Author
junior-santana
View
1.954
Download
2
Embed Size (px)
Medianeira
UTFPR – UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Medianeira – PR Departamento de Engenharia ___________________ Curso: ENGENHARIA ___________________
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 1 – 2011/2
Agosto, 2011
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
2
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Os primeiros números conhecidos foram os números contáveis, ou seja, o conjunto dos Números Naturais, representado por IN , isto é:
N = {0, 1, 2, 3, ...}
A = {x / x ∈ N}
As operações com os números naturais foram responsáveis pela criação dos números negativos, assim:
x + a = b => x = b – a,
onde a e b são números naturais.
Estes números, juntamente com os números naturais formam o conjunto dos Números Inteiros, representado por Z, isto é:
Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}
A = {x / x ∈ Z}
A resolução de equações do tipo
bx = a => b
ax =
com a e b números inteiros onde b ≠ 0, pode levar ao surgimento de números não inteiros. Desta
forma, os números da forma b
a com a e b números inteiros e b ≠ 0 formam um conjunto de
números, denominado Números Racionais, representado por Q. E os números (frações) decimais infinitos não periódicos são denominados Números Irracionais, representados por I . São exemplos
de números irracionais: π, e, 2 , 3 , 5 , ...
Observando a reta numerada, vemos que a todos os pontos foram atribuídos números. Temos, então que, a reunião dos números racionais com os números irracionais se denomina conjunto dos Números Reais, representado por R.
Como o cálculo envolve números reais, vejamos algumas definições e propriedades fundamentais destes números, embora não tenhamos interesse em mostrar como estas propriedades são tiradas dos axiomas e teoremas.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
3
1) Comutativa: ∀a, b ∈ R =>
=+=+
abba
abba
2) Associativa: ∀ a, b e c ∈ R =>
=++=++
cbacba
cbacba
)()(
)()(
3) Existência de elemento neutro:
=⋅=⋅∈∃∈∀=+=+∈∃∈∀
aaaRRa
aaaRRa
11/1,
00/0,
4) Elemento oposto: 0)()(/)(, =+−=−+∈−∃∈∀ aaaaRaRa
5) Elemento inverso: 1)()(/)(, 111 =⋅=⋅∈∃∈∀ −−− aaaaRaRa
6) Distributiva: cabacbaRcba ⋅+⋅=+⋅⇒∈∀ )(,,
INTERVALOS NUMÉRICOS
Intervalos são conjuntos infinitos de números reais. Geometricamente, correspondem a segmentos de reta sobre um eixo coordenado. Por exemplo, se a < b, então o intervalo aberto de a até b, denotado por (a , b), é o segmento de reta que se estende de a até b, excluindo-se os extremos; e o intervalo fechado de a até b, denotado por [a , b], é o segmento de reta que se estende de a até b, incluindo-se os extremos.
Estes intervalos podem ser expressos na notação de conjuntos como
(a , b) = {x ∈ R / a < x < b}
[a , b] = {x ∈ R / a < x < b}
. Um intervalo pode incluir um extremo, mas não outro. Estes intervalos são chamados semi-abertos (ou, algumas vezes, semi-fechados). Além disso, é possível um intervalo estender-se indefinidamente em uma ou em outra direção, escrevemos +∞ no lugar do extremo direito, e para indicar que o intervalo se estende indefinidamente na direção negativa, escrevemos -∞, no lugar do extremo esquerdo. Os intervalos que se estendem entre dois números reais são chamados de intervalos finitos, enquanto que os que se estendem indefinidamente em uma ou em ambas as direções são chamados de intervalos infinitos.
Notação de intervalo Notação de conjunto Representação geométrica
[a , b] { x ∈ R / a < x < b}
[a , b[ { x ∈ R / a < x < b}
]a , b[ { x ∈ R / a < x < b}
]-∞ , b] {x ∈ R / x < b}
]a , ∞[ { x ∈ R / x > a}
]- ∞ , ∞[ { x / x ∈ R}
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
4
FUNÇÕES SITUAÇÕES - PROBLEMA Identifique as variáveis envolvidas em cada situação e analise a veracidade das afirmações: 1- A área de um círculo depende da medida do raio da circunferência. Isto é, A = πr². Portanto, dizemos que A é uma função de r. 2- A população P de um país depende do tempo t. Isto é, com o passar do tempo a população pode aumentar ou diminuir, então, dizemos que P é função de t. 3- Durante uma viagem de automóvel é feita uma tabela associando a cada hora a distância percorrida pelo carro desde o início do percurso, medida em quilômetros marcados no odômetro. Isso significa que a distância percorrida é função do tempo gasto no percurso. td 80= 5- A medida do lado de um quadrado determina sua área, isto é, a área do quadrado é função da
medida do lado, ou seja, 2l=A .
Definição: Uma função f é uma lei (uma relação) para a qual cada elemento x de um conjunto A faz corresponder exatamente um elemento chamado f(x), em um conjunto B. Exemplos: a) b) c) d) O termo função significa que há uma correspondência única e exprime uma relação de dependência entre as grandezas. Na prática, identificamos as grandezas com seus valores e dizemos que a variável y é função da variável x. Muitas vezes, traduzimos a expressão y é função de x por: y depende de x; x determina y ou ainda a cada x é associado um único y. Muitas situações reais envolvem várias grandezas. Para expressarmos uma das grandezas em função da outra, é necessário fixar (considerar constantes) as demais. Assim, o gráfico de uma função y = f(x), é o conjunto dos pares ordenados (x, f(x)), e para cada valor de x existe um único correspondente f(x).
A B
1 3 5
1 3 5
A B
2 -3
1 5
A B
1 3 -3
1 4 9
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
5
DOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO
Para identificarmos o domínio de uma função y = f(x), analisamos os valores que a variável independente pode assumir, isto é, se ela tem alguma restrição ou não. O domínio de uma função é o intervalo representado pela projeção do gráfico sobre o eixo das abscissas. E a imagem é o intervalo representado pela projeção do gráfico sobre o eixo das ordenadas.
CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES As funções são classificadas em:
••••
•
•
••
•
•
•
inversasediretasasHiperbólic
lg
inversasediretasricasTrigonomét
asLogarítmic
lExponencia
ntesTranscende
sIrracionai
asFracionári
InteirasRacionais
sPolinomiai
ébricasA
Alguns exemplos de gráficos de funções:
Função do 1º grau. f(x) = ax + b
* O gráfico corta o eixo y em b.
* Se, a > 0, a função é crescente
e o gráfico é inclinado p/ direita.
* Se, a < 0, a função é decrescente
e o gráfico é inclinado p/ esquerda.
y = -x + 1 y = x – 1
y I y1 M y0 A y2 G E y3 M
x0 x1 x2 x3 x DOMÍNIO
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
6
Função do 2º grau. f(x) = ax² + bx + c
* O gráfico corta o eixo y em c.
* Se, a > 0, a parábola tem concavidade para cima.
* Se, a < 0, a parábola tem concavidade para baixo.
* a
bxv 2
−= e a
yv 4
∆−=
Função Polinomial
f : R ––> R definida por f(x) = anxn + an–1x
n – 1 + ... + a0, com ai, i = 0; 1; ... ; n, constantes reais, an ≠ 0, n ∈ N e n é o grau do polinômio. As funções constante, identidade, lineares e quadráticas são exemplos de funções polinomiais.
Exemplos) y = x3 – x y = x4 – 5x² + 4
Função Modular: O módulo de um nº é dado por
<−>
=0,
0,||
xsex
xsexx
Exemplo 1) f(x) = | x + 1| =
−<−−−≥+
1,1
1,1
xsex
xsex
y = x2 + 2x – 3
y = -x² – 2x + 3
a > 0
a < 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
7
Exemplo2) y = | x² – 4| =
<<−+−
≥−≤−
22,4
22,42
2
xsex
xouxsex
Exemplo 3) f(x) = -| x – 2| =
<−≥+−
2,2
2,2
xsex
xsex
Funções Racionais: São funções definidas como o quociente de duas funções polinomiais, isto é,
)(
)()(
xq
xpxf = , onde q(x) ≠ 0. O domínio da função racional é o conjunto dos reais excluindo todos
os valores de x tais que q(x) ≠ 0:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
8
FUNÇÕES TRANSCENDENTES
Funções Exponenciais: Dado um número real “a” , tal que a > 0 e a ≠ 1, chamamos função exponencial de base “a” a função f de R em R que associa a cada “x” real o número ax. f : R → R f(x) = k ax + b, com k e b ∈ R, sendo y = b assíntota horizontal.
Funções Logarítmicas: Considerando-se dois números “x” e “a” reais e positivos com a ≠ 1, a > 0 e x > 0, existe sempre um número “y” tal que: ay = x. A esse expoente “y” damos o nome de logaritmo de “x” na base “a” e definimos como:
y = loga (x) ⇔⇔⇔⇔ ay = x
De modo geral: y = k loga (x) + b, em que k e b ∈ R, sendo x = b assíntota vertical.
Funções Trigonométricas: Dado um ângulo, cuja medida em radianos é x, chamamos de função seno ou cosseno a função que associa a cada x pertencente a R e indicamos:
f(x) = sen(x) ou f(x) = cos(x).
D = R Im = [-1,1].
Genericamente escreve-se: f(x) = a sen(bx + c) + d ou f(x) = a cos(bx + c) + d
A função é periódica e o período é b
Pπ2=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
9
b => é a frequencia da função
d => é o deslocamento vertical
c => é o deslocamento horizontal
f(x) = 2sen(x) + 1 )cos(
)()(
x
xsenxtgy ==
D = R; A = 2; im = [-1, 3]
∈∀+≠∈= ZkkxRxD ,
2/ ππ
Exemplo 1) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y = 2x + 4.
Solução: Neste caso não há nenhuma restrição para a variável x, que é a variável independente, portanto:
D = {x ∈ R / x = R} ou D = R
Im = {y ∈ R / y = R} ou Im = R
y = tg(x)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
10
Exemplo 2) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função 2
1
+=
xy .
Solução: Aqui temos uma função racional, isto é, a variável independente está no denominador. A restrição que temos é que:
x + 2 ≠ 0 => x ≠ -2
D = {x ∈ R / x ≠ -2} ou D = R – {2}
Im = {y ∈ R / y = R*}
Exemplo 3) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função 42 −= xy .
Solução: Neste caso, temos uma função irracional, isto é, a variável está no radicando. A restrição é que:
2x – 4 ≥ 0 => x ≥ 2
D = { x ∈ R / x ≥ 2} ou D = [2 , ∞)
Im = {y ∈ R / y ≥ 0} ou Im = [0 , ∞)
Exemplo 4) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y² = x + 5.
Solução: Aqui temos que: 5+±= xy
x + 5 ≥ 0 => x ≥ -5
D = { x ∈ R / x ≥ -5} ou D = [-5 , ∞)
Im = {y ∈ R / y = R} ou Im = R
ou Im = (-∞ , ∞)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
11
EXERCÍCIOS
1) Analise as seguintes funções determinando o domínio, a imagem e esboço do gráfico.
a) y = 8 5x − b) y = x2 16−
c) y = x x2 5 4− + d) y =5x
12 −
e) x
xf2
)( = f) 82
1)( 2 −= xxf
g) f(x) = 6 – 5x + x² h) y = ex + 1
i) f(x) = 2sen(x) j) f(x) = sen(2x)
k) y = 3cos(x) l) f(x) = cos(3x)
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
Função Injetora
Uma função f de A em B é injetora se, e somente se, dois elementos distintos quaisquer do domínio de f possuem imagens distintas em B. Sendo x1 ∈ A e x2 ∈ A, temos: x1 ≠≠≠≠ x2, f(x1) ≠≠≠≠ f(x2).
Função Sobrejetora
Uma função f de A em B é sobrejetora se, e somente se, Im(f ) = B, onde B é CD(f ).
Função Bijetora
Uma função f de A em B é bijetora se, e somente se, é injetora e sobrejetora.
Reconhecimento de função injetora, sobrejetora ou bijetora através do gráfico
Devemos analisar o número de pontos de interseção das retas paralelas ao eixo x, conduzidas por cada ponto (0, y) em que y ∈ B (contradomínio de f)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
12
1º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um só ponto ou não cortar o gráfico, então a função é injetora.
Exemplo 5) f: R → R b) f: R+ → R f(x) = x f(x) = x2
2º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um ou mais pontos, então a função é sobrejetora. Exemplo 6) f: R → R b) f: R → R+ f(x) = x -1 f(x) = x2
3º) Se cada uma dessas retas cortar o gráfico em um só ponto, então a função é bijetora. Exemplo 7) f: R → R b) f: R → R f(x) = 2x f(x) = x3
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
13
FUNÇÃO INVERSA
Dada a função f a sua inversa denotada por f –1 existe se o ponto (a , b) está no gráfico de f e o ponto (b , a) está no gráfico de f -1.
Os pontos (a , b) e (b , a) são simétricos em relação à bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, o gráfico de f e f –1 são simétricos em relação á reta y = x , e então o domínio de f é a imagem de f –1 e a imagem de f é o domínio de f -1.
Obs: Para admitir inversa a função deve ser bijetora.
Para obtermos a inversa procedemos da seguinte forma:
a) trocamos x por y na função f;
b) isolamos y.
Exemplo 8) Seja y = 2x + 3. Determine a sua inversa, se existir.
x = 2y + 3
2
31 −=− xy
logo 2
3)(1 −=− x
xf
Gráficos de outras inversas
y = x f
f -1
3 xy =
y = x3
y = log(x)
y = 10x
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
14
Funções Trigonométricas Inversas
y = sen(x) f -1(x) = arcsen(x)
−=2
,2
ππD e im = [-1 , 1]
−=2
,2
ππim e D = [-1 , 1]
y = sen(x) f -1(x) = arcsen(x)
−=2
,2
ππD e im = [-1 , 1] im = R e D = [-1 , 1]
y = tg(x) f -1(x) = arctg(x)
−=2
,2
ππD e im = ]-∞ , ∞[ D = ]- ∞ , ∞[ e
−=2
,2
ππim
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
15
FUNÇÕES HIPERBÓLICAS
Certas combinações de ex e e-x aparecem tão freqüentemente em aplicações da matemática que recebem nomes especiais. Três destas funções são: seno hiperbólico, cosseno hiperbólico e tangente hiperbólica. Os valores destas funções estão relacionadas com as coordenadas dos pontos de uma hipérbole equilátera. E vale salientar que estas funções não são periódicas.
Função Seno Hiperbólico: é definida por y = senh x = 2
ee xx −−, onde o D = R e a Im = R.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
16
Função Cosseno Hiperbólico: definida por y = cosh x = 2
ee xx −+, onde o D = R e a Im = [1, ∞[.
Função Tangente Hiperbólica: definida por y = tgh x = xx
xx
ee
ee−
−
+
−, onde o D = R e a Im = ]-1, 1[.
Função Cotangente Hiperbólica: é definida por y = cotghx =xx
xx
ee
ee−
−
−
+,
onde o D = R* e a Im = ]-∞, -1[ ou ]1, ∞[.
Função Secante Hiperbólica: é definida por y = sech x = xx ee
2−+
, onde o D = R e a Im = ]0, 1].
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
17
Função Cossecante Hiperbólica: é definida por y = cossechx =xx ee
2−−
,
onde o D = R* e a Im = ]-∞, 0[ ou ]0, ∞[.
Muitas identidades análogas às conhecidas para funções trigonométricas são válidas para as funções hiperbólicas. Algumas identidades das funções hiperbólicas estão abaixo relacionadas:
i) cosh²(x) – senh²(x) = 1;
ii) senh(x) + cosh(x) = ex;
iii) cosh(x) – senh(x) = e-x;
iv) 1 – tgh2(x) = sech2(x);
v) 1 – cotgh2(x) = cossech2(x) ;
vi) senh (x + y) = senh(x) cosh(y) + cosh(x) senh(y);
vii) cosh (x + y) = cosh(x) cosh(y) + senh(x) senh(y);
viii) senh(2x) = 2senh(x) cosh(x);
ix) cosh(2x) = cosh2(x) + senh2(x);
x)2
1)2cosh()(2 −= x
xsenh ;
xi) 2
1)2cosh()(cosh2 += x
x
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
18
FUNÇÕES HIPERBÓLICAS INVERSAS
Função Arg Seno Hiperbólico: é definida por y = argsenh(x) = )1(ln 2 ++ xx ,
onde o D = R e a Im = R.
Determinação da expressão que define a função argsenh(x), através da técnica de determinação da função inversa de y = senh(x)
)()(arg ysenhxxsenhy =⇔=
22
yyyy eex
eesenhyx
−− −=⇒−==
2x = ey - e-y => 2x - ey + e-y = 0 (. ey)
e2y – 2xey –1 = 0 => 2
)1.(1.4)2(2 2 −−−±=
xxey
1xxe 2y +±=
1xxe 2y ++= => )1xx(lneln 2y ++=
)1(ln 2 ++= xxy
Função Arg Cosseno Hiperbólico: é definida por y = argcosh(x) = )1(ln 2 −+ xx ,
onde o D = [1, ∞[ e a Im = [0, ∞[.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
19
Função Arg Tangente Hiperbólica: é definida por y = argtgh(x) =
−+
x
x
1
1ln ,
onde o D = ]-1, 1[ e a Im = R.
Função Arg Cotangente Hiperbólica: é definida por y = argcotgh(x) =
−+
1
1ln
x
x,
onde D = ]-∞, -1[ ou ]1, ∞[ e a Im = R-{0}
Função Arg secante Hiperbólica: é definida por y = argsech(x) =
−+x
x211ln ,
onde D = ]0, 1[ e a Im = R
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
20
Função Arg cossecante Hiperbólica: é definida por y = argcossech(x) =
++||
11ln
2
x
x,
onde D = R* e a Im = R*
FUNÇÃO COMPOSTA
DEFINIÇÃO: Sejam as funções f de A em B, e g de B em C. Função composta de f em g
(g o f)(x) é a função de A em C definida por (g o f)(x) = g(f(x)).
Exemplo 9) Vamos supor que certo organismo tenha forma esférica. Seu volume V pode ser obtido
a partir de seu raio r (em mm), isto é 3r3
4)r(VV π== mm3. Suponhamos, ainda, que o raio varie
com o tempo (em s) e que a relação entre r e t seja dada por r = r(t) = 0,02t2. Então o volume V é função de t, mediante
632 t000008,03
4)t02,0(
3
4)t(VV π=π==
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
21
Exemplo 10) Imaginemos que uma mancha de óleo sobre uma superfície de água tenha a forma de um disco de raio r (em cm). Então, sua área A (em cm2) é função do raio, sendo dada por:
A =A(r) =πr2cm2
Por outro lado, considere que o raio cresça em função do tempo t (em min), obedecendo à seguinte relação r = r(t) = 15t + 0,5cm.
Sem dificuldades, usando a noção de função composta, pode-se determinar a área ocupada pela mancha em função do tempo. De fato, quando t varia a partir do instante inicial (t = 0), o raio passa a crescer a partir de ro = 0,5cm. Como A = A(r) está definida para todos os valores de r ≥ 0, podemos calcular a função composta:
A(t) = π(15t + 0,5)2cm2
Exemplo 11) Dadas as funções f(x) = 4x – a e g(x) = 3x + 4. Calcule o valor de a para que f(g(x)) = g(f(x)).
Solução: para que f(g(x)) = g(f(x))
4(3x + 4) – a = 3(4x – a) + 4 => a = -6
Exemplo 12) Seja f(x) = 3x + 2 e g(x) = 2x – 5. Calcule f -1(g(x)).
Solução: Neste caso, devemos fazer a composta e depois a inversa
f(g(x)) = 3(2x – 5) + 2 => f(g(x)) = 6x – 13
6
13))((1 +=− x
xgf
EXERCÍCIOS: Achar o domínio e imagem das funções e esboçar o gráfico:
1) y = 2x + 1 2) 3
92
−−=
x
xy
3)
<≤<
≤−=
xse
xse
xse
y
24
211
13 4) 3−= xy
5) 92 −= xy 6) 22 xxy −−=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
22
7)
≤<−
=xsex
xsexy
1
1232
8) y = x2 – 3x + 2
9) 5
22 −
+=x
xy 10) y = 2x + 1
11) 2−= xy 12) y = 3cos(x) – 1 p/ 0 < x < 2π
13) x2 + y2 = 4 14) 2
1
xy =
15) y = x3 + 2 16) xy −= 3
17) x
y1= 18) 62 −−= xxy
19) 2
42
−+=
x
xy 20) y = ln(x – 1)
EXERCÍCIOS GERAIS
1) Ache a equação da reta que passa pelos pontos (3,4) e (-5,2)
2) Ache o ponto de intersecção das retas representadas pelas equações 3x – 4y + 6 = 0 e x – 2y – 3 = 0
3) Calcular f -1(x), de y = 2x –1 e representá-las graficamente no mesmo plano cartesiano.
4) Uma panela, contendo uma barra de gelo a –400C, é colocada sobre a chama de um fogão. Nestas condições, o gráfico abaixo nos mostra a evolução da temperatura da água em função do tempo. Pergunta-se:
a) Qual é a lei que descreve essa evolução nos dois primeiros minutos? E nos oito minutos seguintes? E nos dez minutos que se seguem?
b) O que significam as diferentes inclinações dos três segmentos que compõem o gráfico?
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
23
5) Os cabos de um lado de uma ponte com cargas uniformemente distribuídas tomam a forma de uma parábola. As torres de suporte dos cabos têm 60 m de altura e o intervalo entre as torres é de 600 m. O ponto mais baixo fica a 18 m do nível da ponte (conforme figura). Determine a função que descreve o comprimento (L) dos fios e determine o comprimento de um dos fios de sustentação situado a 100 m do centro da ponte. L = 22,67m
6) Na fabricação de um determinado artigo, verificou-se que o custo total foi obtido através de uma taxa fixa de R$ 4.000,00, adicionada ao custo de produção, que é de R$ 50,00 por unidade. Determinar:
a) a função que representa o custo total em relação à quantidade produzida;
b) o gráfico dessa produção;
c) o custo de fabricação de 15 unidades;
d) quantas unidades devem ser produzidas para que o custo total seja de R$ 5.250,00.
7) Um vendedor de carros recebe um ordenado fixo calculado em 5 salários mínimos mais uma comissão de 2 salários para cada carro vendido.
a) Num dado mês qual foi seu ordenado total bruto?
b) No mês de abril ele recebeu 13 salários mínimos. Quantos carros ele vendeu neste mês?
8) João Carvoeiro e sua família trabalham para uma fábrica de carvão. O patrão paga R$ 0,20 por saco de carvão produzido. Toda a comida da família é comprada no armazém do patrão, e dá um total de 120,00 u.m. por mês. Quantos sacos de carvão a família terá de produzir para pagar a conta do armazém?
9) O custo C de produção de x litros de uma certa substância é dado por uma função de x, com x ≥0, cujo gráfico está representado abaixo:
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1 2 3 4 5 6 7 8 98
520
400
C(x)
x (litros)
Nessas condições, o custo de R$ 700,00 corresponde à produção de quantos litros?
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
24
10) Um homem deposita R$ 5000,00 a juros de 6% a.a. Em quanto tempo ele terá um montante de R$ 8954,24.
a) se o juro é pagável anualmente; t ≈≈≈≈ 10 anos
b) se o juro é pagável trimestralmente? t ≈≈≈≈ 9 anos e 9 meses
Solução
a) M = 5000(1 + 0,06)t ⇒ 8954,24 = 5000(1,06)t logo t ≈≈≈≈ 10 anos
b) M = 5000(1+ 0,06/4)4t ⇒ 8954,24 = 5000(1 + 0,015)4t logo t ≈≈≈≈ 9 anos e 9 meses
11) Uma determinada população de bactérias no instante t é dado por P(t) = 30⋅31095 t, sendo t o tempo dado em minutos. Em quanto tempo esta população chegará a 11100 bactérias? t ≈≈≈≈ 0,29 s
12) Nível sonoro (N) de um som é o quociente entre suas intensidades i e i0, onde i0 é a menor
intensidade do som detectável pelo ouvido humano dado por N = 10 log
0i
i. A unidade do nível
sonoro é o decibel (dB), sendo i (W/m2) a intensidade sonora. Submetido a níveis sonoros superiores a 80 dB, o ouvido humano pode perder irrecuperavelmente a sensibilidade auditiva. No interior de um consultório dentário, os motores funcionam de forma inadequada e o nível sonoro é
de 100dB. Considerando que a mínima intensidade sonora audível é i0 = 10-12 W/m2, determinar, a
intensidade sonora (i). logo, i = 10-2W/m2
13) Há dois sistemas comum para medir temperatura, Celsius e Fahrenheit. A água congela a 0 ºC e a 32 ºF, e ferve a 100 ºC e 212 ºF.
a) Sendo as temperaturas Celsius (Tc) e Fahrenheit (Tf) expressas como uma função linear, encontre
Tc em função de Tf. 9
1605 −= xTC
b) Qual é a temperatura na qual a leitura em Celsius e Fahrenheit é a mesma? -40º
c) A temperatura normal do corpo humano é 98,6 ºF. Quanto é em ºC? TC = 37 ºC
d) Esboce o gráfico de Tc versus Tf e determine o domínio e a imagem.
14) Conforme mostra a figura em anexo, uma câmera é montada em um ponto a 900 da base de um foguete. Quando lançado, o foguete sobe verticalmente e o ângulo de elevação da câmera é constantemente ajustado para seguir a base dele.
a) Expresse a altura como uma função do ângulo de elevação. x = 900tg(θθθθ)
b) Determine o domínio e a imagem da função.
c) Calcule a altura do foguete quando seu ângulo de elevação for π /3. x = 1558,84m
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
25
15) O centro de gravidade de um golfinho saltador descreve uma parábola conforme o desenho. Sendo assim, determine a altura máxima atingida pelo mesmo. 3,2 m
16) Um foguete experimental é disparado do topo de uma colina, toca a extremidade superior de uma árvore, sem mudar sua trajetória e atinge o solo, conforme a figura anexa. Determine a altura máxima atingida.
17) Segundo dados de uma pesquisa, a população de certa região do país vem decrescendo em relação ao tempo t, contado em anos, aproximadamente, segundo a relação: tPtP 25,04)0()( −⋅= . Sendo P(0) uma constante que representa a população inicial dessa região e P(t) a população t anos após, determine quantos anos se passarão para que essa população fique reduzida à metade. R: 2 anos
18) O lucro de uma empresa é expresso pela função L(x) = 100(10 – x)(x – 2), em que x é a quantidade vendida num mês qualquer. Determine a quantidade vendida para maximizar o lucro, diga qual é o lucro máximo obtido e faça um esboço completo do gráfico. R: 1600,00
19) Uma escada está encostada numa parede vertical formando com ela um ângulo de 60°. Sabendo que o pé da escada está a uma distância de 5m da parede. Calcule o comprimento da escada. R: 5,77m
20) Combine cada função com seu gráfico correspondente: a) 5 x ; b) y = 2x5 ; c) 8
1
xy −= ;
d) y = 8x; e) 4 2−= xy ; f) x
y8
1=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
26
21) Sejam as funções f(x) = x² + 3 e g(x) = x . Determine f(g(x)) e g(f(x)).
22) Sejam as funções f(x) = ln(x), g(x) = x e h(x) = sen(x² + 1). Determine f(g(x)) e g(f(h(x))).
23) Seja )1(2
)( −= xx
xf . Verifique se f(x + 1) = f(x) + x.
24) Seja f(x) = ln(x), verifique se:
a) f(x) + f(y) = f(xy)
b) )(2)(2 vfufu
vf
v
uf −=
−
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
27
LIMITE
Limite é um tema que está relacionado com todos os aspectos da nossa vida. Nós temos limites tanto físicos quanto psicológicos, emocionais, etc.
Matematicamente o estudo de limite de uma função é muito importante, pois, possibilita a análise de uma serie de informações sobre o comportamento do gráfico desta função, na “vizinhança” de um ponto, por exemplo.
Na vida prática tem muita relevância. Por exemplo: considere o custo (y) de uma conta de energia elétrica, sendo R$ 0,40 por kw/h o custo num determinado mês. Suponha que, no mês de março, deseja-se ter uma conta de R$ 40,00 com uma tolerância de R$ 5,00 para mais ou para menos. Qual a faixa de consumo x de energia elétrica em kw para que a conta fique dentro da tolerância do custo estabelecido?
Solução: x = consumo de energia em kw; y = custo final da conta de energia
A função custo é: y = 0,4x com 35 < y < 45 e a < x < b
f(a) = 35 => 0,4a = 35 => a = 87,5
f(b) = 45 => 0,4b = 45 => b = 112,5
Conta (y) 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Consumo (x) 87,5 90 92,5 95 97,5 ? 102,5 105 107,5 110 112,5
Pode-se observar que há uma relação direta entre a tolerância do valor da conta de energia (ε) com a tolerância do consumo de energia elétrica (δ). Sendo assim, podemos escrever: seja uma tolerância ε > 0 (na conta y), é possível determinar uma tolerância δ > 0 (consumo de energia) tal que:
| y – 40 | < ε sempre que | x – 100 | < δ
Nota-se que à medida que x se aproxima de 100, y se aproxima de 40, ou seja, quando x tende para 100 (x 100), y tende para 40 (y 40). Simbolicamente escreve-se:
404,0lim100
=→
xx
Vemos que é possível fazer o valor de f(x) tão próximo de 40 quanto desejarmos, tornando x suficientemente próximo de 100, isto é, podemos tornar o valor absoluto da diferença entre f(x) e 40 tão pequeno quanto desejarmos, tornando o valor absoluto da diferença entre x e 100 suficientemente pequeno.
x ∈ [87,5 ; 112,5]
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
28
DEFINIÇÃO : Seja f(x) uma função definida num intervalo aberto I, contendo a, exceto possivelmente no próprio a. Dizemos que o limite de f(x) quando x aproxima-se de a é L e escrevemos,
Lxfax
=→
)(lim
se para todo ε > 0, existe um δ > 0, tal que ε<− Lxf )( sempre que δ<− ax .
Exemplo 1) Provar que 2)13(lim1
=−→
xx
ε<−− 2)13( x sempre que δ<−< 10 x
ε<− 33x
ε<− )1(3 x
33
1εδε =⇒<−x
então, ε<−− 2)13( x sempre que δ<−< 10 x .
Exemplo 2) Provar que =+→
)13(lim2
xx
7
Exemplo 3) Provar que =−−
→ 39
lim2
3 x
xx
6
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
29
LIMITES LATERAIS
Seja f uma função definida em um intervalo aberto I (a, c). Dizemos que um número real L é o limite à direita da função f quando x tende para "a" pela direita, e escrevemos:
Lxfax
=+→
)(lim isto é, todos os valores de x são sempre maiores do que "a".
Seja f uma função definida em um intervalo aberto I (a, c). Dizemos que um número real L é o limite à esquerda da função f quando x tende para "a" pela esquerda, e escrevemos:
Lxfax
=−→
)(lim isto é, todos os valores de x são sempre menores do que "a".
TEOREMA: Seja f uma função definida em um intervalo aberto I contendo a, exceto possivelmente no ponto a, então:
Lxfax
=→
)(lim se e somente se: Lxfxfaxax
==−+ →→
)(lim)(lim
Lê-se: limite de f de x, quando x tende a a é L
Exemplos 4) Verifique se existe o limite da função f(x) = x² + 1, quando x tende a 1.
Solução: 1lim 2
1+
−→x
x = (1)² + 1 = 2
1lim 2
1+
+→x
x = (1)² + 1 = 2
Como 2)(lim)(lim11
==+− →→
xfxfxx
, logo, 21lim 2
1=+
→x
x
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
30
Exemplo 5) Verifique se existe o limite de
≥−<+
=1,2
1,1)(
xsex
xsexxf , em x = 1.
Solução:
1lim1
+−→x
x = 1 + 1 = 2
xx
−+→2lim
1 = 2 – 1 = 1
Como )(lim)(lim11
xfxfxx +− →→
≠ , Logo, existenãoxfx
=→
)(lim1
LIMITES NO INFINITO
Uma função f(x) tem limite b quando x tende ao infinito positivamente, se para qualquer número ε positivo por pequeno que seja, é possível indicar um M positivo, tal que, para todo x que satisfaz x > M se verifica | f(x) – b | < ε. Isto é,
MxsebxfquetalMbxfx
><−>∃>∀⇔=∞+→
εε |)(|0,0)(lim
Geometricamente:
Uma função f(x) tem limite b quando x tende ao infinito negativamente, se para qualquer número ε positivo por pequeno que seja, é possível indicar um N negativo, tal que, para todo x que satisfaz x < N se verifica | f(x) – b | < ε. Isto é,
NxsebxfquetalNbxfx
<<−<∃>∀⇔=∞+→
εε |)(|0,0)(lim
Geometricamente:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
31
Exemplo 6) Considere a função 1
)(+
=x
xxf . Pelo gráfico de f(x) podemos notar que o limite é
aproximadamente igual a 1. Este fato é escrito da seguinte forma
11
lim =
+∞−→ x
xx
Solução: ∀ ε > 0, ∃ N < 0 tal que | f(x) – 1 | < ε se x < N.
ε
ε
ε
<+
<+
−
<<−+
|1|
1
1
1
11
x
x
Nxsex
x
εε
ε
11
11
:
1|1|
−−<⇒−<+
>+
xx
módulodeepropriedadPor
x
Como x < N, logo, ε1
1−−=N
Se, ε = 0,01 => N = -101
DEFINIÇÃO: Seja f: B → R uma função, B um conjunto que não é limitado superiormente (inferiormente) e L ∈ R. Dizemos que
Lxfxfxx
==∞−→∞+→
)(lim)(lim
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
32
LIMITES INFINITOS
Uma função y = f(x) torna-se infinitamente grande positivamente quando x → a se o valor de f(x) se torna e permanece maior do que qualquer número positivo M devidamente escolhido, por maior que seja. Isto é,
δδ <−>>∃>∀⇔+∞=→
||)(0,0)(lim axquesempreMxfquetalMxfax
Geometricamente:
Uma função y = f(x) torna-se infinitamente grande negativamente quando x → a se o valor de f(x) se torna e permanece menor do que qualquer número negativo N devidamente escolhido, por maior que seja. Isto é,
δδ <−<>∃<∀⇔−∞=→
||)(0,0)(lim axquesempreNxfquetalNxfax
Geometricamente:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
33
Exemplo 7) Determine
−→ 1
2lim
1 xx
Solução:
δδ <−>>∃>∀⇔+∞=→
||)(0,0)(lim axquesempreMxfquetalMxfax
MMx
xquesempreMx
22|1|
|1|1
2
==−
<−>−
δ
δ
se δ = 0,01 => M = 200
∞==−
=−→ 0
2
11
2
1
2lim
1 xx
Propriedades dos Limites
P1) ccax
=→
lim
P2) axax
=→
lim
P3) )(lim)(lim xfcxfcaxax →→
⋅=⋅
P4) [ ] )(lim)(lim)()(lim xgxfxgxfaxaxax →→→
±=±
P5) [ ] )(lim)(lim)()(lim xgxfxgxfaxaxax →→→
⋅=⋅
P6) )(lim
)(lim
)(
)(lim
xg
xf
xg
xf
ax
ax
ax→
→
→=
P7) [ ]n
ax
n
axxfxf
=
→→)(lim)(lim
P8) nax
n
axxfxf )(lim)(lim
→→=
P9) )(limlog)(loglim xfxfax
bbax →→
= com f(x) > 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
34
CÁLCULO DE LIMITES : LIMITES INDETERMINADOS
No estudo do limite de uma função é considerada uma indeterminação quando ocorrer uma das seguintes situações:
0,,1,,0
0,0 ∞∞−∞
∞∞±∞⋅ ∞ e 00.
Para evitarmos (ou sairmos de) uma indeterminação de limite devemos simplificar a função.
Exemplo 8) Calcule o limite de 4
168lim
2
4 +++
−→ x
xxx
.
Solução: 0
0
44
16)4(8)4(lim
2
4=
+−+−+−
−→xindeterminação.
0444lim4
)4(lim
4
168lim
4
2
4
2
4=+−=+=
++=
+++
−→−→−→x
x
x
x
xxxxx
Exemplo 9) Calcule 4
2lim
4 −−
→ x
xx
.
Solução:
0
0
44
24lim
4=
−−
→x indeterminação.
4
1
22
1
2
1lim
)2)(4(
4lim
2
2
4
2lim
444=
+=
+=
−−−=
++⋅
−−
→→→ xxx
x
x
x
x
xxxx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
35
Exemplo 10) Calcule 1
1lim
3
1 −−
→ x
xx
Solução: 0
0
1
1lim
3
1=
−−
→ x
xx
indeterminação
Definindo x = t6. Se x → 1, então, t → 1, assim:
3
2
1
1lim
1
1lim
1
1lim
213
2
16
3 6
1=
+++=
−−=
−−
→→→ tt
t
t
t
t
tttt
Exemplo 11) Calcule xx
xx 35
52lim
2
2
++−
∞→
Solução: ∞∞−=
++−
∞→ xx
xx 35
52lim
2
2
indeterminação
Colocando x² em evidência, obtemos:
5
23
5
52
lim2
−=+
+−
∞→
x
xx
Exemplo 12) Calcule 3
21lim
3 −−−
→ x
xx
Solução: 0
0
3
21lim
3=
−−−
→ x
xx
indeterminação
Multiplicando numerador e denominador pelo conjugado, obtemos:
22
1
)21()3(
3lim
21
21
3
21lim
33=
+−−−=
+−+−⋅
−−−
→→ xx
x
x
x
x
xxx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
36
EXERCÍCIOS
1) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:
a) )(lim3
xfx −→
= b) )(lim3
xfx +→
= c) )(lim3
xfx→
=
d) f(3) = e) )(lim xfx ∞−→
= f) )(lim xfx ∞+→
=
2) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:
a) )(lim0
xfx −→
= b) )(lim0
xfx +→
= c) )(lim0
xfx→
=
d) f(0) = e) )(lim xfx ∞−→
= f) )(lim xfx ∞+→
=
3) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:
a) )(lim0
xfx −→
= b) )(lim0
xfx +→
= c) )(lim0
xfx→
=
d) f(0) = e) )(lim xfx ∞−→
= f) )(lim xfx ∞+→
=
4) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:
a) )(lim4
xfx −−→
= b) )(lim4
xfx +−→
= c) )(lim4
xfx −→
=
d) f(-4) = e) )(lim xfx ∞−→
= f) )(lim xfx ∞+→
=
5)
≥
<−=
1,2
1,1)(
2
xsex
xsexxf )(lim
1xf
x→ resp: ñ existe
6)
≥<+
=0,0
0,12)(
xse
xsexxf )(lim
0xf
x→ resp: ñ existe
7) 2
4lim
2
2 −−
→ x
xx
resp: 4
8) x
xx −
−→ 1
1lim
2
1 resp: 2
9)
≥
<+=
2,
2,2)(
2 xsex
xsexxf )(lim
2xf
x→ resp: 4
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
37
10) 2
2lim
2
2 ++
−→ x
xxx
resp: -2
11) xx
xxx +
−→ 2
3
0lim resp: -1
12) 2
652lim
23
2 −−−+
→ x
xxxx
rep: 15
13) xx
xxxxx −
+−+→ 2
234
1
252lim resp: 3
14) 832lim 24
1−−+−
→xxx
x resp: -8
15) 52
12lim
2
1 +++
→ x
xxx
resp: 4/7
16) 4
6lim
2
2
2 −−−
−→ x
xxx
resp: 5/4
17) 112lim 22 −−+∞+→
xxx
resp: ∞
18) 1
1lim
3
1 ++
−→ x
xx
resp: 3
19) 8
4lim
3
2
2 −−
→ x
xx
resp: 1/3
20) xx
xx 3
24lim
2
2
0 +−+
→ resp: 0
21) 64 )4(
12lim
−−
→ x
xx
resp: ∞
22) 1
142lim
23
23
+++−+
∞→ xxx
xxx
resp: 2
23) 12
3lim
2
+++
∞→ x
xxx
resp: ½ e -½
24) 3
1lim
3 3
+−+
∞→ x
xxx
resp: 1
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
38
25) xxx
xx +++
+∞+→ 3
3lim
2 resp: 1/2
26) )(lim xarctgx ∞→
resp: π/2
27) xxx −
−−→ 1
3
1
1lim
1 resp: ∞
28) 1
1lim
4
3
1 −−
→ x
xx
resp: 4/3
29) 2
33 2
1 )1(
12lim
−+−
→ x
xxx
resp: 1/9
LIMITES NOTÁVEIS OU FUNDAMENTAIS
Os limites fundamentais auxiliam no cálculo de limites indeterminados do tipo 0
0, 1∞ e ∞0.
I) Proposição 1)sen(
lim0
=
→ x
xx
TEOREMA DO CONFRONTO OU SANDUÍCHE: Suponhamos que g(x) < f(x) < h(x) para qualquer x em um intervalo aberto contendo c, exceto possivelmente em x = c. Suponha também que:
Lxhxgcxcx
==→→
)(lim)(lim , então, Lxfcx
=→
)(lim
Para mostrarmos que a proposição I é verdadeira vamos considerar 2
0π<< x , com x = θ.
Área ∆OAP < área do setor OAP < área ∆OAT Pode-se expressar as áreas em termos de θ da seguinte maneira:
Área ∆OAP = )sen(2
1)sen()1(
2
1
2
1 θθ ==⋅ hb
Área do setor OAP = θθθ2
1)1(
2
1
2
1 2 ==r
0 θ
tg(θ)
y
1
T
x A(1,0)
P
cos(θ) Q
1 sen(θ)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
39
Área ∆OAT = )(2
1)()1(
2
1
2
1 θθ tgtghb ==⋅
Logo, )(2
1
2
1)sen(
2
1 θθθ tg<<
multiplicando por 2, obtém-se:
sen(θ) < θ < tg(θ) => )cos(
)sen()sen(
θθθθ <<
dividindo por sen(θ), obtemos: )cos(
1
)sen(1
θθθ <<
invertendo as frações, temos: )cos()sen(
1 θθ
θ >>
Aplicando o limite, obtemos: 1)cos(lim1lim
00==
→→θ
θθ
Conclusão: 1)sen(
lim0
=
→ θ
θθ
De modo geral pode-se escrever: 1)(
))((lim
0)(=
→ xf
xfsenxf
II) Proposição 0)(
))((cos1lim
0)(=
−→ xf
xfxf
Caso Particular: 0)cos(1
lim0
=−→ x
xx
Substituindo-se 1 – cos(x) =
22 2 x
sen
⋅
=
=
=−→→→→ 2
2
2lim
2
2lim
22
lim)cos(1
lim0
2
0
2
00
xsen
x
xsen
x
xsen
x
xsen
x
xxxxx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
40
0012
lim
2
2lim
00=⋅=
⋅
=→→
xsen
x
xsen
xx
Finalmente: 0)cos(1
lim0
=−→ x
xx
III) Proposição ( )( ) ex x
x=+
→
11lim
0
IV) Proposição ex
x
x=
+∞→
11lim
V) Proposição )ln()(
1lim
)(
0)(a
xf
a xf
xf=−
→
Caso Particular: )ln(1
lim0
ax
ax
x=−
→
Substituindo u = ax – 1 => ax = u + 1
ln(ax) = ln(u + 1) => x ln(a) = ln(u + 1) => )ln(
)1ln(
a
ux
+=
se x → 0, u → 0, assim:
)ln(
)1ln(lim
)ln(lim
)1ln(
)ln()1ln(
)ln(
)1ln(
)ln(
)ln(
)1ln(lim
1
0
0
10a
u
a
u
a
u
ua
u
au
a
uu
u
u
u
uu
=+
=+
=+
=+
=+
→
→
→
Finalmente: )ln(1
lim0
ax
ax
x=−
→
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
41
CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Continuidade de uma função num ponto
Ponto interior: Uma função y = f(x) é contínua em um ponto interior c do seu domínio quando:
)()(lim)(
)(lim)(
)()(
cfxfIII
xfII
cfI
cx
cx
=
∃∃
→
→
Continuidade num intervalo: Uma função y = f(x) é contínua à direita em x = a ou é contínua à esquerda em x = b, então a função é contínua no intervalo fechado x ∈ [a , b].
)()(lim)()(lim bfxfouafxfbxax
==−+ →→
TEOREMA : Se a função f(x) não é definida para x = a e se o Lxfax
=→
)(lim , então, a função f(x)
será contínua em x = a se o valor L for atribuído à f(x) para x = a. Isto é:
=≠
=axseL
axsexfxf
,
,)()(
Exemplos 16) Analise a continuidade da função 1
1)(
2
−−=
x
xxf
Solução: D = R – {1}. Não é definida em x = 1.
21lim1
)1()1(lim
1
1lim
11
2
1=+=
−+−=
−−
→→→x
x
xx
x
xxxx
)1()(lim1
fxfx
≠→
, portanto, a função dada tem descontínua removível em x = 1.
Redefinindo a função, obtemos:
=
≠−−
=1,2
1,1
1)(
2
xse
xsex
xxf
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
42
Exemplo 17) Analise a continuidade da função:
<+−−≥+
=1,1
1,3)(
xsex
xsexxf
Solução: Seja a ∈ R.
se a > -1, temos f(a) = a + 3
33lim +=+→
axax
se a < -1, temos f(a) = -a + 1
11lim +−=+−→
axax
se a = -1, temos f(-1) = -1 + 3 = 2
23lim1
=++−→
xx
, 21lim1
=+−−−→
xx
, logo, 2)(lim1
=−→
xfx
A função dada é contínua em todos os pontos do seu domínio.
Exemplo 18) Analise a continuidade da função:
−=
−≠+=
2,3
2,2
1)(
xse
xsexxg
Solução: D = R – {-2}
∞=+−→ 2
1lim
2 xx
portanto, a função dada tem uma descontínua essencial em x = -2.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
43
EXERCÍCIOS
1) Analise as seguintes funções, verificando a continuidade.
a)
≥−<−=1,4
1,1)(
2
xsex
xsexxf
b)
−=−≠+
=2,2
2,3)(
xse
xsexxf
c) 6
3)(
2 −+=
xxxf
d) 2
1)(
2 −+−=xx
xxf
e) 4)( −= xxf
f) 1
2
+=
x
xy
g) x
xy
1+=
2) Calcule os seguintes limites:
a) x
xx
)5sen(lim
0→ resp: 5
b) )(cos.lim0
xecxx→
resp: 1
c)
→ x
xx
6senlim
0 resp: 0
d)
−∞→ x
xsen
x 32lim
π resp:
2
3−
e) )15sen(
)9sen(lim
0 x
xx→
resp: 5
3
f) )2sen(
)8sen(lim
0 x
xx→
resp: 4
g) x
xx 7
)sen(lim
0→ resp: 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
44
h)
−∞→ 28
2cos3lim
x
xx
π resp:
2
23
i)
−∞→ x
xx 21
3cos2lim
π resp: 0
j)
++∞→
11
2lim2x
xsen
x
π resp: 1,19
k) 30
)()(lim
x
xsenxtgx
−→
resp: ½
l) ( ))ln()1ln(lim xxx
−+∞→
resp: 0
m) 2
)2()(lim
2 −−
→ x
senxsenx
resp: cos(2)
n) x
ex x
x 2
1lim
2
0
+−→
resp: 3/2
o) 20
)2cos()cos(21lim
x
xxx
+−→
resp: -1
p) )2(
1lim
)(
0 xsen
e xsen
x
−→
resp: ½
q) )()cos(
)(1lim
4xsenx
xtg
x −−
→π
resp: 2
r) 1
1lim
55
22
1 −−
−
−
→ x
x
x e
e resp: 2/5
s) x
xsenxx
)(3lim
2
0
−→
resp: -3
t) 3
)3ln()ln(lim
3 −−
→ x
xx
resp: 1/3
u) ( ) )(cot2
0
2
)(31limx
xxtg+
→ resp: e3
v)
−+
∞→xxx
xlim resp: ½
x) )()2(
52lim
0 xsenxsen
xx
x −−
→ resp:
5
2ln
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
45
z) )(
5434lim
0 xsen
xx
x
⋅−⋅→
resp:
5
3ln4
aa) 1
16316lim
0 −−⋅
→ x
x
x e resp: 16 ln(3)
bb) )1ln(
93lim
2
0 +−+
→ x
x
x resp: 9 ln(3)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
46
DERIVADA Introdução: A reta tangente
Seja f uma função contínua e P(x, f(x)) um ponto sobre a curva y = f(x). Analisaremos agora, o cálculo da inclinação (coeficiente angular) da reta tangente à curva traçada por f no ponto P. Para analisarmos esta questão, escolhemos um número pequeno ∆∆∆∆x = x – xo, diferente de zero. Sobre o gráfico, marcamos o ponto Q(x+∆∆∆∆x, f(x+∆∆∆∆x)). Traçamos uma reta secante que passa pelos pontos P e Q. A inclinação desta reta é dada por:
x
xfxxfmPQ ∆
−∆+= )()( (quociente de Newton)
Vamos fixar o ponto P, e mover Q ao longo da curva, aproximando-se de P. Logo, ∆∆∆∆x → 0 (dizemos que ∆∆∆∆x tende a 0). Note que a reta secante PQ se aproxima a uma posição limite. Desejamos que essa posição limite seja a reta tangente. Assim, caso a reta tangente à curva de f no ponto P exista, PQm também se aproxima do coeficiente angular desta reta:
x
xfxxfm
x ∆−∆+=
→∆
)()(lim
0.
Derivada de uma função y = f(x) num ponto em que x = x0 Considere a figura acima, que representa o gráfico de uma função y = f(x), definida num intervalo de números reais. A operação para encontrarmos a derivada de uma função chama-se diferenciação. Calculamos a derivada utilizando o conceito de limites: aplicando a fórmula:
x
xfxxfxf
x ∆−∆+=
→∆
)()(lim)('
0
lê-se: derivada de f em relação a x.
xo = valor inicial no eixo x; f(xo) = valor inicial no eixo y
x = valor final no eixo x; f(x) = valor final no eixo y
∆∆∆∆x = x - xo; ∆∆∆∆y = f(x) - f(xo) variações de x e y
OBSERVAÇÃO
* A Derivada de uma função y = f(x) num ponto x = xo pode ser entendida como a taxa instantânea da variação de y em relação a x no ponto (xo ; yo).
* Geometricamente, a derivada de uma função f num ponto xo é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abscissa xo.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
47
Notações para a derivada de uma função y = f(x):
f' (x), fx(x), Dxf(x), y’ e dx
dy
Se a função é diferenciável em xo, então a equação da reta tangente ao gráfico da função f no ponto (xo , f(xo)) é:
y = f’ (xo)(x – xo) + f(xo)
Exemplo 1) Determinar a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = 3x2 – 12 no ponto (1 , -9).
Solução: x
xfxxfxf
x ∆−∆+=
→∆
)()(lim)('
0
xxf
xxx
xxx
x
xxx
x
xxxxx
x
xxxxf
xxx
xx
6)('
)6(lim)6(
lim)(6
lim
12312)(63lim
)123(12)(3lim)('
00
2
0
222
0
22
0
=
∆+=∆
∆∆+=∆
∆+∆=
∆+−−∆+∆+=
∆−−−∆+=
→∆→∆→∆
→∆→∆
f’(1) = 6(1) = 6
y = f’(xo)(x – xo) + f(xo)
y = 6(x – 1) – 9
y = 6x - 15
INTERPRETAÇÃO MECÂNICA DA DERIVADA
Velocidade média Velocidade instantânea
Aceleração média Aceleração instantânea
t
Sv
∆∆=
dt
ds
t
Sv
t=
∆∆=
→∆ 0lim
t
va
∆∆=
dt
dv
t
va
t=
∆∆=
→∆ 0lim
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
48
REGRAS DE DIFERENCIAÇÃO
Derivada da Função Constante
y = k => y’ = 0
0lim'0
=∆−=
→∆ x
kky
x
Derivada da Função Identidade
y = x => y’ = 1
1lim'0
=∆
−∆+=→∆ x
xxxy
x
Derivada da Função Potência
y = xn => y’ = n xn – 1
11221
0
1221
0
1221
0
1221
0
)()(...)(2
)1(lim'
)()(...)(2
)1(
lim'
)()(...)(2
)1(
lim'
)()(...)(2
)1()(
:
)(lim'
−−−−−
→∆
−−−
→∆
−−−
→∆
−−−
→∆
=∆+∆++∆−+=
∆
∆+∆++∆−+∆=
∆
−∆+∆++∆−+∆+=
∆+∆++∆−+∆+=∆+
−∆
−∆+=
nnnnn
x
nnnn
x
nnnnnn
x
nnnnnn
nn
x
xnxxxnxxnn
xny
x
xxxnxxnn
xxny
x
xxxxnxxnn
xxnxy
xxxnxxnn
xxnxxx
quesetemNewtondebinômioPelox
xxxy
Finalmente: 1
0
)(lim' −
→∆=
∆−∆+= n
nn
xxn
x
xxxy
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
49
Derivada do produto de uma constante por uma função
Seja g(x) = k f(x) => g’(x) = k f’(x)
)(')('
)()(lim
)()(lim
)()(lim)('
000
xfkxg
x
xfxxfk
x
xfxxfk
x
xfkxxfkxg
xxx
=
∆−∆+=
∆−∆+=
∆−∆+=
→∆→∆→∆
Derivada da soma e diferença de funções
Seja h(x) = f(x) ± g(x) => h’(x) = f’(x) ± g’(x)
( )
x
xgxxg
x
xfxxfxh
x
xgxxgxfxxf
x
xgxfxxgxxfxh
xx
xx
∆−∆+±
∆−∆+=
∆−∆+±−∆+=
∆±−∆+±∆+=
→∆→∆
→∆→∆
)()(lim
)()(lim)('
)()()()(lim
)()()()(lim)('
00
00
Finalmente: h’(x) = f’(x) ± g’(x)
Derivada do Produto de funções
Seja f(x) = u(x)⋅v(x) => f’(x) = u’v + u v’
[ ] [ ]x
xvxxvxu
x
xuxxuxxvxf
x
xvxuxxvxuxxvxuxxvxxuxf
x
xxvxuxxvxuxvxuxxvxxuxf
quesetemxxvxutermoonumeradornosubtraindoesomandox
xvxuxxvxxuxf
xx
x
x
x
∆−∆++
∆−∆+∆+=
∆−∆++∆+−∆+∆+=
∆∆+−∆++−∆+∆+=
−∆+∆
−∆+∆+=
→∆→∆
→∆
→∆
→∆
)()()(lim
)()()(lim)('
)()()()()()()()(lim)('
)()()()()()()()(lim)('
:)()(,,
)()()()(lim)('
00
0
0
0
Finalmente: f’(x) = u’(x) v(x) + u(x) v’(x)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
50
Derivada do Quociente de funções
Seja )(
)()(
xv
xuxf = =>
2
'')('
v
vuvuxf
−=
[ ] [ ]
[ ] [ ]x
xvxxv
xvxxv
xu
x
xuxxu
xvxxv
xvxf
xxvxxv
xvxxvxuxuxxuxvxf
xxvxxv
xvxuxvxuxxvxuxvxxuxf
quesetemxvxutermoonumeradornosubtraindoesomando
xxvxxv
xxvxuxvxxuxf
x
xvxxv
xxvxuxvxxu
x
xv
xu
xxv
xxu
xf
xx
x
x
x
xx
∆−∆+
∆+−
∆−∆+
∆+=
∆∆+−∆+−−∆+=
∆∆+−+∆+−∆+=
−∆∆+
∆+−∆+=
∆∆+
∆+−∆+
=∆
−∆+∆+
=
→∆→∆
→∆
→∆
→∆
→∆→∆
)()(
)()(
)(lim
)()(
)()(
)(lim)('
)()(
)()()()()()(lim)('
)()(
)()()()()()()()(lim)('
:)()(,,
)()(
)()()()(lim)('
)()(
)()()()(
lim)(
)(
)(
)(
lim)('
00
0
0
0
00
Finalmente: 2
'')('
v
vuvuxf
−=
Derivada da Função Exponencial
Seja y = ax => y’ = ax ln(a)
x
aa
x
aa
x
aa
dx
dy x
x
xxx
x
xxx
x ∆−=
∆−=
∆−=
∆
→∆
∆
→∆
∆+
→∆
1lim
)1(limlim
000
Finalmente: )ln(aadx
dy x=
No caso particular de:
y = ex => y’ = ex
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
51
Derivada da Função Logarítmica
Seja y = loga x => xxdx
dyalog
1=
∞→→∆=∆
∆+=
∆+∆
=∆
∆+
=∆
−∆+=
∆
→∆
→∆→∆→∆
uxux
xdosubstituin
x
x
x
xx
xx
x
xx
x
xxx
dx
dy
x
ax
ax
a
x
aa
x
,0,1
1loglim
log1
limlog
limlog)(log
lim
1
0
000
= u
au
xu
au uxu
+=
+∞→∞→
11log
1lim
11loglim
1
por limite notável
Finalmente: exdx
dyalog
1=
No caso particular de:
y = ln(x) => x
y1
'=
Derivada da Função Seno
Seja y = sen(x) => y’ = cos(x)
( )x
xxsenxxsen
x
xsenxxsenxxsen
x
xsenxxsen
dx
dy
x
xx
∆∆+−∆=
∆−∆+∆=
∆−∆+=
→∆
→∆→∆
)cos()(1)cos()(lim
)()cos()()cos()(lim
)()(lim
0
00
= ( )
x
xxsen
x
xxsenxx ∆
∆+∆
−∆→∆→∆
)cos()(lim
1)cos()(lim
00 por limite notável
Finalmente: )cos(xdx
dy =
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
52
Derivada da Função Cosseno
Seja y = cos(x) => y’ = -sen(x)
( )
( ):lim,
)()(lim
1)cos()cos(lim
)()(1)cos()cos(lim
)cos()()()cos()cos(lim
)cos()cos(lim
00
0
00
notáveliteporx
xsenxsen
x
xx
x
xsenxsenxx
x
xxsenxsenxx
x
xxx
dx
dy
xx
x
xx
∆∆−
∆−∆=
∆∆−−∆=
∆−∆−∆=
∆−∆+=
→∆→∆
→∆
→∆→∆
Finalmente: )(xsendx
dy −=
Derivada da função tangente
Seja y = tg(x) => y’ = sec²(x)
A função tangente é escrita como uma razão )cos(
)()(
x
xsenxtgy == , logo sua derivada pode ser
encontrada pela regra do quociente, assim, 2
''
v
vuvu
dx
dy −= .
)(cos
1
)(cos
)()()cos()cos(22 xx
xsenxsenxx
dx
dy =+=
Finalmente: )(sec2 xdx
dy =
• A derivada das demais funções trigonométricas pode ser obtida, com facilidade, a partir das regras de derivadas já demonstradas.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
53
EXERCÍCIOS
1) Uma partícula percorre uma curva obedecendo à equação horária S = 3t2 (SI). Determine a sua velocidade no instante t = 5 s. R: v(5) = 30 m/s
2) Um ponto material descreve uma curva tendo para equação horária tS = (SI). Determinar a sua velocidade no instante t = 1,5s. R: v(1,5) = 0,42 m/s²
3) Um ponto em movimento tem equação da velocidade 2ttv += (SI). Encontrar sua aceleração no instante t = 1s. R: a(1) = 2,5 m/s²
4) Encontrar a aceleração no instante t = 8s de um ponto que tem velocidade variável segundo a
expressão 3 ttv += (SI). R: a(8) = 1,08 m/s²
5) Determinar a equação da reta normal ao gráfico de 2)( −= xxf no ponto em que x = 3. R: y = -2x + 7 6) Encontrar a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = 2sen(x) + x que é paralela à y – x = -1. R: y = x + 2 7) Encontrar o coeficiente angular e a reta tangente ao gráfico de 2)ln()( −+= xxxf no ponto
em que x = 1. R: 2
5
2
3 −= xy
8) Determine a equação da reta normal à f(x) = x2 + e3x no ponto (0 , 1). R: 13
+−= xy
9) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = x³ – 3x + 4, no ponto (2 , 6). R: y = 9x – 12
10) Seja f(x) = x² – ln(x + 1) uma curva. Caso exista, determine a equação da reta tangente a esta curva, tal que seja normal a reta r: 3y + 3x = 6. R: y = x – 0,75
11) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função 8
3xy = , no ponto (4 , 8).
R: y = 6x - 16
12) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = x4 – 4x, no ponto (0 , 0). R: y = -4x
13) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = 2cos(x) + 1, no ponto em que x = 0. R: y = 3
14) Determine a equação da reta tangente à função y = ex + 1 que seja paralela à reta y = x – 2. R: y = x + 2
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
54
DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA)
As regras de derivação já estudadas são aplicadas a funções simples, porém para derivar uma função composta f(g(x)) ou )()'( xgf o não há regra que possa ser aplicada diretamente. Por
exemplo, para derivar funções como uy = e u = x² + 1, então 12 += xy é necessário usar outra forma de derivada que é chamada Regra da Cadeia.
DEFINIÇÃO: Se y = f(u), u = g(x), e as derivadas du
dy e
dx
du existem, ambas, então a função
composta definida por y = f(g(x)) tem derivada dada por:
)('))((')(')(' xgxgfxgufdx
du
du
dy
dx
dy ==⋅=
Formaremos, separadamente, o quociente de Newton em ambas as funções, assim:
∆y = f(u + ∆u) – f(u) => u
ufuuf
u
y
∆−∆+=
∆∆ )()(
(i)
∆u = g(x + ∆x) –g(x) => x
xgxxg
x
u
∆−∆+=
∆∆ )()(
(ii)
Note que, os primeiros membros de (i) e (ii), nos dão uma razão entre o acréscimo de cada função e o acréscimo da correspondente variável. Os segundos membros de (i) e (ii), nos dão as mesmas razões de outra forma. Escolhemos os primeiros membros por ser uma notação mais conveniente e façamos o produto, assim:
x
u
u
y
x
y
∆∆⋅
∆∆=
∆∆
Fazendo ∆x → 0, então, ∆u → 0, pois, u(x) é variável e, portanto, contínua logo, podemos escrever:
x
u
u
y
x
yxux ∆
∆⋅∆∆=
∆∆
→∆→∆→∆ 000limlimlim
)('))((' xgxgfdx
dyou
dx
du
du
dy
dx
dy =⋅=
É importante observar que du
dy é a derivada em relação a u quando y é considerado como
função de u e que dx
du é a derivada em relação a x quando y é considerado uma função (composta)
de x.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
55
Exemplo 2) Determinar dx
dy se 12 += xy
Solução: u = x² + 1, 21
uuy == , a derivada é: dx
du
du
dy
dx
dy ⋅=
udu
dy
2
1= e xdx
du2=
portanto, u
x
dx
dyx
udx
dy =⇒⋅= 22
1 =>
12 +=
x
x
dx
dy
A solução também poderia ser obtida de forma mais simplificada, como:
212 )1( += xy ⇒ xxy 2)1(
2
1' 2
12 ⋅+= −
Exemplo 3) Achar dx
dy se y = sen(cos(x))+ 3xex² + 1
Solução: Usando a regra da cadeia, obtemos:
y' = -cos(cos(x)) sen(x) + 3ex² + 1 + 6x² ex² + 1
Exemplo 4) Achar a derivada de y = (2x3 – 5x2 +4)10
y' = 10(2x3 – 5x2 + 4)9⋅⋅⋅⋅(6x2 – 10x)
212 )1('
−+= xxy
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
56
Exemplo 5) Determine a derivada de 3 22
2
)1( −+=
x
xy
Solução: reescrevendo a função, obtemos:
3
12
33
22
3
1223
22
3
2223 222
)1(3
4)1(2'
2)1(3
2)1(2'
)1()1(
−
−
+++=
+++=
+=+=
xx
xxy
xxxxxy
xxxxy
Derivada da composta da função logaritmo natural
( )u
uxuDx
'|)(|ln =
Derivada da função exponencial composta
a) Seja y = eu(x) => y’ = eu u’
b) Seja y = u(x)v(x) => y’ = u’v uv – 1 + uv ln(u) v’
)ln( vuey = => y = ev ln(u)
)')ln('()')ln('('
)')ln('('
)ln(''
11)ln(
1)ln()ln(
−−
−
+=+=
+=
+=
uuvuvuuuvuvey
uuvuveu
uvuvey
vu
uvuv
v
y' = u’ v uv – 1 + uv ln(u) v’
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
57
TABELA DE DERIVADAS
Função Derivada Função Derivada
f(x) = k f' (x) = 0 f(x) = sen(u(x)) f' (x) = cos(u)⋅⋅⋅⋅ u'
f(x) = u(x)n f' (x) = n⋅⋅⋅⋅un-1 u’ f(x) = cos(u(x)) f' (x) = - sen(u)⋅⋅⋅⋅ u'
f(x) = k⋅⋅⋅⋅u(x)n f' (x) = kn⋅⋅⋅⋅un-1 u’ f(x) = tg(u(x)) f' (x) = sec2(u)⋅⋅⋅⋅ u'
f(x) = u(x) ± v(x) f' (x) = u' ± v' f(x) = cotg(u(x)) f' (x) = -cosec2(u)⋅⋅⋅⋅ u'
f(x) = u(x)⋅⋅⋅⋅v(x) f' (x) = u' ⋅⋅⋅⋅ v + u⋅⋅⋅⋅v' f(x) = sec(u(x)) f' (x) = sec(u)⋅⋅⋅⋅tg(u)⋅⋅⋅⋅ u'
)(
)()(
xv
xuxf =
2
'')('
v
vuvuxf
⋅−⋅= f(x) = cosec(u(x)) f' (x)=-cosec(u)⋅⋅⋅⋅cotg(u)⋅⋅⋅⋅u'
f(x) = ln|u(x)| u
uxf
')(' = f(x) = arcsen(u(x)) '
1
1)('
2u
uxf
−=
f(x) = log a u(x) ||ln
')('
au
uxf = f(x) = arccos(u(x)) '
1
1)('
2u
uxf
−
−=
f(x) = eu(x) f' (x) = eu ⋅⋅⋅⋅ u' f(x) = arc tg(u(x)) '1
1)('
2u
uxf
+=
f(x) = au(x) f' (x) = au ln|a|⋅⋅⋅⋅ u’ f(x) = u(v(x)) f' (x) = u' ⋅⋅⋅⋅ v'
IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
1) sen2(x) + cos2(x) = 1 2) )cos(
)()(
x
xsenxtg =
3) )(
)cos()(cot
xsen
xxg = 4)
)cos(
1)sec(
xx =
5) )(
1)sec(cos
xsenx = 6) sec2(x) = 1 + tg2(x)
7) cosec2(x) = 1 + cotg2(x) 8) 2
)2cos(1)(2 x
xsen−=
9) 2
)2cos(1)(cos2 x
x+= 10) sen2(x) = 2sen(x).cos(x)
11) cos(2x) = cos2(x) – sen2(x) 12) cos(2x) = 1 - 2 sen2(x) 13) cos(a + b) = cos(a).cos(b) – sen(a).sen(b) 14) sen(a – b) = sen(a).cos(b) – sen(b).cos(a) 15) sen(a + b) = sen(a).cos(b) + sen(b).cos(a)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
58
DERIVADA DAS FUNÇÕES HIPERBÓLICAS
Seja ( )xx eexsenhy −−==2
1)( => ( ) )cosh(
2
1' xeey xx =+= −
Logo, y = senh(x) => y’ = cosh(x)
Seja ( )xx eexy −+==2
1)cosh( => ( ) )(
2
1xsenheey xx =−= −
Logo, y = cosh(x) => y’ = senh(x)
Seja xx
xx
ee
eextghy −
−
+−== )( => ( )2
4'
xx eey
−+=
Logo, y = tgh(x) => y’ = sech²(x)
Seja xx
xx
ee
eexghy −
−
−+== )(cot => ( )2
4'
xx eey
−−−=
Logo, y = cotgh(x) => y’ = - cossech²(x)
Seja y = sech(x) => y’ = - sech(x) tgh(x)
Seja y = cossech(x) => y’ = - cossech(x) cotgh(x)
� As demonstrações da derivada das funções hiperbólicas ficam como exercício.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
59
EXERCÍCIOS
1) Calcule a derivada de cada uma das seguintes funções:
a) f(x) = 7x – 5 f’(x) = 7
b) g(x) = 1 – 2x – x² g’(x) = -2 – 2x
c) f(x) = x³ - 3x² + 5x – 2 f’(x) = 3x² - 6x + 5
d) 48
8
1xxy −= y’ = x7 – 4x³
e) 24
2
1
4
1)( tttf −= f’(t) = t 3 – t
f) ( )43 2
3
4)( ++= xetgrrV π V’(r) = 4π r² + 2x ex² + 4 sec²(ex² + 4)
g) 2
2 13)(
xxxxf ++= f’(x) = 2x + 3 – 2/x³
h) 4
4
4
14)(
xxxg −= g’(x) = 16x3 + 1/x5
i) ( ))3(ln
3
1
)(xsen
exf = )3()3cos()(' 3
2
xsenxxf−
=
j) 42
53)(
xxxg += g’(x) = -6/x3 – 20/x5
k) ( )13)( 2 −= xsenxf ( )13cos13
3)(' 2
2−
−= x
x
xxf
l) f(x) = (2x4 – 1)(5x3 + 6x) f’(x) = 8x³(5x³ + 6x) + (2x4 – 1)(15x² + 6)
m) 1
)(−
=x
xxf
2)1(
1)('
−−=
xxf
n) 12
12)(
2
2
+−++=
xx
xxxh
22
2
)12(
)1(4)('
+−−=xx
xxh
o) 221
5)(
t
ttf
+=
22
2
)21(
105)('
t
ttf
+−=
p) 8
8)(
3
3
+−=
y
yyh
23
2
)8(
48)('
+=
y
yyh
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
60
q)
xe
x
x
e
exp
+
−=1
1ln)(
11
1ln
2)('
2
2
−+
+−=
x
x
x
xx
e
e
e
eexp
r) 43 2)( xxxq += 43
31
4
1
3
2)('
−− += xxxq
s) 4
3
31)( x
xxxp +−= 33
42
34
2
1)(' xxxxp ++−= −−
t) f(x) = x² ( )3ln +x + e2x – 5x f’(x) = x ln(x + 3) + 62
2
+x
x + 2e2x – 5
u) y = 3 ( ))(ln 2xsen + e-3x – x3 + 10 232 33)cot(3' xexxy x −−= −
v) y = 2xe-x³ + ln(5x) – 2x³ 23 61
62'33
xx
exey xx −+−= −−
x) y = 2x + 1 – x³ + sen(3x²) y’ = 2x + 1 ln(2) – 3x² + 6xcos(3x²)
y) f(x) = 5x² – ln(x² + 1) 1
25)5ln(2'
2
2
+−=
x
xxy x
z) y = 32x + tg(2x) – cossec(x²) y’ = 2ln(3) 32x + 2sec²(2x) + 2xcossec(x²)cot(x²)
DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA
Função Implícita:
Dada a função y = 2x2 – 3, costumamos dizer que y é uma função explícita de x, pois, podemos escrever: y = f(x), com f(x) = 2x2 –3.
A equação y – 2x² = -3 define a mesma função f, pois, resolvendo em relação à y, temos: y = 2x2 – 3.
Para o caso y – 2x² + 3 = 0, dizemos que y (ou f) é uma função implícita de x, ou que f é definida implicitamente.
Substituindo y por f(x) em y – 2x² = -3, obtemos:
f(x) – 2x² = -3 => 2x2 – 3 – 2x² = -3
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
61
A última equação é uma identidade, pois é válida, ∀ x do domínio de f. Esta é uma característica de toda função f definida implicitamente por uma equação em x e y; isto é, f é implícita se e somente se a substituição de y por f(x) conduz a uma identidade. Como (x , f(x)) é um ponto do gráfico de f, a última afirmação implica que o gráfico da função implícita coincide com uma parte do (ou todo o) o gráfico da função.
Derivada implícita
A derivada de uma função implícita é feita pelo método da diferenciação implícita, segundo o qual derivamos cada termo da equação em relação a x.
Ao aplicar a diferenciação implícita, é muitas vezes necessário considerar Dx(yn) para alguma
função desconhecida y de x, digamos y = f(x). Pela regra da potência podemos escrever Dx(yn) em
qualquer uma das seguintes formas:
Dx(yn) = n yn-1⋅ Dx(y) = n yn-1⋅⋅⋅⋅y’ =
dx
dynyn ⋅−1
Como a variável dependente y representa a expressão f(x), é essencial multiplicar n yn-1 pela derivada y’ ao diferenciarmos y em relação a x. Assim, Dx(y
n) ≠ n yn-1, a menos que y = x.
Exemplo 6) Encontre a derivada implícita da função implícita: y – 2x² = -3.
Solução:
Dx (y – 2x²) = Dx (-3)
y’ – 4x = 0 =>
Exemplo 7) Encontre a derivada implícita da função implícita: y4 + 3y – 4x3 = 5x + 1.
Solução:
Dx (y4 + 3y – 4x3) = Dx (5x + 1)
4y3⋅y’ + 3y’ – 12x2 = 5
Agora isolamos y’, obtendo: y' (4y3 + 3) = 12x2 + 5 =>
y’ = 4x
34
512'
3
2
++=
y
xy
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
62
Exemplo 8) Determine, se existir, a equação de uma reta normal à curva C: x² + xy + y² = 3 no ponto que x = 1.
Solução: a reta normal tem coef. Angular inverso oposto da reta tangente. Derivando implicitamente.
2x + y + xy’ + 2yy’ = 0 => xy
yx
dx
dy
++−=
2
2
Se x = 1 => y² + y – 2 = 0
y1 = 1 e y2 = -2
No ponto (1 , 1) => 11
−==xdx
dy
No ponto (1 , -2) => 01
==xdx
dy, não é inverso oposto ao da tangente.
A equação da reta tangente em (1 , 1) é: yn = -x + 2
A equação da reta normal em (1 , 1) é: yn = x
DERIVADA DA FUNÇÃO INVERSA
Sejam as funções y = f(x) e sua inversa y = f -1(x) suponha que ambas as funções são diferenciáveis.
A função inversa pode ser escrita como
x = f (y) (1)
diferenciando (1) em relação a y, obtém-se:
)(' yfdy
dx = (2)
e diferenciando (1) implicitamente em relação a x, obtém-se:
( )
)('
1
)('1)()(
yfdx
dy
dx
dyyfyf
dx
dx
dx
d
=
=⇒=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
63
Assim, podemos relacionar a derivada da função original com a derivada da sua inversa por:
( ))('
1)(1
xfdy
dxxf
dx
d ==− =>
dy
dxxf
dx
dy 1)´( ==
DERIVADA DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS
Derivada da função y = arcsen(x)
Se f(x) = arcsen(x) => x = sen(y)
)('
1)('
yxxf = => x’(y) = cos(y)
)cos(
1)('
yxf = => )(1)cos( 2 yseny −=
Finalmente: 21
1)('
xxf
−=
Derivada da função y = arccos(x)
Se f(x) = arccos(x) => x = cos(y)
)('
1)('
yxxf = => x’(y) =-sen(y)
)(
1)('
ysenxf
−= => )(cos1)( 2 yysen −=
Finalmente: 21
1)('
xxf
−
−=
Derivada da função y = arctg(x)
Se f(x) = arctg(x) => x = tg(y)
)('
1)('
yxxf = => x’(y) = sec²(y)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
64
)(sec
1)('
2 yxf = => sec²(y) = 1 + tg²(y)
Finalmente: 21
1)('
xxf
+=
• As demais derivadas das trigonométricas inversas seguem a mesma idéia de raciocínio.
'1
1')(cot
2u
uyugarcy
+−=⇒=
'1||
1')sec(
2u
uuyuarcy
−=⇒=
'1||
1')sec(arccos
2u
uuyuy
−−=⇒=
DERIVADA DAS FUNÇÕES HIERBÓLICAS INVERSAS
Seja ( )1ln)(arg 2 ++== xxxsenhy => 1
1'
2 +=
xy
Seja
−+==
x
xxtghy
1
1ln)(arg =>
21
1'
xy
−= para | x | < 1
Seja
−+==
1
1ln)(cotarg
x
xxghy =>
21
1'
xy
−= para | x | > 1
Seja
−+==x
xxhy
211ln)(secarg =>
21
1'
xxy
−−= para 0 < x < 1
Seja
++==x
xxhy
211ln)(seccosarg =>
21||
1'
xxy
+−= para x ≠ 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
65
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA PARAMÉTRICA
Função na forma paramétrica
Uma função y = f(x) escrita na forma paramétrica tem a forma:
==
)(
)(
txy
txx, com t ∈ [a , b] (3)
Para cada valor do parâmetro t, obtém-se um ponto (x , y).
Por exemplo, considere a equação da curva
x² + y² = a² (4)
Na forma paramétrica, pode-se escrever:
==
)(
)cos(
tsenby
tax, com t ∈ [0 , 2π] (5)
Se as funções x = x(t) e y = y(t) são contínuas, quando t varia de a até b, o ponto P(x(t) ; y(t)) descreve uma curva no plano xy. As equações (5) são chamadas equações paramétricas da curva (4) e t é chamado parâmetro.
Derivada de uma Função Paramétrica
Seja y uma função de x, definida pelas equações paramétricas (3). Suponhamos que as funções y = y(t), x = x (t) e sua inversa t = t(x) são deriváveis. A função y = y(x), através das equações (3), pode ser vista como função composta
y = y (t(x)) (6)
Aplicando a regra da cadeia na equação (6), obtém-se:
dx
dt
dt
dy
dx
dy = (7)
Como x = x(t) e t = t(x) são deriváveis, pela derivada da função inversa, tem-se que:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
66
)('
1)('
1
txxt
dt
dxdx
dt =⇒=
Logo,
)('
1)('
txty
dx
dy = => )('
)('
tx
ty
dx
dy =
Exemplo 9) Considere a função representada parametricamente por
=
=
)(2)(
)(cos2)(3
3
tsenty
ttx.
Determine as equações das retas tangente e normal ao gráfico da função para 4
π=t .
Solução: As retas tangente e normal têm coef. angular inverso oposto, então:
)('
)('
tx
ty
dx
dy = => )()(cos23
)cos()(232
2
tsent
ttsen
dx
dy −=
)()cos(
)(ttg
t
tsen
dx
dy −=−=
Para 4
π=t , 1
4
−==
πtdx
dy coef. angular da reta tg.
E ainda para 4
π=t =>
=
=
2
1
4
2
1
4
π
π
y
x
A equação da reta tg em
2
1,
2
1 é: yt = -x + 1
A equação da reta normal em
2
1,
2
1 é: yn = x
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
67
DERIVADAS SUCESSIVAS - f(n): Derivada de ordem n.
exemplos:
1) f(x) = 5x3; f'(x) = 15x2; f'' (x) = 30x; f'''(x) = 30; fiv(x) = 0.
2) y = sen(3x); y’ = 3cos(3x); y” = -9sen(3x); y”’ = -27cos(3x).
3) y = e-2x; y’ = -2e-2x; y” = 4e-2x; y”’ = -8e-2x; yiv = 16e-2x.
EXERCÍCIOS 1) Calcular a segunda derivada de:
a) f(x) = sen(x) + cos(x)
b) f(x) = arctg(x)
c) f(x) = ln|x| - ex
d) f(x) = - 4x2 + 1
e) y = e2x + sen(3x) – x³
f) 12 −= xy
EXERCÍCIOS: Determine, y’ em cada caso.
1) x² + y² = 16 y
xy −='
2) 4ex² – 9y2 = x y
exy
x
18
18'
2
−=
3) x² + y² = 7xy yx
yxy
27
72'
−−=
4) x³ + ln( y³) = 8xy xy
yxyy
83
38'
22
−−=
5) 111 =+yx
2
2
'x
yy −=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
68
6)
−=
−=
3
124
3
ty
tx
3
2t
dx
dy =
7) xyx
233 =−
2
222
3
23'
x
yxyy
+=
8) y = tgh(e3x) + ( )3 2 )1ln −x )1(3
2)(sec3'
2323
−+=
x
xehey xx
9) x = sen(x + y) )cos(
)cos(1'
yx
yxy
++−=
10) x²y² = x² + y² )1(
)1('
2
2
−−=
xy
yxy
11) x²y³ = x4 – y4 )43(
)2(2'
22
32
yxy
yxxy
+−=
12) 4=+ yx x
yy −='
13) y = cos(x – y) 1)sen(
)sen('
−−−=yx
yxy
14) ( ))1ln( 2 −= xarcseny )1(ln1)1(
2'
222 −−−=
xx
xy
15)
+−+
=ax
ax
x
aarctgy ln
44
32'
ax
ay
−=
16)
+−=2
1 2 xarcsenxy
22 4
1
1'
xx
xy
−+
−
−=
17) y = 2senh(e3x) + esenh(x) y’ = 6e3x cosh(e3x) + cosh(x) esenh(x)
18) y =4 x cosh(x²) – 3senh(x²) y’ = 4cosh(x²) + 8x² senh(x²) – 6x cosh(x²)
19) ln(y) – exy = x yx
yx
exy
eyyy
−+=
1'
2
20) Se existir escreva a equação da reta normal a curva (x² + 4) y = 4x – x³ e que passe na origem do sistema cartesiano. R: yn = x
21) Determine a equação da reta normal à curva C: xy² + y³ = 2x – 2y + 2 no ponto em que abcissa e ordenada tem o mesmo valor.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
69
22) Verifique se a função definida parametricamente por
==
))ln(cos(
)sec(
ty
tx para todo t ∈
−2
,2
ππ
satisfaz a equação 02
2
=+dx
dye
dx
yd y .
23)
==
)cos(3
)(
tay
tsenax
−=−=a
xarcsentgttg
dx
dy3)(3
24)
−=−=
))cos(1(
))((
tay
tsentax
)cos(1
)(
t
tsen
dx
dy
−=
25)
=
=−t
t
ey
ex2
3
2
2
=−=−
2ln
3
1
3 3
2 x
e
e
dx
dyt
t
26)
=
=
)cos( 2
2
t
t
ey
ex )()( 2 xsenesen
dx
dy t =−=
27) Considere a função g(x) = cos(x) [f(x)]², onde f : R → R é duas vezes diferenciável (derivável), f(0) = -1, f’(0) = f"(0) = 2. Calcule g”(0) .
28) Determine f’(0) sabendo que ( ) ππ −+−=
− xxfxsenf 33
2
3)(
29) Sejam f: R → R uma função diferenciável até 2ª ordem e g: R → R definida por g(x) = f(x + 2cos(3x)). Determine:
a) g”(x)
b) Supondo f’(2) = 1 e f”(2) = 8 , calcule g”(0) .
30) Verifique se a função y = x e-x é solução da equação x y’ = (1 – x) y.
31) Verifique se a função )ln(1
1
xxy
++= é solução da equação x y’ = y (y ln(x) – 1).
32) Verifique se a função y = 3e2x é solução da y’ – y = e2x.
33) Verifique se a função xeexy 2)( = é solução da equação y’ = y ex.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
70
DIFERENCIAIS E INCREMENTOS
Incremento
Seja y = f(x) uma função. Sempre é possível considerar uma variação da variável independente x. Se x varia de x0 a x1, definimos o incremento ou acréscimo de x, denotado por ∆x, como
∆x = x1 – x0 => x1 = x0 + ∆x
Se y = f(x) e se x varia de x0 a x1, então há uma correspondente variação no valor de y que vai de y0 = f(x0) até y1 = f(x1), ou seja, o incremento ∆x em x produz um incremento ∆y em y, onde
∆y = y1 – y0 = f(x1) – f(x0)
Com esta notação pode-se escrever:
∆y = f(x0 + ∆x) – f(x0)
Em um ponto qualquer, omitindo-se os subscritos, tem-se que:
∆y = f(x + ∆x) – f(x)
Diferencial
Os símbolos dy e dx que aparecem na derivada são chamados de diferenciais, e o nosso objetivo é definir estes símbolos de tal forma que se possa tratar dy / dx como uma razão. Com essa finalidade, vamos considerar x como fixo e definir dx como uma variável independente, para a qual possa ser atribuído um valor arbitrário. Se f for diferenciável em x, então definimos dy pela fórmula
dy = f’(x0) dx
Se dx ≠ 0, podemos dividir esta expressão por dx. Assim,
)(' xfdx
dy =
Como a inclinação da reta tangente a y = f(x) em x é mt = f’(x), os diferenciais dy e dx podemos ser vistas como o avanço (dx) e a elevação (dy) correspondentes dessa reta tangente.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
71
Para ver a diferença entre o incremento ∆y e o diferencial dy, vamos atribuir às variáveis dx e ∆x o mesmo valor (dx = ∆x). Dessa forma tem-se que:
a) ∆y representa a variação ao longo da curva y = f(x) quando são percorridas ∆x unidades na direção de x.
b) dy representa a variação ao longo da reta tangente, quando são percorridas dx unidades na direção de x.
Quanto menor for o valor de dx, menor será a diferença entre ∆y e dy (∆y – dy) → 0. Ambos tendem a igualdade no ponto de tangência.
� Outra forma de entender diferencial e incremento é pela análise da área de um quadrado, como segue:
Considere um quadrado de lado x unidades, tendo um acréscimo dx em cada lado x, como mostra a figura anexa.
A(x) = x²
A(x + dx) = (x + dx)² = x² + 2x dx + dx²
A área achurrada é o diferencial da área original, isto é,
uma estimativa da variação da área.
dA = x dx + x dx = 2x dx
Pela definição de diferencial: dA = A’(x) dx => dA = 2x dx
A variação exata da área é:
∆A = A(x + dx) – A(x) => ∆A = x² + 2x dx + dx² – x²
∆A = 2x dx + dx²
Portanto, | ∆A – dA | = 2x dx + dx² – 2x dx = dx² que é desprezível quando dx for próximo de zero.
x
dx dx
dx x
dx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
72
Exemplo 10) Deseja-se construir uma caixa d´agua cúbica com capacidade interna de 8 m³ de água. Determine, aproximadamente, a quantidade de concreto necessária para construí-la com 10 cm de espessura em todos os lados.
Solução: se x = 2 m => V(x) = x³ volume interno
dx = 0,1 + ,01 = 0,2 m
dV = 3x² dx => dV = 2,4 m³ de concreto aproximadamente
∆V = V(2 + 0,2) – V(2) ∆V = 2,648 m³ de concreto exatamente
TAXAS RELACIONADAS
Um problema envolvendo taxas de variação de variáveis relacionadas é chamado de problema de Taxas Relacionadas. Começaremos nossa discussão com um exemplo que descreve uma situação real.
Exemplo 11) Uma escada com 25m de comprimento está apoiada numa parede vertical. Se o pé da escada for puxado horizontalmente, afastando-se da parede a 3m/s, qual a velocidade com que a escada está deslizando, quando seu pé está a 15m de comprimento da parede?
Solução:
t = tempo em (s) decorrido desde que a escada começou a deslizar pela parede;
y = distância do chão ao topo da escada em t(s), y = f(t);
x = distância do pé da escada até a parede em t(s), x = f(t);
dt
dx= velocidade ou taxa de variação em que a escada está sendo puxada horizontalmente;
dt
dy= velocidade ou taxa de variação em que a escada desliza pela parede, verticalmente.
Como o pé da escada está sendo puxado horizontalmente da parede a 3m/s, smdt
dxx /3' == .
Queremos encontrar dt
dyy =' quando x = 15m. Pelo teorema de Pitágoras, obtemos:
y² + x² = 25²
25
x
y parede
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
73
y² + x² = 625 (1)
Como x e y são funções de t, derivamos x e y em relação a t, então:
0'2'2 =+ xxyy => dt
dx
y
x
dt
dy −=
Da equação (1), quando x = 15, obtemos: y² + 15² = 625 => y = 20
Portanto, para achar dt
dy, quando y = 20 e 3=
dt
dx, temos que:
320
15 ⋅−=dt
dy => é a velocidade com que a escada está deslizando pela
parede, quando x = 15m longe da parede. O sinal negativo significa que y é decrescente quando t cresce.
Exemplo 12) Suponhamos que um óleo derramado através da ruptura de um tanque se espalha no mar em forma circular cujo raio cresce em uma taxa constante de ½ m/s. Com que velocidade a área do derramamento de óleo está crescendo quando o raio dele for 20m?
Solução: Sejam t : tempo (s); r : raio (m): A : área do círculo (m²);
Determinar ?20
==rdt
dA para r = 20, sendo sm
dt
dr/5,0=
Como o óleo está derramando em forma circular, a área do derramamento é:
A(r) = π r²
Como r está variando com o tempo, pela regra da cadeia temos que:
dt
dr
dr
dA
dt
dA = => dt
drr
dt
dA π2=
Finalmente: smdt
dA
r
/20 2
20
π==
y’ = - 2,25m/s
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
74
Exemplo 13) Acumula-se areia em monte com a forma de um cone cuja altura é igual ao raio da base. Se o volume da areia cresce a uma taxa de 10 m³/h, a que razão aumenta à área da base quando a altura do monte é de 4 m.
Solução: h : altura: r : raio da base: A : área da base: V : volume do cone
hmdt
dV/³10= . Determinar ?=
dt
dA para h = 4m.
2rA π= => dt
dr
dr
dA
dt
dA = => dt
drr
dt
dA π2=
Como r = h, devemos usar a fórmula do volume para encontrar dt
dr, assim:
32
3
1
3
1rhrV ππ == =>
dt
dr
dr
dV
dt
dV =
dt
drr
dt
dV 2π= => 2
10
rdt
dr
π=
Portanto, hmdt
dA/5 2=
RESUMO: Para resolver problemas envolvendo taxas relacionadas deve-se:
1 – Faça uma figura, se possível.
2 – Defina as variáveis. Em geral defina primeiro t, pois as outras variáveis usualmente dependem de t.
3 – Escreva todos os fatos numéricos conhecidos sobre as variáveis e suas derivadas em relação a t.
4 – Obtenha uma equação envolvendo as variáveis dependentes de t.
5 – Derive em relação a t ambos os lados da equação encontrada na etapa 4.
6 – Substitua os valores de quantidades conhecidas na equação da etapa 5 e resolva em termos da quantidade desejada.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
75
EXERCÍCIOS
1) Uma esfera aumenta de modo que seu raio cresce a razão de 12,5 cm/s. Qual a variação do volume no instante em que o raio é de 15,2 cm?
2) Um ponto se move sobre a parte superior da parábola semicúbica y² = x3 de tal maneira que sua abscissa cresce a razão de 5 unidades por segundo. Quando x = 4, com que rapidez varia a ordenada?
3) Um corpo é lançado no espaço formando com a horizontal um ângulo α, descreve no ar, por ação da gravidade uma curva cujas equações são x = v0 t cos(α) e y = v0 t sen(α) – ½ g t2. Sabendo que α = 60º e v0 = 50 m/s, determine a direção do movimento quando t = 2s?
4) Dois carros, um dirigindo-se para leste com velocidade de 77 km/h, o outro se dirigindo para o sul com velocidade de 57 km/h, estão viajando em direção ao encontro das duas rodovias. A que velocidade os carros se aproximam um do outro, no momento em que o primeiro carro estiver à 477 m e o segundo carro estiver à 277 m da intersecção das rodovias?
5) Um tanque de forma cônica invertido tem altura de 8 m, raio da base 2 m. O mesmo está sendo cheio de água à razão de 7 m³/min. Com que velocidade sobe o nível da água quando este se encontra a 4 m de profundidade?
6) Considerando um bloco de madeira de forma cúbica, se é tirada uma placa de 0,47 cm de espessura de cada lado do bloco, e se o bloco tinha originalmente 1,7 cm de comprimento do lado, qual a razão de variação do volume por causa desse processo?
7) Uma piscina tem 18 m de largura, 28 m de comprimento, 2 m de profundidade em um extremo e 8 m no outro, o fundo tem forma de um plano inclinado. Se a água está sendo bombeada para a piscina à razão de 0,8 m³/min, com que velocidade se eleva o nível da água no instante em que ele é de 1,8 m na extremidade mais profunda?
8) Um triângulo retângulo inscrito no círculo x² + y² = 25, tem as extremidades da hipotenusa situadas nos pontos A(5; 0) e B (-5; 0), enquanto que, o terceiro vértice, situado no ponto P(x; y), se move sobre a circunferência com uma velocidade dx/dt = ½ m/s. Calcule a velocidade com que a área deste triângulo está variando quando x = 4 m.
9) Em que pontos da parábola y² – 18x = 0 a ordenada y cresce duas vezes mais depressa que a abscissa x?
10) Uma pipa está a 80 m de altura sobre o nível do solo. Horizontalmente, se a criança que a segura se move a 4 m=s, com que velocidade a criança está soltando a corda quando esta corda medir 100 m.
11) Um ponto se move ao longo do gráfico de 1
12 +
=x
y de tal modo que a sua abscissa varia a
uma velocidade constante de 5 m/s. Qual a velocidade da ordenada no instante em que x = 10 m.
12) Uma piscina tem 10m de largura, 20m de comprimento, 1m de profundidade nas extremidades e 3 m no meio, de modo que o fundo seja formado de dois planos inclinados. A água é bombeada para a piscina à razão de 0,3 m³/min. Seja h a altura da água na parte mais profunda, com que velocidade estará variando h no instante em que h = 1m?
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
76
13) Um tanque tem a forma de um cilindro circular reto de 5m de raio da base a 10m de altura. No tempo t = 0 s, a água começa a fluir no tanque à razão de 25 m³/h. Então:
a) com que velocidade sobe o nível da água?
b) quanto tempo levará para o tanque ficar cheio?
14) Um balão está subindo verticalmente acima de uma estrada a uma velocidade constante de 1/3 m/s. Quando ele está a 17m acima do solo, uma bicicleta que se desloca a uma velocidade constante de 5 m/s passa por baixo dele. A que taxa a distância entre a bicicleta e o balão aumentará 3s depois?
15) Uma cidade A é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde calculam que o número de pessoas atingidas pela moléstia depois de uma tempo x, medido em dias a partir do
primeiro dia da epidemia, é aproximadamente dado por 3
64)(3x
xxf −= .
a) Qual a razão de expansão da epidemia no tempo x = 4 dias?
b) Quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no quinto dia?
16) A água escoa a uma taxa de 6 m³/min de um reservatório hemisférico com raio de 13m (figura anexo). Responda às questões a seguir, sendo que o volume de água em um recipiente hemisférico
de raio r é dado por )3(3
2 yryV −= π, quando a água tem y metros de profundidade abaixo.
a) Qual será o raio r na superfície da água quando a água tiver y metros de profundidade?
b) A que taxa o nível da água variará quando a água tiver 8m de profundidade?
c) A que taxa o raio r variará quando a água tiver 8m de profundidade?
17) Uma lâmpada colocada num poste está a 4m de altura. Se uma criança de 90cm de altura caminha afastando-se do poste à razão de 5m=s, com que rapidez se alonga sua sombra?
18) Às 13:00 h o navio A está a 100 km ao norte do navio B. O navio A está navegando rumo ao sul a 20 km/h enquanto o navio B estiver navegando rumo ao leste a 15 km/h. Qual a velocidade de afastamento dos navios às 19:00 hs?
19) Um bote é puxado por uma corda presa à proa e que passa por uma argola na cais a 2m acima da proa. A corda é puxada com uma taxa de 0,6 m/s.
a) A que velocidade o bote se aproxima do cais quando 3m de corda foram puxados?
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
77
b) A que taxa o ângulo θ varia neste momento?
APLICAÇÕES DA DERIVADA
TEOREMAS SOBRE FUNÇÕES DERIVÁVEIS
REGRAS DE L’HSOPITAL
As regras de L'Hospital, são para calcular limites indeterminados, da forma 0
0 ou
∞∞
, usando
derivadas. Estaremos também examinando gráficos de funções envolvendo exponenciação.
Diremos que o limite )(
)(lim
xg
xfax→
tem a forma indeterminada 0
0, se f(x) e g(x) são contínuas e
deriváveis para x ≠≠≠≠ a e 0)(lim)(lim ==→→
xgxfaxax
.
Diremos que o limite )(
)(lim
xg
xfax→
tema forma indeterminada ∞∞
, se f(x) e g(x) são contínuas e
deriváveis para x ≠≠≠≠ a ∞±==→→
)(lim)(lim xgxfaxax
.
Os mesmos conceitos se aplicam se tivermos x→→→→ a+ ou x→→→→ a-.
São duas as chamadas regras de L'Hospital. Uma para formas indeterminadas 0
0 e outra para
formas indeterminadas ∞∞
. No entanto, ambas podem ser enunciadas conjuntamente em um único
teorema (que não demonstraremos).
TEOREMA (Regras de L'Hospital): Se )(
)(lim
xg
xfax→
tem uma forma indeterminada 0
0 ou
∞∞
,
então:
)('
)('lim
)(
)(lim
xg
xf
xg
xfaxax →→
=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
78
caso o limite )('
)('lim
xg
xfax→
exista (sendo finito ou infinito). O mesmo vale se a é substituído por a+ ou
a-, ou se a = ±±±± ∞∞∞∞.
Exemplo 14) Calcular 253
2lim
2
2
2 −−−−
→ xx
xxx
Solução: Um cálculo direto nos dá a forma indeterminada 0
0. Pelo método tradicional, usando
fatoração, fazemos:
7
3
13
1lim
)13)(2(
)1)(2(lim
253
2lim
222
2
2=
++=
+−+−=
−−−−
→→→ x
x
xx
xx
xx
xxxxx
Aplicando L’Hopital, temos que:
7
3
56
12lim
253
2lim
22
2
2=
−−=
−−−−
→→ x
x
xx
xxxx
Mas às vezes, as regras de L'Hospital são o único recurso no cálculo de um limite:
Exemplo 15) Calcular 30
)sen(lim
x
xxx
−→
.
Solução: 0
0)sen(lim
30=−
→ x
xxx
. Aplicando L'Hospital, temos:
0
0
3
)cos(1lim
)sen(lim
2030=−=−
→→ x
x
x
xxxx
( ) ==−=−→→→ x
x
x
x
x
xxxxx
sen
6
1lim
3
)cos(1lim
)sen(lim
02030
6
1
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
79
Exemplo 16) Calcular 3
2
limx
e x
x ∞→
Solução:
∞∞=
==
∞+→
∞−→
∞→
3
2
3
2
3
2
lim
0limlim
x
e
x
e
x
ex
x
x
xx
x
Aplicando L’Hospital, temos que:
∞∞==
∞+→∞+→ 2
2
3
2
3
2limlim
x
e
x
e x
x
x
x
====∞+→∞+→∞+→∞+→ 6
8lim
6
4lim
3
2limlim
22
2
2
3
2 x
x
x
x
x
x
x
x
e
x
e
x
e
x
e+∞∞∞∞
Forma indeterminada: 0⋅⋅⋅⋅∞∞∞∞
No cálculo de limites sabemos também que 0⋅⋅⋅⋅∞∞∞∞ representa uma indeterminação. Neste caso, também podemos usar as regras de L’Hospital, após uma conveniente representação das funções no limite.
Suponhamos que ∞⋅=⋅→
0)()(lim xgxfax
, isto é, 0)(lim =→
xfax
e ∞=→
)(lim xgax
.
Neste caso, primeiramente fazemos:
( ) 0
0
)(
)(lim
1=−→ xg
xfax
, então utilizando L’Hospital calculamos: ( )( )'1)(
)('lim
−→ xg
xfax
.
Exemplo 17) Calcular )ln(lim0
xxx +→
Solução: )(0)ln(lim0
−∞⋅=+→
xxx
0lim)(1
limlim)ln(
lim0
2
02
1
010=−=−=
−=
++++ →→−→−→xx
xxx
xxx
x
xx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
80
Exemplo 18) Calcule o seguinte limite x
xxx 3
12)cos(lim
0
−+→
.
Solução: 0
0
3
12)cos(lim
0=−+
→ x
xxx
, Aplicando L´Hospital, obteremos:
3
2)sen(lim
3
12)cos(lim
00
+−=−+→→
x
x
xxxx
= 3
2
Exemplo 19) Calcule o limite )2cos(1
2lim
0 x
ee xx
x −−+ −
→
Solução: 0
0
)2cos(1
2lim
0=
−−+ −
→ x
ee xx
x
4
2
)2cos(4lim
)2sen(2lim
)2cos(1
2lim
000=+=−=
−−+ −
→
−
→
−
→ x
ee
x
ee
x
ee xx
x
xx
x
xx
x =
2
1
Forma indeterminada: ∞∞∞∞ – ∞∞∞∞
Se f(x) = g(x) – h(x) e o ∞−∞=→
)(lim xfax
, então, através de operações elementares entre as
funções g(x) e h(x) é sempre possível transformar o )(lim xfax→
numa das formas indeterminadas 0
0
ou ∞∞
.
.
Exemplo 20) Calcule )sec()(lim2
xxtgx
−→
π
Solução: ∞−∞=−→
)sec()(lim2
xxtgx
π indeterminação
)cos(
1)(lim
)cos(
1
)cos(
)(lim
22x
xsen
xx
xsen
xx
−=−→→
ππ, Aplicando L’Hospital
)(
)cos(lim
2xsen
x
x
−→
π = 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
81
Formas indeterminadas do tipo: 1∞∞∞∞, 00 e ∞∞∞∞0
Se f(x) = [g(x)] h(x) e [ ] )()(lim xh
axxg
→ assume uma das três formas indeterminadas 1∞, 00 e ∞0,
então, para qualquer uma das três indeterminações, define-se:
[ ] Lxg xh
ax=
→
)()(lim
Aplicando-se o logaritmo neperiano à função dada, temos que:
[ ]( ) ( )Lxg xh
axln)(lnlim )( =
→
Assim, o limite passa a ter a forma indeterminada 0⋅∞, que se resolve por L’Hospital. Para determinar a solução final deve-se aplicar a função exponencial (pois é a função inversa do logaritmo) no limite encontrado.
Exemplo 21) Calcule
→− 2
1)2(lim
xtg
xx
π
Solução: ∞
→=− 1)2(lim 2
1
xtg
xx
π
aplicando o logaritmo neperiano, obtemos:
( ) ( )
( )
πππ
π
ππ
2
2seccos
2
2
1
lim
',
2cot
)2(lnlim
)2(ln2
limln)2(lnlim
1
1
1
2
1
=
−
−−
−
−
⇒=
−
→
→
→
→
xx
HospitalLAplicandox
g
x
xx
tgLx
x
x
x
xtg
x
( )π2
ln =L => π2
eL =
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
82
EXERCÍCIOS
1) Calcule os seguintes limites, se existirem.
a) 25
21lim
25 −−−
→ x
xx
R: 40
1
b) 12
23lim
2
3
1 −−+−
→ xx
xxx
R: 0
c) ( ) 2
1lim 2 x
xex −
∞→− R: 0
d) xxtg
xxx −
−→ )(
)sen(lim
0 R:
2
1−
e) ( )1lim1
0−
→xex
x R: indefinida
f) 20
1lim
x
ex x
x
−+→
R: 2
1−
g) ( )
))ln(sen()(lim2
xxtgx −→ π
R: 0
h)
+−
−∞→ 11lim
22
x
x
x
xx
R: 2
i) )(cos
)sen(1lim
22 x
xx
+→π
R: ∞
j) 24
4lim
34 −+−
→ x
xx
R: 12
k) ( ) )(3
)sec(2lim
2 xtg
xx
+−→ π
R: 3
1
l) )ln(
lim2
x
xx ∞→
R: ∞
m) )sen(
)sen(2lim
0 xx
xee xx
x
−− −
→ R: 0
n) 20
32lim
x
exe xx
x
−
→
−− R: ∞
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
83
o) 2
)1ln(lim
2 −−
→ x
xx
R: 1
p) x
ex
x 3
)2ln(lim
+∞→
R: 1/3
q) )ln(lim0
xxx +→
R: 0
r) x
xx
)ln(lim
∞→ R: 0
s) )(
2lim
0 xsenx
xee xx
x −−− −
→ R: 2
t) )(
0)(cotlim xsen
xxg
→ R: 1
u) )cos(1
1
)(
2lim
20 xxsenx −−
→ R: ½
v) ( )xx
xxe
1
0lim +
→ R: e²
x) )ln(
1
1
1lim
1 xxx−
−→ R: -½
z)
→
−a
xtg
ax a
x 22lim
π
R: π2
e
aa) ( ) )(2lim2
xtgxx
−→
ππ
R: 2
bb) ( ) ( )xg
xxsen cot
0)(1lim +
→ R: e
cc) )1ln(
1)(lim
0 +−−
→ x
xsenex
x R: 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
84
TEOREMA DE ROLLE
O teorema afirma que se o gráfico de uma função diferenciável cruza o eixo x em dois pontos, a e b, então entre eles deve existir ao menos um ponto c onde a reta tangente é horizontal. Isto significa que no intervalo [a , b] a função tem pelo menos um ponto extremo, como na figura.
No exemplo acima ilustrado, em cada um dos pontos cujas abscissas são c1 e c2 o coeficiente angular da reta tangente à curva é zero. Portanto, f’(c) = 0.
TEOREMA DE ROLLE
Seja f uma função tal que:
i) f é contínua em [a , b] ;
ii) f derivável em (a , b);
iii) f (a) = f (b)
Então, existe pelo menos um c ∈ (a , b) tal que f’(c) = 0.
Demonstração: Consideremos dois casos.
1º Caso: Se f(x) = k, ∀ x ∈ [a , b].
Então f’(x) = 0, ∀ x ∈ (a; b).
Logo, qualquer número entre a e b pode ser escolhido como c.
2º Caso: Se f(x) ≠ f (a) = f (b), para algum x ∈ (a , b).
Como f é contínua em [a , b], pela proposição 2, f atinge seu máximo e seu mínimo em [a , b]. Sendo f(x) ≠ f (a) = f (b) existe pelo menos um valor extremo em algum c ∈ (a , b).
E ainda, como f é derivável, pela proposição 1, conclui-se que f’(c) = 0.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
85
Exemplo 22) A função f(x) = x - x³ ∀ x ∈ [-1 , 1] verifica o teorema de Rolle?
Solução:
I) Como f é uma função polinomial, logo é contínua em [-1 , 1] II) f também é derivável em (-1 , 1) III) f(-1) = f(1) = 0
f’(x) = 1 – 3x² => 1 – 3c² = 0 => 3
3±=c
Logo, a função verifica o teorema de Rolle em [-1 , 1], isto é, existem dois pontos extremos na função neste intervalo.
Exemplo 23) A função f(x) = 3 2)2( −x ∀ x ∈ [0 , 4] verifica o teorema de Rolle?
Solução:
I) f é contínua em [0 , 4] II) f é derivável em (0 , 4)?
f’(x) = 3 23
2
−x => f não é derivável em x = 2, logo, não verifica o
Teorema de Rolle neste intervalo.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
86
TEOREMA DO VALOR MÉDIO (OU DE LAGRANGE)
Seja f uma função tal que
I) f é contínua em [a , b];
II) f é derivável em (a , b);
Então, existe pelo menos um a < c < b tal que ab
afbfcf
−−= )()(
)(' .
Demonstração: A equação da reta que passa pelos pontos A(a, f(a)) e B(b , f(b)) é:
)()()(
)( axab
afbfafy −
−−=−
Se y = h (x), então: )()()()(
)( afaxab
afbfxh +−
−−=
Observe que h(x) é uma função polinomial. Sendo assim, h é uma função contínua e diferenciável para todo x.
Fazendo a função g(x) = f(x) – h(x). Assim,
)()()()(
)()( afaxab
afbfxfxg −−
−−−=
Esta função representa a distância vertical entre um ponto do gráfico e o ponto correspondente da reta secante.
Note que:
i) g(a) = g(b) = 0;
ii) g é uma função contínua em [a , b];
iii) g é derivável em (a , b);
Portanto, como a função g satisfaz as condições do Teorema de Rolle, ∃ c ∈ (a , b) tal que:
ab
afbfcfcg
−−=⇒= )()(
)('0)('
Isto significa que a função tem uma reta tangente em x = c e que é paralela a reta secante que passa por (a, f(a)) e (b , f(b)).
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
87
Exemplo 24) Em que ponto da curva f(x) = ln(x) a reta tg é paralela a corda que passa pelos pontos A(1 , 0) e B(e , 1).
Solução: Neste caso a solução é pelo TVM no intervalo 1 < x < e.
I) f é contínua em [1 , e] II) f é derivável em (1 , e)
xxf
1)(' = =>
1
011
−−=
ec => 1−= ec
Portanto, o ponto da curva em que a reta tg é paralela a reta secante é (e – 1 , ln(e – 1)).
Exemplo 25) Verifique se a função f(x) = x – x³ verifica o Teorema do Valor Médio em x ∈ [-2 , 1].
Solução: Verificando as hipóteses do teorema do valor médio
i) f é definida e contínua em [-2; 1];
ii. f’(x) = 1 – 3x² é contínua para todo x ∈ (-2 , 1);
Logo, satisfaz as condições do teorema. Assim, temos que ∃ c ∈ (-2; 1) tal que
ab
afbfcf
−−= )()(
)('
1 – 3c² = -2 => 3c² = 3 => 1±=c
Observe que, apenas -1 ∈ (-2 , 1), portanto, apenas c = -1 verifica as condições do TVM .
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
88
EXTREMOS DE FUNÇÕES: MÁXIMOS E MÍNIMOS
As derivadas de uma função y = f(x) fornecem informações importantes acerca do comportamento do gráfico de f(x) no que se refere ao seu crescimento ou decrescimento e também sobre os valores extremos (máximos e mínimos).
Definição: Seja f uma função contínua em um intervalo [a , b] e diferenciável em (a, b).
a) Crescimento:
f(x) é crescente no intervalo [a, b] se:
{ )()(],[, 212121 xfxfxxquetalbaxx <⇒<∈∀
Se a f(x) for diferenciável em [a, b], não constante, tem-se que:
b) Decrescimento:
f(x) é decrescente no intervalo [a, b] se:
{ )()(],[, 212121 xfxfxxquetalbaxx >⇒<∈∀
Se a f(x) for diferenciável em [a, b], não constante, tem-se que:
f' (x) < 0, a partir de, f' (x) = 0
f' (x) > 0, a partir de, f' (x) = 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
89
Exemplo 26) Determinar os intervalos em que é crescente e os intervalos em que é decrescente a função f(x) = x3 + x2 – 5x – 5.
Exemplo 27) Determinar os intervalos em que é crescente e os intervalos em que é decrescente a função f(x) = -x3 + 6x2 - 9x + 5.
c) Valores extremos (Teste da Primeira Derivada):
Seja f(x) uma função definida em [a, b] tal que xo ∈ [a, b], tem-se:
c.1) Ponto de mínimo local (ponto crítico):
Se xo é um ponto de mínimo local então, f’ (x) = 0 ou não existe e, numa vizinhança de xo, tem-se que:
⇒>⇒>⇒<⇒<
crescenteéxfxfxx
edecrescentéxfxfxx
)(0)('
)(0)('
0
0
Exemplo 28) f(x) = x2 – 2x – 4
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
90
c.2) Ponto de máximo local (ponto crítico):
Se xo é um ponto de máximo local então, f’ (x) = 0 ou não existe e, numa vizinhança de xo, tem-se que:
⇒<⇒>⇒>⇒<
edecrescentéxfxfxx
crescenteéxfxfxx
)(0)('
)(0)('
0
0
Exemplo 29) f(x) = -x2 + 2x + 4
Quadro Resumo:
Ponto Crítico (xo) x < xo x > xo Conclusão
f’ (xo) = 0 f’ (x) > 0 (crescente) f’ (x) < 0 (decrescente) xo é ponto de máx. local
f’ (xo) = 0 f’ (x) < 0 (decrescente) f’ (x) > 0 (crescente) xo é ponto de min. local
RESUMO: Para determinar os extremos locais de uma função f(x).
I) Achar f’ (x).
II) Achar os pontos críticos de f, isto é, os valores de x para os quais f’ (x) = 0, ou para os quais f’ (x) não existe.
III) Substituir os pontos críticos em f(x) e verificar os máximos e mínimos.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
91
d) Teste da Derivada Segunda
A segunda derivada de uma função y = f(x), geralmente, facilita a verificação dos pontos extremos locais em relação à primeira derivada. Baseia-se na observação geométrica de que, num máximo local, a função f(x) é côncava para baixo num intervalo aberto I, contendo o ponto crítico xo de f(x), enquanto que, num mínimo local, ela é côncava para cima.
TEOREMA 1: Suponha que uma função f seja diferenciável duas vezes em um ponto (xo ; yo) então:
Se f’ (xo) = 0 e f” (xo) > 0, então f tem em xo um mínimo local.
Se f’ (xo) = 0 e f” (xo) < 0, então f tem em xo um máximo local .
Se f’ (xo) = 0 e f” (xo) = 0, então o teste é inconclusivo, isto é, a função pode ter um máximo ou um mínimo local ou nenhum dos dois em xo.
Ponto de inflexão: Se uma função f é contínua num intervalo aberto I contendo o ponto (x1 ; y1) e se a função muda a direção da concavidade neste ponto, então, f tem um ponto de inflexão em (x1;y1).
TEOREMA 2: Seja uma função f diferenciável até segunda ordem em um intervalo aberto I contendo o ponto x1.
Se f” (x) > 0 em I, então a função tem concavidade para cima, ou seja, é côncava em I.
Se f” (x) < 0 em I, então a função tem concavidade para baixo, ou seja, é convexa em I.
Exemplo 30) Seja f(x) = x³ – 3x² + 1. Ache os pontos de máximo e mínimo e o intervalo em que a função tem concavidade para cima e para baixo.
Solução:
f’(x) = 3x² – 6x => 3x(x – 2) = 0 => x1 = 0 e x2 = 2 pontos críticos
f”(x) = 6x – 6 => f ”(0) = -6 < 0 => f” (2) = 6 > 0
f(0) = 1 e f(2) = -3
Logo, a função tem um ponto de máximo local em x = 0 e um ponto de mínimo local em x = 2.
f”(x) = 6(x – 1) => x = 1 é ponto de inflexão.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
92
Se x < 1, f”(x) < 0. A função é convexa.
Se x > 1, f”(x) > 0. A função é côncava.
OBSERVAÇÃO: Os pontos de inflexão marcam os lugares no gráfico de y = f(x) nos quais a taxa de variação de y em relação a x muda de crescente para decrescente ou vice-versa. Isto é, mudam as inclinações das retas tangentes, ou seja, passa de crescente para decrescente ou vice-versa. É também neste ponto que a função y = f(x) cresce mais rapidamente.
O exemplo físico a seguir nos ajuda a clarear as idéias: suponha que água seja acrescentada ao frasco da figura abaixo, de tal forma que o volume aumenta a uma taxa constante e vamos examinar a taxa, segundo a qual se eleva o nível y da água, ele irá crescer até atingir o ponto mais estreito no gargalo do frasco. A partir deste ponto em diante, a taxa segundo a qual o nível da água se eleva irá decrescer, à medida que o diâmetro aumenta. Desta forma, o ponto onde o frasco fica mais estreito é aquele onde a taxa de variação de y em relação a t muda de crescente para decrescente.
Concavidade Para cima
Concavidade para baixo.
Ponto de inflexão ocorre quando o nível da água está no ponto mais estreito do frasco
y (nível da água)
t (tempo)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
93
ASSÍNTOTAS
Assíntota Vertical
A reta x = a é dita assíntota vertical do gráfico de uma função f se:
∞±=→
)(lim xfax
Assíntota Oblíqua
A reta y = kx + b é dita assíntota oblíqua do gráfico de uma função f se:
x
xfk
x
)(lim
∞→= ; kxxfb
x−=
∞→)(lim
• Se k = 0 e b ≠ 0, a reta y = b é dita assíntota horizontal do gráfico de uma função f se:
Exemplo 31) Identifique as assíntotas, se existirem, de 86
53 2
−+=
x
xy .
Solução: A. V. se existir, está na restrição de domínio.
∞=−
+→ 86
53lim
2
3
4 x
x
x
, logo 3
4=x é assíntota vertical.
A. O. y = kx + b
0)86(
53lim
2
=⇒−
+=∞→
kxx
xk
x
−∞−→
∞+→==
−+=
∞→∞→
6
3,
6
3,
6
||3lim
86
53lim
2
xse
xse
x
x
x
xb
xx
As assíntotas horizontais são: 6
3=y e 6
3−=y
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
94
Exemplo 32) Identifique as assíntotas, se existirem, de 1
12)(
2
−−+=
x
xxxf
Solução: x – 1 ≠ 0 => x ≠ 1
D = R – {1}
∞−=−
−+
∞+=−
−+
−
+
→
→
1
12lim
1
12lim
2
1
2
1
x
xx
x
xx
x
x
A função tem uma A.V. em x = 1.
31
12lim
1)1(
12lim
2
2
1
=−−
−+=
=−
−+=
∞→
→
xx
xxb
xx
xxk
x
x
A função tem uma A.O. y = x + 3.
Exemplo 33) Seja 1
)(2
−=
x
xxf . Faça um esboço completo do gráfico desta função.
Solução: D = R – {1}
2
2
2
2
)1(
2
)1(
)1(2)('
−−=
−−−=
x
xx
x
xxxxf
200)1(
2212
2
==⇒=−−
xexx
xx P.C.
Pelo teste da 1ª derivada:
Se x < 0, f’(x) > 0 e se 0 < x < 2, f’(x) < 0, logo, f(x) tem um máx. em x = 0.
Se x > 2, f’(x) > 0 f(x) tem min. em x = 2.
3)1(
2)(''
−=
xxf => não existe f’’(x) = 0.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
95
Se x < 1, f’’(x) < 0 a função é convexa
Se x > 1, f’’(x) > 0 a função é côncava
∞=−→ 1
lim2
1 x
xx
a função tem uma A. V. em x = 1.
A. O. y = kx + b
111
1lim
2
=⇒=−
=∞→
kxx
xk
x
111
lim2
=⇒=−−
=∞→
bxx
xb
x
a função tem A. O. y = x + 1.
PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO
Exemplo 34) Ache as dimensões de um retângulo com perímetro de 100 m, cuja área é a maior possível.
Solução:
x = comprimento y = largura A = área
A = x⋅y (1)
O perímetro é 100 m, então:
2x + 2y = 100 => y = 50 – x (2)
Substituindo (2) em (1), obtém-se:
A = x(50 – x) => A = 50x – x² (3)
Como x representa o comprimento, este não pode ser negativo e o perímetro não pode ultrapassar 100 m, então: 0 ≤ x ≤ 50.
A área representada por (3) será máxima quando encontrarmos um valor x que dê a maior área. Para isso, usaremos a derivada.
x y
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
96
xdx
dA250−= => Para 0=
dx
dA, obtemos:
50 – 2x = 0 => x = 25
Portanto, o valor máximo da área deve estar em [0 , 50] incluindo x = 25.
A = 50⋅0 – 0² => A = 0 m²
A = 50⋅25 – 25² => A = 625 m² é área máxima
A = 50⋅50 – 50² => A = 0
P/S: Em qualquer figura retangular com perímetro constante, a área máxima será sempre um quadrado.
Exemplo 35) Uma caixa aberta deve ser feita de uma folha de papelão medindo 16 cm por 30 cm, destacando-se quadrados iguais dos quatro cantos e dobrando-se os lados. Qual é o tamanho dos quadrados para se obter uma caixa com o maior volume?
Solução:
x = comprimento dos lados dos quadrados cortados
V = volume (em cm³) da caixa resultante
Como estamos cortando quadrados de lados x de cada canto, a caixa resultante terá dimensões x, 16 – 2x e 30 – 2x. O volume desta caixa é o mesmo de um paralelepípedo, portanto:
V(x) = x(16 – 2x)(30 – 2x) => V(x) = 480x – 92x² + 4x³
Sendo x o comprimento dos quadrados dos cantos, não pode ser negativo e a largura menor da caixa não pode ultrapassar 16 cm, portanto, x tem restrições, logo: 0 ≤ x ≤ 8 ou x ∈ [0 , 8].
212184480 xxdx
dV +−=
Para encontrarmos os pontos críticos, fazemos V’(x) = 0.
12x² – 184x + 480 = 0 => 3
101 =x e x2 = 12 são os pontos críticos
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
97
Como x = 12 está fora do intervalo, então o ponto crítico que nos interessa é 3
101 =x .
V(0) = V(8) = 0, pois 0 e 8 são raízes da equação do volume.
37263
10cmV ≅
é o volume máximo.
Portanto, o valor procurado é cmx3
10= .
Exemplo 36) Suponha que a disseminação de um vírus de gripe em um determinado campus
universitário é modelada pela função te
ty9,09991
1000)( −+
= , em que y(t) é o número de pessoas
infectadas no instante t (em dias, começando em t = 0). Estime o dia em que o vírus se espalha mais rapidamente.
Solução:
y(t) é o número de pessoas infectadas t é o nº de dias, começando em t = 0
29,0
9,0
)9991(
899100)('
t
t
e
ety −
−
+= ;
29,0
9,0
39,0
8,1
)9991(
809190
)9991(
1616761620)("
t
t
t
t
e
e
e
ety −
−
−
−
+−
+=
0)9991(
809190
)9991(
161676162029,0
9,0
39,0
8,1
=+
−+ −
−
−
−
t
t
t
t
e
e
e
e
1616761620e-1,8 t – 809190e-0,9 t (1 + 999e-0,9 t) = 0
1616761620e-1,8 t – 809190e-0,9 t – 808380810e-1,8 t = 0
808380810e-1,8 t - 809190e-0,9 t = 0
e-1,8 t = 0,001e-0,9 t => e-1,8 t e0,9 t = 0,001
e-0,9 t = 0,001 => -0,9t = -6,908
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
98
t = 7,67 ≅ 8 é ponto de inflexão
Como y’(t) é a taxa de variação de y em relação a t, temos que: y’(8) ≅≅≅≅ 220.
Resposta: No oitavo dia ocorrerá o maior nº de pessoas infectadas, 220 pessoas.
Exemplo 37) Deve-se construir um tanque, para armazenamento de um gás propano, em forma de um cilindro circular reto com dois hemisférios esféricos nas extremidades. O custo do metro quadrado dos hemisférios é o dobro do custo da parte cilíndrica. Se a capacidade do tanque deve ser de 12π m³, que dimensões minimizam o custo da construção?
Solução: Sejam
C: função custo;
r: raio do hemisfério = raio do cilindro;
h: altura do cilindro.
Objetivo: Determinar as dimensões r e h que minimizam o custo na construção do tanque. Como o custo está associado com a área total do tanque, temos que:
C = 2 [área de uma esfera = área de 2 hemisférios)] + (área lateral do cilindro)
C = 2 (4πr²) + 2 πrh = 8πr² + 2πrh com r > 0 e h > 0.
Precisamos encontrar uma relação entre r e h. Para isso, usaremos o volume do tanque
V = volume da esfera + volume do cilindro
3
41212
3
42
23 r
rhhr
rV −=⇒=+= πππ
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
99
32
2
2
22
4
90
24
3
32
0)('24
3
32)('
24
3
16)(
3
41228)(
=⇒=−
=⇒−=
+=⇒
−+=
rr
r
rCr
rrC
r
rrC
r
rrrrC
ππ
ππ
ππππ
Pelo teste da 2ª derivada, temos que:
04
9"
48
3
32)(" 3
3>
⇒+= C
rrC
ππ
Logo, 31,14
93 ≅=r m minimiza o custo da construção do tanque. Assim, a altura do tanque é
24,5
2
3
6
3
≅=h m.
EXERCÍCIOS
1) Determinar o ponto crítico e dizer se é máximo ou mínimo local da função f(x) = x2 - 5x + 7.
2) Determinar o ponto crítico e dizer se é máximo ou mínimo local da função f(x) = -x³ + 2x - 13
3) Considere o gráfico da função abaixo e faça uma análise gráfica de f, observando, se existir(em), assíntota(s) vertical(is), assíntota(s) horizontal(is), os intervalos em que f’(x) > 0 e f’(x) < 0 , os intervalos em que f’’ (x) > 0 e f’’ (x) < 0 , pontos de máximo(s) e/ ou mínimo(s) relativos e o(s) ponto(s) de inflexão.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
100
4) Uma indústria química vende ácido sulfúrico a granel a R$ 100,00 por unidade. Se o custo de produção total diário em reais para x unidades for: C(x) = 100000 + 50x + 0,0025x² e se a capacidade de produção diária for de, no máximo, 7000 unidades. Responda:
a) Quantas unidades de ácido sulfúrico devem ser fabricadas e vendidas diariamente para maximizar o lucro?
b) Beneficiaria ao industrial expandir a capacidade de produção diária?
5) Num certo processo de fabricação química, o peso diário y de produção defeituosa depende do peso x de toda a produção, de acordo com a fórmula empírica y = 0,01x + 0,00003x², onde x e y estão em libras. Se o lucro for de R$ 100,00 por libra do produto químico sem defeito e a perda for de R$ 20,00 por libra de produto químico defeituoso produzido, quantas libras do produto devem ser produzidas diariamente para maximizar o lucro diário total?
6) Uma lata cilíndrica fechada pode conter 1litro (1000 cm³) de líquido. Como poderíamos escolher a altura e o raio para minimizar o material usado na confecção da lata?
7) Ache os pontos máximos e mínimos locais e os pontos de inflexão da função 23
344 4)( xxxxf −+= , aplicando o teste da segunda derivada.
8) Ache os máximos e mínimos locais da função f(x) = sen(x) + cos(x), aplicando o teste da segunda derivada.
9) Em cada item seguinte faça um esboço completo dos gráficos das funções.
a) f(x) = -4x³ + 3x² + 18x
b) h(x) = 3
1
)1( −x
c) f(z) = (4 – z)4
d) k(x) = x
xx 122 −+
e) f(x) = 2cos(x) + 3
f) f(x) = e-xsen(x) + x
g) f(x) = x + ln(x)
h) xxxf −= 2)(
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
101
10) Uma caixa retangular de base quadrada com tampa deve ser construída de forma que, cheia, tenha V = 3 m³ de água. Encontre as medidas dos lados (em cm) que minimiza a área total A do material usado na sua confecção.
11) Se uma lata fechada com volume de 16π cm³ deve ter a forma de um cilindro circular reto, ache a altura e o raio, se um mínimo de material deve ser usado em sua fabricação.
12) Para se construir uma caixa d´agua retangular de base quadrada, com capacidade para 2000 litros. O material da tampa e da base custa R$ 3,00 por m² e o material para os lados custa R$ 1,50 por m². Encontre as dimensões da caixa cujo custo total do material seja mínimo.
13) Estima-se que, daqui a t anos, a população de um certo país será de te
tp06,032
20)( −+
= milhões.
a) Qual é a população atual?
b) Qual será a população daqui a 50 anos?
c) Esboce o gráfico de p(t).
d) O que acontecerá com a população a longo prazo?
14) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:
a) f(0) = 1; b) y = 1 é A.H. da função c) f não possui A.V.
d) f’(x) > 0 ∀ x ∈ (-∞ , -1) ∪ (1 , +∞) e) f’(x) < 0 ∀ x ∈ (-1 , 1)
f) f’’(x) > 0 ∀ x ∈ (-∞ , - 3 ) ∪ (0 , 3 ) g) f’’(x) < 0 ∀ x ∈ (- 3 ,0) ∪ ( 3 , ∞)
15) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:
a) D = {x ∈ R / x ≠ ± 1}; b) f’(x) > 0 ∀ x (-∞ , 3− ) ∪ ( 3 , +∞)
c) f’(x) < 0 ∀ x ( 3− , -1) ∪ (-1 , 1) ∪ (1 , 3 )
d) f’’(x) > 0 ∀ x ∈ (-∞ , -3) ∪ (-1 , 0) ∪ (1 , 3)
e) f’’(x) < 0 ∀ x ∈ (-3 , 1) ∪ (0 , 1) ∪ (3 , +∞)
f) f(0) = 0; f(-3) = -3/2; f(3) = 3/2
g) ±∞=−→
)(lim1
xfx
, ±∞=→
)(lim1
xfx
, −∞=∞−→
)(lim xfx
e +∞=∞+→
)(lim xfx
16) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:
a) D = R+ b) f’(x) > 0 ∀x ∈ D
c) f’’(x) > 0 ∀ x (0 ; 2,44) d) f’’(x) < 0 ∀ x (2,44 ; +∞)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
102
e) f(0) = 1; f(2,44) = 5 e 10)(lim =∞+→
xfx
17) Uma estação de rádio fez um levantamento dos hábitos dos ouvintes das 17hs à meia-noite. A pesquisa mostra que a porcentagem de adultos sintonizados na estação x horas a partir das 17hs é
modelada por ( )2401082728
1)( 23 +−+−= xxxxf . Responda:
a) Em que instantes, entre 17hs e meia-noite, existem mais e menos ouvintes sintonizados na estação? mais ouvintes = 17h e menos ouvintes = 20h
b) Qual é a porcentagem de ouvintes nestes momentos? 30% e 13%
18) Tem-se um terreno retangular de 4328 m² de área. Pretende-se murá-lo e sabe-se que o vizinho de um dos lados paga a metade do muro que faz limite com sua propriedade. Para tanto, quais devem ser as dimensões deste terreno para que se gaste o mínimo possível ao murá-lo?
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
103
ANTIDERIVADA OU INTEGRAL INDEFINIDA
Até aqui estudamos essencialmente o problema: dada uma função, achar a sua derivada. Muitas aplicações importantes do Cálculo envolvem o problema inverso: dada a derivada de uma função, achar a função. Esta operação, que consiste em determinar a função original a partir de sua derivada, é a operação inversa da diferenciação. É chamada antidiferenciação ou integração.
Como estas operações são inversas uma da outra, algumas aplicações da integração são imediatas. Por exemplo, a integração de uma função aceleração gera uma função velocidade. A integração pode ser utilizada para achar a área de uma região, o valor médio de uma função e o volume de um sólido, etc.
Definição de Antiderivada: Uma função F(x) é uma antiderivada de uma função f(x) se, para todo x no domínio de f, temos F’ (x) = f(x).
Exemplo Seja f(x) = 2x, encontre a antiderivada F(x).
Solução:
Se F1(x) = x² => F’(x) = f(x) = 2x
Se F2(x) = x² + 1 => F’(x) = f(x) = 2x
Se F3(x) = x² – 5 => F’(x) = f(x) = 2x
Conclusão: As funções F1(x), F2(x) e F3(x) são antiderivadas de f(x) = 2x. Isto significa que se F(x) é uma antiderivada de f(x), então também o é F(x) + C, onde C é uma constante arbitrária. Assim, o processo de antidiferenciação não define uma única função, e sim uma família de funções, que diferem entre si por uma constante.
Notação de Integral para Antiderivadas:
Sinal de integral Diferencial
C F(x)dx f(x) +=∫
Integrando Antiderivada
Antidiferenciação
Diferenciação
F F’ = f(x)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
104
Em que f(x) é o integrando e C é a constante de integração. A diferencial dx na integral indefinida identifica a variável de integração. Ou seja, o símbolo ∫∫∫∫ f(x) dx denota a “integral de f em relação a
x”, da mesma forma que o símbolo dx
dy a “derivada de y em relação a x”.
Interpretação Geométrica da Integral Indefinida A integral indefinida de uma função f é representada geometricamente por uma família de curvas que em pontos de mesma abscissa possuem retas tangentes paralelas.
Exemplo 1) Verifique que F1(x) = (x – 1)², F2(x) = x2 – 2x e F3(x) = x² – 2x – 1 são antiderivadas de f(x) = 2x – 2. Faça o gráfico de F1, F2 e F3 no mesmo plano cartesiano. Como se relacionam estes gráficos? O que podemos dizer sobre o gráfico de qualquer outra antiderivada de f ?
Propriedades da Integral Indefinida:
P1) Uma constante pode se mover através do sinal de integração: isto é,
∫ ∫= dxxfcdxxfc )()(
P2) A integral de uma soma é a soma das integrais, isto é,
( ) ∫ ∫∫ ±=± dxxgdxxfdxxgxf )()()()(
Algumas Regras de Integração Direta
Cxdx +=∫ Ckxdxk +=∫
Cedxe xx +=∫ Cxdxx
+=∫ ||ln1
1,1
1
−≠++
=+
∫ nparaCn
xdxx
nn Cxdxx +−=∫ )cos()sen(
F1(x) = x² – 2x + 2 F2(x) = x² – 2x F3(x) = x² – 2x – 2
F’1(x) = 2x – 2 F’2(x) = 2x – 2 F’3(x) = 2x – 2
y = 2x – 2 y = 2x – 4 y = 2x – 6
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
105
Cxdxx +=∫ )sen()cos( Cxtgdxx +=∫ )()(sec2
Caa
dxa xx +=∫ ||ln
1 Cxgdxx +−=∫ )(cot)(seccos 2
Cxdxxtgx +=∫ )sec()()sec( Cxdxxgx +−=∫ )sec(cos)(cot)sec(cos
Cxtgdxx +=∫ )()(sec2
EXERCÍCIOS Calcule as seguintes integrais indefinidas e verifique o resultado por diferenciação.
dxx
xxdx
xdx
x ∫∫ ∫
∫∫∫
∫∫∫
∫ ∫∫
∫∫∫
−+−
+
++
2
5
233-
3 2t
2
23
42
2
523)15
3
2)14
3)13
dy yy 12) dx 2)(x 11) dx 5x 10)
dx 5)-1)(6x-(x 9) dx x 8) dt e 7)
dt t
2t 6) 1)dx -3x(2x 5) dt 3t 4)
dx 4x
1 3) du 2) dx 6 1)
INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL
Esta técnica utiliza a Regra da Cadeia para a antidiferenciação. Considere a integral indefinida
∫ dx (x)g'(g(x)) f
Fazendo u = g(x) e, conseqüentemente, du = g’(x) dx, fazemos as substituições e obtemos:
C F(g(x)) C F(u))(
(x)g'
du (x)g' f(u)dx (x)g' (g(x)) f
+=+=
=
∫
∫∫
duuf
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
106
Esta técnica só é possível se o integrando for do tipo f(g(x)) g’(x), ou seja, deve conter uma função composta e a derivada da função interna da composta. Pode ser necessária a introdução de constantes no integrando a fim de ajustá-lo para que esteja na forma f(g(x))⋅g’(x). Quando fazemos uma substituição, o objetivo é obter um integrando f(u) que é facilmente integrado através das regras básicas de integração.
OBS: Consulte um livro de Cálculo e veja a demonstração que verifica a técnica de Integração por Substituição e a sua relação com a Regra da Cadeia.
Diretrizes para a Integração por Substituição:
I) Observar o integrando e escrever a função u = g(x), dependendo de x, convenientemente.
II) Derivar a função u em relação a x e destacar o diferencial du.
III) Fazer os ajustes necessários no integrando para proceder a substituição.
IV) Escrever todo o integrando em função da variável u e procurar adaptá-la a uma ou mais regras básicas de integração. Se nenhuma se ajustar, tentar outra substituição.
V) Após efetuar a integração, escrever a antiderivada como função de x.
Exemplo 2) Calcular a integral indefinida ∫ − dx 1xx 2
Solução: Consideremos a substituição u = x² – 1. Assim, du = 2x dx.
Para que 2xdx faça parte do integrando, sem alterá-lo, multiplicamos e dividimos por 2, então:
du u2
1
dx2x 1)(x2
1
dx 1xx
21
212
2
∫
∫
∫
=
−=
=−
Simplificando e substituindo u para retornar a variável x.
C.1)(x3
1 C
23u
2
1 232
23
+−=+=
Multiplicando e dividindo por 2. Substituindo x e dx. Aplicando a regra da potência.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
107
Exemplo 3) Resolva a integral: ∫ +++ dxxxx )32()53(9 82
Solução: O 2º fator é a derivada do 1º fator. Usando uma substituição u, temos que:
u = x² + 3x + 5 => du = (2x + 3)dx => dxx
du =+ 32
Cuduux
duxu +=⇒
++ ∫∫
988 932
)32(9
substituindo u = x² + 3x + 5, obtemos a solução final:
Cxxdxxxx +++=+++∫9282 )53()32()53(9
Exemplo 4) Resolva a integral dxex x∫
+23 4
Solução: Usando a substituição u = x4 + 2, du = 4x³ dx => dxx
du =34
, então:
∫ ∫ +=⇒ Ceduex
duex uuu
4
1
4
1
4 33
Cedxex xx += ++∫
223 44
4
1
Exemplo 5) Resolva a integral ∫+
dxx
x
5
32
Solução: Fazemos u = x² + 5; du = 2x dx dxx
du =2
∫∫ +=⇒− C
uduu
x
du
u
x
21
21
21
2
3
2
3
2
3
Cu +21
3 => Cxdxx
x ++=+
∫ 435
3 2
2
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
108
Algumas Integrais por substituição:
)sec(ln)cos(ln)(
)(ln)(cot1
)(1
)cos()cos(1
)(
xCxdxxtg
CxsendxxgCek
due
Cuksenk
duukCukk
duuksen
ukuk
=+−=
+=+=
+=+−=
∫
∫∫
∫∫
EXERCÍCIOS
Lista 1) Resolva as seguintes integrais usando substituição ou mudança de variável.
( ) Cx
Cedx
Ce
C
x
x
++⇒+
+⇒
+−−⇒−
+⇒
∫
∫
∫
∫
23
22
13
2dx x1 4)
3
1e2x 3)
)1ln(3
1 dx
e1
e 2)
9-t
2- dt
9)-(t
2 1)
33x
33x
3x
2
Ctdt
Ce x
+⇒
+⇒
∫
∫
)(ln2
1
t
ln t 6)
5
1 dxe 5)
2
55x
( )
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) Ctt dt tt
Cxxx dxx
x
Ctt
Cx
++−+⇒+
+−−−+−⇒−
−
+−+−⇒−
++⇒++
∫
∫
∫
∫
34
37
21
23
25
14
31
7
31)10
124
312
6
112
20
1
12
1)9
1ln212dt1t
1 8)
3xln2 dx x3x
212x 7)
3
2
22
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
109
( ) ( ) Cxx dxxx
Cxx dx x
xx
+−−−⇒−−
++⇒+
∫
∫
23
25
23
22
5
22)1()12
22626
)11
( ) ( )
( ) ( ) ( ) Cxxx dxxx
Ct dtt-
t
Cxx
x dx x
x
C xx dx xx
+−−−+−−⇒−
+−−⇒
++−+
−⇒+
+−+−⇒−
∫
∫
∫
∫
23
25
27
23
25
13
21
5
41
7
21)16
11
)15
)1ln(21
1
)1()14
3235
23)13
2
2
2
2
2
Lista 2)
Cxdxxec
c
Ctdttgt
b
Cxxdxxxa
+−⇒
+⇒
+−⇒+
∫
∫
∫
)cos()(cos
7)
)sec()(cot)cos(
1)
)sen(24
5))cos(25() 43
( ) Cxxgxtgdxxgxtgi
Cxxecdxx
xxgh
Cxgxdxxecxtgxg
Cxdxx
xf
Czdzz
ztge
Cttgdtt
td
++−⇒++
++−⇒−
++⇒−
+−⇒
+⇒
+⇒
∫
∫
∫
∫
∫
∫
2)(cot)(4)(cot)()
)cos(3)(cos2)sen(
)(sen3)(cot2)
)(cot5)sec(3))(cos5)()sec(3()
)cos(2)cos(
)2sen()
)sec()cos(
)()
)()cos(
)sec()
22
2
2
( )
( )Ctdt
t
ttm
Cttgdtttgttecl
Cdtg
k
Cxtgxecdxxxgxecj
+⇒
+−−⇒−
+−⇒−
++−⇒+
∫
∫
∫
∫
)sec()cos(
)sen()sec()
)sec(5)(cot3)()sec(5)(cos3)
)sen(4)sec(3)cos(
)(cos4)(3)
)(2)(cos4)(sec2)(cot)(cos4)
2
2
2
θθθθ
θθ
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
110
INTEGRAL POR PARTES
Não é possível resolver algumas integrais pelos métodos vistos até agora como substituição de variável (por exemplo). A técnica de integração que veremos agora consiste em interpretar uma função como sendo o produto de uma função pela diferencial de outra função.
Se u = f(x) e v = g(x) são funções diferenciáveis, então, pela regra do produto, temos que:
[ ] [ ] '')()( vuvuvudx
dxgxf
dx
d ⋅+⋅=⋅=⋅
Integrando ambos os lados, obtemos:
[ ]
Cdxvduvudxdvu
dxdvudxvduCvu
dxdvudxvdudxvud
+⋅−⋅=⋅
⋅+⋅=+⋅
⋅+⋅=⋅
∫∫
∫∫
∫∫∫
Na prática, escrevemos: u = f(x), du = f’ (x) dx; v = g(x), dv = g’(x) dx
Portanto podemos escrever:
Exemplo 6) Resolva a integral ∫ dxex x
Solução:
fazendo u = x e dv = ex dx
du = dx e v = ∫ dxex => v = ex
Portanto, =+−= ∫∫ Cdxeexdxex xxx Ceex xx +−
∫∫ ⋅−⋅=⋅ duvvudvu
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
111
Exemplo 7) Resolva a integral ∫ dxxx )ln(2
Solução: Fazendo, u = ln(x) e dv = x²
dxx
du1= e v =
3
32 x
dxx =∫
∫∫∫ −=−= dxxxx
dxx
xx
xdxxx 2
3332
3
1)ln(
3
1
3)ln(
3)ln(
Cx
xx
dxxx +−=∫ 9)ln(
3)ln(
332
Exemplo 8) Resolva a integral ∫ dxxx )cos(2
Solução: Fazendo, u = x² e dv = cos(x)
du = 2x dx e v = ∫ dxx)cos( => v = sen(x)
∫−= dxxxxx 2)sen()sen(2 u = 2x e dv = sen(x)
du = 2 dx e v = -cos(x)
( )∫−−−−= dxxxxxx 2)cos()cos(2)sen(2 =
Resumindo:
� Se a integral for do tipo: ∫ dxsenoousenopotência cos*
u = função potência e dv = função seno ou cosseno
� Se a integral for do tipo: ∫ dxonencialpotência exp*
u = função potência e dv = função exponencial
� Se a integral for do tipo: ∫ dxaritmopotência log*
u = função logaritmo e dv = função potência
x² sen(x) + 2x cos(x) – 2 sen(x)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
112
Integração Resultante de Funções Trigonométricas Inversas
A integração das funções resultantes de trigonométricas inversas é expressa em forma de teorema em que a demonstração é feita partindo da derivada da integral.
Cau
au
adu
auC
u
udu
u
Cau
au
adu
uaC
u
udu
u
Ca
uarctg
adu
uaCuarctgdu
u
Ca
udu
uaCudu
u
++−=
−+
+−=
−
+−+=
−+
−+=
−
+
=+
+=+
+
=−
+=−
∫∫
∫∫
∫∫
∫∫
ln2
11
1
1ln
2
1
1
1
ln2
11
1
1ln
2
1
1
1
11)(
1
1
arcsen1
)arcsen(1
1
222
222
222
222
Ca
uarc
adu
auuCuarcdu
uu+
=−
+=−∫ ∫ sec
11)sec(
1
1222
Exemplos 9) Resolva a integral: ∫ +−dx
xx 523
12
Solução: Vamos fatorar o denominador para obtermos um quadrado perfeito, então:
( ) ( )[ ]
( ) Cx
arctgCx
arctgdxx
x
dx
x
dx
xx
dx
xx
dx
+
−=+
−=
+−
+−=
+−=
−++−=
+−
∫
∫∫∫∫
14
)13(
14
1
14
1
3
11
3
1
335)(35)(3
31
31
31
31
314
9142
31
9142
31
3142
31
31
91
322
322
Cx
arctg +
−=14
13
14
14
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
113
Exemplo 10) Resolva a integral ∫ +++
dxxx
x
52
722
Solução: Como d(x² + 2x + 5) = (2x + 2)dx, então:
∫∫∫ +++
+++=
++++
dxxx
dxxx
xdx
xx
x
III4342143421 52
5
52
22
52
522222
(I ) u = x² + 2x + 5; du = (2x + 2)dx
|52|ln||ln1
22
22 2 ++===+
+∫∫ xxudu
ux
du
u
x
(II ) Cx
arctgdxxxx
dx +
+=++
=+++ ∫∫ 2
1
2
5
4)1(
15
4125
22
Somando (I ) + (II ), obtemos:
∫∫ +++
+++
dxxx
dxxx
x
III4342143421 52
5
52
2222
= Cx
arctgxx +
++++2
1
2
552ln 2
EXERCÍCIOS
1) Calcule as seguintes integrais:
Cx
arctgxx
dxd
Cx
arcxx
dxc
Ct
arctgt
dtb
Cx
x
dxa
+
−⇒
+−
+
⇒
−
+
⇒
+
+
⇒
−
∫
∫
∫
∫
7
12
7
2
2)
4sec
16
1
164)
55
1
25)
2
3arcsen
3
1
94)
2
2
2
2
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
114
( ) Cxarctgxx
dxf
Cxx
dxe
+⇒+
+
⇒
−
∫
∫
2)1(
)
2
10arcsen
5
5
52)
2
Cxdxx
xi
Cdxxh
Cdxg
xx
xx
+⇒
+−⇒
+⇒
∫
∫
∫−
−
)sen(2
1
)sec()
|4|ln
4
2
14)
|2|ln
22)
22
2
2
π
ππ
( ) ( ) ( )
+⇒++
+⇒
∫
∫
122
1
84)
||lnsec||ln||lnsec
)
2
xarctg
xx
dxk
Cxdxx
xtgxj
2) Resolva as seguintes integrais:
Ceex
ex
dxexc
Cxxtgxdxxxb
Ceex
dxexa
xxxx
xxx
++−⇒
++⇒
+−⇒
∫
∫
∫
2222
22
2
222
4
1
22)
|)cos(|ln)()(sec)
4
1
2)
[ ] Cxxsenedxxed xx ++⇒∫ )cos()(2
1)cos()
C|x)sen(3|ln9
1+x)(3cotg
3)3(cos)
x9
4 |x|lnx
3
2)ln(xg)
Cx)sen(48
x+x)cos(4
32
1+x)cos(4
4)4(xf)
Cx)sen(55
x+x)cos(5
25
1)5cos()
2
22
23
23
+−⇒
+−⇒
+−⇒
+⇒
∫
∫
∫
∫
xdxxecxh
Cdxx
xdxxsen
dxxxe
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
115
Cdxexj
Cxx
dxx
x +−−⇒
+−⇒
∫
∫
− 222 x-x-2
3
3322
e2
1e
2
x)
9
2ln(x)
3
2)ln(xi)
SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA EM INTEGRANDOS TRIGONOMÉTR ICOS Uma forma diferente de substituição ocorre quando se deseja operar com funções trigonométricas elevadas a certas potências. Nesse caso as seguintes regras podem ser utilizadas:
m ímpar Separar )x(sen Transformar os senos restantes em co-senos
)xcos(u =
n ímpar Separar )xcos( Transformar os co-senos restantes em senos
)x(senu = ∫ dxxxsen nm )(cos)(
m, n pares Usar 2
)2cos(1)(2 x
xsen−= e
2
)2cos(1)(cos2 x
x+=
m ímpar Separar )sec()( xxtg Transformar as tangentes restantes em secantes
)xsec(u =
n par Separar )x(sec 2 Transformar as secantes restantes em tangentes
)(xtgu =
∫ dxxxtg nm ).(sec)(
∫ dxxxg nm )(seccos)(cot
m par e n ímpar Não há método padrão. Tentar integração por partes.
Exemplo 11) ∫ dxxxsen )(cos)( 45
Solução:
( ) ( )
( ) ( )∫∫
∫∫∫
+−=+−
−==
dxxsenxxxdxxsenxxx
dxxsenxxdxxsenxxsendxxxsen
)()(cos)(cos2)(cos)()(cos)(cos)(cos21
)()(cos)(cos1)()(cos)()(cos)(
864442
42242245
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
116
u = cos(x) -du = sen(x)dx
Cuuu
duuuu +−+−=+−− ∫ 97
2
5)2(
975864
Cxxxdxxxsen +−+−=∫ )(cos9
1)(cos
7
2)(cos
5
1)(cos)( 97545
Exemplo 12) ∫ dxxxtg )(sec)( 46
Solução:
( ) ( )∫∫
∫∫
+=+
=
dxxxtgxtgdxxxtgxtg
dxxxxtgdxxxtg
)(sec)()()(sec)(1)(
)(sec)(sec)()(sec)(
286226
22646
u = tg(x) du = sec²(x)dx
( ) Cuu
duuu ++=+∫ 97
9786
Cxtgxtgdxxxtg ++=∫ )(9
1)(
7
1)(sec)( 9746
Integrais com integrando do tipo 22 xa − , 22 xa + e 22 ax − .
Se u < 0
φ u
a
22 ua −
-2
π φ
u a
22 ua −
2
π
Se u > 0
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
117
Assim, as substituições normalmente utilizadas nestes casos são:
Expressão Substituição identidade 22 xa − ( )φsenax = para
22
πφπ ≤≤− ( ) ( )φφ 22 cos1 =− sen
22 xa + ( )φtgax = para 22
πφπ <<− ( ) ( )φφ 22 sec1 =+ tg
22 ax − ( )φsecax = para 2
0πφ <≤ ( ) ( )φφ 22 1sec tg=−
Exemplo 13) Calcular a integral dxx
x∫
−2
29
Solução: seja ( )φsenx 3= , onde 22
πφπ ≤≤− . Então, ( ) φφ ddx cos3= e
( ) ( )( )∫∫∫
−=
−=− φφ
φφ
φφφ
dsen
send
xsen
sendx
x
x)cos(3
)(
19)cos(3
)(9
9992
2
2
2
2
2
Se u < 0
φ u
a
22 ua +
-2
π φ
u
22 ua +
2
π
Se u > 0
a
Se u < -a
φ
u
a
22 au −
-2
π φ
u 22 au −
2
π
Se u > a
a
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
118
( ) ( )
Cgdx
dgdsen
dsen
+−−=−
==
∫
∫∫∫
φφφ
φφφφφφφ
φφ
)(cot)1)(sec(cos
)(cot)(9
cos9)cos(3
)(9
cos9
2
222
.
Porém, deve-se voltar à variável original x , então do triângulo
obtém-se, ( ) ( )( ) x
x
sen
29
3
cos3cot
−==φφφ
e de ( ) ( )
=⇒=⇒=33
3x
arcsenx
sensenx φφφ , tem-se:
Cx
arcsenx
xdx
x
x +
−−−=−∫ 3
99 2
2
2
Exemplo 14) Calcular a integral dxxx
∫ + 4
122
Solução: seja ( )φtgx 2= , onde 22
πφπ <<− . Então, ( ) φφ ddx 2sec2= e
Aplicando a substituição trigonométrica, tem-se que:
( )( )
( )( ) ( )
( )( )( ) ∫∫∫∫
∫∫∫
===
+=
+=
+
φφ
φφφφ
φφ
φφφ
φφφ
φφφ
φφφφ
φ
dsen
dsen
dtg
dtg
dtgtg
dtgtgxx
dx
)(
)cos(
4
1cos
cos
1
4
1
)(
)sec(
4
1
)sec()(
)(sec
4
1
1)(4
sec
2
1
4)(44
sec2
4
22
2
22
2
22
2
22
2
22
))cos(
)(
φφφ
ddu
senu
==
= ( )( )
Csenu
duu
+−=−=
−=∫ 4
seccos
4
11
4
11
4
12
φφ
( ) 29cos3 x−=φ
3 ( )φsenx 3=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
119
Porém, deve voltar-se à variável original x , então do triângulo
obtém-se, ( )x
x 4seccos
2 +=φ
Cx
x
xx
dx ++−=+∫
4
4
2
22
Exemplo 15) Calcular a integral dxx
x∫ + 42
Solução: seja ( )φtgx 2= , onde 22
πφπ <<− . Então, ( ) φφ ddx 2sec2=
( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )φφφφφ sec2sec2sec21tan21tan44 2222 ===+=+=+x .
( ) ( )( ) ( ) ( ) Cdtgd
tg +== ∫∫ )sec(2sec2sec2
sec22 2
φφφφφφ
φφ
Voltando à variável original x:
( )2
2
42
42
cos
2)sec(2 x
x +=+==φ
φ
Finalmente: Cxdxx
x ++=+∫ 4
4
2
2
42 +x
2
( )φtgx 2=
42 +x
2
( )φtgx 2=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
120
INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES SENO E COSSENO DE ARCOS DIFERENTES
Nestes casos, deve-se usar uma das identidades a seguir para reduzir os integrandos a integrais mais simples de resolver.
( ) ( )])()([)cos()( 21 xbasenxbasenbxaxsen −++=
( ) ( )])(cos)([cos)()( 21 xbaxbabxsenaxsen +−−=
( ) ( )])(cos)([cos)cos()cos( 21 xbaxbabxax −++=
Exemplo 16) ∫ dxxxsen )4cos()2(
Solução: ( ) ( )])()([)cos()( 21 xbasenxbasenbxaxsen −++=
( ) Cxxdxxsenxsendxxxsen +
+−=−+= ∫∫ )2cos(2
1)6cos(
6
1
2
1)2()6(
2
1)4cos()2(
Cxxdxxxsen +−=∫ )6cos(12
1)2cos(
4
1)4cos()2(
Exemplo 17) ∫ dxxx )4cos()3cos(
Solução: ( ) ( )])(cos)([cos)cos()cos( 21 xbaxbabxax −++=
( ) Cxsenxsendxxxdxxx +
+=−+= ∫∫ )()7(7
1
2
1)cos()7cos(
2
1)4cos()3cos(
Cxsenxsendxxx ++=∫ )(2
1)7(
14
1)4cos()3cos(
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
121
INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR MEIO DE FUNÇÕES PARCI AIS
Toda função racional pode ser escrita na forma de uma fração racional, isto é, como a razão de dois polinômios da forma:
02
21
1
02
21
1
...
....
)(
)()(
bxbxbxb
axaxaxa
xq
xpxf
mm
mm
mm
nn
nn
nn
++++++++
== −−
−−
−−
−−
Se o grau do polinômio do numerador for menor que o grau do polinômio do denominador a fração é dita própria, do contrário é dita imprópria.
No caso das impróprias, ao dividir o numerador pelo denominador, segundo divisão de polinômios, pode-se representar a fração dada como a soma de um polinômio e de uma fração própria. Assim:
)(
)()(
)(
)()(
xq
xRxQ
xq
xpxf +==
Em que Q(x) é um polinômio e )(
)(
xq
xR é uma fração própria.
Como Q(x) é um polinômio, integrá-lo, é simples. Vejamos o caso em que )(
)(
xq
xR , que é uma
fração própria, conforme o método a ser apresentado.
Método dos Coeficientes Indeterminados
Neste método é útil escrever )(
)()(
xq
xpxf = como uma soma de frações parciais. Os
denominadores destas frações são obtidos fatorando-se o polinômio q(x) em um produto de fatores lineares e ou quadráticos. Às vezes isto pode não ser fácil, porém há um teorema que nos diz que:
“Qualquer polinômio com coeficientes reais pode ser expresso como um produto de fatores lineares e ou quadráticos, de tal forma que cada um dos fatores tenha coeficientes reais.”
Depois de feita a fatoração, o método para determinar as frações parciais depende da natureza desses fatores. Vamos considerar vários casos, para tanto, tomemos o polinômio q(x) de grau n cujo coeficiente de termo xn é 1, caso contrário, seremos obrigados a dividir tanto o numerador quanto o denominador por este coeficiente.
1º Caso: As raízes de q(x) são todas reais e distintas.
Neste caso, podemos escrever q(x) da forma:
)(...))(()( 10 ixxxxxxxq −−−=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
122
onde os xi, com i = 1; 2; ... ; n são as raízes reais de q(x).
A função racional )(
)()(
xq
xpxf = pode ser decomposta em frações mais simples, da forma:
i
i
xx
A
xx
A
xx
A
xx
A
xq
xpxf
−++
−+
−+
−== ...
)(
)()(
2
2
1
1
0
0
Onde os Ai, com i = 1; 2; ... ; n são constantes a serem determinadas.
Exemplo 18) ( )
∫ −−+
dxxx
x
2
22
,
Solução: ( )
( )( )( ) ( )( )( )
( )2
2
21
12
2121
22 −−
+−+=−+
++−=−
++
=−+
+xx
BAxBA
xx
xBxA
x
B
x
A
xx
x
( )
=
−=⇒
=
−=⇒
=+−−−=
⇒
=+−=+
3
43
1
3
41
212
1
22
1
B
A
B
BA
BB
BA
BA
BA
( ) ( ) ( ) Cxxdxx
dxxxx
dxx +−++−=−
++
−=−−
+∫∫∫ 2ln
3
41ln
3
1
2
1
3
4
1
1
3
1
2
22
Finalmente: ( )
Cxxdxxx
x ++−−=−−
+∫ )1ln(
3
1)2ln(
3
4
2
22
2º Caso: Os fatores de q (x) são todos lineares e alguns se repetem.
Admitindo que (x – x1) seja um fator que se repete r vezes, correspondente a este fator, existe a soma de r frações parciais do tipo:
)(...
)()()(
)()(
11
1
2
1
1
0
0
xx
A
xx
A
xx
A
xx
A
xq
xpxf i
rr −++
−+
−+
−== −
onde os Ai, com i = 1; 2; ... ; n são constantes a serem determinadas.
Neste caso dizemos que as frações parciais possuem denominadores com raízes reais múltiplas.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
123
Exemplo 19) ∫ −−+
dxxx
xx23
45
4
8
Solução: Como o polinômio do numerador é maior que o do denominador é necessário efetuar a divisão de polinômios, assim:
∫
∫∫
−−+++=
−−+++=
−−+
dxxx
xx
xx
dxxx
xxxdx
xx
xx
23
223
23
22
23
45
4
88020
2
5
3
4
880205
4
8
)4(
)4()4(
4)4(
8802
2
22
2
−+−+−=
−++=
−−
xx
CxxxBxA
x
C
x
B
x
A
xx
x
80x² – 8 = A(x – 4) + Bx(x – 4) + Cx²
Se x = 4 => 16C = 1272 => 2
159=C
Se x = 0 => -4A =- 8 => A = 2
Se x = 1 => -3A – 3B + C = 72 => 2
1=B
∫
−+++++= dx
xxxx
xx
4
1
2
1591
2
1220
2
5
3 2
23
Finalmente: Cxxx
xxx
dxxx
xx +−++−++=−
−+∫ )4ln(
2
159)ln(
2
1220
2
5
34
8 23
23
45
3º Caso: q(x) tem raízes complexas que podem ser repetidas.
A fração parcial correspondente a cada fator quadrático ax2 + bx + c no denominador é da forma:
cbxax
BAx
+++
2
Sendo que o fator quadrático não pode ser decomposto num produto e fatores lineares. Do contrário teríamos os casos anteriores.
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
124
Exemplo 20) ∫ −+− dxeee xxx )1)(1(
12
Solução: reescrevendo o integrando, temos que: ∫ −+dx
ee
exx
x
)1)(1( 2
u = ex du = ex dx
∫∫ −+=
−+du
uudx
ee
exx
x
)1)(1(
1
)1)(1( 22
CBuBAuCAuCuBuA
uu
uCuBuA
u
C
u
BuA
uu
+−+−++=++−+=
−+++−+=
−+
++=
−+
)()()1()1)((1
)1)(1(
)1()1)((
11)1)(1(
1
22
2
2
22
=
−=
−=
⇒
=+−=+−
=+
2
12
12
1
1
0
0
C
B
A
CB
BA
CA
Cuuarctgu
duu
duu
duu
udu
uu
u
duu
C
u
BuAdu
uudx
ee
exx
x
+−+−+−=
−+
+−
+−=
−+
++−=
−+
++=
−+=
−+
∫∫∫∫
∫∫∫
)1ln(2
1)(
2
1)1ln(
4
1
1
1
2
1
1
1
2
1
12
1
1
1
2
1
1
1
2
1
11)1)(1(
1
)1)(1(
2
222
222
Finalmente: ( ) ( ) Ceearctgedxee
e xxxxx
x
+−+−+−=−+∫ 1ln
2
1
2
1)1ln(
4
1
)1)(1(2
2
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
125
EXERCÍCIOS: Resolva as seguintes integrais
1) ∫ dxxxsen )(cos)( 52
2) ∫ −+
dxe
ex
x
1
12
2
3) ∫ dxxxsen )3cos()2(
4) ∫−
dxx
x 42
5) ∫ dxxxtg )(sec)( 43
6) ∫ +−dx
xsenxsen
x
12)(6)(
)cos(2
7) ( )∫
−dx
x 2
326
1
8)
( )∫+
dx
x 2
3
1
1
9) ∫ +dx
xx 4
122
10) ∫ −++
dxx
xx
1
22
2
11) ∫ +dx
xxx
x
)(ln4
)ln(2
12) ∫ ++
−dx
xxxx
x
2)2(
1222
13) ∫ ++
dxx
x
3
2
14) dxx
xx∫
−4
37
6
15) dxexx
ex
x
∫ + 1
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
126
16) ∫ −−+
−
−−
dxe
eex
xx
1
2233
2
17) ∫−+
+dx
ee
e
xx
x
52
12
18) ∫ dxxxtg )(sec)( 32
19) ∫ ++−
dxxx
x
)4)(1(
3322
3
20) ∫ +++
dxxx
xx
9
193
35
21) dxxx
x∫ +−+ 4 11
22) ( )dxxx
x∫ +
−
12
43 2
3
23) ( )∫
−dx
x32 9
1
24) dxx 14
1
++
25) dxx
xx∫
+− 10)ln(2)(ln 2
26) ∫ dxxsenxsen )3()5(3
27) ∫ dxxx )4cos()10cos(5
28) ∫ dxxxsen )8cos()2(
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
127
INTEGRAL DEFINIDA
O Problema da Área: Calcule a área da figura pintada definida pelo gráfico a seguir:
Solução:
a) uaAhb
A 22
22
2=⋅=⇒
⋅=
Somatórios: Utilizaremos agora uma nova notação para fazermos, de forma compacta, longas somas. Esta idéia será muito útil na definição de integral definida, que veremos posteriormente.
Lê-se: Somatório de f (k), para k variando de m até n.
Exemplos:
a) ∑=
8
1
3
k
k b) ∑=
5
1
2k
k
c) ∑=
+5
0
)12(i
i d) ∑=
+−6
0
)12()1(x
x x
e) ∑=
7
3
2k
f) ∑=
5
0
2i
i
y = x
Valor final de k
Símbolo de Somatório ∑=
n
mk
kf )( Fórmula de soma
valor inicial de k
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
128
Propriedades dos Somatórios
∑∑∑
∑∑∑
∑∑
===
===
==
−=−
+=+
=
n
kk
n
kk
n
kkk
n
kk
n
kk
n
kkk
n
kk
n
kk
babaP
babaP
acacP
111
111
11
)()3(
)()2(
)1(
Algumas Fórmulas em Somatórios
Teorema:
4
)1(...321)
6
)12)(1(...321)
2
)1(...4321)
1...11111)
223333
1
3
2222
1
2
1
1
+=++++=
++=++++=
+=+++++=
=+++++=
∑
∑
∑
∑
=
=
=
=
nnnkc
nnnnkb
nnnka
na
n
k
n
k
n
k
n
k
Exemplos: Calcule as seguintes somas:
a) 2
)1(
6
)12)(1()()1(
30
1
30
1
230
1
230
1
++++=+=+=+ ∑∑∑∑====
nnnnnkkkkkk
kkkk
9920)31(15)61)(31(52
)130(30
6
)1302)(130(30 =+=+++⋅+=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
129
b) ∑∑∑∑∑=====
++=++=+n
k
n
k
n
k
n
k
n
k
kkkkk1
2
111
2
1
2 69)69()3(
nnnnnnnnnn
nnnnnnn
nnnnnn
6
73
2
7
3
1
6
22181854
6
22339
6
)12)(1(
2
)1(69
232232
2232
++=++++++=
++++++=+++++=
b) Outra alternativa é dividirmos a figura em retângulos, como:
Na figura (a), os retângulos têm base ∆x e altura igual ao valor da função nos extremos direitos.
Na figura (b), os retângulos têm base ∆x e altura igual ao valor da função nos extremos esquerdos.
Consideremos uma região R no plano, limitada pelo eixo x, as retas x = a e x = b, e a curva definida pela função y = f(x), como mostra a figura a seguir.
Estimando o valor da área A(R): Sabemos como calcular a área de um retângulo, certo? A área de um retângulo de largura l e altura h é dada por A = l⋅⋅⋅⋅ h.
Figura (a) Figura (b)
∆x ∆x
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
130
SOMA SUPERIOR: Aqui, temos a função y = x sen(x) com a = 0 e b = 2 e dividimos o intervalo [0 , 2] em 15 subintervalos de largura ∆x. Denotamos os extremos destes subintervalos por xi, onde 0 ≤ i ≤ 2. Então a soma superior das áreas dos 15 retângulos será:
∑=
∆=15
115 )(
ii xxfS ;
15
2
15
02 =−=−=∆n
abx
( ) xxfxfxfxfxfS
xxfxxfxxfxxfxxfS
∆+++++=
∆++∆+∆+∆+∆=
)(...)()()()(
)(...)()()()(
15432115
15432115
( )15
22...
15
10
15
8
15
6
15
4
15
215
++
+
+
+
+
= ffffffS
133,0818,1785,1710,1599,1
459,1296,1118,1934,075,0574,0412,0271,0156,007,0018,015
++++++++++++++
=S
S15 = (13,97) 0,133 ≅ 1,858 ua
Geometricamente, aumentando o número de pontos da partição, uniformemente distribuídos, a soma superior se aproxima da área sob o gráfico de f(x) = x sen(x) no intervalo [0, 2]. Então, a soma superior das áreas dos n retângulos será:
∑=
∆=n
iin xxfS
1
)(
Algebricamente, S(n) se aproxima de A(R) (área da região R). Desta forma, podemos dizer que:
∑=∞→∞→
=∆=n
ii
nnRAxxfnS
1
)()(lim)(lim
Esta soma é chamada soma de Riemann (matemático alemão Bernhard Riemann, 1826-1866).
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
131
SOMA INFERIOR : Para a mesma função y = x sen(x) com a = 0 e b = 2 e dividimos o intervalo [0 , 2] em 15 subintervalos de largura ∆x. Denotamos os extremos destes subintervalos por xi, onde 0 ≤ i ≤ 2. Então a soma inferior das áreas dos 15 retângulos será:
∑=
∆=14
015 )(
ii xxfS ;
15
2
15
02 =−=−=∆n
abx
( ) xxfxfxfxfxfxfS ∆++++++= )(...)()()()()( 144321015
15
2
15
28...
15
10
15
8
15
6
15
4
15
2)0(15
++
+
+
+
+
+= fffffffS
133,0785,1710,1599,1
459,1296,1118,1934,075,0574,0412,0271,0156,007,0018,0015
++++++++++++++
=S
S15 = (13,97) 0,133 ≅ 1,616 ua
OBS: O valor preciso da área, por integração, é de: A = 1,741 ua
Geometricamente, aumentando o número de pontos da partição, uniformemente distribuidos, a soma inferior se aproxima da área sob o gráfico de f(x) = x sen(x) no intervalo [0, 2]. Então, a soma inferior das áreas dos n retângulos será:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
132
∑−
=
∆=1
0
)(n
iin xxfS
Algebricamente, S(n) se aproxima de A(R) (área da região R). Desta forma, podemos dizer que:
∑−
=∞→∞→=∆=
1
0
)()(lim)(limn
ii
nnRAxxfnS
DEFINIÇÃO : Se f for uma função, positiva, definida no intervalo [a , b], então a integral definida
de f de a até b, denotada por ∫b
a
dxxf )( , representa a soma das áreas de retângulos de f, dada por:
∫∑ =∆==∞→
b
a
n
ii
ndxxfxxfA )()(lim
1
Exemplo 1) Encontre a área sob o gráfico da função y = x² + x e acima do eixo x, com x ∈ [0 , 3].
Solução: Utilizando a soma superior temos que:
∑∫=∞→
∆=+=n
ii
nxxfdxxxA
1
3
0
2 )(lim)( , n
abx
−=∆ , n
x3=∆
x0 = 0,
x1 = ∆x,
x2 = 2∆x,
x3 = 3∆x,
.............
xi = i∆x => f(xi) = (i∆x)² + i∆x
( ) ( ) ∑∑∑=∞→=∞→=∞→
∆+∆=∆∆+∆=∆∆+∆=n
in
n
in
n
in
xixixxixixxixiA1
232
1
22
1
2 )()(lim)(lim)(lim
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
133
( )( ) ( )
++
+
+=
++
++=
+
+
++
=
∆+∆=
∞→∞→
∞→==∞→ ∑∑
nnn
n
n
n
nA
nn
n
nnn
nixixA
n
nnn
n
n
n
i
n
in
11
2
912
11
2
9lim
2
19
6
213lim
2
)1(3
6
)12)(1(3lim)()(lim
12
2
113
3
3
23
1
2
1
23
uaA2
27
2
99 =+=
TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO
Seja f uma função contínua em [a , b] e, se F for uma antiderivada de f em [a , b], então:
)()()( aFbFdxxfb
a
−=∫
em que a é o intervalo inferior e b é o intervalo superior.
Outra notação para a integral definida é:
] )()()()( aFbFxFdxxf ba
b
a
−==∫
OBS: Se a área procurada estiver abaixo do eixo x, então, tem-se que:
))()(()()( aFbFdxxfxAb
a
−−=−= ∫
Exemplos 2) Calcular a área definida pelas funções y = 2, x = 1 e x = 4 e y = 0.
Solução:
] 6)1(2)4(222 41
4
1
=−==∫ xdx
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
134
Exemplo 3) Calcular a área limitada por y = x + 2, x = -1 e x = 2 e eixo x.
Solução:
uaAA
xx
dxxA
2
15
2
342
)1(22
)1()2(2
2
22
2)2(
222
1
22
1
=⇒++=
−+−−+=
+=+=
−−∫
Exemplo 4) Determine a área da região limitada pelas funções y = x² e y = 2x.
Solução: Neste caso, os intervalos de integração são os pontos de intersecção das funções em x. Para a integração, faz-se a diferença entre a função “superior” e a “inferior”. Também poderíamos inverter os intervalos de integração de x para y. Então, temos duas opções de solução.
a) x² = 2x => x² – 2x = 0
x1 = 0 e x2 = 2
uaAA
xxdxxxA
3
4
3
84
03
22
3)2(
32
2
0
32
2
0
2
=⇒−=
−−=
−=−= ∫
b) y = x² => yx = ; y = 2x => 2
yx =
04
44
3
2
43
2
22
23
4
0
24
0
4
0
23
21
−−=
−=
−=
−= ∫∫y
ydyy
ydyy
yA
uaAA3
44
3
164
3
82 =⇒−=−⋅=
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
135
Exemplo 5) Encontre o valor da área delimitada pelas curvas y = x², y = 2 – x² e y = 2x + 8.
Solução: Neste caso precisamos identificar a região limitada pelas curvas pelos gráficos e então determinarmos os intervalos de integração para o cálculo da área solicitada.
Intersecções: x² = 2x + 8
x² – 2x – 8 = 0 x1 = -2 e x2 = 4
x² = 2 – x² => 2x² = 2
x² = 1 => x1 = -1 e x2 = 1
4
1
32
1
1
32
1
2
32
4
1
21
1
21
2
2
4
1
21
1
21
2
2
38
36
38
826282
)()82()2()82()()82(
xxx
xxx
xxxA
dxxxdxxxdxxxA
dxxxdxxxdxxxA
t
t
t
−+++++−+=
−+++++−+=
−++−−++−+=
−−
−
−
−
−
−
−
∫∫∫
∫∫∫
uaAt 3
100=
Exemplo 6) Determine a área da região limitada pelas funções y² = 2x – 2 e y = x – 5.
Solução: o intervalo de integração é a intersecção das funções, assim:
2x – 2 = (x – 5)²
2x – 2 = x² – 10x + 25
x² – 12x + 27 = 0 => x1 = 3 e x2 = 9
Se o intervalo de integração for em x, deve-se dividir em duas áreas, então:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira
136
uadxxxdxxA
AAA
t
t
18)5(222229
3
3
1
21
=−−−+−=
+=
∫∫
Mas se o intervalo de integração for em y, a mesma área é obtida de forma mais simples:
uayyy
dyy
ydyy
yA 18462
42
12
54
2
324
2
24
2
2
=+−=
+−=
+−+=
−−−∫∫
COMPRIMENTO DE ARCO
Embora as fórmulas para comprimento de arcos circulares apareçam nos primeiros dados históricos conhecidos, muito pouco se sabia sobre os comprimentos de curvas mais gerais até a metade do século XVII. Nesta época, foram descobertas fórmulas para o comprimento de arco para algumas curvas específicas, tais como a ciclóide. No entanto, problemas básicos como os de encontrar o comprimento de uma elipse desafiaram os matemáticos daquele período e quase nenhum progresso foi feito no problema genérico de encontrar o comprimento de uma curva até o advento do cálculo no século seguinte.
Para chegar a uma fórmula conveniente, empregaremos um processo análogo ao que poderia ser usado para aproximar o comprimento de um arame encurvado. Imaginemos o arame dividido em muitas partes pequenas por meio de pontos Qo, Q1, Q2, ..., Qn, conforme a figura abaixo. Podemos obter uma aproximação do comprimento de pedaço entre Qk-1 e Qk (para cada k) medindo a distância d(Qk-1, Qk).
A soma de todas as distâncias é uma aproximação do comprimento total do arame. O processo que utilizaremos para o gráfico de uma função é semelhante; apenas aqui determinaremos o comprimento exato tomando um limite de somas de comprimento de segmentos retilíneos. Este processo conduz a uma integral definida. Para garantir a existência da integral, devemos impor restrições à função como se indica a seguir.
y
Q1 Q2
xn = b xk
Qk -1
x
Qk ∆xk
Qn = B
xk -1 x1 x2 a = xo