As Regras Do Método Sociológico (Fichamento)

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  • Universidade Federal da Bahia

    Programa de Ps-Graduao em Direito da Faculdade de Direito

    Metodologia da Pesquisa em Direito

    Professores

    Dr. Rodolfo Pamplona Filho e Dr. Nelson Cerqueira

    Aluno: Pedro Mottin

    Resenha / Fichamento

    Obra:

    DURKHIM, Emile. As Regras do Mtodo Sociolgico. Trad. Pietro Nassetti. So Paulo:

    Martin Claret, 2006.

  • Metodologia da Pesquisa em Direito Professores Dr. Rodolfo Pamplona Filho e Dr. Nelson Cerqueira

    Resenha / Fichamento DURKHIM, Emile. As Regras do Mtodo Sociolgico.

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    FICHAMENTO

    p. 11 (...) o objeto de qualquer cincia descobrir, e qualquer descobrimento desconcerta

    mais ou menos as opinies estabelecidas.

    p. 12 Para que no houvesse crimes, seria preciso um nivelamento das conscincias

    individuais que, por razes que indicaremos adiante, no nem possvel nem

    desejvel; mas, para que no houvesse represso, seria necessria a ausncia de

    homogeneidade moral incompatvel com a existncia de uma sociedade.

    p. 13 O nosso objetivo estender ao comportamento humano o racionalismo cientfico, mostrando que, se analisarmos no passado, ele redutvel a relaes de causa a efeito, que

    uma operao no menos racional pode transformar em regras de ao para o futuro.

    p. 16 e

    17

    A proposio segundo a qual os fatos sociais devem ser tratados como coisas

    proposio que est na prpria base do nosso mtodo foi das que provocaram

    mais controvrsias (...). No dizemos que os fatos sociais sejam coisas materiais,

    mas sim que so coisas, tal como as materiais, embora de uma outra maneira (...).

    coisa todo objeto de conhecimento que no naturalmente apreendido pela

    inteligncia, tudo aquilo de que no podemos adquirir uma noo adequada por um

    simples processo de anlise mental, tudo que o esprito s consegue compreender

    na condio de sair de si prprio, por via de observaes e de experimentaes,

    passando progressivamente das caractersticas mais exteriores e mais

    imediatamente acessveis s menos visveis e s mais profundas.

    p. 19 (...) o que importa saber no a maneira como certo pensador individualmente

    imagina uma dada instituio, mas a concepo que dela tem o grupo; somente

    assim esta concepo socialmente eficaz.

    p. 19 Outra proposio foi discutida, no menos vivamente do que a anterior: a que

    apresenta os fenmenos sociais como exteriores aos indivduos.

    p. 20 Se, como nos concedem, essa sntese sui generis que constitui qualquer sociedade

    d origem a fenmenos novos, diferentes dos que ocorrem nas conscincias

    solitrias, deve-se admitir que esses fatos especficos residem na prpria sociedade

    que os produz e no nas suas partes, quer dizer, nos seus membros. So, portanto,

    neste sentido, exteriores s conscincias individuais consideradas como tais, do

    mesmo modo que os caracteres distintivos da vida so exteriores s substncias

    minerais que compem o ser vivo.

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    p. 21 Para compreender a maneira como a Sociedade se representa a si prpria e ao

    mundo que a rodeia, a natureza da sociedade, e no a dos particulares, que

    devemos considerar.

    p. 24 (...) resta-nos dizer algumas palavras sobre a definio que demos aos fatos sociais

    no primeiro captulo. Consideramos que consistem em maneiras de fazer ou

    pensar, reconhecveis pela particularidade de serem susceptveis de exercer

    influncia coercitiva sobre as conscincias particulares. Neste aspecto se

    estabeleceu uma confuso que merece ser analisada.

    p. 25 O que h de inteiramente especial na obrigao social o fato de ela se dever, no

    rigidez de certos arranjos moleculares, mas ao prestgio de que esto investidas

    certas representaes..

    p. 26 (...) tudo o que ela [a obrigao social] implica que as maneiras coletivas de agir

    ou de pensar tm uma realidade exterior aos indivduos que, em cada momento do

    tempo, a elas se conformam.

    p. 26 (...) Pode-se, com efeito, sem desnaturar o sentido desta expresso, chamar

    instituio a todas as crenas e a todos os modos de comportamento institudos

    pela coletividade; a sociologia pode ento ser definida como: a cincia das

    instituies, da sua gnese e do seu funcionamento.

    p. 29 At o presente, os socilogos pouco se preocuparam em caracterizar e definir o

    mtodo que aplicam ao estudo dos fatos sociais.

    p. 29 e

    30

    Mas as precaues a tomar na observao dos fatos, a maneira como os principais

    problemas devem ser colocados, o sentido no qual as pesquisas devem ser dirigidas, as

    prticas especiais que podem permitir chegar aos fatos, as regras que devem presidir a

    administrao das provas, tudo isso permanecia indeterminado.

    p. 32 [Fatos sociais so] as maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam essa

    notvel propriedade de existirem fora das conscincias individuais. Estes tipos de

    comportamento ou de pensamento no apenas so exteriores ao indivduo, como

    tambm so dotados de uma fora imperativa e coercitiva em virtude da qual se

    impem a ele, quer ele queira, quer no..

    p. 33 Aqui est uma ordem de fatos que apresentam caractersticas muito especiais:

    consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivduo, e que

    so dotadas de um poder de coero em virtude do qual esses fatos se impem a

    ele (...). Constituem, pois, uma espcie nova e a eles se deve atribuir e reservar a

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    qualificao de sociais (...). Eles so, portanto, o domnio prprio da sociologia.

    p. 34 Mas existem outros fatos que, sem apresentar essas formas cristalizadas, tm a

    mesma objetividade e a mesma ascendncia sobre o indivduo. o que chamamos

    de correntes sociais.

    p. 35 Sua generalidade, porm, no serve para caracterizar os fenmenos sociolgicos.

    Um pensamento que se encontra em todas as conscincias particulares, um

    movimento que todos os indivduos repetem nem por isso so fatos sociais. (...). O

    que os constitui so as crenas, as tendncias e as prticas do grupo tomado

    coletivamente; quanto s formas que assumem os estados coletivos ao se

    refratarem nos indivduos, so coisas de outra espcie.

    p. 41 Regras relativas observao dos fatos sociais.

    Regra fundamental: tratar os fatos sociais como coisas.

    I Fase ideolgica que atravessa todas as cincias, durante a qual elaboram noes

    vulgares e prticas em vez de descrever e explicar as coisas. Motivo por que esta

    fase devia prolongar-se na sociologia mais do que nas outras cincias. Fatos

    extrados sociologia de Comte, de Spencer, e ao estado atual da moral e da

    economia poltica, mostrando que este estgio ainda no foi ultrapassado.

    Razes para o ultrapassar:

    1) Os fatos sociais devem ser tratados como coisas porque so os data imediatos

    da cincia, enquanto as idias, de que os fatos sociais so supostamente

    desenvolvidos, no so diretamente dadas.

    2) Tm todas as caractersticas da coisa. Analogia desta reforma com a que

    transformou recentemente a psicologia. Razes para esperar, no futuro, um

    progresso rpido da sociologia

    II Corolrios imediatos da regra precedente:

    1) Afastar da cincia todas as noes prvias. Acerca do ponto de vista mstico

    que se ope aplicao desta regra.

    2) Maneira de constituir o objeto positivo da investigao: agrupar os fatos

    segundo as suas caractersticas exteriores comuns. Relaes do conceito assim

    formado com o conceito vulgar. Exemplos de erros a que nos expomos ao

    negligenciar esta regra ou ao aplica-la mal: Spencer e a sua teoria sobre a evoluo

    do casamento; Garofalo e a sua definio de crime; o erro comum que recusa a

    moral s sociedades inferiores. Que a exterioridade das caractersticas que entram

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    nestas definies iniciais no constituam um obstculo s explicaes cientficas.

    3) Estas caractersticas exteriores devem, alm disso, ser o mais objetivas

    possvel. Mtodo para o conseguir: apreender os fatos sociais de modo que se

    apresentem isolados das suas manifestaes individuais.

    p. 51 Tratar fenmenos como coisas trat-los na qualidade de data que constituem o ponto de partida da cincia. Os fenmenos sociais apresentam incontestavelmente esta

    caracterstica. O que nos dado no a idia que os homens fazem do valor, pois ela

    inacessvel; so os valores que se trocam realmente no curso de relaes econmicas.

    p. 54 1) O primeiro desses corolrios : devemos afastar sistematicamente todas as

    prenoes. No necessria uma demonstrao especial desta regra; resulta de

    tudo o que dissemos anteriormente. , alis, a base de qualquer mtodo cientfico.

    A dvida metdica de Descartes, no fundo, no seno uma de suas aplicaes.

    p. 57 2) Mas a regra precedente totalmente negativa. Ela ensina o socilogo a escapar

    ao imprio das noes vulgares, para dirigir sua ateno aos fatos; mas no diz

    como deve se apoderar desses ltimos para empreender um estudo objetivo deles.

    Toda investigao cientfica tem por objeto um grupo determinado de fenmenos

    que correspondem a uma mesma definio. O primeiro passo do socilogo deve

    ser, portanto, definir aquilo de que trata, para que se saiba e para que ele saiba bem

    o que est em causa.

    p. 64 3) Mas a sensao facilmente subjetiva. Por isso, habitual nas cincias naturais

    afastar os dados sensveis que correm o risco de ser demasiado pessoais ao

    observador, para reter exclusivamente os que apresentam um suficiente grau de

    objetividade. (...) O socilogo deve ter as mesmas precaues. Os caracteres

    exteriores em funo dos quais ele define o objeto de suas pesquisas devem ser to

    objetivos quanto possvel.

    p. 67 Regras relativas distino entre o normal e o patolgico.

    Utilidade terica e prtica desta distino. preciso que ela seja possvel

    cientificamente para que a cincia possa servir para dirigir a conduta.

    I- Exame dos critrios correntemente utilizados: a dor no o sinal distintivo da

    doena, porque faz parte da sade, nem a diminuio das probabilidades de

    sobrevivncia, na medida em que por vezes produzida por fatos normais (velhice,

    parto, etc.) e no resulta necessariamente da doena; para alm disso, este critrio

    , na maior parte das vezes, inaplicvel, sobretudo em sociologia. A doena

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    distinguida do estado de sade como o anormal do normal. O tipo mdio ou

    especfico. Necessidade de levar em linha de conta a idade para determinar se o

    fato normal ou no. Como esta definio do patolgico coincide em geral com o

    conceito corrente de doena: o anormal o acidental; porque o anormal, em geral,

    constitui o ser em estado de inferioridade.

    II Utilidade que h em verificar os resultados do mtodo precedente, procurando

    as causas da normalidade do fato, quer dizer, da sua generalidade. Necessidade que

    h em proceder a esta verificao quando se trata de fatos que se reportam a

    sociedades que no acabaram a sua histria. Por que no pode este segundo critrio

    ser usado seno a ttulo complementar e em segundo lugar. Enunciado das regras.

    III Aplicao destas regras a quaisquer casos, designadamente questo do

    crime. Por que que a existncia de uma criminalidade um fenmeno normal.

    Exemplos de erros em que se cai quando no se seguem estas regras. A prpria

    cincia torna-se impossvel.

    p. 74 Todo fenmeno sociolgico, como, alis, tambm fenmeno biolgico, suscetvel

    de revestir formas diferentes, segundo os casos, apesar de permanecer

    essencialmente o mesmo. Ora, essas formas podem ser de duas espcies. Umas so

    gerais em toda a extenso da espcie (...). Outras h, pelo contrrio, que so

    excepcionais; elas no apenas se verificam s na minoria, mas tambm acontece

    que, l mesmo onde elas se produzem, muito freqentemente no duram toda a

    vida do indivduo. (...) Chamaremos normais os fatos que apresentam as formas

    mais gerais e daremos aos outros o nome de mrbidos ou patolgicos.

    p. 81 Ora, impossvel deduzir o mais do menos, a espcie do gnero. Mas pode-se

    encontrar o gnero na espcie, j que esta o contm. Por isso, uma vez constatada a

    generalidade do fenmeno, podem-se confirmar os resultados do primeiro mtodo,

    mostrando como ele serve. Podemos assim formular as trs regras seguintes:

    1) Um fato social normal para um tipo social determinado, considerado numa

    fase determinada de seu desenvolvimento, quando ele se produz na mdia das

    sociedades dessa espcie, consideradas na fase correspondente de sua evoluo.

    2) Os resultados do mtodo precedente podem ser verificados mostrando-se que a

    generalidade do fenmeno se deve s condies gerais da vida coletiva no tipo

    social considerado.

    3) Essa verificaro necessria quando esse fato se relaciona a uma espcie social

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    que ainda no consumou sua evoluo integral.

    p. 82 Se h um fato em que o carter patolgico parece incontestvel, o crime.

    p. 91 Regras relativas constituio dos tipos sociais

    A distino do normal e do anormal implica na constituio de espcies sociais.

    Utilidade deste conceito de espcie, intermedirio entre a noo do genus homo e a

    de sociedades particulares.

    I O modo de as constituir no elaborando monografias. Impossibilidade de sucesso por esta via. Inutilidade da classificao que seria construda deste modo. Princpio do

    mtodo a aplicar: distinguir as sociedades segundo o grau de composio.

    II Definio da sociedade simples: a horda. Exemplo de algumas das maneiras

    como a sociedade simples se compe consigo mesma e as combinaes destes

    compostos entre si. No seio das espcies assim constitudas, distinguir variedades

    conforme os seguimentos componentes forem coalescentes ou no. Enunciado da

    regra.

    III Como o que precede demonstra que h espcies sociais. Diferenas na

    natureza da espcie na biologia e na sociologia.

    p. 94 O verdadeiro mtodo experimental tende a substituir os fatos vulgares (...) por

    fatos decisivos ou cruciais, como dizia Bacon (...). sobretudo necessrio

    proceder deste modo quando se trata de constituir gneros e espcies.

    p. 95 Devemos, portanto, escolher para nossa classificao caractersticas

    particularmente essenciais.

    p. 99 (...) basta-nos ter estabelecido o princpio de classificao, que pode ser assim enunciado: Comear-se- por classificar as sociedades segundo o grau de composio que apresentam,

    tomando como base a sociedade perfeitamente simples ou de segmento nico; no interior

    destas classes, distinguir-se-o variedades diferentes conforme se produz ou no uma

    coalescncia completa dos segmentos iniciais.

    pp. 103

    e 104

    Regras relativas explicao dos fatos sociais.

    A constituio das espcies essencialmente um modo de agrupar os fatos a fim de

    facilitar a sua interpretao; a morfologia social encara os verdadeiros problemas

    da explicao cientfica. Qual o mtodo desta?

    I Carter finalista das explicaes em vigor. A utilidade de um fato no explica a

    sua existncia. Dualidade das duas questes, estabelecida pelos fatos de

    sobrevivncia, pela independncia do rgo ou da funo, e a diversidade de

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    servios que pode prestar sucessivamente uma mesma instituio. Necessidade de

    investigao das causas suficientes dos fatos sociais. Importncia preponderante

    destas causas em sociologia, demonstrada pela generalidade das prticas sociais,

    mesmo as mais minuciosas. A causa eficiente deve, portanto, ser determinada

    independentemente da funo. Por que deve a primeira investigao preceder a

    segunda. Utilidade desta ltima.

    II Carter psicolgico do mtodo de explicao geralmente seguido. Este mtodo

    desconhece a natureza do fato social que irredutvel aos fatos puramente

    psquicos em virtude da sua definio. Os fatos sociais s podem ser explicados

    por fatos sociais. Como isto acontece mesmo que a sociedade no tenha por

    matria mais do que conscincias individuais. Importncia da associao que d

    nascimento a um novo ser e a uma nova ordem de realidades (...).

    III Importncia primria dos fatos de morfologia social nas explicaes

    sociolgicas: o meio interno a origem de todo o processo social de alguma

    importncia. Papel particularmente preponderante do elemento humano desse meio

    IV Carter geral desta concepo sociolgica. Para Hobbes, a ligao entre o

    psquico e o social sinttica e artificial; para Spencer e para os economistas, a

    ligao natural mas analtica; para ns, natural e sinttica. Como estas duas

    caractersticas so conciliveis. Consequncias gerais que daqui resultam.

    p. 133 Regras relativas ao estabelecimento das provas.

    I O mtodo comparativo ou experimental indireto o mtodo da prova na

    sociologia. Inutilidade do mtodo chamado histrico por Comte. Resposta s objees de

    Mill relativamente aplicao do mtodo comparativo sociologia. Importncia do

    princpio; A um mesmo efeito corresponde sempre uma mesma causa.

    II Por que, dos diversos procedimentos do mtodo comparativo, o mtodo das

    variaes concomitantes o instrumento por excelncia da investigao sociolgica;

    a sua superioridade:

    1) na medida em que atinge a relao causal a partir de dentro;

    2) na medida em que permite a utilizao de documentos mais escolhidos e mais

    bem criticados. Como a sociologia, por estar reduzida a um nico procedimento,

    no se acha, relativamente a outras cincias, num estado de inferioridade, em

    virtude da riqueza de variaes de que o socilogo dispe. Necessidade de s

    comparar sries contnuas e extenses de variaes, e no variaes isoladas.

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    III Diferentes maneiras de compor estas sries. Casos em que os termos podem

    ser extrados de uma nica sociedade. Casos em que necessrio extrai-los de

    sociedades diferentes, mas da mesma espcie. Casos em que preciso comparar

    espcies diferentes. Por que este o caso mais geral. A sociologia comparada a

    sociologia propriamente dita. Precaues a tomar para evitar certos erros no

    decurso destas comparaes.

    p. 147 Concluso.

    Caractersticas gerais deste mtodo:

    1) A sua independncia face a toda filosofia (independncia que til prpria

    filosofia) e face s doutrinas prticas. Relaes entre a sociologia e estas doutrinas.

    Como permite dominar os partidos.

    2) A sua objetividade. Os fatos sociais considerados como coisas. Como este

    princpio determina todo o mtodo.

    3) O seu carter sociolgico: os fatos sociais explicados conservando a sua

    especificidade: a sociologia como cincia autnoma. A conquista desta autonomia

    o progresso mais importante que resta sociologia empreender. Maior autoridade

    da sociologia assim praticada.

    PERGUNTA SOBRE O TEXTO

    H possibilidade de conciliar a concepo de fato social positivista de Durkheim com o fato

    social numa perspectiva sartriana, ou seja, material-existencialista? Caso a resposta seja

    positiva, estabelea os pressupostos que validam tal conciliao e apresente em que

    circunstncias seriam possveis tal conciliao e como elas complexizariam o entendimento

    de determinado fato social. Caso a resposta seja negativa, apresente os seus argumentos

    sobre a impossibilidade desta conciliao e quais as direes que o pesquisador poder

    tomar ao optar por uma destas metodologias.

    Anlise entregue no relatrio do texto de Sartre.

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    REDAO DE APROVEITAMENTO

    Se eventualmente se superar a diviso esttica das cincias (sociologia, filosofia etc.),

    num estudo totalizador que parte da premissa de que todos os fenmenos podem estar, e

    esto, inter-relacionados, ento o texto de Durkheim certamente ter grande utilidade para a

    pesquisa em direito.

    Na verdade, nem precisaria tanto para verificar a pertinncia do texto: o direito

    tambm uma cincia social, como a sociologia, de modo que naturalmente elementos do

    mtodo de Durkheim podero ser aproveitados numa metodologia jurdica.