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Aspectos Cognitivos e Instrucionais Da Leitura - Cap6

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INTRODUÇÃO

-O objetivo do artigo é apresentar e discutir dois aspectos que devem integrar a elaboração de testes para avaliar a competência em leitura em inglês como língua estrangeira: especificações e pré-testagem.

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ELABORAÇÃO DAS ESPECIFICAÇÕES

-Todo teste é a operacionalização de uma teoria.

-As especificações são essenciais para o estabelecimento da validade do teste e para a justificativa teórica de seu conteúdo.

-Elas devem ser o primeiro passo para a construção de um teste e devem variar de acordo com o público.

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- Vários autores se dedicam ao processo de elaboração de especificações de um teste, propondo componentes.

- O autor do artigo focará em dois componentes:

definição do construto de leitura (arcabouço teórico para o teste)

métodos de produzir desempenho para interpretar competência em leitura estrangeira (questões, preenchimento de lacunas, relacionar, transformar, etc)

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CARACTERIZANDO O CONSTRUTO DA LEITURA

-Existe um debate sobre duas abordagens distintas para conceber o construto da leitura: leitura como uma habilidade unitária e leitura como uma habilidade multidivisível.

-Teóricos sugerem a impossibilidade de dividir a habilidade linguística em componentes separados para serem testados, ou seja, as habilidades são altamente relacionadas.

-Assim, a leitura é multidivisível, ou seja, é composta de vários componentes.

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DEFININDO UM MÉTODO PARA HABILIDADE

-Questiona-se a separação da leitura em habilidades, como também a hierarquia entre habilidades, em que as superiores subestimam as inferiores.

-Não é possível afirmar que cada item teste de forma exclusiva uma habilidade.

-Processos envolvidos em compreensão leitora envolvem o uso simultâneo e variável de diferentes habilidades que se sobrepõem.

-Existem inúmeras estratégias para a resolução de testes, que não estão necessariamente presentes no processo de leitura.

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- “Responder uma questão de teste envolve provavelmente uma variedade de habilidades inter-relacionadas, ao invés de uma somente, ou até mesmo principalmente” (ALDERSON, 1990).

1)O testando pode responder corretamente ao item e ter sua habilidade comprovada

2)O testando pode conseguir uma resposta correta ser ter a habilidade

3)O testando pode ter a habilidade, mas não conseguir demonstrá-la por não ter conhecimento linguístico suficiente que permita fazer uso da habilidade testada

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- Logo, alguns testes podem não estar efetivamente avaliando aquelas habilidades de leituras pretendidas, mas estar avaliando conhecimento linguístico do testando.

- Assim, parece recomendável usar vários métodos para testar a mesma habilidade.

- Apesar da incapacidade de comprovar a correspondência entre método e habilidade, definir o que se testar e fazer um esforço em direção a isso é melhor que nada.

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MÉTODO: FOCO ALTERNATIVO

-“Uma alternativa ao foco em habilidades pode ser, para testes, o foco em compreensão, já que o fato de o leitor compreender o texto pode ser mais importante do que como consegue compreender o texto” (ALDERSON, 1996)

-Hoje se caracteriza a leitura como um processo interativo (informação do texto + informação do leitor). Logo, poderiam ser realizados testes que envolvessem questões para verificar diferentes níveis de contribuição do leitor para a compreensão do texto.

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- Em geral, a compreensão é descrita em três níveis:

1) compreensão literal (ou “das linhas”)

2) “compreensão nas entrelinhas”

3) “compreensão para além das linhas”

- A relação pergunta-resposta pode ser testada com três tipos de questões:

1) questões textualmente explícitas

2) questões textualmente implícitas

3) questões baseadas em scripts

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- Para elaborar essa relação pergunta-resposta, são apresentados seis tipos de questões com diferentes focos:1) questões de compreensão literal2) questões de reorganização ou interpretação

3) questões de inferência4) questões de avaliação da informação textual5) questões de resposta pessoal6) questões sobre como o autor diz o que diz

- Essa tipologia permite o estabelecimento da contribuição do leitor para o processo de compreensão do texto.

- A variação do tipo de pergunta depende dos objetivos estabelecidos nas especificações para o teste ou para cada item dele.

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- Questões de compreensão literal: avaliam o conhecimento linguístico

- Questões de inferência: avaliam a contribuição de processos cognitivos superiores

- Questões avaliativas, de resposta pessoal ou de análise de como o escritor diz o que diz: avaliam a leitura crítica

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A NECESSIDADE DA PRÉ-TESTAGEM

-Antes de administrar o teste, ele deve passar por uma fase de pré-testagem.

-Propõe-se o que se chama de “engenharia reversa”: mecanismo que permite validar o teste. Faz uma análise comparativa entre as habilidades que se pretendia testar e as que são, de fato, testadas.

-Essa fase é essencial, pois o aplicador pode ter dificuldade em saber se um item está realmente testando o que se pretende por ele já conhecer a resposta.

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CONCLUSÕES

-Seguindo nessa direção, o elaborador, mais do que estar construindo um teste, estará aperfeiçoando suas especificações, que podem se tornar um documento gerativo de testes.