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DRAFT 1 ------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------Mandato 2017-2021 ------------------------------------------ ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA VINTE E TRÊS DE JULHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ----------------------------------------------------- ------------------------------ATA NÚMERO OITENTA E UM ------------------------------ ----- Aos vinte e três dias do mês de julho de dois mil e dezanove, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues Vale César, e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda Secretária. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais.---------------------------------------------- ----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Carla Cristina Ferreira Madeira, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, João Maria Correa Monteiro Macieira Condeixa, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natacha Machado Amaro, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia Carla Serrano Gonçalves, Paula Inês Alves de Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia, Bruno Reinhold de Moraes Cabral, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Rita Constância Pereira Gorgulho, José Pedro Pires Ferreira, Bruno Miguel Martins

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2017-2021 …€¦ · DRAFT 4 ----- Senhores Deputados, eu tenho uma questão já no princípio e que os queria colocar e que é muito simples,

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DRAFT

1

------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------

-------------------------------------Mandato 2017-2021 ------------------------------------------

----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA VINTE E TRÊS DE

JULHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ----------------------------------------------------- ------------------------------ATA NÚMERO OITENTA E UM ------------------------------

----- Aos vinte e três dias do mês de julho de dois mil e dezanove, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a

Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de

Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua

Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema

Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves

Rodrigues Vale César, e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins

Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda

Secretária. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais. ----------------------------------------------

----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana

Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares

Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto

Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Carla Cristina

Ferreira Madeira, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa,

Francisco Américo Maurício Domingues, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Inês

Drummond Ludovice Mendes Gomes, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre

Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, João Maria Correa

Monteiro Macieira Condeixa, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira

Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Luís

Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano Albuquerque

Almeida Leitão, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão

Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré

Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da

Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar

Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa

Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel

Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça,

Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natacha Machado Amaro, Natalina Nunes

Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia Carla Serrano Gonçalves, Paula Inês Alves

de Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves,

Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui

Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia,

Bruno Reinhold de Moraes Cabral, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira,

Rita Constância Pereira Gorgulho, José Pedro Pires Ferreira, Bruno Miguel Martins

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Louro, João Carlos de Sousa Pereira, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista,

Ana Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Susana Maria da Costa Guimarães,

Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira, Luís Duarte Albuquerque

Carreira, José Roque Alexandre, Nuno Miguel dos Santos Silva, Pedro Miguel Tadeu

Costa, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes, Gonçalo Maria Vassalo Moita,

Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale, Mário Nelson Morais Freitas, Rosa Maria

Carvalho da Silva, Ameetkumar Subhaschandra e Rodolfo Knapic. ------------------------

------ Faltou à Reunião o seguinte Deputado Municipal: --------------------------------------

------ Davide Miguel Santos Amado. ------------------------------------------------------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal

Susana Maria da Costa Guimarães. --------------------------------------------------------------

----- Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto

legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------

----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal

Luís Duarte de Albuquerque Carreira. -----------------------------------------------------------

----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada

Municipal Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira. --------------------------------

----- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

Bruno Miguel Martins Louro. ---------------------------------------------------------------------

----- Augusto Miguel Gama (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Nuno Santos Silva. --------------------------------------------------------------------

----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

José Ferreira. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- José Moreno (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

José Roque Alexandre. -----------------------------------------------------------------------------

----- Luís Monteiro (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal

Margarida Morais. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Vasco Morgado (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Santo António, pelo

período compreendido entre os dias 15 e 26 de julho, sendo substituído pelo substituto

legal Deputado Municipal Rodolfo Knapic. ----------------------------------------------------

----- Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp (PSD), Presidente da Junta de

Freguesia de Areeiro, nos dias 16 e 23 de julho, sendo substituído pelo substituto legal

Deputado Municipal Ameetkumar Subhaschandra. -------------------------------------------

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----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Rosa maria Carvalho da Silva. -------------------------------------------------------

----- Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido

substituída pelo Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. ----------------------

----- Margarida Bentes Penedo (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo

Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. -------------------------------------

----- Francisco Rodrigues dos Santos (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído

pela Deputada Municipal Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale. ----------------------------

----- Fernando Correia (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal João Carlos Pereira. -------------------------------------------------------------------

----- Graciela Simões (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada

Municipal Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista. ------------------------------------

----- Isabel Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal

Bruno Reinhold de Moraes Cabral. --------------------------------------------------------------

----- Ricardo Moreira (BE), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Rita Constância Pereira Gorgulho. --------------------------------------------------

----- José Inácio Faria (MPT), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Mário Freitas. --------------------------------------------------------------------------

----- Cláudia Madeira (PEV), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado

Municipal Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira. ------------------------------

----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 20/2019, de

23 de julho de 2019, foi deliberado o seguinte a descrever: ----------------------------------

----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: André Couto (Presidente da JF

Campolide - PS) e Fábio Sousa (Presidente da JF Carnide - PCP) à 79ª Reunião da

Assembleia Municipal de Lisboa (50ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 9 de

julho de 2019. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Justificar a falta do Deputado Municipal Fábio Sousa (Presidente da JF Carnide -

PCP) à 80ª Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (Sessão Ordinária de junho-

3ª Reunião), realizada no dia 16 de julho de 2019. --------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente João Paulo Saraiva e

pelos Senhores Vereadores: Manuel Salgado e José Sá Fernandes. -------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: João Pedro

Gonçalves Pereira, Nuno Correia da Silva, Orísia Roque e Nuno Rocha Correia. --------

----- Às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora

Presidente da Assembleia, declarou aberta a Reunião. --------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, Público presente,

Senhores Jornalistas, Técnicos e Senhores Vereadores, Membros da Câmara

Municipal, pedia para assumirem os vossos lugares para começarmos a nossa

Reunião. ----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Senhores Deputados, eu tenho uma questão já no princípio e que os queria

colocar e que é muito simples, nós temos uma agenda bastante extensa hoje, é a

última Reunião da Assembleia Municipal antes de férias. -----------------------------------

----- A Proposta da Mesa é que se porventura ao chegarmos às 20h 30m e ainda falta

alguma coisa, a Mesa vai pedir um prolongamento até acabarmos hoje, para não

termos que estar a fazer uma nova Reunião da Assembleia Municipal já nesta altura,

que já temos alguma dificuldade de organização dessa Reunião, portanto, eu pedi para

o bar estar aberto, para se algum alguém precisar de reforçar a sua resistência para

uma sessão que poderá ser longa, mas penso que será melhor para todos e, portanto,

pedia a vossa compreensão, pedia também a compreensão ali da nossa tradutora

gestual, a quem é exigido um esforço maior, porque tem que estar ali a fazer

interpretação gestual disto tudo e, portanto, vamos fazer isto com a nossa melhor boa

vontade para que os trabalhos corram bem. -----------------------------------------------------

----- Tenho aqui duas questões prévias que vos queria colocar, uma delas, há uma

Recomendação do Senhor Deputado Independente Rui Costa, que eu mandei

distribuir pelos Senhores Representantes, mas que não agendei porque veio já fora de

prazo, e tenho que perguntar se poderemos aceitar ou não. ----------------------------------

----- Trata-se de a Assembleia decidir sobre a não atribuição da Chave de Honra da

Cidade a Donald Trump, no pressuposto de que poderá haver uma visita de Donald

Trunp, uma visita oficial de Donald Trump, dos Estados Unidos da América, neste

período de verão. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Entretanto a informação que temos é que não há visita do Presidente dos Estados

Unidos a Portugal tão cedo e, portanto, não havendo visita, eu convidava o Senhor

Deputado Rui Costa a manter esta Proposta pendente, porque neste momento, não há

não está a visita prevista, a Proposta faz sentido de ser discutida, mas teríamos que ter

a confirmação da visita. No período em que estamos fechados a visita não vai

acontecer e, portanto, se não vissem inconvenientes a Proposta ficaria pendente,

entrará imediatamente em ação caso haja notícia de que há uma visita a cidade de

Lisboa do Senhor Presidente dos Estados Unidos. ---------------------------------------------

----- O Senhor Deputado proponente está de acordo? Muito bem, então é isso que

faremos. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Temos uma outra questão que foi apresentada pelo Partido Socialista um Voto de

Saudação para um ponto que está na Ordem de Trabalhos, julgo que é o ponto

décimo, que tem a ver com o aniversário da Polícia de Segurança Pública. ---------------

----- O nosso Regimento prevê que se possam apresentar Propostas sobre coisas que

estejam agendadas, mas não especificamente sobre votos e, portanto, eu penso que

não há problema nenhum em haver uma outra versão sobre o mesmo assunto, numa

interpretação naturalmente extensiva do Regimento, mas tenho que pôr isto à vossa

consideração, portanto, penso que sim Senhora, trata-se do aniversário da Polícia de

Segurança Pública, não há dúvida nenhuma que é o mesmo assunto do outro voto que

já cá está agendado, mandei distribuí-lo. Pergunto se alguém se opõe a que se admita

este voto do PS? -------------------------------------------------------------------------------------

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----- Se ninguém se opõe o Voto é admitido pela Mesa e quando chegarmos à altura

apreciaremos os dois do Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves e do Partido

Socialista. --------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ---------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, neste caso temos então aqui o Público. ------------------------------------

----- Queria dizer aos Senhores Deputados que fui alertada por vários Senhores

Deputados para a necessidade de fazer algumas diligências adicionais relativamente

ao caso de um cidadão que tem estado aqui várias vezes, o Senhor José António

Marin, ele hoje não está, mas só para vosso conhecimento, não vou entrar em grandes

pormenores, mas de facto fizemos algumas diligências adicionais e temos mantido o

contato com o Senhor José António Marin para ver se conseguimos chegar a bom

porto no problema dele, e uma vez que ele nas últimas Sessões, como estão todos

recordados, se apresentou numa situação muito ansiosa, muito desesperada, e

entendemos que devíamos fazer algo mais do que cartas para cá e para lá, algo mais

do que uma intervenção epistolar, e está a ser feito. -------------------------------------------

----- Apenas para vos dizer que o meu gabinete tem estado a acompanhar e estamos a

fazer essas diligências, as que estão previstas na Lei, as que estão previstas nos

procedimentos nestes casos, para ver o que é que conseguimos fazer, portanto,

também queria dar-vos essa informação. --------------------------------------------------------

----- Posto isso, temos um Senhor inscrito, também tenho resposta para si, para o

Senhor Domingos, mas vamos primeiro ouvi-lo. O Senhor Domingos já cá esteve no

ano passado e faça o favor de usar da palavra. Trata-se de uma reclamação de obras,

falta de obras, aliás, na Estrada Militar, num arrendamento, o Senhor Domingos é

inquilino e, portanto, queixa-se do estado em que está a habitação. ------------------------

----- Faça o favor Senhor Domingos Amoná.” -------------------------------------------------

----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

-----“Boa tarde Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal de

Lisboa, Excelentíssimos Senhores Deputados, Minhas Senhoras e meus Senhores. -----

----- O assunto é obras de conservação da fração autónoma, sito na Estrada Militar

Lote FAT, 2º. Direito, Quinta da Torrinha, Lisboa, Processo nº. 6128/doc/2016. --------

----- Lamento importunar a digna Assembleia Municipal, a que Vossa Excelência tão

brilhantemente preside, mas razões ligadas à necessidade de preservar a minha

saúde e da minha mulher, já debilitadas, a isso me obrigam. -------------------------------

----- Na sequência da exposição por mim feita na sessão da Assembleia Municipal,

realizada no dia 24 de Abril de 2018, (doc.1), recebi o ofício de Vossa Excelência

com a referência nº. OF 1109/AML/18, de 2018-10-02 (doc.2),acompanhado de cópia

de ofício com a referência nº. OF/566/GVMS/CML/18, de 23-08-2018, assinado pelo

Senhor Vereador Manuel Salgado (doc.3) bem como de cópia da Informação nº.

38574/INF/UITN/GESTURBE/2018 da Unidade de Intervenção Territorial Norte

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(doc.4), e da Notificação nº. 37797/NOT/UITN/GESTURBE/2018 dirigido ao

“Ocupante de 2º. Dtº., Estrada Militar, Letras FAT, 1750-308 Lisboa”. ------------------

----- Desse conjunto de documentos resulta que na sequência da vistoria feita à

fração autónoma em causa a 24 de outubro de 2018 o proprietário do imóvel foi

intimado a realizar as obras necessárias para por termo às situações de

insalubridade e insegurança detetadas na referida vistoria. ---------------------------------

----- Tendo em consideração o tempo decorrido desde então, sem que me tenha sido

comunicado o estado do processo de intimação, solicito os bons ofícios de Vossa

Excelência no sentido de o problema ser resolvido o mais urgentemente possível.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Domingos pela sua vinda aqui, já deu conhecimento à

Assembleia das diligências que a Câmara fez, estas coisas são lentas, o Senhor

Domingos já está há muito tempo à espera, portanto, a sua pretensão é perfeitamente

justa. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu só lhe queria perguntar se pode deixar uma cópia desse documento que leu

para nós aqui na Mesa." ----------------------------------------------------------------------------

----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

-----“Sim, e queria acrescentar mais um assunto, em que o Senhorio disse que não

fazia obras, diz que não vai fazer obras e para nós irmos embora porque ele não vai

fazer obras. Nesta casa, já estamos aí nessa fração já vai fazer tinta e cinco anos a

residir nessa fração.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Domingos, já aqui temos dois problemas. --------------------------------------

----- Relativamente ao proprietário dizer que não vai fazer obras para os Senhores

saírem, ele não tem competências para dizer isso, a única entidade que pode pôr os

Senhores fora é o Tribunal, portanto, aí os Senhores estão tranquilos, pagam as vossas

rendas! Mantenham o pagamento das rendas, se ele não aceitar as rendas depositam-

nas e mantêm-se com as rendas em dia. ---------------------------------------------------------

----- O segundo ponto, e esse é um bocadinho mais complexo, como a obra faz parte

de um Bairro, que é um Bairro de génese ilegal e não está licenciada a casa, em si, não

é a intimação, a casa em si, isto tem que ser acompanhado pela Divisão da Câmara

que está a tentar fazer a legalização da zona e, portanto, vou pedir a esta Divisão para

acompanhar diretamente este caso, que é um caso particular, uma vez que a casa não

tem licença de utilização, mas a Lei neste momento, a Lei do Arrendamento protege

os inquilinos quando os Senhorios não fazem as obras, portanto, o Senhor não aceita

ordens, muito menos ordens verbais! O Senhorio se lhe mandar alguma notificação

por escrito o Senhor Domingos não faz nada sem se aconselhar juridicamente, com

uma pessoa de sua confiança, de como é que há de responder, que é para não ser

pressionado! -----------------------------------------------------------------------------------------

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----- Mais, se houver pressões do Senhorio a Lei neste momento também o protege a

si e o Senhor até pode fazer uma participação de pressões que o Senhorio esteja a

fazer indevidamente, portanto, há aqui matéria para defender os seus direitos, tem que

manter-se atento, como tem estado, e se precisar de apoio jurídico, de pedir

naturalmente aos serviços da Câmara se o podem encaminhar para apoio jurídico, se

houver pressões do Senhorio em relação ao seu caso. -----------------------------------------

----- Quanto às obras vamos continuar a fazer pressão nós do nosso lado, certo? ---------

----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

-----“Está bem, sim Senhora.” ---------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Domingos.” ------------------------------------------------------

------------------------- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, terminámos a intervenção do Público hoje, eu queria só

pedir que vejam se é preciso fazer fotocópia da intervenção do Senhor Domingos.

Muito bem, então sendo assim, vamos entrar então agora na parte da nossa Ordem de

Trabalhos, nós temos aqui um Voto de Pesar da Isabel Wolmar. ----------------------------

----- A Senhora Secretária Patrocínia faz favor de ler o Voto de Pesar.” -------------------

----- “VOTO DE PESAR n.º 81/03 (PPM) – (Subscrito pelos Grupos Municipais

do PPM, PSD, CDS-PP e Presidente da Assembleia) VOTO DE PESAR “Isabel

Wolmar; --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Primeira Secretária em Exercício, Patrocínia Vale César,

procedeu à leitura do Voto de Pesar n.º 81/03 (PPM): --------------------------------------

-----“VOTO DE PESAR ISABEL WOLMAR. ----------------------------------------------------

----- Maria Isabel Marques Silva, conhecida do grande público como Isabel Wolmar,

nasceu em Lisboa a 21 de Março de 1933, no seio de uma família ligada às artes e ao

espectáculo. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Estreou-se aos 7 anos de idade nas emissões infantis do Rádio Clube Português

e aos 10 anos passou para a Emissora Nacional, onde fez emissões infantis

e participou em teatro radiofónico. --------------------------------------------------------------

----- Antes de se estrear na televisão, onde seria a segunda locutora, aos 25 anos, terá

feito uma passagem pelo teatro, onde foi dirigida por nomes como Carlos Avillez ou

Varela Silva. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Mulher multifacetada, produziu e realizou vários programas: foi directora de

produção, foi apresentadora do primeiro talk-show “A minha vida dava um filme”,

colaborou no Jornal de Notícias e em várias revistas, sendo uma das primeiras

mulheres a ter posições de destaque no mundo novo da televisão e da mídia. Dedicou-

se também à música, à poesia e à literatura infantil. ------------------------------------------

----- Para além de todo este contributo social e cultural, Isabel Wolmar era também

uma mulher de causas. Desde cedo que se interessou pela política tendo,

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inclusivamente, estado temporariamente sob o olhar perscrutador da PIDE, com

apenas 22 anos, ao solicitar um passaporte para ir ao casamento de uma prima a

Casablanca, em Marrocos. ------------------------------------------------------------------------

----- Em plena primavera marcelista (1969) recusou-se a apoiar a Acção Nacional

Popular (antiga União Nacional); pelo contrário, o seu apoio foi dado, notoriamente,

à Convergência Monárquica. Graças a este posicionamento político e ideológico

admitiu publicamente ter tido algumas dificuldades, ainda durante o Estado Novo e

mais tarde com o 25 de Abril e o PREC, tanto ao nível pessoal como profissional. -----

----- Correu o risco de ser despedida da RTP por ter apoiado a Convergência

Monárquica e só não o foi devido a nomes influentes, como os repórteres

condecorados Neves da Costa e Serra Fernandes, como também o Sr. Almirante

Américo Tomás, Presidente da República à época. -------------------------------------------

----- Após o 25 de Abril, manteve-se fiel à causa monárquica por pura convicção,

tendo militado activamente no PPM, a par com a vida pessoal e profissional, -----------

----- Permitimo-nos parafrasear Júlio Isidro, com quem trabalhou tantos anos, “O

fim chegou, apesar de tudo um final feliz, para quem viveu tanto e fez tanto na vida."

Tinha 86 anos. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- É por todas estas razões que o Grupo Municipal do PPM-Partido Popular

Monárquico propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em sessão

plenária no dia 23 de Julho de 2019, manifeste o seu mais profundo pesar, guardando

um minuto de silêncio e dando disso conhecimento à família. ------------------------------

----- Pelo Grupo Municipal do PPM a Senhora Deputada Aline Beuvink.” ---------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, eu associo-me, naturalmente, a este Voto de Pesar, o CDS

também se associa e a Senhora Deputada Virgínia Estorninho também, o PSD

também se associa.----------------------------------------------------------------------------------

----- Muito bem, Senhores Deputados, vamos pôr o Voto à votação.” ----------------------

----- Voto de Pesar nº. 81/03 (PPM), não tem votos contra, não tem abstenções,

votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do

Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa. O Voto de Pesar nº. 81/03 (PPM) foi

aprovado por unanimidade. --------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de um (a) Deputado (a) Municipal da Sala de Plenário.) -------------------

----- (Neste momento fez-se um minuto de silêncio pelo Voto de Pesar de Isabel

Wolmar.) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhores Deputados vamos prosseguir então com a nossa Ordem de

Trabalhos. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Nós temos aqui duas Atas, tenho uma chamada de atenção do Senhor Deputado

Rodrigo Mello Gonçalves relativamente à ausência de referência ao seu voto em

algumas votações, ou ausência de sala, na Ata. Essa sua chamada de atenção já foi

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9

passada aos Serviços e está a ser incorporado nestas Atas aquilo que pediu. Portanto,

penso que está ultrapassada a questão que levantou, não vale a pena estarmos a

discutir isso aqui todos em Plenário, apenas fazer chegar aos Serviços e garantir que

está a ser feito, e isso já está a ser feito, portanto, sendo assim pergunto se podemos

pôr à vossa votação? --------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Rui Costa? Também é a mesma questão, a doutora Rita

Viegas já me disse que estavam a fazer esta verificação, porque isto foi na altura de

transição em que não estavam ainda instrumentalizado o sistema ainda de mandarem

aquela listazinha com os votos, portanto, vai ser com esta correção de ficar

mencionado na Ata in extenso as vossas votações. --------------------------------------------

----- APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DAS ATAS Nº. 59, DE 14 DE MARÇO

DE 2019, E DA ATA Nº. 60, DE 19 DE MARÇO DE 2019; ------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Nós vamos de a pôr à votação, as Atas 59 e 60, alguém se quer inscrever? Se

não querem temos que pôr à votação. ------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Rui Costa quer-se inscrever sobre qual delas? Senhor

Deputado, se é para dizer isto que eu já disse é desnecessário. É para dizer, então se

há correções a fazer adia-se a votação das Atas e ficam para setembro, não vamos

discutir agora aqui atas. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado tem o direito de fazer as correções que atender e as Atas

virão aqui depois de corrigidas.” -----------------------------------------------------------------

----- (Adiadas as votações das Atas 59 e 60.) -------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados vamos passar ao Ponto 2, a votação final da Proposta

85/CM/2019.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 2 - PROPOSTA Nº. 85/CM/2019 - APRECIAÇÃO PARA

VOTAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 85/CM/2019 - PROJETO DE VERSÃO

FINAL DA ALTERAÇÃO SIMPLIFICADA DO PLANO DIRETOR

MUNICIPAL DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO

DISPOSTO NO N.º 7 DO ARTIGO 123.º DECRETO-LEI N.º 80/2015, DE 14 DE

MAIO E NA ALÍNEA B) DO N.º 1 DO ART.º 70º DO REGIMENTO (APROVADA

NA GENERALIDADE EM PLENÁRIO DE 14 DE MARÇO, BAIXOU À 3ª CP

PARA ANÁLISE NA ESPECIALIDADE); --------------------------------------------------- ----- Parecer da 3ª Comissão Permanente -------------------------------------------------------

----- Recomendação 081/01 (3ª CP) ------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 85/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo I e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 3ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo II e

dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação 81/01 (3º. CP) fica anexada a esta Ata como Anexo III e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Peço à Senhora Primeira Secretária para assumir a direção dos trabalhos, uma

vez que me quero inscrever neste ponto.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Pergunto à Câmara Municipal se quer apresentar a Proposta?” ----------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra,

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde a todos. ----------------------------------------------------------------------------

----- Penso que não será necessário Senhora Presidente em Exercício, dado que esta

matéria foi objeto de ampla discussão e preconizada discussão em Sede de Comissão,

mas estou completamente disponível para responder a todas as questões,

nomeadamente até através do Vereador Manuel Salgado. Obrigado.” ---------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------

----- Pergunto ao Relator, o Senhor Deputado Fernando Ribeiro Rosa se quer fazer a

presentação. Não o vejo na sala. ------------------------------------------------------------------

----- Tem a palavra então a Senhora Presidente/Senhora Deputada Municipal Helena

Roseta.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhoras Deputadas, Senhores Deputados. ---------------------------------

----- Eu estive a ver com cuidado este processo e que se passa é o seguinte: é uma

alteração simplificada do PDM que tem a ver com um terreno, os terrenos que

pertenciam e que pertence e que pertencem ao Ministério da Defesa Nacional, na

Avenida Infante Santo, em frente ao antigo Hospital Militar da Estrela, e pegados com

a cerca do Convento da Estrela. ------------------------------------------------------------------

----- Estive a ver o processo com cuidado, o que a Câmara pede é ao abrigo da Lei,

uma alteração simplificada, que eu julgo que quando há uma desafetação do domínio

público do Estado para o domínio privado do Estado, a Câmara é obrigada a fazer

com prazos e tudo, portanto, o que nós temos aqui é uma decisão do Governo que,

aliás vem do Governo anterior, um despacho do Governo anterior, que fez uma lista

de prédios para desafetar do domínio público e passar para o domínio privado, lista

essa de prédios que deveriam ser para rentabilização, é o que está no despacho,

rentabilização essa que exige naturalmente uma verificação da sua utilização em

termos de PDM. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Acontece que aquilo que a Câmara nos propõe, uma vez que aquilo foi

desafetado do uso militar, e que está prevista a sua rentabilização, no âmbito da Lei da

Programação Militar que a Câmara propõe, portanto, que aquilo tenha o uso das

parcelas confinantes, há usos diferenciados, a CCDR levantou questões, mas isso

foram esclarecidas, e portanto, o uso previsto é o que efetivamente a Câmara propõe e

DRAFT

11

eu penso que nestas condições não há razão nenhuma para não se aprovar esta

alteração simplificada. -----------------------------------------------------------------------------

----- Poder-se-á dizer, mas nós não concordamos, com que o Estado esteja a alienar

património seu, pois isso podemos não concordar, mas isso não é esta Proposta da

Câmara, isso foi o Despacho do Governo que o fez e, portanto, podemos até fazer

uma Moção contra isso, mas em termos de Proposta da Câmara, a Câmara não está a

cumprir a Lei, o Artigo 123 do Regime Jurídico dos Instrumento de Gestão

Territorial, penso que não tem problemas. ------------------------------------------------------

----- Eu verifiquei na análise da discussão que isto teve aqui na generalidade, que

foram suscitadas dúvidas sobre se aquilo abrangia ou não abrangia o Instituto

Geográfico Cadastral e depois, o Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Estrela

falou no Instituto Hidrográfico, que é na Rua das Trinas, uma grande confusão, não

abrange nem um e nem o outro. ------------------------------------------------------------------

----- Os prédios abrangidos são dois prédios que são mesmo paralelos à Infante santo

e mais um atravessado cá atrás, e que são exteriores à cerca, do Convento da Estrela,

portanto, isto era para clarificar estes pontos. --------------------------------------------------

----- Há uma Recomendação da 3ª Comissão no sentido de uma vez que a decisão do

anterior Governo, e que este Governo confirmou, de rentabilização é através de hasta

pública, que a Câmara comparecesse nesta hasta pública. ------------------------------------

----- Devo dizer que não vou votar esta Recomendação, porque acho que é excessivo,

a Câmara Municipal estar a concorrer numa hasta pública do Ministério da Defesa,

sinceramente acho que é excessivo, quanto muito poderíamos sugerir à Câmara que

dissesse ao Governo que em vez de pôr aquilo em hasta pública pudesse no Fundo

Nacional de Reabilitação do Edificado, que é a ferramenta que o Governo próprio

criou para colocar edificado público em uso habitacional, com rentabilidade, ainda por

cima, obrigatória de 4%, não o escrevi desta forma, porque não sei se a Câmara está

disponível para isso, mas era isto. ----------------------------------------------------------------

---- Já terminei o meu tempo, mas era isto que eu vos queria dizer, ir-me-ei abster na

vossa Recomendação, embora ache que ela seja bem-intencionada, penso que há

outros caminhos e não queria deixar de dizer, pelo menos aqui, oralmente, que a

Câmara talvez pudesse fazer diligências para pedir ao Governo que, em vez de fazer

uma hasta pública, colocasse estes edifício ou este terreno, no fundo Nacional de

Reabilitação do Edificado. Muito obrigada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhor Vice-Presidente da

Câmara, Senhor Vereador Manuel Salgado, Senhoras e Senhores Vereadores,

Senhoras e Senhores Deputados Municipais. --------------------------------------------------

----- Eu julgo que não convém lançarmos confusões sobre este processo, o que vale o

que para os edifícios do PUALZE, a serem desclassificados como equipamentos, vale

DRAFT

12

igualmente para estes prédios. A questão da desafetação do domínio público para o

domínio privado do Estado nada tem que ver com a alteração de usos no instrumento

jurídico de ordenamento territorial, portanto, a posição que hoje esta Assembleia

Municipal aqui toma não é vinculada a uma posição do Governo, nem deste nem de

outro, é uma decisão de oportunidade e mérito sobre a utilização de um espaço

urbano. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- E com isto vou lembrar a importância estratégica daquele espaço e lembrar a

perda de poder negocial da Câmara Municipal de Lisboa, pasme-se, atirada para uma

hasta pública por sugestão desta Assembleia Municipal, na determinação do futuro

daquele imóvel, temos autonomia Municipal, podemos decidir não alterar o uso

daquele solo e é isso que se espera que se faça, até que se encontre uma solução para o

Município adquirir aquele terreno, portanto, naturalmente e sem qualquer tipo de

falácia o voto em relação a esta Proposta só pode ser negativo. Muito obrigado.” -------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Teixeira, do Partido Socialista,

prescinde? --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” ------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente em Exercício, Senhora Secretária, Senhoras

Deputadas, Senhores Deputados, Caro Público. -----------------------------------------------

----- Retomamos aqui a Proposta de alteração simplificada do Plano Diretor Municipal

de Lisboa relativamente à desafetação do domínio público militar e a integração no

domínio público privado do Estado do imóvel da cerca do Convento da Estrela, ala

sul, na Avenida Infante Santo. --------------------------------------------------------------------

----- O PCP sempre se tem posicionado contra a venda de património que é de todos!

Há uns meses atrás tivemos oportunidade de afirmar aqui que, para além da questão

óbvia de mais uma venda e desafetação de uso com a qual discordamos, seria

importante na nova construção impedir a ocupação de toda a parcela, libertando a área

colada ao edifício do antigo Instituto Geográfico Cadastral, e deixando ali um espaço

verde de utilização pública. -----------------------------------------------------------------------

----- Faço aqui um parêntese só para esclarecer que a dúvida com o Instituto

Hidrográfico foi levantada por mim que, por lapso, troquei o nome dos institutos

nesse debate, de qualquer forma não tem a ver com o espaço do Instituto, mas com a

área ao lado desse edifício do antigo Instituto Geográfico Cadastral, defendemos um

planeamento orientado para o direito à Cidade, que salvaguarde os usos do território e

de património, e não para os interesses privados, ou do mercado, desregulação e

desordenamento que permitem a utilização do solo para gerar mais e mais lucros. ------

DRAFT

13

----- A Recomendação da 1ª Comissão é do nosso ponto de vista interessante no

sentido de procurar que a Câmara tome uma posição que impeça que ali cresça mais

um investimento imobiliário de monta, com um enormíssimo lucro para os seus

promotores, mas que nada trazia aos lisboetas e de resposta às necessidades da cidade.

----- Ao recomendar que a Câmara adquira o imóvel na referida parcela a desafetar

para fins de habitação, ao abrigo do PACA e do PRA abre-se uma oportunidade, se a

Câmara o fizer pode efetivamente usar o território para ir ao encontro das

necessidades prementes da cidade, naturalmente que temos em conta que a

Recomendação prevê um “também”, permitindo que o imóvel venha a ter outros usos

e destinatários, que não apenas as famílias que precisam e procuram uma casa para

morar em Lisboa, e isso é preocupante. ---------------------------------------------------------

----- Ao mesmo tempo, a possibilidade do espaço verde para utilização pública não

ficou salvaguardado, pesando todas estas questões iremos abster-nos na votação da

Recomendação da 1ª Comissão. ------------------------------------------------------------------

----- O PDM da cidade é, no nosso entender, um instrumento de planeamento e gestão

do território que deve proteger o interesse público, o progresso social e as populações

de forma clara e transparente, salvaguardando os usos do território e o equilíbrio entre

as suas diferentes funções, esta alteração simplificada ao PDM não vai ao encontro

destes objetivos, pelo que iremos votar contra. Obrigada.” ----------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS-PP.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhora Secretária, Caros

Vereadores, Caros Deputados, Caro Público. ---------------------------------------------------

----- De forma muito sucinta dar nota daquilo que é a posição do CDS sobre esta

matéria, há bocado a Senhora Deputada Helena Roseta falava sobre aquilo que é o

Despacho de 2018, do Gabinete dos Secretários de Estado, e o que eles dizem tão

somente é que, e vêm propor, a desafetação do domínio público militar e a integração

no domínio privado do Estado, afeto ao Ministério da Defesa Nacional, do imóvel em

causa, portanto, do Hospital Militar da Estrela e autorizar, obviamente, a alienação do

imóvel mediante hasta pública, pelo valor que vier a ser homologado pela Direção-

geral do Tesouro e das Finanças e, portanto, o que se vê na Proposta da Câmara é que

a Câmara vai além daquilo que é o pedido do Ministério da Defesa e do Tesouro e,

portanto, propõe uma alteração do uso e, portanto, para um espaço consolidado de uso

especial de equipamentos para espaço consolidado central e residencial e, portanto,

como digo, não é isto que os dois Ministérios vêm pedir à Câmara Municipal de

Lisboa, é basicamente que se desafete de equipamento militar para equipamento, e

portanto, era importante perceber porque é que a Câmara quis apresentar uma

DRAFT

14

Proposta em que qualifica como espaço central e residencial, algo que não é um

pedido do Governo. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Depois também dizer que não houve uma avaliação, no nosso entender, não

houve uma avaliação daquilo que é a necessidade de equipamentos nesta zona da

cidade, ela não existe os documentos anexos à Proposta, essa avaliação não é feita,

tivemos oportunidade de questionar o Senhor Vereador e os Dirigentes Municipais em

sede de Comissão, mas a verdade é que não há uma explicação clara, nomeadamente

no processo, sobre a necessidade ou não de ali ter equipamentos, e a verdade é que o

que nos pedem, e volto a referir, a frisar, aquilo que nos pede o Estado é que

desafetemos apenas de equipamento militar, para equipamento e, portanto, mais uma

razão para que a Câmara nos explicasse o porquê de querer mudar para espaço

residencial e central e não manter a totalidade, ou parte dela, para um equipamento,

portanto, falta-nos saber essa necessidade, e pedia ao Senhor Vereador Manuel

Salgado que nos explicasse. -----------------------------------------------------------------------

----- E depois indo ao encontro daquilo que foi a Recomendação, emanada da

Comissão, e aprovada, importa também dizer que embora pareça que haja uma

vontade, de afetar parte deste terreno para um programa de habitação a custos

moderados, a uma renda acessível, a verdade é que ele não vem na Proposta e,

portanto, não passa de uma mera vontade, que não é efetiva e achamos que esta

poderá ser uma oportunidade perdida em duas perspetivas, por um lado perceber se

existe ou não uma necessidade de criar e afetar esta parte da cidade, e esta e este

terreno em particular, este lote, ao Programa de Renda Acessível e, por outro lado,

perceber se há a carência de equipamentos nesta zona, que em si já é consolidada e,

portanto, seria uma oportunidade. ----------------------------------------------------------------

----- Nessa medida a Câmara deveria então junto do Governo manifestar essa vontade,

para que se pudesse estudar, pelo menos, avaliar a possibilidade de alterar aquilo que

é a Proposta e o Despacho que foi emitido por estes dois Ministérios. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra Senhora Deputada Helena Roseta, para um pedido de

esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra fez o

seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------

----- “Peço desculpa, um pedido de esclarecimento ao Senhor Deputado Diogo Moura.

----- Eu ouvi com atenção o que disse, e é verdade o que disse sobre o Despacho, mas

o Senhor Deputado tem que ler o Despacho e tem que ler o que diz a Lei. O que diz a

Lei, no Artigo 123 do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, é que

“estão sujeitas a regime procedimental simplificado as alterações aos Planos

Intermunicipais e Municipais que resultem da necessidade da definição de uso do

solo, determinada pela cessação de servidões administrativas e restrições de utilidade

pública, ou pela desafetação de bens imóveis do domínio público”, que é o caso. -------

DRAFT

15

----- Houve uma desafetação do bem imóvel que determina a necessidade de fazer

uma alteração de uso, é a minha interpretação da Lei, se o Senhor Deputado Rui Costa

há pouco pôs em causa que esta necessidade de alteração de uso exista. -------------------

----- Eu pergunto se o Governo pode fazer ir fazer uma hasta pública de um terreno

que está classificado como equipamento militar no PDM, há aqui qualquer coisa que

não está a bater certo, portanto, a competência para alterar o uso, é de facto da Câmara

Municipal, ao abrigo deste Artigo a CCDR diz que “pode ser feita e deve ser feita”, os

Senhores Deputados votarão como entenderem. A minha pergunta é se o Senhor

Deputado pensa que esta leitura que pode ser feita?” -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Luís Newton pediu a palavra, para? Para defesa da honra.” --

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra para

defesa da honra: -------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, na intervenção ainda há bocado da Senhora Deputada

Municipal Helena Roseta, que muito estimo e que muito tenho, obviamente em

consideração, resolveu dizer que, em determinado momento, que eu teria feito alguma

confusão relativamente a um equipamento situado dentro da minha Freguesia. ----------

----- Senhora Presidente/Deputada deixar muito claro duas coisas, primeiro a

discussão que houve relativamente à confusão entre aquilo que é a Proposta e aquilo

que o PCP em determinado momento esteve aqui a defender, é que o PCP que

introduziu a discussão à volta do Instituto Hidrográfico. -------------------------------------

----- O Instituto Hidrográfico, e foi dito aqui na altura, e há registo disso, o Instituto

Hidrográfico não se situa, não se situa onde se situa este equipamento, e foi isso que

eu na altura disse e, na altura foi reconhecido pelo próprio Partido Comunista

Português que não se estavam, de facto, a referir ao Instituto Hidrográfico, portanto,

deixar bem claro que não há aqui qualquer “pés pelas mãos e mãos pelos pés”, e não

acho até que seja adequado voltarmos a esse tema que já tinha sido sanado numa

sessão anterior.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Deputado. Eu penso que não deixou margem para dúvidas e

que está tudo esclarecido. --------------------------------------------------------------------------

----- Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, peço desculpa Senhor Deputado

Diogo Moura, mas o Senhor Deputado Rui Costa pede a palavra, para? Faz favor,

Senhor Deputado.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez o

seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhor Deputado Diogo

Moura, escutei com atenção e bastante interesse, e algum agrado a intervenção que

fez, no entanto, gostava que me clarificasse relativamente ao seguinte: entende o

Senhor Deputado, que a questão da afetação, nos termos do PDM, do terreno a um

determinado uso é obrigatória, em função da sua desclassificação como domínio

DRAFT

16

público? É que ouvimos aqui, e em termos muito pertinentes, que é prevista a

alteração simplificada dos instrumentos de gestão territorial quando, quando, se opera

uma alteração domínio, mas já não ouvimos que é obrigatória a alteração do PDM

para esse efeito. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, eu pergunto ao Senhor Deputado Diogo Moura, o Senhor Deputado

Diogo Moura entende que tal é obrigatório? ----------------------------------------------------

----- E em segundo lugar, não sendo obrigatório, não entende o Senhor Deputado

Diogo Moura que seria muito mais interessante para uma vinculação futura de uso, no

interesse do Município, não proceder a esta alteração dos do PDM? Muito obrigado

Senhor Deputado.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------

----- Passo então a palavra ao Senhor Deputado Diogo Moura para responder a todas

as questões que lhe foram postas.” ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra deu

os seguintes esclarecimentos: ---------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício. -------------------------------------

----- Respondendo à Senhora Deputada Helena Roseta e ao Deputado Rui Costa e, em

primeiro lugar esclarecer a Senhora Deputada Helena Roseta daquilo que eu disse, o

que o Despacho dos Gabinete dos Secretários de Estado Estado do Tesouro e da

Defesa Nacional pedem à Câmara Municipal de Lisboa, ou melhor, deliberaram foi a

desafetação do domínio público militar e integrado no domínio privado do Estado,

afeto ao Ministério do imóvel em causa e, portanto, o que pedem à Câmara é fazer

essa desafetação, o que a Câmara faz é uma desafetação e uma nova qualificação do

uso especial de equipamentos, para espaço consolidado, central e residencial. -----------

----- O que eu gostaria saber, e é a pergunta que eu coloco à Câmara, é se esta

definição do novo uso, enquanto espaço consolidado central e residencial foi falado

com o Ministério? Porque o Ministério apenas pede é que se tire de equipamento

militar, não diz que deve ser retirado de equipamento, concordando ou não com essa

designação e com essa proposta por parte de dos Gabinetes, e portanto, perceber qual

é a fundamentação? Se partiu da Câmara, com a nova qualificação do solo, ao abrigo

do PDM, ou se houve algum pedido, por parte destas duas Secretarias do Estado que

aqui não vem e, portanto, o que a Câmara neste momento está a fazer com esta

proposta é e apresentarmos uma alteração do uso, e uma afetação para uso residencial,

que não é aquilo que diretamente, e de forma concreta e objetiva, pede o Ministério, a

secretaria de Estado da Defesa Nacional e do Tesouro e Finanças. -------------------------

----- E depois, a questão que nós colocámos, e respondendo ao Deputado Rui Costa, é,

e não sou eu que tenho que responder, é a Câmara Municipal que deve responder, se

por um lado e seguindo aquilo que é a Recomendação da Comissão, se foi aferida a

possibilidade e a viabilidade, já percebemos que não, mas foi aferida a possibilidade

de haver um programa de habitação a custos controlados, ou renda acessível, para este

edifício e se faz sentido que a Câmara Municipal tome a iniciativa junto destes dois

DRAFT

17

Ministérios, nomeadamente através destas Secretarias de Estado para afetar este lote

para um programa de habitação a custos moderados, e que o e que possa vir a ter um

equipamento, porque a verdade é que nós não ficámos satisfeitos com a resposta que

foi dada em sede de Comissão, em particular pelos Dirigentes Municipais que

acompanhavam o Vereador Manuel Salgado, sobre a necessidade ou a carência de

equipamentos nesta zona, e essa era uma resposta que nós queríamos! --------------------

----- Voltando ao princípio, essa necessidade ou não, da inexistência dela, de

equipamentos naquela zona, vai ao encontro daquilo que é o pedido destas duas

Secretarias de Estado, que é desafetação de equipamento militar para equipamento,

volto a relembrar que não há nenhum pedido para alteração para uso central e

residencial, como a Câmara nos propõe.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Passo a palavra à Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Senhor Vereador

Manuel Salgado.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde, muito obrigado Senhores Deputados.----------------------------------------

----- Em primeiro acho que é importante esclarecer o seguinte, esta Proposta e esta

alteração incide, e para que todos se situem bem, sobre parte de umas antigas

instalações do Hospital Militar da Estrela, que é exatamente, são os edifícios que

ficam do lado Sul/Nascente da Avenida Infante Santo. ---------------------------------------

----- Do lado oposto, as antigas instalações do hospital estão neste momento a ser

utilizadas pela Santa Casa da Misericórdia, onde fez uma residência de cuidados

continuados, não sei se foi vendido, se foi cedido, desconheço qual é a forma como

foi decidida, mas manteve o uso de equipamento. ---------------------------------------------

----- O segundo ponto, não vale a pena desenvolver muito, porque a Senhora

Presidente já o referiu, o Artigo 123, no número 1 do RGIT, estabelece que as

Câmaras Municipais são obrigadas, no prazo de 60 dias a partir de um despacho

conjunto da entidade com tutela sobre o imóvel, a proceder à definição dos seus usos

e edificabilidade, tendo em conta aquilo que se passa na envolvente imediata. ----------

----- E o que se sucede é que o despacho conjunto disse expressamente, portanto,

despacho conjunto do Secretário de Estado do Tesouro e da Defesa Nacional, disse

expressamente que o objetivo é autorizar a alienação do imóvel, mediante hasta

pública, pelo valor que vier a ser homologado pela Direção-geral do Tesouro e

Finanças, e diz mais à frente que o imóvel permanece afeto ao Ministério da Defesa

Nacional, enquanto não for objeto de rentabilização e respetiva entrega material.

Portanto, ficou claro do despacho, qual é o objetivo que o Governo tem relativamente

à cessação das servidões, que é aquilo que se passou, e à desafetação dos imóveis

públicos, ou da utilidade pública do Estado, para poderem ser colocados em hasta

pública. -----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Devo dizer, aliás, que não é a primeira vez que esta Assembleia vota e decide

sobre casos análogos a estes, esta é a quarta alteração simplificada por este mesmo

motivo, a primeira foi a Quinta da Alfarrobeira, que permitiu instalar a sede da Junta

de Freguesia de São Domingos de Benfica. A segunda foi o Hospital da Marinha, a

terceira foram os edifícios em Monsanto, que foram desafetados do uso militar, e que

ficaram integrados no espaço verde, portanto, sem qualquer possibilidade de outro

uso, e esta é a quarta alteração. -------------------------------------------------------------------

----- Devo dizer também que a Direção-geral do Tesouro e Finanças, que é no fundo

quem promove a valorização deste património, teve variadíssimas reuniões com os

Serviços Municipais e foi feita uma proposta volumétrica em que prevê que a frente

para a Avenida Infante Santo fique um espaço verde, com estacionamento no subsolo,

um estacionamento de uso público, que terá que ser cedido ao Município, é aberto o

nosso arruamento que permite a ligação da Rua de Buenos Aires, cá abaixo à Avenida

Infante Santo, e a edificabilidade no restante foi definida a partir das regras da

envolvente imediata. -------------------------------------------------------------------------------

----- Queria só para terminar, que devo pessoalmente e defenderei isso com todos os

meios que estiverem ao meu alcance junto da Câmara Municipal, para que no futuro,

estes edifícios sejam afetos ao FNRE, ou seja, o Fundo Nacional de Reabilitação do

Edificado, para construção de renda acessível, obviamente, que é muito mais

interessante do que a sua valorização no mercado livre, através da Direção-geral do

Tesouro e Finanças. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, para um pedido de

esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez o

seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Senhor Vereador Manuel Salgado, é

sempre com muito gosto que o ouço aqui, até porque é um homem que nos brinda

sempre com palavras cuidadas e devidamente pesadas e, portanto, para esclarecer

cabalmente esta Assembleia eu vou-lhe colocar a seguinte questão: estava o

Município de Lisboa legalmente obrigado e esta, a esta que o Senhor aqui traz,

proposta de alteração do uso do solo? Eu lembro o Senhor Vereador para o Artigo 123

do Decreto-lei 80/2015, que muito bem citou, que fala nos usos confinantes. ------------

----- Ora, mesmo, mesmo, adjacente a esses terrenos está a Basílica da Estrela, que é

espaço de equipamento, e do lado de lá da Infante Santo está um equipamento que é

uma rede de cuidados continuados, hoje. Portanto, Senhor Vereador, eu peço-lhe que

esclareça esta Assembleia, se, de facto, o uso a dar ao solo, primeiro se esta

Assembleia é obrigada tomar esta deliberação? Segundo, se esta Assembleia podia,

sob proposta da Câmara, naturalmente, dar ou não o uso, o destino de uso de

equipamento, àquele solo? É que, Senhor Vereador, não é por si nem é por mim que

lhe coloco esta questão, é para que fique muito claro aquilo que as pessoas vão votar

DRAFT

19

aqui hoje, e para que não se refugiem em qualquer tipo de argumento formal, para

legitimar uma opção de fundo política que estão a tomar, que é a equiparação daquele

espaço a traçado urbano, portanto, Senhor Vereador, a questão é esta: estamos

vinculados a esta proposta, a esta utilização de solo que aqui nos traz? Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ -

-----“Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------

----- Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton.” ---------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente em Exercício, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores

Vereadores. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O equipamento ora em discussão e o espaço urbano que nele se insere é uma

zona, eu diria de vital importância para o território da Freguesia da Estrela, por dois

motivos muito importantes, em primeiro lugar, porque durante muitos anos, foi uma

unidade hospitalar de apoio, que tinha e teve sempre uma boa relação com a

envolvente, uma boa relação com a comunidade, mas que desde que saiu se

transformou numa zona que está neste momento desocupada, devoluta, onde não

existem quaisquer cuidados no âmbito daquilo que é a sua manutenção ou questões

relacionadas com a higiene e salubridade públicas, e que aparenta caminhar

claramente para um abandono com consequências muito graves, não só para o próprio

espaço, mas, inevitavelmente para toda a comunidade envolvente. -------------------------

----- E daqui resulta necessariamente duas grandes evidências, a primeira a

necessidade de intervencionar rapidamente o espaço, para evitar aquela que é a sua

continuada degradação, não presta nem um serviço nem à Cidade de Lisboa, muito

menos à comunidade da Estrela. ------------------------------------------------------------------

----- Em segundo lugar, e tão mais importante, é definir aquela que será a sua

reabilitação futura, e isto porque nós compreendemos desde muito cedo, que qualquer

intervenção de requalificação do território é geralmente um processo moroso, sendo,

por isso necessário que compreenda as mesmas premissas que muitas vezes,

intervenções noutros territórios também deveriam compreender. Desde logo suprir

aquelas que são as principais necessidades do próprio território, e aqui uma das

grandes dificuldades, e uma das necessidades mais prementes, é não só assegurar o

estacionamento para a comunidade envolvente, mas também assegurar uma das

soluções de estacionamento também para quem visita a Basílica da Estrela, e não me

refiro apenas e só aos moradores e àqueles que vão lá praticar o seu culto, mas

também àqueles que identificam, como monumento nacional que é, aquele espaço

para visita turística, nacional ou internacional. -------------------------------------------------

----- E aqui a Câmara tem que conseguir salvaguardar este importante contributo, este

importante equipamento, e por isso, no nosso ponto de vista, há uma questão que tem

que ficar, e que daquilo que fomos já previamente informados por parte da Câmara

Municipal de Lisboa, parece estar devidamente assegurado que é a capacidade de

DRAFT

20

poder oferecer estacionamento à comunidade envolvente e o seu ordenamento

permitir a resposta a esta necessidade premente, que é o visitar por parte de turistas

nacionais e estrangeiros do território e, em particular da Basílica da Estrela. -------------

----- Depois há aqui uma outra dimensão muito importante, e é um

apelo/recomendação, de facto, conforme comecei por dizer, uma das importantes

necessidades é assegurar que se pare a degradação continuada daquele espaço e, para

isso, é necessário uma intervenção imediata, para impedir a progressão daquilo que é

uma verdadeira insalubridade pública a decorrer naquele território, mas também

importava, tendo em conta, naturalmente, aquela que é a normal morosidade destes

processos que pudesse existir por parte da Câmara Municipal uma atenção para a

própria comunidade, em poder assegurar que durante este período, como aliás,

acontece em muitos outros locais, tivemos, por exemplo, o exemplo do que se passou

em Campo de Ourique, que é a possibilidade de, enquanto a obra não avança,

poderem-se assegurar condições para que os residentes da Freguesia da Estrela, e não

só, possam fazer uso daquele espaço para estacionamento, durante o período em que

não avançar a obra, este era um serviço comunitário fundamental, porque asseguraria

não só uma solução temporária para as dificuldades de estacionamento, mas também e

mais importante, a possibilidade de se fazer uma intervenção para manter os índices

de salubridade pública, adequados àquele território, evitar que ali se concentrem todos

os problemas que depois se propagam para todos os edifícios envolventes. Disse.” -----

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ -

-----“Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------

----- Pergunto à Câmara se tem algo a acrescentar? Penso que não tem. -------------------

----- Faz favor o Senhor Vereador.” --------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente em Exercício. ---------------------------------------------

----- Relativamente à questão levantada pelo Senhor Deputado Rui Costa, não sendo

eu jurista, julgo que se não existisse mudança de uso, o despacho conjunto dos

Senhores Secretários de Estado do Tesouro e da Defesa era inútil! E porquê? Porque

como eu referi, a parte Poente da Infante Santo, não sei em que condições passou para

o domínio da Santa Casa da Misericórdia, mas se o equipamento, quer dizer, se o uso

se mantivesse como equipamento, bastava uma Deliberação de Conselho de

Ministros, fazendo a desafetação dominial do domínio público militar, para o domínio

privado do Estado, para poder ser alienado sem alteração do PDM, razão pela qual é

solicitada uma alteração do PDM, que consta do Despacho e está previsto na Lei que

o Município tem um tem um prazo de 60 dias para introduzir as alterações, atribuindo

os usos da envolvente imediata, e diz expressamente também que esse objetivo é para

ser alienado e obter receitas para a Lei de Programação Militar, portanto, é

perfeitamente claro qual é o objetivo do Despacho e, portanto, o Município, no nosso

entendimento, está obrigado a cumprir a disposição da Lei e deste Despacho. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

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21

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Pergunto à Senhora Segunda Secretária se já não há mais inscrições? Penso que

estamos em condições de passar à votação.” ---------------------------------------------------

----- Proposta 85/CM/2019, votos contra do CDS-PP, PCP, PEV, do Deputado

Municipal Independente Raul Santos e do Senhor Deputado Municipal Independente

Rui Costa, abstenções do PAN, MPT e do Senhor Deputado Municipal Independente

Rodrigo Mello Gonçalves, votos a favor do PS, PSD, BE e 8 IND. A Proposta

85/CM/2019 foi aprovada por maioria. ------------------------------------------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Aline Gallhash Hall Beuvink do Grupo

Municipal do PPM não participou na apreciação e votação desta Proposta por

impedimento legal) ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “ Uma Declaração de Voto, por escrito, do Senhor Deputado Independente Rui

Costa, do Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV, e do Senhor Deputado Diogo

Moura, do CDS-PP.” -------------------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa e o Senhor Deputado

Diogo Moura não apresentaram a declaração de Voto por escrito) -------------------------

----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, posteriormente, a seguinte Declaração

de Voto: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do PEV votou contra a Proposta nº 85/2019 - Projecto de

versão final da Alteração Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa, pelas

seguintes razões: ------------------------------------------------------------------------------------

----- - O PEV não concorda com os pressupostos que estão na base da alienação do

imóvel designado por «PM 40/Lisboa - Cerca do Convento da Estrela - Ala Sul» que

está afecto ao Ministério da Defesa Nacional e que integra o património da

Administração Central, por considerar ser este mais um caso de alienação de

património do Estado. Aliás, é a própria proposta que indica não pretender

considerar a permanência do seu uso público, ao ter em “vista a sua rentabilização”.

----- - O PEV discorda igualmente da alteração do uso do solo para Espaço Central e

Residencial Consolidado - Traçado Urbano A - devido à predominância de Espaços

de Uso Especial de Equipamentos na envolvente próxima e, por isso, considera que

não deveria haver lugar a qualquer redefinição de uso do solo. ----------------------------

----- Finalmente, o PEV defende que o solo da cidade de Lisboa não deve ser ‘um

banco de terrenos aberto à especulação imobiliária’, mas antes que o interesse

colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. No caso presente, parte do

espaço poderia, inclusive, e a título exemplificativo, vir a ser aproveitado para

construção de habitação com rendas acessíveis, como Museu da Saúde Militar, a par

de uma função ligada aos cuidados continuados de saúde. ----------------------------------

----- Assembleia Municipal de Lisboa, 23 de Julho de 2019 ---------------------------------

----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”.” -----------------------------

DRAFT

22

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Passamos agora para a votação da Recomendação 81/01, da 3ª. Comissão

Permanente.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Recomendação 81/01 (3ª. CP), não há votos contra, abstenções do PCP, PAN, 7

IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, votos a favor do PS,

PSD, CDS-PP, BE, PEV, MPT, 2 IND e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves. A Recomendação 81/01 (3ª. CP) foi

aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Aline Gallhash Hall Beuvink do Grupo

Municipal do PPM não participou na apreciação e votação desta Recomendação por

impedimento legal) ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Penso que estamos em condições de passar ao Ponto 3 do nosso Regimento, e

aguardo que a Senhora Presidente retome o seu lugar.” --------------------------------------

----- (Neste momento reassumiu a presidência a Senhora Deputada Municipal Helena

Roseta, a Senhora Presidente.) --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, desculpem lá estas alterações de Mesa, mas isto é assim, e

vamos perseguir os nossos trabalhos. ------------------------------------------------------------

----- Muito obrigada à Senhora Primeira Secretária por me ter substituído, e vamos

passar agora ao ponto 3 da nossa Ordem Trabalhos. ------------------------------------------

----- PONTO 3 – PROPOSTA 506/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR

VEREADOR MANUEL SALGADO) - APRECIAÇÃO DOS PONTOS 1 E 2 DA

PARTE DELIBERATIVA DA PROPOSTA N.º 506/CM/2019 - AQUISIÇÃO DE

ONZE PRÉDIOS AO INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA DA

SEGURANÇA SOCIAL, I.P., E RATIFICAR A CORREÇÃO DOS VALORES

DE RENDA E DE VENDA PARA OS IMÓVEIS SITOS NA AVENIDA

MANUEL DA MAIA, N.ºS 40 A 40 D, E AVENIDA ESTADOS UNIDOS DA

AMÉRICA, N.ºS 39 E 39 A, DECORRENTE DE ERRO DE ESCRITA, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I), DO

N.º 1 DO ART.º25.º, DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,

NA REDAÇÃO ACTUAL; ------------------------------------------------------------------------

----- Parecer da 1ª Comissão Permanente. ---------------------------------------------------

----- (A Proposta 506/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo IV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo V e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

23

----- “Estamos a falar da aquisição onze prédios ao Instituto de Gestão Financeira da

Segurança Social. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Acontece que a Proposta tem um erro material, e antes da votação eu depois

assinalarei qual é o erro, para ficar corrigida, mas antes disso pergunto à Câmara se

quer apresentar a Proposta. O Senhor Vice-Presidente? A aquisição dos onze prédios

da Segurança Social, querem apresentar a Proposta?” ----------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não me parece haver necessidade dada ela ser tão clara, Senhor Presidente, mas

se quiserem, é até com gosto.” --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Se o Senhor Vice-Presidente não vê necessidade nós passamos adiante. -----------

----- Parecer da 1ª Comissão Permanente, o Senhor Deputado José Casimiro vai

apresentá-lo, não há a Recomendação é apenas o Parecer.” ----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra,

enquanto relator, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------

----- “Senhores Membros da Mesa, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. ---------

----- De uma forma talvez muito simples, duas questões, uma esta Proposta 506/2019

autoriza a aquisição de onze prédios do Instituto de Gestão Financeira da Segurança

Social, ou de quem provar pertencer-lhes, pelo Município de Lisboa de acordo com a

Lei 75/2013, de 12 de setembro, devendo a Câmara sempre que o valor da aquisição

seja superior a 600 mil euros, correspondente a mil vezes a remuneração mínima

mensal garantida, obter autorização da Assembleia Municipal, ficando igualmente

sujeita a visto prévio do Tribunal de Contas, que deverá apreciar a minuta do

respetivo contrato. ----------------------------------------------------------------------------------

----- A aquisição destes imóveis é fundamental para garantir os objetivos do governo

da cidade em matéria de promoção de habitação das rendas acessíveis em melhores

condições, e também uma oportunidade única para reforçar e qualificar as excelentes

condições do património imobiliário municipal, numa ação muito relevante

significado do interesse público, e no conjunto, e para interesse municipal em

particular. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A aquisição destes imóveis é ainda fundamental para a concretização do

acordado na prossecução do novo pilar do Programa de Renda Acessível,

integralmente financiado pelo Município ou em parceria com entidades públicas. -------

----- Diria que na análise que se faz da aquisição dos imóveis, que a aquisição dos

imóveis deve obedecer ao já disposto na Lei 75/2013, devendo a Câmara, sempre que

o valor seja superior, e já foi dito anteriormente, que as condições do acordo

encontram-se descritas no final da Proposta com o valor de 57 milhões 339 mil e 21

euros e 50 cêntimos, e consta do preço devido pelo Município à aquisição dos onze

prédios, ao qual integralmente pago no ato da celebração da escritura de compra e

venda. -------------------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

24

----- E por último, estão assegurados os devidos enquadramentos orçamentais com a

emissão de cabimento e declaração de fontes disponíveis, o Município tem neste

momento condições financeiras para poder adquirir a totalidade dos onze imóveis,

reunindo assim as condições necessárias para o exercício do direito de compra. ---------

----- E mais não está colocado, eu diria só que em relação a esse Parecer, que foi

aprovado por unanimidade, diria que há condições efetivamente para que a parte

pública da renda acessível vá para a frente e que prossiga no atual Mandato deste

Município e desta Câmara para que a gente continue, efetivamente, a afirmar esta

vertente. Muito obrigado.”-------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, o Senhor Vice-Presidente da Câmara, Senhoras e

Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ------------------------

----- Esta é uma boa proposta, é uma proposta que vai permitir ao Município poupar

bastante face ao contrato que já tinha, mas é preciso não esquecer que esta proposta

surge na sequência da venda em hasta pública dos terrenos de Entrecampos, e é

termos esta memória, porque hoje haverá aqui quem aprove e apoie esta medida, mas

tenha levantado todas as dúvidas na alienação, não digo na operação integrada de

Entrecampos, digo na alienação dos imóveis que compõem a operação integrada de

Entrecampos, é preciso ter memória e é preciso saber porque é que as coisas se fazem.

----- Merece o voto favorável, sim senhor, e por parte de algumas forças políticas

nesta Casa que merece também o ato de contrição, por tudo quanto disseram, na

altura. Disse.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ------

----- Parece-nos particularmente evidente aquela que é a principal preocupação à volta

deste modelo. E, sobretudo desta iniciativa que visa, como disse ainda há pouco o

Senhor Deputado Rui Costa, uma nova viagem pela linha da memória. -------------------

----- E, no âmbito daquilo que são os inevitáveis atos de contrição, há matérias sobre

as quais parece-nos particularmente evidente que, antes de qualquer ato de contrição

DRAFT

25

ou reflexão profunda, sobre aquilo que o destino final, há uma pergunta que contínua

sem resposta, e sem resposta devida não há atos de contrição, continua a existir a

dúvida, que era aquela dúvida da génese, e a pergunta é simples: Quem é que vai gerir

este património? Disse.” ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, não temos mais pessoas inscritas e pergunto à Câmara se

quer responder às questões que foram suscitadas? O Senhor Vice-Presidente.” ----------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Mais uma vez muito boa tarde a todos. ---------------------------------------------------

----- Eu começava por referir que esta operação é uma das mais importantes operações

que já está em curso no Município de Lisboa, no âmbito do Programa Renda

Acessível. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ela resultou de uma parceria que foi possível estabelecer com o Ministério do

Trabalho e da Segurança Social, os nomes vão variando tanto que eu já não lhe acerto

às vezes, mas uma parceria que felizmente permitiu, assegurando aquilo que são as

necessidades de equilíbrio do Fundo de Equilíbrio da Segurança Social, e colocando

na disponibilidade do Município para fazer face a um dos seus mais importantes

programas e um dos seus mais importantes áreas políticas, ou dimensões políticas que

necessitam de uma intervenção rápida e urgente, foi possível, com celeridade,

conseguir esta parceria. ----------------------------------------------------------------------------

----- Ela tinha uma confirmação que lhe foi a confirmação possível à data, que

salvaguardava ambas as partes, ainda assim, o Município conseguiu encontrar os

meios para que fosse possível, nesta data que hoje aqui vivemos, apresentar-vos a

possibilidade de adquirirmos em definitivo este património, para fazer parte do

Património Municipal, dando corpo assim também não só à possibilidade de

utilizarmos estes meios para que mais munícipes possam ter uma casa com renda

acessível, mas também para que possamos dar corpo àquela intenção que resulta do

Programa do Governo, que é aumentarmos o número de casas públicas na cidade de

Lisboa, elas já eram públicas, mas públicas no domínio Municipal. ------------------------

----- Por outro lado, também dizer-vos que a forma como este assunto estava a ser

conduzido com arrendamentos, o resultado final que esta proposta nos possibilita vai

reduzir os custos associados a esta operação, disponibilizando assim, mais e maior

capacidade de investimento nesta área da habitação para outras operações, e num

espaço curto de tempo, porque alguns destes edifícios já se encontram em obra e

outros que estão em fase concursal e, portanto, em breve teremos obras em todos estes

edifícios. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Mas dizer-vos também que está em fase muito avançada e em breve virá a esta

Assembleia toda a informação que vai ser disponibilizada sobre as próximas

operações, nomeadamente, a Operação de Renda Acessível, na zona de Entrecampos. -

DRAFT

26

----- Algumas dúvidas também foram aqui levantadas sobre a questão da gestão deste

património. A intenção deste Executivo é que exista um grande envolvimento entre o

Município propriamente dito, e a sua Sociedade de Reabilitação Urbana e ainda a

Gebalis, em todo o processo, desde a conceção até à fase de entrega dos edifícios aos

novos moradores, para que depois a Gebalis se possa especializar como a empresa,

que é a empresa do Município que gere todos os seus arrendamentos habitacionais, e é

essa a intenção deste Executivo. ------------------------------------------------------------------

----- Também para terminar e no fundo indo de encontro àquilo que é a intervenção do

Deputado Independente Rui Costa, dizer-vos a todos que o nossos espírito, o espírito

com que um problema desta importância para o Município e para a cidade de Lisboa

tem, bem-vindos aos convertidos, bem-vindos a todos aqueles que em face das

circunstâncias tiveram que retroceder na sua forma de olhar para a Operação de

Entrecampos, e estão hoje connosco, nesta grande operação. Muito obrigado Senhora

Presidente, e estão hoje nesta operação que vai dotar a cidade de Lisboa com mais

capacidade de habitação com renda acessível. Muito obrigado.” ----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------

----- Vamos, creio que não há mais nenhum pedido de palavra, estamos em condições

de pôr à votação a Proposta 506, agora sim, dizer-vos qual é o erro material, é uma

coisa mínima, mas fica já assinalado, na página 5 da Proposta no considerando que

tem v, v de vida, está na segunda linha, diz “imóveis financeiras”, o “financeiras” está

a mais, é “adquirir a totalidade dos onze imóveis”, a palavra “financeiras” está a mais,

é só eliminar a palavra “financeiras”, e posto isto vamos por à votação esta Proposta.” -

----- Proposta 506/CM/2019 (corrigida), não tem votos contra, abstenções do PSD,

CDS-PP, MPT e PPM, votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, PEV, 8 IND, o Senhor

Deputado Municipal Independente Raul Santos, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Proposta 506/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “E vamos passar ao ponto seguinte da Ordem de Trabalhos, o ponto seguinte da

Ordem de Trabalhos é a Proposta 507/CM/2019.” --------------------------------------------

----- PONTO 4 - PROPOSTA 507/CM/2019 - (SUBSCRITA PELOS SENHORES

VEREADORES MANUEL SALGADO E MIGUEL GASPAR) - APRECIAÇÃO

DA PROPOSTA N.º 507/CM/2019 - LANÇAMENTO DE UMA HASTA

PÚBLICA PARA A CONSTITUIÇÃO DE UM DIREITO DE SUPERFÍCIE,

EM SUBSOLO, SOBRE PARTE DA PARCELA DE TERRENO DESIGNADA

POR B3 DA OPERAÇÃO INTEGRADA DE ENTRECAMPOS, PARA A

CONSTRUÇÃO DE UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO AUTOMÓVEL,

NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I),

DO N.º 1 DO ART.º 25.º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL; ------------------------------------------------------

DRAFT

27

----- Parecer conjunto da 1ª, 3ª e 8ª Comissões Permanentes; ----------------------------

----- (A Proposta 507/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo VI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª, 3ª.e 8ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como

Anexo VII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “É uma hasta pública para a constituição de um direito de superfície em subsolo,

no contexto da Operação Integrada de Entrecampos, na parcela B 3, para um parque

de estacionamento automóvel. --------------------------------------------------------------------

---- Pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação da Proposta? Nem o Senhor Vice-

Presidente, nem o Senhor Vereador Manuel Salgado, muito bem. --------------------------

----- Vamos perguntar então, o que o Relator é o Senhor Deputado João Valente Pires,

pergunto ao Senhor Deputado se quer fazer a apresentação do Parecer? Pedia-lhe a

sua capacidade de síntese, uma vez que o Parecer foi distribuído por todos, e não será

necessário estar a lê-lo aqui, mas o Senhor Deputado saberá como fazer. -----------------

----- Chamo a vossa atenção que isto é um Parecer conjunto, de uma reunião conjunta

da 1ª, 3ª e 8ª Comissões Permanentes, houve um esforço adicional das Comissões que

eu quero agradecer aos Presidentes e a todos os Senhores Deputados, por terem feito

este esforço, porque estas Propostas foram aprovadas apenas na semana passada na

Câmara Municipal, mas houve um esforço para conseguirmos ter as Propostas em

condições e as aprovar hoje. -----------------------------------------------------------------------

---- Senhor Deputado faz favor.” -----------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Valente Pires (PS) no uso da palavra,

enquanto relator, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores

Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Operação Integrada de Entrecampos desde logo pela sua dimensão e impacto

em termos urbanos representa uma evidente oportunidade para desenvolver

urbanisticamente esta zona central de Lisboa, que abrange as Freguesias das Avenidas

Novas e de Alvalade, requalificando o espaço público, criando serviços, áreas

comerciais e habitacionais, bem como equipamentos. ----------------------------------------

----- A constituição em direito de superfície e o lançamento do concurso em hasta

pública, que ora se propõe é, portanto, de grande importância, pois a sua

concretização é necessária para dar continuidade aos compromissos assumidos e

assegurar tal requalificação e revitalização. -----------------------------------------------------

----- Da análise do relatório de avaliação, que faz parte integrante da Proposta,

verifica-se ter sido efetuada uma avaliação interna detalhada onde se referem as

especificações técnicas, parâmetros urbanísticos e pressupostos, que foram

necessariamente tidos em conta na avaliação efetuada com base no estudo preliminar

desenvolvido, que consta igualmente como anexo à Proposta, bem como os

parâmetros de cálculo e as conclusões a retirar. ------------------------------------------------

DRAFT

28

----- O valor base de licitação da hasta pública foi assim determinado, tendo em

consideração os usos e a superfície do pavimento definida de acordo com os

instrumentos de gestão territorial em vigor, a unidade de execução do loteamento de

iniciativa Municipal, aprovados pelas deliberações da Câmara Municipal de Lisboa,

números 419 e 421/2018 de 12 de julho de 2018, concretizadas no estudo preliminar

desenvolvido. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O programa do procedimento prevê que se no futuro houver lugar ao aumento do

número de lugares, nas condições estabelecidas, haverá o lugar ao ressarcimento ao

Município, a título de compensação, por melhor aproveitamento e correção do preço

contratual, verifica-se estar também estava salvaguardado no programa de

procedimento a obrigação do superficiário ou quem explorar o parque, de garantir o

número máximo de 60 avenças, 24 horas para residentes, a um preço de 35 euros mês,

atualizável alinhando o respetivo regime com a política que tem vindo a ser seguida

pelo Município em outros parques. --------------------------------------------------------------

----- A oneração de bens imóveis deve obedecer ao disposto na Lei 75/2013 de 12 de

setembro, na redação atual, devendo a Câmara sempre que o valor dos imóveis

envolvidos no negócio seja superior a 600 mil euros, correspondente a mil vezes a

remuneração mínima mensal garantida, obter a respetiva autorização da Assembleia

Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Pelo exposto conclui-se que a Proposta que foi votada em Comissão e teve

apenas uma abstenção, portanto, concluir-se que esta está em condições de ser

presente hoje aqui, e ser debatida e votada aqui no Plenário da Assembleia Municipal.

Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado Relator. ----------------------------------------------

----- Só fazer uma ligeira correção, o que foi votado em Comissão foi o Parecer, não

foi Proposta, a Proposta vai ser votada aqui, apenas para que não fique esta incorreção

na Ata, foi um lapso, mas todos compreendemos que é que o Senhor deputado estava

a dizer. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Posto isto, vamos dar a palavra a quem se inscreveu.” ----------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Casimiro, do Bloco de Esquerda.” --------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Ora boa tarde de novo. ----------------------------------------------------------------------

----- Nós queríamos colocar duas questões em relação a esta Proposta. Por um lado, e

o nosso voto vai ser um voto contra por dois motivos, em primeiro lugar em relação à

constituição desta hasta pública para direito de superfície, no prazo de 90 anos, no

subsolo de parcela municipal, com a área de 9.282,70 metros quadrados. Por outro

lado, isto porque é só Municipal, e por conseguinte, estamos a fazer esta hasta pública

para um privado, por outro, em relação à questão da construção deste parque de

DRAFT

29

estacionamento, que decorre desta hasta pública, e do direito de superfície, a

construção do parque estacionamento com três pisos, capacidade prevista de 428

lugares de estacionamento, e este é o segundo motivo porque nós estamos contra, e

nós estamos a ver que um pouco por toda a cidade, em cada plano que aparece, ou

cada proposta que aparece há mais um parque de estacionamento, isto é ao contrário

de tudo aquilo que é política do Município em relação a privilegiar o transporte

público, e foi dito em relação a esta Operação Integrada de Entrecampos que era

necessário tomar medidas no sentido de que se devia privilegiar, não só toda a parte

pública que diz respeito em relação a transporte, como aquele Interface, que era

preciso desenvolvê-lo e dar condições a quem viesse para ali trabalhar, ter as

melhores condições. Ora, aquilo que nós vimos é que se continua cada vez mais a

privilegiar a vinda do automóvel para Lisboa, e isto é em contraciclo àquilo que se

diz, à política da Câmara que estamos aqui, queremos carro público, queremos

transportes públicos, isso aqui aparece em sentido contrário, àquilo que tem sido a

política camarária. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde a todos. --------------------------------------------------------------------

----- Devido à previsível elevada circulação automóvel na área da Operação Integrada

de Entrecampos, acentuada por uma expectável deslocação de empresas e serviços

para esta zona, a CML planeou a criação de um parque de estacionamento subterrâneo

de três pisos, com uma capacidade prevista para 428 lugares, por meio da constituição

de um direito de superfície, em subsolo, por um período de 90 anos. ----------------------

----- Para a sua construção a CML propõe a esta AML o lançamento de hasta pública

e a aprovação de um conjunto de anexos à Proposta nº 507/2019, entre os quais, o

estudo preliminar e o programa do procedimento, para além do valor base de licitação

da hasta pública em quatro milhões e quinhentos mil euros (4.500.000 €). ----------------

----- Ora, em primeiro lugar, esse estudo preliminar começa por propor um

reperfilamento das inúmeras avenidas circundantes, e que implica a supressão de

vários lugares à superfície, em princípio a integrar no estacionamento subterrâneo na

Parcela B3, sendo também criado, a meio, um novo arruamento para permitir o

atravessamento e o acesso ao parque de estacionamento, que deverá ser utilizado,

exclusivamente, por veículos de moradores e de empresas, e acessos ao

estacionamento e a um hotel. ----------------------------------------------------------------------

----- Mais diz o estudo que, para além destas mudanças viárias, serão efectuadas

alterações em infraestruturas afectadas pela construção do parque, desde os traçados

de condutas da EPAL, ao desvio de colectores de saneamento de águas residuais e

DRAFT

30

pluviais, à substituição da rede de iluminação pública e de um posto de transformação

da EDP dedicado à gestão do estacionamento, alteração das redes de

telecomunicações, colocação de semáforos nos novos cruzamentos e, inclusive, a

implantação dum sistema pneumático de recolha de lixos, à semelhança do Parque das

Nações, a expensas do Município, supomos. ---------------------------------------------------

----- Em segundo lugar, e relativamente ao parque de estacionamento, o relatório

geológico/geotécnico menciona a existência de depósitos de aterro recentes, que

obrigam a um cuidado encaminhamento e tratamento após a sua remoção. Também as

características geotécnicas do tipo de solo não aparentam ser adequadas para servir de

fundação de estruturas edificadas em subsolo. -------------------------------------------------

----- Em terceiro lugar, prevê-se que os novos usos previstos, com predominância de

escritórios e edifícios comerciais, agravem os problemas de circulação na zona, com

maiores condicionamentos de trânsito em períodos de ponta, tal como evidenciam as

avaliações do Estudo de Tráfego.-----------------------------------------------------------------

----- No entanto, de acordo com o programa de procedimento, o superficiário apenas

terá de disponibilizar um número máximo de 60 avenças para residentes, para 24

horas e por um preço de 35 €/mês, bem como dotar o parque de lugares reservados

para viaturas eléctricas e postos de carregamento. Porém, nada diz sobre a reserva de

espaço, no interior, para meios de mobilidade suave. -----------------------------------------

----- Em quarto lugar, detendo o Município de Lisboa uma empresa municipal

vocacionada para a gestão da mobilidade e estacionamento, não compreendemos

porque não é atribuída a construção e exploração deste parque à EMEL, ou seja, numa

iniciativa pública que assegure lugares em regime permanente, durante 24 horas por

dia, nesta tão necessitada zona da cidade. -------------------------------------------------------

----- E, a partir da receita obtida, a CML poderia aprofundar políticas integradas de

mobilidade, reforçando os transportes colectivos, e mesmo projectos públicos noutras

zonas carenciadas da cidade. ----------------------------------------------------------------------

----- Questionamos, por isso, qual o real motivo para esta opção do executivo em

preferir que este empreendimento seja promovido por uma empresa privada. ------------

----- Em quinto lugar, junta-se a estes factores, alguma omissão de objectivos

ambientais e de qualidade de vida a prosseguir, que não podem ser descurados, com

aposta no reforço de parques dissuasores que sejam realmente periféricos, como Os

Verdes têm vindo a defender. ---------------------------------------------------------------------

----- Por isso, importaria antes fomentar e reforçar a aposta em transportes públicos,

em detrimento do transporte individual, procurando-se minimizar os impactos

negativos associados ao previsível aumento de tráfego nesta zona, já de si bastante

congestionada. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Finalmente, o PEV alerta para o facto de ainda decorrer na justiça o processo de

indemnização à Bragaparques, devendo salvaguardar-se a eventualidade de a CML ter

de pagar uma elevada quantia, o que poderá gerar alguma entropia sobre o que está

previsto para a Operação Integrada de Entrecampos, nomeadamente, atrasando

soluções para a habitação a renda acessível e os equipamentos de uso colectivo. --------

DRAFT

31

----- Em suma, Os Verdes têm dificuldade em acompanhar esta proposta, porque, por

um lado, ela visa proceder ao lançamento de uma hasta pública para construir e

viabilizar a exploração privada de um parque de estacionamento subterrâneo, quando

ela poderia ser uma iniciativa pública promovida pela autarquia, e porque, por outro

lado, vai atrair mais viaturas a entrarem na capital, caso não se proceda ao atempado

reforço da oferta de transportes públicos. -------------------------------------------------------

----- Obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “É apenas uma declaração, e também uma declaração de princípios. -----------------

----- O PCP não é contra a construção de um parque de estacionamento, nem este nem

outros, devemos até a lutar pelo parque a preços acessíveis na cidade. Entendemos

que o parque não deverá ser gerido pelo privado, e que deve ter gestão pública do

Município, por isso votaremos contra a Proposta de hasta pública. Muito obrigado.” ---

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, terminámos os pedidos de palavra, perguntou à Câmara se

quer responder? Senhor Vice- Presidente, Senhor Vereador Manuel Salgado? Quem é

que quer responder? O Senhor Vereador Manuel Salgado se faz favor.” ------------------

----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Só umas notas muito rápidas, quer dizer, de todos os parques de estacionamento

enterrados que existem em Lisboa, que eu me recorde, há um único que foi construído

pela EMEL, que é o Parque do Campo das Cebolas, todos os outros são parques que

foram concessionados no tempo, a maior parte, no tempo em que foi Presidente

Doutor Jorge Sampaio e depois o Doutor João Soares, e uma parte já residual no

tempo do Doutor Santana Lopes. -----------------------------------------------------------------

----- Segunda nota e, portanto, a opção por fazer uma hasta pública foi exatamente

para libertar a EMEL para outras tarefas, que são extremamente importantes e,

portanto, não lhe depor mais esta carga em cima. ----------------------------------------------

----- Quanto à questão do estacionamento para residentes, ficou comtemplada

obrigatoriedade de estacionamento para residentes, para suprir as carências existentes

na Avenida 5 de Outubro, no troço em que será constituído este parque de

estacionamento, sem prejuízo de avenças para residentes nos restantes lugares. ---------

DRAFT

32

----- Terceiro ponto, toda a conceção da operação integrada visa potenciar o Interface

de transportes públicos, portanto, o Interface de Entrecampos é o Interface mais

potente da cidade de Lisboa e, portanto, todo o raciocínio foi feito no sentido de

potenciar este Interface. ----------------------------------------------------------------------------

----- A proposta inicial da Câmara era para que o número de lugares de

estacionamentos de uso público ficasse nos mínimos do Plano Diretor, nos mínimos

no Plano Diretor e este número foi ligeiramente aumentado por Proposta do Partido

Social Democrata na Câmara Municipal de Lisboa. -------------------------------------------

----- Quanto às infraestruturas afetadas, pois sempre que há de obras no subsolo, por

debaixo das ruas há infraestruturas afetadas, isto é comum, ainda recentemente o

parque construído na Avenida Defensores de Chaves, afetou infraestruturas, aqui

queria dar uma nota que foi desenhado um parque mantendo uma distância obrigatória

às raízes dos jacarandás existentes na Avenida 5 de Outubro, que foi fixado pela

Direção Municipal de Espaços Verdes, portanto, que são 2 metros para salvaguardar

de facto as árvores. ---------------------------------------------------------------------------------

----- O sistema de recolha de lixos será repartido e pago pelos privados, é essa a nossa

proposta, e ele existirá nessas condições, foram feitos os estudos de geologia, e

obviamente, não estamos em cima de rocha e, portanto, é um terreno que tem parte de

aterro, mas cujas condições permitem perfeitamente a edificabilidade e, portanto,

penso que relativamente às questões que foram levantadas, que elas ficam

esclarecidas. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, estamos em condições de por à vossa consideração e

votação a Proposta 507/CM/2019. ---------------------------------------------------------------

----- Há a escusa do Senhor Deputado Rui Costa nesta matéria não poderá votar.” ------

----- Proposta 507/CM/2019, votos contra do CDS-PP, PCP, BE, PEV, MPT e PPM,

abstenções do PSD, PAN, 2 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul

Santos, votos a favor do PS e 6 IND. A Proposta 507/CM/2019 foi aprovada por

maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello

Gonçalves da Sala de Plenário) -------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa não participou na

apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) --------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados há uma Declaração de Voto do CDS-PP. -----------------------

----- (O Grupo Municipal do CDS-PP não apresentou a Declaração de Voto) ------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Vamos passar agora à Proposta 510/CM/2019. -----------------------------------------

----- PONTO 5 – PROPOSTA 510/CM/2019 (SUBSCRITA PELOS SENHORES

VEREADORES MANUEL SALGADO E MIGUEL GASPAR) - APRECIAÇÃO

DRAFT

33

DA PROPOSTA N.º 510/CM/2019 - ISENÇÃO DE TAXAS DE OCUPAÇÃO

DE ESPAÇO PÚBLICO E PUBLICIDADE (ALPENDRE/PALA), NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C), DO

N.º 1 DO ART.º 25.º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,

NA REDACÇÃO ACTUAL; ---------------------------------------------------------------------- ----- Parecer da 1ª Comissão Permanente -------------------------------------------------------

----- Recomendação nº 081/03 (1ª CP) ---------------------------------------------------------

----- (A Proposta 510/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo VIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo IX

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação 81/03 (1ª.CP) fica anexada a esta Ata como Anexo X e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Trata-se de um pedido de isenção de taxas de ocupação de espaço público e

publicidade em Arroios, na sequência de obras, vamos ver, pergunto a Câmara se quer

fazer a apresentação da Proposta? Senhor Vice-Presidente dispensa a apresentação da

Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Relator é o Senhor Deputado Manuel Lage, não sei se quer fazer a

apresentação do Relatório? Dispensa a apresentação do Relatório. -------------------------

----- Há uma Recomendação, na sequência do Parecer aprovado pela Comissão

Permanente, que eu julgo que foi aprovado por unanimidade, agora estou a dizer de

cor mas não posso garantir, vamos lá abrir a minha pasta para confirmar o que estou a

dizer. O Parecer foi, de facto, aprovado por unanimidade, e posto isto vamos dar a

palavra às pessoas que se inscreveram sobre a Proposta 510/CM/2019.” ------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado de novo Senhora Presidente. -------------------------------------------

----- A Proposta nº 510/2019 tem em vista a isenção de taxas de ocupação de espaço

público e publicidade (em Alpendre ou Pala), requerida pela Sociedade Actividades

Hoteleiras Ribeirão Preto, Ldª, sita entre a Rua Morais Soares e a Praça do Chile.---- ----- Este pedido de isenção de taxas decorre dos alegados prejuízos causados pela

intervenção promovida pelo Metropolitano de Lisboa, nomeadamente por o estaleiro

existente na obra ‘camuflar’ o estabelecimento e, consequentemente, o mobiliário

urbano nele existente, mas pelo qual a CML vem cobrando as respectivas taxas

municipais. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Acontece que este não é caso único, por diversas actividades comerciais se

depararem com um problema que se vem arrastando desde que a infra-estrutura foi

encerrada a 19 de Julho de 2017, para obras de requalificação profundas, com a

DRAFT

34

finalidade de alargar a estação de Arroios. A empreitada já teve data para conclusão,

mas agora fala-se de um previsível prolongamento, pelo menos, até final do 1º

trimestre de 2021. Ou seja, mais dois longos e penosos anos. -------------------------------

----- No estaleiro de obras, os tapumes estão grafitados e partidos, há lixo acumulado,

e os comerciantes estão visivelmente transtornados. Daí que os lojistas se encontrem

deveras apreensivos com o futuro dos seus negócios, por as vedações colocadas na

Praça do Chile terem afastado a clientela e obrigado alguns comerciantes a fechar as

lojas. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A própria União de Associações do Comércio e Serviços fala de pelo menos 20

estabelecimentos comerciais que já fecharam portas nestes dois anos e de muitos

outros que têm tido uma considerável diminuição dos seus rendimentos e que

ponderam fechar a curto prazo. -------------------------------------------------------------------

----- Também na Assembleia de Freguesia de Arroios de Dezembro de 2017 havia

mesmo já sido aprovada uma recomendação que visava a isenção de taxas, que obteve

os votos favoráveis de CDS, PS, PSD, PCP e BE e a abstenção do PAN. -----------------

----- Neste contexto, a atribuição desta isenção é não apenas uma medida plena de

justiça, como merece ser alargada aos restantes estabelecimentos que estejam também

a ser prejudicados pelos mesmos motivos. ------------------------------------------------------

----- No entanto, cabe aqui questionar o executivo sobre se equacionou e avaliou a

responsabilidade da administração do Metro de Lisboa e do Governo, que tem por

missão fiscalizar os planos e relatórios de actividade do Metropolitano e os

calendários de execução das obras. Não deverá agora a CML pedir para ser ressarcida

dos valores que isenta, mas cuja responsabilidade final não é sua? Tenciona ou não o

Município pedir para reaver os valores isentados? E vai ou não informar os restantes

comerciantes da existência desta benesse? ------------------------------------------------------

----- Obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” -----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “A situação dos comerciantes nesta zona de Arroios tem sido uma das grandes

preocupações do PCP em todo o processo das obras na estação do Metro. Procurámos

sempre estar ao lado da população e dos comerciantes daquela zona, profundamente

afetados pelas decisões gravosas que para aquele espaço têm sido tomadas. --------------

----- Fomos a primeira força política a chamar a atenção para os sérios

constrangimentos que aqueles comerciantes sofrem. Em novembro de 2016 e depois

em 2017 com intervenção no terreno, mas também com notas de imprensa

denunciando a situação ali vivida, em fevereiro de 2018 com a apresentação de uma

moção em Reunião de Câmara, que seria aprovada por unanimidade, deliberando que

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35

fosse requerido à Administração do Metro toda a informação sobre o decorrer das

obras, prazos previstos para a sua conclusão e medidas urgentes para minimizar os

efeitos negativos que se faziam sentir na altura. -----------------------------------------------

----- Em janeiro de 2019 com a apresentação de nova moção na Câmara, tendo em

conta a estagnação das obras e a ausência de medidas para minimizar os danos

causados, solicitando esclarecimentos vários ao Governo, em março deste ano, aqui

na Assembleia, propusemos que a Câmara exigisse as informações necessárias sobre

quais os empreiteiros com quem foi contratualizada a realização de cada uma das

obras, incluindo na estação de Arroios. ----------------------------------------------------------

----- A própria alteração ao Artigo 11º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e

Outras Receitas do Município de Lisboa, apresentada pela Câmara e votada em

janeiro deste ano, que permite a isenção de taxas em projetos de interesse municipal,

nomeadamente, naquelas em que as intervenções sejam provocadas por outras

entidades do setor público desde que devidamente atestado e reconhecido o respetivo

interesse Municipal, mereceu também o nosso voto favorável, consideramos que a

zona da estação de Metro de Arroios é sem sombra de dúvida abrangida por esta

alteração, naturalmente, votaremos favoravelmente a Proposta 510/CM/2019 da

Câmara, hoje aqui em votação, também votaremos favoravelmente a Recomendação

da 1ª Comissão já que esta vai precisamente ao encontro da questão que pusemos à

Câmara aquando da discussão desta Proposta, a necessidade de tomada de medidas

por parte da Câmara Municipal de divulgação junto dos comerciantes sobre esta

possibilidade de pedido de isenção de taxas. Obrigada.” -------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, não tenho mais Senhores Deputados inscritos, pergunto ao

Senhor Vice-Presidente… O Senhor Deputado Manuel Lage faça o favor.” --------------

----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra, enquanto

relator, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. -------------------

----- Só para dar nota desta última intervenção por parte do PCP, e que não se

manifestou na intervenção do PEV, nós ontem quando aprovámos este Parecer, aliás,

sob proposta do PAN, que foi aceite por toda a Comissão e, por isso, o Parecer foi

aprovado por unanimidade, nós recomendamos à Câmara, por isso não se trata de

mero Parecer, mas de uma Recomendação, nós recomendamos à Câmara, e eu passo a

citar “Que a Câmara divulgue amplamente a possibilidade de isenção de taxas em

situações análogas, aprovada através da Deliberação da Assembleia Municipal de

Lisboa 238/AML/2019, junto de eventuais prejudicados, nomeadamente, por obras

promovidos pelo Metro de Lisboa para alargamento da Estação de Arroios” e,

portanto, precisamente aquilo que o PCP agora aqui veio dizer, mas que o PEV não

disse, portanto, esta situação está acautelada para situações futuras, ou seja, que a

Câmara passe a comunicar e a divulgar, portanto, esta foi uma preocupação que todos

nós tivemos na Comissão, portanto, aquilo que PEV aqui há pouco disse já está

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36

acautelado, portanto, naturalmente que é essa a Recomendação que a Comissão fez, e

tomou por unanimidade e que, portanto, se torna desnecessário aquilo que ficou aqui

publicitado, e, portanto, já consta. Naturalmente, contamos com o voto favorável de

todos como aconteceu, aliás, na Comissão e como o PCP, aliás, também já disse que

aqui o faria. Era só, muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Agora o Senhor Vice-Presidente. -----------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------

----- Dizer-lhes com clareza que, de facto, já houve aqui e também, apesar de nem

sempre todos concordarem com que o eu vou fazer, mas acho que, e nós já dissemos

isso outras vezes, e eu pessoalmente, apesar de como é evidente há um conjunto de

Serviços em que tenho responsabilidade política, houve aqui um atraso lamentável e

que, portanto, pedi desculpa àqueles que agora estão a ser alvo destas isenções e que,

de facto, tiveram os impactos negativos. --------------------------------------------------------

----- É certo que, em face do interesse público, não estamos a falar de nada que não

nos venha a beneficiar a todos e qualquer um de nós que utilize aquela aquelas

estações de Metro, no entanto, isso causou um impacto negativo no comércio e na

vida das pessoas daquela zona, não há outra forma de fazer, porque qualquer uma

daquelas conhecidas terá impactos ainda mais negativos, e mais disruptivos na vida

das pessoas e, portanto, parece-nos que podendo mitigar algumas situações, e algumas

delas foram tratadas e mitigadas, eventualmente, ainda haverá outras que podem ser

desenvolvidas, mas sabemos que nem sempre se consegue controlar situações como

aquelas e, portanto, há que encontrar as formas que estão ao nosso alcance de minorar

esses problemas. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Obviamente que é bem aceite e já está a ser desenvolvida, quer por nós quer pela

Junta de Freguesia, pela qual não me cabe falar, mas evidentemente que com o

conhecimento que tenho, penso que também a Senhora Presidente da Junta de Arroios

não se não se importará que eu o faça, de dizer que há informação junto dos

comerciantes e dos munícipes de forma geral sobre aquela matéria, a informação

também é disponibilizada pelo Metro tem sido cada vez maior e que essa informação

está a ser tratada, obviamente, isto é um processo, é uma aprendizagem, nós temos a

relação de todos aqueles sobre os quais são emitidas taxas naquela zona e, portanto,

estamos a fazer essa aplicação, quer nós, quer a Junta de Freguesia. -----------------------

----- Relativamente ao Metro, o sistema que nós temos utilizado, salvo melhor

opinião, parece-nos o mais interessante, não é fazer ressarcimentos pontuais sobre

matérias deste género, mas quando nas discussões com Metro sobre a valorização do

espaço público, a propósito das intervenções que o próprio Metro faz, fazermos este,

entrarmos nesta discussão e nesta negociação, com toda esta soma de deves e haveres

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37

na relação com o Metro e, portanto, é isso também que pensamos fazer sobre esta

matéria. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Há uma série de questões com o Metro a serem negociadas e, portanto, estas

pequenas coisas, neste caso, mas grandes noutros, entram nessas mesmas negociações

para que a relação seja justa e equilibrada entre nós e o Metro, que também

obviamente, está obrigado à prestação de um serviço público que todos e à cidade, de

uma forma muito importante, diz respeito, e o Metro de Lisboa é uma empresa com

quem nós temos e devemos contar, e temos contado para melhorar a qualidade de vida

dos lisboetas. Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, creio que não há mais ninguém inscrito, estamos em

condições de pôr à consideração e à votação a Proposta 510/CM/2019 que é sobre a

isenção de taxas de ocupação de espaço público e publicidade, sabemos a que é que a

Proposta diz respeito e vamos pô-la à votação.” -----------------------------------------------

----- Proposta 510/CM/2019, não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor

do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves, e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Proposta 510/CM/2019 foi aprovada por

unanimidade. --------------------------------------------------------------------------------------- - ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal da Sala de Plenário)------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Agora vamos colocar à votação a Recomendação 81/03 (1ª CP) sobre a Proposta

que já foi aqui apresentada, que é precisamente para a Câmara divulgar amplamente

esta possibilidade junto de outros eventuais prejudicados.” ----------------------------------

----- Recomendação 81/03 (1ª CP), não tem votos, abstenção do PSD, votos a favor

do PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 81/03 (1ª CP) foi aprovada

por maioria. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados vamos passar agora à Proposta 493, da transferência para o

Município, das competências previstas no Decreto-Lei 102/2019, no domínio das

áreas portuário marítimas e das áreas urbanas de desenvolvimento turístico e

económico, que não afetas à atividade portuária.” ---------------------------------------------

----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º 493/CM/2019

(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR JOÃO PAULO SARAIVA) -

TRANSFERÊNCIA, EM 2019, PARA O MUNICÍPIO DE LISBOA, DAS

COMPETÊNCIAS PREVISTAS NO DECRETO-LEI N.º 72/2019, DE 28 DE

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38

MAIO, NO DOMÍNIO DAS ÁREAS PORTUÁRIO-MARÍTIMAS E ÁREAS

URBANAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO E ECONÓMICO NÃO

AFETAS À ATIVIDADE PORTUÁRIA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO

ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 2 DO ART.º 4.º, NO N.º 2 DO ART.º 30.º E

DO ART.º 42.º DA LEI N.º 50/2018, DE 16 DE AGOSTO, DO DECRETO-LEI

N.º 72/2019, DE 28 DE MAIO, E DA ALÍNEA CCC) DO N.º 1 DO ARTIGO 33.º

DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, APROVADO E

PUBLICADO COMO ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,

NA SUA REDAÇÃO ACTUAL; --------------------------------------------------------------- ----- Parecer conjunto da 1ª e 2ª Comissões Permanentes; ------------------------------------

----- Recomendação 081/02 (1ª e 2ª CP) -------------------------------------------------------

----- Proposta 005/PEV/2019 --------------------------------------------------------------------

----- Proposta 009/PCP/2019 --------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 593/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 2ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- (A Recomendação 081/02 (1ª e 2ª CP) fica anexada a esta Ata como Anexo XIII

e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 005/PEV/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XIV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 009/PCP/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Chamo à vossa atenção que temos duas Propostas, uma do PEV e outra do PCP,

de rejeição da transferência, e por se tratar de uma rejeição estas Propostas tem que

ser votadas antes da Proposta da Câmara, portanto, serão votadas por ordem de

entrada. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, a Proposta do PEV, caso a Proposta de PEV seja aprovada as

outras ficam prejudicadas, se não for passarmos à seguinte, que é do PCP que caso

seja aprovada prejudica a da Câmara, se não for passamos à da Câmara que será

votada em último lugar se lá chegarmos, e é isso que vamos agora tratar. -----------------

----- Em primeiro lugar pergunto à Câmara se quer apresentar esta Proposta? Senhor

Vice-Presidente, pergunto-lhe se quer apresentar a Proposta de transferência das

competências marítimo-portuárias? Dispensa a apresentação da Proposta. ----------------

----- Temos um Relatório que é um Parecer conjunto da 1ª e 2ª Comissões, porque isto

também tem implicações económicas turísticas, por isso foi também ouvida a 2ª

Comissão, pergunto ao Senhor Deputado Relator, que foi o Senhor Deputado Manuel

Lage se quer apresentar o seu Relatório? Dispensa a apresentação do Relatório. ---------

----- Há uma Recomendação, lembrar só os Senhores Deputados que é uma

Recomendação que foi aprovada por unanimidade na Reunião da 1ª e 2ª a Comissão,

está no fim das votações, só para eu aqui situar isto, a Recomendação é no sentido de

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39

toda a informação que a Câmara tiver sobre esta matéria remeter à Assembleia

Municipal, era só para dar o sinal, já que ninguém a apresentou, fica mais ou menos a

ideia, de qualquer maneira ela foi distribuída. --------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, posto isto, vamos dar a palavra a quem está inscrito.” --------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Está inscrito o Senhor Deputado José Casimiro, do BE.” -----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado José Casimiro é muito bem-vindo à Assembleia Municipal,

porque também está a animar esta sessão. Faz o favor.” --------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “A nossa tomada de palavra agora dizia respeito a uma questão muito simples,

que é, como todos sabem, o Bloco de Esquerda é contra a questão da transferência de

competências, ditada da Lei 62/2019, de 28 de maio, e as únicas questões que nós

queríamos referir que era por um lado de fazer duas perguntas. -----------------------------

----- Uma pergunta era em relação à questão de identificação das áreas de gestão de

transferência e dos bens imóveis, eu presumo que isto seja da Docapesca, o resto que

falta da Docapesca, mas de qualquer forma depois dirão se há mais alguns

equipamentos daquela área. -----------------------------------------------------------------------

----- E a segunda questão que eu gostaria de colocar, e isso foi o motivo principal de

vir aqui, saber se futuramente a parte que diz respeito em relação a Lisboa, se em

relação àquilo que foi apresentado ontem, ao projeto que foi apresentado ontem da

nova expo para a zona ocidental e que vai ter a reconversão da zona ribeirinha de

Pedrouços e da Cruz Quebrada, que já não diz respeito ao Município de Oeiras, se

esta parte que diz respeito em relação a Pedrouços, já está, é contemplado por este

Proposta, vá ocupar o espaço que é contemplado por esta Proposta.------------------------

----- Era só para já isto, claro que esta reconversão terá que vir ser objeto também da

nossa apreciação futura, mas de qualquer forma, era uma pergunta que eu aqui já

deixaria feita. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Eu cometi aqui um erro, uma vez que temos três propostas em apreciação,

perguntámos à Câmara se queria apresentar a sua Proposta, dispensou a apresentação,

mas não perguntei aos proponentes da Proposta 005 e 009 se querem presentar as

Propostas, o que devia ter feito e, portanto, faço-o agora. ------------------------------------

----- Pergunto ao PEV se quer apresentar a Proposta é aproveitar para fazer a sua

intervenção? Deve fazê-lo nesta fase e antes do debate de toda a gente, portanto, é que

não estava cá na lista, portanto, é por isso, pronto, portanto, se não se importam e não

percebi. ----------------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

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----- Não, a Senhora 2ª Secretária teve que se ausentar uns minutos e a gente não

compreendeu aqui a notação, peço desculpa Senhor Deputado do PEV peço desculpa

foi aqui uma alteração da ordem. -----------------------------------------------------------------

----- Já agora pergunto se o PCP também quer apresentar a Proposta? Será a seguir,

muito bem.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado de novo, Senhora Presidente. -------------------------------------------

----- Os Verdes voltam a apresentar uma proposta com vista à rejeição de

transferência de competências para o Município de Lisboa, em 2019, desta vez, nos

domínios das áreas portuário-marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico

e económico não afectas à actividade portuária. ------------------------------------------- ----- Esta transferência de competências decorre do Decreto-lei nº 72/2019, de 28 de

Maio. O seu âmbito pretende que os municípios exerçam “competências no domínio

do regular funcionamento das infraestruturas portuárias de apoio às actividades de

pesca e de náutica de recreio, visando a sua exploração económica, conservação e

desenvolvimento, nos múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e

patrimonial, de gestão de efectivos, de administração do património do Estado que

lhes está afecto e de exploração portuária (…) desenvolvendo actividades que sejam

complementares, subsidiárias ou acessórias”. --------------------------------------------------

----- Essas áreas incluem, designadamente, “onde não se verifique o tráfego marítimo

de mercadorias e passageiros, a náutica de recreio, a pesca ou construção e reparação

de embarcações”, bem como “áreas sob jurisdição portuária inseridas em meio urbano

(…) sejam susceptíveis de aproveitamento para fins turísticos e económicos”, bem

como “postos de recepção e transferência de pescado” que não disponham de

“infraestruturas para a primeira venda de pescado em lota”. E incluem, inclusive, que

uma autarquia possa “construir, adquirir, conservar e fiscalizar as obras marítimas e

terrestres, bem como equipamento flutuante e terrestre dos portos e marinas”. -----------

----- Como habitualmente nestes casos, “os municípios que não pretendam a

transferência das competências previstas no Decreto-lei comunicam esse facto à

Direção-Geral das Autarquias Locais, após prévia deliberação dos seus órgãos

deliberativos”. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Ora bem, na nossa perspectiva, a Assembleia Municipal pode e deve recusar um

processo que extravasa as atribuições do Município e que escassas vantagens

apresenta para a cidade e os seus cidadãos. E a verdade é que não se conhece qualquer

estudo que fundamente a transferência das competências identificadas na Lei nº

50/2018, de 16 de Agosto. Nem apenas ele nunca foi apresentado, como se

desconhece qualquer avaliação rigorosa do seu impacto para as autarquias, seja a nível

financeiro, técnico ou a nível de recursos humanos. -------------------------------------------

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41

----- De um facto já todos nos apercebemos: a legislação não garante a transferência

dos meios adequados e, portanto, estamos perante mais uma inaceitável

desresponsabilização do Governo que implica uma transferência adicional de

encargos para as autarquias. -----------------------------------------------------------------------

----- Na generalidade, Os Verdes voltam a defender que qualquer processo de

descentralização deve procurar dar a melhor resposta às necessidades imediatas das

populações, indispensáveis para a sua qualidade de vida, e promover uma melhor

gestão dos serviços públicos, valorizando a intervenção do Poder Local. -----------------

----- São estes, e não outros objectivos, que devem estar na base de um processo de

descentralização. Mas nada disso está a ser tido em conta nesta transferência de

competências. Pelo que, para o PEV, é inconcebível criarem-se condições para agravar desigualdades entre as autarquias e para que os cidadãos fiquem reféns da

disponibilidade financeira de cada município, para acederem a funcionalidades ou

serviços específicos. --------------------------------------------------------------------------------

----- Como sempre, relevamos que as funções sociais do Estado, consagradas na

Constituição da República Portuguesa, e os direitos fundamentais, têm que ser

assegurados a todos os cidadãos de forma universal em todo o território, e não

assumirem-se ‘fait-divers’, apenas porque possam vir a ser rentáveis, na expectativa

de cobrança de licenciamentos, de novas coimas, taxas ou impostos. ----------------------

----- Ou seja, tudo o que se alega para se concretizar esta e outras descentralizações

acaba sendo subvertido, sendo precisamente por estas razões que muitas autarquias

estão a recusar as novas competências, caminho que Os Verdes defendem que Lisboa

deveria também seguir. ----------------------------------------------------------------------------

----- Por tudo isto, Os Verdes reafirmam que podem contar com a nossa defesa de um

processo de descentralização que não se limite à transferência de responsabilidades e

do acréscimo de despesas entre as Administrações Central e Local. Em alternativa, as

autarquias devem assumir, como prioritário, uma maior capacidade para responder

aos seus problemas e dos cidadãos, respeitando a integridade do serviço público. -------

----- Por isso, não devemos aceitar figuras de fragilização das funções sociais do

Estado, nem a hipoteca da garantia da universalidade dessas mesmas funções. -----------

----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fábio de Sousa, do PCP.” ------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde a todos. ----------------------------------------------------------------------------

----- O PCP tem vindo a alertar para os perigos da lei de transferência de

competências para as autarquias, a sustentabilidade financeira concreta da

transferência para as autarquias locais de atribuições até este momento da

DRAFT

42

Administração Central acarreta, como sabemos, o inerente risco dessa transferência

poder ser lida como um mero alijar de responsabilidades do Estado, a preocupação

com o não agravamento das desigualdades entre Autarquias Locais, o afastamento

excessivo do estado de áreas específicas, em que seja essencial o seu papel, sobretudo

olhando à escala exigida para o sucesso das intervenções públicas, assim a Proposta

número 493/CM/2019, que não chega no dia de hoje, demonstra-nos mais uma das

insuficiências e erradas opções adotadas normais desta vias com a passagem de

competências e erradas opções adotadas na Lei, desta vez com a passagem de

competências no domínio das áreas portuárias e/ou marítimas e aéreas urbanas de

desenvolvimento turístico e económico, não afetas à atividade portuária, abrem-se

ainda mais caminhos aos interesses do grande capital e da especulação imobiliária,

deixando a cidade disponível para hotéis, esplanadas e condomínios de luxo. ------------

----- É nesta linha de pensamento e em coerência com o direito à cidade que tanto

defendemos que votaremos contra esta Proposta. Obrigado” --------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ------

----- A Proposta que hoje a Câmara Municipal nos traz, a 493/CM/2019, incide sobre

a transferência de competências previstas no âmbito e no domínio das áreas portuário

marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico e económico, não afetas à

atividade portuária. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Ora, representa isto, para os mais distraídos, uma transferência direta de

competências de gestão de uma fatia do território, que até hoje estava afeta

diretamente a uma organização que era neste caso a Administração do Porto de

Lisboa, porém resulta também da 56/2012 aqui um fenómeno que não vem

contemplado, nem é referido por esta Câmara Municipal no âmbito desta

transferência. Todos os espaços públicos que estavam no domínio desta atividade e

que estavam sob gestão direta da Administração do Porto de Lisboa passam

inevitavelmente para as Juntas de Freguesia. Com a exceção, obviamente, daqueles

que são equipamentos. -----------------------------------------------------------------------------

----- Ora, resulta também evidente daqui, que manutenção desse mesmo espaço

público e a limpeza desse mesmo espaço público tem forçosamente por obrigação da

56/2012 que transitar para as Juntas de Freguesia, donde se pergunta, Senhor Vice-

Presidente, o que é que aconteceu à 56/2012, no âmbito desta transição? E o que é que

implica inevitavelmente, e que não vem contemplado nesta reflexão, os encargos

resultantes da manutenção do espaço público, friso manutenção das calçadas,

manutenção de espaços ajardinados, e relativamente também à manutenção da higiene

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43

urbana nestes novos espaços, que passam agora para domínio público, portanto,

domínio da Câmara Municipal e que, de acordo com a 56/2012, transita

automaticamente para a gestão das Juntas de Freguesia. Disse.” ----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Manuel Lage, do PS.” -----------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados. -----------------------------------------------

----- E chegamos ao momento em que assistimos à apresentação de Propostas que são

em si mesmo preconceituosas, por um lado a famosa luta contra a transferência de

competências, contra a descentralização administrativa, e cá vamos nós outra vez na

mesma conversa do costume, em que, desta vez não há uma mais-valia muito clara,

mas há uma mais-valia, mas não há um estudo, é uma coisa que não é assim muito,

não conseguimos ver uma grande vantagem, mas já há uma ligeira vantagem, já não é

mau, porque até aqui era tudo mau e, portanto, talvez haja aqui uma réstia de

esperança! --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados do PEV e do PCP, ou da CDU, porque isto quando se junta

tudo vai dar ao mesmo, mas a questão no fundo torna-se clara, é que, na verdade, nós

estamos a conseguir assegurar que haja uma manutenção na esfera pública e, portanto,

não se percebe quando o PCP aqui vem dizer que “aí vem o grande capital, aí vem a

especulação imobiliária”, e aí vem preconceito contra a hotelaria e contra o

desenvolvimento do turismo, e contra o desenvolvimento da cidade, não se percebe

como é que isto sucede, porque ainda há pouco ouvimos que o Senhor Deputado do

PEV dizer que havia algumas vantagens, eram e eram escassas. ----------------------------

----- E depois temos o lado oposto, porque isto ora de um lado temos aqui a esquerda

de um lado a dizer que “aí vem o grande capital e aqui vem tudo, e daqui não vem

nada” e depois temos o lado direito, e temos á nossa direita a dizer “Oh Senhor

Vereador, então mas não há descentralização que baste, isto não chega às Juntas de

Freguesia, porque isto não vem o dinheiro que chegue, porque isto não chega às

Juntas de Freguesia e é preciso é mais”, e de facto aquilo que nós percebemos é que

está muito bem feito, e aquilo que me parece é que há e que é essencial é que haja

uma confiança, porque é aí que se revela, e este é o ponto de equilíbrio, e por isso é

que no meio, entre uns e outros, no meio é que está a virtude! ------------------------------

----- Ora aí está Senhor Deputado, vê como bem percebe? No meio é que está a

virtude, aí é que está o ponto de equilíbrio, é que é exatamente na questão de nós

percebermos que é o Município que vai negociar com o Governo Central a questão

que ambos, quer à esquerda, quer à direita, manifestam uma enorme preocupação, que

é a negociação com o Estado Central e a questão das verbas, como levantava ali o

Senhor Deputado do PEV, a questão do dinheiro, de onde é que estão as verbas? Se

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44

são aquelas que não são negociadas pelo Executivo, e são essas que depois,

naturalmente, serão, como tem vindo a ser a contragosto da esquerda, distribuídas

depois, naturalmente e bem às Juntas de Freguesia, para que elas possam continuar a

descentralizar e a estar mais próximas dos cidadãos e daquilo que são as necessidades

dos lisboetas. Muito obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, vamos prosseguir, penso que o

Senhor Deputado Luís Newton se inscreveu na continuação do seu tempo, certo?

Muito bem, então vamos continuar.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Não é o Senhor Deputado Luís Newton, é o Senhor Deputado Diogo Moura, do

CDS-PP.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Apenas dar nota e evitar a apresentação de uma declaração de voto, o debate ali

parece animado, lá em baixo, apenas dar nota que o CDS é favorável à

descentralização de competências do Estado para as Autarquias, de serviços de

proximidade do cidadão, e neste caso das áreas marítimo portuárias, parece-me uma

matéria importante, já houve nos últimos anos um grande avanço naquilo que é a

passagem de domínio de território na zona portuária que não tinha essa servidão para

o Município, e parece-me que esse é um passo importante, contudo, iremo-nos abster,

à semelhança das propostas que já aqui vieram neste sentido, porque o aqui hoje

estamos a votar não é o processo final, mas é sim o início, ou seja, aceitar que estas

competências possam ser transferidas ou não para Lisboa e, portanto, neste momento

abstemo-nos e guardamos uma posição favorável ou contrária para quando a Câmara,

no âmbito do processo negocial possa, antes de o fechar, de o trazer a esta Assembleia

Municipal, através das suas Comissões, para que nós também possamos dar os nossos

contributos e a Câmara para se saber efetivamente aquilo que esta Assembleia pensa

sobre esse mesmo processo negocial, e para todos também refletirmos se ele no final é

benéfico ou não para a Cidade. Muito obrigado.” ---------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. --------------------

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45

----- Tenho necessariamente que fazer esta intervenção, porque parece ter existido um

lapso por parte do Partido Socialista, o que prova que, de facto, não é no meio está a

virtude, a dimensão daquilo que é a atual transferência de competências é clara, e nós

apoiamo-la, que fique muito claro isto, também não é, não resultou da minha

intervenção, nem podia, que eram as Juntas que estavam a reclamam mais

competências, não, não é, neste momento as calçadas que estão dentro territórios da

antiga administração da APL passam para a manutenção das Juntas de Freguesia que

têm territórios da APL no seu território, porquê? Porque o mapa da 56/2012, que

definia as zonas de intervenção das Juntas de Freguesia já incluía esse território, e ele

só era excluído da nossa intervenção por causa da lei específica que atribua essa

competência ao Governo, quando o Governo passa essa competência para a Câmara

Municipal, é automático. Porquê? Porque isso deixa de ser da Câmara e passa

automaticamente por força da 56/2012 para as Juntas de Freguesia, a manutenção do

espaço público e higiene urbana, tout court, aliás, nós já tivemos um exemplo no

passado, de algo que decorreu nos mesmos moldes, que foi no Parque das Nações. -----

----- No Parque das Nações havia uma entidade que fazia a gestão do Parque das

Nações e aquilo em 2013 transitou automaticamente para a Junta de Freguesia do

Parque das Nações, e o que deve acontecer na altura foi, tudo isto foi previsto, agora

em 2019 há esta transferência de competências e esta situação está acautelada nem

prevista, é isto que eu quero alertar! -------------------------------------------------------------

----- Nós somos a favor das de transferência, agora eu quero perceber é se eu a partir

de amanhã, como se costuma dizer, já vão reparar buracos na calçada na zona da

antiga administração da APL, e se tenho que ir lá com o que os meus elementos da

higiene urbana para fazer a limpeza daquele espaço também, e porquê? Porque resulta

evidente da leitura da Proposta que o Governo faz, e porque resulta evidente daquilo

que é inclusivamente, o que já existe muita 56/2012, e se dúvidas existissem já há um

precedente, que é o que aconteceu em 2013 no Parque das Nações. Disse.” --------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, neste momento, acabaram as inscrições dos Senhores

Deputados, o Senhor Vice-Presidente tem a palavra, se faz favor.” -------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------

----- Bem, em primeiro lugar e respondendo a todos aqueles que disseram que não

teve o Município, não acautelou o Município, as condições necessárias para a gestão

do que estava a ser transferido, nada de mais falso! O Município assegurou todas as

questões que foram colocadas em cima da mesa, até por alguns Deputados de forças

políticas que não estão de acordo com a transferência, foram colocadas questões em

cima da mesa de ordem operacional e técnica e financeira, que foram respondidos

positivamente por parte do Governo e, portanto, não há em nenhuma, e sublinho, em

nenhuma das matérias que foram transferidas para a Camara Municipal nenhuma

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ambiguidade e nenhuma fragilidade, que nos traga preocupações maiores, porque

foram todas respondidas. --------------------------------------------------------------------------

----- Falta a da Saúde, que ainda cá não veio, porque também não tem definidos todos

os seus pressupostos, até porque à primeira chegada de informação por parte das

entidades responsáveis pela concretização e pela definição dos valores financeiros em

causa, nomeadamente a ARS, nós contrapropusemos e, portanto, eles ficaram estudar

a nossa contraproposta, e ainda não houve fumo branco sobre a matéria, ao contrário

do que aconteceu, por exemplo, na Educação, em que foram de encontro à nossa

Proposta, aceitando quase tudo aquilo que nós propusemos. ---------------------------------

---- E, portanto, nada mais falso que o Município de Lisboa tenha tido alguma

ligeireza na análise deste processo! --------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, queria dizer-vos também que é um pouco estranho, porque quem

estiver lé em casam a ouvir, aqui nós já estamos mais ou menos habituados, mas, para

que estiver lá em casa ou ouvir ou para quem não esteja tão por dentro estes

processos, é um pouco estranho tentar ouvir aqui replicar os argumentos nacionais,

que até em tese podem ser espetaculares, e até podem colher alguma adesão junto dos

mais incautos, mas depois quando nós descemos aqui á realidade local e

concretizamos o que estamos a dizer, há coisas são um bocado absurdas, porque sobre

esta matéria, e agora foquemo-nos neste diploma, o que está em causa é a

transferência de um conjunto de competências nesta área portuária da cidade de

Lisboa e as novas, porque vamos lá a ver, a cidade de Lisboa, o Município de Lisboa

já exerce competências de gestão na esmagadora maioria, ou pelo menos numa área

considerável, daquelas que têm potencial à luz deste diploma para passarem para o

Município de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------

----- Eu aliás até diria que este diploma está inspirado na experiência de alguns

notáveis do Governo, sobre esta área de intervenção, e sobre a transferência de

competências entre o Porto e o Município, e até podemos ler um nome com duas

palavrinhas apenas, António Costa, porque a experiência é longa sobre esta matéria,

aliás, eu estou convencido, não consegui confirmar neste momento, mas estou

convencido que o PCP à altura, nos protocolos existentes sobre passagem da gestão da

quantidade de áreas todas que estão até agora definidas, como transferidas do Porto de

Lisboa para a Câmara, até terão votado a favor, e portanto, o problema depois é

concretização e apanharmos estas contradições. O que é que acontece? O que é que

este diploma traz de novo? Regulariza esses protocolos e dá-lhes força de Lei, neste

caso força legal e não só protocolar e, por outro lado, abre a porta a que se realizem

novos, com comum acordo, com negociação, portanto, meus caros Deputados, o que

nós estamos a fazer é tudo menos aquilo que algumas vezes se ouviu aqui! O cheque

em branco, uma qualquer coisa difusa que estamos a aceitar sem sabermos muito bem

o quê, e não, aceitamos aquilo que já passou. Mas o quê? Queríamos recusar e

devolver? Não me parece, acho que está a correr bastante bem para a Cidade, e o que

for novo vamos negociar, e certamente trazer a esta Câmara para podermos receber os

contributos da mesma, e podemos melhorar essa Proposta, portanto, tudo está bem

quando acaba bem! Podem no contraditório, não me parece, modéstia à parte, que vos

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47

iluminou a vossa conversa, agora espero que os votos sejam exatamente em

consonância com o que eu acabei de dizer. Muito obrigado.” -------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente, tinha tempo cedido PS, mas não foi

necessário, penso que terminámos as intervenções, não.” ------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Peço desculpa, mas não vi o seu pedido de palavra, faz favor.” ----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Eu já estou um bocado cansado desta conversa e lembro-me dos anos de autarca

em Trás-os-Montes, em que votavam todos por unanimidade contra a não aplicação

da Lei das Finanças Locais, pelos governos de Mário Soares, Cavaco Silva, etc., etc.,

todos contra, e ainda hoje continuo a sofrer as consequências disto, porque quando

nós pensamos a nível nacional, pensamos no meio é que estaria a virtude, de facto,

porquê? Porque a Constituição da República é muito clara, há um patamar que está a

ser profundamente prejudicado em todas estas manigâncias das transferências, uma

coisa foram as transferências feitas na altura do António Costa, de facto, com a

passagem de áreas fundamentais para a Cidade, que estavam completamente paradas,

inutilizadas, e que foram muito benéficas para Lisboa, agora estaremos em desacordo

com aquilo que pode ser um corte profundo no futuro deste país, e o que está a fazer-

se a pouco e pouco é a retirar a razão de ser a um patamar importante do poder, que é

constitucional, e que nunca foi cumprido por qualquer dos governos nem por qualquer

das forças políticas que estiveram nos governos, e que nós defendemos e continuamos

a defender, que é a regionalização como passo indispensável e fundamental para a

libertação das regiões e para a afirmação deste país. Muito obrigado.” --------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Ainda temos um pedido de palavra do Senhor Deputado José Casimiro, tem a

palavra o Senhor Deputado José Casimiro, tem tempo ainda, faz favor.” ------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Eu tinha feito duas perguntas numa, no fundo, que dizia respeito ao seguinte, e

primeiro queria fazer uma consideração, quer era o seguinte: nós ao longo destes anos

todos temos todas as forças políticas, julgo eu, têm pugnado para que o povo de

Lisboa possa usufruir daquilo que é a zona ribeirinha, e isso até agora tem sido

conseguido e nós temos apoiado vivamente essas propostas, quando vem aqui, e

também pugnamos para que isso aconteça. -----------------------------------------------------

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----- Agora aquilo que eu coloquei foi por um lado a descentralização, por um lado, e

não é o problema dos incautos que estão lá em casa, é que eu fiz duas perguntas muito

concretas, uma diz respeito em relação à Docapesca e outros imóveis, e outros

trabalhos que ali estão, é que lamentavelmente a Docapesca foi há muito tempo, por

causa de outro projeto num Governo Socialista que deu cabo daquela unidade

económica, e que agora vai dar cabo do resto, e têm no ponto 7, está no ponto 7 desta

Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A outra pergunta que eu fiz tem a ver com a nova Expo da zona ocidental de

Lisboa, um investimento de 300 milhões que foi anunciado ontem entre a Senhora

Ministra do Mar, entre o Presidente da Câmara de Lisboa e o Presidente da Câmara de

Oeiras, e aquilo que eu disse é que se uma parte dessa Proposta, uma extensão daquilo

que vem para Lisboa, se uma parte desse terreno, falando assim, não vai ser ocupado,

porque eu sei que não é tudo por este espaço, mas se não vai ser ocupado para

concretizar esta nova Expo, como lhe chamaram, da zona ocidental de Lisboa, foram

as duas perguntas que eu fiz. Muito obrigado.” ------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada. -----------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, tem a palavra o Senhor Vice-Presidente, tem um terço do

tempo cedido do PS e um terço do tempo cedido dos Independentes, portanto, já

vamos ver quanto é que isso dá.” -----------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Serei muito rápido Senhora Presidente. --------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar respondendo ao Deputado do Bloco de Esquerda, José

Casimiro, para lhe dizer que relativamente, não vou tecer considerações, não vou

ripostar às suas considerações sobre a Docapesca e sua destruição e o seu

reajustamento, e ter sido o PS e não sei o quê, e aquilo ser muito importante, não vale

a pena, porque isso já tem a história que tem, e não me parece que seja uma inverdade

nem que faça nenhum sentido estar agora a ripostar-lhe sobre isso, mas sobre a outra

matéria, queria-lhe dizer que o que foi apresentado ontem vai ser uma intervenção

governamental, que está fora deste âmbito, e que tem uma intervenção 70% no

Concelho de Oeiras e 30% no Concelho de Lisboa, em termos de área de intervenção

acerca disto, e que está fora desta abordagem, e deste Decreto-Lei que estamos aqui a

dizer hoje, até porque, como eu disse, os acordos estão feitos estão feitos e passam a

estar integrados do ponto de vista deste Decreto-Lei, os que ainda não estão feitos irão

ser negociados, e têm que ser aprovados pelo Município de Lisboa. -----------------------

----- Relativamente à intervenção do Senhor Deputado Modesto Navarro, eu gosto

sempre e já disse isto aqui muitas vezes, e toda a gente que me conhece sabe, é certo

que gosto menos de acentuar as diferenças com o PCP do que as convergências, e que

obviamente, divirjo da abordagem sobre o que está a acontecer agora, é fundamental

aproximar em todas estas dimensões a execução de uma série de políticas dos

Municípios, mas, por outro lado, congratular-me que tenha dito que falta aqui o

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49

patamar da regionalização, e agora a título muito pessoal, o qual estou inteiramente de

acordo, que é fundamental para o desenvolvimento do país, e é fundamental existir

uma Área Metropolitana forte, com competências próprias, e que, obviamente, tem

que receber competências do Governo Central, mas também dos Municípios. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Vice-Presidente. ------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, a Mesa não regista mais pedidos de palavra, estamos em

condições de votar, vamos começar então conforme tinha dito pela votação da

Proposta 005 do PEV, de rejeição das transferências para o Município de Lisboa.” -----

----- Proposta 005/PEV/2019, votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM,

6 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do

Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, não tem abstenções, votos a

favor do PCP, PEV e BE. A Proposta 005/PEV/2019 foi rejeitada. ----------------------

----- (Ausência de três Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Sendo assim vamos passar à votação da Proposta 009 do PCP, no mesmo

sentido da rejeição das transferências.” ----------------------------------------------------------

----- Proposta 009/PCP/2019, votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM,

7 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do

Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, não tem abstenções, votos a

favor do PCP, PEV e BE. A Proposta 009/PCP/2019 foi rejeitada. ----------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “A proposta foi rejeitada e passamos à Proposta da Camara, a Proposta

493/CM/2019 e é essa que vamos pôr agora à votação.” -------------------------------------

----- Proposta 493/CM/2019, votos contra do PCP, BE e PEV, abstenções do CDS-

PP, PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul Santos, votos a favor

do PS, PSD, PAN, MPT, 6 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente

Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa.

A Proposta 493/CM/2019 foi aprovada por maioria. --------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Haverá uma Declaração de Voto do PEV, do MPT e do PAN.”----------------------

----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, por escrito, a seguinte Declaração de

Voto: --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do PEV votou contra a Proposta nº 85/2019 - Projecto de

versão final da Alteração Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa, pelas

seguintes razões: ------------------------------------------------------------------------------------

----- - O PEV não concorda com os pressupostos que estão na base da alienação do

imóvel designado por «PM 40/Lisboa - Cerca do Convento da Estrela - Ala Sul» que

está afecto ao Ministério da Defesa Nacional e que integra o património da

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50

Administração Central, por considerar ser este mais um caso de alienação de

património do Estado. Aliás, é a própria proposta que indica não pretender

considerar a permanência do seu uso público, ao ter em “vista a sua rentabilização”. -

----- - O PEV discorda igualmente da alteração do uso do solo para Espaço Central e

Residencial Consolidado - Traçado Urbano A - devido à predominância de Espaços

de Uso Especial de Equipamentos na envolvente próxima e, por isso, considera que

não deveria haver lugar a qualquer redefinição de uso do solo. ----------------------------

----- Finalmente, o PEV defende que o solo da cidade de Lisboa não deve ser ‘um

banco de terrenos aberto à especulação imobiliária’, mas antes que o interesse

colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. No caso presente, parte do

espaço poderia, inclusive, e a título exemplificativo, vir a ser aproveitado para

construção de habitação com rendas acessíveis, como Museu da Saúde Militar, a par

de uma função ligada aos cuidados continuados de saúde.” ---------------------------------

----- O Grupo Municipal do MPT apresentou, por escrito, a seguinte Declaração de

Voto: --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de

Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do

Regimento da AML, fazer constar da Acta da Reunião realizada no dia 23 de Julho de

2019 a sua declaração de voto referente à Proposta 493/CM/2019 – Transferência

em 2019, para o Município de Lisboa , das competências previstas no Decreto - Lei

n.º 72/2019, de 28 de maio, no domínio das áreas portuário-marítimas e áreas

urbanas de desenvolvimento turístico e económico não afectas à actividade portuária.

----- Esta Proposta mereceu o Voto FAVORÁVEL deste Grupo Municipal, tendo em

conta que: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Movimento Partido da Terra – MPT concorda totalmente com a transferência

de competências para a Câmara Municipal de Lisboa das áreas envolventes aos

portos marítimos, uma vez que considera que esta medida vem, por um lado,

contribuir para uma maior transparência relativamente à gestão destes espaços e,

por outro, devolver estas áreas para usufruto dos munícipes da cidade de Lisboa.” ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, ainda temos para votar neste ponto a Recomendação da 1ª

e 2ª Comissões, que já foi aqui apresentada, que é no fundo que a Câmara mantenha a

Assembleia informada sobre a prossecução deste processo. ---------------------------------

----- Vamos pôr à votação a Recomendação 81/02.” ------------------------------------------

----- Recomendação 81/02 (1ª. e 2ª. CP), não tem votos contra, votos de abstenção do

PCP e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM 8 IND, do

Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 81/02 (1ª. e 2ª. CP)

foi aprovada por maioria. -----------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de um Deputado (a) Municipais Independentes da Sala de Plenário) ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

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51

----- “Microfone ao Senhor Deputado Municipal Miguel Santos para fazer uma

Declaração de Voto oral, eu não percebi, pensava que era escrita.” ------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) apresentou, oralmente, a

seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------

----- Isto para explicar que nós de uma forma geral temos estado contra as

transferências de competências que têm sido propostas nas condições em que têm

sido propostas, este é um caso particular, porque achamos que o domínio público

ribeirinho, portanto, a APL, apropriou-se de forma indevida de espaço que era de

todo o direito dos cidadãos e, portanto, o espaço não portuário que, neste momento,

volta à Câmara nunca devia ter saído da Administração da Cidade de Lisboa e,

portanto, a sua volta é uma obrigação e, como tal, estamos, obviamente, de acordo.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, concluído agora este ponto, vamos passar agora a um

conjunto de duas Propostas sobre a SRU, a Proposta 518, que é o primeiro aditamento

ao contrato-programa de 2019, e a Proposta 519 que são minutas de aditamentos aos

primeiros e aos segundos contratos de mandato, e também um terceiro aditamento ao

contrato-programa de 2015.” ----------------------------------------------------------------------

----- PONTO 7 - PROPOSTA N.º 518/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR

PRESIDENTE DA CAMARA) - 1.º ADITAMENTO AO CONTRATO-

PROGRAMA SRU/2019, A CELEBRAR COM A LISBOA OCIDENTAL SRU,

NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NAS

DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO N.º 3 DO ART.º 32.º, DO N.º 1 E 5 DO ART.º

47.º DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, NA REDAÇÃO ATUAL, DO N.º 1

DO ART.º 62.º DO DECRETO-LEI N.º 133/2013, DE 3 DE OUTUBRO, NA

REDAÇÃO EM VIGOR, APLICÁVEL POR FORÇA DO ARTIGO 4.º DO

MESMO DIPLOMA, NA ALÍNEA CCC), DO N.º 1, DO ART.º 33.º DO ANEXO I

DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL, NOS

ART.ºS 65.º E 66.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS, E NO ART.º

26.º DOS ESTATUTOS DA LISBOA OCIDENTAL SRU; ---------------------------------

----- Parecer conjunto da 1ª. e 3ª. Comissões Permanentes; ------------------------------

----- PONTO 7 - PROPOSTA N.º 519/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR

PRESIDENTE DA CAMARA) - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º

519/CM/2019 - MINUTAS DOS ADITAMENTOS AOS PRIMEIROS

CONTRATOS DE MANDATO, DOS SEGUNDOS CONTRATOS DE

MANDATO E DO 3.º ADITAMENTO AO CONTRATO-PROGRAMA 2015 A

CELEBRAR COM A LISBOA OCIDENTAL SRU, E ASSUNÇÃO DOS

RESPETIVOS COMPROMISSOS PLURIANUAIS COM REPARTIÇÃO DE

ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2019, 2020, 2021, 2022 E 2023, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 2 DO ART.º

DRAFT

52

36.º E NA ALÍNEA B), DO N.º 1, DO ART.º 48.º DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE

AGOSTO, NO N.º 1 DO ARTIGO 5.º-A DO CÓDIGO DOS CONTRATOS

PÚBLICOS, NO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA

REDAÇÃO ACTUAL, NO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 127/2012, DE 21

DE JUNHO, NA REDAÇÃO ATUAL E NO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º

197/99, DE 8 DE JUNHO; -----------------------------------------------------------------------

----- Parecer conjunto da 1ª. e 3ª. Comissões Permanentes; ------------------------------

----- (A Proposta 518/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XVI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 3ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XVII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 519/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XVIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 3ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XIX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Estas Propostas foram apreciadas pela 1ª e 3ª Comissões e a primeira pergunta

que eu faço é à Câmara, se quer apresentar estas duas Propostas? É uma grelha

conjunta. A Câmara dispensa a apresentação. --------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Irene Lopes foi a Relatora. Senhora Presidente, muito

obrigada pelo esforço para conseguir pôr Pareceres de todas estas Propostas em tão

pouco tempo, a Senhora Presidente considera que já fez a sua tarefa e que dispensa a

apresentação dos Relatórios que são distribuídos. ---------------------------------------------

----- Muito bem, sendo assim vamos para os Senhores Deputados que se inscreveram,

vamos poder, portanto, começar as intervenções, e a Senhora Segunda Secretária vai

dar a palavra.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Casimiro do Bloco de Esquerda. Não

quer falar? --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Então tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ----------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde de novo, obrigado Senhora Presidente. -------------------------------

----- As duas Propostas nºs 518 e 519/2019 reportam-se a vários aditamentos aos

Contrato-Programa e Contratos de Mandato, a celebrar com a Lisboa Ocidental SRU,

e assunção dos respectivos compromissos plurianuais com repartição de encargos para

os anos de 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023. -----------------------------------------------------

----- No 1º caso, o Município acorda com a SRU a atribuição de um reforço ao

subsídio à exploração, previsto no nº 1 da Cláusula 3ª do Contrato-Programa para

2019, no montante de 500 mil €. -----------------------------------------------------------------

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53

----- No 2º caso, a CML submete à AML as minutas de vários aditamentos aos

Contratos de Mandato, a celebrar com a Lisboa Ocidental SRU, um para o Programa

de Habitação a renda acessível, outros para Centros de Saúde e equipamentos

diversos, e para reabilitação de escolas, creches e espaços públicos, com uma

assunção de compromissos plurianuais, com repartição de encargos para os anos de

2019 a 2023 que, de acordo com a Declaração de Fundos Disponíveis (DFD), ascende

a um valor superior a 4 milhões e 200 mil €. ---------------------------------------------------

----- Acontece que, desde a sua criação em 2004, a empresa, cujo capital é

integralmente municipal, tinha como objecto social a gestão de operações de

regeneração urbana, através da promoção, manutenção e conservação de

infraestruturas urbanísticas, a renovação e requalificação urbanas e a gestão do

património edificado localizado na sua área de intervenção - a zona Ocidental -, bem

como a promoção de intervenções de reabilitação urbana de espaço público,

infraestruturas e edifícios. -------------------------------------------------------------------------

----- Mas esta área de intervenção vai hoje muito para além da inicialmente definida,

pois a SRU passou a incorporar na sua alçada a possibilidade de executar intervenções

em qualquer zona da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, de que para tal

seja encarregue pela CML. ------------------------------------------------------------------------

----- Com efeito, no ano transacto começámos por assistir a um esvaziamento das

atribuições da CML, com a exclusão do escrutínio do Município, quando a SRU

passou a ser uma espécie de nova Direcção Municipal à margem do controlo directo

de fiscalização autárquica, menorizando a discussão ou participação prévia por parte

dos órgãos municipais eleitos, o que não nos parece ter vindo privilegiar a

transparência, muito pelo contrário. --------------------------------------------------------------

----- Desta conjuntura decorreu o surgimento da nova figura dos Contratos de

Mandato a celebrar entre 2019 e 2023, consignada nos 4 eixos já definidos na anterior

Proposta nº 713/2018. ------------------------------------------------------------------------------

----- Embora consideremos algumas dessas acções indispensáveis para a cidade e para

os munícipes, e embora na Proposta nº 519/2019 a despesa referente aos referidos

contratos esteja suportada por conta das verbas inscritas nos Instrumentos Previsionais

do Município para 2019/2023, não nos deparamos com uma definição mais detalhada

ou dados mais objectivos sobre a tipologia e a localização das empreitadas, daí

questionarmos se existem quadros ou tabelas com a discriminação das intervenções e

quais os seus prazos de execução. ----------------------------------------------------------------

----- Os Verdes também já aqui afirmaram que não acompanham este alargamento do

âmbito territorial da SRU Ocidental, nem a nível estatutário e de direcção, nem

funcional, pois são objectos de intervenção e dois sujeitos - a DMPO e a SRU - que

passam a requerer recursos muito diferenciados, até parecendo que o executivo passou

a ter saudades da recém-extinta EPUL, para concretizar intervenções alargadas um

pouco por toda a cidade. ---------------------------------------------------------------------------

----- E quanto aos prazos de execução, recordemos que já aquando da análise da

Proposta nº 669/2017 (em 23/1/2018), fizéramos notar que algumas das medidas

previstas que haviam sido anunciadas em 2016, transitavam de 2017 e ainda se previa

DRAFT

54

apenas viessem a ser concluídas algures em 2019, radicando o motivo, segundo o

executivo, em atrasos da CML (e não da SRU) na elaboração dos projectos de

empreitadas e outros elementos concursais. ----------------------------------------------------

----- Em conclusão, e face ao que temos vindo a defender, Os Verdes consideram que

os projectos delegados na SRU são demasiado estruturantes para que a CML se

desvincule de pensar e construir uma cidade integrada e participada, numa visão de

conjunto. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Supomos ainda que a SRU até poderá não vir a defender a primazia do interesse

público, caso se assistam a externalizações onde os projectos e obras públicas passem

a ser assumidos sem qualquer informação ou discussão antecipada, fruto do

lançamento de procedimentos de contratação de prestação externa de serviços. ----------

----- Como Os Verdes não se conseguem rever nesta orgânica e temos reservas sobre

o Acordo-Quadro para a empresa, não podemos anuir com estas propostas, pelo que

votaremos em conformidade. Obrigada Senhora Presidente.” -------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhor Vice-Presidente, Senhoras e

Senhores Vereadores, Caros e Caras Deputados. ----------------------------------------------

----- O princípio geral de transferências de competências dessa Câmara Municipal tem

progressivamente esvaziado as suas competências, transferindo-as para Empresas

Municipais cuja atividade escapa em grande parte ao escrutínio dos eleitos. --------------

----- Não estou a falar só daqueles que têm pelouros, de todos os eleitos na Câmara

Municipal e na Assembleia Municipal. ---------------------------------------------------------

----- A Empresa Municipal SRU SA vai receber a quase totalidade das obras públicas

que a Câmara promove, não se prevendo mecanismos claros para que os órgãos

eleitos, Câmara e Assembleia, recebam informações da SRU, que não seja o Plano de

Atividades e Fecho de Contas. -------------------------------------------------------------------

-----Vemos desaparecer do mapa do escrutínio público os maiores investimentos

públicos da Câmara Municipal de Lisboa. Com a transferência de parte das

competências da Direção Municipal de Projetos e Obras para a Empresa Municipal

Lisboa Ocidental SRU, Sociedade de Reabilitação Urbana EM SA, nomeadamente as

grandes obras, os Órgãos Autárquicos Municipais eleitos deixaram de ter acesso

regular aos procedimentos que envolvem estas importantes empreitadas Municipais,

esta decisão do Executivo significa o afastamento destes processos do escrutínio

público e democrático. ----------------------------------------------------------------------------

----- A tendência é sempre de agravamento da situação e da democracia local tendo-se

alargado o objeto da SRU a toda a Cidade e à intervenção em equipamentos sendo

DRAFT

55

com isto o espartilho à intervenção dos Vereadores sem pelouro, também se reforçou,

donde a posição crítica que os Vereadores eleitos na Assembleia Municipal do PCP

assumiram em todo o processo. ------------------------------------------------------------------

-----Esta situação é totalmente inaceitável dificultando o escrutínio das várias

situações, limitando o papel do Município ao de um balcão de licenciamentos, e não

menos grave, desvirtuando o papel de fiscalização que aos eleitos foi confiado através

do voto. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Mais uma vez não votaremos favoravelmente estas Propostas, não aprovaremos

estas transferências de dinheiro e de obras e de responsabilidades para a SRU, o

esvaziamento do poder democrático na Cidade aumenta! Não o acompanharemos! -----

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Aline Beuvink, do PPM.” -----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Excelentíssimas Senhoras Secretárias da

Mesa da Assembleia, Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores,

Senhores Deputados, muito boa tarde meus Senhores e meus Senhores. -------------------

----- A recente alteração dos estatutos da SRU e o respetivo alargamento de

competências traz-nos hoje a este paradoxo, aquela que era uma pequena Empresa

Municipal de Reabilitação Urbana a servir a zona ocidental da Cidade é hoje o

instrumento preferencial da Câmara para construção de obra nova, obra sem contexto

de reabilitação urbana. -----------------------------------------------------------------------------

----- Veja-se o que aconteceu recentemente com a transferência da responsabilidade

na construção dos centros de saúde da cidade há muito prometidos, mas ainda por

construir. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A opacidade deste instrumento cria dificuldades de escrutínio, não se conhecem

projetos, nem uma planta, nem uma folha de obra passa por aqui, e a SRU passa a ser

a central de obras do Município, porém, a questão e se me permitem, é

fundamentalmente política e muito mais profunda, os lisboetas votaram num conceito

político para a sua Cidade, não votaram numa empresa. Os Lisboetas votaram para

que um Presidente da Câmara tomasse decisões importantes para Lisboa e que estas

não pudessem ser decididas pelo Presidente de uma Empresa, já o dissemos

reiteradamente, não estão em causa os projetos que incluem as operações de habitação

de renda acessível de iniciativa pública, obras em escolas e creches bê-á-bá, programa

Lisboa SNS Mais Próximo, intervenções em espaço público no âmbito do Programa

Uma Praça em Cada Bairro. -----------------------------------------------------------------------

DRAFT

56

----- Se olharmos em detalhe para a Proposta 518 esta prevê o reforço 500 mil euros

da dotação inicial de 3 milhões de euros para acolher necessidade de reforço do

subsídio à exploração. ------------------------------------------------------------------------------

----- Em relação à Proposta 519 temos 17 projetos relacionados com o Programa de

Renda Acessível, com um total de 142 milhões de euros, 3 projetos relacionados com

o Programa Espaço Público de quase 6 milhões de euros, 3 projetos relacionados com

o Programa Creches e Escolas de quase 13 milhões de euros, 8 Projetos do Programa

de Centros de Saúde de 23 milhões de euros. Correto Senhor Vice-Presidente? Muito

obrigado. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados são muitos milhões a sair dos cofres do Município! -----------

----- A nível de Arquitetura a principal questão prende-se com o facto de ainda não ter

dados mais aprofundados sobre os diversos edifícios e respetivas obras em questão!

Esta análise com a documentação existente fornecida, só serve para perceber ao certo

quanto e onde é que o dinheiro está a ser gasto, no entanto, para que a Assembleia

consiga elaborar um relatório em condições a SRU deve fornecer toda a

documentação, peças escritas e desenhadas de cada edifício, para perceber como é que

o dinheiro dos contribuintes de Lisboa está a ser gasto! De outra forma, isto não vai

passar de um jogo da Playmobil, ou da Lego, e nós limitamo-nos a aprovar envelopes

de obras que parecem listas de compras, apenas com nomes e montantes, sem um

único desenho ou projeto.--------------------------------------------------------------------------

----- Além disso, nós no PPM defendemos a ideia de uma monarquia constitucional e

não de uma monarquia absolutista, pelo que encaramos o monopólio das decisões na

mão de uma só pessoa, ainda por cima sem ser devidamente escrutinada, como sendo

algo de pouca feição democrática.----------------------------------------------------------------

----- Não temos absolutamente nada contra o Senhor Vereador Manuel Salgado, até

tem muita simpatia por si, Senhor Vereador, talvez seja o toque natalício da sua barba,

mas ser o Vereador do Urbanismo de manhã e Presidente do Conselho de

Administração da Empresa que faz projetos urbanísticos à tarde, dá a sensação de

estarmos numa história do género “Doutor Jekyll and Mister Hyde”, ainda

acompanhado pelo Senhor Vice-Presidente JP Saraiva, que na volta ainda poderá ser o

Gabriel John Utterson desta história, já tínhamos o Senhor Presidente da Câmara

como Presidente do Turismo de Lisboa, agora o Senhor Vereador do Urbanismo à

frente de uma empresa de obras, só falta a Senhora Vereadora da Cultura ficar na

EGEAC, coisa pelos vistos não vai acontecer. -------------------------------------------------

----- Recordamos ainda que foi votada favoravelmente aqui nesta Assembleia, uma

Recomendação que prevê o envio de relatórios trimestrais para acompanhamento da

atividade desta Sociedade, já não apenas de Reabilitação Urbana de Lisboa e também

já não apenas Ocidental, por tudo isto, e enquanto não nos chegarem pormenores das

obras, dos projetos e das despesas, não contem com o PPM para retirar o poder de

fiscalização desta Assembleia. Obrigada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------

DRAFT

57

----- Tem a palavra agora a Câmara Municipal, quem é que da Câmara Municipal vai

responder? O Senhor Vice-Presidente ou o Senhor Vereador Manuel Salgado? Quem

é que responde? Faz o favor. ----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Bem, começando pelo fim, pelo fim, pela última intervenção, todas me

merecem o mesmo interesse e a mesma tentativa de objetiva resposta. --------------------

----- Ora, milhões a sair dos cofres do Município, pois Senhora Deputada é verdade,

saem milhões dos cofres, e todos os meses. ----------------------------------------------------

----- Estes têm por acaso um destino que é basicamente mudam de gaveta, é uma

empresa que é detida 100% pelo Município, escrutinada nos termos da Lei pelo

Município, e portanto, vai-me desculpar, mas não me parece que haja nenhum motivo

para ter esse nível de desconfiança relativamente a esta ou a qualquer outra Empresa

Municipal, elas têm vindo a merecer, ano após ano, cada vez menos reservas dos

revisores oficiais de contas, cada vez as contas a serem mais qualificadas do ponto de

vista técnico e cada vez com mais informação, que politicamente pode escrutinar. ------

----- Mas eu queria, porque de facto uma boa parte das intervenções no mesmo

sentido, sobre a questão da transparência dizer uma coisa, eu não consigo entender,

que tendo os Senhores acesso, que estando nós a cumprir a Lei, vamos nós além da

Lei, porque o Partido com que a Senhora Deputada fez coligação é que mudou a Lei

para a Assembleia ter menos possibilidades de escrutínio das Empresas Municipais,

não foi esta maioria, e quem a apoia, foram os seus coleguinhas, pronto! -----------------

-----E como foram os Senhores agora, se calhar, façam uma proposta para a mudar na

Assembleia da República, para ver se limpam a mão ou qualquer coisa, porque nós

como não concordamos com isso, até estamos a dar mais informação do que a Lei

pede, do que a Lei nos obriga e, portanto, o que nós vamos apresentar é na quinta-

feira em Câmara, é um sistema integrado de apoio à gestão das Empresas Municipais,

que vai permitir ao Município, que acho que compila toda a informação sobre a gestão

das Empresas Municipais e estabelece um conjunto de mecanismos para podemos

todos escrutinar melhor as Empresas Municipais, além da Lei, já agora para que fique

claro, que estamos a ir além da Lei, mas o que a mim mais me intriga é que tendo tido

esta Assembleia, como aliás, é de Lei, acesso ao Relatório Trimestral desta Empresa,

e de todas as outras, até hoje não houve uma pergunta sobre isso, não houve uma

chamada à Comissão, a nenhuma Comissão do Conselho de Administração dos

Vereadores responsáveis e, portanto, eu peço imensa desculpa, mas eu não posso

aceitar que os Senhores venham para aqui dizer que há falta de transparência, que nós

não colaboramos, que nós não informamos, os Senhores já leram os Relatórios

Trimestrais? Então tenho que presumir que estão satisfeitos com toda a informação

que lá está! Porque não colocaram uma questão que seja, portanto, enchem aqui a

boca a dizer “Não, os Senhores não são transparentes, é a opacidade total, os Senhores

estão a esvaziar tudo, para dar às Empresas só para fugirem ao escrutínio e depois tem

a possibilidade de escrutinar e não há uma questãozinha que seja! -------------------------

DRAFT

58

----- Pois continuamos completamente disponíveis para todas as questões que

entendam colocar! Mais, não ficámos quietos, vamos para além do sistema que vai ser

aprovado na próxima quinta-feira, espero eu, já que a oposição certamente vai votar

em peso nele, também temos em desenvolvimento no site da própria SRU, para irmos

à frente, não é? Porque Empresa que vai à frente, faz duas vezes qualquer coisa e,

portanto, estamos a colocar no site, no site da SRU toda a documentação em

preparação para o próximo Conselho de Administração para os Senhores Deputados e

todo o público e todos os munícipes, e alguns até cidadãos do mundo, possam

escrutinar a SRU, e depois todas as peças que forem aprovadas no Conselho de

Administração também podem, também estão noutra secção para poderem escrutinar,

e teremos todo o gosto, mas vão lá, está bem? Não nos deixem naquela angústia de

depois não haver cliques no site, nós gostamos muito que lá vão, portanto, vão lé

escrutinar, vão ver, teremos todo o gosto em vir aqui esclarecer tudo, e depois eu

aprecio muito, sabe que eu tenho muito respeito por todos os Senhores Deputados,

pela Senhora Deputada em particular, mas não posso aceitar, nem eu nem a minha

colega Inês Ucha que diga que as decisões são de um só homem! Gostamos todos

muito dele, temos, de facto, uma consideração enorme por ele, é uma personagem que

vai ficar na história desta Cidade pelos melhores motivos, eventualmente, por um ou

outro menos consensual, mas pelos melhores motivos, e, portanto, já tem esse lugar

independentemente de tudo o que faça daqui para a frente e, portanto, nós gostamos

muito dele mas em democracia não é assim, há ali três votos, assinamos os três

documentos e, como já percebeu quer por esta intervenção quer por muitas outras, eu

não faço papel de corpo presente em nenhuma organização em que participo, nem eu

nem a minha colega Inês Ucha e, portanto, respondendo com toda a tranquilidade para

esse lado gostava só de terminar para o lado da esquerda, aí sim, há de facto um

problema, nós tentámos ir de encontro ao PCP, porque o PCP relativamente ao objeto

da SRU tinha aqui uma espinha encravada que nós também tínhamos e, portanto,

desencravámos, é que, de facto, a SRU tinha poderes de licenciamento que deixou de

ter, a SRU tinha poderes de expropriação que deixou de ter, só para citarmos dois

principais, vanda forçada ou arrendamento forçado, tinha vários poderes que lhe

foram retirados passando eles para a Câmara e, portanto, nós retirámos esse aspeto. ----

----- Agora deixem-me lá também dizer com toda a transparência, os Senhores não

podem, e para terminar Senhora Presidente…” ------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Senhor Vice-Presidente diga o que quiser, mas está no fim do seu tempo.” -------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Sim, mas para terminar só o raciocínio, os Senhores podem dizer aquilo que

quiserem sobre esta matéria, mas os Senhores são os mesmos que dia após dia, sessão

após sessão, nos vem dizer que nós precisamos de executar mais, precisamos de fazer

mais intervenções, precisamos de intervir na habitação, precisamos de concretizar o

Plano de Drenagem, precisamos de fazer “n” intervenções em “n” áreas na

DRAFT

59

mobilidade, e quando nós criamos um instrumento que nos possibilite a fazer tudo

isso com mais capacidade, os Senhores vem dizer “Não, não, ai. Ai, que os Senhores

estão aqui a fazer uma coisa!”, estamos a fazer a coisa certa e vamos prová-lo com os

resultados. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente.-------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, antes de passarmos às votações, eu queria apenas lembrar

ao Senhor Vice-Presidente e a todos os Senhores Deputados Municipais que os

Relatórios Trimestrais das Empresas Municipais estão no site da Assembleia

Municipal, e todos os Relatórios das Empresas Municipais estão no site da

Assembleia Municipal, tudo o que nós recebemos desde 2013, o mandato anterior e

este, está tudo no site da Assembleia Municipal e, portanto, são públicos para quem as

quiser ver, isto já há muitos anos! ----------------------------------------------------------------

----- Mas vamos prosseguir, nessa altura não havia Relatórios Trimestrais, eram só

Relatórios Anuais! ----------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir, vamos prosseguir então com a votação que temos que fazer

em primeiro lugar é Proposta 518, eu peço desculpa mas ela tem um erro material, que

o estou a ver se descubro onde é que está. A Proposta 518 tem um pequeno erro

material, vou apenas dizer para efeitos da Ata, no considerando D, na minuta do 1º

aditamento, no considerando D, onde consta “Orgânica 11.00” deve constar

“Orgânica S11.00”, muito bem. ------------------------------------------------------------------

----- Proposta 518/CM/2019, votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PEV, MPT,

PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves,

abstenções do PAN e 3 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul

Santos, votos a favor do PS e 5 IND. A Proposta 518/CM/2019 foi aprovada por

maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não

participou na apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) ---------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Vamos agora para a votação da Proposta 519/CM/2019, que os aditamentos aos

primeiros contratos de mandato, aos segundos contratos de mandato, e o terceiro

aditamento ao Contrato de Programa de 2015.” ------------------------------------------------

----- Proposta 519/CM/2019, votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, PEV, MPT, PPM

e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves, abstenções

do PAN e 3 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul Santos, votos a

favor do PS, BE e 5 IND. A Proposta 519/CM/2019 foi aprovada por maioria. ------

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não

participou na apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) ---------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Senhores Deputados, vamos agora para a votação, há uma Recomendação

importante da 1ª e 3ª. Comissões Permanentes, sobre a Proposta 519, que tem a ver

com a solicitação do envio da Assembleia à Câmara destas obrigações de reporte

DRAFT

60

trimestral que estão previstas nas minutas dos contratos, e também dos projetos de

reabilitação urbana, em momento anterior ao início do procedimento da contratação

da empreitada. Foi uma das questões que os Senhores Deputados levantaram e as

Comissões pedem que esta informação seja fornecida à Assembleia sistematicamente. -

----- Recomendação 81/04 (1ª. e 3ª. CP), não tem votos contra, abstenções do PCP e

PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM, 9 IND e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves. A Recomendação

81/04 (1ª. e 3ª. CP) foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não

participou na apreciação e votação desta Recomendação por impedimento legal) -------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, temos agora um ponto que foi retirado a Recomendação

77/08, o Senhor Deputado Diogo Moura mandou-me um e-mail a solicitar a retirada,

porque há notícia de que a Câmara está a tentar mexer no Regulamento e, portanto,

vamos aguardar os desenvolvimentos, e o CDS suspende para eventualmente mais

tarde poder apresentar esta matéria. --------------------------------------------------------------

----- Vamos agora apreciar o Voto de Saudação, apresentado pelo PAN, à Sociedade

Portuguesa de Cardiologia, é uma nova versão, é o ponto número 9 da Ordem de

Trabalhos.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 9 - APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/01 (PAN) –

NOVA VERSÃO - VOTO DE SAUDAÇÃO À SOCIEDADE PORTUGUESA

DE CARDIOLOGIA PELOS SEUS 70 ANOS, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA

ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; ---------------------------------------------- ----- (O Voto de Saudação 81/01 (PAN) fica anexada a esta Ata como Anexo XX e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Tem a palavra o PAN para apresentar o Voto. Senhora Deputada faça o favor.” --

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, Excelentíssimas Senhoras da Mesa,

Excelentíssimas Senhoras Vereadoras e Deputadas Municipais, Excelentíssimos

Senhores Vereadores, Deputados Municipais, funcionários da Assembleia Municipal,

Público e comunicação social presente. ---------------------------------------------------------

----- Hoje trazemos um Voto de Saudação pelos 70 anos da Sociedade Portuguesa de

Cardiologia, comemorados no passado dia 9 de julho, queremos saudar assim os 70

anos da entrega e dedicação desta entidade à investigação e sensibilização na área da

Cardiologia em Portugal. --------------------------------------------------------------------------

----- A Sociedade Portuguesa de Cardiologia dedica-se ao estudo de doenças

cardiovasculares que afetam hoje meio milhão de portugueses, por outro lado, a morte

súbita que tira vida a 12 mil portugueses por ano é provocada maioritariamente por

doença coronária. -----------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

61

----- Nas palavras do Presidente da Sociedade, o Professor Victor Gil é necessário

controlar os fatores de risco cardiovascular e apostar na reabilitação cardíaca. É por

isso que aproveitamos este Voto para convidar a todos e a todas a refletir sobre o que

é que poderíamos fazer para combater as doenças cardiovasculares, e a chave está

uma vez mais na prevenção. -----------------------------------------------------------------------

----- A elevada taxa de mortalidade em doenças cardiovasculares deve-se

essencialmente às ao estilo de vida, à falta de informação e também a outros fatores

que podem prevenir o aparecimento destas e de outras doenças. ----------------------------

----- Como referimos há bem pouco tempo nesta mesma Assembleia, numa

Recomendação que acabou por ser reprovada, a Organização Mundial de Saúde tem

vindo a indicar como dieta saudável o comer bastantes cereais integrais, leguminosas,

vegetais e frutas, reduzir os alimentos muito calóricos com açúcar ou gordura, assim

como evitar também as bebidas açucaradas, as carnes processadas e as carnes

vermelhas, cujo consumo excessivo está diretamente associada ao desenvolvimento

das doenças cardiovasculares, mas a prevenção não se esgota também no tipo de

alimentação que seguimos, conforme alerta a própria Sociedade Portuguesa de

Cardiologia a atividade física é outro elemento fundamental de prevenção destas e de

outras doenças, conforme também aqui já referimos por diversas vezes,

nomeadamente, na Recomendação Jovens e Desporto, que trouxemos precisamente há

um ano atrás a esta Assembleia. ------------------------------------------------------------------

----- Para concluir um outro fator de risco que pode ser também referido para contrair

doenças cardiovasculares, que não podemos deixar de referir, é a poluição atmosférica

em Portugal, que está a causar o dobro das mortes estimadas, apesar das pessoas não

estarem conscientes para este problema. De acordo com dados de março deste ano na

Europa, as mortes provocadas por doenças cardiovasculares, associadas à poluição do

ar, representam já cerca de 40%. Em Portugal, os problemas cardiovasculares como

ataques ou paragens cardíacas representam 30% do total de mortes causadas pela

poluição do ar, pensamos, assim na seriedade destes números na hora de tomar

decisões em prol das pessoas da nossa Cidade, promovendo medidas que possam

efetivamente promover estilos de vida mais saudáveis e combater, obviamente, estas

problemáticas. Muito obrigada.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------

----- A Mesa pergunta se alguém quer intervir sobre este Voto? Se não há pedidos

palavra a Mesa vai por o Voto à consideração e à votação.” ---------------------------------

----- Voto de Saudação 81/01 (PAN), não tem votos contra nem abstenções, votos a

favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Raúl Santos, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui

Costa. O Voto de Saudação 81/01 (PAN) foi aprovado por unanimidade. -------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

62

----- “Vamos passar agora ao Ponto 10 da Ordem de Trabalhos, temos o Voto de

Saudação apresentado pelo Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves, e foi

admitido pela Mesa depois de consultar o Plenário no início da Sessão, o Voto de

Saudação do PS e de 3 Independentes sobre o mesmo assunto.” ----------------------------

----- PONTO 10 - APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/02 (DM IND

RODRIGO MELLO GONÇALVES) – ( SUBSCRITO PELO DEPUTADO

MUNICIPAL INDEPENDENTE RODRIGO MELLO GONÇALVES E PELOS

GRUPOS MUNICIPAIS DO PSD, CDS-PP, PAN, MPT E PPM E PELO

SENHOR DEPUTADO MUNICIPAL INDEPENDENTE RAÚL SANTOS) - 152

ANOS DA PSP – PELA ORDEM E PELA PÁTRIA, AO ABRIGO DO

DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; -------------------------- ----- VOTO Nº 081/04 (PS/ 3 IND) APRESENTADO NO ÂMBITO DA

APRECIAÇÃO DO VOTO 081/02 (DM IND RODRIGO MELLO

GONÇALVES) - (SUBSCRITO PELO GRUPO MUNICIPAL DO PS, TRÊS

DEPUTADOS MUNICIPAIS INDEPENDENTES E PELO GRUPO

MUNICIPAL DO PAN) APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/04

(PS/ 3 IND) – VOTO DE SAUDAÇÃO PELO 152º ANIVERSÁRIO DE POLÍCIA

DE SEGURANÇA PÚBLICA”; -----------------------------------------------------------------

----- (O Voto de Saudação 081/02 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves) fica anexado

a esta Ata como Anexo XXI e dela faz parte integrante) -------------------------------------

----- (O Voto de Saudação 081/04 (PS e 3 DM IND) fica anexado a esta Ata como

Anexo XXII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, em primeiro lugar tem a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Mello

Gonçalves, depois daremos a palavra a um Deputado do Partido Socialista para

apresentar o Voto ou Independente, não sei quem é que vai fazê-lo, e depois haverá

discussão, se for caso disso.” ----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rodrigo Mello Gonçalves (IND) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados

Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A PSP celebrou recentemente na cidade de Lisboa, o seu 152º aniversário, a

Polícia de Segurança Pública é uma instituição fundamental do nosso Estado de

Direito, cabe legalmente à PSP garantir a segurança interna, a legalidade democrática

e os direitos dos cidadãos. -------------------------------------------------------------------------

----- Hoje são vários os desafios com que a PSP se defronta, desde logo um necessário

reforço de meios humanos e operacionais, mas também a existência de um quadro

crescente de violência contra a polícia, repetem-se os episódios de agressões a agentes

ou de polícias recebidos à pedrada, ainda ontem na Amadora, a semana passada em

Queluz ou há 15 dias na Damaia, os casos sucedem-se. --------------------------------------

DRAFT

63

----- Senhora Presidente e Senhores Deputados proponho assim com este Voto que

esta Assembleia saúde a PSP pelos seus 152 anos e também o seu conjunto de

efetivos, naturalmente abrangidos que estão os efetivos da Polícia Municipal. -----------

----- Termino referindo que este Voto também é subscrito pelo CDS, pelo PPM, pelo

MPT, pelo PAN e pelo Senhor Deputado Municipal Independente Raúl Santos.

Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Vamos perguntar agora ao Partido Socialista se quer apresentar o Voto? Quem é

que apresenta o Voto? É o Senhor Deputado João Valente Pires.” --------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João valente Pires (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores

Deputados. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Polícia de Segurança Pública, como força de Segurança Pública ao serviço dos

cidadãos, desempenha um papel fundamental na manutenção do Estado Democrático. -

----- Para além das atribuições na prevenção da criminalidade e na manutenção da

ordem pública, desenvolve Programas como a Escola Segura e Doses de Insegurança

e Violência Doméstica, que correspondem a algumas das preocupações específicas do

mundo em que vivemos. ---------------------------------------------------------------------------

----- A importância da Instituição não se confunde com setores da sociedade ou da

própria Polícia de Segurança Pública que têm protagonizado diferentes posições sobre

o que julgam ser os limites da atuação policial. Uma Polícia de Segurança Pública

consciente da urbanidade devida nas relações com os cidadãos, com a noção do que é

a autoridade, e de como se exerce, assim como uma sociedade na qual todos respeitam

as leis e as Instituições, são objetivos a alcançar nas sociedades democráticas. -----------

---- Até conseguirmos chegar a este estádio da civilização congratulemo-nos pelo

aniversário da Polícia de Segurança Pública, que em colaboração com a restante

sociedade têm contribuído para tornar Portugal um país seguro, e onde as tensões

sociais se resolvem dentro das Comunidades. --------------------------------------------------

----- E assim, o Partido Socialista e 3 Deputados Independentes, propomos, a

Recomendação saudar a Polícia de Segurança Pública pelo serviço público que presta

às populações, em especial aos munícipes de Lisboa. Saudar a Polícia de Segurança

Pública pela formação do efetivo que compõe hoje a Polícia Municipal de Lisboa.

Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, temos Deputados inscritos, que vão usar da palavra.” --------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

DRAFT

64

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. --------------

----- Votarei a favor dos dois Votos e não querendo entrar em processos de intenção,

nem mover processos de intenção quanto às verdadeiras razões da apresentação dos

votos, eu sentiria que importa reter aqui três situações. ---------------------------------------

----- A primeira é a de que se verificam, como é normal em qualquer profissão, mas

não aceitável, excessos policiais, aliás, devidamente julgados em tribunais e nem

sempre pelos motivos mais nobres, e essa referência devia estar feita de forma

explícita em qualquer um dos dois Votos, para haver alguma honestidade. ---------------

----- Segundo lugar, não é apenas a receção à pedrada que me preocupa em relação à

Polícia de Segurança Pública, são as condições de trabalho e é a taxa de suicídio se

verifica, infelizmente, em agentes das forças de segurança, e isto significa que algo

não está bem! ----------------------------------------------------------------------------------------

----- E chegámos aqui o terceiro ponto, algo não está bem também nas forças de

segurança quando Sindicatos e dirigentes sindicais começam a assumir as posições

que assumem, publicamente, e muitas vezes com posicionamentos que eu diria pouco

corteses e nem sempre concordantes com o espírito da Constituição. ---------------------

----- Percebo a intenção dos dois Votos, lamento que lhes faltem estes aspetos

essenciais. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Paulo Muacho, Independente.” ------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Paulo Muacho (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde. -----------------------------------------------------------------------------

----- Apenas uma breve intervenção para concordar também com aquilo que o

Deputado Rui Costa aqui expôs, efetivamente estes Votos levantam aqui questões

muito importantes sobre as condições trabalho de PSP, a PSP é uma Instituição

importante, deve ser um pilar do Estado de Direito, porém, também consideramos

aqui que há aqui outras questões que faltam abordar nestes Votos, há problemas sérios

e graves na PSP, nomeadamente, quando falamos nas questões de racismo e do

racismo institucional que existe dentro da PSP. ------------------------------------------------

----- Ainda recentemente, a Direção Nacional da PSP censurou uma entrevista de um

agente, do Agente Manuel Morais que tem denunciado estes casos de racismo na PSP

e, portanto, acho que também não necessitamos de recordar os Senhores Deputados

daquilo que se passou, por exemplo, no caso da esquadra de Alfragide e, portanto,

também por estas razões não poderei votar favoravelmente estes Votos. Obrigado.” ----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

65

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, creio que não temos mais deputados inscritos e vamos para

a votação.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Voto de Saudação 081/02 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves), votos contra 1

IND, abstenções PS, BE e 7 IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,

MPT, PPM, 1 PS, 1 IND, e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo

Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Voto de

Saudação 081/02 foi aprovado por maioria. ------------------------------------------------- ----- Voto de Saudação 081/04 (PS e 3 DM IND), votos contra de 1 IND, abstenções

BE e 3 IND, votos a favor PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, MPT, PPM, 5 IND e

do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Independente Rui Costa. O Voto de Saudação 081/04 foi aprovado por

maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, terminado este ponto da Ordem de Trabalhos, nós temos

agora um conjunto de Repartições de Encargos, seis Repartições de Encargos de

apreciação conjunta, os assuntos são naturalmente diferentes, mas é uma apreciação

conjunta delas todas.” ------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.1 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º 499/CM/2019 –

(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR SÁ FERNANDES) - PRÉVIA

AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PLURIANUAIS E

EMISSÃO PRÉVIA PARA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS, PARA OS

ANOS ECONÓMICOS DE 2019, 2020, 2021 E 2022, RELATIVOS AO

PROCEDIMENTO N.º 027AQ/VALE GRANDE/2019-2022 – AQUISIÇÃO DE

SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E TRABALHOS DE REABILITAÇÃO DE

ESPAÇOS VERDES DO VALE GRANDE, AO ABRIGO DO ACORDO

QUADRO, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO

ARTIGO 24º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DOS

N.ºS 1 E 6, DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO,

NA ALÍNEA B) DO ARTIGO 3º E NA ALÍNEA C), DO N.º 1, DO ARTIGO 6º,

AMBOS DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA REDACÇÃO ACTUAL;

----- (A Proposta 499/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.2 - PROPOSTA 501/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA N.º 501/CM/2019 - (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR

CARLOS CASTRO) - AUTORIZAÇÃO DA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS

PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2020, 2021 E 2022, E A EMISSÃO DE

AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS

PLURIANUAIS PARA OS MESMOS ANOS, NO ÂMBITO DO CONCURSO

PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE

CONTENTORES SUBTERRÂNEOS NO MUNICÍPIO DE LISBOA”, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS N.ºS 1 E 6 DO

DRAFT

66

ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO, E NA ALÍNEA C)

DO N.º 1 DO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA

REDAÇÃO ACTUAL; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 501/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXIV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.3 - PROPOSTA 502/CM/2019 - APRECIAÇÃO DO PONTO 6

DA PARTE DELIBERATIVA DA PROPOSTA N.º 502/CM/2019 –

(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR CARLOS CASTRO) - PRÉVIA

AUTORIZAÇÃO DA REPARTIÇÃO DOS ENCARGOS E DA ASSUNÇÃO DE

COMPROMISSO PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2020, 2021 E 2022, NO

ÂMBITO DA ABERTURA DO PROCEDIMENTO POR CONCURSO

PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE FARDAMENTOS, POR LOTES, PARA

OS COLABORADORES DO DEPARTAMENTO DE HIGIENE URBANA”,

NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ART.º 24.º

E NAS ALÍNEAS DD) E CCC) DO N.º 1 DO ART.º 33.º, AMBOS DO ANEXO I

DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL, NOS N.ºS

1 E 6 DO ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA

ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,

NA REDACÇÃO ACTUAL;” --------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 502/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.4 - PROPOSTA 503/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA N.º 503/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR

CARLOS CASTRO) – AUTORIZAÇÃO PARA A ALTERAÇÃO À

REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E DA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS

PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2018 A 2021, NO ÂMBITO DO

CONCURSO PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE REMOÇÃO

DE GRAFFITI E CARTAZES, E DA ACÇÃO DAS SUPERFÍCIES

TRATADAS E MANUTENÇÃO DAS MESMAS NO MUNICÍPIO DE

LISBOA“, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO

ART.º 24.º E NAS ALÍNEAS DD) E CCC) DO N.º 1 DO ART.º 33.º, DO ANEXO I

DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDACÇÃO ACTUAL, NOS

N.ºS 1 E 6 DO ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA

ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,

NA 66EDACÇÃO ACTUAL; -------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 503/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.5 - PROPOSTA 504/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA N.º 504/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR

CARLOS CASTRO) AUTORIZAÇÃO PARA A ASSUNÇÃO DE

COMPROMISSOS PLURIANUAIS E CONSEQUENTE REPARTIÇÃO DE

ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2020 A 2022, NO ÂMBITO DO CONCURSO

PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

DRAFT

67

INDIVIDUAL (EPI), POR LOTES, PARA OS COLABORADORES DO

DEPARTAMENTO DE HIGIENE URBANA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA

E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ARTI.º 24.º E NAS ALÍNEAS DD) E CCC)

DO N.º 1 DO ART.º 33.º, DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO, NA REDACÇÃO ACTUAL, NOS N.ºS 1 E 6 DO ARTI.º 22.º DO

DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA ALÍNEA B) DO ART.º 3.º E

ALÍNEA C) DO Nº 1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,

NA 67EDACÇÃO ACTUAL; -------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 504/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVII e dela faz

parte integrante) ------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 11.6 - PROPOSTA 505/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA

PROPOSTA N.º 505/CM/2019 – (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR

CARLOS CASTRO) - PRÉVIA AUTORIZAÇÃO PARA ASSUNÇÃO DE

COMPROMISSO PLURIANUAL PARA O ANO ECONÓMICO DE 2020, NO

ÂMBITO DO CONCURSO PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE 900

(NOVECENTOS) FATOS DE COMBATE A INCÊNDIOS PARA O

REGIMENTO DE SAPADORES BOMBEIROS DE LISBOA”, NOS TERMOS

DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS N.ºS 1 E 6 DO ART.º 22.º

DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO, E NA ALÍNEA C), DO N.º 1,

DO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA REDACÇÃO

ACTUAL; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 505/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVIII e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação? Senhor Vice-

Presidente pedia a sua atenção. -------------------------------------------------------------------

----- Vamos passar à apreciação em conjunto das repartições de encargos todas,

pergunto se quer fazer a apresentação de alguma destas Propostas? Não quer? -----------

----- Senhores Deputados temos inscritos alguns Senhores Deputados para falar nestes

pontos, isto é uma apreciação conjunta, portanto, falarão sobre as Propostas que

entenderem dentro deste conjunto de seis Propostas. -----------------------------------------

----- Eu depois antes da votação, terei que dar notícia que no Ponto 11.3 e no Ponto

11.4 há uns erros materiais que eu depois enunciarei daqui da Mesa. ----------------------

---- Se faz favor.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------

----- Apreciamos hoje um conjunto de propostas relativas a várias repartições de

encargos e assunção de compromissos plurianuais, que só muito recentemente foram

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distribuídas, de modo que a sua abordagem foi mais diminuta. Estando limitados pelo

tempo, iremos restringir-nos a apenas algumas delas. ------------------------------------- ----- Mas comecemos pela Proposta nº 499/2019, na qual se pretende proceder à

aquisição de serviços de manutenção e trabalhos de reabilitação de espaços verdes do

Vale Grande, vulgo Parque Oeste, localizado na Alta de Lisboa, com uma área de 23

hectares. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, e de acordo com a informação do senhor Chefe de Divisão de

Manutenção e Requalificação de Espaços Verdes, bem como da deliberação que o

senhor vereador submete a esta AML, o valor máximo para a presente adjudicação,

durante 4 anos, foi fixado em 730.078,53 €, já com IVA incluído. Deste total, a

repartição de encargos para o corrente ano de 2019 foi definida em 40.559,92 €. --------

----- No entanto, Senhora Presidente, no quadro com a DFD, ou seja, com o pedido de

declaração de fundos disponíveis para a devida cabimentação, também anexas à

proposta, a verba para o ano de 2019 já não é de 40.559,92 €, tendo sido definido um

valor diferente de 60.839,88 €, cuja incongruência estranhamos, por ser quase mais

um terço da verba anunciada. ---------------------------------------------------------------------

----- E a pergunta é, quando a CML remeter o convite às 9 empresas que se encontram

ao abrigo do Acordo Quadro, qual é o valor que vai indicar, e qual a verba que

estamos afinal aqui a apreciar? 40 mil € ou 60 mil €? Solicita-se, por isso, e a não ser

que tenha surgido algum aditamento de última hora, que nos seja então prestado o

devido esclarecimento para esta discrepância. --------------------------------------------------

----- Mas, em segundo lugar, e acima de tudo, o que está em causa nesta proposta é o

facto de a CML voltar a abdicar de uma política de gestão e manutenção pública dos

espaços verdes, não apostando em recursos próprios da autarquia, nem investindo na

reativação da Escola de Jardinagem e posterior abertura de concursos para a entrada

de mais jardineiros, o que seria uma medida sustentável e que garantiria outros níveis

de empregabilidade e qualidade no desempenho. ----------------------------------------------

----- Ou será que o Senhor Vereador já não se recorda de aqui ter afirmado, em 2014,

que o município necessitava de cerca de 1000 jardineiros? Então preveja formação

adequada e comece por contratar mais operacionais, não se ficando apenas pela

abertura de concurso para umas escassas 8 vagas. ---------------------------------------------

----- Quanto à Proposta nº 501/2019, trata-se de um concurso público para aquisição

de serviços de manutenção de contentores subterrâneos. -------------------------------------

----- Neste caso, argumenta o executivo que os contentores requerem “acções de

manutenção periódica, tarefas para as quais a CML não dispõe presentemente de

recursos humanos suficientes e devidamente preparados”, mas, constatamos, nem faz

qualquer esforço para inverter a situação. -------------------------------------------------------

----- Primeiro, foi em Dezembro passado, com a Proposta nº 829/2018, para a

aquisição de serviços de lavagem e desinfecção de contentores subterrâneos, e

qualquer dia deve ser mais outro concurso externo para os despejar ou para os pintar

ou para o que mais se lembre. ---------------------------------------------------------------------

----- Em Dezembro, a CML também se desculpava que não dispunha, ainda, de

recursos que permitissem efectuar a lavagem destes equipamentos. Em ambos os

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casos está apenas a assumir a perda de oportunidade de investimento e de reforço em

meios humanos e técnicos para o Departamento de Higiene Urbana.-----------------------

----- Já quanto à Proposta nº 503/2019, trata-se de outro concurso público para

aquisição de serviços de remoção de graffiti e cartazes, protecção das superfícies

tratadas e manutenção das mesmas. --------------------------------------------------------------

----- Recorde-se que esta situação decorre, não de uma, mas de duas anteriores

propostas complementares entre si: uma para “aquisição de serviços de remoção de

graffiti, cartazes e protecção das superfícies” e a segunda - pasme-se! - para

“aquisição de serviços de fiscalização aos serviços prestados” … pela primeira

empresa. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Na altura até estranhámos que as propostas não apresentassem definições de

‘tags’, graffitis ou, no mínimo, exemplos da ‘street art’ a ser removida. É que, sem

essas definições, qual o critério a ser seguido pelas empresas, a fim de determinar o

que pode e o que não deve ser removido? -------------------------------------------------------

----- Por exemplo, será que não há graffitis considerados como arte urbana? Quem nos

garante que um trabalho de Vhils ou de Bordalo II não será, até por engano, apagado

da história dos murais na capital? ----------------------------------------------------------------

----- Se a actual previsão até 2021 ascende a uns exorbitantes mais de 3 milhões e 600

mil €, não haveria por acaso para o executivo outras obras mais urgentes e inadiáveis

onde aplicar esta verba, como, por exemplo, nos degradados edifícios municipais,

sobre os quais todas as semanas ouvimos queixas dos munícipes nesta AML? -----------

----- Em síntese, para Os Verdes, todas estas repartições de encargos representam o

perpetuar de situações de ‘deixa andar’ anos a fio e de insistir em medidas despesitas

de externalização de serviços, com as quais o executivo continua em velocidade de

cruzeiro, no esvaziamento e ruptura das competências da autarquia. Muito obrigado

Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Senhores Deputados repararam que o Senhor Deputado excedeu o tempo em 31

segundos, mas tinha-me dito no princípio da sua intervenção que ia exceder em 30

segundos, como os Verdes falham! Nunca falham, nunca falham a contagem de

tempo, eu achei que não o devia interromper e, portanto, a explicação de não ter

tocado sequer o sinal! ------------------------------------------------------------------------------

----- Porque na verdade, isto é matemático, os Verdes, é matemático! ---------------------

----- Muito bem, Senhores Deputados, vamos continuar as intervenções.” ----------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado João Carlos Pereira do PCP.” --------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Carlos Pereira (PCP) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Ora boa tarde a todos. -----------------------------------------------------------------------

----- Nesta apreciação conjunta das Propostas contidas no Ponto 11, o PCP votará

favoravelmente as Propostas relacionadas com a aquisição de fardamentos para os

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trabalhadores do Departamento de Higiene Urbana, com a aquisição de equipamentos

de proteção individual para os trabalhadores do mesmo Departamento, e a aquisição

de fatos de combate a incêndios para o Regimento de Sapadores Bombeiros de

Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- São elementos fundamentais para o desenvolvimento da atividade Municipal e

passam pela garantia da segurança dos trabalhadores, que diariamente garantem o

funcionamento da nossa Cidade. -----------------------------------------------------------------

----- Em relação às Propostas que se prendem com a aquisição de serviços, sejam eles

de manutenção e trabalhos de reabilitação de espaços verdes, Proposta 499, ou de

manutenção de contentores subterrâneos, Proposta 501, votaremos contra. ---------------

----- Consideramos que estes serviços deveriam ser garantidos pela Câmara Municipal

de Lisboa sem necessidade de aquisição dos mesmos à iniciativa privada, e para tal

bastaria que a CML tivesse a real intenção de o fazer, contratando mais trabalhadores

e investindo em meios próprios. ------------------------------------------------------------------

----- No que diz respeito à manutenção dos contentores, temos a mesma opinião, este

é um caminho que gradualmente levará à externalização dos serviços de higiene

urbana, estamos de acordo com a compra de novos contentores, mas consideramos a

que a sua manutenção deveria ser garantida pelos serviços da Câmara. --------------------

----- Por último em relação à Proposta 503, a mesma não contará mais uma vez com o

nosso voto favorável, votamos contra este procedimento pelo mesmo se basear em

pressupostos que não fazem a distinção e a salvaguarda de graffiti, enquanto forma

artística de expressão ou propaganda política Juntando estes a outro tipo de

expressões que se enquadram na degradação e vandalismo da Cidade. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Eu pergunto à Camara Municipal se quer esclarecer a questão suscitada pelo

Senhor Deputado José Sobreda Antunes, faz favor.” ------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Então se eu bem entendi, e não tendo visto os documentos, mas tendo uma ideia

do manual que me falaram, suponho que o valor que está na Proposta é inferior ao que

está no cabimento, é assim Senhor Deputado?” ------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Inferior em 50%.” ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, não tem nenhum problema, isso é uma questão técnica que vai ser

corrigida, mas que não implica com a Proposta, porque o que a Proposta tem que ter

garantido é o cabimento, ele está em excesso, portanto, vai ser corrigido e ajustado ao

valor que está na Proposta, sem nenhum problema e com a garantia que eu estou a dar

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aqui, Senhor Presidente, de que isso se vai passar, mas não tem a mesma, por esse

facto, nenhum problema técnico. -----------------------------------------------------------------

---- Já agora aproveitava para dizer e esclarecer também duas coisas Senhora

Presidente, se me for permitido.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Faz favor, tem tempo.” ----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Então o primeiro esclarecimento, mais uma vez, e pela milionésima quinta vez,

não é nosso objetivo externalizar a Higiene Urbana, de forma nenhuma, pelo

contrário, estamos sempre a contratar mais trabalhadores, vamos agora contratar,

estamos numa nova contratação de cerca de 300, mas como compreenderá o PCP e

compreenderão todos os Senhores Deputados, está numa passagem e numa mudança

tecnológica, neste caso da técnica da tecnologia associada a algum tipo de

contentorização, há um pico de necessidades que depois se estabilizará e não faz

sentido que esse pico de necessidades, que saberemos que vai ser estabilizado um

pouco mais abaixo da fasquia que está hoje, que implique a contratação de novos

trabalhadores, porque os que cá estão, quando isto retomar essa normalidade e essa

velocidade cruzeiro, vão ser certamente suficientes, essa é a nossa expectativa, para

fazer face às necessidades do Município. -------------------------------------------------------

----- E já agora permitam-me brincar, que eu gosto de brincar, quem me conhece, mas

fiquei desiludido com o PCP, porque o PCP vai votar a favor das Propostas de compra

no exterior de fardamento, e não acho que em consonância com foi dito antes, se

calhar, era interessante abrirmos aqui a frente de confeção interna, no Município, do

próprio fardamento e eu à espera que o PCP pudesse fazer essa Proposta, porque

assim ficava tudo internalizado, e não havia absolutamente mais nada fora do

Município, mas certamente não é essa a vossa ideia, e eu desculpem a brincadeira,

mas eu gosto de brincar e, para além disso, não é essa a nossa prática noutros

Municípios. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, creio que ninguém se incomodou! -------------------------------

----- O Senhor Deputado António Proa está a pedir a palavra para? Ah, não me tinham

dado a indicação, faz favor, naturalmente tem o tempo.” -------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal António Proa (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, é uma intervenção breve que, aliás, não

estava prevista e decorre das intervenções que agora eu tive a oportunidade de escutar,

e era um pedido de esclarecimento ao Senhor Vice-Presidente, no âmbito das

Propostas que estão a ser objeto de discussão, e na sequência de uma intervenção do

PCP. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Eu gostaria que o Senhor Vice-Presidente pudesse esclarecer esta Assembleia se

as pichagens em paredes, ou dito de outro modo, as inscrições de mensagens políticas

nas paredes se são permitidas por lei ou não. Muito obrigado.” -----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado vamos ouvir o Senhor Vice-Presidente, mas digo-lhe desde já

que não há promoção, isto não mete pela propaganda política, são questões separadas,

mas Senhor Vice-Presidente irá responder.” ----------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Mas tenho que me socorrer do conhecimento mais profundo que a Senhor

Presidente tem, estou inteiramente convicto que o que a Senhora Presidente da Mesa

da Assembleia acabou de dizer é o que é verdade, mas confesso, é verdade e é correto,

e está completamente seguro que é assim, mas não tenho a certeza absoluta, não sou

nem um especialista nem estou documentado sobre a matéria, suponho que a

propaganda política não faz parte dessa mesma ilegalidade da pichagem. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Peço desculpa, o Senhor Deputado Modesto Navarro pediu a palavra

naturalmente para nos ajudar a deslindar esta matéria, porque também tem alguma

experiência, como eu também tenho, e fará o favor de o dizer. Microfone ao Senhor

Deputado Modesto Navarro.” ---------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Sempre houve incómodos com a expressão pública! Nós fizemo-lo antes do 25

de Abril correndo riscos, porque uma pichagem levava à prisão, aos interrogatórios e

provavelmente muito mais longe. ---------------------------------------------------------------

----- Colar cartazes depois do 25 de Abril era um ato de liberdade em Lisboa e em

todo o País. Tivemos processos, por exemplo, de agressão a monumentos públicos

com pichagens, e esses foram contrariados no tempo do Governo do General Vasco

Gonçalves por uma campanha na televisão a educar exatamente as pessoas a

respeitarem aquilo que era património público. ------------------------------------------------

----- Quando começa a censura aos cartazes e à comunicação política em Lisboa é

com o Presidente Krus Abecassis, que proíbe e que manda arrancar cartazes na cidade

de Lisboa e, a partir daí a história avança sobre a liberdade de expressão, na grande

parte negativamente, ora, uma expressão popular, digamos assim, pintada com

qualidade é isso que nós defendemos e, portanto, isso não é agressão, não deve ser

extirpada, limitada, destruída! --------------------------------------------------------------------

----- É bom é compararmos, sempre o dissemos aqui, nós não contamos anedotas aqui

a responder seja a quem for! Nós sempre o dissemos, que há uma diferença muito

grande entre contratar uma empresa, que depois líquida tudo ao molho e fé em Deus,

o mais rapidamente possível, para ganhar dinheiro sem trabalhar, e outra coisa é

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aquilo que é a obrigação de uma expressão democrática autárquica que é a Câmara

Municipal de Lisboa ter que respeitar a expressão livre e popular da sua população.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.--------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, eu ia fazer aqui uma proposta… O Senhor Deputado

António Proa, pede a palavra para? Eu também queria fazer uma proposta, mas já

agora espero que na sua intervenção.” -----------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal António Proa (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores

Deputados, Senhores Vereadores. ---------------------------------------------------------------

----- Esta questão que eu suscitei e que o Senhor Deputado Modesto Navarro também

referiu é uma questão interessante, aliás, pela qual eu me interesso há muito tempo,

sobre a qual temos claramente pontos de vista diversos. --------------------------------------

----- A democracia evoluí mas a democracia tem algo que permanece, que são as

regras, que umas vezes concordamos, outras vezes discordamos mas as próprias

regras em democracia são definidas de modo também ele democrático, e é isso que

distingue os Regimes, num regime democrático nem sempre estamos de acordo, em

primeiro lugar podemos manifestar o desacordo, mas temos a particular obrigação de

respeitar as regras, e o que se passa relativamente a esta matéria é que, de facto, no

passado, houve coisas que foram permitidas e que hoje, com a legitimidade

democrática, não são permitidas, nomeadamente e, aliás, como referiu, em Lisboa. -----

----- A colagem de cartazes deixou de ser permitida em Lisboa, independentemente de

serem cartazes com mensagens políticas ou não serem, aliás, aproveito a ocasião para

dizer que eu acho que a Câmara deve ser mais eficaz na retirada de cartazes que são

ilegalmente colados e que permanentemente se veem na cidade, e que agridem o

espaço público. --------------------------------------------------------------------------------------

----- E retornando à questão que me trouxe aqui, o que está em causa, de facto, é o

espaço público, que é o espaço que a todos pertence, é o espaço da comunidade e, por

isso, temos todos o dever particular de respeitar esse espaço público, cada vez que

alguma entidade resolve, com qualquer argumento que pretenda utilizar, mas resolve

infringir as regras de convivência democrática, e resolve agredir o espaço público, não

está a respeitar a comunidade, e com toda a frontalidade e respeito que o Senhor

Deputado Modesto Navarro sabe que eu lhe devo, devo dizer que o PCP não tem tido

uma atitude correta na expressão política e nos meios que utiliza, eu fiz a questão

inicial com uma questão muito concreta, que devo dizer que me incomoda, que me

inquieta, e que me inquieta porque vejo a passividade de quem não devia, devia zelar

pelo cumprimento das regras. --------------------------------------------------------------------

----- No Marquês de Pombal, constantemente, está lá uma pichagem do Partido

Comunista ou da JCP, vai variando, é algo que me incomoda porque agride o espaço

público, porque agride o espaço que é de todos, imaginemos nós que todos os partidos

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e outras entidades com mensagens políticas resolvem começar a pintar as paredes da

cidade, onde é que isto vai parar? Por isso é que há regras e, por isso é que o PCP com

a responsabilidade que tem no nosso regime democrático, devia também começar a

dar um melhor exemplo, a este nível, como dá aliás, devo dizer com justiça, como dá

a outros níveis, mas neste, com a franqueza, acho que não tem dado e acho que a

Câmara tem usado de passividade que não devia utilizar, porque é ela o primeiro

garante do cumprimento destas regras. Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Temos mais Senhores Deputados inscritos, o Senhor Deputado Rui Costa.” --------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, para tentar socorrer-me dos meus

conhecimentos sobre a matéria, para elucidar ou tentar elucidar a Assembleia

Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar a liberdade política de propaganda, é uma liberdade

constitucional e que, aliás, deveríamos saber que nem sequer cabe aos Órgãos no

Município regulamentar, eu quero lembrar que por volta de 2013, o Doutor, ou ainda

no consulado do Doutor Rui Rio, ou já do Doutor Rui Moreira, a Câmara do Porto

aprovou um código regulamentar que restringia a possibilidade de afixação de

propaganda. Esse código regulamentar foi declarado ilegal e inconstitucional pelo

Tribunal Constitucional. Isto dito, não cumpre à Câmara Municipal de Lisboa, em

momento algum, fazer, portanto, a remoção da propaganda, salvo nos casos previstos

na Lei, especialmente, quando seja alvo de denúncia por particulares em propriedade

privada. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Mas aqui chegados e, por isso é que esta proposta não pode ser reconduzida à

remoção de propaganda política, mas aqui chegados, convém também lembrar que há

na utilização do espaço público alguns abusos, especialmente edifícios que são

monumentos nacionais onde é proibidíssimo, edifícios classificados no âmbito do

PDM, há, de facto, quem vandalize e há quem vandalize às vezes até com siglas

partidárias, mas isso é uma ação que só envergonha os partidos que a fazem, deste que

não seja, naturalmente, ilegal. ---------------------------------------------------------------------

----- Por último, o espaço político é o espaço da Pólis, e mal de nós quando banirmos

a mensagem política da Pólis, às tantas queremos porventura da Pólis, da cidade, às

tantas por ventura preferimos publicidade comercial ordenadinha e a retirar a política

que cheira mal, porque nos incomoda e porque também há outra realidade que nos

esquecemos, a direita, infelizmente, em Portugal não tem a prática de fazer esta

propaganda no espaço público com cartazes, o Partido Comunista faz, o Bloco faz, a

direita pode fazê-lo. E, portanto, assim o queiram fazer, agora como é evidente as más

atitudes também, como eu disse, ainda que legais, só envergonham quem as pratica.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhores Deputados. -----------------------------------------------------

----- Eu estava aqui a tentar conferir a informação de que disponho sobre esta matéria,

e que é a seguinte: esta Proposta tem a ver com um serviço de remoção de graffitis e

cartazes, não explicita se os graffitis são arte urbana ou não. --------------------------------

----- Em princípio nós temos uma galeria de arte urbana que trabalha, com muita

competência, na Câmara de Lisboa e tem sido até uma grande patrona, digamos

assim, da proliferação de boa qualidade arte urbana em Lisboa, portanto, há uma

separação clara entre os graffiti, que é simplesmente, sobretudo, em propriedade

particular, que é simplesmente uma afirmação de identidade e a arte urbana. -------------

----- Quanto aos cartazes, nós nesta fase do campeonato, e mesmo relativamente a

pinturas ou pichagens, o que temos é a Lei 97/88 de 17 de agosto, esta Lei está um

pouco ultrapassada, mas a Lei define claramente a diferença entre publicidade

comercial e publicidade política, e dá obrigações às Câmaras Municipais de arranjar

espaço para a propaganda eleitoral obrigatoriamente. -----------------------------------------

----- Portanto, eu penso que é nos termos da Lei que este serviço tem que ser feito,

aquilo que eu poderia apenas aqui dizer, se achassem bem, na sequência do que aqui

ouvimos, seria que votássemos aqui uma Recomendação que eu iria fazer sob a forma

oral, recomendar à Câmara que haja uma devida monitorização deste trabalho, por

forma a não serem afetados nem trabalhos de arte urbana, nem a publicidade política

nos termos legais, portanto, eu penso que isto parece evidente, é uma simples

Recomendação que eu poderia fazer à Câmara, nós estamos a tratar aqui da repartição

de encargos, mas isto é um serviço que é feito fora, portanto, alguém tem que

monitorizar este serviço para que quem está a fazer o serviço não comece a limpar

coisas que não deve, portanto, acho que isto é uma Recomendação que fará sentido. ---

----- Se os Senhores Deputados estiverem de acordo, primeiro vamos ver, vejo entrar

o Senhor Deputado Municipal Pedro Delgado Alves, que conhece bem esta matéria,

porque, aliás, o Partido Socialista tentou apresentar uma proposta de atualização da

legislação de propaganda eleitoral, mas não houve tempo nesta legislatura de o fazer,

temos consciência que é preciso atualizar a matéria, mas nesta fase a minha proposta é

que esta Proposta 503/2109 que seja alvo de uma Recomendação, que eu voltarei a

reformular no sentido da Câmara monitorizar devidamente este trabalho, para que não

haja a remoção indevida quer de arte urbana quer de propaganda política, que tem nos

termos legais, enfim, naquilo que a Lei dispõe nesta fase. -----------------------------------

----- Se acharem bem vamos proceder desta maneira, então vamos votar as Propostas. -

----- Ah, o Senhor Delgado Alves, pois eu, naturalmente, falei nele e ele virá aqui

dizer de sua justiça, porque eu sei que esteve na Assembleia da República envolvido

precisamente neste trabalho.” ---------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Delgado Alves (PS) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, foi invocação, mas muito telegraficamente,

a questão é um bocadinho mais complexa do que talvez a Recomendação possa

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permitir porque, efetivamente, há um buraco legislativo em relação a esta matéria, e

que não se prende só com as pinturas nas paredes, eu acho que todos podemos

reconhecer, e eu só saudava a intervenção do Senhor Deputado António Proa pela

clareza com que expôs o tema, obviamente tem que haver regras na disciplina do

espaço público, sob pena de quem chega primeiro se apropria do mesmo e não há

equidade na sua distribuição, e infelizmente, os Municípios não têm capacidade de

ordenar de forma regular a forma como esta propaganda política se coloca, seja sob a

forma de pintura, ou seja sob a forma de cartazes! --------------------------------------------

----- E o Marquês de Pombal é um exemplo de uma zona em relação à qual havia um

pacto de não-agressão das forças políticas, firmado numa perspetiva de um acordo

entre as várias forças políticas, que a partir do momento em que a primeira quebrou,

obviamente, esboroou-se e mais uma vez o Marquês de Pombal voltou a estar

invadido de cartazes, que não se trata do seu conteúdo da mensagem do que lá se

encontra, mas não está ordenado e não é respeitador daquilo que deve ser uma gestão

do espaço público, que deve competir em primeira linha ao Município. -------------------

----- Não temos, e é este o problema, Senhor Presidente, um instrumento normativo

que nos permita fazê-lo, eu acho que era, de facto, interessante que a Assembleia até

pudesse refletir sobre isso e recomendar posteriormente aos órgãos com competência

legislativa como fazê-lo, e dar um quadro em que os Municípios possam atuar, por

exemplo, definindo ou dando competência à Assembleia, até por uma maioria

qualificada, para que não seja uma matéria que fique na disponibilidade da maioria

conjuntural, de quais são os sítios na cidade de Lisboa onde se podem colocar cartazes

e onde se pode fazer pintura de paredes, e depois ter um critério proporcional, que

permita a cada força política ocupar de forma rotativa, para que não sejam sempre os

mesmos nos mesmos locais, e todos já fizemos campanhas políticas e sabemos que

chegar primeiro e apanhar o outdoor que fica-se de chapa no Saldanha é uma

conquista, porque é de maior visibilidade, e uma forma ordenada que permita rodar

entre todos de forma equitativa, era algo equilibrado. -----------------------------------------

----- Agora e esta era a minha questão, e com isto concluía Senhora Presidente, a

Recomendação nos termos em que formula levanta, de facto, um problema. O

Município não tem como intervir e como não intervir, e estamos um bocadinho numa

zona sem direito em que o risco de uma queixa na Comissão Nacional de Eleições

existe e o Município também não pode ser colocado nesta circunstância, portanto,

aqui, se calhar, o bom senso das autoridades municipais, que o tem exercido, penso

eu, com essa reflexão, possa ser melhor e não dizer nada, se calhar, até haver um

quadro e uma reflexão, e um documento estratégico talvez seja preferível. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, concordo com o que acaba de dizer, mas

lembro, e o Senhor Deputado também sabe isto, lembro que este diploma que eu citei,

que regula esta matéria em 1988, tem um último artigo que diz assim “Compete à

Assembleia Municipal, por iniciativa própria, ou Proposta da Câmara, a elaboração

DRAFT

77

dos Regulamentos necessários à execução da presente Lei.”, portanto, estamos a

receber para nós próprios a responsabilidade de fazermos isso que o Senhor Deputado

referiu. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Há um vazio legal, mas há a competência regulamentar da Assembleia

Municipal, a Lei di-lo. Seja como for, não vou estabelecer mais confusões, retiro a

minha Recomendação, fica claro o que foi dito aqui e as chamadas de atenção que

foram feitas, manteremos o escrutínio sobre o trabalho da Câmara, e se houver algum

problema cá estaremos para pedir contas à Câmara e para pedir explicações, é esse o

nosso papel. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Posto isso, e agradecendo a colaboração de todos, vamos para a votação das

Propostas que têm que ser votadas uma a uma, em primeiro lugar a Proposta 499, que

tem a ver com a aquisição de serviços com a repartição de encargos para serviços de

manutenção e trabalhos de reabilitação dos espaços verdes do Vale Grande.” ------------

----- Proposta 499/CM/2019, votos contra do PCP, BE e PEV, abstenções do PSD,

CDS-PP, PAN e PPM, votos a favor do PS, 9 IND, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Proposta 499/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------

----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- Proposta 501/CM/2019, votos contra do PCP e PEV, abstenções do PSD, CDS-

PP, PAN e PPM, votos a favor do PS, BE, 9IND, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Proposta 501/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------

----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Este Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta 502/CM/2019 tem erros

materiais, eu vou lê-los e são extensos, mas vou ter que os ler porque tem que ficar em

Ata, portanto, no Ponto 6 da parte deliberativa, na linha referente ao ano económico

2022, 11, na coluna de valores, sem IVA, consta uma verba de “304 mil e 500 euros”

e deve constar “322 mil e 800 euros”. Na coluna IVA onde consta “70 mil e 305

euros” e deve constar “74 mil 244 euros”, e finalmente na coluna Valor com IVA

onde consta “374 mil 535” deve constar “397 mil e 044 euros”. ----------------------------

----- No quadro da Repartição de Encargos onde consta a linha do ano económico de

2023 não há nada, não há montantes para 2023, portanto, isto é o trabalho que os

serviços da Assembleia fazem sobre estas Propostas, para ter a certeza de que não há

incongruências e erros. -----------------------------------------------------------------------------

----- No Caderno de Encargos também temos um Ponto, mas esse é simples, no

número da cláusula 5ª. diz “que a vigência do contrato tem a duração de três anos,

dias a contar da data”, naturalmente a palavra “dias” está a mais, “são três anos”. -------

----- Isto é apenas para ficar registado em Ata, mas será também anexo à Ata esta

correção material. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos por então à votação o Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta

502/CM/2019.” --------------------------------------------------------------------------------------

DRAFT

78

----- Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta 502/CM/2019, não há votos contra,

abstenções do PSD, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE, PEV, PAN, PPM, 9 IND,

do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa. O Ponto 6 da Parte Deliberativa da

Proposta 502/CM/2019 foi aprovado por maioria. ----------------------------------------- ----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Agora temos a Proposta 503, a tal dos serviços dos graffiti, também tem um erro

material mais pequeno, e tem a ver com, no parágrafo final da parte deliberativa

consta “fornecimento nos anos económicos de 2018, 2019, 2020 e 2021” e deve

constar “fornecimento nos anos económicos de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021”,

faltou o 2017. Está feita agora a correção e vamos pôr esta proposta à vossa votação.” -

----- Proposta 503/CM/2019, votos contra do PCP e PEV, abstenções do PSD, CDS-

PP, BE, PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello

Gonçalves, votos a favor do PS, PAN, 9 IND, e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Proposta 503/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------

----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados vamos por à vossa consideração a Proposta 504, são

compromissos plurianuais e repartição de encargos para aquisição de equipamentos de

proteção individual para os colaboradores do Departamento de Higiene Urbana.” -------

----- Proposta 504/CM/2019, não há votos contra a votos abstenções do PSD, CDS-

PP e PPM, votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, PEV, 9 IND, do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Proposta 504/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------

----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Finalmente a Proposta 505/CM/2019, que é uma prévia autorização para a

assunção de compromissos plurianual para o ano 2020, no âmbito do concurso para

aquisição de 900 fatos de combate a incêndios para o Regimento de Sapadores

Bombeiros de Lisboa.” -----------------------------------------------------------------------------

----- Proposta 505/CM/2019, não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do

PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, PPM, 9 IND, do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa, A Proposta 505/CM/2019 foi aprovada por unanimidade.-

----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados terminámos os nossos trabalhos por hoje, agradeço a vossa

presença e colaboração. ----------------------------------------------------------------------------

DRAFT

79

----- Dizer-vos, Senhores Deputados, que vamos reunir na próxima Reunião da

Assembleia Municipal, que será na segunda semana de Setembro, por volta do dia 9,

posso não estar a dizer o dia certo, mas não é logo nos primeiros dias de setembro, é

na outra semana a seguir, e até lá se for necessário reunir alguma Comissão assim se

fará, mas não haverá mais Sessões da Assembleia Municipal. -------------------------------

----- Espero que os Senhores Deputados tenham umas boas férias, que aproveitem

para descansar, porque o mês de setembro vai ser intenso para todos, por todas as

razões que se conhecem. Muito obrigado Senhores Deputados.” ---------------------------

----- A sessão terminou, eram dezoito horas e cinquenta minutos. --------------------------

----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos

termos da deliberação n.º 353/AML/2017 tomada pela Assembleia, por unanimidade,

na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2017. ----------------------------------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de

Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos

do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do

n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro

de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. -----------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------