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Sumário 1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 1.1 EMENTA 1 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 1.3 OBJETIVOS 1 1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2 1.5 METODOLOGIA 2 1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2 1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3 CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 3 2. METODOLOGIA CIENTIFICA 4 3. ANEXOS (NORMAS ABNT E FGV)

Apostila de Metodologia Científica - TCC

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Sumário

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1

1.1 EMENTA 11.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 11.3 OBJETIVOS 11.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 21.5 METODOLOGIA 21.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 21.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 3

2. METODOLOGIA CIENTIFICA 4

3. ANEXOS (NORMAS ABNT E FGV)

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1. Programa da Disciplina

1.1 Ementa

O método científico. Projeto de pesquisa. Referencial teórico. Definição da metodologia. Relatório final. O TCC de gerência de projetos. Orientação presencial no desenvolvimento do TCC.

Os alunos deverão formar grupos de até cinco componentes para realizar o trabalho de conclusão de curso, TCC, e que deverá ter conclusões individuais. Este deverá ter caráter de aplicabilidade dos assuntos apresentados no curso, aplicado à realidade profissional dos alunos participantes, e ser de interesse dos componentes do grupo.

O trabalho terá acompanhamento e orientação da coordenação acadêmica do curso e professores, e pessoalmente nas datas agendadas das disciplinas técnicas de gerencia de projetos, pelo próprio professor e na disciplina de Metodologia Cientifica para TCC.

Ao final do curso, os alunos farão a Entrega e apresentação de seus TCC’s, em data previamente agendada com a Coordenação.

1.2 Carga horária total: 24 horas/aula

1.3 Objetivos

O objetivo desta disciplina é o de sensibilizar e capacitar o participante para elaborar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a ser desenvolvido e realizado ao longo de todo o curso, fora da sala, individualmente. Deverá ter caráter de aplicabilidade dos assuntos apresentados no curso. O TCC é o Trabalho de Conclusão de Curso, obrigatório, que de acordo com a Resolução 01/2001 da CES do MEC, constitui-se no desenvolvimento de casos práticos escolhidos e desenvolvidos pelos alunos sob a forma de pesquisa ou trabalhos baseados em casos reais cujos dados e informações estejam disponíveis e sejam colocadas em domínio público, pela possível publicação do TCC, sob a forma de Estudo de Caso.O TCC tem por objetivo, contribuir na assimilação dos conteúdos desenvolvidos em classe.

1.4 Conteúdo programático

O conteúdo programático inclui os conceitos de metodologia científica, as normas e regulamentos definindo formas e conteúdos regulados pela FGV e pelo Ministério da Educação.

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1.5 Metodologia

Consiste na apresentação e discussão de conceitos, revisão e posterior avaliação dos TCC’s.

1.6 Critérios de avaliação

A avaliação consiste em análise dos trabalhos considerando os seguintes critérios principais: Aderência do Tema com o Curso, Aplicabilidade, Composição e Bibliografia e Originalidade.

1.7 Bibliografia Consultada

ANDRADE, Maria M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9a. ed. São Paulo: Atlas,2009.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação edocumentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio deJaneiro, 2002.______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio deJaneiro, 2005.GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisas. 4ª. Ed.São Paulo: Atlas, 2002.RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para Eficiência nos Estudos. 6a. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

Curriculum resumido do professor

Doutorando em Administração de Empresas pela Universidad Nacional de Rosário (Argentina), Mestre em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Economista e Contador, com especialização em Finanças e Gestão de Pessoas e Performances (Controllership Skills e Managing People and Performances) pelo CM Training Center, em Nova Iorque. Coordenador do MBA em Gestão Financeira e Estratégias Corporativas e Professor de cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da Fundação Getulio Vargas e da Universidade Federal Fluminense (UFF).Por seis anos consecutivos, de 2004 a 2009, recebeu o Prêmio “FGV Excelência em Ensinar com Qualidade”.Em 2010 foi condecorado com a inclusão do seu nome no Quadro de Honra da Fundação Getúlio Vargas.Exerceu cargos diretivos e executivos em diversas empresas, tais como: Price Waterhouse, Chase Manhattan, Souza Cruz S/A, Embratel, Grupo Veplan/Residência e Sakura Filmes de Raios-X.Atualmente é Sócio-Diretor da TreinArte Treinamento Empresarial e da DAS TARGET, empresas comprometidas com o Desenvolvimento de Pessoas e de soluções em consultoria de Gestão de Negócios. (e-mail: [email protected] ou [email protected])

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2. Metodologia Científica

2.1. Introdução à Metodologia Científica

O domínio do saber, dos métodos e das técnicas é uma exigência do mundo contemporâneo.A aprendizagem e o desenvolvimento do trabalho intelectual exigem conhecimentos de ordem conceitual, técnica e lógica. Estas três dimensões são interdependentes, pois um pensamento ou argumento sem apoio em processos conceitual, técnico e lógico pode não passar de uma idéia superficial. O domínio de conceitos reelaborados, sob critérios lógicos e com o auxílio da técnica, é fator determinante para o alcance dos objetivos da disciplina:

“Aprender a pensar, a produzir e socializar conhecimentos.”

Esta apostila contém diretrizes metodológicas e pretende contribuir para o aprendizado acadêmico permitindo o exercício de práticas essenciais à atividade científica: a busca, o registro e o uso do saber já acumulado e disponível para construção do conhecimento, favorecendo e estimulando a produção escrita, sendo que esta é uma condição indispensável ao desenvolvimento da vida intelectual disciplinada e produtiva, norteada por posturas e práticas de pesquisa. Apresenta conceitos e teorias que envolvem a temática da disciplina como: tipos de conhecimento, ciência, métodos e tipos de pesquisa, aborda também sobre as características do texto técnico-científico.Todas as orientações para a formatação e uniformização dos trabalhos acadêmicos apresentadas seguem os critérios da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, através das Normas Brasileiras Regulamentadoras - NBR s 6.023 (Referências) e 10.520 (Citações), bem como as normas definidas pela Fundação Getúlio Vargas.

2.2. Conhecimento

Para conhecer, os homens interpretam a realidade e colocam um pouco de si nesta interpretação, assim, o processo de conhecimento prova que ele está sempre em construção, visto que para cada novo fato tem-se uma análise nova, impregnada das experiências anteriores.Desde os primórdios da humanidade, a preocupação em conhecer e explicar a natureza é uma constante. Na palavra francesa que designa conhecer tem-se connaissance, que significa nascer (naissance) com (con), logo se concluí que o conhecimento é passado de geração a geração, tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade.Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor, levou o homem a trilhar caminhos variados, que ao longo dos anos constituíram um vasto leque de informações que acabaram por constituir as diretrizes de várias sociedades.

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Algumas dessas informações eram obtidas através de experiências do cotidiano que levavam o homem a desenvolver habilidades para lidar com as situações do dia a dia. Outras vezes, por nãodominar determinados fenômenos, o homem atribuía-lhes causas sobrenaturais ou divinas, desenvolvendo um conhecimento abstrato a respeito daquilo que não podia ser explicado materialmente.Assim, o conhecimento foi se dividindo da seguinte forma: empírico, teológico, filosófico ecientífico.

2.2.1 Conhecimento Empírico

O conhecimento empírico é também chamado de conhecimento popular ou comum, é aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou critérios de análise. Foi o primeiro nível de contato do homem com o mundo, acontecendo através de experiências casuais e de erros e acertos.É um conhecimento superficial, onde o indivíduo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é sinal de mau tempo, contudo não tem idéia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica ou de qualquer outro princípio da climatologia. Enfim, ele não tem a intenção de ser profundo, mas sim, básico.

2.2.2 Conhecimento Teológico

É o conhecimento relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que represente uma autoridade suprema.O Conhecimento teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo aquilo que a ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza da existência de um ser supremo (baseado na Fé).Os Conhecimentos ou verdades teológicas estão registrados em livros sagrados, que não seguem critérios científicos de verificação e são revelados por seres iluminados como profetas ou santos, que estão acima de qualquer contestação por receberem tais ensinamentos diretamente de um Deus.

2.2.3 Conhecimento Filosófico

A palavra Filosofia surgiu com Pitágoras através da união dos vocábulos PHILOS (amigo) +SOPHIA (sabedoria). Os primeiros relatos do pensamento filosófico datam do século VI a.C., na Ásia e no Sul da Itália (Grécia Antiga).A filosofia não é uma ciência propriamente dita, mas um tipo de saber que procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico e de reflexão crítica, sem delimitar com exatidão o objeto de estudo. Dessa forma, o conhecimento filosófico não pode ser verificável.Apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma profunda interdependência entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do fato que o conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam os demais, enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua evolução.

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2.2.4 Conhecimento Científico

Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial, o conhecimento científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas inter-relações com o meio.A ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta desde a infância. É através dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas, analíticas e críticas.Diferentemente do filosófico, o conhecimento científico procura delimitar o objeto alvo, buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada. Deve ser provado com clareza e precisão, levando à elaboração de leis universalmente válidas para todos os fenômenos da mesma natureza. Ainda assim, ele está sempre sob julgamento, podendo ser revisado ou reformulado a qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia.

2.3 Ciência

Pode-se afirmar que ciência é um conjunto de informações sistematicamente organizadas e comprovadamente verdadeiras a respeito de um determinado tema. Contudo existem muitas maneiras de pensar, de organizar e de comprovar os estudos, dependendo do caminho (método) que se segue.Os objetivos da ciência podem ser apresentados como a melhoria da qualidade de vida intelectual e vida material. Para o alcance dos objetivos, são necessárias novas descobertas e novos produtos.Os princípios da ciência podem ser classificados como:

(a) O conhecimento científico nunca é absoluto ou final, pode ser sempre modificado ou substituído;

(b) a exatidão nunca é obtida integralmente, mas sim, através de modelos sucessivamente mais próximos; e

(c) é um conhecimento válido até que novas observações e experimentações o substituam.

2.4 Método Científico

O conhecimento científico passou por várias etapas sempre questionando a maneira de obtenção do saber, ou seja, o Método. De origem grega, a palavra método significa o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade.O método não é único e nem uma receita infalível para o cientista obter a verdade dos fatos, ele apenas tem a intenção de facilitar o planejamento, investigação, experimentação e conclusão de um determinado trabalho científico.Devido a seu caráter individual, cada método se presta com maior ou menor eficiência a um tipo de pesquisa ou ciência.Então, método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os principais métodos de abordagem que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo e dialético.

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2.4.1 Método Dedutivo

Este método foi proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas que, quando verdadeiras, levarão inevitavelmente a conclusões verdadeiras, visto que, por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega-se a uma conclusão. Ou seja, a resposta já estava dentro da pergunta.Essa forma de raciocínio é chamada silogismo, construção lógica que a partir de duas premissas, retira uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão

Exemplo de raciocínio dedutivo:Todo homem é mortal (premissa maior)Pedro é homem (premissa menor)Logo, Pedro é mortal. (conclusão)

Pode-se definir duas características básicas do método dedutivo:

“Se todas as premissas são verdadeiras,a conclusão é verdadeira.”

“Toda a informação ou conteúdo da conclusão já estava implicitamente nas premissas.”

2.4.2 Método Indutivo

A indução já existia desde Sócrates, entretanto seus expoentes modernos são os empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não se levando em conta princípios preestabelecidos.

Assim como no método dedutivo, na indução o raciocínio é fundamentado em premissas.No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta.Pode-se determinar três etapas fundamentais para toda a indução:

a) Observação dos fenômenos;b) Descoberta da relação entre eles e;c) Generalização da relação.

Exemplo de raciocínio indutivo:Pedro é mortal.Pedro é homem.Logo, (todos) os homens são mortais.

Define-se assim, duas características básicas do método indutivo:

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira.

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2.4.3 Método hipotético-dedutivo

O método Hipotético-Dedutivo confronta as duas escolas anteriores, ou seja, racionalismo versus empirismo no que diz respeito à maneira de se obter conhecimento.Ambos buscam o mesmo objetivo, mas enquanto os racionalistas apóiam-se na razão e intuição concebida aos homens, os empiristas partem da experiência dos sentidos, a verdade da natureza.São inúmeras as críticas aos dois métodos, partindo inclusive de seus próprios defensores, contudo, foi a partir de Sir Karl Raymund Popper que foram lançadas as bases do método hipotético-dedutivo.Segundo Popper, o método hipotético-dedutivo é o único realmente científico, por não se basear em especulações, mas sim na tentativa de eliminação de erros.Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsearsignifica tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses.

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira.A conclusão encerra informações que não estavam nas premissas formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses.

Consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio:

[...] em 1937, [...] sugeri que toda discussão científica partisse de um problema (P1), aoqual se oferece uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa (TT), passando-se depois acriticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE) [...] (POPPER, 1975, p. 140).

P1 - - - - - - - - - - - - - - TT - - - - - - - - - - - - - - EE - - - - - - - - - - - - P2 ....

Lakatos e Marconi (2000, p. 74) expõem o esquema apresentado por Popper da seguinte maneira:

Conhecimento Prévio Problema Conjecturas Falseamento

2.4.4 Método dialético

Desde a Grécia antiga, o conceito de Dialética sofreu muitas alterações, absorvendo as concepções de vários pensadores daquela época.Tem-se o conceito de eterna mudança instituído por Heráclito (540-480 a.C.) e paralelamente, a essência imutável do ser instituído por Parmênides que valoriza a Metafísica em detrimento da Dialética.Posteriormente, Aristóteles re-introduz princípios dialéticos nas explicações dominadas pela Metafísica, porém esta permanece norteando as discussões sobre o conhecimento até o Renascimento.No Renascimento, o pensamento dialético entra em evidência, atingindo seu apogeu com Hegel, que através dos progressos científicos e sociais impulsionados pela Revolução Francesa, compreende que no universo nada está isolado, tudo é movimento e mudança e tudo depende de tudo, retornando assim, às idéias de Heráclito.

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Hegel por ser um idealista, propõe uma visão particular de movimento e mudança, considerando que as mudanças do espírito é que provocam as da matéria. Segundo Lakatos e Marconi (2000, p. 82) existe primeiramente o espírito que descobre o universo, pois este é a idéia materializada .A atual fase da dialética está apoiada nos ensinamentos de Marx e Engels, denominada dialética materialista que, assim como na fase anterior, considera que o universo e o pensamento estão em eterna mudança, mas é a matéria que modifica as idéias e não o contrário.

2.4.5 Métodos ou técnicas de procedimentos

Dentro das ciências sociais pode-se acrescentar aos métodos de abordagem descritos acima, técnicas de procedimento às vezes também tomadas por métodos, que seriam etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral do fenômeno.Essas técnicas são freqüentemente utilizadas de forma associada, podendo ser descritas segundo Rauen (1997), como:

(1) Histórico: investigação de acontecimentos, processos e instituições no passado para averificação de sua influência na atualidade;

(2) Comparativo: estudo de semelhanças ou diferenças entre diversos grupos, sociedades ou povos;

(3) Monográfico (ou estudo de caso): estudo de certos elementos, indivíduos, empresas, profissões, grupos, etc., com vistas à obtenção de generalização;

(4) Estatístico: redução de fenômenos sociais à representação quantitativa e aplicação de instrumentos estatísticos de análise;

(5) Tipológico: construção idealizada de um elemento tipo que consiste em modelo perfeito, contra o qual, os dados da realidade são analisados;

(6) Funcionalista: estudo da sociedade a partir das funções de cada elemento;(7) Estruturalista: preocupa-se com a sociedade como um todo para explicar o comportamento

de setores mais específicos ou de indivíduos.

2.5 Pesquisa Científica

Segundo Köche (1997, p. 121) pesquisar significa identificar uma dúvida que necessite ser esclarecida, construir e executar o processo que apresenta a solução desta, quando não há teoriasque a expliquem ou quando as teorias que existem não estão aptas para fazê-lo.

Portanto, pesquisar é descobrir, e assim sendo, é um fato natural a todos os indivíduos.

Pesquisa científica é a realização completa de uma investigação, desenvolvida e redigida de acordo com as normas de metodologia consagradas pela ciência.Para que uma pesquisa seja considerada científica, ela deve seguir uma metodologia quecompreenda uma seqüência de etapas logicamente encadeadas, de forma que possa ser repetidaobtendo-se os mesmos resultados. Dessa maneira, os dados obtidos contribuirão para a ampliaçãodo conhecimento já acumulado, bem como para a sua reformulação ou criação.

2.5.1 Classificações da pesquisa

Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação serão

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apresentadas a seguir, conforme Gil (1991):a)Do ponto de vista da sua natureza pode ser:Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

b) Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser:Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...).Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

c) Do ponto de vista de seus objetivos pode ser:Pesquisa Exploratória: Objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.Pesquisa Descritiva: Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Requer o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.Pesquisa Explicativa: Serve para identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. Quando realizada nas ciências naturais requer o uso do método experimental e nas ciências sociais, o uso do método observacional. Assume, em geral, as formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto.

d) Do ponto de vista dos procedimentos técnicos pode ser:

Pesquisa Bibliográfica: utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e atualmente com informações disponibilizadas na Internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999). A técnica bibliográfica visa encontrar as fontes primárias e secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários

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para a realização do trabalho científico ou técnico-científico. Realizada em bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais.

Pesquisa Documental: Quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, documentos de primeira mão, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas,contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc., ou ainda documentos de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc. (GIL, 1999); e os localizados no interior de órgãos públicos ou privados, como: manuais, relatórios, balancetes e outros.Levantamento: envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conheceracerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, chegar as conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O levantamento usa técnicas estatísticas, análise quantitativa e permite a generalização das conclusões para o total da população e assim para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro.Os dados são mais descritivos que explicativos.

Estudo de Caso: Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). O estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações, ou até mesmo uma situação. (DENCKER, 2000)A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento. A coleta de dados geralmente é feita por mais de um procedimento, entre os mais usados estão: a observação, análise de documentos, a entrevista e a história da vida. (GIL, 1999).

Pesquisa-Ação: concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resoluçãode um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou doproblema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Objetiva definiro campo de investigação, as expectativas dos interessados, bem como o tipo de auxílio que estespoderão exercer ao longo do processo de pesquisa. Implica no contato direto com o campo deestudo envolvendo o reconhecimento visual do local, consulta a documentos diversos e, sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. É delimitado o universo da pesquisa, e recomenda-se a seleção de uma amostra. O critério de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação é mais qualitativo do que quantitativo. É importante a elaboração de um plano de ação, envolvendo os objetivos que se pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas de controle do processo e de avaliação de seus resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, dos resultados e do andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000).

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Pesquisa Participante: Pesquisa realizada através da integração do investigador que assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir uma proposta pré-definida de ação. A intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem ciência da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observação das ações no próprio momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação da população. Isso envolve a coleta de informações socioeconômicas e tecnológicas que são de natureza idêntica às adquiridas nos tradicionais estudos de comunidades. Esses dados podem ser agrupados por categorias, como: geográficas, demográficas, econômicas, habitacionais, educacionais, e outros. (GIL, 1996).

Pesquisa Experimental: Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas, como também o seu controle e por isso, na maioria das situações, é inviável quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). Esse tipo de pesquisa é geralmente utilizado nas ciências naturais. Exemplo: Analisar os efeitos colaterais do uso de um determinado medicamento em crianças de até 8 anos.

Pesquisa Ex-Post-Facto: Quando o experimento se realiza depois dos fatos. O pesquisador não tem controle sobre as variáveis. (GIL, 1999). É um tipo de pesquisa experimental, mas difere da experimental propriamente dita pelo fato de o fenômeno ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja, nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero observador do acontecimento. Por exemplo: a verificação do processo de erosão sofrido poruma rocha por influência do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE, 2004). Esse tipode pesquisa é geralmente utilizado nas ciências naturais.

2.6 Tipos de Trabalhos Científicos

Existem diversos tipos de trabalhos acadêmicos e/ou científicos. Pode-se citar, dentre eles,os seguintes tipos:

(a) Trabalhos de Graduação; (b) Trabalho de Conclusão de Curso;(c) Monografia;(d) Dissertação;(e) Tese;(f) Artigos Científicos;(g) paper, resenha crítica, etc.

Apesar de haver essa classificação, aceita inclusive internacionalmente, é comum encontrar certos equívocos em torno da palavra monografia com respeito a dissertações, teses e trabalhos de fim de curso de graduação.Etimologicamente, monografia é um estudo sobre um único assunto, realizado com profundidade. No entanto, essa nomenclatura, monografia, parece destinada aos Cursos de Especialização, e teria como fim primeiro levar o autor a se debruçar sobre um assunto em profundidade com o intuito de transmiti-lo a outrem ou de aplicá-lo imediatamente.

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Esses relatórios científicos possuem características próprias, como a sistemática, a investigação, a fundamentação, a profundidade e a metodologia. E, dependendo do caso, a originalidade e a contribuição da pesquisa para a ciência, como é o caso das teses e dissertações.Em todo o caso, destaca-se que a estrutura dos trabalhos científicos é quase sempre a mesma, compreendendo quase sempre uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A introdução dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem como os problemas, as delimitações e a metodologia adotada para a realização do trabalho.O desenvolvimento é mais livre, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar pontos importantes como a demonstração, a análise e a discussão dos resultados. Por fim, o autor poderá escrever suas conclusões a respeito da discussão realizada ou dos resultados obtidos. É neste ponto que o pesquisador será enfático, ressaltando as posições que deseja defender ou refutar.

2.6.1 Trabalhos de graduaçãoOs trabalhos de graduação não constituem exatamente trabalhos de cunho científico, mas deiniciação científica, uma vez que esses trabalhos tenham que ser apresentados dentro de umasistemática e organização que estimulem o raciocínio científico. Visto que o enfoque pretendido emtrabalhos de graduação é voltado para a assimilação de um conteúdo específico, é comum que umarevisão bibliográfica, ou uma revisão literária, seja tida como suficiente. Porém, nada impede queexistam outros tipos de trabalhos acadêmicos, como relatórios e pequenas pesquisas. No entanto, éimportante ter em mente a cientificidade da sistemática adotada para a realização desses trabalhos.

2.6.2 Trabalho de Conclusão de CursoO Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é tido como uma monografia (ver abaixo) sobre um assunto específico. Tem como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suas idéias para o papel na forma de uma pesquisa ou na forma de um relatório. O aluno não deve perder de vista a clareza, a objetividade e a seriedade da pesquisa.

2.6.3 MonografiaA monografia, para obter o título de especialista em cursos de pós-graduação em nível de lato sensu, é parecida com o Trabalho de Conclusão de Curso.Também possui como objetivo levar o aluno a refletir sobre temas determinados e transpor suasidéias para o papel na forma de uma pesquisa. Para o caso da pós-graduação, o estudo necessita serum pouco mais completo em relação ao tema escolhido para a pesquisa.

2.6.4 DissertaçãoAs dissertações, que paulatinamente vão se destinando aos trabalhos de cursos de pós-graduaçãostricto sensu (mestrado), buscam, sobretudo, a reflexão sobre um determinado tema ou problema expondo as idéias de maneira ordenada e fundamentada. E, dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo o mais completo possível em relação ao tema escolhido.Deve procurar expressar conhecimentos do autor a respeito do assunto e sua capacidade de sistematização. E, dentro deste contexto, uma das partes mais importantes da dissertação é afundamentação teórica, que procura traduzir o domínio do autor sobre o tema abordado e a suaperspicácia de buscar tópicos não desenvolvidos.

2.6.5 Tese

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A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, vai assumindo o papel de um trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço significativo na área do conhecimento em estudo. As teses devem tratar de algo novo naquele campo do conhecimento, de forma que promovam uma descoberta, ou mesmo uma real contribuição para ciência. O trabalho deve ser inédito, contributivo e não trivial. Os argumentos utilizados devem comprovar e convencer de que a idéia exposta é verdadeira.

2.6.6 Artigo científicoO objetivo principal do artigo é levar ao conhecimento do público interessado alguma idéia nova, ou alguma abordagem diferente dos estudos realizados sobre o tema, como por exemplo: particularidades locais ou regionais em um assunto, a existência de aspectos ainda não exploradosem alguma pesquisa, ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida.A principal característica do artigo científico é que as suas afirmações devem estar baseadasem evidências, sejam estas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por outros autores emseus trabalhos. Isso não significa que o autor não possa expressar suas opiniões no artigo, mas quedeve demonstrar para o leitor qual o processo lógico que o levou a adotar aquela opinião e quaisevidências que a tornariam mais ou menos provável, formulando hipóteses.A estrutura do artigo científico é: identificação do trabalho (título e subtítulo do artigo, autor, disciplina, professor, curso e instituição), resumo e palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências.

2.7 Apresentação do Trabalho Científico

2.7.1 Apresentação escrita

2.7.1.1 Regras gerais de apresentação:O trabalho deve ser escrito em papel A4, com todas as margens (superior, inferior, esquerda e direita) de 2 cm. Todas as folhas do trabalho devem ser contadas, mas a numeração só aparece a partir da segunda página. A numeração é em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha,a 2 cm da borda superior (último algarismo a 2 cm da borda direita da folha) e com tamanho 10.

2.7.1.2 Ordem dos tópicos:

2.7.1.2.1 Elementos pré-textuais

a) Título do trabalho: No topo da página, em maiúsculas, centralizado, fonte Times New Romantamanho 18, em negrito.b) Subtítulo (opcional): Logo abaixo do título, em fonte Times New Roman, tamanho 16, em negrito. Usar maiúsculas e minúsculas, seguindo a regra da língua portuguesa. Deixar duas linhas em branco (fonte 12).c) Autor: Abaixo do título ou subtítulo, centralizado, fonte Times New Roman, tamanho 12, emnegrito. Deixar uma linha em branco.

2.7.1.2.2 Elementos textuais

a) Texto principalO texto principal do trabalho é composto pela introdução, desenvolvimento e considerações finais.

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O texto deve ser escrito usando a fonte Times New Roman, tamanho 12. O espaçamento entre as linhas deve ser simples, com uma linha em branco entre cada parágrafo. O alinhamento do texto deve ser justificado. O início de cada parágrafo deve ser precedido por um toque de tabulação (Tab) ou 1,27 cm.

a.1) Introdução:A introdução diz respeito ao próprio conteúdo do trabalho: sua natureza, seus objetivos, sua metodologia. A introdução não pode ser dispensada, pois é parte integrante do desenvolvimento dotrabalho científico.Na introdução, deve-se anunciar a idéia central do trabalho delimitando o ponto de vista enfocado em relação ao assunto e a extensão; deverá se situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço.Deve ser enfocada a relevância do assunto no sentido de esclarecer seus aspectos obscuros, bem como da contribuição desse trabalho para uma melhor compreensão do problema.Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) a introdução é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.Assim, a introdução deve apresentar as seguintes etapas:

(a) contextualização do assunto (nível macro);(b) relevância do tema; (c) objetivo geral;(d) tipos de pesquisa; (e) forma coleta de dados e informações; e (f) os tópicos do desenvolvimento (o que será apresentado a seguir).

b) Desenvolvimento

Esta é a parte principal do trabalho científico. O autor deve dividir esta parte em quantas forem necessárias para dar lógica e articulação adequada ao tema que pretende defender. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta seção. No texto poderá haver idéias de autores, dadosda pesquisa (se for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. Tudoisto deve ser apresentado de forma integrada, substancial, criativa e lógica. É nesta parte que se procura explicar as hipóteses e relacionar a teoria com a prática.Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) o desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizadado assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e dométodo.

c) Considerações finais:

As considerações finais ou conclusão devem se limitar a um resumo sintetizado da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. Lembra-se, contudo, que elas devem estar todas fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa. Também podem ser discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. Portanto, esse item não deve trazer nada de novo e deve ser breve, consistente e abrangente.A Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) afirma que a conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.

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2.7.1.2.3 Elementos pós-textuais:

Referências:Devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das normas técnicas especificadas. Em território brasileiro, utiliza-se a ABNT NBR 6023 para normatizar as referências apontadas durante o trabalho.

a.1) Instruções para Formatação dos Elementos Textuais:

Nos elementos textuais, principalmente no item desenvolvimento, deve levar em conta algumas regras para apresentação das informações como os títulos e subtítulos e também uso de elementos de apoio ao texto (gráficos, figuras etc.) para melhor compreensão e organização do conteúdo no trabalho.

(a) Títulos das seções:Os títulos das seções de Primeira Ordem (por exemplo, 1 INTRODUÇÃO) precisam serescritos em letras maiúsculas, tamanho de fonte 12, em negrito, e alinhamento à esquerda. Deve-sedeixar duas linhas em branco após um título de Primeira Ordem.Os títulos das seções de Segunda Ordem (por exemplo, 1.1 Formatação do papel) precisamser escritos também com tamanho de fonte 12, em negrito e alinhamento à esquerda. Somente aprimeira letra da primeira palavra deve ser maiúscula e as demais minúsculas. Deve-se deixar umalinha branca após um título de seção de Segunda Ordem.Os títulos das seções de Terceira Ordem (por exemplo, 1.1.1 Tamanho da margem) precisamser escritos também com tamanho de fonte 12, alinhamento à esquerda, porém sem negrito. Asletras devem ser minúsculas, salvo a primeira letra da primeira palavra. Deve-se deixar uma linhabranca após um título de seção de Terceira Ordem.

(b) Figuras/Quadros/Gráficos:Esses elementos devem aparecer centralizados na folha e seus títulos também centralizadose numerados a partir do 1. Cada elemento possui uma contagem numérica individual, ou seja,separada.Os materiais retirados através de alguma pesquisa devem ser referenciados, citando a fonte(esta deve estar também centralizada, em fonte 10, e abaixo do elemento apresentado). Obs.: As fotografias também devem ser tratadas como figuras.

(c) Tabelas:As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente. A identificação da tabela deve estar na parte superior, precedida da palavra tabela, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, e do respectivo título. A indicação da fonte deve ser feita na parte inferior da tabela, em fonte 10. Tanto o título quanto a fonte da tabela devem estar centralizados.

(d) Notas de rodapé:As notas de rodapé devem servir como apoio explicativo e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto texto por uma linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se que se utilize do recurso de notas do Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: Inserir > Notas), assim o próprio programa administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda e em fonte 10.

(e) Palavras estrangeiras:Todas as palavras e termos em língua estrangeira deverão ser escritos usando o modo itálico.

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Exemplos: Internet, workaholic, copenhagener zimtzötse...

2.7.1.3 Normas para citações

2.7.1.3.1 Regras geraisSegundo Ruiz (1991, p. 83) citações são os textos documentais levantados com a máxima fidelidade durante a pesquisa bibliográfica e que se prestam para apoiar a hipótese do pesquisador ou para documentar sua interpretação .As citações, ao contrário do que possa parecer inicialmente, enriquecem um trabalho e demonstram o estudo e a atitude científica do autor. As citações têm muitos objetivos, dentre os quais se destacam:

(a) desenvolvimento do raciocínio;(b) corroboração das idéias ou da tese que o autor defende;(c) contrariar a idéia ou a tese que o autor defende;(d) permitir a identificação do legítimo dono das idéias apresentadas;(e) possibilitar o acesso ao texto original.

A apresentação das citações se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.No texto, as citações devem ser feitas de modo uniforme, de acordo com o estilo do pesquisador ou critério adotado pela Revista em que o trabalho será publicado. Contudo, o sistema escolhido deve estar relacionado com a ordenação das referências.Para citações de idéias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o sistema Autor-Data,que consiste em mencionar o nome do autor e a data da publicação da obra no próprio texto, deixando as notas de rodapé apenas para eventuais explicações, que forem necessárias para omelhor entendimento do texto.Ao se usar o sistema autor-data, devem ser observadas as seguintes condições:

(a) Não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos casos de citação de citação em que somente o autor citado figura em nota de rodapé e o autor que o citou, em lista de referências;

(b) A referência completa do documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou do trabalho,organizada alfabeticamente;

(c) As entradas de autoria são escritas após a citação, entre parênteses, com letras maiúsculas, seguidas da data de publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a citação;

(d) Quando a menção ao nome do autor está incluída na frase, a data de publicação do documento e a paginação são transcritas entre parênteses, precedidas pela abreviatura correspondente;

(e) As notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por números altos ou alceados, ou entre parênteses.

2.7.1.3.2 Tipos de Citações

Citações Diretas

(a) Citação de até três linhas ou curta: A citação de até três linhas deve ser inserida no parágrafo entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

(b) Citação de mais de três linhas ou longa:

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Deve aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, com espaçamento simples, sem aspas e em fonte menor.Sugere-se a utilização de fonte 10.

(c) Omissões em citações: É um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o

texto de um autor. São recomendadas apenas se não alterarem o sentido do texto original. As omissões (indicadas por reticências, colocadas entre colchetes) podem aparecer no início, no fime no meio de uma citação.

(d) Destaque em citações:São utilizadas somente em citações diretas quando se quer dar destaque e realçar uma palavra,

uma expressão ou mesmo uma frase no texto do autor citado. Deve-se destacar a parte do texto, seguindo-se imediatamente a expressão grifo nosso entre parênteses,após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada.

(e) Citação de Citação: É a citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro autor,

ao qual não se teve acesso. Utiliza-se apenas quando não houver possibilidade de acesso ao documento original.

É indicado pela expressão apud (citado por, conforme, segundo). Exemplo:

A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientação teórica, centrando-se nosconceitos de estrutura e totalidade. Segundo Piaget (apud MOLL, 1996, p. 80) ela consiste emexplicar cada invenção da inteligência por uma estruturação renovada e endógena do campo dapercepção ou do sistema de conceitos e relações.

(f) Modelos de citação direta relativos ao sistema autor-data:(f.1) Citação de trabalhos de um autor: sobrenome do autor, ano de publicação, número da página.Exemplo:Conforme Silvestre (2001, p. 2) segundo Silvestre (2001, p. 2)...Silvestre (2001, p. 2) afirma que ...(f.2) Citação de trabalhos de dois autores: sobrenome dos autores (separados por ; se estiverem dentro do parênteses ou e se estiverem fora), ano de publicação, número da página. Exemplo:O Rio de Janeiro.... (Silvestre; Angelo, 2003, p. 4).De acordo com Silvestre e Angelo (2003, p. 4) o Rio de Janeiro....(f.3) Citação de trabalhos de três autores: sobrenome dos autores, ano de publicação, número da página. (f.4) Citação de trabalhos de mais de três autores: sobrenome do primeiro autor seguido pela expressão et al, ano de publicação, número da página. Exemplo:Para Silvestre et al (2009, p. 17) o Rio de Janeiro...O Rio de Janeiro... (Silvestre et al, 2009, p. 17).

Citações Indiretas(transcrição não literal das palavras do autor, mas que reproduz o conteúdo e as idéias do documento original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo decitação não são utilizadas aspas.

Citação de informações verbais

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Para citação de dados obtidos por meio de informações verbais (palestras, debates, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé. Citar pelo menos o autor da frase (cargo ou atividade),local (cidade) e data (dia, mês e ano). Exemplo:A empresa detém metade do mercado nacional de eletrônicos (informação verbal).

2.7.1.4 Normas para referências

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 1) na NBR 6023:2002:esta norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcriçãoe apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação .Só devem ser mencionadas nas referências as fontes ou os autores que foram citados notexto. Os documentos consultados, porém não citados, deverão constar de notas de rodapé, nãofazendo parte da lista de referências ou serem arrolados em outras listas, denominadasBIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, DOCUMENTOS CONSULTADOS ou OBRASCONSULTADAS, as quais devem figurar logo após a lista de referências.Elementos Essenciaisa) Autor: Último sobrenome, em maiúsculas, seguido do (s) prenomes e outros sobrenomes, abreviado (s) ounão (o formato escolhido deve ser seguido em todo o trabalho). Exceções: nomes espanhóis, que entram pelopenúltimo sobrenome; dois sobrenomes ligados por traço de união, que são grafados juntos; sobrenomes queindicam parentesco como "Júnior", "Filho", "Neto" acompanham o último sobrenome.b) Título: Em negrito, sublinhado ou itálicoSubtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo.c) Edição: Indica-se o número da edição, a partir da segunda edição, seguido de ponto e da palavra edição(ed.) no idioma da publicação. Não se anota quando for a primeira; as demais deverão ser anotadas. Assim:2.ed., 3.ed., etc.d) Local da publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na publicação,seguida de dois pontos. Quando o local não puder ser especificado na publicação, indica-se entre colchetes[S.l.] (sine loco).e) Editora: apenas o nome que a identifique, seguida de vírgula. Quando a editora não puder serespecificada, indica-se entre colchetes [s.n.] (sine nomine).f) Data: Ano de publicação.g) Meses: os meses devem ser abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de maio. Assim: jan. fev.mar. abr. maio, jun. etc.Obs.: Quando o local e a editora não aparecem na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.: s.n.]. Quando olocal, a editora e a data não forem identificadas, indica-se entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas).Livros:Livros no todo:SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título: subtítulo, se houver. Edição. Cidade: Editora, ano.Exemplos:a) Livro com um autorDEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.b) Livro com subtítuloKÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática dapesquisa. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.c) Livro com dois autoresLAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo:Atlas, 2000.d) Livro com três autoresTAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISCHER, Julianne. Metodologia do trabalhoacadêmico. Curitiba: Juruá, 2000.

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Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos:a) Documento impressoSOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico(grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição, Local: Data.SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações sócio-culturais, econômicas eambientais em Nova Trento SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria )Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú,2004.b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a),acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio.Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre oendereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e adata de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. A colocação dahora, minutos e segundos é opcional.ALVES, Castro. Navio Negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/pot/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10jan. 2002.

Enciclopédias:NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação : Editora, ano.Jornal:Jornal no todoNOME DO JORNAL. Cidade, data.Artigo de jornala) Com autor definidoSOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade,data (dia, mês, ano). Seção, caderno ou parte do jornal e número da página. Quando não houverseção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data.b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a),acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio.Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre oendereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e adata de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano.c) Sem autor definidoTÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia,mês, ano). Suplemento, número da página, coluna.d) Sem autor definido e em meio eletrônico

Revista:Revista no todoNOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume(v. __), número do exemplar (n.__), mês. Ano. ISSN.Artigo de revistaa) Com autor definidoSOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, Local dapublicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano.b) Sem autor definidoTÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, Local dapublicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês. Ano.c) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a),

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acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio.Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre oendereço eletrônico, apresentado entre os sinais , precedido da expressão Disponível em: e adata de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano.

Entrevistas publicadas:SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação(livro ou periódico). Nota da entrevista.

Entrevistas realizadas:ENTREVISTADO. Cargo, função ou perfil. Local, Data (dia mês. Ano).Obs.: as entrevistas, para serem publicadas em trabalhos científicos devem ser sempre autorizadaspelos entrevistados. Assim, caso a pessoa não queira que seu nome seja divulgado, o pesquisadordeve citar ao longo do texto indicações de sua atividade e referenciar apenas a entrevista o local e adata.Exemplo no texto:

Palestra ou conferência:AUTOR. Título do trabalho. Palestra, Local, Data (dia mês. Ano).Internet:Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereçoeletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data deacesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:.

Imagem em movimento:VídeoTÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. unidades físicas (duração em minutos): som(legendado ou dublado) cor, largura da fita em milímetros. Sistema de gravação.FilmeTítulo. Direção. Produtora. Local: Distribuidora, ano. Número de fitas (1 filme) duração em min.(101min): Son (leg. ou dub.); indicação da cor (color) e largura da fita em mm.CD-ROM ou DVDAlém dos elementos de referências tradicionais, que se acrescentem, quando disponíveis, asseguintes informações:descrição física: CD-ROM ou DVD, multimídia, cor, som, quantidades de suportes e disquetesde instalação e material adicional; descrição da tecnologia de acesso ao conteúdo: hardware (configuração mínima) e software (sistema operacional) Windows, Macintosh etc.; resumo do conteúdo ou tipo do documento jogos, material acadêmico, TCC etc.

2.7.2 Apresentação oral

Além do conhecimento do conteúdo a ser apresentado, para se ter uma boa apresentação oral, deve-se haver a preocupação com alguns detalhes como: apresentação pessoal (roupas e sapatos, cabelos, acessórios...), postura e linguagem utilizadas, recursos audiovisuais e de apoio, cumprimento do tempo e outros.Pesquise, estude, enfim, prepare-se bem e com antecedência. É mais fácil ser convincente quando se domina o assunto.Cumprimente a platéia. Transmita confiança aos seus ouvintes. Mostre firmeza e determinação. Fale com entusiasmo.Não decore sua apresentação. Fale de forma espontânea;Exponha o assunto de maneira clara e objetiva, sem repetições.

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Evite gírias, expressões vulgares, cacoetes e piadas.Não use termos que denotem intimidade com o público, tais como: meu coração, minha querida.Não perca a oportunidade de falar. A prática e o exercício é que lhe proporcionarão confiança.Os recursos audiovisuais e de apoio como slides, transparências em retro-projetores, vídeos,cartazes, painéis, e outros, devem ser utilizados quando forem ilustrar a apresentação oral.Deve-se organizar o conteúdo que se quer enfatizar ou expor visualmente e preparar antecipadamente o material. Para os recursos já prontos (vídeos) deve-se verificar a qualidade dosmesmos e também o tempo duração para não ultrapassar o tempo total da apresentação.A apresentação de alguns trabalhos acadêmicos exige o cumprimento do tempo. Por isso,seguem abaixo algumas dicas de distribuição do tempo: Introdução: 15% do tempo - Nesse tempo devem ser apresentados o tema e o(s) objetivo(s) de maneira clara e direta.Corpo do trabalho: 75% do tempo. Nesse tempo deve ser feita a apresentação total da pesquisa,como também dos fundamentos bibliográficos diretamente ligados ao tema.Conclusão: 10% do tempo. Nesse período deve ser feito um fechamento da pesquisa, reforçandoa idéia central do trabalho e as principais conclusões.

CONSIDERAÇÕES FINAISA disciplina de Metodologia envolve um vasto conteúdo e não foi intenção desta apostila abordá-lo em sua totalidade. Extraíram-se apenas alguns de seus aspectos fundamentais que serão imprescindíveis para todo o indivíduo que adentra no ensino de pós-graduação. São orientações básicas, mas que nortearão a produção de trabalhos técnico-científicos.A atividade científica não ocorre de maneira produtiva sem o conhecimento e aplicação dos métodos e técnicas da Metodologia.

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3. Anexo: Normas ABNT E FGV

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