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  • 1 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Apostila da Disciplina de Medidas e Avaliao em Educao Fsica

    Professor Ricardo Martins de Souza

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    Apostila da Disciplina de Medidas e Avaliao em Educao Fsica

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    Sumrio

    1. Definies 2. Anamnese e Avaliaes Prvias

    2.1. PAR-Q 2.2. IPAQ verso 6 (curta)

    3. Avaliao da Composio Corporal 3.1. IMC 3.2. RCQ 3.3 Perimetria 3.4 Dobras Cutneas

    3.4.1. Frmulas Para Predio do Percentual de Gordura Partir das Dobras Cutneas

    3.4.1.1. Pollock (3 dobras) 3.4.1.2. Faulkner (4 dobras) 3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras) 3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras) 3.4.1.5. Pollock 7 dobras

    3.5. Pesagem Hidrosttica 3.6. Bioimpedncia

    4. Avaliao da Capacidade Flexvel 4.1. Flexiteste proposto por Pvel e Arajo

    4.1.1. Flexo do Quadril 4.1.2. Extenso do quadril 4.1.3. Abduo do quadril 4.1.4. Flexo do tronco 4.1.5. Flexo lateral do tronco 4.1.6. Extenso + Aduo posterior do ombro 4.1.7. Aduo posterior partir da abduo de 180 no ombro 4.1.8. Extenso posterior do ombro 4.1.9. Normas de classificao

    4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.) 4.3. Banco de Wells

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    5. Avaliao da Potncia Muscular 5.1. Impulso Vertical 5.2. Impulso Horizontal 5.3. Arremesso de Medicine Ball

    6. Avaliao de Postura e Equilbrio 6.1. Biofotogrametria e Avaliao Postural Qualitativa

    6.1.1. Vista Lateral 6.1.2. Vista Posterior 6.1.3. Vista Anterior:

    6.2. Avaliaes Qualitativas de Equilbrio Esttico e Dinmico

    6.2.1. Alcance Funcional (Functional Reach) 6.2.2. Apoio Unipedal (Unipedal Stance) 6.2.3. Avaliao da Mobilidade orientada pelo desempenho (Performance Oriented Mobility Assessment - POMA) 6.2.4. Escala de Equilbrio de Berg (Berg Balance Scale) 6.2.5. ndice da Marcha Dinmica (Dynamic Gait Index) 6.2.6. Levantar e Caminhar Cronometrado (Timed Up and Go)

    7. Determinao do Limiar Anaerbico 7.1. RAST

    7.2. Conconi 8. 1-RM

    8.1. 1-RM Carga Mxima 8.2. 1-RM Predio Por Repeties

    9. RML: Resistncia Muscular Localizada 9.1. Teste de RML de membros superiores 9.2. Teste de RML dos Msculos do Tronco

    10. Tabela de Gasto Calrico 11. Testes para medir a agilidade

    11.1. Teste do Passo Lateral Side Step (Johnson e Nelson, 1979) 11.2. Corrida Vai-e-Vem Shuttle Run (Johnson e Nelson, 1979) 11.3. Salto em Quadrante Quadrant Jump (Johnson e Nelson, 1979)

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    11.4. Teste de Agilidade de SEMO SEMO Agility Test (Johnson e Nelson, 1979)

    12. Percepo Subjetiva do Esforo Fsico Escala de Borg 13. Testes de Avaliao da Capacidade Aerbica

    13.1. Teste de Astrand (Bicicleta) 13.2. Teste de Cooper (Corrida) 13.3. Teste de Harvard (Banco) 13.4. Teste de McArdle (Banco) 13.5. Teste de 1 Milha (1.600m)

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    1. Definies

    Nesta seo teremos a definio e descrio de alguns termos que sero importantes para a utilizao do restante da apostila e o real entendimento dos assuntos abordados posteriormente. Os primeiros conceitos importantes dizem respeito a definio dos termos teste, medidas e avaliao. Os termos foram determinados com base nas descries de Johson e Nelson (1979).

    Teste o instrumento usado na avaliao, medida a informao, formal ou informal coletada durante o teste. Ela necessita ser precisa e objetiva dentro das limitaes do teste. Avaliao a importncia ou valor da informao e a definio de que forma essa informao vai ser utilizada. Tomemos um exemplo da avaliao da massa corporal. O teste utilizado pode ser o de medio a partir de uma balana antropomtrica. O sujeito subir na balana, sem calado e permanecer imvel at que a rgua seja ajustada em uma massa equivalente massa do avaliado (esse o teste). Quando a rgua ficar equilibrada, ser possvel visualizar um valor em kg e em gramas que corresponde massa do indivduo (essa a medida). A partir dessa informao o sujeito ser classificado como abaixo, acima ou com a massa ideal, e as atividades executadas podero ser prescritas com base nestas informaes. Existem basicamente 3 tipos de avaliaes que podem ser realizadas ao longo de um processo avaliativo: a avaliao DIAGNSTICA realizada no incio do programa e identifica o grau de desenvolvimento de certa caracterstica especfica do sujeito ou grupo. A avaliao FORMATIVA indica o progresso do indivduo e permite a correo e a adaptao do processo de treinamento, e a avaliao SOMATIVA utilizada ao final de cada unidade para obter a evoluo do indivduo. Veja o exemplo abaixo de uma curva de desenvolvimento da altura de indivduos da infncia at o incio da vida adulta. Poderamos ter por objetivo avaliar se a dieta de uma determinada populao carente pode ser melhorada para atender a correta curva de desenvolvimento. Essas crianas seriam observadas ao longo de 10 anos de desenvolvimento, dos 5 aos 15 anos de idade. Entre os 5 e 6 anos realizou-se a primeira avaliao (DIAGNSTICA) para se verificar qual a mdia do desenvolvimento neste ano e comparar o resultado com o quadro abaixo. O teste utilizado foi da estadiometria, a medida foi em centmetros e o resultado comparado com o grfico abaixo (avaliao). Notou-se que entre os 5 e 6 anos de idade o crescimento mdio dos indivduos foi de 4cm/ano, o que menos do que a mdia normal desta populao que seria entre 6 e 8cm/ano. A partir da uma nova dieta foi adotada para essas crianas e ao final de cada ano uma nova avaliao da estatura foi realizada (avaliaes SOMATIVAS). Essas avaliaes foram utilizadas para a realizao de correes da dieta (mais ou menos calorias) para que o desenvolvimento se adequasse aos critrios estabelecidos na tabela normativa abaixo. Ao final de todo processo, quando as crianas completaram 15 anos, uma ltima avaliao foi realizada e constatou-se que as crianas agora tem um desenvolvimento dentro da normalidade para a faixa respectiva etria. Dessa forma, identificou-se que todo o processo de mudana e adequao da nova dieta foi importante para o correto desenvolvimento das crianas participantes do estudo (avaliao SOMATIVA).

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    Para que as avaliaes sejam corretamente realizadas e os resultados encontrados possam refletir a realidade, alguns princpios bsicos devem ser seguidos.

    As avaliaes devem sempre ser conduzidas com o objetivo do programa em mente, lembrar da relao entre teste, medida e avaliao, somente pessoas capacitadas podem realizar os procedimentos, os dados devem ser interpretados em funo do indivduo como um todo, tudo pode ser medido porm nenhum teste perfeito, entretanto nenhum teste substitui o julgamento profissional. Deve-se sempre haver re-teste e deve existir a preocupao de se utilizar apenas testes vlidos. Podemos classificar as avaliaes entre OBSERVAES, INQUIRIES e TESTAGEM. Entre as avaliaes por OBSERVAO podemos destacar o Anedotrio (breve descrio dos fatos ou episdios decorridos), a Lista de Checagem (a ocorrncia ou no de fatos e comportamentos e/ou a ordem em que eles acontecem) e as Escalas de Classificao (descreve a caracterstica e a maneira ou intensidade com que certa caracterstica se manifesta). Entre as INQUIRIES, podemos destacar o Questionrio (geralmente realizado indiretamente, onde o avaliado responde por escrito as perguntas realizadas), a Entrevista (geralmente realizado diretamente, onde o entrevistado responde verbalmente as perguntas, sendo que as respostas sero transcritas pelo entrevistador) e o Sociograma (que descreve as caractersticas sociais de uma determinada populao, como o senso). Dentre os procedimentos mais utilizados dentro da Educao Fsica, podemos destacar os TESTES, que podem ser utilizados para a avaliao de inmeras capacidades fsicas, habilidades motoras e caractersticas antropomtricas.

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    2. Anamnese e Avaliaes Prvias

    2.1. PAR-Q

    Muitos benefcios de sade esto associados com o exerccio regular, e a realizao de PAR-Q constitui uma primeira etapa sensvel se estiver planejando aumentar a quantidade de atividade fsica em sua vida. Para a maioria das pessoas a atividade fsica no representa qualquer problema ou perigo. PAR-Q foi elaborado com a finalidade de identificar o pequeno nmero de adultos para os quais a atividade fsica poderia ser inapropriada ou aqueles que deveriam receber aconselhamento mdico acerca do tipo de atividade mais apropriado a eles. O bom senso o seu melhor guia para responder poucas perguntas. Queira examin-las com extremo cuidado e checar SIM ou NO adiante da questo se isto se aplica a voc.

    1. Seu mdico j lhe disse que voc tem um problema cardaco e que somente deveria realizar a atividade fsica recomendada por um mdico?

    2. Voc sente dor em seu trax ao realizar atividade fsica? 3. No ms passado, voc teve dor torcica quando no estava realizando

    atividade fsica? 4. Voc perde o equilbrio em virtude de vertigem ou j perdeu a conscincia? 5. Voc tem algum problema sseo ou articular que poderia ser agravado por

    uma mudana em sua atividade? 6. Atualmente seu mdico est prescrevendo medicamentos (ex. plulas

    diurticas) para sua presso arterial ou condio cardaca? 7. Voc tem conhecimento de qualquer outra razo pela qual voc no deveria

    realizar atividade fsica? Se voc respondeu NO honestamente para TODAS as questes do PAR-Q, pode ficar razoavelmente tranqilo de que pode: 1. Iniciar um programa de exerccios gradativos 2. Tomar parte em uma avaliao de aptido Entretanto, se voc sofre de uma pequena enfermidade (ex. resfriado) deve adiar a atividade. Se voc respondeu SIM para uma ou mais questes do PAR-Q, voc deve consultar seu medico, caso no tenha o feito recentemente, antes de iniciar um programa de exerccios e/ou de ser submetido a uma avaliao da aptido.

    2.2. IPAQ verso 6 (curta)

    QUESTIONRIO INTERNACIONAL - DE ATIVIDADE FSICA (verso 6) Extrado de Pardini et al., Revista Brasileira de Cincia e Movimento, v.9, n.3, p.45-51, 2001. Ns queremos saber quanto tempo voc gasta fazendo atividade fsica em uma semana NORMAL. Por favor responda cada questo mesmo que considere que no seja ativo. Para responder considere as atividades como meio de transporte, no trabalho, exerccio e esporte. 1a. Em quantos dias de uma semana normal, voc realiza atividades LEVES ou MODERADAS por pelo menos 10 minutos, que faam voc suar POUCO ou

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    aumentam LEVEMENTE sua respirao ou batimentos do corao, como nadar, pedalar ou varrer: (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 1b. Nos dias em que voc faz este tipo de atividade, quanto tempo voc gasta fazendo essas atividades POR DIA? (a)_____ horas _____ minutos (b) No quero responder (c) No sei responder 2a . Em quantos dias de uma semana normal, voc realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos , que faam voc suar BASTANTE ou aumentem MUITO sua respirao ou batimentos do corao, como correr e nadar rpido ou fazer jogging: (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 2b. Nos dias que voc faz este tipo de atividades quanto tempo voc gasta fazendo essas atividades POR DIA? (a)_____ horas _____ minutos (b) No quero responder (c) No sei responder ATIVIDADE FSICA NO TRABALHO 1a.Atualmente voc trabalha ou faz trabalho voluntrio fora de sua casa? Sim ( ) No ( ) 1b. Quantos dias de uma semana normal voc trabalha? ______ dias Durante um dia normal de trabalho, quanto tempo voc gasta: 1c . Andando rpido:_____ horas______ minutos 1d. Fazendo atividades de esforo moderado como subir escadas ou carregar pesos leves: ____ horas____ minutos 1e. Fazendo atividades vigorosas como trabalho de construo pesada ou trabalhar com enxada, escavar: ___ horas_____ minutos ATIVIDADE FSICA EM CASA Agora, pensando em todas as atividades que voc tem feito em casa durante uma semana normal: 2a . Em quantos dias de uma semana normal voc faz atividades dentro da sua casa por pelo menos 10 minutos de esforo moderado como aspirar, varrer ou esfregar: (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 2b. Nos dias que voc faz este tipo de atividades quanto tempo voc gasta fazendo essas atividades POR DIA? _______ horas _____ minutos

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    2c. Em quantos dias de uma semana normal voc faz atividades no jardim ou quintal por pelo menos 10 minutos de esforo moderado como varrer, rastelar, podar: (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 2d. Nos dias que voc faz este tipo de atividades quanto tempo voc gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos 2e. Em quantos dias de uma semana normal voc faz atividades no jardim ou quintal por pelo menos 10 minutos de esforo vigoroso ou forte como carpir, arar, lavar o quintal: (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 2f. Nos dias que voc faz este tipo de atividades quanto tempo voc gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos ATIVIDADE FSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE Agora pense em relao a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro em uma semana normal. 3a. Em quantos dias de uma semana normal voc caminha de forma rpida por pelo menos 10 minutos para ir de um lugar para outro? (No inclua as caminhadas por prazer ou exerccio) (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 3b. Nos dias que voc caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA voc gasta caminhando? (No inclua as caminhadas por prazer ou exerccio) _______ horas _____ minutos 3c. Em quantos dias de uma semana normal voc pedala rpido por pelo menos 10 minutos para ir de um lugar para outro? (No inclua o pedalar por prazer ou exerccio) (a) _____ dias por SEMANA (b) No quero responder (c) No sei responder 3d. Nos dias que voc pedala para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA voc gasta pedalando? (No inclua o pedalar por prazer ou exerccio) _______ horas _____ minutos

    3. Avaliao da Composio Corporal

    A anlise da composio corporal a quantificao dos principais componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma corporais so determinados basicamente pela carga gentica e formam a base sobre a qual so dispostos, em propores variadas, os trs maiores componentes estruturais do corpo humano: osso, msculo e gordura. Esses componentes so tambm as

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    maiores causas da variao da massa corporal (MALINA, 1969). Veja abaixo alguns modelos de distribuio das massas corporais de um sujeito.

    3.1. IMC O IMC (ndice de massa corporal) nos d uma idia aproximada da

    composio corporal do indivduo em razo da massa distribuda pela rea corporal. uma medida de fcil aquisio e adequada para a grande maioria da populao sedentria ou moderadamente ativa. Indivduos com massa muscular acima da mdia podem apresentar resultados que no refletem a realidade. As tabelas abaixo apresentam os valores normais a serem identificados na populao normal. O IMC obtido pela diviso do valor da massa corporal total (em kg) pelo quadrado da altura (em metros).

    3.2. RCQ O RCQ (relao cintura/quadril) nos d um referencia sobre os depsitos de gordura na regio do abdomen e cintura plvica. Esse depsito de gordura se configura um dos mais problemticos em relao sade do indivduo, pois tem uma relao direta com os depsitos intra-abdominais e vicerais de gordura. O RCQ obtido com a diviso da medida da circunferncia da cintura na altura da cicatriz umbilical pela medida da circunferncia da medida do quadril na maior proeminncia da musculatura do glteo mximo (ambas as medidas em centmetros).

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    3.3. Perimetria A perimetria se ocupa em medir o permetro (circunferncia) de diversos

    pontos anatmicos e pode ter inmeras aplicaes, como o desenvolvimento de vesturio, equipamentos, determinao da composio corporal entre outros. Uma das frmulas utilizadas para a determinao da composio da composio corporal a partir de uma medida de permetro, neste caso abdominal, foi determinada por Weltman e colaboradores. As medidas necessrias para a determinao da composio corporal dos homens a circunferncia abdominal (aferida em centmetros na altura da cicatriz umbilical) e a massa corporal total (em kg). Nas mulheres, alm dessas medidas utilizada a altura total do sujeito (em centmetros). Abaixo esto descritas as frmulas: Homens: %G = 0,31457 (Abd) 0,10969 (P) + 10,8336 Mulheres: %G = 0,11077 (Abd) 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 5,103301 Abd Circunferncia abdominal A Altura em cm P Peso em kg

    3.4. Dobras Cutneas Por volta de 1930 um compasso de espessura foi usado para se medir

    gordura subcutnea em alguns locais do corpo humano, com relativa preciso (Katch & McArdle, 1996). A partir da diversos estudos foram desenvolvidos para se determinar a melhor tcnica para a medio da espessura das dobras e a melhor e mais precisa frmula para sua determinao.

    A medio indireta da espessura do tecido adiposo subcutneo se baseia em alguns pressupostos: a) a dobra cutnea uma boa medida da gordura subcutnea, b) a distribuio de gordura subcutnea e interna igual para todos e c) a soma de dobras pode ser utilizada para estimar a gordura total.

    Existem vrios modelos de equipamentos para realizar essa medida e podem ser chamados de plicmetros, compasso de dobras ou adipmetros (figuras abaixo).

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    Entretanto, para que as medies sejam corretas, alguns cuidados devem ser tomados durante a medio das dobras: a) por protocolo tomar todas as medidas do lado direito do corpo; b) cuidadosamente identificar, medir e marcar o local da dobra cutnea, especialmente tratando-se de um avaliador novato; c) segurar firmemente a dobra cutnea entre o polegar e o indicador da mo esquerda. A dobra destacada 1 cm acima do local a ser medido; d) destacar a dobra, colocando o polegar e o indicador a uma distncia de 8 cm, em uma linha perpendicular ao eixo longo da dobra. O eixo longo paralelo em relao s linhas naturais da pele. Entretanto, para indivduos com dobras cutneas extremamente grandes, o polegar e o indicador precisaro se separar por mais de 8 cm para que se consiga destac-la; e) manter a dobra pressionada enquanto a medida realizada; f) colocar as hastes do adipmetro perpendiculares dobra, aproximadamente 1 cm abaixo do polegar o do indicador, e soltar presso das hastes lentamente g) tomar as medies das dobras 2 segundos aps a presso ter sido aplicada; h) afastar as hastes do adipmetro para remove-lo do local. Fechar as hastes lentamente para prevenir danos ou perda de calibragem

    As descries abaixo indicam a correta determinao dos pontos anatmicos e o correto posicionamento do compasso para medio das dobras cutneas. Algumas das dobras abaixo pode possuir mais de uma forma de determinar sua localizao, geralmente a partir de outros referenciais anatmicos. SUBESCAPULAR: Dobra ao longo da linha natural da pele, logo abaixo do ngulo inferior da escpula com o apidmetro aplicado a 1 cm abaixo dos dedos TRICIPITAL: Destacada no ponto mdio entre o processo acromial e o processo do olcrano da ulna BICIPITAL: Destacada sobre o ventre do bceps ao nvel da marcao para o trceps. PEITORAL: Dobra destacada entre a prega axilar anterior e o mamilo, medida 1 cm abaixo dos dedos AXILAR MDIA: Destacada na linha mdia axilar ao nvel da juno xifo-esternal SUPRAILACA: Destacada posteriormente linha linha mdia axilar e sobre a crista ilaca, ao longo da linha natural da pele ABDOMINAL: Dobra destadada a 3 cm lateral mente e 1 cm abaixo da cicatriz umbilical (vertical ou horizontal) COXA MEDIAL: Ponto mdia entre a linha inguinal e a borda proximal da patela. O peso do corpo transferido para o p esquerdo PANTURRILHA: Destacada ao nvel da circunferncia mxima da panturrilha, no aspecto medial, com o joelho flexionado a 90.

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    3.4.1. Frmulas Para Predio do Percentual de Gordura Partir das Dobras Cutneas

    3.4.1.1. Pollock (3 dobras) Dobras utilizadas: Trceps + Supra-ilaca + Coxa *idade em anos Frmula: ((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100 Densidade Corporal Feminina: (1,0994921-(0,0009929 x Dobras))+(0,0000023 x (Dobras)2)-(0,0001393 x idade) Densidade Corporal Masculina: (1,10938-(0,0008267 x Dobras))+ (0,0000016 x (Dobras)2)-(0,0002574 x idade)

    3.4.1.2. Faulkner (4 dobras) Dobras utilizadas: Trceps + Subescapular + Supra-ilaca + Abdominal Frmula: (Dobras) x 0,153 + 5,783

    3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras) Dobras utilizadas: Trceps + Subescapular + Abdominal + Coxa *idade em anos Frmula Feminina: (0,29669 x Dobras) (0,00043 x Dobras2) + (0,02963 x idade) + 1,4072 Frmula Masculina: (0,29288 x Dobras) (0,0005 x Dobras2) + (0,15845 x idade) 5,76377

    3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras) Dobras utilizadas: Trceps + Subescapular + Supra-ilaca + Abdominal + Peito + Coxa Frmula Feminina: (4,56 + Dobras) x 0,143 Frmula Masculina: (3,64 + Dobras) x 0,097

    3.4.1.5. Pollock 7 dobras Dobras utilizadas: Trceps + Subescapular + Supra-ilaca + Abdominal + Axilar Mdia + Peito + Coxa

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    Frmula: ((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100 Densidade Corporal Feminina: (1,097-(0,0004697 x Dobras))+(0,00000056 x (Dobras)2-(0,00012828 x idade) Densidade Corporal Masculina: (1,112-(0,00043499 x Dobras)) + (0,00000055 x (Dobras)2-(0,00012882 x idade)

    3.5. Pesagem Hidrosttica

    O termo densitometria refere-se ao procedimento de se estimar a composio corporal atravs da densidade corporal. A densidade do corpo humano (Dc) como em qualquer material equivalente razo de sua massa e volume:

    Dc=Massa / Volume.

    3.6. Bioimpedncia

    A bioimpedncia baseia-se na analise da estimativa da composio corporal atravs da condutibilidade e da resistncia promovida pelos diversos tecidos corporais a variao da freqncia da corrente eltrica.

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    O formato do corpo humano assemelha-se a um cilindro com comprimento e rea de seco transversal uniformes. Partindo do pressuposto que o corpo seja um cilindro perfeito, o fluxo de corrente atravs do corpo diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua seco transversal.

    Tecidos que contenha mais gua e eletrlitos como o fluido crebro-espinhal, sangue, msculos, so altos condutores eltricos, contudo gordura, ossos, e o ar que preenche alguns espaos do corpo (pulmo) so de alta resistncia corrente eltrica.

    A condutibilidade dos tecidos biolgicos praticamente inica, ou seja, as cargas eltricas so transferidas pela ionizao dos sais, bases, cidos dissolvidos no fluido corporal. Portanto a condutibilidade biolgica diretamente proporcional a quantidade do volume de fluido corporal.

    Cuidados para a realizao da medio da composio corporal utilizando tcnica de bioimpedncia: a) Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste; b) No realizar atividades fsicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste; c) Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste; d) No ingerir bebidas alcolicas nas 48 horas anteriores ao teste; e) No utilizar medicamentos diurticos nos 7 dias que antecedem o teste; f) Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decbito dorsal, em total repouso antes da execuo do teste.

    (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)

    Vantagens da utilizao da bioimpedncia na determinao da composio corporal: a) No requer um alto grau de habilidade do avaliador; b) confortvel e no-invasiva; c) Pode ser utilizada na avaliao da composio corporal de indivduos obesos; d) Possui equaes especficas a diferentes grupos populacionais;

    (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)

    Desvantagens da utilizao da bioimpedncia na determinao da composio corporal: a) Depende de grande colaborao por parte do avaliado; b) Apresenta custo mais elevado que a outras tcnicas duplamente indiretas; c) altamente influenciado pelo estado de hidratao do avaliado; d) Nem sempre os equipamentos dispem das equaes adequadas aos indivduos que pretendemos avaliar;

    (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)

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    4. Avaliao da Capacidade Flexvel

    4.1. Flexiteste proposto por Pvel e Arajo

    Sem realizar aquecimento, execute o protocolo procurando avaliar a flexibilidade articular, de forma passiva mxima, atravs de 08 movimentos, no lado direito do corpo, nas articulaes do quadril, tronco e ombro, onde o avaliador deve movimentar o segmento avaliado at o seu limite, comparando-o seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de avaliao, dando o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do gabarito. Cada movimento retratado em gradaes que variam de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possveis de classificao. Somente nmeros inteiros podem ser atribudos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimentos intermedirios entre duas gradaes so sempre consideradas pelo valor inferior.

    Recomenda-se que os movimentos sejam feitos lentamente a partir da posio demonstrada no desenho (usualmente 0), indo at o ponto de aparecimento de dor ou grande restrio mecnica do movimento. Obs: a seguir temos uma breve descrio dos movimentos articulares do flexiteste adaptado.

    4.1.1. Flexo do Quadril Avaliado: deitado em decbito dorsal, com os braos colocados naturalmente acima da cabea, perna esquerda estendida e direita flexionada, tentando colocar a coxa sobre o trax. Avaliador: em p, usando sua mo direita para manter o joelho esquerdo do avaliado estendido e com a mo esquerda colocada no tero proximal anterior da perna direita. Executando a flexo do quadril direito do avaliado. Observao: em alguns casos pode ser necessrio que o avaliador se aproveite do peso do seu corpo para conseguir a amplitude mxima do movimento, usando para isso as duas mos sobre a perna direita do avaliado e o seu joelho direito para manter a perna esquerda do avaliado estendida. Para alcanar as amplitudes correspondentes aos valores 3 e 4 preciso executar uma pequena abduo do quadril do avaliado. muito importante evitar que haja rotao do quadril, o que pode ser detectado pela perda de contato entre a ndega esquerda e o solo.

    4.1.2. Extenso do quadril Avaliado: deitado em decbito ventral, com os braos estendidos naturalmente frente do corpo e com o joelho direito fletido. Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou ajoelhado executando a extenso do quadril direito do mesmo, colocando sua mo esquerda por baixo do joelho direito, e a direita de modo a empurrar a crista ilaca direita do avaliado contra o solo. Observao: a parte mais difcil deste movimento manter a espinha antero-superior da crista ilaca em contato com o solo. No se considera a posio do p no julgamento. til pedir ao avaliado que inicie o movimento, o que diminui a necessidade de emprego de fora por parte do avaliado.

    4.1.3. Abduo do quadril Avaliado: deitado em decbito lateral esquerdo, mantendo os braos estendidos naturalmente acima da cabea. A perna esquerda deve estar totalmente estendida semi-fletida, fazendo um ngulo reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o p em uma posio natural. Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas, executando o movimento de abduo do quadril direito. A sua mo direita colocada na parte distal da perna e a esquerda indiferentemente no tero distal da coxa ou no tero

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    proximal da perna direita do avaliado. Observao: para alcanar os valores 3 e 4 preciso que o avaliador recline um pouco o seu tronco, de modo a no limitar a a amplitude. muito importante no permitir qualquer rotao do quadril neste movimento. O ngulo reto entre o tronco e a coxa direita corresponde ao valor 3.

    4.1.4. Flexo do tronco Avaliado: deitado em decbito dorsal, com os quadris encostados a uma parede e as pernas completamente estendidas, assumindo uma ngulo reto com o tronco. As mos devem estar entrelaadas na altura da nuca. Avaliador: ajoelhado por trs do avaliado, com suas mos nas suas costas, executando a flexo do tronco. Observao: conveniente que o avaliado inicie o movimento, de modo a diminuir o emprego de fora pelo avaliador. Tambm melhor o avaliador colocar suas mos supinadas na regio escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente importante encostar bem as ndegas na parede, assim como evitar a flexo dos joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos o valor 1; para a lombar 3 e com a superposio completa entre trax e coxas, 4. no caso em que o avaliado sequer assuma a posio inicial, atribumos o valor 0.

    4.1.5. Flexo lateral do tronco Avaliado: deitado em decbito ventral, com ambas as pernas estendidas e as mos entrelaadas na nuca. Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para facilitar a flexo desejvel que sua mo direita seja colocada no brao direito do avaliado. Observao: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado dever iniciar o movimento. tambm vlido orientar-se pela linha da coluna quando executar o movimento de indivduos com as costas descobertas. O movimento dever ser realizado sem que o avaliado execute simultaneamente uma extenso da coluna, isto , mantendo o trax rente ao solo.

    4.1.6. Extenso + Aduo posterior do ombro Avaliado: deitado em decbito ventral, com as pernas estendidas e os braos abduzidos e estendidos, com as palmas das mos voltadas para o solo. Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com suas mos as palmas das mos do avaliado e executando o movimento. Observao: quando existe um ngulo reto entre os braos e o corpo do avaliado, temos o valor 2. quando h superposio dos punhos, 3 de cotovelos, 4.

    4.1.7. Aduo posterior partir da abduo de 180 no ombro

    Avaliado: em p, com o trax colocado contra uma parede e o brao direito em aduo posterior a partir da abduo de 180 no ombro. Avaliador: em p, atrs do avaliado, apoiando o trax deste contra a parede com sua mo esquerda e executando o movimento com a direita. Observao: quando o brao direito do avaliado est paralelo ao eixo longitudinal do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo direito se encontra sobre a linha mediana do corpo, o valor 2.

    4.1.8. Extenso posterior do ombro Avaliado: a mesma do movimento extenso+aduo posterior do ombro, mas os braos no so abduzidos. Avaliador: a mesma do movimento extenso+aduo posterior do ombro, podendo segurar as mos ou o tero distal dos antebraos do avaliado. Observao: para iniciar o movimento o avaliador deve assumir a posio

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    equivalente ao zero, com os braos do avaliado sem qualquer abduo. aconselhvel realizar este movimento de modo especialmente lento, reduzindo assim o risco de luxao acidental.

    4.1.9. Normas de classificao Pontuao Classificao

    < 09 Nvel de flexibilidade, muito pequeno (ancilose)

    09 - 12 Nvel de flexibilidade, pequeno

    13 - 16 Nvel de flexibilidade, mdio negativo

    17 - 20 Nvel de flexibilidade, mdio positivo

    21 - 24 Nvel de flexibilidade, grande

    > 24 Nvel de flexibilidade, muito grande (hipermobilidade)

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    4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.)

    MTODO DE QUANTIFICAO EM GRAUS PARA PROVAS SUBJETIVAS DE ENCURTAMENTOS MSCULARES DOS FLEXORES DO QUADRIL UNI E

    BIARTICULARES Thiago Augusto Sarraf, Valrio Henrique Dezan, Julimar Luis Pereira, Andr Rodacki Universidade Federal do Paran/Departamento de Educao Fsica do Setor de Cincias Biolgicas RESUMO O encurtamento dos msculos dos flexores de quadril pode resultar emdesordens na coluna e lombalgias. A verificao deste se torna fundamental para intervenes preventivas ou prognstico da terapia. Este estudo possui a finalidade de desenvolver uma metodologia para quantificar de modo objetivo o comprimento muscular dos flexores de quadril uni e bi articulares. Por meio de fotometria durante o teste de Thomas quantificou-se em graus o comprimento muscular dos flexores e quadril uni e biarticulares. O comprimento dos msculos neste estudo foram quantificados em graus atravs da ferramenta dimenso angular do programa Corel Draw 9. Atravs da metodologia apresentada neste estudo, foi proposta uma avaliao mais apurada do comprimento muscular dos flexores de quadril. Palavras-chave: Flexores do quadril; Encurtamentos musculares; Postura; Fotometria. INTRODUO A postura fsica resulta da interao de todas as articulaes do corpo (Kendall et al, 1995), associada com atitudes psicolgicas, culturais e ambientais (Rasch, 1989). Uma postura eficiente se caracteriza por um estado de equilbrio dos seguimentos corporais, refletindo em uma quantidade mnima de esforo com uma mxima sustentao (McGraw,1952). O encurtamento muscular dos flexores de quadril uni e/ou bi articulares podem resultar em alteraes nas curvaturas fisiolgicas da coluna vertebral, implicando em uma postura defeituosa (Kendall et al, 1995), conduzindo a srios prejuzos para a sade destes indivduos (Pollock &

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    Willmore, 1993). Este estudo possui a finalidade de desenvolver uma metodologia para quantificar de modo objetivo o comprimento muscular dos flexores de quadril uni e bi articulares. MATERIAIS Para a demarcao dos pontos anatmicos especificados foram utilizadas etiquetas brancas autoadesivas redondas de 13 mm de dimetro. As fotos foram realizadas a partir de uma cmera digital OLYMPUS CAMEDIA MASTER, de 1,3 milhes de pixels. Foi empregado um flexmetro, (instrumento que fixado ao corpo, quantifica em graus a mobilidade de uma articulao) para verificao da perna no avaliada. MTODOS Foram posicionadas sobre a pele dos indivduos etiquetas em oito pontos anatmicos empregados para aferio a partir de um gonimetro, em pontos anatmicos, citados para aferio utilizando-se de um gonimetro: duas sobre os trocanteres maiores do fmur: duas sobre os epicndilos medial e lateral do fmur e duas sobre os malolos laterais do tornozelo (Noekin, 1997). Os indivduos devem estar vestidos de forma que se obtenha a visualizao das etiquetas. O avaliado deve deitar-se em posio de decbito dorsal sobre a mesa, com a regio da coxa posterior tocando a mesa e os joelhos exatamente na borda desta, caracterizando a posio inicial (PI). Deve-se posicionar um flexmetro (Achour Jr., 1997) na coxa no avaliada, para quantificar a angulao da flexo do quadril com o joelho fletido. O indivduo deve trazer a coxa no avaliada em direo ao tronco com o joelho fletido, em 125 graus, mantendo a coxa avaliada em repouso, caracterizando como posio final (PF). Segundo Kendall (1995), 125 representa a flexo normal do quadril com os joelhos fletidos, sendo verificado encurtamentos musculares de flexores de quadril caso ocorra algum tipo de compensao na perna oposta. A cmera foi posicionada na altura do plano onde se encontra em decbito dorsal o indivduo, e a uma distncia de 1,75 m, estando o foco principal apontado para o epicndilo lateral do fmur da perna avaliada. Foram retiradas fotos na PI e PF. Para a avaliao do comprimento muscular dos flexores do quadril biarticulares (FQB), Kendall (1995), parte da posio anatmica de 180 graus, considerando o comprimento normal no teste de Thomas a angulao de 100 da fle xo de joelho. (Fig. 1). Para a avaliao dos flexores do quadril uniarticares (FQU), definimos a posio anatmica como 0.

    Fig 1 - Indivduo com comprimento normal dos flexores do quadril

    uni e bi-articulares. Nota-se que o flexmetro deve estar a 125 graus. ANLISE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS Os ngulos foram avaliados a partir do movimento realizado em plano coronal atravs da ferramenta dimenso angular do programa Corel Draw 9. Para o clculo do ngulo da amplitude de comprimento muscular (ACM) dos msculos FQB, utiliza-se como ponto fixo o epicndilo lateral do fmur (ELF). O ngulo formado pelos pontos malolo lateral (ML) e trocnter femoral (TF) nos fornece a ACM destes msculos. O valor do ngulo obtido na PI subtrado de 100 graus, para verificar se o indivduo j parte de um possvel encurtamento muscular. Subtrai-se

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    do valor angular final 100 graus, para se quantificar o encurtamento muscular dos msculos flexores do quadril bi-articulares. Acaso o resultado da subtrao seja positivo, o valor encontrado a quantidade em graus do encurtamento muscular (fig. 2).

    Fig. 2 O indivduo mostra uma amplitude de 150 , que representa um

    encurtamento de flexores do quadril biarticular de 50 . Para o clculo de comprimento dos msculos FQU, traada uma linha perpendicular (LP) a mesa que passando pelo TM, sendo este o eixo do ngulo. O angulao inicial aquele obtido entre o ELF e a LP na posio inicial. Na posio final se utiliza os mesmos pontos para obteno do ngulo de encurtamento. A partir do momento que o EL passa acima da LP, somam-se os dois valores encontrados na PI e PF, para fornecer os graus do possvel encurtamento muscular dos FQU (fig. 3). Quando o EL no passa pela LP, o valor da PF deve ser subtrado da PI para que se obtenha os graus de encurtamento.

    Fig. 3 - Indivduo com encurtamento de flexores do quadril uni e

    biarticularesarticulares da perna direita. Foi quantificado nos flexores de quadril uniarticular um encurtamento de 8 na posio final.

    Fig. 4- exemplo da fotometria com indivduo em posio final,

    com flexmetro e demarcaes posicionadas. DISCUSSO Indivduos que possuem encurtamentos musculares dos flexores de quadril podem apresentar desordens na coluna, devido as possveis alteraes nas curvaturas fisiolgicas, e maior sobrecargas nas estruturas lombares (Pollock & Willmore, 1993). Tradicionalmente para avaliar o comprimento muscular destes msculos, utiliza-se o teste de Thomas, descrito por Kendall (1995). Estas provas consistem em um julgamento subjetivo do comprimento muscular em: normal, excessivo ou encurtado(leve, moderado, acentuado), durante a realizao de movimentos

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    passivos ou ativos-assistidos, que aumentam a distncia entre as origens e inseres dos msculos. Este teste parte do princpio da insuficincia passiva, na qual afirma que os msculos biarticulares limitam sua amplitude articular completa quando so alongados nas duas articulaes simultaneamente (lynn Petter, 1996), podendo apenas realizar seu movimento em aproximadamente 80% (Kendall, 1995). Em decorrncia deste teste apresentar um carter subjetivo, pode estar mais sujeito a erros inter e intra-avaliador, alm de possuir uma classificao limitada e pouco precisa. CONCLUSO Atravs da metodologia apresentada neste estudo, foi proposta uma avaliao mais apurada do comprimento muscular dos flexores de quadril, possibilitando uma verificao da condio inicial e um o acompanhamento do prognstico do tratamento ou treinamento de forma mais satisfatria, quando envolvendo estes grupos musculares. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ACHOUR, A. J. Bases para Exerccios de Alongamento Relacionados com a Sade e no Desempenho Atltico. Londrina: Midiograf, 1996. ACHOUR, A. J. Avaliando a Flexibilidade: Fleximeter. Londrina: Midiograf, 1997. ALTER, M. J. Science of flexibility. United States of America: Human Kinetics, 1996 HOPPENFELD, S. Propedutica Ortopdica: Coluna e Extremidades. So Paulo: Atheneu, 1999. KENDALL, F. P.; McCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Msculos Provas e Funes. So Paulo: Manole, 1995. POLLOCK M. L.; WILMORE J. H. Exerccio na Sade e na Doena: Avaliao e prescrio para preveno e reabilitao. Rio de Janeiro: Medsi, 1993. RASCH, F. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. NOEKIN, C.C., WHITE, D. J. Medida do movimento articular. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

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    4.3. Banco de Wells Objetivo Medir a flexibilidade do quadril, dorso e msculos posteriores dos membros inferiores. O teste pode ser aplicado em pessoas de 6 anos at a idade universitria (ao redor dos 35 anos), de ambos os sexos. Protocolo No existe aquecimento prvio ao teste. Assumir a posio sentada, ps afastados na largura do quadril, joelhos completamente estendidos. Os ps devem estar apoiados completamente no banco e o banco apoiado em sua extremidade posterior em uma parede para no haver nenhum tipo de movimentao. Com um movimento nico, lento e contnuo, estender os braos sobre a cabea e em seguida sobre a rgua na parte superior do banco at o ponto mximo alcanado. A posio deve ser sustentada por um perodo de 2 segundos. O indivduo tem 3 tentativas e computado o maior valor alcanado.

    Idade-Anos 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 Sexo M/F M/F M/F M/F M/F M/F Excelente >39 >43 >40 >41 >38 >41 >35 >38 >35 >39 >33 >35 Ac. media 34-38 38-42

    34-39 37-40

    33-37 36-40

    29-34 34-37

    28-34 33-38

    25-32 31-34

    Mdia 29-33 34-37 30-33 33-36

    28-32 32-35

    24-28 30-33

    24-27 30-32

    20-24 27-30

    Ba. mdia 24-28 29-33 25-29 28-32

    23-27 27-31

    18-23 25-29

    16-23 25-29

    15-19 23-26

    Ruim 28

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    Classificao: Percentil 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Masculino

    9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08 12-14 anos 50.80 45.72 43.18 40.64 35.56 33.02 27.94 22.86 12.70 5.08 15-17 anos 63.50 60.96 58.42 53.34 48.26 40.64 30.48 20.32 12.70 5.08 18-34 anos 66.04 63.50 60.96 58.42 48.26 40.64 33.02 22.86 20.32 5.08

    Feminino

    9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08 12-14 anos 40.64 38.10 35.56 33.02 30.48 27.94 25.40 20.32 10.16 5.08 15-17 anos 43.18 40.64 38.10 35.56 33.02 27.94 20.32 15.24 7.62 5.08 18-34 anos 35.56 33.02 33.02 30.48 25.40 20.32 15.24 10.16 5.08 2.54

    5.2. Impulso Horizontal Objetivo Avaliao da potncia anaerbica (sistema ATP-PC) de MMII. Protocolo Salto realizado em terreno plano, a partir de uma linha pr-demarcada, sendo permitido o livre balano dos MMSS. Classificao (Rocha e Caldas, 1978) Classificao Resultados Fraco 2,89 Classificao (Lancetta, 1978) Sexo Idade Excelente M.Bom Bom Regular Fraco M 11-12 2,10 + 2,09-2,00 1,99-1,90 1,89-1,80 1,79- M 13-14 2,46+ 2,45-2,32 2,31-2,21 2,20-2,07 2,06- M 15-16 2,71+ 2,70-2,57 2,56-2,43 2,42-2,29 2,28- F 11-12 2,02+ 2,01-1,94 1,93-1,86 1,85-1,78 1,77- F 13-14 2,06+ 2,07-1,96 1,95-1,88 1,87-1,83 1,82- F 15-16 2,23+ 2,12-2,06 2,05-1,99 1,98-1,92 1,91-

    5.3. Arremesso de Medicine Ball Objetivo Avaliao da potncia anaerbica (sistema ATP-PC) de MMSS. Protocolo Sentado em uma cadeira, com as costas presas no encosto por meio de uma corda, efetuar o lanamento de uma bola de 3kg apenas usando a fora dos braos. Marcar a distncia do primeiro toque da bola no solo. Classificao (Johnson e Nelson, 1979)

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    Sexo Masculino Sexo Feminino Resultados (cm) Nvel de Performance Resultados (cm) 763+ Avanado 428+ 611-762 Intermedirio Avanado 367-427 367-610 Intermedirio 214-366 275-366 Iniciante avanado 123-213 274- Iniciante 122-

    6. Avaliao de Postura e Equilbrio 6.1. Biofotogrametria e Avaliao Postural Qualitativa

    6.1.1. Vista Lateral Articulaes dos joelhos: ( ) Alinhados; ( ) Fletidos D / E; ( ) Hiperestendidos D / E. Articulaes dos quadris: ( ) Alinhada; ( ) Fletida D / E; ( ) Estendida D / E. Pelve: ( ) Alinhada; ( ) Com anteverso; ( ) Com retroverso; Alinhamento do Tronco: ( ) Alinhado; ( ) Rotao de cintura escapular D / E ; ( ) Rotao de cintura plvica D / E; Coluna Lombar: ( ) Curvatura normal; ( ) Aumento da lordose; ( ) Retificao da lordose; ( ) Aumento da lordose torco-lombar. Coluna Torcica: ( ) Curvatura normal; ( ) Aumento da cifose; ( ) Retificao da cifose. Articulao do cotovelo: ( ) Alinhada; ( ) Aumento da flexo D / E ( ) Com hiperextenso D / E.

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    Articulaes dos ombros: ( ) Alinhados; ( ) Com protrao D / E; ( ) Com retrao D /E; Coluna Cervical: ( ) Curvatura normal; ( ) Aumento da lordose; ( ) Retificao da lordose. Cabea: ( ) Alinhada; ( ) Com protrao; ( ) Com retrao.

    6.1.2. Vista Posterior Articulaes dos tornozelos: ( ) Alinhadas; ( ) Com varo D / E; ( ) Com valgo D / E.

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    Retrop: (Tendo de Aquiles) ( ) Alinhado; ( ) Desalinhado.

    Apoio do retrop: ( ) Apoio homogneo no bordo medial e lateral; ( ) Maior apoio em bordo medial D / E; ( ) Maior apoio em bordo lateral D / E. Articulaes dos joelhos: ( ) Alinhadas; ( ) Com valgo D / E; ( ) Com varo D / E.

    Espinhas ilacas pstero-superiores (EIPS): ( ) Alinhadas; ( ) Desalinhadas mais alta D / E; Altura das cristas ilacas: ( ) Alinhadas; ( ) Desalinhadas mais alta D / E. Coluna Lombar: ( ) Alinhada; ( ) Convexidade D / E.

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    Coluna Torcica: ( ) Alinhada; ( ) Convexidade D / E. ngulos inferiores da escpula: ( ) Alinhados; ( ) Desalinhados mais alto D / E. Posio das escpulas: ( ) Alinhadas; ( ) Abduzida D / E; ( ) Aduzida D / E.

    Distncia entre bordo medial da escpula e coluna vertebral: ( ) Simtrica; ( ) Assimtrica Direita ( ) Assimtrica Esquerda. Articulaes dos ombros: ( ) Alinhados; ( ) Ombro mais alto D / E ;

  • 29 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Coluna Cervical: ( ) Alinhada; ( ) Convexidade D / E. Cabea: ( ) Alinhada; ( ) Inclinao lateral D / E; ( ) Rotao D / E;

    6.1.3. Vista Anterior: Antep: ( ) Alinhado; ( ) Abduzido D / E, ( ) Aduzido D / E. Arco longitudinal medial: ( ) Plano D / E; ( ) Cavo D / E; Apoio do antep: ( ) Apoio homogneo no bordo medial e lateral; ( ) Maior apoio em bordo medial D / E; ( ) Maior apoio em bordo lateral D / E.

    Articulaes dos joelhos: ( ) Alinhada; ( ) Valgo D / E ( ) Varo D / E Patelas: ( ) Alinhadas; ( ) Patela mais alta D / E; ( ) Patela rodada lateralmente ( rotao lateral do fmur); ( ) Patela rodada medialmente ( rotao medial do fmur). Espinhas ilacas ntero-superiores (EIAS): ( ) Alinhadas;

  • 30 Apostila de Medidas e Avaliao

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    ( ) Desalinhadas mais alta D / E; Alturas das cristas ilacas: ( ) Alinhadas; ( ) Desalinhadas mais alta D / E; Alinhamento do Tronco: ( ) Alinhado; ( ) Rotao de cintura escapular D / E ; ( ) Rotao de cintura plvica D / E; ( ) Inclinao lateral D / E.

    Trax: ( ) Simtrico; ( ) Assimtrico. Articulaes dos ombros: ( ) Alinhados; ( ) Ombro mais alto D / E ; Cotovelos: ( ) Alinhados; ( ) Aumento da flexo D / E; ( ) Hiperextenso D / E. Clavculas: ( ) Simtricas; ( ) Assimtricas Cabea: ( ) Alinhada; ( ) Inclinao lateral D / E; ( ) Rotao D / E.

    6.2. Avaliaes Qualitativas de Equilbrio Esttico e Dinmico

    6.2.1. Alcance Funcional (Functional Reach)

  • 31 Apostila de Medidas e Avaliao

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    O teste de Alcance Funcional (para a direo ntero-posterior) foi desenvolvido por DUNCAN et al (1990) e o teste de Alcance Funcional Lateral por BRAUER et al (1999).

    Objetivo: determinar o quanto o idoso capaz de se deslocar dentro dos limites de estabilidade anteriormente e lateralmente. Trata-se de um teste bastante simples, mas que para uma adequada confiabilidade dos dados necessita de procedimentos criteriosos. Clinicamente, um teste bastante proveitoso para se avaliar melhora no desempenho funcional aps interveno e para identificar o risco de queda.

    Dados antropomtricos:

    O peso corporal obtido com uma balana digital, devidamente calibrada, e se considera apenas uma casa decimal. Deve ser solicitado ao indivduo vestir o calado que utiliza com maior freqncia. A medida registrada em quilograma (kg).

    A altura mensurada com o indivduo descalo, em p, encostado sobre uma fita mtrica fixada parede, ps unidos e olhar pra frente. A distncia registrada do cho ao topo da cabea do indivduo.

    O comprimento do brao feito com o idoso de p e braos ao longo do corpo. Primeiramente, identificado por meio de palpao o acrmio, onde se deve colocar a extremidade da fita mtrica. Solicitando ao indivduo que permanecesse com extenso dos dedos, a fita mtrica levada at a extremidade do 3 dedo e ento, anotado seu comprimento.

    O comprimento dos ps, pedido ao indivduo que pise sobre uma fita mtrica, posicionando a regio posterior do seu calcneo na extremidade da fita. Registra-se a distncia desse ponto at o final do segundo dedo do p ou hlux, o que fosse maior.

    A base de suporte avaliada estando o indivduo posicionado em p prximo parede, mensurada com uma fita mtrica, a distncia entre a regio medial dos calcanhares. Caso o indivduo optar por ficar com os ps unidos, a distncia registrada zero.

    Procedimento do teste de Alcance Funcional Anterior

    O indivduo instrudo que tome a seguinte posio: em p, descalo, perpendicular a parede, prximo ao incio da fita mtrica, com os ps paralelos numa posio confortvel, sem toc-la, com o ombro fletido em 90 e o cotovelo estendido. O punho permanece em posio neutra e os dedos fletidos.

    A fita mtrica presa parede, paralela ao cho, posiciona-se na altura do acrmio do voluntrio. A medida inicial corresponde posio em que o terceiro metacarpo se encontrava nesta fita.

    O idoso instrudo a inclinar-se para frente, o mximo possvel, sem perder o equilbrio ou dar um passo. Deve ser verificado o deslocamento sobre a fita mtrica.

    Deve-se observar cuidadosamente se o idoso no retira os seus calcanhares do apoio no cho. Caso isto ocorra, deve ser desconsiderada a medida e nova tentativa realizada.

    So feitas trs tentativas de alcance funcional e a mdia destas registrada.

    Confiabilidade e validade: intra-observador: ICC=0,81 (DUNCAN et al, 1990). Validade concorrente para equilbrio e desempenho funcional foi estabelecida comparando-se com o deslocamento do centro de presso (Pearson r=.71) e com vrias medidas de desempenho fsico (Spearman rho, r=0,64-0,71) (WEINER et al, 1992).

  • 32 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Risco de Queda: Comparado a idosos que alcanaram 25,4 cm ou mais, os idosos que alcanaram entre 15,2 cm e 25,4 cm tiveram um risco duas vezes maior de cair e idosos que alcanaram menos que 15,2 cm tiveram quatro vezes a chance de cair (DUNCAN et al, 1992).

    Procedimento no teste de Alcance Funcional Lateral

    O indivduo instrudo para que adote a seguinte posio: em p, descalo,com a regio dorsal do tronco paralela parede, prximo ao incio da fita; ps paralelos e com distncia de 10 cm entre as regies mediais dos calcanhares, com uma angulao de 30 para fora em cada p em relao linha mediana, sem tocar a parede; abduo do membro superior direito a 90 e cotovelo estendido; punhos em posio neutra e os dedos da mo estendidos.

    A fita mtrica posicionada conforme anteriormente descrito no teste de alcance funcional. A medida inicial corresponde posio da extremidade do 3 dedo da mo na fita mtrica. O indivduo instrudo a deixar o membro superior esquerdo ao longo do corpo e a partir da, deslocar-se o mximo possvel para a lateral direita, sem fletir os joelhos, rodar ou fletir o tronco.

    Manter essa posio por 3 segundos registrando-se, ento o deslocamento mximo sobre a fita mtrica.

    Devem ser feitas trs tentativas e registradas as mdias. Posteriormente, o mesmo processo realizado para a lateral esquerda. A mensurao das medidas antropomtricas e a aplicao dos testes devem ser feitas pelo mesmo avaliador.

    6.2.2. Apoio Unipedal (Unipedal Stance)

    Goldie, Bach & Evans (1992) e Ekdahl, Jamio & Andersson (1989).

    Objetivo: avaliar o desempenho medido em tempo (segundos) que os idosos conseguem permanecer em um p s durante diversas condies sensoriais.

    O teste realizado em duas condies sensoriais diferentes, de forma aleatria.

    Procedimento: os idosos so avaliados em quatro condies sensoriais descritas abaixo:

    1. Em p, apoiado sobre o membro inferior direito, com os olhos abertos; 2. Em p, apoiado sobre o membro inferior esquerdo, com os olhos abertos, 3. Em p, apoiado sobre o membro inferior direito, com os olhos fechados; 4. Em p, apoiado sobre o membro inferior esquerdo, com os olhos fechados.

    Os indivduos so posicionados inicialmente sobre o cho em um local previamente demarcado com os ps paralelos, mantendo uma base de 10 cm de distncia entre a linha mdia de cada calcneo. Os membros superiores permanecem ao longo do corpo. Os participantes so orientados a fixar o olhar em um ponto (em forma de X) que estava altura dos olhos e distncia de 1 metro dos mesmos. A partir da posio descrita anteriormente, os sujeitos so instrudos a elevar um dos ps do solo, realizando uma flexo da coxa. O examinador registra o tempo em que o indivduo permaneceu na posio.

  • 33 Apostila de Medidas e Avaliao

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    6.2.3. Avaliao da Mobilidade orientada pelo desempenho (Performance Oriented Mobility

    Assessment - POMA)

    O teste 'Performance-oriented mobility assement of gait and balance' (POMA), foi criado em 1986, por Tinetti, Williams e Mayewski e adaptado culturalmente para o Brasil em 2003 por Gomes (2003).

    Objetivo: deteco de fatores de risco para quedas em indivduos idosos, com base no nmero de incapacidades e doenas crnicas.

    dividido em duas partes: uma avalia o equilbrio e outra a marcha.

    Os testes funcionais de equilbrio reproduzem alteraes que as mudanas de posio do corpo causam no sistema vestibular, durante a realizao das atividades de vida diria, enquanto a avaliao funcional da marcha reflete a segurana e a eficincia do deslocamento no ambiente.

    No formato inicial, a avaliao de equilbrio e marcha foi desenvolvida, tendo como referncia estudos anteriores relacionados ao assunto. As manobras de equilbrio incluam oito posies em situaes de desestabilizao do centro de gravidade. As manobras de marcha incluam oito itens realizados atravs de atividades seqenciais, em um pequeno percurso de marcha, com critrios simples de pontuao.

    Algumas tarefas apresentavam uma pontuao 0 e 1, outras de 0, 1 ou 2 e h ainda uma nica que pode ser pontuada de 0 a 4. Quanto maior o escore conseguido, melhor o desempenho no teste. Os escores mximos so: 15 para equilbrio e 13 para marcha. O maior escore foi 28.

    De acordo com os autores, na anlise desse teste em 15 indivduos da comunidade, no houve diferena maior do que 10% entre dois observadores no pr-teste de todos os casos (TINETTI, WILLIAMS, MAYEWSKI, 1986).

    Em formato criado posteriormente, no mesmo ano, Tinetti (1986) acrescentou 5 tarefas de equilbrio e props uma forma de avaliao com 3 nveis de respostas qualitativas para as manobras de equilbrio e props uma forma de avaliao com 3 nveis de respostas qualitativas para as manobras de equilbrio e com 2 nveis para as manobras de marcha.

    O escore total bruto pode ser interpretado qualitativamente como normal, adaptativo e anormal (TINETTI, 1986). Neste formato, aplicado pela autora tambm em 15 indivduos tambm no houve, assim como no primeiro, diferenas inter-avaliadores maiores que 10%. Apesar disso, Tinetti (1986) aponta limitaes do teste na deteco das diversas variaes individuais, passveis de serem medidas num teste de desempenho de funo motora, mostrando limitaes claras no POMA.

    A autora aponta que elaborar um instrumento de medida preciso, capaz de detectar diversas ou todas as variaes individuais, seria quase impossvel. Ela sugere que um instrumento desse tipo deva ser complementado com outras formas de avaliao para funes to complexas e de mltiplas variveis quanto mobilidade.

  • 34 Apostila de Medidas e Avaliao

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    A escala POMA vem sendo utilizada em diversos trabalhos, como parte ou como instrumento nico de avaliao. Esses estudos tm a inteno de detectar indivduos da comunidade ou institucionalizados, que tenham propenso a quedas e/ou que estejam em acompanhamento por tratamento de dficits da mobilidade. (PROVINCE et al, 1995; TINETTI et al 1995).

    Outros trabalhos utilizam a escala POMA integralmente, parte dela ou apenas uma de suas subescalas, mais comumente a escala de equilbrio, denominada B-POMA, como elementos de um conjunto de avaliaes. (BUCHNER, et al, 1993; GILL; WILLIAMS; TINETTI, 1995; KING; TINETTI, 1995; PROVINCE et al, 1995; TINETTI; McAVAY?; CLAUS, 1996; VANSWEARINGEN; BRACH, 2001).

    Em 1995, Shumway-Cook e Woollacott publicaram uma verso do POMA com pontuao numrica, na qual a maior pontuao obtida pelo indivduo de melhor desempenho. Entretanto, apesar de se referirem ao artigo original lanado pela autora do teste em 1986, algumas tarefas foram retiradas. Assim, esta escala no uma reproduo fiel da escala original elaborada por Tinetti em 1986 (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 1995).

    Verso: POMA BRASIL

    Avaliao do Equilbrio Orientada pelo Desempenho

    1. Equilbrio sentado

    Normal (3): Estvel, firme. Adaptativa (2): Segura-se na cadeira para se manter ereto. Anormal (1): Inclina-se, escorrega-se na cadeira.

    2. Levantando-se da cadeira

    Normal (3): Capaz de se levantar da cadeira em um s movimento, sem usar os braos.

    Adaptativa (2): Usa os braos (na cadeira ou no dispositivo de auxlio deambulao) para se empurrar ou puxar e/ou move-se para a borda do assento antes de tentar levantar.

    Anormal (1): Vrias tentativas so necessrias ou no consegue se levantar sem ajuda de algum.

    3. Equilbrio de p, imediato (primeiros 3 a 5 segundos)

    Normal (3): Estvel sem se segurar em dispositivo de auxlio deambulao ou em qualquer objeto como forma de apoio.

    Adaptativa (2): Estvel, mas usa o dispositivo de auxlio deambulao ou outro objeto para se apoiar, mas sem se agarrar.

    Anormal (1): Algum sinal de instabilidade + positivo

    4. Equilbrio de p

    Normal (3): Estvel, capaz de ficar de p com os ps juntos, sem se apoiar em objetos.

    Adaptativa (2): Estvel mas no consegue manter os ps juntos. Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade, independente de apoio oi de

    segurar em algum objeto.

  • 35 Apostila de Medidas e Avaliao

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    5. Equilbrio com os olhos fechados (com os ps o mais prximo possvel)

    Normal (3): Estvel, sem se segurar em nenhum objeto e com os ps juntos.

    Adaptativa (2): Estvel, com os ps separados. Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade ou necessita de segurar em

    algum objeto.

    6. Equilbrio ao girar (360)

    Normal (3): Sem se agarra em nada ou cambalear; os passos so contnuos (o giro feito em um movimento contnuo e suave).

    Adaptativa (2): Passos so descontnuos (paciente apia um p totalmente no solo antes de levantar o outro).

    Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade ou se segura em qualquer objeto.

    7. Nudge test O (paciente de p com os ps o mais prximo possvel, o examinador aplica 3 (trs) vezes, uma presso leve e uniforme no esterno do paciente; (a manobra demonstra a capacidade de resistir ao deslocamento)

    Normal (3): Estvel, capaz de resistir presso. Adaptativa (2): Necessita mover os ps, mas capaz de manter o equilbrio. Anormal (1): Comea a cair ou o examinador tem que ajudar a equilibrar-

    se.

    8. Virar o pescoo (pede-se ao paciente para virar a cabea de um lado para o outro e olhar para cima de p, com os ps o mais prximo possvel)

    Normal (3): Capaz de virar a cabea pelo menos metade da ADM de um lado para o outro, e capaz de inclinar a cabea para trs para olhar o teto; sem cambalear ou se segurar ou sem sintomas de tontura leve, instabilidade ou dor.

    Adaptativa (2): Capacidade diminuda de virar a cabea de um lado para o outro ou estender o pescoo, mas sem se segurar, cambalear ou apresentar sintomas de tontura leve, instabilidade ou dor.

    Anormal (1): Qualquer sinal ou sintoma de instabilidade quando vira a cabea ou estende o pescoo.

    9. Equilbrio em apoio unipodal

    Normal (3): Capaz de manter o apoio unipodal por 5 segundos sem apoio. Adaptativa (2): Capaz de manter apoio unipodal por 2 segundos sem apoio. Anormal (1): Incapaz de manter apoio unipodal.

    10. Extenso da coluna (pede-se ao paciente para se inclinar para trs na maior amplitude possvel, sem se segurar em objetos; se possvel)

    Normal (3): Boa amplitude, sem se apoiar ou cambalear. Adaptativa (2): Tenta estender, mas o faz com a ADM diminuda, quando

    comparado com pacientes de mesma idade, ou necessita de apoio para realizar a extenso.

  • 36 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Anormal (1): No tenta ou no se observa nenhuma extenso, ou cambaleia ao tentar.

    11. Alcanar para cima (paciente solicitado a retirar um objeto de uma prateleira alta o suficiente que exija alongamento ou ficar na ponta dos ps)

    Normal (3): Capaz de retirar o objeto sem se apoiar e sem se desequilibrar. Adaptativa (2): Capaz de retirar o objeto, mas necessita de apoio para se

    estabilizar. Anormal (1): Incapaz ou instvel.

    12.Inclinar para frente (o paciente solicitado a pegar um pequeno objeto do cho, por exemplo uma caneta)

    Normal (3): Capaz de inclinar e pegar o objeto; capaz de retornar posio ereta em uma nica tentativa sem precisar usar os braos.

    Adaptativa (2): Capaz de inclinar e pegar o objeto; capaz de retornar posio ereta em uma nica tentativa, mas necessita do apoio dos braos ou de algum objeto.

    Anormal (1): Incapaz de se inclinar ou de se erguer depois de ter se inclinado, ou faz mltiplas tentativas para se erguer.

    13. Sentar

    Normal (3): Capaz de sentar-se em um nico movimento suave. Adaptativa (2): Necessita usar os braos para se sentar ou o movimento no

    suave. Anormal (1): Deixa-se cair na cadeira, ou no calcula bem a distncia (senta

    fora do centro).

    Somatria (mximo 39 pontos):

    Avaliao da Marcha Orientada pelo Desempenho

    14. Iniciao da Marcha (paciente solicitado a comear a andar em um trajeto determinado)

    Normal (2): Comea a andar imediatamente sem hesitao visvel; o movimento de iniciao da marcha suave e uniforme.

    Anormal (1): Hesita; vrias tentativas; Iniciao da marcha no um movimento suave.

    15. Altura do passo (comece observando aps os primeiros passos: observe um p, depois do outro; observe de lado)

    Normal (2): O p do membro em balano desprende-se do cho completamente, porm, numa altura de 2,5 cm a 5 cm.

    Anormal (1): O p do membro em balano no se desprende completamente do cho, pode ouvir-se o arrastar ou o p muito elevado do solo (< 2,5 > 5 cm). (A)

    16: Comprimento do passo (observe a distncia entre o hlux do p de apoio e o calcanhar do p elevado; observe de lado; no julgue pelos primeiros ou ltimos passos; observe um lado de cada vez)

  • 37 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Normal (2): Pelo menos o comprimento do p do indivduo medido pelo hlux do membro de apoio e o calcanhar do membro de balano comprimento do passo geralmente maior mas comprimento do p oferece base para observao.

    Anormal (1): Comprimento do passo menor que o descrito para as condies normais. (A)

    17. Simetria do passo (observe a poro central do trajeto e no os passos iniciais ou finais; observe de lado; observe a distncia entre o calcanhar de cada membro do balano e o hlux de cada membro durante o apoio)

    Normal (2): Comprimento do passo igual ou quase igual dos dois lados para a maioria dos ciclos da marcha.

    Anormal (1): Comprimento do passo varia de um lado para outro; ou paciente avana com o mesmo p a cada passo.

    18. Continuidade do passo

    Normal (2): Comea elevando o calcanhar de um dos p (hlux fora do cho) quando o calcanhar do outro p toca o cho (choque de calcanhar); nenhuma interrupo durante a passada; comprimento dos passos igual na maioria dos ciclos da marcha.

    Anormal (1): Coloca o p inteiro (calcanhar e hlux) no cho antes de comear a desprender o outro; ou pra completamente entre os passos; ou pra completamente entre os passos; ou comprimento dos passos varia entre os ciclos. (B)

    19. Desvio da linha mdia (observe de trs; observe um p durante vrias passadas; observe em relao a um ponto de referncia do cho, por exemplo, juno da cermica, se possvel; difcil avaliar se o paciente usa andador)

    Normal (2): P segue o prximo a uma linha reta, medida que o paciente avana.

    Anormal (1): P desvia de um lado para o outro ou em uma direo.

    20. Estabilidade de Tronco (observe de trs; movimento lateral de tronco pode ser padro de marcha normal, precisa ser diferenciado da instabilidade)

    Normal (2): Tronco no oscila; joelhos e coluna no so fletidos; braos no so abduzidos no esforo de manter a estabilidade.

    Anormal (1): Presena de qualquer uma das caractersticas descritas anteriormente. (C)

    21. Sustentao durante a marcha (observe de trs)

    Normal (2): Os ps devem quase se tocar quando um passa pelo outro. Anormal (1): Ps separados durante os passos (base alargada).

    22. Virando durante a marcha

    Normal (2): No cambaleia, vira-se continuamente enquanto anda; e passos so contnuos enquanto vira.

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    Anormal (1): Cambaleia; pra antes de iniciar a virada; ou passos so descontnuos.

    Somatria (mximo 18 pontos): Escore Total (1 e 2 escalas, mximo 57 pontos):

    Observaes:

    A: O paciente fica em p com o examinador no final do trajeto determinado (sem obstculos). Paciente usa seu dispositivo de auxlio deambulao usual.

    O examinador solicita ao paciente para andar atravs do trajeto no seu passo usual. O examinador observa um componente (tarefa) da marcha por vez. Para alguns componentes, o examinador caminha atrs do paciente; para outros, o examinador anda prximo ao paciente. Pode requerer vrias tentativas para completar o teste.

    Pea tambm ao paciente para andar com passos mais rpidos que o usual e observe se os dispositivos da marcha so utilizados corretamente.

    B: Um sinal de marcha anormal pode refletir problema inicial, neurolgico ou msculoesqueltico, diretamente relacionado ao achado ou refletir uma manobra compensatria de outro problema mais antigo.

    C: Anormalidades podem ser corrigidas por um dispositivo de auxlio deambulao como uma bengala; observe com e sem o dispositivo, se possvel.

    Achado anormal usualmente uma manobra compensatria, alm de um problema primrio.

    6.2.4. Escala de Equilbrio de Berg (Berg Balance Scale)

    Berg Balance Scale, desenvolvida e validada por Berg et al (1992) e adaptado transculturalmente para sua aplicao no Brasil (Miyamoto, 2003; Miyamoto et al, 2004).

    Objetivo: Assim como vrios outros testes de avaliao do equilbrio, Berg Balance Scale vem sendo muito utilizado, principalmente para determinar os fatores de risco para perda da independncia e para quedas em idosos. Berg Balance Scale uma escala que atende vrias propostas: descrio quantitativa da habilidade de equilbrio funcional, acompanhamento do progresso dos pacientes e avaliao da efetividade das intervenes na prtica clnica e em pesquisas Procedimento: A BBS avalia o desempenho do equilbrio funcional em 14 itens comuns vida diria. Cada item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos. Portanto, a pontuao mxima pode chegar a 56. Os pontos so baseados no tempo em que uma posio pode ser mantida, na distncia em que o membro superior capaz de alcanar frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. Para a realizao da BBS so necessrios: um relgio, uma rgua, um banquinho e uma cadeira, e o tempo de execuo de aproximadamente 30 minutos. A Berg Balance Scale realizada com pacientes vestidos, descalos e fazendo uso de culos e/ou prteses auditivas de uso habitual.

    Confiabilidade e Validade: A BBS apresentou correlao satisfatria com medidas laboratoriais de oscilao na plataforma de equilbrio. Tambm mostrou boa correlao com Barthel Mobility Subscale (r= 0,67) e Timed Up and Go Test (r= -0,76). A confiabilidade entre observadores (ICC= 0,98 e rs = 0,88), intra-observador (ICC= 0,98) e consistncia interna (alfa de Cronbachs = 0,96) foi alta

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    (Berg et al, 1992b). A pontuao da escala tambm foi capaz de agrupar os pacientes de acordo com o tipo de auxlio utilizado para locomoo (maiores pontos para os que no necessitam de auxlio e menores pontos para os que utilizam bengalas e andadores).

    Thorbahn e Newton (1996) encontraram para a pontuao de corte o valor de 45 pontos da BBS na predio de quedas de idosos da comunidade, alta especificidade (96,0%) e baixa sensibilidade (53,0%). 53,0%). Para o mesmo valor de corte, Riddle e Straford (1999) calcularam uma especificidade de 90,0% e sensibilidade de 64,0%, mostrando utilidade dessa escala na identificao dos que no caem. O valor preditivo positivo encontrado foi de 72,0%, enquanto o valor preditivo negativo foi de 85,0%, o que mostra que apenas 15,0% dos pacientes que apresentam teste negativo (valores acima de 45 pontos) so classificados como os que caem, indicando boa confiabilidade na identificao dos que no caem em relao aos que caem.

    Whitney et al, (1998) em um artigo de reviso, evidenciaram maior confiabilidade e validade para a utilizao em pesquisas cientficas da Berg Balance Scale do que em outros instrumentos da avaliao, enquanto que Vanswearingen (1998), em outra reviso, destacou sua utilizao na prtica clnica da reabilitao.

    Verso: Escala equilbrio funcional de Berg, verso Brasileira

    Instrues gerais

    Por favor demonstrar cada tarefa e/ou dar as instrues como esto descritas. Ao pontuar, registrar a categoria de resposta mais baixa, que se aplica a cada item.Na maioria dos itens, pede-se ao paciente para manter uma determinada posio durante uni tempo especfico. Progressivamente mais pontos so deduzidos, se o tempo ou a distncia no forem atingidos. Se o paciente precisar de superviso (o examinador necessita ficar bem prximo do paciente) ou fizer uso de apoio externo ou receber ajuda do examinador. Os pacientes devem entender que eles precisam manter o equilbrio enquanto realizam as tarefas. As escolhas sobre qual perna ficar em p ou qual distncia alcanar ficaro a critrio do paciente. Um julgamento pobre ir influenciar adversamente o desempenho e o escore do paciente. Os equipamentos necessrios para realizar os testes so um cronmetro ou um relgio com ponteiro de segundos e uma rgua ou outro indicador de: 5, 12,5 e 25 cm. As cadeiras utilizadas para o teste devem ter uma altura adequada. Um banquinho ou uma escada (com degraus de altura padro) podem ver usados para o item 12.

    1. Posio sentada para posio em p

    Instrues: Por favor levante-se. Tente no usar suas mos para se apoiar.

    ( 4 ) capaz de levantar-se sem utilizar as mos e estabilizar-se independentemente

    ( 3 ) capaz de levantar-se independentemente utilizando as mios ( 2 ) capaz de levantar-se utilizando as mos aps diversas tentativas ( 1 ) necessita de ajuda mnima para levantar-se ou estabilizar-se ( 0 ) necessita de ajuda moderada ou mxima para levantar-se

    2. Permanecer em p sem apoio

    Instrues: Por favor, fique em p por 2 minutos sem se apoiar.

  • 40 Apostila de Medidas e Avaliao

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    ( 4 ) capaz de permanecer em p com segurana por 2 minutos ( 3 ) capaz de permanecer em p por 2 minutos com superviso ( 2 ) capaz de permanecer em p por 30 segundos sem apoio ( 1 ) necessita de vrias tentativas para permanecer em p por 30 segundos

    sem apoio ( 0 ) incapaz de permanecer em p por 30 segundos sem apoio

    Se o paciente for capaz de permanecer em p por 2 minutos sem apoio, d o nmero total de pontos para o item nmero 3. Continue com o item nmero 4.

    3. Permanecer sentado sem apoio nas costas ,mas com os ps apoiados no cho ou num banquinho

    Instrues: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas com os braos cruzados por 2 minutos.

    ( 4 ) capaz de permanecer sentado com segurana e com firmeza por l minutos

    ( 3 ) capaz de permanecer sentado por 2 minutos sob superviso ( 2 ) capaz de permanecer sentado por 30 segundos ( 1 ) capaz de permanecer sentado por 10 segundos ( 0 ) incapaz de permanecer sentado sem apoio durante 10 segundos

    4. Posio em p para posio sentada

    Instrues: Por favor, sente-se.

    ( 4 ) senta-se com segurana com uso mnimo das mos ( 3 ) controla a descida utilizando as mios ( 2 ) utiliza a pane posterior das pernas contra a cadeira para controlar a

    descida ( 1 ) senta-se independentemente, mas tem descida sem controle ( 0 ) necessita de ajuda para sentar-se

    5. Transferncias

    Instrues: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente para a outra para uma transferncia em piv. Pea ao paciente para transferir-se de uma cadeira com apoio de brao para uma cadeira sem apoio de brao, e vice-versa. Voc poder utilizar duas cadeiras (uma com e outra tem apoio de brao) ou uma cama e uma cadeira.

    ( 4 ) capaz de transferir-se com segurana com uso mnimo das mos ( 3 ) capaz de transferir-se com segurana com o uso das mos ( 2 ) capaz de transferir-se seguindo orientaes verbais c/ou superviso ( 1 ) necessita de uma pessoa para ajudar ( 0 ) necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar a

    tarefa com segurana

    6. Permanecer em p sem apoio com os olhos fechados

    Instrues: Por favor fique em p e feche os olhos por 10 segundos.

    ( 4 ) capaz de permanecer em p por 10 segundos com segurana ( 3 ) capaz de permanecer em p por 10 segundos com superviso

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    ( 2 ) capaz de permanecer em p por 3 segundos ( 1 ) incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos,

    mas mantm-se em p ( 0 ) necessita de ajuda para no cair

    7. Permanecer em p sem apoio com os ps juntos

    Instrues: Junte seus ps e fique em p sem se apoiar.

    ( 4 ) capaz de posicionar os ps juntos independentemente e permanecer por l minuto com segurana

    ( 3 ) capaz de posicionar os ps juntos independentemente e permanecer por l minuto com superviso

    ( 2 ) capaz de posicionar os ps juntos independentemente e permanecer por 30 segundos

    ( 1 ) necessita de ajuda para posicionar-se, mas capaz de permanecer com os ps juntos durante 15 segundos

    ( 0 ) necessita de ajuda para posicionar-se e incapaz de permanecer nessa posio por 15 segundos

    8. Alcanar a frente com o brao entendido permanecendo em p

    Instrues: Levante o brao a 90o. Estique os dedos e tente alcanar a frente o mais longe possvel. (O examinador posiciona a rgua no fim da ponta dos dedos quando o brao estiver a 90o. Ao serem esticados para frente, os dedos no devem tocar a rgua. A medida a ser registrada a distncia que os dedos conseguem alcanar quando o paciente se inclina para frente o mximo que ele consegue. Quando possvel, pea ao paciente para usar ambos os braos para evitar rotao do tronco).

    ( 4 ) pode avanar frente mais que 25 cm com segurana ( 3 ) pode avanar frente mais que 12,5 cm com segurana ( 2 ) pode avanar frente mais que 5 cm com segurana ( 1 ) pode avanar frente, mas necessita de superviso ( 0 ) perde o equilbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo

    9. Pegar um objeto do cho a partir de uma posio em p

    Instrues: Pegue o sapato/chinelo que est na frente dos seus ps.

    ( 4 ) capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurana ( 3 ) capaz de pegar o chinelo, mas necessita de superviso ( 2 ) incapaz de peg-lo, mas se estica at ficar a 2-5 cm do chinelo e

    mantm o equilbrio independentemente ( 1 ) incapaz de peg-lo, necessitando de superviso enquanto est

    tentando ( 0 ) incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para no perder o equilbrio

    ou cair

    10. Virar-se e olhar para trs por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto permanece em p

    Instrues: Vire-se para olhar diretamente atrs de voc por cima, do seu ombro esquerdo sem tirar os ps do cho. Faa o mesmo por cima do ombro direito. O

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    examinador poder pegar um objeto e posicion-lo diretamente atrs do paciente para estimular o movimento.

    ( 4 ) olha para trs de ambos os lados com uma boa distribuio do peso ( 3 ) olha para trs somente de um lado o lado contrrio demonstra menor

    distribuio do peso ( 2 ) vira somente para os lados, mas mantm o equilbrio ( 1 ) necessita de superviso para virar ( 0 ) necessita, de ajuda para no perder o equilbrio ou cair

    11. Girar 360 graus

    Instrues: Gire-se completamente ao redor de si mesmo. Pausa. Gire-se completamente ao redor de si mesmo em sentido contrrio.

    ( 4 ) capaz de girar 360 graus com segurana em 4 segundos ou mos ( 3 ) capaz de girar 360 graus com segurana somente para um lado em 4

    segundos ou menos ( 2 ) capaz de girar 360 graus com segurana, mas lentamente ( 1 ) necessita de superviso prxima ou orientaes verbais ( 0 ) necessita de ajuda enquanto gira

    12. Posicionar os ps alternadamente ao degrau ou banquinho enquanto permanece em p sem apoio

    Instrues: Toque cada p alternadamente no degrau/banquinho. Continue at que cada p tenha tocado o degrau/banquinho quatro vezes.

    ( 4 ) capaz de permanecer em p independentemente e com segurana, completando 8 movimentos em 20 segundos

    ( 3 ) capaz de permanecer em p independentemente e completar 8 movimentos em mais que 20 segundos

    ( 2 ) capaz de completar 4 movimentos sem ajuda ( 1 ) capaz de completar mais que 2 movimentos com o mnimo de ajuda ( 0 ) incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para no cair

    13. Permanecer em p sem apoio com um p frente

    Instrues: (demonstre para o paciente) Coloque um p diretamente frente do outro na mesma linha se voc achar que no ir conseguir, coloque o p um pouco mais frente do outro p e levemente para o lado.

    ( 4 ) capaz de colocar um p imediatamente frente do outro, independentemente, e permanecer por 30 segundos

    ( 3 ) capaz de colocar um p um pouco mais frente do outro e levemente para o lado. Independentemente e permanecer por 30 segundos

    ( 2 ) capaz de dar um pequeno passo, independentemente. e permanecer por 30 segundos

    ( 1 ) necessita de ajuda para dar o passo, porm permanece por 15 segundos

    ( 0 ) perde o equilbrio ao tentar dar um passo ou ficar de p

    14. Permanecer em p sobre uma perna

  • 43 Apostila de Medidas e Avaliao

    Prof. Dr. Ricardo Martins de Souza [email protected] (2013)

    Instrues: Fique em p sobre uma perna o mximo que voc puder sem se segurar.

    ( 4 ) capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais que 10 segundos

    ( 3 ) capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 5-10 segundos

    ( 2 ) capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 3 ou 4 segundos

    ( 1 ) tenta levantar uma perna, mas incapaz de permanecer por 3 segundos, embora permanea em p independentemente

    ( 0 ) incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para no cair

    ( ) Escore Total (Mximo = 56)

    6.2.5. ndice da Marcha Dinmica (Dynamic Gait Index)

    Foii desenvolvido por Shummway-Cook et al (1995).

    Objetivo: avaliar o equilbrio durante a marcha em diferentes contextos de tarefas funcionais. constitudo de oito tarefas funcionais que inclui superfcie plana, mudanas na velocidade da marcha, movimentos horizontais e verticais da cabea, passar por cima e contornar obstculos, giro sobre seu prprio eixo corporal, subir e descer escadas.

    Adaptao Cultural: Foi realizada por Castro (2004) e seguiu o seguinte procedimento: o DGI foi traduzido individualmente por trs professores da lngua inglesa, fluentes e cientes dos objetivos do trabalho. A partir da verso original em ingls foram geradas trs tradues iniciais para lngua portuguesa.O comit revisor foi constitudo por duas fisioterapeutas e um mdico, todos brasileiros e fluentes na lngua inglesa. Este comit de especialistas produziu uma primeira verso do instrumento no portugus brasileiro, a partir das trs tradues iniciais, comparando-as entre si, reduzindo as diferenas, escolhendo as melhores palavras e expresses para o contexto cultural da populao brasileira, com preservao dos conceitos originais do instrumento.

    Esta primeira verso na lngua portuguesa foi submetida a duas novas verses em ingls Back-Translation, realizadas por outros dois tradutores bilngues, independentes, que no se conheciam, cuja lngua materna a inglesa, sem conhecimento prvio da verso original em ingls, bem como dos objetivos do estudo.As duas verses em ingls foram submetidas apreciao do mesmo grupo revisor, que as comparam verso original em ingls para deteco de possveis erros de traduo. O comit rediscutiu todos os itens da verso inicial em portugus, as divergncias foram analisadas substituindo-se por palavras e expresses mais adequadas para que a segunda verso em portugus fosse clara e equivalente a original em ingls.

    Verso Adaptada: ndice de Marcha Dinmica

    1. Marcha em superfcie plana

    Instrues: Ande em sua velocidade normal, daqui at a prxima marca (6 metros).

  • 44 Apostila de Medidas e Avaliao

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    Pontuao: Marque a menor categoria que se aplica:

    ( 3 ) Normal: Anda 6 metros, sem dispositivos de auxlio, em boa velocidade, sem evidncia de desequilbrio, marcha em padro normal.

    ( 2 ) Comprometimento leve: Anda 6 metros, velocidade lenta, marcha com mnimos desvios, ou utiliza dispositivos de auxlio marcha.

    ( 1 ) Comprometimento moderado: Anda 6 metros, velocidade lenta, marcha em padro anormal, evidncia de desequilbrio.

    ( 0 ) Comprometimento grave: No consegue andar 6 metros sem auxlio, grandes desvios da marcha ou desequilbrio.

    2. Mudanas na velocidade da marcha

    Instrues: comece a andar na sua velocidade normal (durante 1.5 m), e quando eu disser 'agora', ande o mais rpido possvel que puder por mais 1.5 m. Quando eu disser 'devagar', ande o mais lentamente que conseguir (1.5 m).

    Pontuao: marque a categoria inferior que se aplica

    ( 3 ) Normal: Capaz de mudar a velocidade da marcha de forma uniforme, sem perda de equilbrio ou desvio da marcha. Mostra uma diferena significativa nas velocidades entre o normal, o rpido e o lento.

    ( 2 ) Comprometimento mnimo: Consegue mudar a velocidade mas demonstra desvios mnimos da marcha, ou no h desvios, mas ele incapaz de obter uma mudana significativa na velocidade ou utiliza um acessrio.

    ( 1 ) Comprometimento moderado: Realiza somente pequenos ajustes na velocidade da marcha, ou apresenta uma alterao com importantes desvios, ou alterada a velocidade associada a desvios significativos da marcha, ou altera a velocidade com perda do equilbrio, mas capaz de recuper-la e continuar andando.

    ( 0 ) Comprometimento severo: No consegue mudar a velocidade ou perde o equilbrio e procura apoio na parede ou tem que ser pego.

    3. Marcha com rotao horizontal da cabea

    Instrues: Comece a andar no ritmo normal. Quando eu disser 'olhe para a direita', continue andando reto mas vire a cabea para a direita. Continue olhando para o lado direito at que eu diga 'olhe para a esquerda', ento continue andando reto e vire a cabea para a esquerda. Mantenha a cabea nesta posio at que eu diga 'olhe para a frente', ento continue andando reto mas volte a sua cabea para a posio central.

    Pontuao: marque a categoria inferior que se aplica

    ( 3 ) Normal: Executa rotaes uniformes da cabea, sem nenhuma mudana na marcha.

    ( 2 ) Comprometimento mnimo: Executa rotaes uniformes da cabea, com uma ligeira mudana na velocidade da marcha (isto , interrupo mnima no trajeto uniforme da marcha ou usa um acessrio para andar).

    ( 1 ) Comprometimento moderado: Executa rotaes uniformes da cabea, com uma moderada mudana na velocidade da marcha, comea a andar mais lentamente, vacila mas se recupera, consegue continuar andando.

    ( 0 ) Comprometimento severo: Executa as tarefas com interrupes severas da marcha (isto , vacila 15o fora do trajeto, perde o equilbrio, pra, tenta segurar-se na parede).

  • 45 Apostila de Medidas e Avaliao

    Prof. Dr. Ricardo Martins de Souza [email protected] (2013)

    4. Marcha com movimentos verticais da cabea

    Instrues: Comece a andar no ritmo normal. Quando eu disser 'olhe para cima', continue andando reto mas incline a cabea para cima. Continue olhando para cima at que eu diga 'olhe para baixo', ento continue andando reto e vire a cabea para baixo. Mantenha a cabea nesta posio at que eu diga 'olhe para a frente', ento continue andando reto mas volte a sua cabea para a posio central.

    Pontuao: marque a categoria inferior que se aplica

    ( 3 ) Normal: Executa rotaes uniformes da cabea, sem nenhuma mudana na marcha.

    ( 2 ) Comprometimento mnimo: Executa as tarefas com uma ligeira mudana na velocidade da marcha (isto , interrupo mnima no trajeto uniforme da marcha ou usa um acessrio para andar).

    ( 1 ) Comprometimento moderado: Executa as tarefas com uma moderada mudana na velocidade da marcha, comea a andar mais lentamente, vacila mas se recupera, consegue continuar andando.

    ( 0 ) Comprometimento severo: Executa as tarefas com interrupes severas da marcha (isto , vacila 15o fora do trajeto, perde o equilbrio, pra, tenta segurar-se na parede).

    5. Marcha e rotao

    Instrues: