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DRAFT
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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------
-------------------------------------Mandato 2017-2021 ------------------------------------------
----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA VINTE E TRÊS DE
JULHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ----------------------------------------------------- ------------------------------ATA NÚMERO OITENTA E UM ------------------------------
----- Aos vinte e três dias do mês de julho de dois mil e dezanove, em cumprimento da
respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo
do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e
nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a
Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de
Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua
Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema
Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves
Rodrigues Vale César, e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins
Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda
Secretária. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais. ----------------------------------------------
----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana
Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares
Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto
Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Carla Cristina
Ferreira Madeira, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa,
Francisco Américo Maurício Domingues, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Inês
Drummond Ludovice Mendes Gomes, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre
Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, João Maria Correa
Monteiro Macieira Condeixa, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira
Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Luís
Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano Albuquerque
Almeida Leitão, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão
Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré
Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da
Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar
Aldim, Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa
Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel
Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça,
Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natacha Machado Amaro, Natalina Nunes
Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia Carla Serrano Gonçalves, Paula Inês Alves
de Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves,
Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui
Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia,
Bruno Reinhold de Moraes Cabral, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira,
Rita Constância Pereira Gorgulho, José Pedro Pires Ferreira, Bruno Miguel Martins
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Louro, João Carlos de Sousa Pereira, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista,
Ana Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Susana Maria da Costa Guimarães,
Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira, Luís Duarte Albuquerque
Carreira, José Roque Alexandre, Nuno Miguel dos Santos Silva, Pedro Miguel Tadeu
Costa, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes, Gonçalo Maria Vassalo Moita,
Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale, Mário Nelson Morais Freitas, Rosa Maria
Carvalho da Silva, Ameetkumar Subhaschandra e Rodolfo Knapic. ------------------------
------ Faltou à Reunião o seguinte Deputado Municipal: --------------------------------------
------ Davide Miguel Santos Amado. ------------------------------------------------------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de
18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do
artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal
Susana Maria da Costa Guimarães. --------------------------------------------------------------
----- Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de
Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto
legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------
----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal
Luís Duarte de Albuquerque Carreira. -----------------------------------------------------------
----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada
Municipal Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira. --------------------------------
----- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal
Bruno Miguel Martins Louro. ---------------------------------------------------------------------
----- Augusto Miguel Gama (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal Nuno Santos Silva. --------------------------------------------------------------------
----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal
José Ferreira. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- José Moreno (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal
José Roque Alexandre. -----------------------------------------------------------------------------
----- Luís Monteiro (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal
Margarida Morais. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Vasco Morgado (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Santo António, pelo
período compreendido entre os dias 15 e 26 de julho, sendo substituído pelo substituto
legal Deputado Municipal Rodolfo Knapic. ----------------------------------------------------
----- Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp (PSD), Presidente da Junta de
Freguesia de Areeiro, nos dias 16 e 23 de julho, sendo substituído pelo substituto legal
Deputado Municipal Ameetkumar Subhaschandra. -------------------------------------------
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----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Rosa maria Carvalho da Silva. -------------------------------------------------------
----- Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido
substituída pelo Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. ----------------------
----- Margarida Bentes Penedo (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. -------------------------------------
----- Francisco Rodrigues dos Santos (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído
pela Deputada Municipal Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale. ----------------------------
----- Fernando Correia (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal João Carlos Pereira. -------------------------------------------------------------------
----- Graciela Simões (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada
Municipal Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista. ------------------------------------
----- Isabel Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal
Bruno Reinhold de Moraes Cabral. --------------------------------------------------------------
----- Ricardo Moreira (BE), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Rita Constância Pereira Gorgulho. --------------------------------------------------
----- José Inácio Faria (MPT), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal Mário Freitas. --------------------------------------------------------------------------
----- Cláudia Madeira (PEV), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado
Municipal Frederico Jorge de Passos e Castro Fernandes Lira. ------------------------------
----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 20/2019, de
23 de julho de 2019, foi deliberado o seguinte a descrever: ----------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: André Couto (Presidente da JF
Campolide - PS) e Fábio Sousa (Presidente da JF Carnide - PCP) à 79ª Reunião da
Assembleia Municipal de Lisboa (50ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 9 de
julho de 2019. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Justificar a falta do Deputado Municipal Fábio Sousa (Presidente da JF Carnide -
PCP) à 80ª Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (Sessão Ordinária de junho-
3ª Reunião), realizada no dia 16 de julho de 2019. --------------------------------------------
----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente João Paulo Saraiva e
pelos Senhores Vereadores: Manuel Salgado e José Sá Fernandes. -------------------------
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: João Pedro
Gonçalves Pereira, Nuno Correia da Silva, Orísia Roque e Nuno Rocha Correia. --------
----- Às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidente da Assembleia, declarou aberta a Reunião. --------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, Público presente,
Senhores Jornalistas, Técnicos e Senhores Vereadores, Membros da Câmara
Municipal, pedia para assumirem os vossos lugares para começarmos a nossa
Reunião. ----------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Senhores Deputados, eu tenho uma questão já no princípio e que os queria
colocar e que é muito simples, nós temos uma agenda bastante extensa hoje, é a
última Reunião da Assembleia Municipal antes de férias. -----------------------------------
----- A Proposta da Mesa é que se porventura ao chegarmos às 20h 30m e ainda falta
alguma coisa, a Mesa vai pedir um prolongamento até acabarmos hoje, para não
termos que estar a fazer uma nova Reunião da Assembleia Municipal já nesta altura,
que já temos alguma dificuldade de organização dessa Reunião, portanto, eu pedi para
o bar estar aberto, para se algum alguém precisar de reforçar a sua resistência para
uma sessão que poderá ser longa, mas penso que será melhor para todos e, portanto,
pedia a vossa compreensão, pedia também a compreensão ali da nossa tradutora
gestual, a quem é exigido um esforço maior, porque tem que estar ali a fazer
interpretação gestual disto tudo e, portanto, vamos fazer isto com a nossa melhor boa
vontade para que os trabalhos corram bem. -----------------------------------------------------
----- Tenho aqui duas questões prévias que vos queria colocar, uma delas, há uma
Recomendação do Senhor Deputado Independente Rui Costa, que eu mandei
distribuir pelos Senhores Representantes, mas que não agendei porque veio já fora de
prazo, e tenho que perguntar se poderemos aceitar ou não. ----------------------------------
----- Trata-se de a Assembleia decidir sobre a não atribuição da Chave de Honra da
Cidade a Donald Trump, no pressuposto de que poderá haver uma visita de Donald
Trunp, uma visita oficial de Donald Trump, dos Estados Unidos da América, neste
período de verão. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Entretanto a informação que temos é que não há visita do Presidente dos Estados
Unidos a Portugal tão cedo e, portanto, não havendo visita, eu convidava o Senhor
Deputado Rui Costa a manter esta Proposta pendente, porque neste momento, não há
não está a visita prevista, a Proposta faz sentido de ser discutida, mas teríamos que ter
a confirmação da visita. No período em que estamos fechados a visita não vai
acontecer e, portanto, se não vissem inconvenientes a Proposta ficaria pendente,
entrará imediatamente em ação caso haja notícia de que há uma visita a cidade de
Lisboa do Senhor Presidente dos Estados Unidos. ---------------------------------------------
----- O Senhor Deputado proponente está de acordo? Muito bem, então é isso que
faremos. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Temos uma outra questão que foi apresentada pelo Partido Socialista um Voto de
Saudação para um ponto que está na Ordem de Trabalhos, julgo que é o ponto
décimo, que tem a ver com o aniversário da Polícia de Segurança Pública. ---------------
----- O nosso Regimento prevê que se possam apresentar Propostas sobre coisas que
estejam agendadas, mas não especificamente sobre votos e, portanto, eu penso que
não há problema nenhum em haver uma outra versão sobre o mesmo assunto, numa
interpretação naturalmente extensiva do Regimento, mas tenho que pôr isto à vossa
consideração, portanto, penso que sim Senhora, trata-se do aniversário da Polícia de
Segurança Pública, não há dúvida nenhuma que é o mesmo assunto do outro voto que
já cá está agendado, mandei distribuí-lo. Pergunto se alguém se opõe a que se admita
este voto do PS? -------------------------------------------------------------------------------------
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----- Se ninguém se opõe o Voto é admitido pela Mesa e quando chegarmos à altura
apreciaremos os dois do Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves e do Partido
Socialista. --------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ---------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito bem, neste caso temos então aqui o Público. ------------------------------------
----- Queria dizer aos Senhores Deputados que fui alertada por vários Senhores
Deputados para a necessidade de fazer algumas diligências adicionais relativamente
ao caso de um cidadão que tem estado aqui várias vezes, o Senhor José António
Marin, ele hoje não está, mas só para vosso conhecimento, não vou entrar em grandes
pormenores, mas de facto fizemos algumas diligências adicionais e temos mantido o
contato com o Senhor José António Marin para ver se conseguimos chegar a bom
porto no problema dele, e uma vez que ele nas últimas Sessões, como estão todos
recordados, se apresentou numa situação muito ansiosa, muito desesperada, e
entendemos que devíamos fazer algo mais do que cartas para cá e para lá, algo mais
do que uma intervenção epistolar, e está a ser feito. -------------------------------------------
----- Apenas para vos dizer que o meu gabinete tem estado a acompanhar e estamos a
fazer essas diligências, as que estão previstas na Lei, as que estão previstas nos
procedimentos nestes casos, para ver o que é que conseguimos fazer, portanto,
também queria dar-vos essa informação. --------------------------------------------------------
----- Posto isso, temos um Senhor inscrito, também tenho resposta para si, para o
Senhor Domingos, mas vamos primeiro ouvi-lo. O Senhor Domingos já cá esteve no
ano passado e faça o favor de usar da palavra. Trata-se de uma reclamação de obras,
falta de obras, aliás, na Estrada Militar, num arrendamento, o Senhor Domingos é
inquilino e, portanto, queixa-se do estado em que está a habitação. ------------------------
----- Faça o favor Senhor Domingos Amoná.” -------------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
-----“Boa tarde Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal de
Lisboa, Excelentíssimos Senhores Deputados, Minhas Senhoras e meus Senhores. -----
----- O assunto é obras de conservação da fração autónoma, sito na Estrada Militar
Lote FAT, 2º. Direito, Quinta da Torrinha, Lisboa, Processo nº. 6128/doc/2016. --------
----- Lamento importunar a digna Assembleia Municipal, a que Vossa Excelência tão
brilhantemente preside, mas razões ligadas à necessidade de preservar a minha
saúde e da minha mulher, já debilitadas, a isso me obrigam. -------------------------------
----- Na sequência da exposição por mim feita na sessão da Assembleia Municipal,
realizada no dia 24 de Abril de 2018, (doc.1), recebi o ofício de Vossa Excelência
com a referência nº. OF 1109/AML/18, de 2018-10-02 (doc.2),acompanhado de cópia
de ofício com a referência nº. OF/566/GVMS/CML/18, de 23-08-2018, assinado pelo
Senhor Vereador Manuel Salgado (doc.3) bem como de cópia da Informação nº.
38574/INF/UITN/GESTURBE/2018 da Unidade de Intervenção Territorial Norte
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(doc.4), e da Notificação nº. 37797/NOT/UITN/GESTURBE/2018 dirigido ao
“Ocupante de 2º. Dtº., Estrada Militar, Letras FAT, 1750-308 Lisboa”. ------------------
----- Desse conjunto de documentos resulta que na sequência da vistoria feita à
fração autónoma em causa a 24 de outubro de 2018 o proprietário do imóvel foi
intimado a realizar as obras necessárias para por termo às situações de
insalubridade e insegurança detetadas na referida vistoria. ---------------------------------
----- Tendo em consideração o tempo decorrido desde então, sem que me tenha sido
comunicado o estado do processo de intimação, solicito os bons ofícios de Vossa
Excelência no sentido de o problema ser resolvido o mais urgentemente possível.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Domingos pela sua vinda aqui, já deu conhecimento à
Assembleia das diligências que a Câmara fez, estas coisas são lentas, o Senhor
Domingos já está há muito tempo à espera, portanto, a sua pretensão é perfeitamente
justa. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu só lhe queria perguntar se pode deixar uma cópia desse documento que leu
para nós aqui na Mesa." ----------------------------------------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
-----“Sim, e queria acrescentar mais um assunto, em que o Senhorio disse que não
fazia obras, diz que não vai fazer obras e para nós irmos embora porque ele não vai
fazer obras. Nesta casa, já estamos aí nessa fração já vai fazer tinta e cinco anos a
residir nessa fração.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Domingos, já aqui temos dois problemas. --------------------------------------
----- Relativamente ao proprietário dizer que não vai fazer obras para os Senhores
saírem, ele não tem competências para dizer isso, a única entidade que pode pôr os
Senhores fora é o Tribunal, portanto, aí os Senhores estão tranquilos, pagam as vossas
rendas! Mantenham o pagamento das rendas, se ele não aceitar as rendas depositam-
nas e mantêm-se com as rendas em dia. ---------------------------------------------------------
----- O segundo ponto, e esse é um bocadinho mais complexo, como a obra faz parte
de um Bairro, que é um Bairro de génese ilegal e não está licenciada a casa, em si, não
é a intimação, a casa em si, isto tem que ser acompanhado pela Divisão da Câmara
que está a tentar fazer a legalização da zona e, portanto, vou pedir a esta Divisão para
acompanhar diretamente este caso, que é um caso particular, uma vez que a casa não
tem licença de utilização, mas a Lei neste momento, a Lei do Arrendamento protege
os inquilinos quando os Senhorios não fazem as obras, portanto, o Senhor não aceita
ordens, muito menos ordens verbais! O Senhorio se lhe mandar alguma notificação
por escrito o Senhor Domingos não faz nada sem se aconselhar juridicamente, com
uma pessoa de sua confiança, de como é que há de responder, que é para não ser
pressionado! -----------------------------------------------------------------------------------------
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----- Mais, se houver pressões do Senhorio a Lei neste momento também o protege a
si e o Senhor até pode fazer uma participação de pressões que o Senhorio esteja a
fazer indevidamente, portanto, há aqui matéria para defender os seus direitos, tem que
manter-se atento, como tem estado, e se precisar de apoio jurídico, de pedir
naturalmente aos serviços da Câmara se o podem encaminhar para apoio jurídico, se
houver pressões do Senhorio em relação ao seu caso. -----------------------------------------
----- Quanto às obras vamos continuar a fazer pressão nós do nosso lado, certo? ---------
----- O Munícipe, Senhor Domingos Amoná, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
-----“Está bem, sim Senhora.” ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Domingos.” ------------------------------------------------------
------------------------- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, terminámos a intervenção do Público hoje, eu queria só
pedir que vejam se é preciso fazer fotocópia da intervenção do Senhor Domingos.
Muito bem, então sendo assim, vamos entrar então agora na parte da nossa Ordem de
Trabalhos, nós temos aqui um Voto de Pesar da Isabel Wolmar. ----------------------------
----- A Senhora Secretária Patrocínia faz favor de ler o Voto de Pesar.” -------------------
----- “VOTO DE PESAR n.º 81/03 (PPM) – (Subscrito pelos Grupos Municipais
do PPM, PSD, CDS-PP e Presidente da Assembleia) VOTO DE PESAR “Isabel
Wolmar; --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Primeira Secretária em Exercício, Patrocínia Vale César,
procedeu à leitura do Voto de Pesar n.º 81/03 (PPM): --------------------------------------
-----“VOTO DE PESAR ISABEL WOLMAR. ----------------------------------------------------
----- Maria Isabel Marques Silva, conhecida do grande público como Isabel Wolmar,
nasceu em Lisboa a 21 de Março de 1933, no seio de uma família ligada às artes e ao
espectáculo. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Estreou-se aos 7 anos de idade nas emissões infantis do Rádio Clube Português
e aos 10 anos passou para a Emissora Nacional, onde fez emissões infantis
e participou em teatro radiofónico. --------------------------------------------------------------
----- Antes de se estrear na televisão, onde seria a segunda locutora, aos 25 anos, terá
feito uma passagem pelo teatro, onde foi dirigida por nomes como Carlos Avillez ou
Varela Silva. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Mulher multifacetada, produziu e realizou vários programas: foi directora de
produção, foi apresentadora do primeiro talk-show “A minha vida dava um filme”,
colaborou no Jornal de Notícias e em várias revistas, sendo uma das primeiras
mulheres a ter posições de destaque no mundo novo da televisão e da mídia. Dedicou-
se também à música, à poesia e à literatura infantil. ------------------------------------------
----- Para além de todo este contributo social e cultural, Isabel Wolmar era também
uma mulher de causas. Desde cedo que se interessou pela política tendo,
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inclusivamente, estado temporariamente sob o olhar perscrutador da PIDE, com
apenas 22 anos, ao solicitar um passaporte para ir ao casamento de uma prima a
Casablanca, em Marrocos. ------------------------------------------------------------------------
----- Em plena primavera marcelista (1969) recusou-se a apoiar a Acção Nacional
Popular (antiga União Nacional); pelo contrário, o seu apoio foi dado, notoriamente,
à Convergência Monárquica. Graças a este posicionamento político e ideológico
admitiu publicamente ter tido algumas dificuldades, ainda durante o Estado Novo e
mais tarde com o 25 de Abril e o PREC, tanto ao nível pessoal como profissional. -----
----- Correu o risco de ser despedida da RTP por ter apoiado a Convergência
Monárquica e só não o foi devido a nomes influentes, como os repórteres
condecorados Neves da Costa e Serra Fernandes, como também o Sr. Almirante
Américo Tomás, Presidente da República à época. -------------------------------------------
----- Após o 25 de Abril, manteve-se fiel à causa monárquica por pura convicção,
tendo militado activamente no PPM, a par com a vida pessoal e profissional, -----------
----- Permitimo-nos parafrasear Júlio Isidro, com quem trabalhou tantos anos, “O
fim chegou, apesar de tudo um final feliz, para quem viveu tanto e fez tanto na vida."
Tinha 86 anos. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- É por todas estas razões que o Grupo Municipal do PPM-Partido Popular
Monárquico propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em sessão
plenária no dia 23 de Julho de 2019, manifeste o seu mais profundo pesar, guardando
um minuto de silêncio e dando disso conhecimento à família. ------------------------------
----- Pelo Grupo Municipal do PPM a Senhora Deputada Aline Beuvink.” ---------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, eu associo-me, naturalmente, a este Voto de Pesar, o CDS
também se associa e a Senhora Deputada Virgínia Estorninho também, o PSD
também se associa.----------------------------------------------------------------------------------
----- Muito bem, Senhores Deputados, vamos pôr o Voto à votação.” ----------------------
----- Voto de Pesar nº. 81/03 (PPM), não tem votos contra, não tem abstenções,
votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do
Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor
Deputado Municipal Independente Rui Costa. O Voto de Pesar nº. 81/03 (PPM) foi
aprovado por unanimidade. --------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de um (a) Deputado (a) Municipal da Sala de Plenário.) -------------------
----- (Neste momento fez-se um minuto de silêncio pelo Voto de Pesar de Isabel
Wolmar.) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhores Deputados vamos prosseguir então com a nossa Ordem de
Trabalhos. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Nós temos aqui duas Atas, tenho uma chamada de atenção do Senhor Deputado
Rodrigo Mello Gonçalves relativamente à ausência de referência ao seu voto em
algumas votações, ou ausência de sala, na Ata. Essa sua chamada de atenção já foi
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passada aos Serviços e está a ser incorporado nestas Atas aquilo que pediu. Portanto,
penso que está ultrapassada a questão que levantou, não vale a pena estarmos a
discutir isso aqui todos em Plenário, apenas fazer chegar aos Serviços e garantir que
está a ser feito, e isso já está a ser feito, portanto, sendo assim pergunto se podemos
pôr à vossa votação? --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Rui Costa? Também é a mesma questão, a doutora Rita
Viegas já me disse que estavam a fazer esta verificação, porque isto foi na altura de
transição em que não estavam ainda instrumentalizado o sistema ainda de mandarem
aquela listazinha com os votos, portanto, vai ser com esta correção de ficar
mencionado na Ata in extenso as vossas votações. --------------------------------------------
----- APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DAS ATAS Nº. 59, DE 14 DE MARÇO
DE 2019, E DA ATA Nº. 60, DE 19 DE MARÇO DE 2019; ------------------------------ ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Nós vamos de a pôr à votação, as Atas 59 e 60, alguém se quer inscrever? Se
não querem temos que pôr à votação. ------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Rui Costa quer-se inscrever sobre qual delas? Senhor
Deputado, se é para dizer isto que eu já disse é desnecessário. É para dizer, então se
há correções a fazer adia-se a votação das Atas e ficam para setembro, não vamos
discutir agora aqui atas. ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado tem o direito de fazer as correções que atender e as Atas
virão aqui depois de corrigidas.” -----------------------------------------------------------------
----- (Adiadas as votações das Atas 59 e 60.) -------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados vamos passar ao Ponto 2, a votação final da Proposta
85/CM/2019.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 2 - PROPOSTA Nº. 85/CM/2019 - APRECIAÇÃO PARA
VOTAÇÃO FINAL DA PROPOSTA 85/CM/2019 - PROJETO DE VERSÃO
FINAL DA ALTERAÇÃO SIMPLIFICADA DO PLANO DIRETOR
MUNICIPAL DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO
DISPOSTO NO N.º 7 DO ARTIGO 123.º DECRETO-LEI N.º 80/2015, DE 14 DE
MAIO E NA ALÍNEA B) DO N.º 1 DO ART.º 70º DO REGIMENTO (APROVADA
NA GENERALIDADE EM PLENÁRIO DE 14 DE MARÇO, BAIXOU À 3ª CP
PARA ANÁLISE NA ESPECIALIDADE); --------------------------------------------------- ----- Parecer da 3ª Comissão Permanente -------------------------------------------------------
----- Recomendação 081/01 (3ª CP) ------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 85/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo I e dela faz parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 3ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo II e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação 81/01 (3º. CP) fica anexada a esta Ata como Anexo III e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Peço à Senhora Primeira Secretária para assumir a direção dos trabalhos, uma
vez que me quero inscrever neste ponto.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Pergunto à Câmara Municipal se quer apresentar a Proposta?” ----------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde a todos. ----------------------------------------------------------------------------
----- Penso que não será necessário Senhora Presidente em Exercício, dado que esta
matéria foi objeto de ampla discussão e preconizada discussão em Sede de Comissão,
mas estou completamente disponível para responder a todas as questões,
nomeadamente até através do Vereador Manuel Salgado. Obrigado.” ---------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------
----- Pergunto ao Relator, o Senhor Deputado Fernando Ribeiro Rosa se quer fazer a
presentação. Não o vejo na sala. ------------------------------------------------------------------
----- Tem a palavra então a Senhora Presidente/Senhora Deputada Municipal Helena
Roseta.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde Senhoras Deputadas, Senhores Deputados. ---------------------------------
----- Eu estive a ver com cuidado este processo e que se passa é o seguinte: é uma
alteração simplificada do PDM que tem a ver com um terreno, os terrenos que
pertenciam e que pertence e que pertencem ao Ministério da Defesa Nacional, na
Avenida Infante Santo, em frente ao antigo Hospital Militar da Estrela, e pegados com
a cerca do Convento da Estrela. ------------------------------------------------------------------
----- Estive a ver o processo com cuidado, o que a Câmara pede é ao abrigo da Lei,
uma alteração simplificada, que eu julgo que quando há uma desafetação do domínio
público do Estado para o domínio privado do Estado, a Câmara é obrigada a fazer
com prazos e tudo, portanto, o que nós temos aqui é uma decisão do Governo que,
aliás vem do Governo anterior, um despacho do Governo anterior, que fez uma lista
de prédios para desafetar do domínio público e passar para o domínio privado, lista
essa de prédios que deveriam ser para rentabilização, é o que está no despacho,
rentabilização essa que exige naturalmente uma verificação da sua utilização em
termos de PDM. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Acontece que aquilo que a Câmara nos propõe, uma vez que aquilo foi
desafetado do uso militar, e que está prevista a sua rentabilização, no âmbito da Lei da
Programação Militar que a Câmara propõe, portanto, que aquilo tenha o uso das
parcelas confinantes, há usos diferenciados, a CCDR levantou questões, mas isso
foram esclarecidas, e portanto, o uso previsto é o que efetivamente a Câmara propõe e
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eu penso que nestas condições não há razão nenhuma para não se aprovar esta
alteração simplificada. -----------------------------------------------------------------------------
----- Poder-se-á dizer, mas nós não concordamos, com que o Estado esteja a alienar
património seu, pois isso podemos não concordar, mas isso não é esta Proposta da
Câmara, isso foi o Despacho do Governo que o fez e, portanto, podemos até fazer
uma Moção contra isso, mas em termos de Proposta da Câmara, a Câmara não está a
cumprir a Lei, o Artigo 123 do Regime Jurídico dos Instrumento de Gestão
Territorial, penso que não tem problemas. ------------------------------------------------------
----- Eu verifiquei na análise da discussão que isto teve aqui na generalidade, que
foram suscitadas dúvidas sobre se aquilo abrangia ou não abrangia o Instituto
Geográfico Cadastral e depois, o Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Estrela
falou no Instituto Hidrográfico, que é na Rua das Trinas, uma grande confusão, não
abrange nem um e nem o outro. ------------------------------------------------------------------
----- Os prédios abrangidos são dois prédios que são mesmo paralelos à Infante santo
e mais um atravessado cá atrás, e que são exteriores à cerca, do Convento da Estrela,
portanto, isto era para clarificar estes pontos. --------------------------------------------------
----- Há uma Recomendação da 3ª Comissão no sentido de uma vez que a decisão do
anterior Governo, e que este Governo confirmou, de rentabilização é através de hasta
pública, que a Câmara comparecesse nesta hasta pública. ------------------------------------
----- Devo dizer que não vou votar esta Recomendação, porque acho que é excessivo,
a Câmara Municipal estar a concorrer numa hasta pública do Ministério da Defesa,
sinceramente acho que é excessivo, quanto muito poderíamos sugerir à Câmara que
dissesse ao Governo que em vez de pôr aquilo em hasta pública pudesse no Fundo
Nacional de Reabilitação do Edificado, que é a ferramenta que o Governo próprio
criou para colocar edificado público em uso habitacional, com rentabilidade, ainda por
cima, obrigatória de 4%, não o escrevi desta forma, porque não sei se a Câmara está
disponível para isso, mas era isto. ----------------------------------------------------------------
---- Já terminei o meu tempo, mas era isto que eu vos queria dizer, ir-me-ei abster na
vossa Recomendação, embora ache que ela seja bem-intencionada, penso que há
outros caminhos e não queria deixar de dizer, pelo menos aqui, oralmente, que a
Câmara talvez pudesse fazer diligências para pedir ao Governo que, em vez de fazer
uma hasta pública, colocasse estes edifício ou este terreno, no fundo Nacional de
Reabilitação do Edificado. Muito obrigada.” ---------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhor Vice-Presidente da
Câmara, Senhor Vereador Manuel Salgado, Senhoras e Senhores Vereadores,
Senhoras e Senhores Deputados Municipais. --------------------------------------------------
----- Eu julgo que não convém lançarmos confusões sobre este processo, o que vale o
que para os edifícios do PUALZE, a serem desclassificados como equipamentos, vale
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igualmente para estes prédios. A questão da desafetação do domínio público para o
domínio privado do Estado nada tem que ver com a alteração de usos no instrumento
jurídico de ordenamento territorial, portanto, a posição que hoje esta Assembleia
Municipal aqui toma não é vinculada a uma posição do Governo, nem deste nem de
outro, é uma decisão de oportunidade e mérito sobre a utilização de um espaço
urbano. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- E com isto vou lembrar a importância estratégica daquele espaço e lembrar a
perda de poder negocial da Câmara Municipal de Lisboa, pasme-se, atirada para uma
hasta pública por sugestão desta Assembleia Municipal, na determinação do futuro
daquele imóvel, temos autonomia Municipal, podemos decidir não alterar o uso
daquele solo e é isso que se espera que se faça, até que se encontre uma solução para o
Município adquirir aquele terreno, portanto, naturalmente e sem qualquer tipo de
falácia o voto em relação a esta Proposta só pode ser negativo. Muito obrigado.” -------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Teixeira, do Partido Socialista,
prescinde? --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” ------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde Senhora Presidente em Exercício, Senhora Secretária, Senhoras
Deputadas, Senhores Deputados, Caro Público. -----------------------------------------------
----- Retomamos aqui a Proposta de alteração simplificada do Plano Diretor Municipal
de Lisboa relativamente à desafetação do domínio público militar e a integração no
domínio público privado do Estado do imóvel da cerca do Convento da Estrela, ala
sul, na Avenida Infante Santo. --------------------------------------------------------------------
----- O PCP sempre se tem posicionado contra a venda de património que é de todos!
Há uns meses atrás tivemos oportunidade de afirmar aqui que, para além da questão
óbvia de mais uma venda e desafetação de uso com a qual discordamos, seria
importante na nova construção impedir a ocupação de toda a parcela, libertando a área
colada ao edifício do antigo Instituto Geográfico Cadastral, e deixando ali um espaço
verde de utilização pública. -----------------------------------------------------------------------
----- Faço aqui um parêntese só para esclarecer que a dúvida com o Instituto
Hidrográfico foi levantada por mim que, por lapso, troquei o nome dos institutos
nesse debate, de qualquer forma não tem a ver com o espaço do Instituto, mas com a
área ao lado desse edifício do antigo Instituto Geográfico Cadastral, defendemos um
planeamento orientado para o direito à Cidade, que salvaguarde os usos do território e
de património, e não para os interesses privados, ou do mercado, desregulação e
desordenamento que permitem a utilização do solo para gerar mais e mais lucros. ------
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13
----- A Recomendação da 1ª Comissão é do nosso ponto de vista interessante no
sentido de procurar que a Câmara tome uma posição que impeça que ali cresça mais
um investimento imobiliário de monta, com um enormíssimo lucro para os seus
promotores, mas que nada trazia aos lisboetas e de resposta às necessidades da cidade.
----- Ao recomendar que a Câmara adquira o imóvel na referida parcela a desafetar
para fins de habitação, ao abrigo do PACA e do PRA abre-se uma oportunidade, se a
Câmara o fizer pode efetivamente usar o território para ir ao encontro das
necessidades prementes da cidade, naturalmente que temos em conta que a
Recomendação prevê um “também”, permitindo que o imóvel venha a ter outros usos
e destinatários, que não apenas as famílias que precisam e procuram uma casa para
morar em Lisboa, e isso é preocupante. ---------------------------------------------------------
----- Ao mesmo tempo, a possibilidade do espaço verde para utilização pública não
ficou salvaguardado, pesando todas estas questões iremos abster-nos na votação da
Recomendação da 1ª Comissão. ------------------------------------------------------------------
----- O PDM da cidade é, no nosso entender, um instrumento de planeamento e gestão
do território que deve proteger o interesse público, o progresso social e as populações
de forma clara e transparente, salvaguardando os usos do território e o equilíbrio entre
as suas diferentes funções, esta alteração simplificada ao PDM não vai ao encontro
destes objetivos, pelo que iremos votar contra. Obrigada.” ----------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS-PP.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhora Secretária, Caros
Vereadores, Caros Deputados, Caro Público. ---------------------------------------------------
----- De forma muito sucinta dar nota daquilo que é a posição do CDS sobre esta
matéria, há bocado a Senhora Deputada Helena Roseta falava sobre aquilo que é o
Despacho de 2018, do Gabinete dos Secretários de Estado, e o que eles dizem tão
somente é que, e vêm propor, a desafetação do domínio público militar e a integração
no domínio privado do Estado, afeto ao Ministério da Defesa Nacional, do imóvel em
causa, portanto, do Hospital Militar da Estrela e autorizar, obviamente, a alienação do
imóvel mediante hasta pública, pelo valor que vier a ser homologado pela Direção-
geral do Tesouro e das Finanças e, portanto, o que se vê na Proposta da Câmara é que
a Câmara vai além daquilo que é o pedido do Ministério da Defesa e do Tesouro e,
portanto, propõe uma alteração do uso e, portanto, para um espaço consolidado de uso
especial de equipamentos para espaço consolidado central e residencial e, portanto,
como digo, não é isto que os dois Ministérios vêm pedir à Câmara Municipal de
Lisboa, é basicamente que se desafete de equipamento militar para equipamento, e
portanto, era importante perceber porque é que a Câmara quis apresentar uma
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Proposta em que qualifica como espaço central e residencial, algo que não é um
pedido do Governo. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Depois também dizer que não houve uma avaliação, no nosso entender, não
houve uma avaliação daquilo que é a necessidade de equipamentos nesta zona da
cidade, ela não existe os documentos anexos à Proposta, essa avaliação não é feita,
tivemos oportunidade de questionar o Senhor Vereador e os Dirigentes Municipais em
sede de Comissão, mas a verdade é que não há uma explicação clara, nomeadamente
no processo, sobre a necessidade ou não de ali ter equipamentos, e a verdade é que o
que nos pedem, e volto a referir, a frisar, aquilo que nos pede o Estado é que
desafetemos apenas de equipamento militar, para equipamento e, portanto, mais uma
razão para que a Câmara nos explicasse o porquê de querer mudar para espaço
residencial e central e não manter a totalidade, ou parte dela, para um equipamento,
portanto, falta-nos saber essa necessidade, e pedia ao Senhor Vereador Manuel
Salgado que nos explicasse. -----------------------------------------------------------------------
----- E depois indo ao encontro daquilo que foi a Recomendação, emanada da
Comissão, e aprovada, importa também dizer que embora pareça que haja uma
vontade, de afetar parte deste terreno para um programa de habitação a custos
moderados, a uma renda acessível, a verdade é que ele não vem na Proposta e,
portanto, não passa de uma mera vontade, que não é efetiva e achamos que esta
poderá ser uma oportunidade perdida em duas perspetivas, por um lado perceber se
existe ou não uma necessidade de criar e afetar esta parte da cidade, e esta e este
terreno em particular, este lote, ao Programa de Renda Acessível e, por outro lado,
perceber se há a carência de equipamentos nesta zona, que em si já é consolidada e,
portanto, seria uma oportunidade. ----------------------------------------------------------------
----- Nessa medida a Câmara deveria então junto do Governo manifestar essa vontade,
para que se pudesse estudar, pelo menos, avaliar a possibilidade de alterar aquilo que
é a Proposta e o Despacho que foi emitido por estes dois Ministérios. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra Senhora Deputada Helena Roseta, para um pedido de
esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Helena Roseta (IND) no uso da palavra fez o
seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------
----- “Peço desculpa, um pedido de esclarecimento ao Senhor Deputado Diogo Moura.
----- Eu ouvi com atenção o que disse, e é verdade o que disse sobre o Despacho, mas
o Senhor Deputado tem que ler o Despacho e tem que ler o que diz a Lei. O que diz a
Lei, no Artigo 123 do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, é que
“estão sujeitas a regime procedimental simplificado as alterações aos Planos
Intermunicipais e Municipais que resultem da necessidade da definição de uso do
solo, determinada pela cessação de servidões administrativas e restrições de utilidade
pública, ou pela desafetação de bens imóveis do domínio público”, que é o caso. -------
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----- Houve uma desafetação do bem imóvel que determina a necessidade de fazer
uma alteração de uso, é a minha interpretação da Lei, se o Senhor Deputado Rui Costa
há pouco pôs em causa que esta necessidade de alteração de uso exista. -------------------
----- Eu pergunto se o Governo pode fazer ir fazer uma hasta pública de um terreno
que está classificado como equipamento militar no PDM, há aqui qualquer coisa que
não está a bater certo, portanto, a competência para alterar o uso, é de facto da Câmara
Municipal, ao abrigo deste Artigo a CCDR diz que “pode ser feita e deve ser feita”, os
Senhores Deputados votarão como entenderem. A minha pergunta é se o Senhor
Deputado pensa que esta leitura que pode ser feita?” -----------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado Luís Newton pediu a palavra, para? Para defesa da honra.” --
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra para
defesa da honra: -------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, na intervenção ainda há bocado da Senhora Deputada
Municipal Helena Roseta, que muito estimo e que muito tenho, obviamente em
consideração, resolveu dizer que, em determinado momento, que eu teria feito alguma
confusão relativamente a um equipamento situado dentro da minha Freguesia. ----------
----- Senhora Presidente/Deputada deixar muito claro duas coisas, primeiro a
discussão que houve relativamente à confusão entre aquilo que é a Proposta e aquilo
que o PCP em determinado momento esteve aqui a defender, é que o PCP que
introduziu a discussão à volta do Instituto Hidrográfico. -------------------------------------
----- O Instituto Hidrográfico, e foi dito aqui na altura, e há registo disso, o Instituto
Hidrográfico não se situa, não se situa onde se situa este equipamento, e foi isso que
eu na altura disse e, na altura foi reconhecido pelo próprio Partido Comunista
Português que não se estavam, de facto, a referir ao Instituto Hidrográfico, portanto,
deixar bem claro que não há aqui qualquer “pés pelas mãos e mãos pelos pés”, e não
acho até que seja adequado voltarmos a esse tema que já tinha sido sanado numa
sessão anterior.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Deputado. Eu penso que não deixou margem para dúvidas e
que está tudo esclarecido. --------------------------------------------------------------------------
----- Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, peço desculpa Senhor Deputado
Diogo Moura, mas o Senhor Deputado Rui Costa pede a palavra, para? Faz favor,
Senhor Deputado.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez o
seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício, Senhor Deputado Diogo
Moura, escutei com atenção e bastante interesse, e algum agrado a intervenção que
fez, no entanto, gostava que me clarificasse relativamente ao seguinte: entende o
Senhor Deputado, que a questão da afetação, nos termos do PDM, do terreno a um
determinado uso é obrigatória, em função da sua desclassificação como domínio
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público? É que ouvimos aqui, e em termos muito pertinentes, que é prevista a
alteração simplificada dos instrumentos de gestão territorial quando, quando, se opera
uma alteração domínio, mas já não ouvimos que é obrigatória a alteração do PDM
para esse efeito. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, eu pergunto ao Senhor Deputado Diogo Moura, o Senhor Deputado
Diogo Moura entende que tal é obrigatório? ----------------------------------------------------
----- E em segundo lugar, não sendo obrigatório, não entende o Senhor Deputado
Diogo Moura que seria muito mais interessante para uma vinculação futura de uso, no
interesse do Município, não proceder a esta alteração dos do PDM? Muito obrigado
Senhor Deputado.” ----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- Passo então a palavra ao Senhor Deputado Diogo Moura para responder a todas
as questões que lhe foram postas.” ---------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra deu
os seguintes esclarecimentos: ---------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente em Exercício. -------------------------------------
----- Respondendo à Senhora Deputada Helena Roseta e ao Deputado Rui Costa e, em
primeiro lugar esclarecer a Senhora Deputada Helena Roseta daquilo que eu disse, o
que o Despacho dos Gabinete dos Secretários de Estado Estado do Tesouro e da
Defesa Nacional pedem à Câmara Municipal de Lisboa, ou melhor, deliberaram foi a
desafetação do domínio público militar e integrado no domínio privado do Estado,
afeto ao Ministério do imóvel em causa e, portanto, o que pedem à Câmara é fazer
essa desafetação, o que a Câmara faz é uma desafetação e uma nova qualificação do
uso especial de equipamentos, para espaço consolidado, central e residencial. -----------
----- O que eu gostaria saber, e é a pergunta que eu coloco à Câmara, é se esta
definição do novo uso, enquanto espaço consolidado central e residencial foi falado
com o Ministério? Porque o Ministério apenas pede é que se tire de equipamento
militar, não diz que deve ser retirado de equipamento, concordando ou não com essa
designação e com essa proposta por parte de dos Gabinetes, e portanto, perceber qual
é a fundamentação? Se partiu da Câmara, com a nova qualificação do solo, ao abrigo
do PDM, ou se houve algum pedido, por parte destas duas Secretarias do Estado que
aqui não vem e, portanto, o que a Câmara neste momento está a fazer com esta
proposta é e apresentarmos uma alteração do uso, e uma afetação para uso residencial,
que não é aquilo que diretamente, e de forma concreta e objetiva, pede o Ministério, a
secretaria de Estado da Defesa Nacional e do Tesouro e Finanças. -------------------------
----- E depois, a questão que nós colocámos, e respondendo ao Deputado Rui Costa, é,
e não sou eu que tenho que responder, é a Câmara Municipal que deve responder, se
por um lado e seguindo aquilo que é a Recomendação da Comissão, se foi aferida a
possibilidade e a viabilidade, já percebemos que não, mas foi aferida a possibilidade
de haver um programa de habitação a custos controlados, ou renda acessível, para este
edifício e se faz sentido que a Câmara Municipal tome a iniciativa junto destes dois
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Ministérios, nomeadamente através destas Secretarias de Estado para afetar este lote
para um programa de habitação a custos moderados, e que o e que possa vir a ter um
equipamento, porque a verdade é que nós não ficámos satisfeitos com a resposta que
foi dada em sede de Comissão, em particular pelos Dirigentes Municipais que
acompanhavam o Vereador Manuel Salgado, sobre a necessidade ou a carência de
equipamentos nesta zona, e essa era uma resposta que nós queríamos! --------------------
----- Voltando ao princípio, essa necessidade ou não, da inexistência dela, de
equipamentos naquela zona, vai ao encontro daquilo que é o pedido destas duas
Secretarias de Estado, que é desafetação de equipamento militar para equipamento,
volto a relembrar que não há nenhum pedido para alteração para uso central e
residencial, como a Câmara nos propõe.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Passo a palavra à Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Senhor Vereador
Manuel Salgado.” -----------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde, muito obrigado Senhores Deputados.----------------------------------------
----- Em primeiro acho que é importante esclarecer o seguinte, esta Proposta e esta
alteração incide, e para que todos se situem bem, sobre parte de umas antigas
instalações do Hospital Militar da Estrela, que é exatamente, são os edifícios que
ficam do lado Sul/Nascente da Avenida Infante Santo. ---------------------------------------
----- Do lado oposto, as antigas instalações do hospital estão neste momento a ser
utilizadas pela Santa Casa da Misericórdia, onde fez uma residência de cuidados
continuados, não sei se foi vendido, se foi cedido, desconheço qual é a forma como
foi decidida, mas manteve o uso de equipamento. ---------------------------------------------
----- O segundo ponto, não vale a pena desenvolver muito, porque a Senhora
Presidente já o referiu, o Artigo 123, no número 1 do RGIT, estabelece que as
Câmaras Municipais são obrigadas, no prazo de 60 dias a partir de um despacho
conjunto da entidade com tutela sobre o imóvel, a proceder à definição dos seus usos
e edificabilidade, tendo em conta aquilo que se passa na envolvente imediata. ----------
----- E o que se sucede é que o despacho conjunto disse expressamente, portanto,
despacho conjunto do Secretário de Estado do Tesouro e da Defesa Nacional, disse
expressamente que o objetivo é autorizar a alienação do imóvel, mediante hasta
pública, pelo valor que vier a ser homologado pela Direção-geral do Tesouro e
Finanças, e diz mais à frente que o imóvel permanece afeto ao Ministério da Defesa
Nacional, enquanto não for objeto de rentabilização e respetiva entrega material.
Portanto, ficou claro do despacho, qual é o objetivo que o Governo tem relativamente
à cessação das servidões, que é aquilo que se passou, e à desafetação dos imóveis
públicos, ou da utilidade pública do Estado, para poderem ser colocados em hasta
pública. -----------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Devo dizer, aliás, que não é a primeira vez que esta Assembleia vota e decide
sobre casos análogos a estes, esta é a quarta alteração simplificada por este mesmo
motivo, a primeira foi a Quinta da Alfarrobeira, que permitiu instalar a sede da Junta
de Freguesia de São Domingos de Benfica. A segunda foi o Hospital da Marinha, a
terceira foram os edifícios em Monsanto, que foram desafetados do uso militar, e que
ficaram integrados no espaço verde, portanto, sem qualquer possibilidade de outro
uso, e esta é a quarta alteração. -------------------------------------------------------------------
----- Devo dizer também que a Direção-geral do Tesouro e Finanças, que é no fundo
quem promove a valorização deste património, teve variadíssimas reuniões com os
Serviços Municipais e foi feita uma proposta volumétrica em que prevê que a frente
para a Avenida Infante Santo fique um espaço verde, com estacionamento no subsolo,
um estacionamento de uso público, que terá que ser cedido ao Município, é aberto o
nosso arruamento que permite a ligação da Rua de Buenos Aires, cá abaixo à Avenida
Infante Santo, e a edificabilidade no restante foi definida a partir das regras da
envolvente imediata. -------------------------------------------------------------------------------
----- Queria só para terminar, que devo pessoalmente e defenderei isso com todos os
meios que estiverem ao meu alcance junto da Câmara Municipal, para que no futuro,
estes edifícios sejam afetos ao FNRE, ou seja, o Fundo Nacional de Reabilitação do
Edificado, para construção de renda acessível, obviamente, que é muito mais
interessante do que a sua valorização no mercado livre, através da Direção-geral do
Tesouro e Finanças. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, para um pedido de
esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez o
seguinte pedido de esclarecimento: --------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Senhor Vereador Manuel Salgado, é
sempre com muito gosto que o ouço aqui, até porque é um homem que nos brinda
sempre com palavras cuidadas e devidamente pesadas e, portanto, para esclarecer
cabalmente esta Assembleia eu vou-lhe colocar a seguinte questão: estava o
Município de Lisboa legalmente obrigado e esta, a esta que o Senhor aqui traz,
proposta de alteração do uso do solo? Eu lembro o Senhor Vereador para o Artigo 123
do Decreto-lei 80/2015, que muito bem citou, que fala nos usos confinantes. ------------
----- Ora, mesmo, mesmo, adjacente a esses terrenos está a Basílica da Estrela, que é
espaço de equipamento, e do lado de lá da Infante Santo está um equipamento que é
uma rede de cuidados continuados, hoje. Portanto, Senhor Vereador, eu peço-lhe que
esclareça esta Assembleia, se, de facto, o uso a dar ao solo, primeiro se esta
Assembleia é obrigada tomar esta deliberação? Segundo, se esta Assembleia podia,
sob proposta da Câmara, naturalmente, dar ou não o uso, o destino de uso de
equipamento, àquele solo? É que, Senhor Vereador, não é por si nem é por mim que
lhe coloco esta questão, é para que fique muito claro aquilo que as pessoas vão votar
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aqui hoje, e para que não se refugiem em qualquer tipo de argumento formal, para
legitimar uma opção de fundo política que estão a tomar, que é a equiparação daquele
espaço a traçado urbano, portanto, Senhor Vereador, a questão é esta: estamos
vinculados a esta proposta, a esta utilização de solo que aqui nos traz? Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ -
-----“Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------
----- Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton.” ---------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente em Exercício, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores
Vereadores. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O equipamento ora em discussão e o espaço urbano que nele se insere é uma
zona, eu diria de vital importância para o território da Freguesia da Estrela, por dois
motivos muito importantes, em primeiro lugar, porque durante muitos anos, foi uma
unidade hospitalar de apoio, que tinha e teve sempre uma boa relação com a
envolvente, uma boa relação com a comunidade, mas que desde que saiu se
transformou numa zona que está neste momento desocupada, devoluta, onde não
existem quaisquer cuidados no âmbito daquilo que é a sua manutenção ou questões
relacionadas com a higiene e salubridade públicas, e que aparenta caminhar
claramente para um abandono com consequências muito graves, não só para o próprio
espaço, mas, inevitavelmente para toda a comunidade envolvente. -------------------------
----- E daqui resulta necessariamente duas grandes evidências, a primeira a
necessidade de intervencionar rapidamente o espaço, para evitar aquela que é a sua
continuada degradação, não presta nem um serviço nem à Cidade de Lisboa, muito
menos à comunidade da Estrela. ------------------------------------------------------------------
----- Em segundo lugar, e tão mais importante, é definir aquela que será a sua
reabilitação futura, e isto porque nós compreendemos desde muito cedo, que qualquer
intervenção de requalificação do território é geralmente um processo moroso, sendo,
por isso necessário que compreenda as mesmas premissas que muitas vezes,
intervenções noutros territórios também deveriam compreender. Desde logo suprir
aquelas que são as principais necessidades do próprio território, e aqui uma das
grandes dificuldades, e uma das necessidades mais prementes, é não só assegurar o
estacionamento para a comunidade envolvente, mas também assegurar uma das
soluções de estacionamento também para quem visita a Basílica da Estrela, e não me
refiro apenas e só aos moradores e àqueles que vão lá praticar o seu culto, mas
também àqueles que identificam, como monumento nacional que é, aquele espaço
para visita turística, nacional ou internacional. -------------------------------------------------
----- E aqui a Câmara tem que conseguir salvaguardar este importante contributo, este
importante equipamento, e por isso, no nosso ponto de vista, há uma questão que tem
que ficar, e que daquilo que fomos já previamente informados por parte da Câmara
Municipal de Lisboa, parece estar devidamente assegurado que é a capacidade de
DRAFT
20
poder oferecer estacionamento à comunidade envolvente e o seu ordenamento
permitir a resposta a esta necessidade premente, que é o visitar por parte de turistas
nacionais e estrangeiros do território e, em particular da Basílica da Estrela. -------------
----- Depois há aqui uma outra dimensão muito importante, e é um
apelo/recomendação, de facto, conforme comecei por dizer, uma das importantes
necessidades é assegurar que se pare a degradação continuada daquele espaço e, para
isso, é necessário uma intervenção imediata, para impedir a progressão daquilo que é
uma verdadeira insalubridade pública a decorrer naquele território, mas também
importava, tendo em conta, naturalmente, aquela que é a normal morosidade destes
processos que pudesse existir por parte da Câmara Municipal uma atenção para a
própria comunidade, em poder assegurar que durante este período, como aliás,
acontece em muitos outros locais, tivemos, por exemplo, o exemplo do que se passou
em Campo de Ourique, que é a possibilidade de, enquanto a obra não avança,
poderem-se assegurar condições para que os residentes da Freguesia da Estrela, e não
só, possam fazer uso daquele espaço para estacionamento, durante o período em que
não avançar a obra, este era um serviço comunitário fundamental, porque asseguraria
não só uma solução temporária para as dificuldades de estacionamento, mas também e
mais importante, a possibilidade de se fazer uma intervenção para manter os índices
de salubridade pública, adequados àquele território, evitar que ali se concentrem todos
os problemas que depois se propagam para todos os edifícios envolventes. Disse.” -----
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ -
-----“Muito obrigada Senhor Deputado. ---------------------------------------------------------
----- Pergunto à Câmara se tem algo a acrescentar? Penso que não tem. -------------------
----- Faz favor o Senhor Vereador.” --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente em Exercício. ---------------------------------------------
----- Relativamente à questão levantada pelo Senhor Deputado Rui Costa, não sendo
eu jurista, julgo que se não existisse mudança de uso, o despacho conjunto dos
Senhores Secretários de Estado do Tesouro e da Defesa era inútil! E porquê? Porque
como eu referi, a parte Poente da Infante Santo, não sei em que condições passou para
o domínio da Santa Casa da Misericórdia, mas se o equipamento, quer dizer, se o uso
se mantivesse como equipamento, bastava uma Deliberação de Conselho de
Ministros, fazendo a desafetação dominial do domínio público militar, para o domínio
privado do Estado, para poder ser alienado sem alteração do PDM, razão pela qual é
solicitada uma alteração do PDM, que consta do Despacho e está previsto na Lei que
o Município tem um tem um prazo de 60 dias para introduzir as alterações, atribuindo
os usos da envolvente imediata, e diz expressamente também que esse objetivo é para
ser alienado e obter receitas para a Lei de Programação Militar, portanto, é
perfeitamente claro qual é o objetivo do Despacho e, portanto, o Município, no nosso
entendimento, está obrigado a cumprir a disposição da Lei e deste Despacho. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
21
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Pergunto à Senhora Segunda Secretária se já não há mais inscrições? Penso que
estamos em condições de passar à votação.” ---------------------------------------------------
----- Proposta 85/CM/2019, votos contra do CDS-PP, PCP, PEV, do Deputado
Municipal Independente Raul Santos e do Senhor Deputado Municipal Independente
Rui Costa, abstenções do PAN, MPT e do Senhor Deputado Municipal Independente
Rodrigo Mello Gonçalves, votos a favor do PS, PSD, BE e 8 IND. A Proposta
85/CM/2019 foi aprovada por maioria. ------------------------------------------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Aline Gallhash Hall Beuvink do Grupo
Municipal do PPM não participou na apreciação e votação desta Proposta por
impedimento legal) ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “ Uma Declaração de Voto, por escrito, do Senhor Deputado Independente Rui
Costa, do Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV, e do Senhor Deputado Diogo
Moura, do CDS-PP.” -------------------------------------------------------------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa e o Senhor Deputado
Diogo Moura não apresentaram a declaração de Voto por escrito) -------------------------
----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, posteriormente, a seguinte Declaração
de Voto: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “O Grupo Municipal do PEV votou contra a Proposta nº 85/2019 - Projecto de
versão final da Alteração Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa, pelas
seguintes razões: ------------------------------------------------------------------------------------
----- - O PEV não concorda com os pressupostos que estão na base da alienação do
imóvel designado por «PM 40/Lisboa - Cerca do Convento da Estrela - Ala Sul» que
está afecto ao Ministério da Defesa Nacional e que integra o património da
Administração Central, por considerar ser este mais um caso de alienação de
património do Estado. Aliás, é a própria proposta que indica não pretender
considerar a permanência do seu uso público, ao ter em “vista a sua rentabilização”.
----- - O PEV discorda igualmente da alteração do uso do solo para Espaço Central e
Residencial Consolidado - Traçado Urbano A - devido à predominância de Espaços
de Uso Especial de Equipamentos na envolvente próxima e, por isso, considera que
não deveria haver lugar a qualquer redefinição de uso do solo. ----------------------------
----- Finalmente, o PEV defende que o solo da cidade de Lisboa não deve ser ‘um
banco de terrenos aberto à especulação imobiliária’, mas antes que o interesse
colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. No caso presente, parte do
espaço poderia, inclusive, e a título exemplificativo, vir a ser aproveitado para
construção de habitação com rendas acessíveis, como Museu da Saúde Militar, a par
de uma função ligada aos cuidados continuados de saúde. ----------------------------------
----- Assembleia Municipal de Lisboa, 23 de Julho de 2019 ---------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”.” -----------------------------
DRAFT
22
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Passamos agora para a votação da Recomendação 81/01, da 3ª. Comissão
Permanente.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Recomendação 81/01 (3ª. CP), não há votos contra, abstenções do PCP, PAN, 7
IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, votos a favor do PS,
PSD, CDS-PP, BE, PEV, MPT, 2 IND e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rodrigo Mello Gonçalves. A Recomendação 81/01 (3ª. CP) foi
aprovada por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- (A Senhora Deputada Municipal Aline Gallhash Hall Beuvink do Grupo
Municipal do PPM não participou na apreciação e votação desta Recomendação por
impedimento legal) ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente em Exercício, Patrocínia Vale César, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Penso que estamos em condições de passar ao Ponto 3 do nosso Regimento, e
aguardo que a Senhora Presidente retome o seu lugar.” --------------------------------------
----- (Neste momento reassumiu a presidência a Senhora Deputada Municipal Helena
Roseta, a Senhora Presidente.) --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, desculpem lá estas alterações de Mesa, mas isto é assim, e
vamos perseguir os nossos trabalhos. ------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada à Senhora Primeira Secretária por me ter substituído, e vamos
passar agora ao ponto 3 da nossa Ordem Trabalhos. ------------------------------------------
----- PONTO 3 – PROPOSTA 506/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR
VEREADOR MANUEL SALGADO) - APRECIAÇÃO DOS PONTOS 1 E 2 DA
PARTE DELIBERATIVA DA PROPOSTA N.º 506/CM/2019 - AQUISIÇÃO DE
ONZE PRÉDIOS AO INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA DA
SEGURANÇA SOCIAL, I.P., E RATIFICAR A CORREÇÃO DOS VALORES
DE RENDA E DE VENDA PARA OS IMÓVEIS SITOS NA AVENIDA
MANUEL DA MAIA, N.ºS 40 A 40 D, E AVENIDA ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA, N.ºS 39 E 39 A, DECORRENTE DE ERRO DE ESCRITA, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I), DO
N.º 1 DO ART.º25.º, DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,
NA REDAÇÃO ACTUAL; ------------------------------------------------------------------------
----- Parecer da 1ª Comissão Permanente. ---------------------------------------------------
----- (A Proposta 506/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo IV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo V e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
23
----- “Estamos a falar da aquisição onze prédios ao Instituto de Gestão Financeira da
Segurança Social. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Acontece que a Proposta tem um erro material, e antes da votação eu depois
assinalarei qual é o erro, para ficar corrigida, mas antes disso pergunto à Câmara se
quer apresentar a Proposta. O Senhor Vice-Presidente? A aquisição dos onze prédios
da Segurança Social, querem apresentar a Proposta?” ----------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não me parece haver necessidade dada ela ser tão clara, Senhor Presidente, mas
se quiserem, é até com gosto.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Se o Senhor Vice-Presidente não vê necessidade nós passamos adiante. -----------
----- Parecer da 1ª Comissão Permanente, o Senhor Deputado José Casimiro vai
apresentá-lo, não há a Recomendação é apenas o Parecer.” ----------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra,
enquanto relator, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------
----- “Senhores Membros da Mesa, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. ---------
----- De uma forma talvez muito simples, duas questões, uma esta Proposta 506/2019
autoriza a aquisição de onze prédios do Instituto de Gestão Financeira da Segurança
Social, ou de quem provar pertencer-lhes, pelo Município de Lisboa de acordo com a
Lei 75/2013, de 12 de setembro, devendo a Câmara sempre que o valor da aquisição
seja superior a 600 mil euros, correspondente a mil vezes a remuneração mínima
mensal garantida, obter autorização da Assembleia Municipal, ficando igualmente
sujeita a visto prévio do Tribunal de Contas, que deverá apreciar a minuta do
respetivo contrato. ----------------------------------------------------------------------------------
----- A aquisição destes imóveis é fundamental para garantir os objetivos do governo
da cidade em matéria de promoção de habitação das rendas acessíveis em melhores
condições, e também uma oportunidade única para reforçar e qualificar as excelentes
condições do património imobiliário municipal, numa ação muito relevante
significado do interesse público, e no conjunto, e para interesse municipal em
particular. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A aquisição destes imóveis é ainda fundamental para a concretização do
acordado na prossecução do novo pilar do Programa de Renda Acessível,
integralmente financiado pelo Município ou em parceria com entidades públicas. -------
----- Diria que na análise que se faz da aquisição dos imóveis, que a aquisição dos
imóveis deve obedecer ao já disposto na Lei 75/2013, devendo a Câmara, sempre que
o valor seja superior, e já foi dito anteriormente, que as condições do acordo
encontram-se descritas no final da Proposta com o valor de 57 milhões 339 mil e 21
euros e 50 cêntimos, e consta do preço devido pelo Município à aquisição dos onze
prédios, ao qual integralmente pago no ato da celebração da escritura de compra e
venda. -------------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
24
----- E por último, estão assegurados os devidos enquadramentos orçamentais com a
emissão de cabimento e declaração de fontes disponíveis, o Município tem neste
momento condições financeiras para poder adquirir a totalidade dos onze imóveis,
reunindo assim as condições necessárias para o exercício do direito de compra. ---------
----- E mais não está colocado, eu diria só que em relação a esse Parecer, que foi
aprovado por unanimidade, diria que há condições efetivamente para que a parte
pública da renda acessível vá para a frente e que prossiga no atual Mandato deste
Município e desta Câmara para que a gente continue, efetivamente, a afirmar esta
vertente. Muito obrigado.”-------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, o Senhor Vice-Presidente da Câmara, Senhoras e
Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ------------------------
----- Esta é uma boa proposta, é uma proposta que vai permitir ao Município poupar
bastante face ao contrato que já tinha, mas é preciso não esquecer que esta proposta
surge na sequência da venda em hasta pública dos terrenos de Entrecampos, e é
termos esta memória, porque hoje haverá aqui quem aprove e apoie esta medida, mas
tenha levantado todas as dúvidas na alienação, não digo na operação integrada de
Entrecampos, digo na alienação dos imóveis que compõem a operação integrada de
Entrecampos, é preciso ter memória e é preciso saber porque é que as coisas se fazem.
----- Merece o voto favorável, sim senhor, e por parte de algumas forças políticas
nesta Casa que merece também o ato de contrição, por tudo quanto disseram, na
altura. Disse.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ------
----- Parece-nos particularmente evidente aquela que é a principal preocupação à volta
deste modelo. E, sobretudo desta iniciativa que visa, como disse ainda há pouco o
Senhor Deputado Rui Costa, uma nova viagem pela linha da memória. -------------------
----- E, no âmbito daquilo que são os inevitáveis atos de contrição, há matérias sobre
as quais parece-nos particularmente evidente que, antes de qualquer ato de contrição
DRAFT
25
ou reflexão profunda, sobre aquilo que o destino final, há uma pergunta que contínua
sem resposta, e sem resposta devida não há atos de contrição, continua a existir a
dúvida, que era aquela dúvida da génese, e a pergunta é simples: Quem é que vai gerir
este património? Disse.” ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, não temos mais pessoas inscritas e pergunto à Câmara se
quer responder às questões que foram suscitadas? O Senhor Vice-Presidente.” ----------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Mais uma vez muito boa tarde a todos. ---------------------------------------------------
----- Eu começava por referir que esta operação é uma das mais importantes operações
que já está em curso no Município de Lisboa, no âmbito do Programa Renda
Acessível. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Ela resultou de uma parceria que foi possível estabelecer com o Ministério do
Trabalho e da Segurança Social, os nomes vão variando tanto que eu já não lhe acerto
às vezes, mas uma parceria que felizmente permitiu, assegurando aquilo que são as
necessidades de equilíbrio do Fundo de Equilíbrio da Segurança Social, e colocando
na disponibilidade do Município para fazer face a um dos seus mais importantes
programas e um dos seus mais importantes áreas políticas, ou dimensões políticas que
necessitam de uma intervenção rápida e urgente, foi possível, com celeridade,
conseguir esta parceria. ----------------------------------------------------------------------------
----- Ela tinha uma confirmação que lhe foi a confirmação possível à data, que
salvaguardava ambas as partes, ainda assim, o Município conseguiu encontrar os
meios para que fosse possível, nesta data que hoje aqui vivemos, apresentar-vos a
possibilidade de adquirirmos em definitivo este património, para fazer parte do
Património Municipal, dando corpo assim também não só à possibilidade de
utilizarmos estes meios para que mais munícipes possam ter uma casa com renda
acessível, mas também para que possamos dar corpo àquela intenção que resulta do
Programa do Governo, que é aumentarmos o número de casas públicas na cidade de
Lisboa, elas já eram públicas, mas públicas no domínio Municipal. ------------------------
----- Por outro lado, também dizer-vos que a forma como este assunto estava a ser
conduzido com arrendamentos, o resultado final que esta proposta nos possibilita vai
reduzir os custos associados a esta operação, disponibilizando assim, mais e maior
capacidade de investimento nesta área da habitação para outras operações, e num
espaço curto de tempo, porque alguns destes edifícios já se encontram em obra e
outros que estão em fase concursal e, portanto, em breve teremos obras em todos estes
edifícios. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas dizer-vos também que está em fase muito avançada e em breve virá a esta
Assembleia toda a informação que vai ser disponibilizada sobre as próximas
operações, nomeadamente, a Operação de Renda Acessível, na zona de Entrecampos. -
DRAFT
26
----- Algumas dúvidas também foram aqui levantadas sobre a questão da gestão deste
património. A intenção deste Executivo é que exista um grande envolvimento entre o
Município propriamente dito, e a sua Sociedade de Reabilitação Urbana e ainda a
Gebalis, em todo o processo, desde a conceção até à fase de entrega dos edifícios aos
novos moradores, para que depois a Gebalis se possa especializar como a empresa,
que é a empresa do Município que gere todos os seus arrendamentos habitacionais, e é
essa a intenção deste Executivo. ------------------------------------------------------------------
----- Também para terminar e no fundo indo de encontro àquilo que é a intervenção do
Deputado Independente Rui Costa, dizer-vos a todos que o nossos espírito, o espírito
com que um problema desta importância para o Município e para a cidade de Lisboa
tem, bem-vindos aos convertidos, bem-vindos a todos aqueles que em face das
circunstâncias tiveram que retroceder na sua forma de olhar para a Operação de
Entrecampos, e estão hoje connosco, nesta grande operação. Muito obrigado Senhora
Presidente, e estão hoje nesta operação que vai dotar a cidade de Lisboa com mais
capacidade de habitação com renda acessível. Muito obrigado.” ----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------
----- Vamos, creio que não há mais nenhum pedido de palavra, estamos em condições
de pôr à votação a Proposta 506, agora sim, dizer-vos qual é o erro material, é uma
coisa mínima, mas fica já assinalado, na página 5 da Proposta no considerando que
tem v, v de vida, está na segunda linha, diz “imóveis financeiras”, o “financeiras” está
a mais, é “adquirir a totalidade dos onze imóveis”, a palavra “financeiras” está a mais,
é só eliminar a palavra “financeiras”, e posto isto vamos por à votação esta Proposta.” -
----- Proposta 506/CM/2019 (corrigida), não tem votos contra, abstenções do PSD,
CDS-PP, MPT e PPM, votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, PEV, 8 IND, o Senhor
Deputado Municipal Independente Raul Santos, do Senhor Deputado Municipal
Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa. A Proposta 506/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “E vamos passar ao ponto seguinte da Ordem de Trabalhos, o ponto seguinte da
Ordem de Trabalhos é a Proposta 507/CM/2019.” --------------------------------------------
----- PONTO 4 - PROPOSTA 507/CM/2019 - (SUBSCRITA PELOS SENHORES
VEREADORES MANUEL SALGADO E MIGUEL GASPAR) - APRECIAÇÃO
DA PROPOSTA N.º 507/CM/2019 - LANÇAMENTO DE UMA HASTA
PÚBLICA PARA A CONSTITUIÇÃO DE UM DIREITO DE SUPERFÍCIE,
EM SUBSOLO, SOBRE PARTE DA PARCELA DE TERRENO DESIGNADA
POR B3 DA OPERAÇÃO INTEGRADA DE ENTRECAMPOS, PARA A
CONSTRUÇÃO DE UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO AUTOMÓVEL,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I),
DO N.º 1 DO ART.º 25.º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL; ------------------------------------------------------
DRAFT
27
----- Parecer conjunto da 1ª, 3ª e 8ª Comissões Permanentes; ----------------------------
----- (A Proposta 507/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo VI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª, 3ª.e 8ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como
Anexo VII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “É uma hasta pública para a constituição de um direito de superfície em subsolo,
no contexto da Operação Integrada de Entrecampos, na parcela B 3, para um parque
de estacionamento automóvel. --------------------------------------------------------------------
---- Pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação da Proposta? Nem o Senhor Vice-
Presidente, nem o Senhor Vereador Manuel Salgado, muito bem. --------------------------
----- Vamos perguntar então, o que o Relator é o Senhor Deputado João Valente Pires,
pergunto ao Senhor Deputado se quer fazer a apresentação do Parecer? Pedia-lhe a
sua capacidade de síntese, uma vez que o Parecer foi distribuído por todos, e não será
necessário estar a lê-lo aqui, mas o Senhor Deputado saberá como fazer. -----------------
----- Chamo a vossa atenção que isto é um Parecer conjunto, de uma reunião conjunta
da 1ª, 3ª e 8ª Comissões Permanentes, houve um esforço adicional das Comissões que
eu quero agradecer aos Presidentes e a todos os Senhores Deputados, por terem feito
este esforço, porque estas Propostas foram aprovadas apenas na semana passada na
Câmara Municipal, mas houve um esforço para conseguirmos ter as Propostas em
condições e as aprovar hoje. -----------------------------------------------------------------------
---- Senhor Deputado faz favor.” -----------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Valente Pires (PS) no uso da palavra,
enquanto relator, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores
Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Operação Integrada de Entrecampos desde logo pela sua dimensão e impacto
em termos urbanos representa uma evidente oportunidade para desenvolver
urbanisticamente esta zona central de Lisboa, que abrange as Freguesias das Avenidas
Novas e de Alvalade, requalificando o espaço público, criando serviços, áreas
comerciais e habitacionais, bem como equipamentos. ----------------------------------------
----- A constituição em direito de superfície e o lançamento do concurso em hasta
pública, que ora se propõe é, portanto, de grande importância, pois a sua
concretização é necessária para dar continuidade aos compromissos assumidos e
assegurar tal requalificação e revitalização. -----------------------------------------------------
----- Da análise do relatório de avaliação, que faz parte integrante da Proposta,
verifica-se ter sido efetuada uma avaliação interna detalhada onde se referem as
especificações técnicas, parâmetros urbanísticos e pressupostos, que foram
necessariamente tidos em conta na avaliação efetuada com base no estudo preliminar
desenvolvido, que consta igualmente como anexo à Proposta, bem como os
parâmetros de cálculo e as conclusões a retirar. ------------------------------------------------
DRAFT
28
----- O valor base de licitação da hasta pública foi assim determinado, tendo em
consideração os usos e a superfície do pavimento definida de acordo com os
instrumentos de gestão territorial em vigor, a unidade de execução do loteamento de
iniciativa Municipal, aprovados pelas deliberações da Câmara Municipal de Lisboa,
números 419 e 421/2018 de 12 de julho de 2018, concretizadas no estudo preliminar
desenvolvido. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- O programa do procedimento prevê que se no futuro houver lugar ao aumento do
número de lugares, nas condições estabelecidas, haverá o lugar ao ressarcimento ao
Município, a título de compensação, por melhor aproveitamento e correção do preço
contratual, verifica-se estar também estava salvaguardado no programa de
procedimento a obrigação do superficiário ou quem explorar o parque, de garantir o
número máximo de 60 avenças, 24 horas para residentes, a um preço de 35 euros mês,
atualizável alinhando o respetivo regime com a política que tem vindo a ser seguida
pelo Município em outros parques. --------------------------------------------------------------
----- A oneração de bens imóveis deve obedecer ao disposto na Lei 75/2013 de 12 de
setembro, na redação atual, devendo a Câmara sempre que o valor dos imóveis
envolvidos no negócio seja superior a 600 mil euros, correspondente a mil vezes a
remuneração mínima mensal garantida, obter a respetiva autorização da Assembleia
Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pelo exposto conclui-se que a Proposta que foi votada em Comissão e teve
apenas uma abstenção, portanto, concluir-se que esta está em condições de ser
presente hoje aqui, e ser debatida e votada aqui no Plenário da Assembleia Municipal.
Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado Relator. ----------------------------------------------
----- Só fazer uma ligeira correção, o que foi votado em Comissão foi o Parecer, não
foi Proposta, a Proposta vai ser votada aqui, apenas para que não fique esta incorreção
na Ata, foi um lapso, mas todos compreendemos que é que o Senhor deputado estava
a dizer. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Posto isto, vamos dar a palavra a quem se inscreveu.” ----------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Casimiro, do Bloco de Esquerda.” --------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Ora boa tarde de novo. ----------------------------------------------------------------------
----- Nós queríamos colocar duas questões em relação a esta Proposta. Por um lado, e
o nosso voto vai ser um voto contra por dois motivos, em primeiro lugar em relação à
constituição desta hasta pública para direito de superfície, no prazo de 90 anos, no
subsolo de parcela municipal, com a área de 9.282,70 metros quadrados. Por outro
lado, isto porque é só Municipal, e por conseguinte, estamos a fazer esta hasta pública
para um privado, por outro, em relação à questão da construção deste parque de
DRAFT
29
estacionamento, que decorre desta hasta pública, e do direito de superfície, a
construção do parque estacionamento com três pisos, capacidade prevista de 428
lugares de estacionamento, e este é o segundo motivo porque nós estamos contra, e
nós estamos a ver que um pouco por toda a cidade, em cada plano que aparece, ou
cada proposta que aparece há mais um parque de estacionamento, isto é ao contrário
de tudo aquilo que é política do Município em relação a privilegiar o transporte
público, e foi dito em relação a esta Operação Integrada de Entrecampos que era
necessário tomar medidas no sentido de que se devia privilegiar, não só toda a parte
pública que diz respeito em relação a transporte, como aquele Interface, que era
preciso desenvolvê-lo e dar condições a quem viesse para ali trabalhar, ter as
melhores condições. Ora, aquilo que nós vimos é que se continua cada vez mais a
privilegiar a vinda do automóvel para Lisboa, e isto é em contraciclo àquilo que se
diz, à política da Câmara que estamos aqui, queremos carro público, queremos
transportes públicos, isso aqui aparece em sentido contrário, àquilo que tem sido a
política camarária. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde a todos. --------------------------------------------------------------------
----- Devido à previsível elevada circulação automóvel na área da Operação Integrada
de Entrecampos, acentuada por uma expectável deslocação de empresas e serviços
para esta zona, a CML planeou a criação de um parque de estacionamento subterrâneo
de três pisos, com uma capacidade prevista para 428 lugares, por meio da constituição
de um direito de superfície, em subsolo, por um período de 90 anos. ----------------------
----- Para a sua construção a CML propõe a esta AML o lançamento de hasta pública
e a aprovação de um conjunto de anexos à Proposta nº 507/2019, entre os quais, o
estudo preliminar e o programa do procedimento, para além do valor base de licitação
da hasta pública em quatro milhões e quinhentos mil euros (4.500.000 €). ----------------
----- Ora, em primeiro lugar, esse estudo preliminar começa por propor um
reperfilamento das inúmeras avenidas circundantes, e que implica a supressão de
vários lugares à superfície, em princípio a integrar no estacionamento subterrâneo na
Parcela B3, sendo também criado, a meio, um novo arruamento para permitir o
atravessamento e o acesso ao parque de estacionamento, que deverá ser utilizado,
exclusivamente, por veículos de moradores e de empresas, e acessos ao
estacionamento e a um hotel. ----------------------------------------------------------------------
----- Mais diz o estudo que, para além destas mudanças viárias, serão efectuadas
alterações em infraestruturas afectadas pela construção do parque, desde os traçados
de condutas da EPAL, ao desvio de colectores de saneamento de águas residuais e
DRAFT
30
pluviais, à substituição da rede de iluminação pública e de um posto de transformação
da EDP dedicado à gestão do estacionamento, alteração das redes de
telecomunicações, colocação de semáforos nos novos cruzamentos e, inclusive, a
implantação dum sistema pneumático de recolha de lixos, à semelhança do Parque das
Nações, a expensas do Município, supomos. ---------------------------------------------------
----- Em segundo lugar, e relativamente ao parque de estacionamento, o relatório
geológico/geotécnico menciona a existência de depósitos de aterro recentes, que
obrigam a um cuidado encaminhamento e tratamento após a sua remoção. Também as
características geotécnicas do tipo de solo não aparentam ser adequadas para servir de
fundação de estruturas edificadas em subsolo. -------------------------------------------------
----- Em terceiro lugar, prevê-se que os novos usos previstos, com predominância de
escritórios e edifícios comerciais, agravem os problemas de circulação na zona, com
maiores condicionamentos de trânsito em períodos de ponta, tal como evidenciam as
avaliações do Estudo de Tráfego.-----------------------------------------------------------------
----- No entanto, de acordo com o programa de procedimento, o superficiário apenas
terá de disponibilizar um número máximo de 60 avenças para residentes, para 24
horas e por um preço de 35 €/mês, bem como dotar o parque de lugares reservados
para viaturas eléctricas e postos de carregamento. Porém, nada diz sobre a reserva de
espaço, no interior, para meios de mobilidade suave. -----------------------------------------
----- Em quarto lugar, detendo o Município de Lisboa uma empresa municipal
vocacionada para a gestão da mobilidade e estacionamento, não compreendemos
porque não é atribuída a construção e exploração deste parque à EMEL, ou seja, numa
iniciativa pública que assegure lugares em regime permanente, durante 24 horas por
dia, nesta tão necessitada zona da cidade. -------------------------------------------------------
----- E, a partir da receita obtida, a CML poderia aprofundar políticas integradas de
mobilidade, reforçando os transportes colectivos, e mesmo projectos públicos noutras
zonas carenciadas da cidade. ----------------------------------------------------------------------
----- Questionamos, por isso, qual o real motivo para esta opção do executivo em
preferir que este empreendimento seja promovido por uma empresa privada. ------------
----- Em quinto lugar, junta-se a estes factores, alguma omissão de objectivos
ambientais e de qualidade de vida a prosseguir, que não podem ser descurados, com
aposta no reforço de parques dissuasores que sejam realmente periféricos, como Os
Verdes têm vindo a defender. ---------------------------------------------------------------------
----- Por isso, importaria antes fomentar e reforçar a aposta em transportes públicos,
em detrimento do transporte individual, procurando-se minimizar os impactos
negativos associados ao previsível aumento de tráfego nesta zona, já de si bastante
congestionada. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Finalmente, o PEV alerta para o facto de ainda decorrer na justiça o processo de
indemnização à Bragaparques, devendo salvaguardar-se a eventualidade de a CML ter
de pagar uma elevada quantia, o que poderá gerar alguma entropia sobre o que está
previsto para a Operação Integrada de Entrecampos, nomeadamente, atrasando
soluções para a habitação a renda acessível e os equipamentos de uso colectivo. --------
DRAFT
31
----- Em suma, Os Verdes têm dificuldade em acompanhar esta proposta, porque, por
um lado, ela visa proceder ao lançamento de uma hasta pública para construir e
viabilizar a exploração privada de um parque de estacionamento subterrâneo, quando
ela poderia ser uma iniciativa pública promovida pela autarquia, e porque, por outro
lado, vai atrair mais viaturas a entrarem na capital, caso não se proceda ao atempado
reforço da oferta de transportes públicos. -------------------------------------------------------
----- Obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “É apenas uma declaração, e também uma declaração de princípios. -----------------
----- O PCP não é contra a construção de um parque de estacionamento, nem este nem
outros, devemos até a lutar pelo parque a preços acessíveis na cidade. Entendemos
que o parque não deverá ser gerido pelo privado, e que deve ter gestão pública do
Município, por isso votaremos contra a Proposta de hasta pública. Muito obrigado.” ---
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, terminámos os pedidos de palavra, perguntou à Câmara se
quer responder? Senhor Vice- Presidente, Senhor Vereador Manuel Salgado? Quem é
que quer responder? O Senhor Vereador Manuel Salgado se faz favor.” ------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Só umas notas muito rápidas, quer dizer, de todos os parques de estacionamento
enterrados que existem em Lisboa, que eu me recorde, há um único que foi construído
pela EMEL, que é o Parque do Campo das Cebolas, todos os outros são parques que
foram concessionados no tempo, a maior parte, no tempo em que foi Presidente
Doutor Jorge Sampaio e depois o Doutor João Soares, e uma parte já residual no
tempo do Doutor Santana Lopes. -----------------------------------------------------------------
----- Segunda nota e, portanto, a opção por fazer uma hasta pública foi exatamente
para libertar a EMEL para outras tarefas, que são extremamente importantes e,
portanto, não lhe depor mais esta carga em cima. ----------------------------------------------
----- Quanto à questão do estacionamento para residentes, ficou comtemplada
obrigatoriedade de estacionamento para residentes, para suprir as carências existentes
na Avenida 5 de Outubro, no troço em que será constituído este parque de
estacionamento, sem prejuízo de avenças para residentes nos restantes lugares. ---------
DRAFT
32
----- Terceiro ponto, toda a conceção da operação integrada visa potenciar o Interface
de transportes públicos, portanto, o Interface de Entrecampos é o Interface mais
potente da cidade de Lisboa e, portanto, todo o raciocínio foi feito no sentido de
potenciar este Interface. ----------------------------------------------------------------------------
----- A proposta inicial da Câmara era para que o número de lugares de
estacionamentos de uso público ficasse nos mínimos do Plano Diretor, nos mínimos
no Plano Diretor e este número foi ligeiramente aumentado por Proposta do Partido
Social Democrata na Câmara Municipal de Lisboa. -------------------------------------------
----- Quanto às infraestruturas afetadas, pois sempre que há de obras no subsolo, por
debaixo das ruas há infraestruturas afetadas, isto é comum, ainda recentemente o
parque construído na Avenida Defensores de Chaves, afetou infraestruturas, aqui
queria dar uma nota que foi desenhado um parque mantendo uma distância obrigatória
às raízes dos jacarandás existentes na Avenida 5 de Outubro, que foi fixado pela
Direção Municipal de Espaços Verdes, portanto, que são 2 metros para salvaguardar
de facto as árvores. ---------------------------------------------------------------------------------
----- O sistema de recolha de lixos será repartido e pago pelos privados, é essa a nossa
proposta, e ele existirá nessas condições, foram feitos os estudos de geologia, e
obviamente, não estamos em cima de rocha e, portanto, é um terreno que tem parte de
aterro, mas cujas condições permitem perfeitamente a edificabilidade e, portanto,
penso que relativamente às questões que foram levantadas, que elas ficam
esclarecidas. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, estamos em condições de por à vossa consideração e
votação a Proposta 507/CM/2019. ---------------------------------------------------------------
----- Há a escusa do Senhor Deputado Rui Costa nesta matéria não poderá votar.” ------
----- Proposta 507/CM/2019, votos contra do CDS-PP, PCP, BE, PEV, MPT e PPM,
abstenções do PSD, PAN, 2 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul
Santos, votos a favor do PS e 6 IND. A Proposta 507/CM/2019 foi aprovada por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello
Gonçalves da Sala de Plenário) -------------------------------------------------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa não participou na
apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados há uma Declaração de Voto do CDS-PP. -----------------------
----- (O Grupo Municipal do CDS-PP não apresentou a Declaração de Voto) ------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Vamos passar agora à Proposta 510/CM/2019. -----------------------------------------
----- PONTO 5 – PROPOSTA 510/CM/2019 (SUBSCRITA PELOS SENHORES
VEREADORES MANUEL SALGADO E MIGUEL GASPAR) - APRECIAÇÃO
DRAFT
33
DA PROPOSTA N.º 510/CM/2019 - ISENÇÃO DE TAXAS DE OCUPAÇÃO
DE ESPAÇO PÚBLICO E PUBLICIDADE (ALPENDRE/PALA), NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C), DO
N.º 1 DO ART.º 25.º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,
NA REDACÇÃO ACTUAL; ---------------------------------------------------------------------- ----- Parecer da 1ª Comissão Permanente -------------------------------------------------------
----- Recomendação nº 081/03 (1ª CP) ---------------------------------------------------------
----- (A Proposta 510/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo VIII e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo IX
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação 81/03 (1ª.CP) fica anexada a esta Ata como Anexo X e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Trata-se de um pedido de isenção de taxas de ocupação de espaço público e
publicidade em Arroios, na sequência de obras, vamos ver, pergunto a Câmara se quer
fazer a apresentação da Proposta? Senhor Vice-Presidente dispensa a apresentação da
Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Relator é o Senhor Deputado Manuel Lage, não sei se quer fazer a
apresentação do Relatório? Dispensa a apresentação do Relatório. -------------------------
----- Há uma Recomendação, na sequência do Parecer aprovado pela Comissão
Permanente, que eu julgo que foi aprovado por unanimidade, agora estou a dizer de
cor mas não posso garantir, vamos lá abrir a minha pasta para confirmar o que estou a
dizer. O Parecer foi, de facto, aprovado por unanimidade, e posto isto vamos dar a
palavra às pessoas que se inscreveram sobre a Proposta 510/CM/2019.” ------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado de novo Senhora Presidente. -------------------------------------------
----- A Proposta nº 510/2019 tem em vista a isenção de taxas de ocupação de espaço
público e publicidade (em Alpendre ou Pala), requerida pela Sociedade Actividades
Hoteleiras Ribeirão Preto, Ldª, sita entre a Rua Morais Soares e a Praça do Chile.---- ----- Este pedido de isenção de taxas decorre dos alegados prejuízos causados pela
intervenção promovida pelo Metropolitano de Lisboa, nomeadamente por o estaleiro
existente na obra ‘camuflar’ o estabelecimento e, consequentemente, o mobiliário
urbano nele existente, mas pelo qual a CML vem cobrando as respectivas taxas
municipais. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Acontece que este não é caso único, por diversas actividades comerciais se
depararem com um problema que se vem arrastando desde que a infra-estrutura foi
encerrada a 19 de Julho de 2017, para obras de requalificação profundas, com a
DRAFT
34
finalidade de alargar a estação de Arroios. A empreitada já teve data para conclusão,
mas agora fala-se de um previsível prolongamento, pelo menos, até final do 1º
trimestre de 2021. Ou seja, mais dois longos e penosos anos. -------------------------------
----- No estaleiro de obras, os tapumes estão grafitados e partidos, há lixo acumulado,
e os comerciantes estão visivelmente transtornados. Daí que os lojistas se encontrem
deveras apreensivos com o futuro dos seus negócios, por as vedações colocadas na
Praça do Chile terem afastado a clientela e obrigado alguns comerciantes a fechar as
lojas. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A própria União de Associações do Comércio e Serviços fala de pelo menos 20
estabelecimentos comerciais que já fecharam portas nestes dois anos e de muitos
outros que têm tido uma considerável diminuição dos seus rendimentos e que
ponderam fechar a curto prazo. -------------------------------------------------------------------
----- Também na Assembleia de Freguesia de Arroios de Dezembro de 2017 havia
mesmo já sido aprovada uma recomendação que visava a isenção de taxas, que obteve
os votos favoráveis de CDS, PS, PSD, PCP e BE e a abstenção do PAN. -----------------
----- Neste contexto, a atribuição desta isenção é não apenas uma medida plena de
justiça, como merece ser alargada aos restantes estabelecimentos que estejam também
a ser prejudicados pelos mesmos motivos. ------------------------------------------------------
----- No entanto, cabe aqui questionar o executivo sobre se equacionou e avaliou a
responsabilidade da administração do Metro de Lisboa e do Governo, que tem por
missão fiscalizar os planos e relatórios de actividade do Metropolitano e os
calendários de execução das obras. Não deverá agora a CML pedir para ser ressarcida
dos valores que isenta, mas cuja responsabilidade final não é sua? Tenciona ou não o
Município pedir para reaver os valores isentados? E vai ou não informar os restantes
comerciantes da existência desta benesse? ------------------------------------------------------
----- Obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” -----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “A situação dos comerciantes nesta zona de Arroios tem sido uma das grandes
preocupações do PCP em todo o processo das obras na estação do Metro. Procurámos
sempre estar ao lado da população e dos comerciantes daquela zona, profundamente
afetados pelas decisões gravosas que para aquele espaço têm sido tomadas. --------------
----- Fomos a primeira força política a chamar a atenção para os sérios
constrangimentos que aqueles comerciantes sofrem. Em novembro de 2016 e depois
em 2017 com intervenção no terreno, mas também com notas de imprensa
denunciando a situação ali vivida, em fevereiro de 2018 com a apresentação de uma
moção em Reunião de Câmara, que seria aprovada por unanimidade, deliberando que
DRAFT
35
fosse requerido à Administração do Metro toda a informação sobre o decorrer das
obras, prazos previstos para a sua conclusão e medidas urgentes para minimizar os
efeitos negativos que se faziam sentir na altura. -----------------------------------------------
----- Em janeiro de 2019 com a apresentação de nova moção na Câmara, tendo em
conta a estagnação das obras e a ausência de medidas para minimizar os danos
causados, solicitando esclarecimentos vários ao Governo, em março deste ano, aqui
na Assembleia, propusemos que a Câmara exigisse as informações necessárias sobre
quais os empreiteiros com quem foi contratualizada a realização de cada uma das
obras, incluindo na estação de Arroios. ----------------------------------------------------------
----- A própria alteração ao Artigo 11º do Regulamento Geral de Taxas, Preços e
Outras Receitas do Município de Lisboa, apresentada pela Câmara e votada em
janeiro deste ano, que permite a isenção de taxas em projetos de interesse municipal,
nomeadamente, naquelas em que as intervenções sejam provocadas por outras
entidades do setor público desde que devidamente atestado e reconhecido o respetivo
interesse Municipal, mereceu também o nosso voto favorável, consideramos que a
zona da estação de Metro de Arroios é sem sombra de dúvida abrangida por esta
alteração, naturalmente, votaremos favoravelmente a Proposta 510/CM/2019 da
Câmara, hoje aqui em votação, também votaremos favoravelmente a Recomendação
da 1ª Comissão já que esta vai precisamente ao encontro da questão que pusemos à
Câmara aquando da discussão desta Proposta, a necessidade de tomada de medidas
por parte da Câmara Municipal de divulgação junto dos comerciantes sobre esta
possibilidade de pedido de isenção de taxas. Obrigada.” -------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, não tenho mais Senhores Deputados inscritos, pergunto ao
Senhor Vice-Presidente… O Senhor Deputado Manuel Lage faça o favor.” --------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra, enquanto
relator, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. -------------------
----- Só para dar nota desta última intervenção por parte do PCP, e que não se
manifestou na intervenção do PEV, nós ontem quando aprovámos este Parecer, aliás,
sob proposta do PAN, que foi aceite por toda a Comissão e, por isso, o Parecer foi
aprovado por unanimidade, nós recomendamos à Câmara, por isso não se trata de
mero Parecer, mas de uma Recomendação, nós recomendamos à Câmara, e eu passo a
citar “Que a Câmara divulgue amplamente a possibilidade de isenção de taxas em
situações análogas, aprovada através da Deliberação da Assembleia Municipal de
Lisboa 238/AML/2019, junto de eventuais prejudicados, nomeadamente, por obras
promovidos pelo Metro de Lisboa para alargamento da Estação de Arroios” e,
portanto, precisamente aquilo que o PCP agora aqui veio dizer, mas que o PEV não
disse, portanto, esta situação está acautelada para situações futuras, ou seja, que a
Câmara passe a comunicar e a divulgar, portanto, esta foi uma preocupação que todos
nós tivemos na Comissão, portanto, aquilo que PEV aqui há pouco disse já está
DRAFT
36
acautelado, portanto, naturalmente que é essa a Recomendação que a Comissão fez, e
tomou por unanimidade e que, portanto, se torna desnecessário aquilo que ficou aqui
publicitado, e, portanto, já consta. Naturalmente, contamos com o voto favorável de
todos como aconteceu, aliás, na Comissão e como o PCP, aliás, também já disse que
aqui o faria. Era só, muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Agora o Senhor Vice-Presidente. -----------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------
----- Dizer-lhes com clareza que, de facto, já houve aqui e também, apesar de nem
sempre todos concordarem com que o eu vou fazer, mas acho que, e nós já dissemos
isso outras vezes, e eu pessoalmente, apesar de como é evidente há um conjunto de
Serviços em que tenho responsabilidade política, houve aqui um atraso lamentável e
que, portanto, pedi desculpa àqueles que agora estão a ser alvo destas isenções e que,
de facto, tiveram os impactos negativos. --------------------------------------------------------
----- É certo que, em face do interesse público, não estamos a falar de nada que não
nos venha a beneficiar a todos e qualquer um de nós que utilize aquela aquelas
estações de Metro, no entanto, isso causou um impacto negativo no comércio e na
vida das pessoas daquela zona, não há outra forma de fazer, porque qualquer uma
daquelas conhecidas terá impactos ainda mais negativos, e mais disruptivos na vida
das pessoas e, portanto, parece-nos que podendo mitigar algumas situações, e algumas
delas foram tratadas e mitigadas, eventualmente, ainda haverá outras que podem ser
desenvolvidas, mas sabemos que nem sempre se consegue controlar situações como
aquelas e, portanto, há que encontrar as formas que estão ao nosso alcance de minorar
esses problemas. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Obviamente que é bem aceite e já está a ser desenvolvida, quer por nós quer pela
Junta de Freguesia, pela qual não me cabe falar, mas evidentemente que com o
conhecimento que tenho, penso que também a Senhora Presidente da Junta de Arroios
não se não se importará que eu o faça, de dizer que há informação junto dos
comerciantes e dos munícipes de forma geral sobre aquela matéria, a informação
também é disponibilizada pelo Metro tem sido cada vez maior e que essa informação
está a ser tratada, obviamente, isto é um processo, é uma aprendizagem, nós temos a
relação de todos aqueles sobre os quais são emitidas taxas naquela zona e, portanto,
estamos a fazer essa aplicação, quer nós, quer a Junta de Freguesia. -----------------------
----- Relativamente ao Metro, o sistema que nós temos utilizado, salvo melhor
opinião, parece-nos o mais interessante, não é fazer ressarcimentos pontuais sobre
matérias deste género, mas quando nas discussões com Metro sobre a valorização do
espaço público, a propósito das intervenções que o próprio Metro faz, fazermos este,
entrarmos nesta discussão e nesta negociação, com toda esta soma de deves e haveres
DRAFT
37
na relação com o Metro e, portanto, é isso também que pensamos fazer sobre esta
matéria. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Há uma série de questões com o Metro a serem negociadas e, portanto, estas
pequenas coisas, neste caso, mas grandes noutros, entram nessas mesmas negociações
para que a relação seja justa e equilibrada entre nós e o Metro, que também
obviamente, está obrigado à prestação de um serviço público que todos e à cidade, de
uma forma muito importante, diz respeito, e o Metro de Lisboa é uma empresa com
quem nós temos e devemos contar, e temos contado para melhorar a qualidade de vida
dos lisboetas. Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, creio que não há mais ninguém inscrito, estamos em
condições de pôr à consideração e à votação a Proposta 510/CM/2019 que é sobre a
isenção de taxas de ocupação de espaço público e publicidade, sabemos a que é que a
Proposta diz respeito e vamos pô-la à votação.” -----------------------------------------------
----- Proposta 510/CM/2019, não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor
do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor Deputado
Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves, e do Senhor Deputado
Municipal Independente Rui Costa. A Proposta 510/CM/2019 foi aprovada por
unanimidade. --------------------------------------------------------------------------------------- - ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal da Sala de Plenário)------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Agora vamos colocar à votação a Recomendação 81/03 (1ª CP) sobre a Proposta
que já foi aqui apresentada, que é precisamente para a Câmara divulgar amplamente
esta possibilidade junto de outros eventuais prejudicados.” ----------------------------------
----- Recomendação 81/03 (1ª CP), não tem votos, abstenção do PSD, votos a favor
do PS, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor Deputado
Municipal Independente Rodrigo de Mello Gonçalves e do Senhor Deputado
Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 81/03 (1ª CP) foi aprovada
por maioria. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados vamos passar agora à Proposta 493, da transferência para o
Município, das competências previstas no Decreto-Lei 102/2019, no domínio das
áreas portuário marítimas e das áreas urbanas de desenvolvimento turístico e
económico, que não afetas à atividade portuária.” ---------------------------------------------
----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º 493/CM/2019
(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR JOÃO PAULO SARAIVA) -
TRANSFERÊNCIA, EM 2019, PARA O MUNICÍPIO DE LISBOA, DAS
COMPETÊNCIAS PREVISTAS NO DECRETO-LEI N.º 72/2019, DE 28 DE
DRAFT
38
MAIO, NO DOMÍNIO DAS ÁREAS PORTUÁRIO-MARÍTIMAS E ÁREAS
URBANAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO E ECONÓMICO NÃO
AFETAS À ATIVIDADE PORTUÁRIA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO
ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 2 DO ART.º 4.º, NO N.º 2 DO ART.º 30.º E
DO ART.º 42.º DA LEI N.º 50/2018, DE 16 DE AGOSTO, DO DECRETO-LEI
N.º 72/2019, DE 28 DE MAIO, E DA ALÍNEA CCC) DO N.º 1 DO ARTIGO 33.º
DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, APROVADO E
PUBLICADO COMO ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO,
NA SUA REDAÇÃO ACTUAL; --------------------------------------------------------------- ----- Parecer conjunto da 1ª e 2ª Comissões Permanentes; ------------------------------------
----- Recomendação 081/02 (1ª e 2ª CP) -------------------------------------------------------
----- Proposta 005/PEV/2019 --------------------------------------------------------------------
----- Proposta 009/PCP/2019 --------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 593/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 2ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação 081/02 (1ª e 2ª CP) fica anexada a esta Ata como Anexo XIII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 005/PEV/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XIV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 009/PCP/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Chamo à vossa atenção que temos duas Propostas, uma do PEV e outra do PCP,
de rejeição da transferência, e por se tratar de uma rejeição estas Propostas tem que
ser votadas antes da Proposta da Câmara, portanto, serão votadas por ordem de
entrada. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, a Proposta do PEV, caso a Proposta de PEV seja aprovada as
outras ficam prejudicadas, se não for passarmos à seguinte, que é do PCP que caso
seja aprovada prejudica a da Câmara, se não for passamos à da Câmara que será
votada em último lugar se lá chegarmos, e é isso que vamos agora tratar. -----------------
----- Em primeiro lugar pergunto à Câmara se quer apresentar esta Proposta? Senhor
Vice-Presidente, pergunto-lhe se quer apresentar a Proposta de transferência das
competências marítimo-portuárias? Dispensa a apresentação da Proposta. ----------------
----- Temos um Relatório que é um Parecer conjunto da 1ª e 2ª Comissões, porque isto
também tem implicações económicas turísticas, por isso foi também ouvida a 2ª
Comissão, pergunto ao Senhor Deputado Relator, que foi o Senhor Deputado Manuel
Lage se quer apresentar o seu Relatório? Dispensa a apresentação do Relatório. ---------
----- Há uma Recomendação, lembrar só os Senhores Deputados que é uma
Recomendação que foi aprovada por unanimidade na Reunião da 1ª e 2ª a Comissão,
está no fim das votações, só para eu aqui situar isto, a Recomendação é no sentido de
DRAFT
39
toda a informação que a Câmara tiver sobre esta matéria remeter à Assembleia
Municipal, era só para dar o sinal, já que ninguém a apresentou, fica mais ou menos a
ideia, de qualquer maneira ela foi distribuída. --------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, posto isto, vamos dar a palavra a quem está inscrito.” --------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Está inscrito o Senhor Deputado José Casimiro, do BE.” -----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado José Casimiro é muito bem-vindo à Assembleia Municipal,
porque também está a animar esta sessão. Faz o favor.” --------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A nossa tomada de palavra agora dizia respeito a uma questão muito simples,
que é, como todos sabem, o Bloco de Esquerda é contra a questão da transferência de
competências, ditada da Lei 62/2019, de 28 de maio, e as únicas questões que nós
queríamos referir que era por um lado de fazer duas perguntas. -----------------------------
----- Uma pergunta era em relação à questão de identificação das áreas de gestão de
transferência e dos bens imóveis, eu presumo que isto seja da Docapesca, o resto que
falta da Docapesca, mas de qualquer forma depois dirão se há mais alguns
equipamentos daquela área. -----------------------------------------------------------------------
----- E a segunda questão que eu gostaria de colocar, e isso foi o motivo principal de
vir aqui, saber se futuramente a parte que diz respeito em relação a Lisboa, se em
relação àquilo que foi apresentado ontem, ao projeto que foi apresentado ontem da
nova expo para a zona ocidental e que vai ter a reconversão da zona ribeirinha de
Pedrouços e da Cruz Quebrada, que já não diz respeito ao Município de Oeiras, se
esta parte que diz respeito em relação a Pedrouços, já está, é contemplado por este
Proposta, vá ocupar o espaço que é contemplado por esta Proposta.------------------------
----- Era só para já isto, claro que esta reconversão terá que vir ser objeto também da
nossa apreciação futura, mas de qualquer forma, era uma pergunta que eu aqui já
deixaria feita. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Eu cometi aqui um erro, uma vez que temos três propostas em apreciação,
perguntámos à Câmara se queria apresentar a sua Proposta, dispensou a apresentação,
mas não perguntei aos proponentes da Proposta 005 e 009 se querem presentar as
Propostas, o que devia ter feito e, portanto, faço-o agora. ------------------------------------
----- Pergunto ao PEV se quer apresentar a Proposta é aproveitar para fazer a sua
intervenção? Deve fazê-lo nesta fase e antes do debate de toda a gente, portanto, é que
não estava cá na lista, portanto, é por isso, pronto, portanto, se não se importam e não
percebi. ----------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
40
----- Não, a Senhora 2ª Secretária teve que se ausentar uns minutos e a gente não
compreendeu aqui a notação, peço desculpa Senhor Deputado do PEV peço desculpa
foi aqui uma alteração da ordem. -----------------------------------------------------------------
----- Já agora pergunto se o PCP também quer apresentar a Proposta? Será a seguir,
muito bem.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado de novo, Senhora Presidente. -------------------------------------------
----- Os Verdes voltam a apresentar uma proposta com vista à rejeição de
transferência de competências para o Município de Lisboa, em 2019, desta vez, nos
domínios das áreas portuário-marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico
e económico não afectas à actividade portuária. ------------------------------------------- ----- Esta transferência de competências decorre do Decreto-lei nº 72/2019, de 28 de
Maio. O seu âmbito pretende que os municípios exerçam “competências no domínio
do regular funcionamento das infraestruturas portuárias de apoio às actividades de
pesca e de náutica de recreio, visando a sua exploração económica, conservação e
desenvolvimento, nos múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e
patrimonial, de gestão de efectivos, de administração do património do Estado que
lhes está afecto e de exploração portuária (…) desenvolvendo actividades que sejam
complementares, subsidiárias ou acessórias”. --------------------------------------------------
----- Essas áreas incluem, designadamente, “onde não se verifique o tráfego marítimo
de mercadorias e passageiros, a náutica de recreio, a pesca ou construção e reparação
de embarcações”, bem como “áreas sob jurisdição portuária inseridas em meio urbano
(…) sejam susceptíveis de aproveitamento para fins turísticos e económicos”, bem
como “postos de recepção e transferência de pescado” que não disponham de
“infraestruturas para a primeira venda de pescado em lota”. E incluem, inclusive, que
uma autarquia possa “construir, adquirir, conservar e fiscalizar as obras marítimas e
terrestres, bem como equipamento flutuante e terrestre dos portos e marinas”. -----------
----- Como habitualmente nestes casos, “os municípios que não pretendam a
transferência das competências previstas no Decreto-lei comunicam esse facto à
Direção-Geral das Autarquias Locais, após prévia deliberação dos seus órgãos
deliberativos”. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Ora bem, na nossa perspectiva, a Assembleia Municipal pode e deve recusar um
processo que extravasa as atribuições do Município e que escassas vantagens
apresenta para a cidade e os seus cidadãos. E a verdade é que não se conhece qualquer
estudo que fundamente a transferência das competências identificadas na Lei nº
50/2018, de 16 de Agosto. Nem apenas ele nunca foi apresentado, como se
desconhece qualquer avaliação rigorosa do seu impacto para as autarquias, seja a nível
financeiro, técnico ou a nível de recursos humanos. -------------------------------------------
DRAFT
41
----- De um facto já todos nos apercebemos: a legislação não garante a transferência
dos meios adequados e, portanto, estamos perante mais uma inaceitável
desresponsabilização do Governo que implica uma transferência adicional de
encargos para as autarquias. -----------------------------------------------------------------------
----- Na generalidade, Os Verdes voltam a defender que qualquer processo de
descentralização deve procurar dar a melhor resposta às necessidades imediatas das
populações, indispensáveis para a sua qualidade de vida, e promover uma melhor
gestão dos serviços públicos, valorizando a intervenção do Poder Local. -----------------
----- São estes, e não outros objectivos, que devem estar na base de um processo de
descentralização. Mas nada disso está a ser tido em conta nesta transferência de
competências. Pelo que, para o PEV, é inconcebível criarem-se condições para agravar desigualdades entre as autarquias e para que os cidadãos fiquem reféns da
disponibilidade financeira de cada município, para acederem a funcionalidades ou
serviços específicos. --------------------------------------------------------------------------------
----- Como sempre, relevamos que as funções sociais do Estado, consagradas na
Constituição da República Portuguesa, e os direitos fundamentais, têm que ser
assegurados a todos os cidadãos de forma universal em todo o território, e não
assumirem-se ‘fait-divers’, apenas porque possam vir a ser rentáveis, na expectativa
de cobrança de licenciamentos, de novas coimas, taxas ou impostos. ----------------------
----- Ou seja, tudo o que se alega para se concretizar esta e outras descentralizações
acaba sendo subvertido, sendo precisamente por estas razões que muitas autarquias
estão a recusar as novas competências, caminho que Os Verdes defendem que Lisboa
deveria também seguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- Por tudo isto, Os Verdes reafirmam que podem contar com a nossa defesa de um
processo de descentralização que não se limite à transferência de responsabilidades e
do acréscimo de despesas entre as Administrações Central e Local. Em alternativa, as
autarquias devem assumir, como prioritário, uma maior capacidade para responder
aos seus problemas e dos cidadãos, respeitando a integridade do serviço público. -------
----- Por isso, não devemos aceitar figuras de fragilização das funções sociais do
Estado, nem a hipoteca da garantia da universalidade dessas mesmas funções. -----------
----- Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fábio de Sousa, do PCP.” ------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde a todos. ----------------------------------------------------------------------------
----- O PCP tem vindo a alertar para os perigos da lei de transferência de
competências para as autarquias, a sustentabilidade financeira concreta da
transferência para as autarquias locais de atribuições até este momento da
DRAFT
42
Administração Central acarreta, como sabemos, o inerente risco dessa transferência
poder ser lida como um mero alijar de responsabilidades do Estado, a preocupação
com o não agravamento das desigualdades entre Autarquias Locais, o afastamento
excessivo do estado de áreas específicas, em que seja essencial o seu papel, sobretudo
olhando à escala exigida para o sucesso das intervenções públicas, assim a Proposta
número 493/CM/2019, que não chega no dia de hoje, demonstra-nos mais uma das
insuficiências e erradas opções adotadas normais desta vias com a passagem de
competências e erradas opções adotadas na Lei, desta vez com a passagem de
competências no domínio das áreas portuárias e/ou marítimas e aéreas urbanas de
desenvolvimento turístico e económico, não afetas à atividade portuária, abrem-se
ainda mais caminhos aos interesses do grande capital e da especulação imobiliária,
deixando a cidade disponível para hotéis, esplanadas e condomínios de luxo. ------------
----- É nesta linha de pensamento e em coerência com o direito à cidade que tanto
defendemos que votaremos contra esta Proposta. Obrigado” --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ------
----- A Proposta que hoje a Câmara Municipal nos traz, a 493/CM/2019, incide sobre
a transferência de competências previstas no âmbito e no domínio das áreas portuário
marítimas e áreas urbanas de desenvolvimento turístico e económico, não afetas à
atividade portuária. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Ora, representa isto, para os mais distraídos, uma transferência direta de
competências de gestão de uma fatia do território, que até hoje estava afeta
diretamente a uma organização que era neste caso a Administração do Porto de
Lisboa, porém resulta também da 56/2012 aqui um fenómeno que não vem
contemplado, nem é referido por esta Câmara Municipal no âmbito desta
transferência. Todos os espaços públicos que estavam no domínio desta atividade e
que estavam sob gestão direta da Administração do Porto de Lisboa passam
inevitavelmente para as Juntas de Freguesia. Com a exceção, obviamente, daqueles
que são equipamentos. -----------------------------------------------------------------------------
----- Ora, resulta também evidente daqui, que manutenção desse mesmo espaço
público e a limpeza desse mesmo espaço público tem forçosamente por obrigação da
56/2012 que transitar para as Juntas de Freguesia, donde se pergunta, Senhor Vice-
Presidente, o que é que aconteceu à 56/2012, no âmbito desta transição? E o que é que
implica inevitavelmente, e que não vem contemplado nesta reflexão, os encargos
resultantes da manutenção do espaço público, friso manutenção das calçadas,
manutenção de espaços ajardinados, e relativamente também à manutenção da higiene
DRAFT
43
urbana nestes novos espaços, que passam agora para domínio público, portanto,
domínio da Câmara Municipal e que, de acordo com a 56/2012, transita
automaticamente para a gestão das Juntas de Freguesia. Disse.” ----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Manuel Lage, do PS.” -----------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados. -----------------------------------------------
----- E chegamos ao momento em que assistimos à apresentação de Propostas que são
em si mesmo preconceituosas, por um lado a famosa luta contra a transferência de
competências, contra a descentralização administrativa, e cá vamos nós outra vez na
mesma conversa do costume, em que, desta vez não há uma mais-valia muito clara,
mas há uma mais-valia, mas não há um estudo, é uma coisa que não é assim muito,
não conseguimos ver uma grande vantagem, mas já há uma ligeira vantagem, já não é
mau, porque até aqui era tudo mau e, portanto, talvez haja aqui uma réstia de
esperança! --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados do PEV e do PCP, ou da CDU, porque isto quando se junta
tudo vai dar ao mesmo, mas a questão no fundo torna-se clara, é que, na verdade, nós
estamos a conseguir assegurar que haja uma manutenção na esfera pública e, portanto,
não se percebe quando o PCP aqui vem dizer que “aí vem o grande capital, aí vem a
especulação imobiliária”, e aí vem preconceito contra a hotelaria e contra o
desenvolvimento do turismo, e contra o desenvolvimento da cidade, não se percebe
como é que isto sucede, porque ainda há pouco ouvimos que o Senhor Deputado do
PEV dizer que havia algumas vantagens, eram e eram escassas. ----------------------------
----- E depois temos o lado oposto, porque isto ora de um lado temos aqui a esquerda
de um lado a dizer que “aí vem o grande capital e aqui vem tudo, e daqui não vem
nada” e depois temos o lado direito, e temos á nossa direita a dizer “Oh Senhor
Vereador, então mas não há descentralização que baste, isto não chega às Juntas de
Freguesia, porque isto não vem o dinheiro que chegue, porque isto não chega às
Juntas de Freguesia e é preciso é mais”, e de facto aquilo que nós percebemos é que
está muito bem feito, e aquilo que me parece é que há e que é essencial é que haja
uma confiança, porque é aí que se revela, e este é o ponto de equilíbrio, e por isso é
que no meio, entre uns e outros, no meio é que está a virtude! ------------------------------
----- Ora aí está Senhor Deputado, vê como bem percebe? No meio é que está a
virtude, aí é que está o ponto de equilíbrio, é que é exatamente na questão de nós
percebermos que é o Município que vai negociar com o Governo Central a questão
que ambos, quer à esquerda, quer à direita, manifestam uma enorme preocupação, que
é a negociação com o Estado Central e a questão das verbas, como levantava ali o
Senhor Deputado do PEV, a questão do dinheiro, de onde é que estão as verbas? Se
DRAFT
44
são aquelas que não são negociadas pelo Executivo, e são essas que depois,
naturalmente, serão, como tem vindo a ser a contragosto da esquerda, distribuídas
depois, naturalmente e bem às Juntas de Freguesia, para que elas possam continuar a
descentralizar e a estar mais próximas dos cidadãos e daquilo que são as necessidades
dos lisboetas. Muito obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Temos vários Senhores Deputados inscritos, vamos prosseguir, penso que o
Senhor Deputado Luís Newton se inscreveu na continuação do seu tempo, certo?
Muito bem, então vamos continuar.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Não é o Senhor Deputado Luís Newton, é o Senhor Deputado Diogo Moura, do
CDS-PP.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Apenas dar nota e evitar a apresentação de uma declaração de voto, o debate ali
parece animado, lá em baixo, apenas dar nota que o CDS é favorável à
descentralização de competências do Estado para as Autarquias, de serviços de
proximidade do cidadão, e neste caso das áreas marítimo portuárias, parece-me uma
matéria importante, já houve nos últimos anos um grande avanço naquilo que é a
passagem de domínio de território na zona portuária que não tinha essa servidão para
o Município, e parece-me que esse é um passo importante, contudo, iremo-nos abster,
à semelhança das propostas que já aqui vieram neste sentido, porque o aqui hoje
estamos a votar não é o processo final, mas é sim o início, ou seja, aceitar que estas
competências possam ser transferidas ou não para Lisboa e, portanto, neste momento
abstemo-nos e guardamos uma posição favorável ou contrária para quando a Câmara,
no âmbito do processo negocial possa, antes de o fechar, de o trazer a esta Assembleia
Municipal, através das suas Comissões, para que nós também possamos dar os nossos
contributos e a Câmara para se saber efetivamente aquilo que esta Assembleia pensa
sobre esse mesmo processo negocial, e para todos também refletirmos se ele no final é
benéfico ou não para a Cidade. Muito obrigado.” ---------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. --------------------
DRAFT
45
----- Tenho necessariamente que fazer esta intervenção, porque parece ter existido um
lapso por parte do Partido Socialista, o que prova que, de facto, não é no meio está a
virtude, a dimensão daquilo que é a atual transferência de competências é clara, e nós
apoiamo-la, que fique muito claro isto, também não é, não resultou da minha
intervenção, nem podia, que eram as Juntas que estavam a reclamam mais
competências, não, não é, neste momento as calçadas que estão dentro territórios da
antiga administração da APL passam para a manutenção das Juntas de Freguesia que
têm territórios da APL no seu território, porquê? Porque o mapa da 56/2012, que
definia as zonas de intervenção das Juntas de Freguesia já incluía esse território, e ele
só era excluído da nossa intervenção por causa da lei específica que atribua essa
competência ao Governo, quando o Governo passa essa competência para a Câmara
Municipal, é automático. Porquê? Porque isso deixa de ser da Câmara e passa
automaticamente por força da 56/2012 para as Juntas de Freguesia, a manutenção do
espaço público e higiene urbana, tout court, aliás, nós já tivemos um exemplo no
passado, de algo que decorreu nos mesmos moldes, que foi no Parque das Nações. -----
----- No Parque das Nações havia uma entidade que fazia a gestão do Parque das
Nações e aquilo em 2013 transitou automaticamente para a Junta de Freguesia do
Parque das Nações, e o que deve acontecer na altura foi, tudo isto foi previsto, agora
em 2019 há esta transferência de competências e esta situação está acautelada nem
prevista, é isto que eu quero alertar! -------------------------------------------------------------
----- Nós somos a favor das de transferência, agora eu quero perceber é se eu a partir
de amanhã, como se costuma dizer, já vão reparar buracos na calçada na zona da
antiga administração da APL, e se tenho que ir lá com o que os meus elementos da
higiene urbana para fazer a limpeza daquele espaço também, e porquê? Porque resulta
evidente da leitura da Proposta que o Governo faz, e porque resulta evidente daquilo
que é inclusivamente, o que já existe muita 56/2012, e se dúvidas existissem já há um
precedente, que é o que aconteceu em 2013 no Parque das Nações. Disse.” --------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, neste momento, acabaram as inscrições dos Senhores
Deputados, o Senhor Vice-Presidente tem a palavra, se faz favor.” -------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Bem, em primeiro lugar e respondendo a todos aqueles que disseram que não
teve o Município, não acautelou o Município, as condições necessárias para a gestão
do que estava a ser transferido, nada de mais falso! O Município assegurou todas as
questões que foram colocadas em cima da mesa, até por alguns Deputados de forças
políticas que não estão de acordo com a transferência, foram colocadas questões em
cima da mesa de ordem operacional e técnica e financeira, que foram respondidos
positivamente por parte do Governo e, portanto, não há em nenhuma, e sublinho, em
nenhuma das matérias que foram transferidas para a Camara Municipal nenhuma
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ambiguidade e nenhuma fragilidade, que nos traga preocupações maiores, porque
foram todas respondidas. --------------------------------------------------------------------------
----- Falta a da Saúde, que ainda cá não veio, porque também não tem definidos todos
os seus pressupostos, até porque à primeira chegada de informação por parte das
entidades responsáveis pela concretização e pela definição dos valores financeiros em
causa, nomeadamente a ARS, nós contrapropusemos e, portanto, eles ficaram estudar
a nossa contraproposta, e ainda não houve fumo branco sobre a matéria, ao contrário
do que aconteceu, por exemplo, na Educação, em que foram de encontro à nossa
Proposta, aceitando quase tudo aquilo que nós propusemos. ---------------------------------
---- E, portanto, nada mais falso que o Município de Lisboa tenha tido alguma
ligeireza na análise deste processo! --------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, queria dizer-vos também que é um pouco estranho, porque quem
estiver lé em casam a ouvir, aqui nós já estamos mais ou menos habituados, mas, para
que estiver lá em casa ou ouvir ou para quem não esteja tão por dentro estes
processos, é um pouco estranho tentar ouvir aqui replicar os argumentos nacionais,
que até em tese podem ser espetaculares, e até podem colher alguma adesão junto dos
mais incautos, mas depois quando nós descemos aqui á realidade local e
concretizamos o que estamos a dizer, há coisas são um bocado absurdas, porque sobre
esta matéria, e agora foquemo-nos neste diploma, o que está em causa é a
transferência de um conjunto de competências nesta área portuária da cidade de
Lisboa e as novas, porque vamos lá a ver, a cidade de Lisboa, o Município de Lisboa
já exerce competências de gestão na esmagadora maioria, ou pelo menos numa área
considerável, daquelas que têm potencial à luz deste diploma para passarem para o
Município de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------
----- Eu aliás até diria que este diploma está inspirado na experiência de alguns
notáveis do Governo, sobre esta área de intervenção, e sobre a transferência de
competências entre o Porto e o Município, e até podemos ler um nome com duas
palavrinhas apenas, António Costa, porque a experiência é longa sobre esta matéria,
aliás, eu estou convencido, não consegui confirmar neste momento, mas estou
convencido que o PCP à altura, nos protocolos existentes sobre passagem da gestão da
quantidade de áreas todas que estão até agora definidas, como transferidas do Porto de
Lisboa para a Câmara, até terão votado a favor, e portanto, o problema depois é
concretização e apanharmos estas contradições. O que é que acontece? O que é que
este diploma traz de novo? Regulariza esses protocolos e dá-lhes força de Lei, neste
caso força legal e não só protocolar e, por outro lado, abre a porta a que se realizem
novos, com comum acordo, com negociação, portanto, meus caros Deputados, o que
nós estamos a fazer é tudo menos aquilo que algumas vezes se ouviu aqui! O cheque
em branco, uma qualquer coisa difusa que estamos a aceitar sem sabermos muito bem
o quê, e não, aceitamos aquilo que já passou. Mas o quê? Queríamos recusar e
devolver? Não me parece, acho que está a correr bastante bem para a Cidade, e o que
for novo vamos negociar, e certamente trazer a esta Câmara para podermos receber os
contributos da mesma, e podemos melhorar essa Proposta, portanto, tudo está bem
quando acaba bem! Podem no contraditório, não me parece, modéstia à parte, que vos
DRAFT
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iluminou a vossa conversa, agora espero que os votos sejam exatamente em
consonância com o que eu acabei de dizer. Muito obrigado.” -------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente, tinha tempo cedido PS, mas não foi
necessário, penso que terminámos as intervenções, não.” ------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Peço desculpa, mas não vi o seu pedido de palavra, faz favor.” ----------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Eu já estou um bocado cansado desta conversa e lembro-me dos anos de autarca
em Trás-os-Montes, em que votavam todos por unanimidade contra a não aplicação
da Lei das Finanças Locais, pelos governos de Mário Soares, Cavaco Silva, etc., etc.,
todos contra, e ainda hoje continuo a sofrer as consequências disto, porque quando
nós pensamos a nível nacional, pensamos no meio é que estaria a virtude, de facto,
porquê? Porque a Constituição da República é muito clara, há um patamar que está a
ser profundamente prejudicado em todas estas manigâncias das transferências, uma
coisa foram as transferências feitas na altura do António Costa, de facto, com a
passagem de áreas fundamentais para a Cidade, que estavam completamente paradas,
inutilizadas, e que foram muito benéficas para Lisboa, agora estaremos em desacordo
com aquilo que pode ser um corte profundo no futuro deste país, e o que está a fazer-
se a pouco e pouco é a retirar a razão de ser a um patamar importante do poder, que é
constitucional, e que nunca foi cumprido por qualquer dos governos nem por qualquer
das forças políticas que estiveram nos governos, e que nós defendemos e continuamos
a defender, que é a regionalização como passo indispensável e fundamental para a
libertação das regiões e para a afirmação deste país. Muito obrigado.” --------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Ainda temos um pedido de palavra do Senhor Deputado José Casimiro, tem a
palavra o Senhor Deputado José Casimiro, tem tempo ainda, faz favor.” ------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu tinha feito duas perguntas numa, no fundo, que dizia respeito ao seguinte, e
primeiro queria fazer uma consideração, quer era o seguinte: nós ao longo destes anos
todos temos todas as forças políticas, julgo eu, têm pugnado para que o povo de
Lisboa possa usufruir daquilo que é a zona ribeirinha, e isso até agora tem sido
conseguido e nós temos apoiado vivamente essas propostas, quando vem aqui, e
também pugnamos para que isso aconteça. -----------------------------------------------------
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----- Agora aquilo que eu coloquei foi por um lado a descentralização, por um lado, e
não é o problema dos incautos que estão lá em casa, é que eu fiz duas perguntas muito
concretas, uma diz respeito em relação à Docapesca e outros imóveis, e outros
trabalhos que ali estão, é que lamentavelmente a Docapesca foi há muito tempo, por
causa de outro projeto num Governo Socialista que deu cabo daquela unidade
económica, e que agora vai dar cabo do resto, e têm no ponto 7, está no ponto 7 desta
Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A outra pergunta que eu fiz tem a ver com a nova Expo da zona ocidental de
Lisboa, um investimento de 300 milhões que foi anunciado ontem entre a Senhora
Ministra do Mar, entre o Presidente da Câmara de Lisboa e o Presidente da Câmara de
Oeiras, e aquilo que eu disse é que se uma parte dessa Proposta, uma extensão daquilo
que vem para Lisboa, se uma parte desse terreno, falando assim, não vai ser ocupado,
porque eu sei que não é tudo por este espaço, mas se não vai ser ocupado para
concretizar esta nova Expo, como lhe chamaram, da zona ocidental de Lisboa, foram
as duas perguntas que eu fiz. Muito obrigado.” ------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada. -----------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, tem a palavra o Senhor Vice-Presidente, tem um terço do
tempo cedido do PS e um terço do tempo cedido dos Independentes, portanto, já
vamos ver quanto é que isso dá.” -----------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Serei muito rápido Senhora Presidente. --------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar respondendo ao Deputado do Bloco de Esquerda, José
Casimiro, para lhe dizer que relativamente, não vou tecer considerações, não vou
ripostar às suas considerações sobre a Docapesca e sua destruição e o seu
reajustamento, e ter sido o PS e não sei o quê, e aquilo ser muito importante, não vale
a pena, porque isso já tem a história que tem, e não me parece que seja uma inverdade
nem que faça nenhum sentido estar agora a ripostar-lhe sobre isso, mas sobre a outra
matéria, queria-lhe dizer que o que foi apresentado ontem vai ser uma intervenção
governamental, que está fora deste âmbito, e que tem uma intervenção 70% no
Concelho de Oeiras e 30% no Concelho de Lisboa, em termos de área de intervenção
acerca disto, e que está fora desta abordagem, e deste Decreto-Lei que estamos aqui a
dizer hoje, até porque, como eu disse, os acordos estão feitos estão feitos e passam a
estar integrados do ponto de vista deste Decreto-Lei, os que ainda não estão feitos irão
ser negociados, e têm que ser aprovados pelo Município de Lisboa. -----------------------
----- Relativamente à intervenção do Senhor Deputado Modesto Navarro, eu gosto
sempre e já disse isto aqui muitas vezes, e toda a gente que me conhece sabe, é certo
que gosto menos de acentuar as diferenças com o PCP do que as convergências, e que
obviamente, divirjo da abordagem sobre o que está a acontecer agora, é fundamental
aproximar em todas estas dimensões a execução de uma série de políticas dos
Municípios, mas, por outro lado, congratular-me que tenha dito que falta aqui o
DRAFT
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patamar da regionalização, e agora a título muito pessoal, o qual estou inteiramente de
acordo, que é fundamental para o desenvolvimento do país, e é fundamental existir
uma Área Metropolitana forte, com competências próprias, e que, obviamente, tem
que receber competências do Governo Central, mas também dos Municípios. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado Senhor Vice-Presidente. ------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, a Mesa não regista mais pedidos de palavra, estamos em
condições de votar, vamos começar então conforme tinha dito pela votação da
Proposta 005 do PEV, de rejeição das transferências para o Município de Lisboa.” -----
----- Proposta 005/PEV/2019, votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM,
6 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do
Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, não tem abstenções, votos a
favor do PCP, PEV e BE. A Proposta 005/PEV/2019 foi rejeitada. ----------------------
----- (Ausência de três Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Sendo assim vamos passar à votação da Proposta 009 do PCP, no mesmo
sentido da rejeição das transferências.” ----------------------------------------------------------
----- Proposta 009/PCP/2019, votos contra do PS, PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM,
7 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do
Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa, não tem abstenções, votos a
favor do PCP, PEV e BE. A Proposta 009/PCP/2019 foi rejeitada. ----------------------
----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “A proposta foi rejeitada e passamos à Proposta da Camara, a Proposta
493/CM/2019 e é essa que vamos pôr agora à votação.” -------------------------------------
----- Proposta 493/CM/2019, votos contra do PCP, BE e PEV, abstenções do CDS-
PP, PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul Santos, votos a favor
do PS, PSD, PAN, MPT, 6 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente
Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa.
A Proposta 493/CM/2019 foi aprovada por maioria. --------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Haverá uma Declaração de Voto do PEV, do MPT e do PAN.”----------------------
----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, por escrito, a seguinte Declaração de
Voto: --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- “O Grupo Municipal do PEV votou contra a Proposta nº 85/2019 - Projecto de
versão final da Alteração Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa, pelas
seguintes razões: ------------------------------------------------------------------------------------
----- - O PEV não concorda com os pressupostos que estão na base da alienação do
imóvel designado por «PM 40/Lisboa - Cerca do Convento da Estrela - Ala Sul» que
está afecto ao Ministério da Defesa Nacional e que integra o património da
DRAFT
50
Administração Central, por considerar ser este mais um caso de alienação de
património do Estado. Aliás, é a própria proposta que indica não pretender
considerar a permanência do seu uso público, ao ter em “vista a sua rentabilização”. -
----- - O PEV discorda igualmente da alteração do uso do solo para Espaço Central e
Residencial Consolidado - Traçado Urbano A - devido à predominância de Espaços
de Uso Especial de Equipamentos na envolvente próxima e, por isso, considera que
não deveria haver lugar a qualquer redefinição de uso do solo. ----------------------------
----- Finalmente, o PEV defende que o solo da cidade de Lisboa não deve ser ‘um
banco de terrenos aberto à especulação imobiliária’, mas antes que o interesse
colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. No caso presente, parte do
espaço poderia, inclusive, e a título exemplificativo, vir a ser aproveitado para
construção de habitação com rendas acessíveis, como Museu da Saúde Militar, a par
de uma função ligada aos cuidados continuados de saúde.” ---------------------------------
----- O Grupo Municipal do MPT apresentou, por escrito, a seguinte Declaração de
Voto: --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- “O Grupo Municipal do Partido da Terra eleito para a Assembleia Municipal de
Lisboa, vem, nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do artigo 57º do
Regimento da AML, fazer constar da Acta da Reunião realizada no dia 23 de Julho de
2019 a sua declaração de voto referente à Proposta 493/CM/2019 – Transferência
em 2019, para o Município de Lisboa , das competências previstas no Decreto - Lei
n.º 72/2019, de 28 de maio, no domínio das áreas portuário-marítimas e áreas
urbanas de desenvolvimento turístico e económico não afectas à actividade portuária.
----- Esta Proposta mereceu o Voto FAVORÁVEL deste Grupo Municipal, tendo em
conta que: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Movimento Partido da Terra – MPT concorda totalmente com a transferência
de competências para a Câmara Municipal de Lisboa das áreas envolventes aos
portos marítimos, uma vez que considera que esta medida vem, por um lado,
contribuir para uma maior transparência relativamente à gestão destes espaços e,
por outro, devolver estas áreas para usufruto dos munícipes da cidade de Lisboa.” ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, ainda temos para votar neste ponto a Recomendação da 1ª
e 2ª Comissões, que já foi aqui apresentada, que é no fundo que a Câmara mantenha a
Assembleia informada sobre a prossecução deste processo. ---------------------------------
----- Vamos pôr à votação a Recomendação 81/02.” ------------------------------------------
----- Recomendação 81/02 (1ª. e 2ª. CP), não tem votos contra, votos de abstenção do
PCP e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM 8 IND, do
Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor
Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 81/02 (1ª. e 2ª. CP)
foi aprovada por maioria. -----------------------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado (a) Municipais Independentes da Sala de Plenário) ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
51
----- “Microfone ao Senhor Deputado Municipal Miguel Santos para fazer uma
Declaração de Voto oral, eu não percebi, pensava que era escrita.” ------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) apresentou, oralmente, a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
----- Isto para explicar que nós de uma forma geral temos estado contra as
transferências de competências que têm sido propostas nas condições em que têm
sido propostas, este é um caso particular, porque achamos que o domínio público
ribeirinho, portanto, a APL, apropriou-se de forma indevida de espaço que era de
todo o direito dos cidadãos e, portanto, o espaço não portuário que, neste momento,
volta à Câmara nunca devia ter saído da Administração da Cidade de Lisboa e,
portanto, a sua volta é uma obrigação e, como tal, estamos, obviamente, de acordo.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, concluído agora este ponto, vamos passar agora a um
conjunto de duas Propostas sobre a SRU, a Proposta 518, que é o primeiro aditamento
ao contrato-programa de 2019, e a Proposta 519 que são minutas de aditamentos aos
primeiros e aos segundos contratos de mandato, e também um terceiro aditamento ao
contrato-programa de 2015.” ----------------------------------------------------------------------
----- PONTO 7 - PROPOSTA N.º 518/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR
PRESIDENTE DA CAMARA) - 1.º ADITAMENTO AO CONTRATO-
PROGRAMA SRU/2019, A CELEBRAR COM A LISBOA OCIDENTAL SRU,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NAS
DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO N.º 3 DO ART.º 32.º, DO N.º 1 E 5 DO ART.º
47.º DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, NA REDAÇÃO ATUAL, DO N.º 1
DO ART.º 62.º DO DECRETO-LEI N.º 133/2013, DE 3 DE OUTUBRO, NA
REDAÇÃO EM VIGOR, APLICÁVEL POR FORÇA DO ARTIGO 4.º DO
MESMO DIPLOMA, NA ALÍNEA CCC), DO N.º 1, DO ART.º 33.º DO ANEXO I
DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL, NOS
ART.ºS 65.º E 66.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS, E NO ART.º
26.º DOS ESTATUTOS DA LISBOA OCIDENTAL SRU; ---------------------------------
----- Parecer conjunto da 1ª. e 3ª. Comissões Permanentes; ------------------------------
----- PONTO 7 - PROPOSTA N.º 519/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR
PRESIDENTE DA CAMARA) - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º
519/CM/2019 - MINUTAS DOS ADITAMENTOS AOS PRIMEIROS
CONTRATOS DE MANDATO, DOS SEGUNDOS CONTRATOS DE
MANDATO E DO 3.º ADITAMENTO AO CONTRATO-PROGRAMA 2015 A
CELEBRAR COM A LISBOA OCIDENTAL SRU, E ASSUNÇÃO DOS
RESPETIVOS COMPROMISSOS PLURIANUAIS COM REPARTIÇÃO DE
ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2019, 2020, 2021, 2022 E 2023, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO N.º 2 DO ART.º
DRAFT
52
36.º E NA ALÍNEA B), DO N.º 1, DO ART.º 48.º DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE
AGOSTO, NO N.º 1 DO ARTIGO 5.º-A DO CÓDIGO DOS CONTRATOS
PÚBLICOS, NO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA
REDAÇÃO ACTUAL, NO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 127/2012, DE 21
DE JUNHO, NA REDAÇÃO ATUAL E NO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º
197/99, DE 8 DE JUNHO; -----------------------------------------------------------------------
----- Parecer conjunto da 1ª. e 3ª. Comissões Permanentes; ------------------------------
----- (A Proposta 518/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XVI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 3ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XVII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 519/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XVIII e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Parecer conjunto da 1ª. e 3ª CP fica anexada a esta Ata como Anexo XIX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Estas Propostas foram apreciadas pela 1ª e 3ª Comissões e a primeira pergunta
que eu faço é à Câmara, se quer apresentar estas duas Propostas? É uma grelha
conjunta. A Câmara dispensa a apresentação. --------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Irene Lopes foi a Relatora. Senhora Presidente, muito
obrigada pelo esforço para conseguir pôr Pareceres de todas estas Propostas em tão
pouco tempo, a Senhora Presidente considera que já fez a sua tarefa e que dispensa a
apresentação dos Relatórios que são distribuídos. ---------------------------------------------
----- Muito bem, sendo assim vamos para os Senhores Deputados que se inscreveram,
vamos poder, portanto, começar as intervenções, e a Senhora Segunda Secretária vai
dar a palavra.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Casimiro do Bloco de Esquerda. Não
quer falar? --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Então tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ----------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde de novo, obrigado Senhora Presidente. -------------------------------
----- As duas Propostas nºs 518 e 519/2019 reportam-se a vários aditamentos aos
Contrato-Programa e Contratos de Mandato, a celebrar com a Lisboa Ocidental SRU,
e assunção dos respectivos compromissos plurianuais com repartição de encargos para
os anos de 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023. -----------------------------------------------------
----- No 1º caso, o Município acorda com a SRU a atribuição de um reforço ao
subsídio à exploração, previsto no nº 1 da Cláusula 3ª do Contrato-Programa para
2019, no montante de 500 mil €. -----------------------------------------------------------------
DRAFT
53
----- No 2º caso, a CML submete à AML as minutas de vários aditamentos aos
Contratos de Mandato, a celebrar com a Lisboa Ocidental SRU, um para o Programa
de Habitação a renda acessível, outros para Centros de Saúde e equipamentos
diversos, e para reabilitação de escolas, creches e espaços públicos, com uma
assunção de compromissos plurianuais, com repartição de encargos para os anos de
2019 a 2023 que, de acordo com a Declaração de Fundos Disponíveis (DFD), ascende
a um valor superior a 4 milhões e 200 mil €. ---------------------------------------------------
----- Acontece que, desde a sua criação em 2004, a empresa, cujo capital é
integralmente municipal, tinha como objecto social a gestão de operações de
regeneração urbana, através da promoção, manutenção e conservação de
infraestruturas urbanísticas, a renovação e requalificação urbanas e a gestão do
património edificado localizado na sua área de intervenção - a zona Ocidental -, bem
como a promoção de intervenções de reabilitação urbana de espaço público,
infraestruturas e edifícios. -------------------------------------------------------------------------
----- Mas esta área de intervenção vai hoje muito para além da inicialmente definida,
pois a SRU passou a incorporar na sua alçada a possibilidade de executar intervenções
em qualquer zona da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, de que para tal
seja encarregue pela CML. ------------------------------------------------------------------------
----- Com efeito, no ano transacto começámos por assistir a um esvaziamento das
atribuições da CML, com a exclusão do escrutínio do Município, quando a SRU
passou a ser uma espécie de nova Direcção Municipal à margem do controlo directo
de fiscalização autárquica, menorizando a discussão ou participação prévia por parte
dos órgãos municipais eleitos, o que não nos parece ter vindo privilegiar a
transparência, muito pelo contrário. --------------------------------------------------------------
----- Desta conjuntura decorreu o surgimento da nova figura dos Contratos de
Mandato a celebrar entre 2019 e 2023, consignada nos 4 eixos já definidos na anterior
Proposta nº 713/2018. ------------------------------------------------------------------------------
----- Embora consideremos algumas dessas acções indispensáveis para a cidade e para
os munícipes, e embora na Proposta nº 519/2019 a despesa referente aos referidos
contratos esteja suportada por conta das verbas inscritas nos Instrumentos Previsionais
do Município para 2019/2023, não nos deparamos com uma definição mais detalhada
ou dados mais objectivos sobre a tipologia e a localização das empreitadas, daí
questionarmos se existem quadros ou tabelas com a discriminação das intervenções e
quais os seus prazos de execução. ----------------------------------------------------------------
----- Os Verdes também já aqui afirmaram que não acompanham este alargamento do
âmbito territorial da SRU Ocidental, nem a nível estatutário e de direcção, nem
funcional, pois são objectos de intervenção e dois sujeitos - a DMPO e a SRU - que
passam a requerer recursos muito diferenciados, até parecendo que o executivo passou
a ter saudades da recém-extinta EPUL, para concretizar intervenções alargadas um
pouco por toda a cidade. ---------------------------------------------------------------------------
----- E quanto aos prazos de execução, recordemos que já aquando da análise da
Proposta nº 669/2017 (em 23/1/2018), fizéramos notar que algumas das medidas
previstas que haviam sido anunciadas em 2016, transitavam de 2017 e ainda se previa
DRAFT
54
apenas viessem a ser concluídas algures em 2019, radicando o motivo, segundo o
executivo, em atrasos da CML (e não da SRU) na elaboração dos projectos de
empreitadas e outros elementos concursais. ----------------------------------------------------
----- Em conclusão, e face ao que temos vindo a defender, Os Verdes consideram que
os projectos delegados na SRU são demasiado estruturantes para que a CML se
desvincule de pensar e construir uma cidade integrada e participada, numa visão de
conjunto. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Supomos ainda que a SRU até poderá não vir a defender a primazia do interesse
público, caso se assistam a externalizações onde os projectos e obras públicas passem
a ser assumidos sem qualquer informação ou discussão antecipada, fruto do
lançamento de procedimentos de contratação de prestação externa de serviços. ----------
----- Como Os Verdes não se conseguem rever nesta orgânica e temos reservas sobre
o Acordo-Quadro para a empresa, não podemos anuir com estas propostas, pelo que
votaremos em conformidade. Obrigada Senhora Presidente.” -------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhor Vice-Presidente, Senhoras e
Senhores Vereadores, Caros e Caras Deputados. ----------------------------------------------
----- O princípio geral de transferências de competências dessa Câmara Municipal tem
progressivamente esvaziado as suas competências, transferindo-as para Empresas
Municipais cuja atividade escapa em grande parte ao escrutínio dos eleitos. --------------
----- Não estou a falar só daqueles que têm pelouros, de todos os eleitos na Câmara
Municipal e na Assembleia Municipal. ---------------------------------------------------------
----- A Empresa Municipal SRU SA vai receber a quase totalidade das obras públicas
que a Câmara promove, não se prevendo mecanismos claros para que os órgãos
eleitos, Câmara e Assembleia, recebam informações da SRU, que não seja o Plano de
Atividades e Fecho de Contas. -------------------------------------------------------------------
-----Vemos desaparecer do mapa do escrutínio público os maiores investimentos
públicos da Câmara Municipal de Lisboa. Com a transferência de parte das
competências da Direção Municipal de Projetos e Obras para a Empresa Municipal
Lisboa Ocidental SRU, Sociedade de Reabilitação Urbana EM SA, nomeadamente as
grandes obras, os Órgãos Autárquicos Municipais eleitos deixaram de ter acesso
regular aos procedimentos que envolvem estas importantes empreitadas Municipais,
esta decisão do Executivo significa o afastamento destes processos do escrutínio
público e democrático. ----------------------------------------------------------------------------
----- A tendência é sempre de agravamento da situação e da democracia local tendo-se
alargado o objeto da SRU a toda a Cidade e à intervenção em equipamentos sendo
DRAFT
55
com isto o espartilho à intervenção dos Vereadores sem pelouro, também se reforçou,
donde a posição crítica que os Vereadores eleitos na Assembleia Municipal do PCP
assumiram em todo o processo. ------------------------------------------------------------------
-----Esta situação é totalmente inaceitável dificultando o escrutínio das várias
situações, limitando o papel do Município ao de um balcão de licenciamentos, e não
menos grave, desvirtuando o papel de fiscalização que aos eleitos foi confiado através
do voto. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mais uma vez não votaremos favoravelmente estas Propostas, não aprovaremos
estas transferências de dinheiro e de obras e de responsabilidades para a SRU, o
esvaziamento do poder democrático na Cidade aumenta! Não o acompanharemos! -----
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Aline Beuvink, do PPM.” -----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Excelentíssimas Senhoras Secretárias da
Mesa da Assembleia, Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores,
Senhores Deputados, muito boa tarde meus Senhores e meus Senhores. -------------------
----- A recente alteração dos estatutos da SRU e o respetivo alargamento de
competências traz-nos hoje a este paradoxo, aquela que era uma pequena Empresa
Municipal de Reabilitação Urbana a servir a zona ocidental da Cidade é hoje o
instrumento preferencial da Câmara para construção de obra nova, obra sem contexto
de reabilitação urbana. -----------------------------------------------------------------------------
----- Veja-se o que aconteceu recentemente com a transferência da responsabilidade
na construção dos centros de saúde da cidade há muito prometidos, mas ainda por
construir. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A opacidade deste instrumento cria dificuldades de escrutínio, não se conhecem
projetos, nem uma planta, nem uma folha de obra passa por aqui, e a SRU passa a ser
a central de obras do Município, porém, a questão e se me permitem, é
fundamentalmente política e muito mais profunda, os lisboetas votaram num conceito
político para a sua Cidade, não votaram numa empresa. Os Lisboetas votaram para
que um Presidente da Câmara tomasse decisões importantes para Lisboa e que estas
não pudessem ser decididas pelo Presidente de uma Empresa, já o dissemos
reiteradamente, não estão em causa os projetos que incluem as operações de habitação
de renda acessível de iniciativa pública, obras em escolas e creches bê-á-bá, programa
Lisboa SNS Mais Próximo, intervenções em espaço público no âmbito do Programa
Uma Praça em Cada Bairro. -----------------------------------------------------------------------
DRAFT
56
----- Se olharmos em detalhe para a Proposta 518 esta prevê o reforço 500 mil euros
da dotação inicial de 3 milhões de euros para acolher necessidade de reforço do
subsídio à exploração. ------------------------------------------------------------------------------
----- Em relação à Proposta 519 temos 17 projetos relacionados com o Programa de
Renda Acessível, com um total de 142 milhões de euros, 3 projetos relacionados com
o Programa Espaço Público de quase 6 milhões de euros, 3 projetos relacionados com
o Programa Creches e Escolas de quase 13 milhões de euros, 8 Projetos do Programa
de Centros de Saúde de 23 milhões de euros. Correto Senhor Vice-Presidente? Muito
obrigado. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados são muitos milhões a sair dos cofres do Município! -----------
----- A nível de Arquitetura a principal questão prende-se com o facto de ainda não ter
dados mais aprofundados sobre os diversos edifícios e respetivas obras em questão!
Esta análise com a documentação existente fornecida, só serve para perceber ao certo
quanto e onde é que o dinheiro está a ser gasto, no entanto, para que a Assembleia
consiga elaborar um relatório em condições a SRU deve fornecer toda a
documentação, peças escritas e desenhadas de cada edifício, para perceber como é que
o dinheiro dos contribuintes de Lisboa está a ser gasto! De outra forma, isto não vai
passar de um jogo da Playmobil, ou da Lego, e nós limitamo-nos a aprovar envelopes
de obras que parecem listas de compras, apenas com nomes e montantes, sem um
único desenho ou projeto.--------------------------------------------------------------------------
----- Além disso, nós no PPM defendemos a ideia de uma monarquia constitucional e
não de uma monarquia absolutista, pelo que encaramos o monopólio das decisões na
mão de uma só pessoa, ainda por cima sem ser devidamente escrutinada, como sendo
algo de pouca feição democrática.----------------------------------------------------------------
----- Não temos absolutamente nada contra o Senhor Vereador Manuel Salgado, até
tem muita simpatia por si, Senhor Vereador, talvez seja o toque natalício da sua barba,
mas ser o Vereador do Urbanismo de manhã e Presidente do Conselho de
Administração da Empresa que faz projetos urbanísticos à tarde, dá a sensação de
estarmos numa história do género “Doutor Jekyll and Mister Hyde”, ainda
acompanhado pelo Senhor Vice-Presidente JP Saraiva, que na volta ainda poderá ser o
Gabriel John Utterson desta história, já tínhamos o Senhor Presidente da Câmara
como Presidente do Turismo de Lisboa, agora o Senhor Vereador do Urbanismo à
frente de uma empresa de obras, só falta a Senhora Vereadora da Cultura ficar na
EGEAC, coisa pelos vistos não vai acontecer. -------------------------------------------------
----- Recordamos ainda que foi votada favoravelmente aqui nesta Assembleia, uma
Recomendação que prevê o envio de relatórios trimestrais para acompanhamento da
atividade desta Sociedade, já não apenas de Reabilitação Urbana de Lisboa e também
já não apenas Ocidental, por tudo isto, e enquanto não nos chegarem pormenores das
obras, dos projetos e das despesas, não contem com o PPM para retirar o poder de
fiscalização desta Assembleia. Obrigada.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
DRAFT
57
----- Tem a palavra agora a Câmara Municipal, quem é que da Câmara Municipal vai
responder? O Senhor Vice-Presidente ou o Senhor Vereador Manuel Salgado? Quem
é que responde? Faz o favor. ----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Bem, começando pelo fim, pelo fim, pela última intervenção, todas me
merecem o mesmo interesse e a mesma tentativa de objetiva resposta. --------------------
----- Ora, milhões a sair dos cofres do Município, pois Senhora Deputada é verdade,
saem milhões dos cofres, e todos os meses. ----------------------------------------------------
----- Estes têm por acaso um destino que é basicamente mudam de gaveta, é uma
empresa que é detida 100% pelo Município, escrutinada nos termos da Lei pelo
Município, e portanto, vai-me desculpar, mas não me parece que haja nenhum motivo
para ter esse nível de desconfiança relativamente a esta ou a qualquer outra Empresa
Municipal, elas têm vindo a merecer, ano após ano, cada vez menos reservas dos
revisores oficiais de contas, cada vez as contas a serem mais qualificadas do ponto de
vista técnico e cada vez com mais informação, que politicamente pode escrutinar. ------
----- Mas eu queria, porque de facto uma boa parte das intervenções no mesmo
sentido, sobre a questão da transparência dizer uma coisa, eu não consigo entender,
que tendo os Senhores acesso, que estando nós a cumprir a Lei, vamos nós além da
Lei, porque o Partido com que a Senhora Deputada fez coligação é que mudou a Lei
para a Assembleia ter menos possibilidades de escrutínio das Empresas Municipais,
não foi esta maioria, e quem a apoia, foram os seus coleguinhas, pronto! -----------------
-----E como foram os Senhores agora, se calhar, façam uma proposta para a mudar na
Assembleia da República, para ver se limpam a mão ou qualquer coisa, porque nós
como não concordamos com isso, até estamos a dar mais informação do que a Lei
pede, do que a Lei nos obriga e, portanto, o que nós vamos apresentar é na quinta-
feira em Câmara, é um sistema integrado de apoio à gestão das Empresas Municipais,
que vai permitir ao Município, que acho que compila toda a informação sobre a gestão
das Empresas Municipais e estabelece um conjunto de mecanismos para podemos
todos escrutinar melhor as Empresas Municipais, além da Lei, já agora para que fique
claro, que estamos a ir além da Lei, mas o que a mim mais me intriga é que tendo tido
esta Assembleia, como aliás, é de Lei, acesso ao Relatório Trimestral desta Empresa,
e de todas as outras, até hoje não houve uma pergunta sobre isso, não houve uma
chamada à Comissão, a nenhuma Comissão do Conselho de Administração dos
Vereadores responsáveis e, portanto, eu peço imensa desculpa, mas eu não posso
aceitar que os Senhores venham para aqui dizer que há falta de transparência, que nós
não colaboramos, que nós não informamos, os Senhores já leram os Relatórios
Trimestrais? Então tenho que presumir que estão satisfeitos com toda a informação
que lá está! Porque não colocaram uma questão que seja, portanto, enchem aqui a
boca a dizer “Não, os Senhores não são transparentes, é a opacidade total, os Senhores
estão a esvaziar tudo, para dar às Empresas só para fugirem ao escrutínio e depois tem
a possibilidade de escrutinar e não há uma questãozinha que seja! -------------------------
DRAFT
58
----- Pois continuamos completamente disponíveis para todas as questões que
entendam colocar! Mais, não ficámos quietos, vamos para além do sistema que vai ser
aprovado na próxima quinta-feira, espero eu, já que a oposição certamente vai votar
em peso nele, também temos em desenvolvimento no site da própria SRU, para irmos
à frente, não é? Porque Empresa que vai à frente, faz duas vezes qualquer coisa e,
portanto, estamos a colocar no site, no site da SRU toda a documentação em
preparação para o próximo Conselho de Administração para os Senhores Deputados e
todo o público e todos os munícipes, e alguns até cidadãos do mundo, possam
escrutinar a SRU, e depois todas as peças que forem aprovadas no Conselho de
Administração também podem, também estão noutra secção para poderem escrutinar,
e teremos todo o gosto, mas vão lá, está bem? Não nos deixem naquela angústia de
depois não haver cliques no site, nós gostamos muito que lá vão, portanto, vão lé
escrutinar, vão ver, teremos todo o gosto em vir aqui esclarecer tudo, e depois eu
aprecio muito, sabe que eu tenho muito respeito por todos os Senhores Deputados,
pela Senhora Deputada em particular, mas não posso aceitar, nem eu nem a minha
colega Inês Ucha que diga que as decisões são de um só homem! Gostamos todos
muito dele, temos, de facto, uma consideração enorme por ele, é uma personagem que
vai ficar na história desta Cidade pelos melhores motivos, eventualmente, por um ou
outro menos consensual, mas pelos melhores motivos, e, portanto, já tem esse lugar
independentemente de tudo o que faça daqui para a frente e, portanto, nós gostamos
muito dele mas em democracia não é assim, há ali três votos, assinamos os três
documentos e, como já percebeu quer por esta intervenção quer por muitas outras, eu
não faço papel de corpo presente em nenhuma organização em que participo, nem eu
nem a minha colega Inês Ucha e, portanto, respondendo com toda a tranquilidade para
esse lado gostava só de terminar para o lado da esquerda, aí sim, há de facto um
problema, nós tentámos ir de encontro ao PCP, porque o PCP relativamente ao objeto
da SRU tinha aqui uma espinha encravada que nós também tínhamos e, portanto,
desencravámos, é que, de facto, a SRU tinha poderes de licenciamento que deixou de
ter, a SRU tinha poderes de expropriação que deixou de ter, só para citarmos dois
principais, vanda forçada ou arrendamento forçado, tinha vários poderes que lhe
foram retirados passando eles para a Câmara e, portanto, nós retirámos esse aspeto. ----
----- Agora deixem-me lá também dizer com toda a transparência, os Senhores não
podem, e para terminar Senhora Presidente…” ------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Senhor Vice-Presidente diga o que quiser, mas está no fim do seu tempo.” -------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Sim, mas para terminar só o raciocínio, os Senhores podem dizer aquilo que
quiserem sobre esta matéria, mas os Senhores são os mesmos que dia após dia, sessão
após sessão, nos vem dizer que nós precisamos de executar mais, precisamos de fazer
mais intervenções, precisamos de intervir na habitação, precisamos de concretizar o
Plano de Drenagem, precisamos de fazer “n” intervenções em “n” áreas na
DRAFT
59
mobilidade, e quando nós criamos um instrumento que nos possibilite a fazer tudo
isso com mais capacidade, os Senhores vem dizer “Não, não, ai. Ai, que os Senhores
estão aqui a fazer uma coisa!”, estamos a fazer a coisa certa e vamos prová-lo com os
resultados. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente.-------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, antes de passarmos às votações, eu queria apenas lembrar
ao Senhor Vice-Presidente e a todos os Senhores Deputados Municipais que os
Relatórios Trimestrais das Empresas Municipais estão no site da Assembleia
Municipal, e todos os Relatórios das Empresas Municipais estão no site da
Assembleia Municipal, tudo o que nós recebemos desde 2013, o mandato anterior e
este, está tudo no site da Assembleia Municipal e, portanto, são públicos para quem as
quiser ver, isto já há muitos anos! ----------------------------------------------------------------
----- Mas vamos prosseguir, nessa altura não havia Relatórios Trimestrais, eram só
Relatórios Anuais! ----------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir, vamos prosseguir então com a votação que temos que fazer
em primeiro lugar é Proposta 518, eu peço desculpa mas ela tem um erro material, que
o estou a ver se descubro onde é que está. A Proposta 518 tem um pequeno erro
material, vou apenas dizer para efeitos da Ata, no considerando D, na minuta do 1º
aditamento, no considerando D, onde consta “Orgânica 11.00” deve constar
“Orgânica S11.00”, muito bem. ------------------------------------------------------------------
----- Proposta 518/CM/2019, votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PEV, MPT,
PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves,
abstenções do PAN e 3 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul
Santos, votos a favor do PS e 5 IND. A Proposta 518/CM/2019 foi aprovada por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não
participou na apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) ---------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Vamos agora para a votação da Proposta 519/CM/2019, que os aditamentos aos
primeiros contratos de mandato, aos segundos contratos de mandato, e o terceiro
aditamento ao Contrato de Programa de 2015.” ------------------------------------------------
----- Proposta 519/CM/2019, votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, PEV, MPT, PPM
e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves, abstenções
do PAN e 3 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Raul Santos, votos a
favor do PS, BE e 5 IND. A Proposta 519/CM/2019 foi aprovada por maioria. ------
----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não
participou na apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal) ---------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Senhores Deputados, vamos agora para a votação, há uma Recomendação
importante da 1ª e 3ª. Comissões Permanentes, sobre a Proposta 519, que tem a ver
com a solicitação do envio da Assembleia à Câmara destas obrigações de reporte
DRAFT
60
trimestral que estão previstas nas minutas dos contratos, e também dos projetos de
reabilitação urbana, em momento anterior ao início do procedimento da contratação
da empreitada. Foi uma das questões que os Senhores Deputados levantaram e as
Comissões pedem que esta informação seja fornecida à Assembleia sistematicamente. -
----- Recomendação 81/04 (1ª. e 3ª. CP), não tem votos contra, abstenções do PCP e
PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN, MPT, PPM, 9 IND e do Senhor
Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves. A Recomendação
81/04 (1ª. e 3ª. CP) foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------- ----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes não
participou na apreciação e votação desta Recomendação por impedimento legal) -------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, temos agora um ponto que foi retirado a Recomendação
77/08, o Senhor Deputado Diogo Moura mandou-me um e-mail a solicitar a retirada,
porque há notícia de que a Câmara está a tentar mexer no Regulamento e, portanto,
vamos aguardar os desenvolvimentos, e o CDS suspende para eventualmente mais
tarde poder apresentar esta matéria. --------------------------------------------------------------
----- Vamos agora apreciar o Voto de Saudação, apresentado pelo PAN, à Sociedade
Portuguesa de Cardiologia, é uma nova versão, é o ponto número 9 da Ordem de
Trabalhos.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 9 - APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/01 (PAN) –
NOVA VERSÃO - VOTO DE SAUDAÇÃO À SOCIEDADE PORTUGUESA
DE CARDIOLOGIA PELOS SEUS 70 ANOS, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA
ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; ---------------------------------------------- ----- (O Voto de Saudação 81/01 (PAN) fica anexada a esta Ata como Anexo XX e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Tem a palavra o PAN para apresentar o Voto. Senhora Deputada faça o favor.” --
----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente, Excelentíssimas Senhoras da Mesa,
Excelentíssimas Senhoras Vereadoras e Deputadas Municipais, Excelentíssimos
Senhores Vereadores, Deputados Municipais, funcionários da Assembleia Municipal,
Público e comunicação social presente. ---------------------------------------------------------
----- Hoje trazemos um Voto de Saudação pelos 70 anos da Sociedade Portuguesa de
Cardiologia, comemorados no passado dia 9 de julho, queremos saudar assim os 70
anos da entrega e dedicação desta entidade à investigação e sensibilização na área da
Cardiologia em Portugal. --------------------------------------------------------------------------
----- A Sociedade Portuguesa de Cardiologia dedica-se ao estudo de doenças
cardiovasculares que afetam hoje meio milhão de portugueses, por outro lado, a morte
súbita que tira vida a 12 mil portugueses por ano é provocada maioritariamente por
doença coronária. -----------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
61
----- Nas palavras do Presidente da Sociedade, o Professor Victor Gil é necessário
controlar os fatores de risco cardiovascular e apostar na reabilitação cardíaca. É por
isso que aproveitamos este Voto para convidar a todos e a todas a refletir sobre o que
é que poderíamos fazer para combater as doenças cardiovasculares, e a chave está
uma vez mais na prevenção. -----------------------------------------------------------------------
----- A elevada taxa de mortalidade em doenças cardiovasculares deve-se
essencialmente às ao estilo de vida, à falta de informação e também a outros fatores
que podem prevenir o aparecimento destas e de outras doenças. ----------------------------
----- Como referimos há bem pouco tempo nesta mesma Assembleia, numa
Recomendação que acabou por ser reprovada, a Organização Mundial de Saúde tem
vindo a indicar como dieta saudável o comer bastantes cereais integrais, leguminosas,
vegetais e frutas, reduzir os alimentos muito calóricos com açúcar ou gordura, assim
como evitar também as bebidas açucaradas, as carnes processadas e as carnes
vermelhas, cujo consumo excessivo está diretamente associada ao desenvolvimento
das doenças cardiovasculares, mas a prevenção não se esgota também no tipo de
alimentação que seguimos, conforme alerta a própria Sociedade Portuguesa de
Cardiologia a atividade física é outro elemento fundamental de prevenção destas e de
outras doenças, conforme também aqui já referimos por diversas vezes,
nomeadamente, na Recomendação Jovens e Desporto, que trouxemos precisamente há
um ano atrás a esta Assembleia. ------------------------------------------------------------------
----- Para concluir um outro fator de risco que pode ser também referido para contrair
doenças cardiovasculares, que não podemos deixar de referir, é a poluição atmosférica
em Portugal, que está a causar o dobro das mortes estimadas, apesar das pessoas não
estarem conscientes para este problema. De acordo com dados de março deste ano na
Europa, as mortes provocadas por doenças cardiovasculares, associadas à poluição do
ar, representam já cerca de 40%. Em Portugal, os problemas cardiovasculares como
ataques ou paragens cardíacas representam 30% do total de mortes causadas pela
poluição do ar, pensamos, assim na seriedade destes números na hora de tomar
decisões em prol das pessoas da nossa Cidade, promovendo medidas que possam
efetivamente promover estilos de vida mais saudáveis e combater, obviamente, estas
problemáticas. Muito obrigada.” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- A Mesa pergunta se alguém quer intervir sobre este Voto? Se não há pedidos
palavra a Mesa vai por o Voto à consideração e à votação.” ---------------------------------
----- Voto de Saudação 81/01 (PAN), não tem votos contra nem abstenções, votos a
favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 8 IND, do Senhor
Deputado Municipal Independente Raúl Santos, do Senhor Deputado Municipal
Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui
Costa. O Voto de Saudação 81/01 (PAN) foi aprovado por unanimidade. -------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
62
----- “Vamos passar agora ao Ponto 10 da Ordem de Trabalhos, temos o Voto de
Saudação apresentado pelo Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves, e foi
admitido pela Mesa depois de consultar o Plenário no início da Sessão, o Voto de
Saudação do PS e de 3 Independentes sobre o mesmo assunto.” ----------------------------
----- PONTO 10 - APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/02 (DM IND
RODRIGO MELLO GONÇALVES) – ( SUBSCRITO PELO DEPUTADO
MUNICIPAL INDEPENDENTE RODRIGO MELLO GONÇALVES E PELOS
GRUPOS MUNICIPAIS DO PSD, CDS-PP, PAN, MPT E PPM E PELO
SENHOR DEPUTADO MUNICIPAL INDEPENDENTE RAÚL SANTOS) - 152
ANOS DA PSP – PELA ORDEM E PELA PÁTRIA, AO ABRIGO DO
DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; -------------------------- ----- VOTO Nº 081/04 (PS/ 3 IND) APRESENTADO NO ÂMBITO DA
APRECIAÇÃO DO VOTO 081/02 (DM IND RODRIGO MELLO
GONÇALVES) - (SUBSCRITO PELO GRUPO MUNICIPAL DO PS, TRÊS
DEPUTADOS MUNICIPAIS INDEPENDENTES E PELO GRUPO
MUNICIPAL DO PAN) APRECIAÇÃO DO VOTO DE SAUDAÇÃO 081/04
(PS/ 3 IND) – VOTO DE SAUDAÇÃO PELO 152º ANIVERSÁRIO DE POLÍCIA
DE SEGURANÇA PÚBLICA”; -----------------------------------------------------------------
----- (O Voto de Saudação 081/02 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves) fica anexado
a esta Ata como Anexo XXI e dela faz parte integrante) -------------------------------------
----- (O Voto de Saudação 081/04 (PS e 3 DM IND) fica anexado a esta Ata como
Anexo XXII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Portanto, em primeiro lugar tem a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Mello
Gonçalves, depois daremos a palavra a um Deputado do Partido Socialista para
apresentar o Voto ou Independente, não sei quem é que vai fazê-lo, e depois haverá
discussão, se for caso disso.” ----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rodrigo Mello Gonçalves (IND) no uso da
palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados
Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A PSP celebrou recentemente na cidade de Lisboa, o seu 152º aniversário, a
Polícia de Segurança Pública é uma instituição fundamental do nosso Estado de
Direito, cabe legalmente à PSP garantir a segurança interna, a legalidade democrática
e os direitos dos cidadãos. -------------------------------------------------------------------------
----- Hoje são vários os desafios com que a PSP se defronta, desde logo um necessário
reforço de meios humanos e operacionais, mas também a existência de um quadro
crescente de violência contra a polícia, repetem-se os episódios de agressões a agentes
ou de polícias recebidos à pedrada, ainda ontem na Amadora, a semana passada em
Queluz ou há 15 dias na Damaia, os casos sucedem-se. --------------------------------------
DRAFT
63
----- Senhora Presidente e Senhores Deputados proponho assim com este Voto que
esta Assembleia saúde a PSP pelos seus 152 anos e também o seu conjunto de
efetivos, naturalmente abrangidos que estão os efetivos da Polícia Municipal. -----------
----- Termino referindo que este Voto também é subscrito pelo CDS, pelo PPM, pelo
MPT, pelo PAN e pelo Senhor Deputado Municipal Independente Raúl Santos.
Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Vamos perguntar agora ao Partido Socialista se quer apresentar o Voto? Quem é
que apresenta o Voto? É o Senhor Deputado João Valente Pires.” --------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João valente Pires (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores
Deputados. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Polícia de Segurança Pública, como força de Segurança Pública ao serviço dos
cidadãos, desempenha um papel fundamental na manutenção do Estado Democrático. -
----- Para além das atribuições na prevenção da criminalidade e na manutenção da
ordem pública, desenvolve Programas como a Escola Segura e Doses de Insegurança
e Violência Doméstica, que correspondem a algumas das preocupações específicas do
mundo em que vivemos. ---------------------------------------------------------------------------
----- A importância da Instituição não se confunde com setores da sociedade ou da
própria Polícia de Segurança Pública que têm protagonizado diferentes posições sobre
o que julgam ser os limites da atuação policial. Uma Polícia de Segurança Pública
consciente da urbanidade devida nas relações com os cidadãos, com a noção do que é
a autoridade, e de como se exerce, assim como uma sociedade na qual todos respeitam
as leis e as Instituições, são objetivos a alcançar nas sociedades democráticas. -----------
---- Até conseguirmos chegar a este estádio da civilização congratulemo-nos pelo
aniversário da Polícia de Segurança Pública, que em colaboração com a restante
sociedade têm contribuído para tornar Portugal um país seguro, e onde as tensões
sociais se resolvem dentro das Comunidades. --------------------------------------------------
----- E assim, o Partido Socialista e 3 Deputados Independentes, propomos, a
Recomendação saudar a Polícia de Segurança Pública pelo serviço público que presta
às populações, em especial aos munícipes de Lisboa. Saudar a Polícia de Segurança
Pública pela formação do efetivo que compõe hoje a Polícia Municipal de Lisboa.
Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, temos Deputados inscritos, que vão usar da palavra.” --------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------
DRAFT
64
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. --------------
----- Votarei a favor dos dois Votos e não querendo entrar em processos de intenção,
nem mover processos de intenção quanto às verdadeiras razões da apresentação dos
votos, eu sentiria que importa reter aqui três situações. ---------------------------------------
----- A primeira é a de que se verificam, como é normal em qualquer profissão, mas
não aceitável, excessos policiais, aliás, devidamente julgados em tribunais e nem
sempre pelos motivos mais nobres, e essa referência devia estar feita de forma
explícita em qualquer um dos dois Votos, para haver alguma honestidade. ---------------
----- Segundo lugar, não é apenas a receção à pedrada que me preocupa em relação à
Polícia de Segurança Pública, são as condições de trabalho e é a taxa de suicídio se
verifica, infelizmente, em agentes das forças de segurança, e isto significa que algo
não está bem! ----------------------------------------------------------------------------------------
----- E chegámos aqui o terceiro ponto, algo não está bem também nas forças de
segurança quando Sindicatos e dirigentes sindicais começam a assumir as posições
que assumem, publicamente, e muitas vezes com posicionamentos que eu diria pouco
corteses e nem sempre concordantes com o espírito da Constituição. ---------------------
----- Percebo a intenção dos dois Votos, lamento que lhes faltem estes aspetos
essenciais. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Paulo Muacho, Independente.” ------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Paulo Muacho (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde. -----------------------------------------------------------------------------
----- Apenas uma breve intervenção para concordar também com aquilo que o
Deputado Rui Costa aqui expôs, efetivamente estes Votos levantam aqui questões
muito importantes sobre as condições trabalho de PSP, a PSP é uma Instituição
importante, deve ser um pilar do Estado de Direito, porém, também consideramos
aqui que há aqui outras questões que faltam abordar nestes Votos, há problemas sérios
e graves na PSP, nomeadamente, quando falamos nas questões de racismo e do
racismo institucional que existe dentro da PSP. ------------------------------------------------
----- Ainda recentemente, a Direção Nacional da PSP censurou uma entrevista de um
agente, do Agente Manuel Morais que tem denunciado estes casos de racismo na PSP
e, portanto, acho que também não necessitamos de recordar os Senhores Deputados
daquilo que se passou, por exemplo, no caso da esquadra de Alfragide e, portanto,
também por estas razões não poderei votar favoravelmente estes Votos. Obrigado.” ----
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
65
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, creio que não temos mais deputados inscritos e vamos para
a votação.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Voto de Saudação 081/02 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves), votos contra 1
IND, abstenções PS, BE e 7 IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,
MPT, PPM, 1 PS, 1 IND, e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo
Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Voto de
Saudação 081/02 foi aprovado por maioria. ------------------------------------------------- ----- Voto de Saudação 081/04 (PS e 3 DM IND), votos contra de 1 IND, abstenções
BE e 3 IND, votos a favor PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, MPT, PPM, 5 IND e
do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor
Deputado Independente Rui Costa. O Voto de Saudação 081/04 foi aprovado por
maioria. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados, terminado este ponto da Ordem de Trabalhos, nós temos
agora um conjunto de Repartições de Encargos, seis Repartições de Encargos de
apreciação conjunta, os assuntos são naturalmente diferentes, mas é uma apreciação
conjunta delas todas.” ------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.1 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA N.º 499/CM/2019 –
(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR SÁ FERNANDES) - PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PLURIANUAIS E
EMISSÃO PRÉVIA PARA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS, PARA OS
ANOS ECONÓMICOS DE 2019, 2020, 2021 E 2022, RELATIVOS AO
PROCEDIMENTO N.º 027AQ/VALE GRANDE/2019-2022 – AQUISIÇÃO DE
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E TRABALHOS DE REABILITAÇÃO DE
ESPAÇOS VERDES DO VALE GRANDE, AO ABRIGO DO ACORDO
QUADRO, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO
ARTIGO 24º DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DOS
N.ºS 1 E 6, DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO,
NA ALÍNEA B) DO ARTIGO 3º E NA ALÍNEA C), DO N.º 1, DO ARTIGO 6º,
AMBOS DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA REDACÇÃO ACTUAL;
----- (A Proposta 499/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXIII e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.2 - PROPOSTA 501/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA
PROPOSTA N.º 501/CM/2019 - (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR
CARLOS CASTRO) - AUTORIZAÇÃO DA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS
PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2020, 2021 E 2022, E A EMISSÃO DE
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS
PLURIANUAIS PARA OS MESMOS ANOS, NO ÂMBITO DO CONCURSO
PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE
CONTENTORES SUBTERRÂNEOS NO MUNICÍPIO DE LISBOA”, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS N.ºS 1 E 6 DO
DRAFT
66
ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO, E NA ALÍNEA C)
DO N.º 1 DO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA
REDAÇÃO ACTUAL; ----------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 501/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXIV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.3 - PROPOSTA 502/CM/2019 - APRECIAÇÃO DO PONTO 6
DA PARTE DELIBERATIVA DA PROPOSTA N.º 502/CM/2019 –
(SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR CARLOS CASTRO) - PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO DA REPARTIÇÃO DOS ENCARGOS E DA ASSUNÇÃO DE
COMPROMISSO PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2020, 2021 E 2022, NO
ÂMBITO DA ABERTURA DO PROCEDIMENTO POR CONCURSO
PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE FARDAMENTOS, POR LOTES, PARA
OS COLABORADORES DO DEPARTAMENTO DE HIGIENE URBANA”,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ART.º 24.º
E NAS ALÍNEAS DD) E CCC) DO N.º 1 DO ART.º 33.º, AMBOS DO ANEXO I
DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL, NOS N.ºS
1 E 6 DO ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA
ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,
NA REDACÇÃO ACTUAL;” --------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 502/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.4 - PROPOSTA 503/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA
PROPOSTA N.º 503/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR
CARLOS CASTRO) – AUTORIZAÇÃO PARA A ALTERAÇÃO À
REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E DA ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS
PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2018 A 2021, NO ÂMBITO DO
CONCURSO PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE REMOÇÃO
DE GRAFFITI E CARTAZES, E DA ACÇÃO DAS SUPERFÍCIES
TRATADAS E MANUTENÇÃO DAS MESMAS NO MUNICÍPIO DE
LISBOA“, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO
ART.º 24.º E NAS ALÍNEAS DD) E CCC) DO N.º 1 DO ART.º 33.º, DO ANEXO I
DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDACÇÃO ACTUAL, NOS
N.ºS 1 E 6 DO ART.º 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA
ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,
NA 66EDACÇÃO ACTUAL; -------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 503/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.5 - PROPOSTA 504/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA
PROPOSTA N.º 504/CM/2019 (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR
CARLOS CASTRO) AUTORIZAÇÃO PARA A ASSUNÇÃO DE
COMPROMISSOS PLURIANUAIS E CONSEQUENTE REPARTIÇÃO DE
ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2020 A 2022, NO ÂMBITO DO CONCURSO
PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
DRAFT
67
INDIVIDUAL (EPI), POR LOTES, PARA OS COLABORADORES DO
DEPARTAMENTO DE HIGIENE URBANA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA
E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ARTI.º 24.º E NAS ALÍNEAS DD) E CCC)
DO N.º 1 DO ART.º 33.º, DO ANEXO I DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO, NA REDACÇÃO ACTUAL, NOS N.ºS 1 E 6 DO ARTI.º 22.º DO
DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA ALÍNEA B) DO ART.º 3.º E
ALÍNEA C) DO Nº 1 DO ART.º 6º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO,
NA 67EDACÇÃO ACTUAL; -------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 504/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVII e dela faz
parte integrante) ------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 11.6 - PROPOSTA 505/CM/2019 - APRECIAÇÃO DA
PROPOSTA N.º 505/CM/2019 – (SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR
CARLOS CASTRO) - PRÉVIA AUTORIZAÇÃO PARA ASSUNÇÃO DE
COMPROMISSO PLURIANUAL PARA O ANO ECONÓMICO DE 2020, NO
ÂMBITO DO CONCURSO PÚBLICO PARA “AQUISIÇÃO DE 900
(NOVECENTOS) FATOS DE COMBATE A INCÊNDIOS PARA O
REGIMENTO DE SAPADORES BOMBEIROS DE LISBOA”, NOS TERMOS
DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS N.ºS 1 E 6 DO ART.º 22.º
DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO, E NA ALÍNEA C), DO N.º 1,
DO ART.º 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA REDACÇÃO
ACTUAL; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta 505/CM/2019 foi anexada a esta Ata como Anexo XXVIII e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto pergunto à Câmara se quer fazer a apresentação? Senhor Vice-
Presidente pedia a sua atenção. -------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à apreciação em conjunto das repartições de encargos todas,
pergunto se quer fazer a apresentação de alguma destas Propostas? Não quer? -----------
----- Senhores Deputados temos inscritos alguns Senhores Deputados para falar nestes
pontos, isto é uma apreciação conjunta, portanto, falarão sobre as Propostas que
entenderem dentro deste conjunto de seis Propostas. -----------------------------------------
----- Eu depois antes da votação, terei que dar notícia que no Ponto 11.3 e no Ponto
11.4 há uns erros materiais que eu depois enunciarei daqui da Mesa. ----------------------
---- Se faz favor.” -----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente. -------------------------------------------------------------
----- Apreciamos hoje um conjunto de propostas relativas a várias repartições de
encargos e assunção de compromissos plurianuais, que só muito recentemente foram
DRAFT
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distribuídas, de modo que a sua abordagem foi mais diminuta. Estando limitados pelo
tempo, iremos restringir-nos a apenas algumas delas. ------------------------------------- ----- Mas comecemos pela Proposta nº 499/2019, na qual se pretende proceder à
aquisição de serviços de manutenção e trabalhos de reabilitação de espaços verdes do
Vale Grande, vulgo Parque Oeste, localizado na Alta de Lisboa, com uma área de 23
hectares. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, e de acordo com a informação do senhor Chefe de Divisão de
Manutenção e Requalificação de Espaços Verdes, bem como da deliberação que o
senhor vereador submete a esta AML, o valor máximo para a presente adjudicação,
durante 4 anos, foi fixado em 730.078,53 €, já com IVA incluído. Deste total, a
repartição de encargos para o corrente ano de 2019 foi definida em 40.559,92 €. --------
----- No entanto, Senhora Presidente, no quadro com a DFD, ou seja, com o pedido de
declaração de fundos disponíveis para a devida cabimentação, também anexas à
proposta, a verba para o ano de 2019 já não é de 40.559,92 €, tendo sido definido um
valor diferente de 60.839,88 €, cuja incongruência estranhamos, por ser quase mais
um terço da verba anunciada. ---------------------------------------------------------------------
----- E a pergunta é, quando a CML remeter o convite às 9 empresas que se encontram
ao abrigo do Acordo Quadro, qual é o valor que vai indicar, e qual a verba que
estamos afinal aqui a apreciar? 40 mil € ou 60 mil €? Solicita-se, por isso, e a não ser
que tenha surgido algum aditamento de última hora, que nos seja então prestado o
devido esclarecimento para esta discrepância. --------------------------------------------------
----- Mas, em segundo lugar, e acima de tudo, o que está em causa nesta proposta é o
facto de a CML voltar a abdicar de uma política de gestão e manutenção pública dos
espaços verdes, não apostando em recursos próprios da autarquia, nem investindo na
reativação da Escola de Jardinagem e posterior abertura de concursos para a entrada
de mais jardineiros, o que seria uma medida sustentável e que garantiria outros níveis
de empregabilidade e qualidade no desempenho. ----------------------------------------------
----- Ou será que o Senhor Vereador já não se recorda de aqui ter afirmado, em 2014,
que o município necessitava de cerca de 1000 jardineiros? Então preveja formação
adequada e comece por contratar mais operacionais, não se ficando apenas pela
abertura de concurso para umas escassas 8 vagas. ---------------------------------------------
----- Quanto à Proposta nº 501/2019, trata-se de um concurso público para aquisição
de serviços de manutenção de contentores subterrâneos. -------------------------------------
----- Neste caso, argumenta o executivo que os contentores requerem “acções de
manutenção periódica, tarefas para as quais a CML não dispõe presentemente de
recursos humanos suficientes e devidamente preparados”, mas, constatamos, nem faz
qualquer esforço para inverter a situação. -------------------------------------------------------
----- Primeiro, foi em Dezembro passado, com a Proposta nº 829/2018, para a
aquisição de serviços de lavagem e desinfecção de contentores subterrâneos, e
qualquer dia deve ser mais outro concurso externo para os despejar ou para os pintar
ou para o que mais se lembre. ---------------------------------------------------------------------
----- Em Dezembro, a CML também se desculpava que não dispunha, ainda, de
recursos que permitissem efectuar a lavagem destes equipamentos. Em ambos os
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casos está apenas a assumir a perda de oportunidade de investimento e de reforço em
meios humanos e técnicos para o Departamento de Higiene Urbana.-----------------------
----- Já quanto à Proposta nº 503/2019, trata-se de outro concurso público para
aquisição de serviços de remoção de graffiti e cartazes, protecção das superfícies
tratadas e manutenção das mesmas. --------------------------------------------------------------
----- Recorde-se que esta situação decorre, não de uma, mas de duas anteriores
propostas complementares entre si: uma para “aquisição de serviços de remoção de
graffiti, cartazes e protecção das superfícies” e a segunda - pasme-se! - para
“aquisição de serviços de fiscalização aos serviços prestados” … pela primeira
empresa. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Na altura até estranhámos que as propostas não apresentassem definições de
‘tags’, graffitis ou, no mínimo, exemplos da ‘street art’ a ser removida. É que, sem
essas definições, qual o critério a ser seguido pelas empresas, a fim de determinar o
que pode e o que não deve ser removido? -------------------------------------------------------
----- Por exemplo, será que não há graffitis considerados como arte urbana? Quem nos
garante que um trabalho de Vhils ou de Bordalo II não será, até por engano, apagado
da história dos murais na capital? ----------------------------------------------------------------
----- Se a actual previsão até 2021 ascende a uns exorbitantes mais de 3 milhões e 600
mil €, não haveria por acaso para o executivo outras obras mais urgentes e inadiáveis
onde aplicar esta verba, como, por exemplo, nos degradados edifícios municipais,
sobre os quais todas as semanas ouvimos queixas dos munícipes nesta AML? -----------
----- Em síntese, para Os Verdes, todas estas repartições de encargos representam o
perpetuar de situações de ‘deixa andar’ anos a fio e de insistir em medidas despesitas
de externalização de serviços, com as quais o executivo continua em velocidade de
cruzeiro, no esvaziamento e ruptura das competências da autarquia. Muito obrigado
Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “Senhores Deputados repararam que o Senhor Deputado excedeu o tempo em 31
segundos, mas tinha-me dito no princípio da sua intervenção que ia exceder em 30
segundos, como os Verdes falham! Nunca falham, nunca falham a contagem de
tempo, eu achei que não o devia interromper e, portanto, a explicação de não ter
tocado sequer o sinal! ------------------------------------------------------------------------------
----- Porque na verdade, isto é matemático, os Verdes, é matemático! ---------------------
----- Muito bem, Senhores Deputados, vamos continuar as intervenções.” ----------------
----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra
anunciou o seguinte: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Tem a palavra o Senhor Deputado João Carlos Pereira do PCP.” --------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Carlos Pereira (PCP) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Ora boa tarde a todos. -----------------------------------------------------------------------
----- Nesta apreciação conjunta das Propostas contidas no Ponto 11, o PCP votará
favoravelmente as Propostas relacionadas com a aquisição de fardamentos para os
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trabalhadores do Departamento de Higiene Urbana, com a aquisição de equipamentos
de proteção individual para os trabalhadores do mesmo Departamento, e a aquisição
de fatos de combate a incêndios para o Regimento de Sapadores Bombeiros de
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- São elementos fundamentais para o desenvolvimento da atividade Municipal e
passam pela garantia da segurança dos trabalhadores, que diariamente garantem o
funcionamento da nossa Cidade. -----------------------------------------------------------------
----- Em relação às Propostas que se prendem com a aquisição de serviços, sejam eles
de manutenção e trabalhos de reabilitação de espaços verdes, Proposta 499, ou de
manutenção de contentores subterrâneos, Proposta 501, votaremos contra. ---------------
----- Consideramos que estes serviços deveriam ser garantidos pela Câmara Municipal
de Lisboa sem necessidade de aquisição dos mesmos à iniciativa privada, e para tal
bastaria que a CML tivesse a real intenção de o fazer, contratando mais trabalhadores
e investindo em meios próprios. ------------------------------------------------------------------
----- No que diz respeito à manutenção dos contentores, temos a mesma opinião, este
é um caminho que gradualmente levará à externalização dos serviços de higiene
urbana, estamos de acordo com a compra de novos contentores, mas consideramos a
que a sua manutenção deveria ser garantida pelos serviços da Câmara. --------------------
----- Por último em relação à Proposta 503, a mesma não contará mais uma vez com o
nosso voto favorável, votamos contra este procedimento pelo mesmo se basear em
pressupostos que não fazem a distinção e a salvaguarda de graffiti, enquanto forma
artística de expressão ou propaganda política Juntando estes a outro tipo de
expressões que se enquadram na degradação e vandalismo da Cidade. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Eu pergunto à Camara Municipal se quer esclarecer a questão suscitada pelo
Senhor Deputado José Sobreda Antunes, faz favor.” ------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Então se eu bem entendi, e não tendo visto os documentos, mas tendo uma ideia
do manual que me falaram, suponho que o valor que está na Proposta é inferior ao que
está no cabimento, é assim Senhor Deputado?” ------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Inferior em 50%.” ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito bem, não tem nenhum problema, isso é uma questão técnica que vai ser
corrigida, mas que não implica com a Proposta, porque o que a Proposta tem que ter
garantido é o cabimento, ele está em excesso, portanto, vai ser corrigido e ajustado ao
valor que está na Proposta, sem nenhum problema e com a garantia que eu estou a dar
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aqui, Senhor Presidente, de que isso se vai passar, mas não tem a mesma, por esse
facto, nenhum problema técnico. -----------------------------------------------------------------
---- Já agora aproveitava para dizer e esclarecer também duas coisas Senhora
Presidente, se me for permitido.” -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Faz favor, tem tempo.” ----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Então o primeiro esclarecimento, mais uma vez, e pela milionésima quinta vez,
não é nosso objetivo externalizar a Higiene Urbana, de forma nenhuma, pelo
contrário, estamos sempre a contratar mais trabalhadores, vamos agora contratar,
estamos numa nova contratação de cerca de 300, mas como compreenderá o PCP e
compreenderão todos os Senhores Deputados, está numa passagem e numa mudança
tecnológica, neste caso da técnica da tecnologia associada a algum tipo de
contentorização, há um pico de necessidades que depois se estabilizará e não faz
sentido que esse pico de necessidades, que saberemos que vai ser estabilizado um
pouco mais abaixo da fasquia que está hoje, que implique a contratação de novos
trabalhadores, porque os que cá estão, quando isto retomar essa normalidade e essa
velocidade cruzeiro, vão ser certamente suficientes, essa é a nossa expectativa, para
fazer face às necessidades do Município. -------------------------------------------------------
----- E já agora permitam-me brincar, que eu gosto de brincar, quem me conhece, mas
fiquei desiludido com o PCP, porque o PCP vai votar a favor das Propostas de compra
no exterior de fardamento, e não acho que em consonância com foi dito antes, se
calhar, era interessante abrirmos aqui a frente de confeção interna, no Município, do
próprio fardamento e eu à espera que o PCP pudesse fazer essa Proposta, porque
assim ficava tudo internalizado, e não havia absolutamente mais nada fora do
Município, mas certamente não é essa a vossa ideia, e eu desculpem a brincadeira,
mas eu gosto de brincar e, para além disso, não é essa a nossa prática noutros
Municípios. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, creio que ninguém se incomodou! -------------------------------
----- O Senhor Deputado António Proa está a pedir a palavra para? Ah, não me tinham
dado a indicação, faz favor, naturalmente tem o tempo.” -------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal António Proa (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, é uma intervenção breve que, aliás, não
estava prevista e decorre das intervenções que agora eu tive a oportunidade de escutar,
e era um pedido de esclarecimento ao Senhor Vice-Presidente, no âmbito das
Propostas que estão a ser objeto de discussão, e na sequência de uma intervenção do
PCP. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Eu gostaria que o Senhor Vice-Presidente pudesse esclarecer esta Assembleia se
as pichagens em paredes, ou dito de outro modo, as inscrições de mensagens políticas
nas paredes se são permitidas por lei ou não. Muito obrigado.” -----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado vamos ouvir o Senhor Vice-Presidente, mas digo-lhe desde já
que não há promoção, isto não mete pela propaganda política, são questões separadas,
mas Senhor Vice-Presidente irá responder.” ----------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Mas tenho que me socorrer do conhecimento mais profundo que a Senhor
Presidente tem, estou inteiramente convicto que o que a Senhora Presidente da Mesa
da Assembleia acabou de dizer é o que é verdade, mas confesso, é verdade e é correto,
e está completamente seguro que é assim, mas não tenho a certeza absoluta, não sou
nem um especialista nem estou documentado sobre a matéria, suponho que a
propaganda política não faz parte dessa mesma ilegalidade da pichagem. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Peço desculpa, o Senhor Deputado Modesto Navarro pediu a palavra
naturalmente para nos ajudar a deslindar esta matéria, porque também tem alguma
experiência, como eu também tenho, e fará o favor de o dizer. Microfone ao Senhor
Deputado Modesto Navarro.” ---------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Sempre houve incómodos com a expressão pública! Nós fizemo-lo antes do 25
de Abril correndo riscos, porque uma pichagem levava à prisão, aos interrogatórios e
provavelmente muito mais longe. ---------------------------------------------------------------
----- Colar cartazes depois do 25 de Abril era um ato de liberdade em Lisboa e em
todo o País. Tivemos processos, por exemplo, de agressão a monumentos públicos
com pichagens, e esses foram contrariados no tempo do Governo do General Vasco
Gonçalves por uma campanha na televisão a educar exatamente as pessoas a
respeitarem aquilo que era património público. ------------------------------------------------
----- Quando começa a censura aos cartazes e à comunicação política em Lisboa é
com o Presidente Krus Abecassis, que proíbe e que manda arrancar cartazes na cidade
de Lisboa e, a partir daí a história avança sobre a liberdade de expressão, na grande
parte negativamente, ora, uma expressão popular, digamos assim, pintada com
qualidade é isso que nós defendemos e, portanto, isso não é agressão, não deve ser
extirpada, limitada, destruída! --------------------------------------------------------------------
----- É bom é compararmos, sempre o dissemos aqui, nós não contamos anedotas aqui
a responder seja a quem for! Nós sempre o dissemos, que há uma diferença muito
grande entre contratar uma empresa, que depois líquida tudo ao molho e fé em Deus,
o mais rapidamente possível, para ganhar dinheiro sem trabalhar, e outra coisa é
DRAFT
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aquilo que é a obrigação de uma expressão democrática autárquica que é a Câmara
Municipal de Lisboa ter que respeitar a expressão livre e popular da sua população.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.--------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, eu ia fazer aqui uma proposta… O Senhor Deputado
António Proa, pede a palavra para? Eu também queria fazer uma proposta, mas já
agora espero que na sua intervenção.” -----------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal António Proa (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores
Deputados, Senhores Vereadores. ---------------------------------------------------------------
----- Esta questão que eu suscitei e que o Senhor Deputado Modesto Navarro também
referiu é uma questão interessante, aliás, pela qual eu me interesso há muito tempo,
sobre a qual temos claramente pontos de vista diversos. --------------------------------------
----- A democracia evoluí mas a democracia tem algo que permanece, que são as
regras, que umas vezes concordamos, outras vezes discordamos mas as próprias
regras em democracia são definidas de modo também ele democrático, e é isso que
distingue os Regimes, num regime democrático nem sempre estamos de acordo, em
primeiro lugar podemos manifestar o desacordo, mas temos a particular obrigação de
respeitar as regras, e o que se passa relativamente a esta matéria é que, de facto, no
passado, houve coisas que foram permitidas e que hoje, com a legitimidade
democrática, não são permitidas, nomeadamente e, aliás, como referiu, em Lisboa. -----
----- A colagem de cartazes deixou de ser permitida em Lisboa, independentemente de
serem cartazes com mensagens políticas ou não serem, aliás, aproveito a ocasião para
dizer que eu acho que a Câmara deve ser mais eficaz na retirada de cartazes que são
ilegalmente colados e que permanentemente se veem na cidade, e que agridem o
espaço público. --------------------------------------------------------------------------------------
----- E retornando à questão que me trouxe aqui, o que está em causa, de facto, é o
espaço público, que é o espaço que a todos pertence, é o espaço da comunidade e, por
isso, temos todos o dever particular de respeitar esse espaço público, cada vez que
alguma entidade resolve, com qualquer argumento que pretenda utilizar, mas resolve
infringir as regras de convivência democrática, e resolve agredir o espaço público, não
está a respeitar a comunidade, e com toda a frontalidade e respeito que o Senhor
Deputado Modesto Navarro sabe que eu lhe devo, devo dizer que o PCP não tem tido
uma atitude correta na expressão política e nos meios que utiliza, eu fiz a questão
inicial com uma questão muito concreta, que devo dizer que me incomoda, que me
inquieta, e que me inquieta porque vejo a passividade de quem não devia, devia zelar
pelo cumprimento das regras. --------------------------------------------------------------------
----- No Marquês de Pombal, constantemente, está lá uma pichagem do Partido
Comunista ou da JCP, vai variando, é algo que me incomoda porque agride o espaço
público, porque agride o espaço que é de todos, imaginemos nós que todos os partidos
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e outras entidades com mensagens políticas resolvem começar a pintar as paredes da
cidade, onde é que isto vai parar? Por isso é que há regras e, por isso é que o PCP com
a responsabilidade que tem no nosso regime democrático, devia também começar a
dar um melhor exemplo, a este nível, como dá aliás, devo dizer com justiça, como dá
a outros níveis, mas neste, com a franqueza, acho que não tem dado e acho que a
Câmara tem usado de passividade que não devia utilizar, porque é ela o primeiro
garante do cumprimento destas regras. Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------
----- Temos mais Senhores Deputados inscritos, o Senhor Deputado Rui Costa.” --------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, para tentar socorrer-me dos meus
conhecimentos sobre a matéria, para elucidar ou tentar elucidar a Assembleia
Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar a liberdade política de propaganda, é uma liberdade
constitucional e que, aliás, deveríamos saber que nem sequer cabe aos Órgãos no
Município regulamentar, eu quero lembrar que por volta de 2013, o Doutor, ou ainda
no consulado do Doutor Rui Rio, ou já do Doutor Rui Moreira, a Câmara do Porto
aprovou um código regulamentar que restringia a possibilidade de afixação de
propaganda. Esse código regulamentar foi declarado ilegal e inconstitucional pelo
Tribunal Constitucional. Isto dito, não cumpre à Câmara Municipal de Lisboa, em
momento algum, fazer, portanto, a remoção da propaganda, salvo nos casos previstos
na Lei, especialmente, quando seja alvo de denúncia por particulares em propriedade
privada. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas aqui chegados e, por isso é que esta proposta não pode ser reconduzida à
remoção de propaganda política, mas aqui chegados, convém também lembrar que há
na utilização do espaço público alguns abusos, especialmente edifícios que são
monumentos nacionais onde é proibidíssimo, edifícios classificados no âmbito do
PDM, há, de facto, quem vandalize e há quem vandalize às vezes até com siglas
partidárias, mas isso é uma ação que só envergonha os partidos que a fazem, deste que
não seja, naturalmente, ilegal. ---------------------------------------------------------------------
----- Por último, o espaço político é o espaço da Pólis, e mal de nós quando banirmos
a mensagem política da Pólis, às tantas queremos porventura da Pólis, da cidade, às
tantas por ventura preferimos publicidade comercial ordenadinha e a retirar a política
que cheira mal, porque nos incomoda e porque também há outra realidade que nos
esquecemos, a direita, infelizmente, em Portugal não tem a prática de fazer esta
propaganda no espaço público com cartazes, o Partido Comunista faz, o Bloco faz, a
direita pode fazê-lo. E, portanto, assim o queiram fazer, agora como é evidente as más
atitudes também, como eu disse, ainda que legais, só envergonham quem as pratica.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhores Deputados. -----------------------------------------------------
----- Eu estava aqui a tentar conferir a informação de que disponho sobre esta matéria,
e que é a seguinte: esta Proposta tem a ver com um serviço de remoção de graffitis e
cartazes, não explicita se os graffitis são arte urbana ou não. --------------------------------
----- Em princípio nós temos uma galeria de arte urbana que trabalha, com muita
competência, na Câmara de Lisboa e tem sido até uma grande patrona, digamos
assim, da proliferação de boa qualidade arte urbana em Lisboa, portanto, há uma
separação clara entre os graffiti, que é simplesmente, sobretudo, em propriedade
particular, que é simplesmente uma afirmação de identidade e a arte urbana. -------------
----- Quanto aos cartazes, nós nesta fase do campeonato, e mesmo relativamente a
pinturas ou pichagens, o que temos é a Lei 97/88 de 17 de agosto, esta Lei está um
pouco ultrapassada, mas a Lei define claramente a diferença entre publicidade
comercial e publicidade política, e dá obrigações às Câmaras Municipais de arranjar
espaço para a propaganda eleitoral obrigatoriamente. -----------------------------------------
----- Portanto, eu penso que é nos termos da Lei que este serviço tem que ser feito,
aquilo que eu poderia apenas aqui dizer, se achassem bem, na sequência do que aqui
ouvimos, seria que votássemos aqui uma Recomendação que eu iria fazer sob a forma
oral, recomendar à Câmara que haja uma devida monitorização deste trabalho, por
forma a não serem afetados nem trabalhos de arte urbana, nem a publicidade política
nos termos legais, portanto, eu penso que isto parece evidente, é uma simples
Recomendação que eu poderia fazer à Câmara, nós estamos a tratar aqui da repartição
de encargos, mas isto é um serviço que é feito fora, portanto, alguém tem que
monitorizar este serviço para que quem está a fazer o serviço não comece a limpar
coisas que não deve, portanto, acho que isto é uma Recomendação que fará sentido. ---
----- Se os Senhores Deputados estiverem de acordo, primeiro vamos ver, vejo entrar
o Senhor Deputado Municipal Pedro Delgado Alves, que conhece bem esta matéria,
porque, aliás, o Partido Socialista tentou apresentar uma proposta de atualização da
legislação de propaganda eleitoral, mas não houve tempo nesta legislatura de o fazer,
temos consciência que é preciso atualizar a matéria, mas nesta fase a minha proposta é
que esta Proposta 503/2109 que seja alvo de uma Recomendação, que eu voltarei a
reformular no sentido da Câmara monitorizar devidamente este trabalho, para que não
haja a remoção indevida quer de arte urbana quer de propaganda política, que tem nos
termos legais, enfim, naquilo que a Lei dispõe nesta fase. -----------------------------------
----- Se acharem bem vamos proceder desta maneira, então vamos votar as Propostas. -
----- Ah, o Senhor Delgado Alves, pois eu, naturalmente, falei nele e ele virá aqui
dizer de sua justiça, porque eu sei que esteve na Assembleia da República envolvido
precisamente neste trabalho.” ---------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Delgado Alves (PS) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, foi invocação, mas muito telegraficamente,
a questão é um bocadinho mais complexa do que talvez a Recomendação possa
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permitir porque, efetivamente, há um buraco legislativo em relação a esta matéria, e
que não se prende só com as pinturas nas paredes, eu acho que todos podemos
reconhecer, e eu só saudava a intervenção do Senhor Deputado António Proa pela
clareza com que expôs o tema, obviamente tem que haver regras na disciplina do
espaço público, sob pena de quem chega primeiro se apropria do mesmo e não há
equidade na sua distribuição, e infelizmente, os Municípios não têm capacidade de
ordenar de forma regular a forma como esta propaganda política se coloca, seja sob a
forma de pintura, ou seja sob a forma de cartazes! --------------------------------------------
----- E o Marquês de Pombal é um exemplo de uma zona em relação à qual havia um
pacto de não-agressão das forças políticas, firmado numa perspetiva de um acordo
entre as várias forças políticas, que a partir do momento em que a primeira quebrou,
obviamente, esboroou-se e mais uma vez o Marquês de Pombal voltou a estar
invadido de cartazes, que não se trata do seu conteúdo da mensagem do que lá se
encontra, mas não está ordenado e não é respeitador daquilo que deve ser uma gestão
do espaço público, que deve competir em primeira linha ao Município. -------------------
----- Não temos, e é este o problema, Senhor Presidente, um instrumento normativo
que nos permita fazê-lo, eu acho que era, de facto, interessante que a Assembleia até
pudesse refletir sobre isso e recomendar posteriormente aos órgãos com competência
legislativa como fazê-lo, e dar um quadro em que os Municípios possam atuar, por
exemplo, definindo ou dando competência à Assembleia, até por uma maioria
qualificada, para que não seja uma matéria que fique na disponibilidade da maioria
conjuntural, de quais são os sítios na cidade de Lisboa onde se podem colocar cartazes
e onde se pode fazer pintura de paredes, e depois ter um critério proporcional, que
permita a cada força política ocupar de forma rotativa, para que não sejam sempre os
mesmos nos mesmos locais, e todos já fizemos campanhas políticas e sabemos que
chegar primeiro e apanhar o outdoor que fica-se de chapa no Saldanha é uma
conquista, porque é de maior visibilidade, e uma forma ordenada que permita rodar
entre todos de forma equitativa, era algo equilibrado. -----------------------------------------
----- Agora e esta era a minha questão, e com isto concluía Senhora Presidente, a
Recomendação nos termos em que formula levanta, de facto, um problema. O
Município não tem como intervir e como não intervir, e estamos um bocadinho numa
zona sem direito em que o risco de uma queixa na Comissão Nacional de Eleições
existe e o Município também não pode ser colocado nesta circunstância, portanto,
aqui, se calhar, o bom senso das autoridades municipais, que o tem exercido, penso
eu, com essa reflexão, possa ser melhor e não dizer nada, se calhar, até haver um
quadro e uma reflexão, e um documento estratégico talvez seja preferível. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Deputado, concordo com o que acaba de dizer, mas
lembro, e o Senhor Deputado também sabe isto, lembro que este diploma que eu citei,
que regula esta matéria em 1988, tem um último artigo que diz assim “Compete à
Assembleia Municipal, por iniciativa própria, ou Proposta da Câmara, a elaboração
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dos Regulamentos necessários à execução da presente Lei.”, portanto, estamos a
receber para nós próprios a responsabilidade de fazermos isso que o Senhor Deputado
referiu. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Há um vazio legal, mas há a competência regulamentar da Assembleia
Municipal, a Lei di-lo. Seja como for, não vou estabelecer mais confusões, retiro a
minha Recomendação, fica claro o que foi dito aqui e as chamadas de atenção que
foram feitas, manteremos o escrutínio sobre o trabalho da Câmara, e se houver algum
problema cá estaremos para pedir contas à Câmara e para pedir explicações, é esse o
nosso papel. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Posto isso, e agradecendo a colaboração de todos, vamos para a votação das
Propostas que têm que ser votadas uma a uma, em primeiro lugar a Proposta 499, que
tem a ver com a aquisição de serviços com a repartição de encargos para serviços de
manutenção e trabalhos de reabilitação dos espaços verdes do Vale Grande.” ------------
----- Proposta 499/CM/2019, votos contra do PCP, BE e PEV, abstenções do PSD,
CDS-PP, PAN e PPM, votos a favor do PS, 9 IND, do Senhor Deputado Municipal
Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa. A Proposta 499/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------
----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- Proposta 501/CM/2019, votos contra do PCP e PEV, abstenções do PSD, CDS-
PP, PAN e PPM, votos a favor do PS, BE, 9IND, do Senhor Deputado Municipal
Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa. A Proposta 501/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------
----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Este Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta 502/CM/2019 tem erros
materiais, eu vou lê-los e são extensos, mas vou ter que os ler porque tem que ficar em
Ata, portanto, no Ponto 6 da parte deliberativa, na linha referente ao ano económico
2022, 11, na coluna de valores, sem IVA, consta uma verba de “304 mil e 500 euros”
e deve constar “322 mil e 800 euros”. Na coluna IVA onde consta “70 mil e 305
euros” e deve constar “74 mil 244 euros”, e finalmente na coluna Valor com IVA
onde consta “374 mil 535” deve constar “397 mil e 044 euros”. ----------------------------
----- No quadro da Repartição de Encargos onde consta a linha do ano económico de
2023 não há nada, não há montantes para 2023, portanto, isto é o trabalho que os
serviços da Assembleia fazem sobre estas Propostas, para ter a certeza de que não há
incongruências e erros. -----------------------------------------------------------------------------
----- No Caderno de Encargos também temos um Ponto, mas esse é simples, no
número da cláusula 5ª. diz “que a vigência do contrato tem a duração de três anos,
dias a contar da data”, naturalmente a palavra “dias” está a mais, “são três anos”. -------
----- Isto é apenas para ficar registado em Ata, mas será também anexo à Ata esta
correção material. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos por então à votação o Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta
502/CM/2019.” --------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
78
----- Ponto 6 da Parte Deliberativa da Proposta 502/CM/2019, não há votos contra,
abstenções do PSD, votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, BE, PEV, PAN, PPM, 9 IND,
do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor
Deputado Municipal Independente Rui Costa. O Ponto 6 da Parte Deliberativa da
Proposta 502/CM/2019 foi aprovado por maioria. ----------------------------------------- ----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Agora temos a Proposta 503, a tal dos serviços dos graffiti, também tem um erro
material mais pequeno, e tem a ver com, no parágrafo final da parte deliberativa
consta “fornecimento nos anos económicos de 2018, 2019, 2020 e 2021” e deve
constar “fornecimento nos anos económicos de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021”,
faltou o 2017. Está feita agora a correção e vamos pôr esta proposta à vossa votação.” -
----- Proposta 503/CM/2019, votos contra do PCP e PEV, abstenções do PSD, CDS-
PP, BE, PPM e do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello
Gonçalves, votos a favor do PS, PAN, 9 IND, e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa. A Proposta 503/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------
----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados vamos por à vossa consideração a Proposta 504, são
compromissos plurianuais e repartição de encargos para aquisição de equipamentos de
proteção individual para os colaboradores do Departamento de Higiene Urbana.” -------
----- Proposta 504/CM/2019, não há votos contra a votos abstenções do PSD, CDS-
PP e PPM, votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, PEV, 9 IND, do Senhor Deputado
Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa. A Proposta 504/CM/2019 foi aprovada por maioria. -------
----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Finalmente a Proposta 505/CM/2019, que é uma prévia autorização para a
assunção de compromissos plurianual para o ano 2020, no âmbito do concurso para
aquisição de 900 fatos de combate a incêndios para o Regimento de Sapadores
Bombeiros de Lisboa.” -----------------------------------------------------------------------------
----- Proposta 505/CM/2019, não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do
PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, PPM, 9 IND, do Senhor Deputado
Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal
Independente Rui Costa, A Proposta 505/CM/2019 foi aprovada por unanimidade.-
----- (Ausência do Grupo Municipal do MPT da Sala de Plenário) -------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Deputados terminámos os nossos trabalhos por hoje, agradeço a vossa
presença e colaboração. ----------------------------------------------------------------------------
DRAFT
79
----- Dizer-vos, Senhores Deputados, que vamos reunir na próxima Reunião da
Assembleia Municipal, que será na segunda semana de Setembro, por volta do dia 9,
posso não estar a dizer o dia certo, mas não é logo nos primeiros dias de setembro, é
na outra semana a seguir, e até lá se for necessário reunir alguma Comissão assim se
fará, mas não haverá mais Sessões da Assembleia Municipal. -------------------------------
----- Espero que os Senhores Deputados tenham umas boas férias, que aproveitem
para descansar, porque o mês de setembro vai ser intenso para todos, por todas as
razões que se conhecem. Muito obrigado Senhores Deputados.” ---------------------------
----- A sessão terminou, eram dezoito horas e cinquenta minutos. --------------------------
----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos
termos da deliberação n.º 353/AML/2017 tomada pela Assembleia, por unanimidade,
na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2017. ----------------------------------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de
Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos
do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do
n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro
de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. -----------------------------
---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------