidade, o credo religioso,
etc., inconstitucional. Precedente do STF: Ag 110.846(AgRg)-PR,
Clio Borja, RTJ119/465. Fatores que autorizariam a desigualizao no
ocorrentes no caso." (RE 161.243, Rel. Min. Carlos Velloso,
DJ19/12/97)A teor do disposto na cabea do artigo 5 da Constituio
Federal, os estrangeiros residentes no Pas tm jus aos direitos
egarantias fundamentais. (HC 74.051, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ
20/09/96)Enquanto os direitos de primeira gerao (direitos civis e
polticos) que compreendem as liberdades clssicas, negativasou
formais realam o princpio da liberdade e os direitos de segunda
gerao (direitos econmicos, sociais e culturais) que se identifica
com as liberdades positivas, reais ou concretas acentuam o princpio
da igualdade, os direitos de terceiragerao, que materializam
poderes de titularidade coletiva atribudos genericamente a todas as
formaes sociais,consagram o princpio da solidariedade e constituem
um momento importante no processo de desenvolvimento, expanso
ereconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto
valores fundamentais indisponveis, nota de uma
essencialinexauribilidade. (MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
17/11/95)"Concurso pblico: princpio de igualdade: ofensa
inexistente. No ofende o princpio da igualdade o regulamento
deconcurso pblico que, destinado a preencher cargos de vrios rgos
da Justia Federal, sediados em locais diversos,determina que a
classificao se faa por unidade da Federao, ainda que da resulte que
um candidato se possaclassificar, em uma delas, com nota inferior
ao que, em outra, no alcance a classificao respectiva" (RE 146.585,
Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 15/09/95)file:///K|/STF%20-%20CF.htm
(10 of 574)17/08/2005 13:02:39
11. STF - ConstituioO princpio da isonomia, que se reveste de
auto-aplicabilidade, no - enquanto postulado fundamental de nossa
ordempoltico-jurdica - suscetvel de regulamentao ou de complementao
normativa. Esse princpio cuja observncia
vincula,incondicionalmente, todas as manifestaes do Poder Pblico
deve ser considerado, em sua precpua funo de obstardiscriminaes e
de extinguir privilgios (RDA 55/114), sob duplo aspecto: (a) o da
igualdade na lei e (b) o da igualdadeperante a lei. A igualdade na
lei - que opera numa fase de generalidade puramente abstrata -
constitui exigncia destinada aolegislador que, no processo de sua
formao, nela no poder incluir fatores de discriminao, responsveis
pela ruptura daordem isonmica. A igualdade perante a lei, contudo,
pressupondo lei j elaborada, traduz imposio destinada aos
demaispoderes estatais, que, na aplicao da norma legal, no podero
subordin-la a critrios que ensejem tratamento seletivo
oudiscriminatrio. A eventual inobservncia desse postulado pelo
legislador impor ao ato estatal por ele elaborado e produzidoa eiva
de inconstitucionalidade. (MI 58, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
19/04/91)I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes,
nos termos desta Constituio;"Promoo de militares dos sexos
masculino e feminino: critrios diferenciados: carreiras regidas por
legislao especfica:ausncia de violao ao princpio da isonomia:
precedente (RE 225.721, Ilmar Galvo, DJ 24/04/2000)." (AI
511.131-AgR, Rel.Min. Seplveda Pertence, DJ 15/04/05)Concurso
pblico critrio de admisso - sexo. A regra direciona no sentido da
inconstitucionalidade da diferena de critriode admisso considerado
o sexo - artigo 5, inciso I, e par. 2 do artigo 39 da Carta
Federal. A exceo corre conta dashipteses aceitveis, tendo em vista
a ordem scio-constitucional. (RE 120.305, Rel. Min. Marco Aurlio,
DJ 09/06/95)II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa seno em virtude de lei;"No cabe recurso extraordinrio
por contrariedade ao princpio constitucional da legalidade, quando
a sua verificaopressuponha rever a interpretao dada a normas
infraconstitucionais pela deciso recorrida." (SM. 636)"S por lei se
pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo
pblico." (SM. 686)NOVO "Em seguida, no tocante Resoluo 20/2003, o
relator asseverou que especializar varas e atribuir competncia
pornatureza de feitos no matria alcanada pelo princpio da reserva
legal em sentido estrito, porm apenas pelo princpio dalegalidade
(CF, art. 5, II), ou seja, pela reserva da norma. Deste modo,
considerou legais as Resolues 314 e 20,respectivamente, do
Presidente do Conselho da Justia Federal CJF e do Presidente do TRF
da 4 Regio. (...). Aps,pediu vista o Min. Cezar Peluso." (HC
85.060, Rel. Min. Eros Grau, Informativo 395)No ofende o princpio
da legalidade a deciso que, ao interpretar o ordenamento positivo
em ato adequadamente motivado,limita-se, sem qualquer desvio
hermenutico, e dentro dos critrios consagrados pela Smula 288/STF,
a considerar comoessencial compreenso da controvrsia a pea
referente comprovao da tempestividade do recurso extraordinrio.
(AI156.226-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 14/02/97)A
inobservncia ao princpio da legalidade pressupe o reconhecimento de
preceito de lei dispondo de determinada forma eprovimento judicial
em sentido diverso, ou, ento, a inexistncia de base legal e, mesmo
assim, a condenao a satisfazer oque pleiteado. (AI 147.203-AgR,
Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 11/06/93)No afronta o princpio da
legalidade a reparao de leses deformantes, a ttulo de dano moral
(art. 1.538, 1, do CdigoCivil). (RE 116.447, Rel. Min. Clio Borja,
DJ 07/08/92)III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;IV - livre a manifestao do pensamento, sendo
vedado o anonimato;file:///K|/STF%20-%20CF.htm (11 of
574)17/08/2005 13:02:39
12. STF - Constituio" inquestionvel, Senhor Presidente, que a
delao annima, notadamente quando veicular a imputao de
supostasprticas delituosas, pode fazer instaurar situaes de tenso
dialtica entre valores essenciais igualmente protegidos
peloordenamento constitucional , dando causa ao surgimento de
verdadeiro estado de coliso de direitos, caracterizado
peloconfronto de liberdades revestidas de idntica estatura jurdica,
a reclamar soluo que, tal seja o contexto em que sedelineie, torne
possvel conferir primazia a uma das prerrogativas bsicas em relao
de antagonismo com determinadointeresse fundado em clusula inscrita
na prpria Constituio. (...) Com efeito, h, de um lado, a norma
constitucional, que,ao vedar o anonimato (CF, art. 5, IV), objetiva
fazer preservar, no processo de livre expresso do pensamento,
aincolumidade dos direitos da personalidade (como a honra, a vida
privada, a imagem e a intimidade), buscando inibir, dessemodo,
delaes de origem annima e de contedo abusivo. E existem, de outro,
certos postulados bsicos, igualmenteconsagrados pelo texto da
Constituio, vocacionados a conferir real efetividade exigncia de
que os comportamentosindividuais, registrados no mbito da
coletividade, ajustem-se lei e mostrem-se compatveis com padres
tico-jurdicosdecorrentes do prprio sistema de valores que a nossa
Lei Fundamental consagra. (...) entendo que a superao
dosantagonismos existentes entre princpios constitucionais h de
resultar da utilizao, pelo Supremo Tribunal Federal, decritrios que
lhe permitam ponderar e avaliar, hic et nunc, em funo de
determinado contexto e sob uma perspectivaaxiolgica concreta, qual
deva ser o direito a preponderar no caso, considerada a situao de
conflito ocorrente, desde que,no entanto, a utilizao do mtodo da
ponderao de bens e interesses no importe em esvaziamento do contedo
essencialdos direitos fundamentais, tal como adverte o magistrio da
doutrina (...)." (Inq 1.957, voto do Min. Celso de Mello,
pendentede publicao)A Turma retomou julgamento de habeas corpus em
que se pretende o trancamento, por falta de justa causa, de
notcia-crime, instaurada no STJ, por requisio do Ministrio Pblico
Federal, contra (...). Sustenta o impetrante que a atuao doparquet
se fez com base unicamente em denncia annima, o que violaria o
inciso IV do art. 5 da CF (...). O Min. CarlosBritto, em
voto-vista, indeferiu o habeas corpus por entender que a requisio
assentara-se no apenas no documentoapcrifo, mas, tambm, na anlise
de decises proferidas pela Justia do Estado do Tocantins,
valendo-se, portanto, deoutros elementos para chegar concluso no
sentido da necessidade de melhor esclarecimento dos fatos.
Considerou queos indcios de irregularidades constatados nas
referidas decises judiciais, dado o carter pblico destas, poderiam
terchegado ao conhecimento do parquet independemente da existncia
da denncia annima, no havendo se falar, por isso,em ofensa a
direitos honra, vida privada, imagem ou intimidade do paciente como
conseqncia da atuao daProcuradoria-Geral da Repblica. Em seguida,
os Ministros Eros Grau, que ratificou seu voto anterior, e Cezar
Pelusoacompanharam o voto do Min. Marco Aurlio, relator, deferindo
o writ. O julgamento foi suspenso com o pedido de vista doMin.
Seplveda Pertence. (HC 84.827, Rel. Min. Marco Aurlio, Informativo
385)"Delao annima. Comunicao de fatos graves que teriam sido
praticados no mbito da administrao pblica. Situaesque se revestem,
em tese, de ilicitude (procedimentos licitatrios supostamente
direcionados e alegado pagamento de diriasexorbitantes). A questo
da vedao constitucional do anonimato (CF, art. 5, IV, in fine), em
face da necessidade tico-jurdica de investigao de condutas
funcionais desviantes. Obrigao estatal, que, imposta pelo dever de
observncia dospostulados da legalidade, da impessoalidade e da
moralidade administrativa (CF, art. 37, caput), torna inderrogvel
oencargo de apurar comportamentos eventualmente lesivos ao
interesse pblico. Razes de interesse social em possvelconflito com
a exigncia de proteo incolumidade moral das pessoas (CF, art. 5,
X). O direito pblico subjetivo do cidadoao fiel desempenho, pelos
agentes estatais, do dever de probidade constituiria uma limitao
externa aos direitos dapersonalidade? Liberdades em antagonismo.
Situao de tenso dialtica entre princpios estruturantes da
ordemconstitucional. Coliso de direitos que se resolve, em cada
caso ocorrente, mediante ponderao dos valores e interesses
emconflito. Consideraes doutrinrias. Liminar indeferida." (MS
24.369, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/10/02)Divulgao total ou
parcial, por qualquer meio de comunicao, de nome, ato ou documento
de procedimento policial,administrativo ou judicial relativo criana
ou adolescente a que se atribua ato infracional. Publicidade
indevida. Penalidade:suspenso da programao da emissora at por dois
dias, bem como da publicao do peridico at por dois
nmeros.Inconstitucionalidade. A Constituio de 1988 em seu artigo
220 estabeleceu que a liberdade de manifestao dopensamento, de
criao, de expresso e de informao, sob qualquer forma, processo ou
veculo, no sofrer qualquerrestrio, observado o que nela estiver
disposto. (ADI 869, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 04/06/04)Limitaes
liberdade de manifestao do pensamento, pelas suas variadas formas.
Restrio que h de estar explcita ouimplicitamente prevista na prpria
Constituio. (ADI 869, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ
04/06/04)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (12 of 574)17/08/2005
13:02:39
13. STF - ConstituioA Lei 8.443, de 1992, estabelece que
qualquer cidado, partido poltico ou sindicato parte legtima para
denunciarirregularidades ou ilegalidades perante o TCU. A apurao
ser em carter sigiloso, at deciso definitiva sobre a
matria.Decidindo, o Tribunal manter ou no o sigilo quanto ao objeto
e autoria da denncia ( 1 do art. 55). Estabeleceu o TCU,ento, no
seu Regimento Interno, que, quanto autoria da denncia, ser mantido
o sigilo: inconstitucionalidade diante dodisposto no art. 5,
incisos V, X, XXXIII e XXXV, da Constituio Federal. (MS 24.405,
Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 23/04/04)"Liberdade de expresso.
Garantia constitucional que no se tem como absoluta. Limites morais
e jurdicos. O direito livreexpresso no pode abrigar, em sua
abrangncia, manifestaes de contedo imoral que implicam ilicitude
penal. Asliberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem
ser exercidas de maneira harmnica, observados os limitesdefinidos
na prpria Constituio Federal (CF, artigo 5, 2, primeira parte). O
preceito fundamental de liberdade deexpresso no consagra o direito
incitao ao racismo, dado que um direito individual no pode
constituir-se emsalvaguarda de condutas ilcitas, como sucede com os
delitos contra a honra. Prevalncia dos princpios da dignidade
dapessoa humana e da igualdade jurdica" (HC 82.424, Rel. Min.
Maurcio Corra, DJ 19/03/04)A liberdade de expresso constitui-se em
direito fundamental do cidado, envolvendo o pensamento, a exposio
de fatosatuais ou histricos e a crtica. (HC 83.125, Rel. Min. Marco
Aurlio, DJ 07/11/03)V - assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral
ou imagem;O dano moral indenizvel o que atinge a esfera legtima de
afeio da vtima, que agride seus valores, que humilha, quecausa dor.
A perda de uma frasqueira contendo objetos pessoais, geralmente
objetos de maquiagem da mulher, noobstante desagradvel, no produz
dano moral indenizvel. (RE 387.014-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso,
DJ 25/06/04)A simples reproduo, pela imprensa, de acusao de mau uso
de verbas pblicas, prtica de nepotismo e trfico deinfluncia, objeto
de representao devidamente formulada perante o TST por federao de
sindicatos, no constitui abusode direito. Dano moral indevido. (RE
208.685, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 22/08/03)Coleta de material
biolgico da placenta, com propsito de se fazer exame de DNA, para
averigao de paternidade donascituro, embora a oposio da
extraditanda. (...). Bens jurdicos constitucionais como moralidade
administrativa,persecuo penal pblica e segurana pblica que se
acrescem, como bens da comunidade, na expresso de Canotilho, ao
direito fundamental honra (CF, art. 5, X), bem assim direito honra
e imagem de policiais federais acusados deestupro da extraditanda,
nas dependncias da Polcia Federal, e direito imagem da prpria
instituio, em confronto com oalegado direito da reclamante
intimidade e a preservar a identidade do pai de seu filho. (Rcl
2.040-QO, Rel. Min. Nri daSilveira, DJ 27/06/03)Para a reparao do
dano moral no se exige a ocorrncia de ofensa reputao do indivduo. O
que acontece que, deregra, a publicao da fotografia de algum, com
intuito comercial ou no, causa desconforto, aborrecimento
ouconstrangimento, no importando o tamanho desse desconforto, desse
aborrecimento ou desse constrangimento. Desde queele exista, h o
dano moral, que deve ser reparado, manda a Constituio, art. 5, X.
(RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso,DJ 28/06/02)"A possibilidade
de a pessoa jurdica sofrer danos morais no alcana nvel
constitucional a viabilizar a abertura da viaextraordinria." (RE
221.250-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06/04/01)O fato de a
Conveno de Varsvia revelar, como regra, a indenizao tarifada por
danos materiais no exclui a relativa aosdanos morais. Configurados
esses pelo sentimento de desconforto, de constrangimento,
aborrecimento e humilhaodecorrentes do extravio de mala, cumpre
observar a Carta Poltica da Repblica incisos V e X do artigo 5, no
que sesobrepe a tratados e convenes ratificados pelo Brasil. (RE
172.720, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/02/97). No mesmosentido: AI
196.379-AgR, DJ 24/04/98.file:///K|/STF%20-%20CF.htm (13 of
574)17/08/2005 13:02:39
14. STF - ConstituioNo afronta o princpio da legalidade a
reparao de leses deformantes, a ttulo de dano moral (art. 1.538, 1,
do CdigoCivil). (RE 116.447, Rel. Min. Clio Borja, DJ 07/08/92)VI -
inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o
livre exerccio dos cultos religiosos e garantida,na forma da lei, a
proteo aos locais de culto e a suas liturgias;VII - assegurada, nos
termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades
civis e militares de internaocoletiva;VIII - ningum ser privado de
direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou
poltica, salvo se asinvocar para eximir-se de obrigao legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em
lei;IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica,
cientfica e de comunicao, independentemente de censura oulicena;"As
liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser
exercidas de maneira harmnica, observados os limitesdefinidos na
prpria Constituio Federal (CF, artigo 5, 2, primeira parte). O
preceito fundamental de liberdade deexpresso no consagra o direito
incitao ao racismo, dado que um direito individual no pode
constituir-se emsalvaguarda de condutas ilcitas, como sucede com os
delitos contra a honra. Prevalncia dos princpios da dignidade
dapessoa humana e da igualdade jurdica." (HC 82.424, Rel. Min.
Maurcio Corra, DJ 19/03/04)X - so inviolveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenizao pelo danomaterial ou moral decorrente de sua violao;NOVO
"A Turma iniciou julgamento de recurso extraordinrio interposto
contra acrdo do TRF da 4 Regio que, afastandoa responsabilidade
objetiva do Estado, negara provimento a pedido de indenizao por
danos morais e materiais. Alega-se,na espcie, ofensa ao art. 37, 6,
da CF, porquanto a recorrente teria sofrido abalo psicolgico, assim
como realizadogastos com sua inscrio em estabelecimento particular
de ensino superior, sendo ambos os danos ocasionados pelanegativa
da Universidade Federal de Santa Maria UFSM em efetuar a matrcula
da recorrente, com base em exignciaposteriormente declarada
descabida pelo tribunal a quo: concluso de estgio
profissionalizante. O Min. Carlos Velloso,relator, conheceu em
parte do recurso e, nessa parte, deu-lhe provimento para deferir a
indenizao por danos morais, a serapurada em liquidao de sentena, no
que foi acompanhado pelo Min. Joaquim Barbosa. No conheceu do
recurso quanto argio de dano material, uma vez que, na espcie, a
ocorrncia do nexo de causalidade entre as despesas realizadaspela
recorrente e a negativa da recorrida em efetuar a matrcula somente
poderia ser afirmada com o exame de provas. Notocante ao dano
moral, aps ressaltar seu status constitucional (CF, art. 5, X),
afirmou que a sua concretizao se dquando algum tem ofendido, por
ato de terceiro, o seu decoro ou a sua auto-estima, a causar
desconforto, aborrecimento ouconstrangimento, no importando, em
princpio, a envergadura desses dissabores. Considerou que, no caso,
a negativa dematrcula causara dor ntima, abalo psquico e trauma
recorrente que, aps ser aprovada em vestibular para ingresso
emuniversidade pblica federal, vira seu anseio postergado por
exigncia considerada, ulteriormente, dispensvel pelo prprioPoder
Judicirio. Aps, o julgamento foi suspenso em virtude do pedido de
vista do Min. Gilmar Mendes." (RE 364.631, Rel.Min. Carlos Velloso,
Informativo 394)"Alegada nulidade da ao penal, que teria origem em
procedimento investigatrio do Ministrio Pblico e
incompatibilidadedo tipo penal em causa com a Constituio Federal.
Caso em que os fatos que basearam a inicial acusatria
emergiramdurante o Inqurito Civil, no caracterizando investigao
criminal, como quer sustentar a impetrao. A validade da
denncianesses casos, proveniente de elementos colhidos em Inqurito
civil, se impe, at porque jamais se discutiu a
competnciainvestigativa do Ministrio Pblico diante da cristalina
previso constitucional (art. 129, II, da CF). Na espcie, no est
emdebate a inviolabilidade da vida privada e da intimidade de
qualquer pessoa. A questo apresentada outra. Consiste naobedincia
aos princpios regentes da Administrao Pblica, especialmente a
igualdade, a moralidade, a publicidade e aeficincia, que estariam
sendo afrontados se de fato ocorrentes as irregularidades apontadas
no inqurito civil." (HC 84.367,Rel. Min. Carlos Britto, DJ
18/02/05)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (14 of 574)17/08/2005
13:02:39
15. STF - Constituio"Delao annima. (...) A questo da vedao
constitucional do anonimato (CF, art. 5, IV, in fine), em face da
necessidadetico-jurdica de investigao de condutas funcionais
desviantes. (...) O direito pblico subjetivo do cidado ao
fieldesempenho, pelos agentes estatais, do dever de probidade
constituiria uma limitao externa aos direitos dapersonalidade?
Liberdades em antagonismo. Situao de tenso dialtica entre princpios
estruturantes da ordemconstitucional. Coliso de direitos que se
resolve, em cada caso ocorrente, mediante ponderao dos valores e
interesses emconflito." (MS 24.369, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
16/10/02)"Constitucional. Dano moral: fotografia: publicao no
consentida: indenizao: cumulao com o dano material:possibilidade.
Constituio Federal, art. 5, X. I. Para a reparao do dano moral no
se exige a ocorrncia de ofensa reputao do indivduo. O que acontece
que, de regra, a publicao da fotografia de algum, com intuito
comercial ou no,causa desconforto, aborrecimento ou
constrangimento, no importando o tamanho desse desconforto, desse
aborrecimentoou desse constrangimento. Desde que ele exista, h o
dano moral, que deve ser reparado, manda a Constituio, art. 5,X."
(RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/06/02)O sigilo bancrio
s existe no Direito brasileiro por fora de lei ordinria. No entendo
que se cuide de garantia com statusconstitucional. No se trata da
intimidade protegida no inciso X do art. 5 da Constituio Federal.
(MS 21.729, voto do Min.Seplveda Pertence, DJ 19/10/01)A quebra do
sigilo fiscal, bancrio e telefnico de qualquer pessoa sujeita a
investigao legislativa pode ser legitimamentedecretada pela Comisso
Parlamentar de Inqurito, desde que esse rgo estatal o faa mediante
deliberaoadequadamente fundamentada e na qual indique a necessidade
objetiva da adoo dessa medida extraordinria.Precedente: MS
23.452-RJ, Rel. Min. Celso de Mello (Pleno). (MS 23.639, Rel. Min.
Celso de Mello, DJ 16/02/01)"DNA: submisso compulsria ao
fornecimento de sangue para a pesquisa do DNA: estado da questo no
direito comparado:precedente do STF que libera do constrangimento o
ru em ao de investigao de paternidade (HC 71.373) e o dissensodos
votos vencidos: deferimento, no obstante, do HC na espcie, em que
se cuida de situao atpica na qual se pretende -de resto, apenas
para obter prova de reforo - submeter ao exame o pai presumido, em
processo que tem por objeto apretenso de terceiro de ver-se
declarado o pai biolgico da criana nascida na constncia do
casamento do paciente:hiptese na qual, luz do princpio da
proporcionalidade ou da razoabilidade, se impe evitar a afronta
dignidade pessoalque, nas circunstncias, a sua participao na percia
substantivaria." (HC 76.060, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
15/05/98)O fato de a Conveno de Varsvia revelar, como regra, a
indenizao tarifada por danos materiais no exclui a relativa
aosdanos morais. Configurados esses pelo sentimento de desconforto,
de constrangimento, aborrecimento e humilhaodecorrentes do extravio
de mala, cumpre observar a Carta Poltica da Repblica incisos V e X
do artigo 5, no que sesobrepe a tratados e convenes ratificados
pelo Brasil. (RE 172.720, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/02/97). No
mesmosentido: AI 196.379-AgR, DJ 24/04/98."Discrepa, a mais no
poder, de garantias constitucionais implcitas e explcitas -
preservao da dignidade humana, daintimidade, da intangibilidade do
corpo humano, do imprio da lei e da inexecuo especfica e direta de
obrigao de fazer -provimento judicial que, em ao civil de
investigao de paternidade, implique determinao no sentido de o ru
serconduzido ao laboratrio, debaixo de vara, para coleta do
material indispensvel feitura do exame DNA. A recusa resolve-se no
plano jurdico-instrumental, consideradas a dogmtica, a doutrina e a
jurisprudncia, no que voltadas ao deslinde dasquestes ligadas prova
dos fatos." (HC 71.373, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ
22/11/96)"Inadmissibilidade, como prova, de laudos de degravao de
conversa telefnica e de registros contidos na memria demicro
computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI, da Constituio
Federal); no primeiro caso, por se tratar degravao realizada por um
dos interlocutores, sem conhecimento do outro, havendo a degravaco
sido feita cominobservncia do princpio do contraditrio, e utilizada
com violao a privacidade alheia (art. 5, X, da CF); e, no
segundocaso, por estar-se diante de micro computador que, alm de
ter sido apreendido com violao de domiclio, teve a memrianele
contida sido degradada ao arrepio da garantia da inviolabilidade da
intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)." (AP307, Rel. Min.
Ilmar Galvo, DJ 13/10/95)XI - a casa asilo inviolvel do indivduo,
ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso deflagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinao judicial;file:///K|/STF%20-%20CF.htm
(15 of 574)17/08/2005 13:02:39
16. STF - ConstituioCuidando-se de crime de natureza
permanente, a priso do traficante, em sua residncia, durante o
perodo noturno, noconstitui prova ilcita. (HC 84.772, Rel. Min.
Ellen Gracie, DJ 12/11/04)Prova: alegao de ilicitude da prova
obtida mediante apreenso de documentos por agentes fiscais, em
escritrio deempresa compreendido no alcance da garantia
constitucional da inviolabilidade do domiclio e de contaminao
dasprovas daquela derivadas: tese substancialmente correta,
prejudicada no caso, entretanto, pela ausncia de demonstraoconcreta
de que os fiscais no estavam autorizados a entrar ou permanecer no
escritrio da empresa, o que no se extrai doacrdo recorrido.
Conforme o art. 5, XI, da Constituio afora as excees nele
taxativamente previstas (em caso deflagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro) s a determinao judicial autoriza, e durante o
dia, a entrada dealgum autoridade ou no no domiclio de outrem, sem
o consentimento do morador. (RE 331.303-AgR, Rel. Min.Seplveda
Pertence, DJ 12/03/04)Impe-se destacar, por necessrio, que o
conceito de casa, para os fins da proteo jurdico-constitucional a
que se refereo art. 5, XI, da Lei Fundamental, reveste-se de carter
amplo, pois compreende, na abrangncia de sua designao tutelar,(a)
qualquer compartimento habitado, (b) qualquer aposento ocupado de
habitao coletiva e (c) qualquer compartimentoprivado onde algum
exerce profisso ou atividade. Esse amplo sentido conceitual da noo
jurdica de casa - que abrangee se estende aos consultrios
profissionais dos cirurgies-dentistas (...) - revela-se plenamente
consentneo com a exignciaconstitucional de proteo esfera de
liberdade individual e de privacidade pessoal. (RE 251.445, Rel.
Min. Celso de Mello,DJ 03/08/00)"Inadmissibilidade, como prova, de
laudos de degravao de conversa telefnica e de registros contidos na
memria demicro computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI,
da Constituio Federal); no primeiro caso, por se tratar de
gravaorealizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do
outro, havendo a degravaco sido feita com inobservncia doprincpio
do contraditrio, e utilizada com violao a privacidade alheia (art.
5, X, da CF); e, no segundo caso, por estar-sediante de micro
computador que, alm de ter sido apreendido com violao de domiclio,
teve a memria nele contida sidodegradada ao arrepio da garantia da
inviolabilidade da intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)."
(AP 307, Rel. Min.Ilmar Galvo, DJ 13/10/95)Invaso de domiclio para
realizao do flagrante. (...). Legitimidade do flagrante. Infrao
permanente. Estado de flagrnciacaracterizado, o que afasta a
exigncia de mandado judicial. (HC 70.909, Rel. Min. Paulo Brossard,
DJ 25/11/94)XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das
comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas,salvo,
no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigao criminal ouinstruo
processual penal;(...) (a) polmica - ainda aberta no STF - acerca
da viabilidade ou no da tutela jurisdicional preventiva de publicao
dematria jornalstica ofensiva a direitos da personalidade; (b)
peculiaridade, de extremo relevo, de discutir-se no caso dadivulgao
jornalstica de produto de interceptao ilcita - hoje, criminosa - de
comunicao telefnica, que a Constituioprotege independentemente do
seu contedo e, conseqentemente, do interesse pblico em seu
conhecimento e danotoriedade ou do protagonismo poltico ou social
dos interlocutores. (Pet 2.702, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
19/09/03)Carta rogatria - objeto - Dados de processos em curso no
Brasil e coleta de depoimentos. O levantamento de dadosconstantes
de processos em andamento no Brasil no implica a quebra do sigilo
assegurado pela Carta da Repblica, ante apublicidade que os
reveste. (CR 9.854-AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ
27/06/03)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (16 of 574)17/08/2005
13:02:39
17. STF - ConstituioA prova ilcita, caracterizada pela escuta
telefnica, no sendo a nica produzida no procedimento investigatrio,
no ensejadesprezarem-se as demais que, por ela no contaminadas e
dela no decorrentes, formam o conjunto probatrio da autoria
ematerialidade do delito. No se compatibiliza com o rito especial e
sumrio do habeas corpus o reexame aprofundado daprova da autoria do
delito. Sem que possa colher-se dos elementos do processo a
resultante conseqncia de que toda aprova tenha provindo da escuta
telefnica, no h falar-se em nulidade do procedimento penal. (HC
75.497, Rel. Min.Maurcio Corra, DJ 09/05/03)Interceptao telefnica.
Prova ilcita. Autorizao judicial deferida anteriormente Lei n
9.296/96, que regulamentou oinciso XII do artigo 5 da Constituio
Federal. Nulidade da ao penal, por fundar-se exclusivamente em
conversas obtidasmediante quebra dos sigilos telefnicos dos
pacientes. (HC 81.154, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/12/01)Quando
o trfico ilcito de entorpecentes se estende por mais de uma
jurisdio, competente, pelo princpio da preveno,o Juiz que primeiro
toma conhecimento da infrao e pratica qualquer ato processual. No
caso, o ato que fixou acompetncia do juiz foi a autorizao para
proceder a escuta telefnica das conversas do Paciente. (HC 82.009,
Rel. Min.Nelson Jobim, DJ 19/12/02)Interceptao telefnica: exigncia
de autorizao do juiz competente da ao principal (Lei n 9.296/96,
art. 1):inteligncia. Se se cuida de obter a autorizao para a
interceptao telefnica no curso de processo penal, no suscitadvidas
a regra de competncia do art. 1 da Lei n 9.296/96: s ao juiz da ao
penal condenatria - e que dirige toda ainstruo -, caber deferir a
medida cautelar incidente. Quando, no entanto, a interceptao
telefnica constituir medidacautelar preventiva, ainda no curso das
investigaes criminais, a mesma norma de competncia h de ser
entendida eaplicada com temperamentos, para no resultar em absurdos
patentes: a, o ponto de partida determinao dacompetncia para a
ordem judicial de interceptao - no podendo ser o fato imputado, que
s a denncia, eventual e futura,precisar -, haver de ser o fato
suspeitado, objeto dos procedimentos investigatrios em curso. No
induz ilicitude daprova resultante da interceptao telefnica que a
autorizao provenha de Juiz Federal aparentemente competente, vista
do objeto das investigaes policiais em curso, ao tempo da deciso -
que, posteriormente, se haja declaradoincompetente, vista do
andamento delas. (HC 81.260, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
19/04/02)Escuta gravada da comunicao telefnica com terceiro, que
conteria evidncia de quadrilha que integrariam: ilicitude,
nascircunstncias, com relao a ambos os interlocutores. A hiptese no
configura a gravao da conversa telefnica prpriapor um dos
interlocutores - cujo uso como prova o STF, em dadas circunstncias,
tem julgado lcito - mas, sim, escuta egravao por terceiro de
comunicao telefnica alheia, ainda que com a cincia ou mesmo a
cooperao de um dosinterlocutores: essa ltima, dada a interveno de
terceiro, se compreende no mbito da garantia constitucional do
sigilo dascomunicaes telefnicas e o seu registro s se admitir como
prova, se realizada mediante prvia e regular autorizaojudicial. A
prova obtida mediante a escuta gravada por terceiro de conversa
telefnica alheia patentemente ilcita emrelao ao interlocutor
insciente da intromisso indevida, no importando o contedo do dilogo
assim captado. A ilicitude daescuta e gravao no autorizadas de
conversa alheia no aproveita, em princpio, ao interlocutor que,
ciente, hajaaquiescido na operao; aproveita-lhe, no entanto, se,
ilegalmente preso na ocasio, o seu aparente assentimento
naempreitada policial, ainda que existente, no seria vlido. A
extenso ao interlocutor ciente da excluso processual doregistro da
escuta telefnica clandestina - ainda quando livre o seu
assentimento nela - em princpio, parece inevitvel, se aparticipao
de ambos os interlocutores no fato probando for incindvel ou mesmo
necessria composio do tipo criminalcogitado, qual, na espcie, o de
quadrilha. (HC 80.949, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ
14/12/01)Utilizao de gravao de conversa telefnica feita por
terceiro com a autorizao de um dos interlocutores sem oconhecimento
do outro quando h, para essa utilizao, excludente da
antijuridicidade. Afastada a ilicitude de tal conduta - ade, por
legtima defesa, fazer gravar e divulgar conversa telefnica ainda
que no haja o conhecimento do terceiro que estpraticando crime -,
ela, por via de conseqncia, lcita e, tambm conseqentemente, essa
gravao no pode ser tidacomo prova ilcita, para invocar-se o artigo
5, LVI, da Constituio com fundamento em que houve violao da
intimidade(art. 5, X, da Carta Magna). (HC 74.678, Rel. Min.
Moreira Alves, DJ 15/08/97)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (17 of
574)17/08/2005 13:02:39
18. STF - ConstituioO sigilo bancrio s existe no Direito
brasileiro por fora de lei ordinria. No entendo que se cuide de
garantia com statusconstitucional. (...). Da minha leitura, no
inciso XII da Lei Fundamental, o que se protege, e de modo
absoluto, at em relaoao Poder Judicirio, a comunicao de dados e no
os dados, o que tornaria impossvel qualquer
investigaoadministrativa, fosse qual fosse. Reporto-me, no caso,
brevitatis causao, a um primoroso estudo a respeito do
ProfessorTrcio Sampaio Ferraz Jnior. Em princpio, por isso,
admitiria que a lei autorizasse autoridades administrativas, com
funoinvestigatria e sobretudo o Ministrio Pblico, a obter dados
relativos a operaes bancrias. (MS 21.729, voto do Min.Seplveda
Pertence, DJ 19/10/01)Nota - At a edio da Lei n 9.296/96, o
entendimento do Tribunal era no sentido da impossibilidade de
interceptaotelefnica, mesmo com autorizao judicial, em investigao
criminal ou instruo processual penal, tendo em vista a no-recepo do
art. 57, II, e da Lei n 4.117/62 (Cdigo Brasileiro de
Telecomunicaes)."O art. 5, XII, da Constituio, que prev,
excepcionalmente, a violao do sigilo das comunicaes telefnicas para
fins deinvestigao criminal ou instruo processual penal, no
auto-aplicvel: exige lei que estabelea as hipteses e a formaque
permitam a autorizao judicial. Precedentes. a) Enquanto a referida
lei no for editada pelo Congresso Nacional, considerada prova
ilcita a obtida mediante quebra do sigilo das comunicaes
telefnicas, mesmo quando haja ordemjudicial (CF, art. 5, LVI). b) O
art. 57, II, a, do Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes no foi
recepcionado pela atualConstituio, a qual exige numerus clausus
para a definio das hipteses e formas pelas quais legtima a violao
dosigilo das comunicaes telefnicas. A garantia que a Constituio d,
at que a lei o defina, no distingue o telefone pblicodo particular,
ainda que instalado em interior de presdio, pois o bem jurdico
protegido a privacidade das pessoas,prerrogativa dogmtica de todos
os cidados. As provas obtidas por meios ilcitos contaminam as que
so exclusivamentedelas decorrentes; tornam-se inadmissveis no
processo e no podem ensejar a investigao criminal e, com mais razo,
adenncia, a instruo e o julgamento (CF, art. 5, LVI), ainda que
tenha restado sobejamente comprovado, por meio delas,que o Juiz foi
vtima das contumlias do paciente." (HC 72.588, Rel. Min. Mauricio
Corra, DJ 04/08/00). No mesmo sentido:HC 74.586, DJ 27/04/01."
ilcita a prova produzida mediante escuta telefnica autorizada por
magistrado, antes do advento da Lei n 9.296, de24.07.96, que
regulamentou o art. 5, XII, da Constituio Federal." (HC 74.116,
Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 14/03/97)A administrao penitenciria,
com fundamento em razes de segurana pblica, de disciplina prisional
ou de preservaoda ordem jurdica, pode, sempre excepcionalmente, e
desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, pargrafo nico,
daLei n 7.210/84, proceder interceptao da correspondncia remetida
pelos sentenciados, eis que a clusula tutelar dainviolabilidade do
sigilo epistolar no pode constituir instrumento de salvaguarda de
prticas ilcitas. (HC 70.814, Rel. Min.Celso de Mello, DJ
24/06/94)XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou
profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a
leiestabelecer;"A exigncia temporal de dois anos de bacharelado em
Direito como requisito para inscrio em concurso pblico paraingresso
nas carreiras do Ministrio Pblico da Unio, prevista no art. 187 da
Lei complementar n 75/93, no representaofensa ao princpio da
razoabilidade, pois, ao contrrio de se afastar dos parmetros da
maturidade pessoal e profissional aque objetivam a norma, adota
critrio objetivo que a ambos atende." (ADI 1.040, Rel. Min. Ellen
Gracie, DJ 01/04/05)Em sntese, a legislao local submete o
contribuinte exceo de emitir notas fiscais individualizadas, quando
em dbitopara com o fisco. Entendo conflitante com a Carta da
Repblica o procedimento adotado. (...) A lei estadual
contraria,portanto, os textos constitucionais evocados, ou seja, a
garantia do livre exerccio do trabalho, ofcio ou profisso - inciso
XIIIdo artigo 5 da Carta da Repblica - e de qualquer atividade
econmica pargrafo nico do artigo 170 da ConstituioFederal. (RE
413.782, voto do Min. Marco Aurlio, DJ
03/06/05)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (18 of 574)17/08/2005
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19. STF - ConstituioO art. 70 da Lei n. 8.713, de 30.09.1993,
veda, a partir da data da escolha do candidato pelo partido, a
transmisso deprograma de radio ou televiso por ele apresentado ou
comentado. E o pargrafo nico acrescenta que, sendo o nome
doprograma o mesmo que o do candidato, proibida a sua divulgao, sob
pena de cassao do respectivo registro. Taisnormas, a um primeiro
exame do Tribunal, para efeito de medida cautelar, no estabelecem
nova hiptese de inelegibilidadeou outra condio de elegibilidade,
nem obstam o exerccio de profisso a qualquer apresentador ou
comentarista de rdioou televiso. E se destinam a impedir que,
durante a propaganda eleitoral, por esses veculos de comunicao, o
candidato,pelo exerccio de tal profisso, se coloque, nesse ponto,
em posio de ntida vantagem em relao aos candidatos que stero acesso
ao pblico, pelos mesmos meios, nos horrios e com as restries a que
se referem as normas especifcas damesma Lei 8.713/93 (artigos 59 a
62, 66 e seguintes). Com isso, visam tais dispositivos a observncia
do princpio daisonomia, entre os candidatos, durante a propaganda
eleitoral. (ADI 1.062-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 01/07/94)XIV
- assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessrio ao exerccioprofissional;XV - livre a
locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar,permanecer ou dele sair com
seus bens;XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao,desde que
no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente;De
incio, surge com relevncia mpar pedido de suspenso de decreto
mediante o qual foram impostas limitaes liberdade de reunio e de
manifestao pblica, proibindo-se a utilizao de carros de som e de
outros equipamentos deveiculao de idias. (ADI 1.969-MC, Rel. Min.
Marco Aurlio, DJ 05/03/04)XVII - plena a liberdade de associao para
fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;Liberdade negativa de
associao: sua existncia, nos textos constitucionais anteriores,
como corolrio da liberdade positivade associao e seu alcance e
inteligncia, na Constituio, quando se cuide de entidade destinada a
viabilizar a gestocoletiva de arrecadao e distribuio de direitos
autorais e conexos, cuja forma e organizao se remeteram lei.
Direitosautorais e conexos: sistema de gesto coletiva de arrecadao
e distribuio por meio do ECAD (Lei 9.610/98, art. 99), semofensa do
art. 5, XVII e XX, da Constituio, cuja aplicao, na esfera dos
direitos autorais e conexos, ho de conciliar-secom o disposto no
art. 5, XXVIII, b, da prpria Lei Fundamental. (ADI 2.054, Rel. Min.
Seplveda Pertence, DJ 17/10/03)Liberdade de associao: garantia
constitucional de duvidosa extenso s pessoas jurdicas. (ADI 2.054,
Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 17/10/03)Confederaes como a presente
so meros organismos de coordenao de entidades sindicais ou no
(...), que nointegram a hierarquia das entidades sindicais, e que
tem sido admitidas em nosso sistema jurdico to-s pelo princpio
daliberdade de associao. (ADI 444, Rel. Min. Moreira Alves, DJ
25/10/91)No se h de confundir a liberdade de associao, prevista de
forma geral no inciso XVII do rol das garantiasconstitucionais, com
a criao, em si, de sindicato. O critrio da especificidade direciona
observao do disposto no inciso IIdo artigo 8 da Constituio Federal,
no que agasalhada a unicidade sindical de forma mitigada, ou seja,
considerada a reade atuao, nunca inferior de um municpio. (RE
207.858, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 14/05/99)XVIII - a criao de
associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorizao, sendo vedada a interfernciaestatal em seu
funcionamento;XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso
judicial,exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;XX -
ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado;file:///K|/STF%20-%20CF.htm (19 of 574)17/08/2005
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20. STF - Constituio"Estatuto da Polcia Civil do Estado do Piau
(Lei Complementar n 01, de 26/06/90), art. 151; Portaria n 12.
000-007/96, de9.1.1996, do Secretrio de Segurana Pblica do Estado
do Piau. Vedao de desconto de contribuio sindical. Violaoao art. 8,
IV, c/c o art. 37, VI, da Constituio. Reconhecimento de duas
entidades representativas da Polcia Civil do Estadodo Piau.
Transgresso ao art. 5, inciso XX, tanto na sua dimenso positiva,
quanto na dimenso negativa (direito de no seassociar)." (ADI 1.416,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14/11/02)XXI - as entidades
associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade
para representar seus filiados judicial ouextrajudicialmente;"A
impetrao de mandado de segurana coletivo por entidade de classe em
favor dos associados independe da autorizaodestes." (SM. 629)A
autorizao para que as entidades associativas tenham legitimidade
para representar seus filiados judicialmente tem queser expressa
(CF, art. 5, XXI), no bastando a previso genrica constante em seu
estatuto, nem a deciso tomada pormaioria na assemblia geral no
sentido de autorizar a AJURIS a promover tal ao, j que a ata no
menciona quaisassociados que divergiram. (AO 152, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 03/03/00)A autorizao para que as entidades associativas
tenham legitimidade para representar seus filiados judicialmente
tem queser expressa (CF, art. 5, XXI), sendo necessrio a juntada de
instrumento de mandato ou de ata da assemblia geral compoderes
especficos, no bastando previso genrica constante em seu estatuto.
(RE 233.297, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ04/06/99)Porque a
recorrente entidade ou associao de classe, e porque tem-se, no
caso, ao ordinria coletiva, aplicvel aregra do art. 5, XXI, da
C.F.: exigncia de autorizao expressa dos filiados. (RE 225.965-AgR,
Rel. Min. Carlos Velloso, DJ05/03/99)A representao prevista no
inciso XXI do artigo 5 da Constituio Federal surge regular quando
autorizada a entidadeassociativa a agir judicial ou
extrajudicialmente mediante deliberao em assemblia. Descabe exigir
instrumentos demandatos subscritos pelos associados. (RE 192.305,
Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/05/99). No mesmo sentido: MS
23.879,DJ 16/11/01.Somente quem se julga ofendido pode pedir
explicaes em juzo. (...) Tratando-se de expresses dbias, ambguas
ouequvocas, alegadamente ofensivas, que teriam sido dirigidas aos
Juzes classistas, a estes - e no entidade de classeque os
representa - que assiste o direito de utilizar o instrumento formal
da interpelao judicial. (Pet 1.249-AgR, Rel. Min.Celso de Mello, DJ
09/04/99). No mesmo sentido: Pet 1.673-AgR, DJ 06/08/99.XXII -
garantido o direito de propriedade;"Deciso que (...) ofende a
garantia constitucional da propriedade, visto que no observada a
ordem de preferncia decrditos. (RE 198.527, Rel. Min. Ilmar Galvo,
DJ 17/12/99)O processo de reforma agrria, em uma sociedade
estruturada em bases democrticas, no pode ser implementado pelouso
arbitrrio da fora e pela prtica de atos ilcitos de violao
possessria, ainda que se cuide de imveis alegadamenteimprodutivos,
notadamente porque a Constituio da Repblica - ao amparar o
proprietrio com a clusula de garantia dodireito de propriedade (CF,
art. 5, XXII) - proclama que ningum ser privado (...) de seus bens,
sem o devido processolegal (art. 5, LIV). (ADI 2.213-MC, Rel. Min.
Celso de Mello, DJ 23/04/04)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (20 of
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21. STF - ConstituioA inexistncia de qualquer indenizao sobre a
parcela de cobertura vegetal sujeita a preservao permanente
implicaviolao aos postulados que asseguram os direito de
propriedade e a justa indenizao. (RE 267.817, Rel. Min.
MaurcioCorra, DJ 29/11/02)"Diga-se, tambm, que no h como excluir do
montante indenizatrio os valores das matas e das benfeitorias
existentes naterra nua, uma vez que tais bens integram a rea
expropriada, fazendo parte integrante da mesma, motivo pelo qual
noprocede a irresignao da apelante." (AI 187.726-AgR, voto do Min.
Moreira Alves, DJ 20/06/97)A alegao de ofensa garantia dominial
impe, para efeito de seu reconhecimento, a anlise prvia da legislao
comum,pertinente regncia normativa do direito de propriedade, o que
poder caracterizar, quando muito, situao de ofensareflexa ao texto
da Constituio, suficiente, por si s, para descaracterizar o prprio
cabimento do apelo extremo. (AI 338.090-AgR, Rel. Min. Celso de
Mello, DJ 12/04/02)A circunstncia de o Estado dispor de competncia
para criar reservas florestais no lhe confere, s por si -
considerando-seos princpios que tutelam, em nosso sistema
normativo, o direito de propriedade -, a prerrogativa de
subtrair-se aopagamento de indenizao compensatria ao particular,
quando a atividade pblica, decorrente do exerccio de atribuiesem
tema de direito florestal, impedir ou afetar a vlida explorao
econmica do imvel por seu proprietrio. (RE 134.297,Rel. Min. Celso
de Mello, DJ 22/09/95)O proprietrio do prdio vizinho no ostenta o
direito de impedir que se realize edificao capaz de tolher a vista
desfrutadaa partir de seu imvel, fundando-se, para isso, no direito
de propriedade. (RE 145.023, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ
18/12/92)XXIII - a propriedade atender a sua funo social;O direito
de propriedade no se reveste de carter absoluto, eis que, sobre
ele, pesa grave hipoteca social, a significar que,descumprida a
funo social que lhe inerente (CF, art. 5, XXIII), legitimar-se- a
interveno estatal na esfera dominialprivada, observados, contudo,
para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados
na prpria Constituio daRepblica. O acesso terra, a soluo dos
conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imvel
rural, autilizao apropriada dos recursos naturais disponveis e a
preservao do meio ambiente constituem elementos derealizao da funo
social da propriedade. (ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
23/04/04)A nica hiptese na qual a Constituio admite a
progressividade das alquotas do IPTU a do art. 182, 4, II,
destinada aassegurar o cumprimento da funo social da propriedade
urbana. (AI 456.513-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ14/11/03)A
progressividade do IPTU, que imposto de natureza real em que no se
pode levar em considerao a capacidadeeconmica do contribuinte, s
admissvel, em face da Constituio, para o fim extrafiscal de
assegurar o cumprimento dafuno social da propriedade. (RE 192.737,
Rel. Min. Moreira Alves, DJ 05/09/97)A garantia da funo social da
propriedade (art. 5, XXIII da Constituio) no afeta as normas de
composio de conflito devizinhana insertas no Cdigo Civil (art. 573
e seus pargrafos), para impor gratuitamente, ao proprietrio, a
ingerncia deoutro particular em seu poder de uso, pela circunstncia
de exercer este ltimo atividade reconhecida como de
utilidadepblica. (RE 211.385, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ
24/09/99)O direito de edificar relativo, dado que condicionado funo
social da propriedade. (RE 178.836, Rel. Min. CarlosVelloso, DJ
20/08/99)file:///K|/STF%20-%20CF.htm (21 of 574)17/08/2005
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22. STF - ConstituioA prpria Constituio da Repblica, ao impor
ao poder pblico dever de fazer respeitar a integridade do
patrimnioambiental, no o inibe, quando necessria a interveno
estatal na esfera dominial privada, de promover a desapropriaode
imveis rurais para fins de reforma agrria, especialmente porque um
dos instrumentos de realizao da funo social dapropriedade consiste,
precisamente, na submisso do domnio necessidade de o seu titular
utilizar adequadamente osrecursos naturais disponveis e de fazer
preservar o equilbrio do meio ambiente. (MS 22.164, Rel. Min. Celso
de Mello, DJ17/11/95)XXIV - a lei estabelecer o procedimento para
desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse
social,mediante justa e prvia indenizao em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituio;Na desapropriao, direta ou
indireta, a taxa dos juros compensatrios de 12% (doze por cento) ao
ano. (SM. 618)No contraria a Constituio o art. 15, 1, do
decreto-lei 3365/1941 (Lei da desapropriao por utilidade pblica).
(SM.652)"Encontra ressonncia na doutrina e na jurisprudncia a
competncia dos demais entes da Federao para proceder desapropriao,
por interesse social, de imvel rural, com pagamento de prvia e
justa indenizao em dinheiro. Aqui no secogita se a propriedade
produtiva, se latifndio ou no. No se trata de sano pelo mau uso da
propriedade. Narealidade, o ente estatal, para desenvolver polticas
pblicas relacionadas com interesse social especfico, expropria e
paga adevida indenizao ao expropriado, como no caso, sem que com
isso invada competncia prpria da Unio Federal." (SS2.217, Rel. Min.
Maurcio Corra, DJ 09/09/03)"Diversa a modalidade de desapropriao
amparada no artigo 5, inciso XXIV, da Constituio e regulamentada
pela Lei4132, de 10/09/62, que a