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REFORMA TRABALHISTA

JORNADA DE TRABALHO

Liziane Blaese Cardoso Machado

Advogada Coordenadora da Área Trabalhista do Escritório Pereira Gionédis Advogados

Especialista e Direito e processo do Trabalho

Membro da Associação dos Advogados Trabalhistas do Paraná

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APLICAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA

Normas de direito material -> relativas aos contratos de trabalho -> Aplicação

somente para os novos contratos, sendo admitidas alterações em favor do

empregado, nos termos do artigo 468 da CLT.

Normas de direito processual -> relativas aos processos judiciais -> aplicação

imediata, a partir de 13 de novembro de 2017, nos termos do artigo 14 do CPC.

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Súmula nº 366 do TST - CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE

ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT

divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 - Não serão descontadas nem computadas como jornada

extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos,

observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada

como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à

disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo

do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).

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Artigo 4º CLT – redação antiga Artigo 4º CLT – nova redação

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho.

Art. 4º (...)

§ 2º: Por não se considerar tempo à disposição do empregador,

não será computado como período extraordinário o que exceder

a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco

minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando

o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em

caso de insegurança nas vias públicas ou más condições

climáticas, bem como adentrar ou permanecer

nas dependências da empresa para exercer atividades

particulares, entre outras:

I - práticas religiosas; II - descanso;

III - lazer; IV - estudo;

V- alimentação;

VI- atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal;

VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver

obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

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REQUISITOS PARA NÃO SE TORNAR TEMPO À DISPOSIÇÃO:

1) Fato que não decorra do interesse do empregador;

2) Interesse particular do trabalhador.

Cuidado!!!!!

- O ônus de comprovar este período permanece do empregador!

- Apenas para os novos contratos.

Sugestão: Manter planilha na qual o empregado deverá consignar o motivo de sua

permanência na empresa.

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Artigo 58º CLT – redação antiga Artigo 58º CLT – nova redação

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

§ 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração.

Art. 58 -

(...)

§ 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

§ 3o

(Revogado).

HORAS IN ITINERE

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COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016

I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-

Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da

SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo

tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima

semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ

21.11.2003)

IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que

ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à

compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em

20.06.2001)

V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente

pode ser instituído por negociação coletiva.

VI. Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a

necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT.

Súmula 85 do TST

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Artigo 58º CLT – redação antiga Artigo 58º CLT – nova redação

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

(..)

§ 3o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. §4º(Revogado). § 5o O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. § 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

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Redação Antiga Artigo 59-A e B CLT – nova redação

SEM CORRESPONDENTE Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Parágrafo único -. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.

Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Parágrafo único - A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas.

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1) Acordo tácito para compensação de jornada dentro do mesmo mês;

2) Banco de horas de até 06 (seis) meses passa a ser individual;

3) Autorizado regime de compensação 12x36 por acordo individual escrito acordo ou

convenção coletiva, podendo indenizar o intervalo intrajornada, já remunerados os

feriados.

Alterações significativas:

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Artigo 60º CLT – redação antiga Artigo 60º CLT – nova redação

Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.

“Art. 60.

................................................................ Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.

COMPENSAÇÃO E PRORROGAÇÃO DE JORNADA EM AMBIENTE INSALUBRE

ARTIGO 60 DA CLT

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Artigo 61º CLT – redação antiga Artigo 61º CLT – nova redação Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.

“Art. 61.

................................................................

§ 1o O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

PRORROGAÇÃO ALÉM DO LIMITE LEGAL

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Artigo 62º CLT – redação antiga Artigo 62º CLT – nova redação Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II- os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

“Art. 62.

................................................................ III - os empregados em regime de teletrabalho.

CONTROLE DE JORNADA

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Artigo 71º CLT – redação antiga Artigo 71º CLT – nova redação Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. § 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

“Art. 71. ................................................................

§4º, da CLT - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

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Intervalo: Com a reforma passa a ser possível a redução do

intervalo mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho, sendo

que a supressão do intervalo passa ser remunerada de forma

indenizatória, e não remuneratória, apenas quanto ao período

suprimido.

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Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

I. - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e

alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele

suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.

II. - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo

intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art.

71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.

III. - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho

de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação,

repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

IV. - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma

hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do

respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.

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“Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

I. - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;

II - banco de horas anual;

II. - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

III - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015;

IV. - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se

enquadram como funções de confiança;

V. - regulamento empresarial;

VI. - representante dos trabalhadores no local de trabalho;

VII. - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;

VIII. - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;

IX. - modalidade de registro de jornada de trabalho

X. - troca do dia de feriado;

XI. - enquadramento do grau de insalubridade;

XII. - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;

XIII. - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo;

XV. - participação nos lucros ou resultados da empresa.”

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REVOGADO O ARTIGO 384 QUE ASSIM PREVIA:

“Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do

período extraordinário do trabalho”

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Artigo 134º CLT – redação antiga Artigo 134º CLT – nova redação Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.

“Art. 134.

................................................................

§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias

corridos, cada um. § 2o

(Revogado). § 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado

FÉRIAS

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Kátia de Almeida Salvo

Advogada atuante no escritório Pereira Gionédis Advogados.

Especialista em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário pela EMATRA/PR.

Autora do livro “TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO: Análise da Realidade Laboral dos Imigrantes e Refugiados Haitianos no Brasil”.

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O QUE É? O teletrabalho vem definido, no artigo 75-B, da CLT como a “prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo” CONDIÇÃO DE VALIDADE – PREVISÃO EXPRESSA EM CONTRATO Somente serão aplicáveis as regras do teletrabalho, se esta condição for prevista expressamente no contrato individual de trabalho, o qual também deverá especificar quais as atividades que o empregado realizará.

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EXCLUSÃO DO CONTROLE DE JORNADA

De acordo com as normas fixadas pela reforma trabalhista, os trabalhadores que desenvolverem suas atividades sob este sistema, passam a ser expressamente excluídos do regime de controle de jornada, não fazendo jus a horas extras.

Outra particularidade é que o comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

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TRANSIÇÃO PARA CONTRATOS EM VIGOR Esse regime de trabalho pode ser adotado para futuros contratos, ou também para os contratos em vigor, mediante mútuo acordo registrado em aditivo contratual. Também é possível mudar do regime de teletrabalho para o presencial por determinação unilateral do empregador, desde que seja garantido ao empregado um prazo de transição mínimo de quinze dias, também mediante aditivo ao contrato de trabalho. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS No contrato as partes também estipularão de quem será a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento de infraestrutura e dos equipamentos tecnológicos necessários à execução do trabalho, além de prever a política de reembolso de despesas arcadas pelo empregado, as quais não vão compor sua remuneração (ou seja, não incidindo reflexos sobre estas verbas).

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O QUE É? É a regulamentação do “BICO”, do FREELANCER. Nesta modalidade, a prestação de serviços, mesmo com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e inatividade determinada em horas, dias ou meses. Contudo, mesmo sem a continuidade na prestação do serviço, HÁ VÍNCULO EMPREGATÍCIO, e portanto, o empregado tem os benefícios da Previdência Social, o FGTS e demais verbas trabalhistas como qualquer outro empregado. O que difere é que essa forma de contratação flexibiliza os períodos de prestação de serviço tanto para o empregado, quanto para o empregador.

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CONTRATO POR ESCRITO, VALOR DA HORA DE TRABALHO E CARGA HORÁRIA

O contrato de trabalho intermitente deve ser formalizado por escrito e conter especificamente o valor da hora de trabalho, que deve observar o valor horário do salário mínimo ou o salário dos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. CARGA HORÁRIA MÍNIMA? O texto de lei não define uma carga horária mínima a ser cumprida, somente devendo ser observados os limites máximos de jornada garantidos pela Constituição Federal, que permanecem mantidos: 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais.

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CONVOCAÇÃO O contrato intermitente funcionará da seguinte forma: o funcionário ficará à disposição do empregador, sem que lhe sejam devidas quaisquer verbas, até que seja “convocado” para o trabalho. Quando a empresa precisar do empregado, terá que avisá-lo sobre quando e por quanto tempo precisará de seus serviços, com pelo menos três dias corridos de antecedência. Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado. O profissional pode ou não aceitar. Se não aceitar, isso não descaracteriza o contrato, que permanece em vigor, sendo que o silêncio é considerado recusa. Também não há limite para quantas vezes o funcionário pode recusar.

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Aceita a convocação, o empregado, então, presta serviços à empresa pelo tempo combinado, seja qual for esse período — horas, dias, semanas, meses. MEIO DE CONVOCAÇÃO A convocação pode acontecer por qualquer meio de comunicação eficaz (entenda-se: telefone, WhatsApp, e-mail, ou outras formas de comunicação que a pessoa utilize). MULTA PARA DESCUMPRIMENTO Se o empregado aceitar a convocação e não cumprir, pagará, no prazo de 30 (trinta) dias, multa de 50% da remuneração que seria devida. O mesmo vale para o empregador que convocar, mas não cumprir.

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PERÍODOS DE INATIVIDADE

Enquanto não for convocado para o trabalho, o empregado fica aguardando por mais trabalho, porém não recebe nada. Assim, fica livre para prestar serviços a outros contratantes, sem qualquer descaracterização de seu contrato intermitente.

REMUNERAÇÃO

Depois de completar o serviço, o funcionário tem que receber por aquele período imediatamente em seguida.

O valor a receber será o somatório de: a remuneração das horas/dias de trabalho, conforme pactuado, das férias proporcionais com acréscimo de um terço, do décimo terceiro salário proporcional, do repouso semanal remunerado (o domingo ou dia de folga) e dos adicionais legais (como hora extra, adicional noturno, etc, se for o caso).

A importância referente ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é depositada na conta vinculada, como aconteceria com qualquer outro trabalhador celetista.

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FÉRIAS

Dentre os direitos garantidos aos trabalhadores contratados sob a modalidade de trabalho intermitente estão as férias de no mínimo 30 dias. Essa garantia diz respeito ao benefício do empregado ficar 30 dias sem poder ser convocado para trabalhar, porque o valor relativo ao pagamento desse período e de seu adicional de 1/3 já foram recebidos pelo trabalhador após a prestação do serviço, de forma proporcional.