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FACULDADE CATOacuteLICA SALESIANA DO ESPIacuteRITO SANTO
HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
VITOacuteRIA
2016
HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
VITOacuteRIA 2016
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito SantoES como requisito para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem Orientador Profa Dra Thaiacutese Valentim Madeira
HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso da Faculdade Salesiana de Vitoacuteria do Estado do
Espiacuterito SantoES do curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Apresentado e aprovado em______ de_______________ de 2016
_________________________________________ Profa Dra Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora
__________________________________________ Profordf Drordf Livia Bedin
_________________________________________ Profordf Me Claacuteudia Curbani
Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre
acreditaram que chegaria a conquista
dos meus sonhos Ao Ronaldo por ter me
dado o ponta-peacute inicial e ter sempre me dado
o apoio necessaacuterio Aos meus irmatildeos Rocircmulo
e Bruno pelo carinho e forccedila que me deram
por estarmos sempre juntos nos momentos
mais importantes a famiacutelia Marcelino e aos
meus amigos sou feliz e grato pois fui abenccediloado
com um extraordinaacuterio conjunto de pessoas
uacutenicas com que posso compartilhar a minha vida
Satildeo pessoas que atraveacutes de sua presenccedila
seus sorrisos seus abraccedilos apoio compreensatildeo
amor e amizade datildeo sentido agrave minha vida
e a tornam mais faacutecil e prazerosa de viver
AGRADECIMENTOS
Apoacutes tantos obstaacuteculos enfrentados ao longo desta caminhada com forccedila de
vontade perseveranccedila e acima de tudo muito comprometimento finalmente consegui
realizar este feito no entanto nada teria conquistado se natildeo fosse agrave presenccedila de
alguns envolvidos que me ajudaram durante esta minha trajetoacuteria
Assim deixo meus agradecimentos
Agrave Deus pela forccedila e coragem durante toda essa longa caminhada pois grandes
foram as lutas maiores as vitoacuterias Sempre esteve comigo Muitas vezes pensei que
este momento nunca chegaria Queria recuar ou parar no entanto Tu sempre
estavas presente fazendo da derrota uma vitoacuteria da fraqueza uma forccedila Com a Tua
ajuda venci A emoccedilatildeo eacute forte Natildeo cheguei ao fim mas ao iniacutecio de uma longa
caminhada
Aos meus pais Maria Antocircnia Marcelina Broedel e Vanilton Joseacute Broedel que hoje
sorriem orgulhosos ou choram emocionados que muitas vezes na tentativa de
acertar cometeram falhas mas que inuacutemeras vezes foram vitoriosos que se doaram
por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar
o meu
A vocecircs que compartilharam os meus ideais e os alimentaram me incentivando a
prosseguir na jornada me mostrando que o caminho deveria ser seguido sem medo
fossem quais fossem os obstaacuteculos Minha eterna gratidatildeo vai aleacutem de sentimentos
pois vocecircs cumpriram o dom divino O dom de ser Pai o dom de ser Matildee
Difiacutecil por em palavras o sentimento de gratidatildeo que tenho por vocecirc Ronaldo Ferreira
de Castro o meu grande incentivador de tudo Ora fomos amantes ora amigos e ateacute
momentos que substituiacutea meus pais me aconselhando quando os caminhos da vida
pareciam escuros Descobri que estamos completos quando olhamos nos olhos de
algueacutem e juntos criamos expectativas de compartilharmos o futuro concretizando o
mesmo sonho o mesmo destino ldquoLembrei-me de vocecirc e fiquei pensando o que
fazerrdquohellip Entatildeo fechei os olhos e agradeci a Deus por vocecirc existir
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
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10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
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HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
VITOacuteRIA 2016
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade Catoacutelica Salesiana do Espiacuterito SantoES como requisito para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem Orientador Profa Dra Thaiacutese Valentim Madeira
HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso da Faculdade Salesiana de Vitoacuteria do Estado do
Espiacuterito SantoES do curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Apresentado e aprovado em______ de_______________ de 2016
_________________________________________ Profa Dra Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora
__________________________________________ Profordf Drordf Livia Bedin
_________________________________________ Profordf Me Claacuteudia Curbani
Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre
acreditaram que chegaria a conquista
dos meus sonhos Ao Ronaldo por ter me
dado o ponta-peacute inicial e ter sempre me dado
o apoio necessaacuterio Aos meus irmatildeos Rocircmulo
e Bruno pelo carinho e forccedila que me deram
por estarmos sempre juntos nos momentos
mais importantes a famiacutelia Marcelino e aos
meus amigos sou feliz e grato pois fui abenccediloado
com um extraordinaacuterio conjunto de pessoas
uacutenicas com que posso compartilhar a minha vida
Satildeo pessoas que atraveacutes de sua presenccedila
seus sorrisos seus abraccedilos apoio compreensatildeo
amor e amizade datildeo sentido agrave minha vida
e a tornam mais faacutecil e prazerosa de viver
AGRADECIMENTOS
Apoacutes tantos obstaacuteculos enfrentados ao longo desta caminhada com forccedila de
vontade perseveranccedila e acima de tudo muito comprometimento finalmente consegui
realizar este feito no entanto nada teria conquistado se natildeo fosse agrave presenccedila de
alguns envolvidos que me ajudaram durante esta minha trajetoacuteria
Assim deixo meus agradecimentos
Agrave Deus pela forccedila e coragem durante toda essa longa caminhada pois grandes
foram as lutas maiores as vitoacuterias Sempre esteve comigo Muitas vezes pensei que
este momento nunca chegaria Queria recuar ou parar no entanto Tu sempre
estavas presente fazendo da derrota uma vitoacuteria da fraqueza uma forccedila Com a Tua
ajuda venci A emoccedilatildeo eacute forte Natildeo cheguei ao fim mas ao iniacutecio de uma longa
caminhada
Aos meus pais Maria Antocircnia Marcelina Broedel e Vanilton Joseacute Broedel que hoje
sorriem orgulhosos ou choram emocionados que muitas vezes na tentativa de
acertar cometeram falhas mas que inuacutemeras vezes foram vitoriosos que se doaram
por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar
o meu
A vocecircs que compartilharam os meus ideais e os alimentaram me incentivando a
prosseguir na jornada me mostrando que o caminho deveria ser seguido sem medo
fossem quais fossem os obstaacuteculos Minha eterna gratidatildeo vai aleacutem de sentimentos
pois vocecircs cumpriram o dom divino O dom de ser Pai o dom de ser Matildee
Difiacutecil por em palavras o sentimento de gratidatildeo que tenho por vocecirc Ronaldo Ferreira
de Castro o meu grande incentivador de tudo Ora fomos amantes ora amigos e ateacute
momentos que substituiacutea meus pais me aconselhando quando os caminhos da vida
pareciam escuros Descobri que estamos completos quando olhamos nos olhos de
algueacutem e juntos criamos expectativas de compartilharmos o futuro concretizando o
mesmo sonho o mesmo destino ldquoLembrei-me de vocecirc e fiquei pensando o que
fazerrdquohellip Entatildeo fechei os olhos e agradeci a Deus por vocecirc existir
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
79
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
80
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
81
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
83
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
84
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
87
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
91
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HYGOR MARCELINA BROEDEL
ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA PNEUMONIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Trabalho de Conclusatildeo de Curso da Faculdade Salesiana de Vitoacuteria do Estado do
Espiacuterito SantoES do curso de Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Apresentado e aprovado em______ de_______________ de 2016
_________________________________________ Profa Dra Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora
__________________________________________ Profordf Drordf Livia Bedin
_________________________________________ Profordf Me Claacuteudia Curbani
Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre
acreditaram que chegaria a conquista
dos meus sonhos Ao Ronaldo por ter me
dado o ponta-peacute inicial e ter sempre me dado
o apoio necessaacuterio Aos meus irmatildeos Rocircmulo
e Bruno pelo carinho e forccedila que me deram
por estarmos sempre juntos nos momentos
mais importantes a famiacutelia Marcelino e aos
meus amigos sou feliz e grato pois fui abenccediloado
com um extraordinaacuterio conjunto de pessoas
uacutenicas com que posso compartilhar a minha vida
Satildeo pessoas que atraveacutes de sua presenccedila
seus sorrisos seus abraccedilos apoio compreensatildeo
amor e amizade datildeo sentido agrave minha vida
e a tornam mais faacutecil e prazerosa de viver
AGRADECIMENTOS
Apoacutes tantos obstaacuteculos enfrentados ao longo desta caminhada com forccedila de
vontade perseveranccedila e acima de tudo muito comprometimento finalmente consegui
realizar este feito no entanto nada teria conquistado se natildeo fosse agrave presenccedila de
alguns envolvidos que me ajudaram durante esta minha trajetoacuteria
Assim deixo meus agradecimentos
Agrave Deus pela forccedila e coragem durante toda essa longa caminhada pois grandes
foram as lutas maiores as vitoacuterias Sempre esteve comigo Muitas vezes pensei que
este momento nunca chegaria Queria recuar ou parar no entanto Tu sempre
estavas presente fazendo da derrota uma vitoacuteria da fraqueza uma forccedila Com a Tua
ajuda venci A emoccedilatildeo eacute forte Natildeo cheguei ao fim mas ao iniacutecio de uma longa
caminhada
Aos meus pais Maria Antocircnia Marcelina Broedel e Vanilton Joseacute Broedel que hoje
sorriem orgulhosos ou choram emocionados que muitas vezes na tentativa de
acertar cometeram falhas mas que inuacutemeras vezes foram vitoriosos que se doaram
por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar
o meu
A vocecircs que compartilharam os meus ideais e os alimentaram me incentivando a
prosseguir na jornada me mostrando que o caminho deveria ser seguido sem medo
fossem quais fossem os obstaacuteculos Minha eterna gratidatildeo vai aleacutem de sentimentos
pois vocecircs cumpriram o dom divino O dom de ser Pai o dom de ser Matildee
Difiacutecil por em palavras o sentimento de gratidatildeo que tenho por vocecirc Ronaldo Ferreira
de Castro o meu grande incentivador de tudo Ora fomos amantes ora amigos e ateacute
momentos que substituiacutea meus pais me aconselhando quando os caminhos da vida
pareciam escuros Descobri que estamos completos quando olhamos nos olhos de
algueacutem e juntos criamos expectativas de compartilharmos o futuro concretizando o
mesmo sonho o mesmo destino ldquoLembrei-me de vocecirc e fiquei pensando o que
fazerrdquohellip Entatildeo fechei os olhos e agradeci a Deus por vocecirc existir
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
79
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
80
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
85
Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
87
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
88
adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
89
processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
ANDRADE D amp ANGERAMI ELS Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio Medicina Ribeiratildeo Preto 32 492-497 outdez 1999 Disponiacutevel em lt httprevistafmrpuspbr1999vol32n4reflexoes_acerca_infeccoes_hospitalarespdfgt Acesso em 03 jun 2015 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo v 18 n 1 p 27-33 mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2006000100006amplng=ptampnrm=isogt acessos em 13 set 2015 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba 2013 72 f Dissertaccedilatildeo de Conclusatildeo de Curso de mestrado em Terapia Intensiva SOBRATI 2013 Disponiacutevel em ltwwwibratiorgseidocstese_658docgt Acesso em 20 jun 2015 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede Brasiacutelia DF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 03 jun 2015 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013 Parte I Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo 2014 v 26 n 2 p 89-121 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2014000200089amplng=enampnrm=isogt Acesso em 27 jun 2015 BERALDO Carolina Contador Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa 2008 160 f Dissertaccedilatildeo Ribeiratildeo Preto (SP) Universidade do Estado de Satildeo Paulo Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicoseletronicosufmabrindexphprevistahuufmaarticleview941642gt Acesso em 01 jun 2015 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt Trabalho de conclusatildeo de Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo - Faculdade Redentor 2012 Itajubaacute 2012 59
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Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre
acreditaram que chegaria a conquista
dos meus sonhos Ao Ronaldo por ter me
dado o ponta-peacute inicial e ter sempre me dado
o apoio necessaacuterio Aos meus irmatildeos Rocircmulo
e Bruno pelo carinho e forccedila que me deram
por estarmos sempre juntos nos momentos
mais importantes a famiacutelia Marcelino e aos
meus amigos sou feliz e grato pois fui abenccediloado
com um extraordinaacuterio conjunto de pessoas
uacutenicas com que posso compartilhar a minha vida
Satildeo pessoas que atraveacutes de sua presenccedila
seus sorrisos seus abraccedilos apoio compreensatildeo
amor e amizade datildeo sentido agrave minha vida
e a tornam mais faacutecil e prazerosa de viver
AGRADECIMENTOS
Apoacutes tantos obstaacuteculos enfrentados ao longo desta caminhada com forccedila de
vontade perseveranccedila e acima de tudo muito comprometimento finalmente consegui
realizar este feito no entanto nada teria conquistado se natildeo fosse agrave presenccedila de
alguns envolvidos que me ajudaram durante esta minha trajetoacuteria
Assim deixo meus agradecimentos
Agrave Deus pela forccedila e coragem durante toda essa longa caminhada pois grandes
foram as lutas maiores as vitoacuterias Sempre esteve comigo Muitas vezes pensei que
este momento nunca chegaria Queria recuar ou parar no entanto Tu sempre
estavas presente fazendo da derrota uma vitoacuteria da fraqueza uma forccedila Com a Tua
ajuda venci A emoccedilatildeo eacute forte Natildeo cheguei ao fim mas ao iniacutecio de uma longa
caminhada
Aos meus pais Maria Antocircnia Marcelina Broedel e Vanilton Joseacute Broedel que hoje
sorriem orgulhosos ou choram emocionados que muitas vezes na tentativa de
acertar cometeram falhas mas que inuacutemeras vezes foram vitoriosos que se doaram
por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar
o meu
A vocecircs que compartilharam os meus ideais e os alimentaram me incentivando a
prosseguir na jornada me mostrando que o caminho deveria ser seguido sem medo
fossem quais fossem os obstaacuteculos Minha eterna gratidatildeo vai aleacutem de sentimentos
pois vocecircs cumpriram o dom divino O dom de ser Pai o dom de ser Matildee
Difiacutecil por em palavras o sentimento de gratidatildeo que tenho por vocecirc Ronaldo Ferreira
de Castro o meu grande incentivador de tudo Ora fomos amantes ora amigos e ateacute
momentos que substituiacutea meus pais me aconselhando quando os caminhos da vida
pareciam escuros Descobri que estamos completos quando olhamos nos olhos de
algueacutem e juntos criamos expectativas de compartilharmos o futuro concretizando o
mesmo sonho o mesmo destino ldquoLembrei-me de vocecirc e fiquei pensando o que
fazerrdquohellip Entatildeo fechei os olhos e agradeci a Deus por vocecirc existir
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
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AGRADECIMENTOS
Apoacutes tantos obstaacuteculos enfrentados ao longo desta caminhada com forccedila de
vontade perseveranccedila e acima de tudo muito comprometimento finalmente consegui
realizar este feito no entanto nada teria conquistado se natildeo fosse agrave presenccedila de
alguns envolvidos que me ajudaram durante esta minha trajetoacuteria
Assim deixo meus agradecimentos
Agrave Deus pela forccedila e coragem durante toda essa longa caminhada pois grandes
foram as lutas maiores as vitoacuterias Sempre esteve comigo Muitas vezes pensei que
este momento nunca chegaria Queria recuar ou parar no entanto Tu sempre
estavas presente fazendo da derrota uma vitoacuteria da fraqueza uma forccedila Com a Tua
ajuda venci A emoccedilatildeo eacute forte Natildeo cheguei ao fim mas ao iniacutecio de uma longa
caminhada
Aos meus pais Maria Antocircnia Marcelina Broedel e Vanilton Joseacute Broedel que hoje
sorriem orgulhosos ou choram emocionados que muitas vezes na tentativa de
acertar cometeram falhas mas que inuacutemeras vezes foram vitoriosos que se doaram
por inteiro e renunciaram aos seus sonhos para que muitas vezes pudesse realizar
o meu
A vocecircs que compartilharam os meus ideais e os alimentaram me incentivando a
prosseguir na jornada me mostrando que o caminho deveria ser seguido sem medo
fossem quais fossem os obstaacuteculos Minha eterna gratidatildeo vai aleacutem de sentimentos
pois vocecircs cumpriram o dom divino O dom de ser Pai o dom de ser Matildee
Difiacutecil por em palavras o sentimento de gratidatildeo que tenho por vocecirc Ronaldo Ferreira
de Castro o meu grande incentivador de tudo Ora fomos amantes ora amigos e ateacute
momentos que substituiacutea meus pais me aconselhando quando os caminhos da vida
pareciam escuros Descobri que estamos completos quando olhamos nos olhos de
algueacutem e juntos criamos expectativas de compartilharmos o futuro concretizando o
mesmo sonho o mesmo destino ldquoLembrei-me de vocecirc e fiquei pensando o que
fazerrdquohellip Entatildeo fechei os olhos e agradeci a Deus por vocecirc existir
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
79
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
80
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
81
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
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6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
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11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
ANDRADE D amp ANGERAMI ELS Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio Medicina Ribeiratildeo Preto 32 492-497 outdez 1999 Disponiacutevel em lt httprevistafmrpuspbr1999vol32n4reflexoes_acerca_infeccoes_hospitalarespdfgt Acesso em 03 jun 2015 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo v 18 n 1 p 27-33 mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2006000100006amplng=ptampnrm=isogt acessos em 13 set 2015 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba 2013 72 f Dissertaccedilatildeo de Conclusatildeo de Curso de mestrado em Terapia Intensiva SOBRATI 2013 Disponiacutevel em ltwwwibratiorgseidocstese_658docgt Acesso em 20 jun 2015 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede Brasiacutelia DF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 03 jun 2015 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013 Parte I Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo 2014 v 26 n 2 p 89-121 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2014000200089amplng=enampnrm=isogt Acesso em 27 jun 2015 BERALDO Carolina Contador Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa 2008 160 f Dissertaccedilatildeo Ribeiratildeo Preto (SP) Universidade do Estado de Satildeo Paulo Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicoseletronicosufmabrindexphprevistahuufmaarticleview941642gt Acesso em 01 jun 2015 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt Trabalho de conclusatildeo de Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo - Faculdade Redentor 2012 Itajubaacute 2012 59
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em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692011000600008amplng=enampnrm=isogt Acesso em 16 jul 2015 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer Revista Einstein v8 p 102-106 2010 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica Rev Min Enferm 2013 17(1) 177-184 Disponiacutevel em lt httpwwwremeorgbrartigodetalhes588gt Acesso em 16 jul 2015 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica J Bras Pneumol 2007 33(Suppl 1)S1-S30 Disponiacutevel em lthttpwwwjornaldepneumologiacombrPDFSuple_131_44_1diretrizes1pdfgt Acesso em 03 jun 2015 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI Cinergis v 13 n 1 2012 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1017058cinergisv13i13164gt Acesso em 01 jun 2015 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva 2012 165f Tese(doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem Escola de Enfermagem 2012 Disponiacutevel em lthttprepositoriofurgbrhandle12944gt Acesso em 01 Jun 2015 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica - 2007 J bras pneumol Satildeo Paulo v 33 supl 1 p s1-s30 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132007000700001amplng=enampnrm=isogtAcesso em 02 jun 2015 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva In VERONESE R FOCACCIA R Tratado de Infectologia 2ordf ed Satildeo Paulo Ateneu 2002 v I cap125 p 1547 ndash 1551 Disponiacutevel em lthttpbasesbiremebrcgi-binwxislindexeiahonlineIsisScript=iahxisampsrc=googleampbase=LILACSamplang=pampnextAction=InKampexprSearch=317780ampindexSearch=Igt Acesso em 03 de jul 2015 WAGNER Bruna Vanessa et al O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo
102
mecacircnica Rev enferm UFPE on line Recife 9(5)7902-9 maio 2015 Disponiacutevel em lt105205r euol6121-57155-1-ED0905201521gt Acesso em 03 jun 2015
As minhas amigas de sala onde formamos o ldquoQuarteto Fantaacutesticordquo Beatriz Novais
Tonoli Marina Santos Mirela Kiffer onde tudo no iniacutecio parecia tatildeo distante
estaacutevamos na busca do desconhecido No entanto com o tempo no decorrer
desses anos conhecemos uns aos outros doamos todo nosso jeito as melhores e
as piores partes
Momentos bons e ruins sempre seratildeo lembrados com altos e baixos vencemos a
luta do dia-a-dia Com certeza fica um pedaccedilo um traccedilo de cada um na lembranccedila
de cada acontecimento gesto e fala Os caminhos comeccedilam a se dividir e o sabor
da despedida muda de cor quando a certeza do encontro permanece em chama
viva E por tudo a saudade haacute de ficar aos que natildeo constam na lista que a
ausecircncia nunca signifique o esquecimento
Aos meus Mestres Thaiacutese Valentim Madeira ndash Orientadora e Bruno Henrique Fiorin
que estiveram frente desse trabalho que por diversas vezes natildeo me deixou
desanimar Agradeccedilo por seus conhecimentos a mim transmitidos sua paciecircncia
compreensatildeo dedicaccedilatildeo e boa vontade
ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
83
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
85
Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
87
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
88
adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
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ldquoO haacutebito de basear convicccedilotildees em
evidecircncias e dar a elas apenas o grau
de certeza que a evidecircncia garante
seria se generalizado a cura para a
maioria dos males dos quais o mundo
estaacute sofrendordquo
Bertrand Russel (1957)
RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
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RESUMO Introduccedilatildeo Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da qualidade agrave sauacutede As unidades de terapia intensiva (UTI) vinham da necessidade de evoluccedilatildeo e destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe multidisciplinar Objetivos Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem Verificar quais os meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na unidade de terapia intensiva com pneumonia Verificar os principais cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica Meacutetodo Pesquisa bibliograacutefica Foram encontrados nos banco de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Resultados Encontradas 297 publicaccedilotildees que apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 80 Da amostra 06 eacute da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados 2 e 46 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontrados 39 publicaccedilotildees que estatildeo de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Conclusatildeo Os estabelecimentos voltados para a sauacutede estatildeo cada vez mais se empenhando para realizar mudanccedilas pertinentes no que diz respeito agrave implantaccedilatildeo de novas tecnologias e avanccedilos que visem agrave melhoria da qualidade dos serviccedilos prestados trazendo agilidade seguranccedila e manejo do trabalho da equipe de enfermagem Diante disso a enfermagem se vecirc frente a um novo desafio que leva a repensar os seus processos de trabalho por isso ela pode contribuir de forma mais efetiva tendo como foco necessidades do paciente Palavras-chave Ventilaccedilatildeo mecacircnica Pneumonia Cuidados Enfermagem
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
79
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
80
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
81
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
82
Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
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mecacircnica Rev enferm UFPE on line Recife 9(5)7902-9 maio 2015 Disponiacutevel em lt105205r euol6121-57155-1-ED0905201521gt Acesso em 03 jun 2015
ABSTRACT Introduction One of the most valuable assets that a human being has is health the search for lifestyle of healthy living and maintaining the vital condition is an indispensable need for the balance of health and disease Hospital infection has been demonstrated with one of the most important risks to inpatient justifying their inclusion in quality health performance indicators The intensive care units (ICU) came from the need for evolution and dexterity is mechanical or human resources for the care of patients who are critically ill and require attention of the entire multidisciplinary team Objectives To identify the main characteristics related to mechanical ventilation as well as the main care of nursing care Check that the assessment methods used by nurses to patients admitted to the intensive care unit with pneumonia Check the main nursing care to the patients admitted to the intensive therapy using mechanical ventilation Method Literature search Were found in the Scielo database (Scientific Electronic Library online) Lilacs (Latin American and Caribbean Health Sciences) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and the Nursing Database (BDENF) Results Found 297 publications that after the analysis and application of inclusion criteria resulted in 80 Of the sample 06 is the Lilacs database Medline has found no publication 26 of the database Scielo BDENF were found of 246 were resulting from the advanced search on other grounds such as Google Scholar Selection searched found 39 publications that are consistent with the goals of this research Conclusion Establishments facing health are increasingly striving to make relevant changes with regard to the implementation of new technologies and advancements that aim to improve the quality of services bringing agility security and management of team work nursing Thus nursing is faced with a new challenge which leads to rethink their work processes so it can contribute more effectively focusing on patient needs
Keywords Mechanical ventilation Pneumonia Care Nursing
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
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A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
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como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
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Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
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seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
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programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
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apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
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Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
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3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
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siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
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4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
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Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
78
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
79
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
80
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
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10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
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1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
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6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
87
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
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adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
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processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
ANDRADE D amp ANGERAMI ELS Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio Medicina Ribeiratildeo Preto 32 492-497 outdez 1999 Disponiacutevel em lt httprevistafmrpuspbr1999vol32n4reflexoes_acerca_infeccoes_hospitalarespdfgt Acesso em 03 jun 2015 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo v 18 n 1 p 27-33 mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2006000100006amplng=ptampnrm=isogt acessos em 13 set 2015 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba 2013 72 f Dissertaccedilatildeo de Conclusatildeo de Curso de mestrado em Terapia Intensiva SOBRATI 2013 Disponiacutevel em ltwwwibratiorgseidocstese_658docgt Acesso em 20 jun 2015 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede Brasiacutelia DF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 03 jun 2015 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013 Parte I Rev bras ter intensiva Satildeo Paulo 2014 v 26 n 2 p 89-121 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-507X2014000200089amplng=enampnrm=isogt Acesso em 27 jun 2015 BERALDO Carolina Contador Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa 2008 160 f Dissertaccedilatildeo Ribeiratildeo Preto (SP) Universidade do Estado de Satildeo Paulo Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicoseletronicosufmabrindexphprevistahuufmaarticleview941642gt Acesso em 01 jun 2015 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt Trabalho de conclusatildeo de Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo - Faculdade Redentor 2012 Itajubaacute 2012 59
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ndash Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012 32
Quadro 2 - Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos 38
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame 44
Quadro 4 - Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM 46
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave
assistecircncia agrave sauacutede
50
Quadro 6 ndash Prevenccedilatildeo para pneumonia 51
Quadro 7 ndash Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia
associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados
58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa 69
Tabela 2 Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais
caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
75
Tabela 3 Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na
UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
78
Tabela 4 Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI
que utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto
82
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMIB Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira
ATSIDSA American Thoracic Society Infectious Diseases Society of America
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AHRQ Agency for Heal Thcare Research amp Quality
BDENF Base de Dados de Enfermagem
BAL Lavabo Alveolar
CCIH Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar
CTI Centro de Terapia Intensiva
CVC Cateter Venoso Central
CMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada
CUFF Controle da Pressatildeo do Balatildeo
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
CPAP Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo contiacutenua nas Vias Aeacutereas
DC Deacutebito Cardiacuteaco
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EEUU Estados Unidos da Ameacuterica do Norte
FBP Fiacutestula Broncopleural
Hb Hemoglobina
IH Infecccedilatildeo Hospitalar
INT Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
ITO Intubaccedilatildeo Nasotraqueal
IRpA Insuficiecircncia Respiratoacuteria Aguda
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MS Ministeacuterio da Sauacutede
NNISS National Nosocomial Infections Surveillance System
NAVA Neurally Adjusted Ventilatory Assisted
OMS Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede
OPAS Organizaccedilatildeo Pan Americana de Sauacutede
PAVM Pneumonia Associada a Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
PSV Ventilaccedilatildeo com Pressatildeo Suporte
PSB Broncoscoacutepico Escovado Protegido
PNM Pneumonia
PE Processo de Enfermagem
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
PEEP Pressatildeo Positiva Expiratoacuteria Final
QEA Aspirado Traqueal Quantitativo
RDC Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada
REBRAENSP Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
PIC Pressatildeo Intracraniana
SCIELO Scientific Electronic Library Online
SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
SVD Sonda Vesical de Demora
SDR Siacutendrome do Desconforto Respiratoacuterio
SIMV Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria intermitente Sincronizada
SARA Siacutendrome da Anguacutestia Respiratoacuteria
TT Tubo T
TOT Tubo Orotraqueal
TQT Traqueostomia
TVP Trombose Venosa profunda
UTI Unidade de Terapia Intensiva
VM Ventilaccedilatildeo Mecacircnica
VNI Ventilaccedilatildeo Natildeo Invasiva
VMI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva
VMNI Ventilaccedilatildeo Mecacircnica natildeo Invasiva
LISTA DE SIacuteMBOLOS
ordm Indicador Ordinaacuterio Masculino
Nuacutemero
XXI Algarismo Romano
` Apoacutestrofe
PaO2 Pressatildeo Parcial de Oxigecircnio
CaO2 Pressatildeo Parcial de gaacutes carbocircnico
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 25
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 29
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 29
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR 31
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 33
231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 36
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo 37
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte 39
234 Novas modalidades respiratoacuterias 40
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica 40
236 Desmame ventilatoacuterio 43
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA 45
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico 45
242 Fisiopatologia 48
243 Fatores de risco 50
244 Incidecircncia 51
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA 53
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo 56
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva 56
253 Profilaxia da trombose venosa profunda 56
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica 57
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA 59
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM 60
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA61
281 Definiccedilatildeo e conceito 61
3 METODOLOGIA 67
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 69
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS87
REFEREcircNCIAS 91
25
1 INTRODUCcedilAtildeO
Um dos bens mais preciosos que o ser humano possui eacute a sauacutede a busca por estilo
de vida de vida saudaacutevel e manutenccedilatildeo da condiccedilatildeo vital eacute uma necessidade
indispensaacutevel para o equiliacutebrio da sauacutede-doenccedila (VICTORINO 2007) O homem eacute
vulneraacutevel a inuacutemeros fatores que podem afetaacute-lo e colocar a sua vida em risco
podendo causar danos irreversiacuteveis entre outras situaccedilotildees de maior ou menor
complexidade Um dos danos que afeta a sauacutede eacute a infecccedilatildeo hospitalar (IH)
(BERALDO 2008)
A infecccedilatildeo hospitalar tem sido evidenciada com um dos mais importantes riscos ao
paciente internado o que justifica sua inclusatildeo nos indicadores de eficiecircncia da
qualidade agrave sauacutede O Ministeacuterio da Sauacutede (MS) define a IH em acircmbito nacional
como a infecccedilatildeo adquirida depois da admissatildeo que se manifesta durante a
internaccedilatildeo e pode ser tambeacutem apoacutes a alta hospitalar do paciente a IH pode estar
relacionada agrave internaccedilatildeo ou a procedimentos hospitalares (LINS PONTES
DAMIAN 2013 CAcircNDIDO 2012)
Portanto a assistecircncia agrave sauacutede do paciente deve ser independente da prevenccedilatildeo
da proteccedilatildeo tratamento ou da reabilitaccedilatildeo dessa forma o olhar para o paciente
deve ser integral e natildeo holiacutestico que natildeo se fragmenta para receber atendimento
em partes Sabemos que as IH existem por diversos fatores e todas as condutas de
como reduzir as infecccedilotildees intervenccedilotildees nas situaccedilotildees de surtos e manter sob
controle as infecccedilotildees por meio de um trabalho feito em equipe Vale ressaltar que
as IH natildeo eacute qualquer doenccedila infecciosa mas de fato ela pode ocorrer da evoluccedilatildeo
das praacuteticas e condutas assistenciais realizadas pelos profissionais de sauacutede para
tanto eacute indispensaacutevel que a organizaccedilatildeo invista em recursos humanos no sentido
de minimizar procedimentos e aprimorar e aplicar normas e rotinas baseadas em
evidecircncias (PEREIRA 2005)
O que pode de iniacutecio representar algo simples e trataacutevel pode alterar todo o quadro
da sauacutede pois e provado que as infecccedilotildees hospitalares atuam de forma evidente
sobre o tempo de hospitalizaccedilatildeo taxa de morbimortalidade repercutindo de forma
importante no acreacutescimo de custos principalmente o consumo de antibioacuteticos
26
despesas com medidas de precauccedilotildees de contato e exames laboratoriais
(ANDRADE ANGERAMI 1999 ANDRADE LEOPOLDO HAAS 2006)
A frequecircncia da IH ocorre entre pacientes internados nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ambiente mais exposto ao risco de infecccedilatildeo a julgar sua condiccedilatildeo
cliacutenica e os tambeacutem pelos variados tipos de procedimentos invasivos realizados Eacute
importante evidenciar que pacientes internados na UTI tecircm entre cinco a dez vezes
mais capacidade de adquirir um IH que pode demonstrar cerca de 20 do total de
infecccedilotildees de um hospital O risco de infecccedilatildeo eacute equivalente agrave magnitude da doenccedila
das condiccedilotildees de nutriccedilatildeo e imunoloacutegicas do paciente ao periacuteodo de internaccedilatildeo
qualidade dos procedimentos diagnoacutesticos eou terapecircuticos entre outras situaccedilotildees
(OLIVEIRA KOVNER SILVA 2010 FRANCISCO 2009)
Entre as infecccedilotildees estaacute a pneumonia hospitalar cuja procedecircncia eacute bacteriana e seu
foco satildeo as vias aeacutereas inferiores Ela costuma ser diagnosticada apoacutes 72 horas de
internaccedilatildeo (FERNANDES et al 2000 FEIJOacute COUTINHO 2005)
O uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um dos principais fatores para o desenvolvimento
da pneumonia hospitalar (AMARAL CORTEZ SILVA 2009 FEIJOacute COUTINHO
2005) Dados do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS)
evidenciam que pacientes em uso contiacutenuo de ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM)
apresentam um risco de 6 a 21 vezes maior para pneumonia (BERALDO 2008
VIEIRA 2009)
Ao longo da uacuteltima deacutecada ocorreu um avanccedilo no que se refere prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) Diversos estudos
investigatoacuterios foram realizados para descobrir o impacto de medidas direcionadas agrave
reduccedilatildeo da incidecircncia da pneumonia hospitalar indicaram variadas formas pelas
quais a bacteacuteria atinge as vias aeacutereas inferiores A pneumonia hospitalar pode ser
resultado da aspiraccedilatildeo de microrganismos da orofaringe da inspiraccedilatildeo de aerossoacuteis
incluindo a propagaccedilatildeo por bacteacuterias ou menos repetidamente dissipaccedilatildeo
hematogecircnica partindo de algum foco distante ou deslocamento bacteriano sendo
este o acesso microbiano e depois do luacutemem do trato gastrintestinal (GARCIA
2007 MELO 2008 VIEIRA 2009)
No entanto a via mais comum para obtenccedilatildeo da doenccedila tanto hospitalar como a
comunitaacuteria permanece sendo por meio da inalaccedilatildeo de microrganismos viventes na
27
orofaringe Assim como a orofaringe o estocircmago tambeacutem apresenta uma ameaccedila
uma vez que o tubo gaacutestrico ou enteral eleva a probabilidade de colonizaccedilatildeo
microbiana da nasofaringe possibilitando desta forma que os microorganismos
migrem para o trato respiratoacuterio (BERALDO 2008 SANTOS 2006)
Assim segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
podemos dizer que a infecccedilatildeo por pneumonia hospitalar e seus principais fatores de
risco satildeo de forma a ser divididos em trecircs categorias tais como meios de
favorecimento de colonizaccedilatildeo da orofaringe eou estocircmago (uso de antimicrobianos
hospitalizaccedilatildeo em UTI presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica)
A PAVM tem sua definiccedilatildeo segundo a literatura como aquela que se desenvolve de
48 a 72 apoacutes a intubaccedilatildeo endotraqueal e inicio da VM Eacute classificada como precoce
quando ocorre ateacute 96 horas da intubaccedilatildeo e instituiccedilatildeo da VM e tardia quando se
iniciada apoacutes 96 horas da instalaccedilatildeo da VM Geralmente as PAVM tardias estatildeo
relacionadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos como a P
aeruginosa Acinetobacter spp E S aureus resistente a oxacilina (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007 GONCcedilALVES 2012
BERALDO 2008)
A presenccedila do tubo orotraqueal e apontado como um fator de risco para a PAVM
principalmente por afetar as defesas do hospedeiro e proporcionar que partiacuteculas
inspiradas tenham acesso as vias aeacutereas inferiores Tambeacutem acomete a eficaacutecia do
processo de tosse pois os pacientes quando entubados perdem a barreira natural
entre a orofaringe e traqueacuteia facilitando o acuacutemulo de secreccedilotildees acima do cuff que
podem ser aspiradas para as vias aeacutereas inferiores (KOERNNER 1997 apud
BERALDO 2008)
Vale ressaltar que os microrganismos da cavidade bucal satildeo de fato uma ameaccedila
aos pacientes criacuteticos especialmente aqueles em VM A condiccedilatildeo cliacutenica do
paciente dificulta a realizaccedilatildeo da higiene bucal de maneira adequada favorecendo o
crescimento microbiano assim como a formaccedilatildeo do biofilme Assim estaacute
comprometida a manutenccedilatildeo da sauacutede bucal nos pacientes criacuteticos que estatildeo
impossibilitados de realizar o autocuidado devido ao seu estado de inconsciecircncia
Diante disso vale afirmar que o tubo orotraqueal natildeo facilita o acesso a cavidade
28
bucal prejudicando a higienizaccedilatildeo (MACHADO 2013 SCHLESENER 2012)
Maneiras simples e rotineiras como a mudanccedila de decuacutebito do paciente ou a
elevaccedilatildeo da grade do leito podem acarretar na passagem do liquido condensado do
umidificador existentes nos circuitos do ventilador mecacircnico para o trato
respiratoacuterio Este fluiacutedo contaminado pode ser levado para dentro das vias aeacutereas ou
fluindo ateacute os nebulizadores da medicaccedilatildeo onde satildeo criados aerossoacuteis que chegam
aos alveacuteolos pulmonares (NEPOMUCENO 2007)
Com base nesse contexto o problema do estudo fica assim definido quais as
consequecircncias da assistecircncia de enfermagem nos pacientes internados na unidade
de terapia intensiva submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
Dessa forma caracterizando o tema proposto o objetivo geral desta pesquisa eacute
verificar na literatura as publicaccedilotildees sobre os cuidados e contribuiccedilotildees da
assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da pneumonia que decorre da ventilaccedilatildeo
mecacircnica nos pacientes em terapia intensiva Tendo como objetivos especiacuteficos
Identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica bem
como os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem verificar quais os
meacutetodos de avaliaccedilatildeo utilizados pelos enfermeiros aos pacientes internados na
unidade de terapia intensiva com pneumonia verificar os principais cuidados de
enfermagem junto aos pacientes internados na terapia intensiva que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica
O presente estudo descreve as evidecircncias cientiacuteficas em torno das praacuteticas de
prevenccedilatildeo de PAVM visando estreitar as lacunas do conhecimento e contribuir para
a melhoria da qualidade da assistecircncia de enfermagem Estes fatores e a relevacircncia
social cientiacutefica e profissional do tema justificam o desenvolvimento e o meu
interesse pelo tema desta pesquisa Quanto aos procedimentos metodoloacutegicos
trata-se de uma revisatildeo integrativa que vai reunir e sintetizar resultados de
pesquisas sobre o tema em questatildeo de maneira sistemaacutetica e ordenada
contribuindo para o aprofundamento do conhecimento sobre a assistecircncia de
enfermagem aos pacientes submetidos a assistecircncia ventilatoacuteria
29
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
As unidades de terapia intensiva (UTI) surgiram da necessidade de evoluccedilatildeo e
destreza seja dos recursos mecacircnicos ou humanos para o atendimento de pacientes
que se encontram em estado criacutetico e necessitam de uma atenccedilatildeo de toda equipe
multidisciplinar (VILA ROSSI 2002)
A UTI tem sua definiccedilatildeo pela AMIB (Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira)
conforme a resoluccedilatildeo ndeg7 da RDC de 24 de Fevereiro de 2010 como uma aacuterea
criacutetica que se destina agrave internaccedilatildeo dos pacientes em estado grave que necessitam
de prudecircncia profissional de maneira especializada e permanente materiais e
condutas meacutedicas especiacuteficas com ciecircncia necessaacuterias ao diagnoacutestico com
vigilacircncia e terapia (BORGES 2012)
Em 1947 a epidemia de poliomielite nos Estados Unidos da Ameacuterica do Norte (EEUU) e na Europa desencadeou a necessidade de estudos em suporte ventilatoacuterio o que levou ao desenvolvimento dos primeiros ventiladores artificiais Em 1950 foram criadas as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos EEUU Peter Safar austriacuteaco que imigrou para os EEUU apoacutes a segunda guerra mundial foi o primeiro meacutedico intensivista (MORITZ et al 2010 p 52)
A autora ainda diz que a primeira UTI surgiu na cidade de Baltimore e em 1962 foi
criada a primeira disciplina de ldquomedicina de apoio criacuteticordquo na Universidade de
Pittsburgh Segundo Borges (2012) as UTIrsquos no Brasil surgiram na deacutecada de 60 e
70 a primeira UTI surgiu no ano de 1967 no dia 08 de fevereiro pelo Doutor Tufik
na cidade localizada no Rio de Janeiro com 16 leitos No Estado de Santa Catarina a
primeira UTI foi inaugurada em 1968 no Hospital Governador Celso Ramos em
Florianoacutepolis
As UTIrsquos satildeo indicadas ao atendimento de pacientes que se encontram em estado
criacutetico e risco elevado de morte no momento em que necessitam de uma atenccedilatildeo e
observaccedilatildeo ininterrupta dos meacutedicos e da enfermagem com presenccedila de
equipamentos e recursos especializados No ambiente de terapia intensiva as
ocorrecircncias de infecccedilotildees hospitalares satildeo mais frequentes e estatildeo relacionadas a
certas doenccedilas e a diversos fatores como a sondas nasogaacutestricas ou sondas
30
enterais que permitem a colonizaccedilatildeo de microorganismos nas vias aeacutereas
superiores possibilitando um maior risco de infecccedilotildees do trato respiratoacuterio
(PADOVEZE DANTAS ALMEIDA 2010)
Outro conceito do surgimento do setor de unidade de terapia intensiva surgiu no
conflito da Guerra da Crimeacuteia quando Florence Nightingale em Scutari (Turquia)
atendeu juntamente com 38 enfermeiras os soldados britacircnicos brutalmente feridos
na guerra sendo agrupados de forma isolados em espaccedilos e com padrotildees
preventivos para conter infecccedilotildees e epidemias como disenteria e teacutetano sendo
marcante a reduccedilatildeo de mortalidade nesta eacutepoca (FERNANDES 2011)
A incidecircncia de mortalidade nos pacientes em UTIrsquoS e com pneumonia hospitalar eacute
10 vezes maior do que pacientes que se encontram sem essa infecccedilatildeo Essa taxa eacute
maior para aqueles que se encontram colonizados pela bacteacuteria Pseudomonas
aeroginosa sendo responsaacutevel por 13 dos pacientes em precauccedilatildeo de contato
seguida pela Pseudomonas aureus (12) (WEY DARRIGO 2002)
Em UTIrsquos encontram-se pacientes com diversas patologias e comorbidades ndash
pacientes cliacutenicos e ciruacutergicos graves que necessitam de que sejam monitorizados e
com suporte de forma contiacutenua das funccedilotildees vitais Estes tipos de paciente
apresentam uma doenccedila ou condiccedilotildees cliacutenicas que os predispotildee a infecccedilatildeo
diversos deles satildeo admitidos infectados e diversos deles seratildeo submetidos a
diversos procedimentos invasivos com finalidade diagnoacutestica e terapecircutica
(PEREIRA PENTEADO MARCELO 2000)
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em UTI visa o atendimento do paciente de uma forma
holiacutestica onde inclui o diagnoacutestico intervenccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos
da enfermagem permeando a qualidade de vida (MAIA BASTIAN 2013) Seja na
UTI ou em outras aacutereas de atuaccedilatildeo da enfermagem o cuidar eacute eacutetico baseados no
conforto empenho pudor e interaccedilatildeo humana (DREYER ZUNIGAtilde 2005)
A equipe de enfermagem eacute composta de enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e
auxiliares cabendo ao enfermeiro chefiar e discriminar tarefas a toda equipe de
enfermagem melhorar seus conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos para desenvolver
uma melhor assistecircncia Quanto agraves competecircncias do profissional enfermeiro Primo
(2014) afirma em sua pesquisa que compete ao enfermeiro liderar os trabalhos da
31
unidade e executar tarefas descritas responsabilizando-se por um padratildeo ideal de
serviccedilos tais como envolver-se na admissatildeo de pacientes especificar as
complicaccedilotildees relativas a cada deficiecircncia baacutesica afetada criar um programa de
cuidados e conduzir sua execuccedilatildeo proporcionar a educaccedilatildeo em serviccedilo participar
da Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar (CCIH) ou seja do controle de
infecccedilatildeo hospitalar cumprindo normas de serviccedilo elaborar e executar as rotinas e
procedimentos de enfermagem e participar de reuniotildees cliacutenicas
22 INFECCcedilAtildeO HOSPITALAR
Perante a situaccedilatildeo da Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute importante destacar que mediante
a literatura pesquisada o seacuteculo XXI nos demonstra um novo contexto no cuidado agrave
sauacutede em decorrecircncia dos progressos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos logo a
manifestaccedilatildeo de novos agentes infecciosos e de infecccedilotildees que gradativamente
estavam equilibradas Desta forma com os avanccedilos tecnoloacutegicos relacionados aos
procedimentos invasivos procedimentos de diagnoacutesticos e terapecircuticos o
aparecimento dos microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tornaram-se
as infecccedilotildees existentes em UTI um problema de sauacutede puacuteblica para os governantes
e um desafio aos profissionais que atuam na aacuterea (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
Para tanto a Infecccedilatildeo Hospitalar (IH) eacute obtida apoacutes a admissatildeo do cliente que pode
se manifestar no decurso da internaccedilatildeo ou apoacutes a sua alta hospitalar a IH da
mesma forma pode estar relacionada a condutas realizadas no hospital ou pode
estar relacionada agrave internaccedilatildeo hospitalar Diante disso a Organizaccedilatildeo Mundial de
Sauacutede (OMS) define que IH geralmente se relaciona com a flora bacteriana
humana que entra em desequiliacutebrio com os mecanismos de defesa do organismo
em valor da doenccedila dos meacutetodos invasivos e da proximidade com a flora hospitalar
(LINS 2013 FERNANDES 2008)
As IHrsquos em centros de terapia intensiva (CTI) estatildeo associadas primariamente ao
estado cliacutenico dos pacientes ao uso dos procedimentos invasivos como cateter
venoso central (CVC) sonda vesical de demora (SVD) o uso do ventilador
mecacircnico medicamentos imunossupressores internaccedilatildeo por longo tempo
32
ordenamento de colonizaccedilatildeo por microrganismos fortes aplicaccedilatildeo de
antimicrobianos e o respectivo ambiente do CTI que auxilia a escolha natural de
microrganismos (OLIVEIRA 2010)
As taxas de IH em UTI de acordo com Oliveira (2010) diversifica entre 18 e 54
assim sendo de cinco a dez vezes maior que os outras unidades de internaccedilatildeo da
unidade hospitalar sendo portanto responsaacutevel entre 5 a 35 de todas as IHrsquos e
por aproximadamente 90 de todos os surtos ocorrem na UTI Sabemos que no
Brasil infelizmente os dados sobre IH satildeo pouco divulgados Aleacutem disso eacute
importante ressaltar que muitas unidades hospitalares natildeo consolidam os dados de
IH dificultando assim por diversas razotildees o conhecimento da dimensatildeo do
problema no paiacutes (LIMA ANDRADE HAAS 2007)
A pneumonia que estaacute associada com a ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute aquela que
evolui depois de 48 horas de ventilaccedilatildeo mecacircnica A proporccedilatildeo de acontecimento
varia muito alcanccedilando ateacute 397 dos casos por 1000 dias de ventilaccedilatildeo A
mortalidade tambeacutem varia podendo chegar segundo alguns informes ateacute a 70
(BORGES 2012)
Diante do descrito acima eacute importante informar que os dados do NNIS (National
Nosocomial Infections Surveillance System) apontam que as pneumonias somam
aproximadamente 31 de todas as infecccedilotildees em uma UTI Sendo assim as
pneumonias satildeo menos recorrentes que as infecccedilotildees urinaacuterias que chegam ateacute a
35 das infecccedilotildees (OLIVEIRA 2010)
A seguir num levantamento dos relatoacuterios de CCIH feitos por Borges (2012) em sua
pesquisa sobre a taxa mensal da pneumonia quando associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica (p1000 pacdia) verificou-se que a meacutedia da taxa de PAVM de janeiro de
2009 a agosto de 2012 eacute
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(continua)
2009 2010 2011 2012 Janeiro 2400 3540 4870 2760
Fevereiro 2170 2460 1560 2910
33
Quadro 1 - Taxa de PAVM de janeiro de 2009 a agosto de 2012
(conclusatildeo)
2009 2010 2011 2012 Marccedilo 2850 2290 6610 0 Abril 4410 8000 3880 3360 Maio 2970 4340 2510 4690 Junho 10600 2630 2350 2390 Julho 5470 3920 3140 600
Agosto 1550 1600 1950 3730 Setembro 0 2090 625 XXXX Outubro 1720 1930 2280 XXXX
Novembro 980 3270 3630 XXXX Dezembro 730 3360 2330 XXXX
Fonte (BORGES 2012)
23 VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
Em algumas situaccedilotildees a condiccedilatildeo de sauacutede do paciente coloca a vida em elevado
risco de morte e uma das espeacutecies de cliacutenica complexa que acolhe pacientes graves
ou sistematicamente descompensados alternativas para mantecirc-la a internaccedilatildeo na
Unidade de Terapia Intensiva Uma entre as inuacutemeras preocupaccedilotildees em relaccedilatildeo a
esses pacientes eacute a necessidade de uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica que pode causar
por exemplo a pneumonia aleacutem de interferir na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente de
forma negativa (COLACcedilO ROSADO 2011)
Nesta perspectiva eacute importante conhecer e apresentar os principais aspectos da
ventilaccedilatildeo mecacircnica ou seja um processo de respiraccedilatildeo artificial Estudos
enfatizaram que haacute anos a ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) eacute um desafio no campo da
medicina no sentido de ocupar quando necessaacuterio e de forma eficaz o lugar da
respiraccedilatildeo natural como suporte agrave vida Os mesmo estudos destacam que os
experimentos realizados por Vesalius e Hooke em animais com o toacuterax aberto
demonstrou que um dos meios de preservar a vida eacute insuflar os pulmotildees com um
ldquobalatildeo de ar que passa pelos primeiros ventiladores mecacircnicos por pressatildeo
negativa com os pacientes aprisionados no interior de cacircmaras fechadas para
34
manter a ventilaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de forma artificialrdquo (RODRIGUES et al 2012
POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 DOURADO GODOY 2004)
Os autores Carvalho Junior e Franca (2007) dizem em sua pesquisa que a
ventilaccedilatildeo artificial ou mecacircnica (VM) ou que podemos chamar tambeacutem de suporte
ventilatoacuterio se define como um meacutetodo de manutenccedilatildeo para os pacientes em
tratamento da insuficiecircncia respiratoacuteria aguda ou crocircnica agudizada que satildeo
classificadas de duas formas Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva e a ventilaccedilatildeo mecacircnica
natildeo invasiva da suporte as trocas gasosas minimizando o trabalho por parte da
musculatura respiratoacuteria nos eventos de alto requerimento metaboacutelico retornar ou
impedir a fadiga do muacutesculo respiratoacuterio que reduz o consumo de oxigecircnio
diminuindo assim o incocircmodo respiratoacuterio proporcionando a aplicaccedilatildeo de tratamento
especiacutefico
Mas com o passar dos anos com a inserccedilatildeo dos recursos tecnoloacutegicos em todos os
segmentos sociais e com mais ecircnfase na medicina Schwonke (2012) explica que
nos anos 50 em funccedilatildeo da epidemia de poliomielite os centros de atendimento
trajaram novas tecnologias de ventilaccedilatildeo mecacircnica e o uso de ventiladores por
pressatildeo positiva nesse caso os pulmotildees dos pacientes contaminados agrave eacutepoca
eram ventilados manualmente por voluntaacuterios
Natildeo se pode negar que esta teacutecnica em casos de impossibilidade de respiraccedilatildeo
natural funciona tanto que os ventiladores mecacircnicos evoluiacuteram ao longo dos anos
e se transformaram em um recurso constantemente aplicado nos casos de pacientes
graves e este desempenho possibilita novas intervenccedilotildees assistenciais e novas
monitorizaccedilotildees Por conseguinte exatamente em 1950 era o pulmatildeo de accedilo jaacute nos
anos 60 os ventiladores Bird Mark-7 e no ano de 1970 surge o ventilador mecacircnico
volumeacutetrico-Benneti nos anos 80 surgem os ventiladores microprocessados em
1990 surgem as vaacutelvulas mecatrocircnicas e nos anos 2000 enfim chegou a
monitorizaccedilatildeo ventilatoacuteria (SCHWONKE 2012)
35
Figura 1 - Ventilador Mecacircnico
Fonte (FILHO 2010 p 4)
Para os pacientes que satildeo internados numa UTI a ventilaccedilatildeo mecacircnica constitui um
importante mecanismo de suporte agrave vida por ser um tipo de maacutequina que substitui
de maneira total ou parcial a respiraccedilatildeo do paciente cujo propoacutesito eacute ldquorestabelecer o
balanccedilo entre a oferta e a demanda de oxigecircnio aleacutem de diminuir a carga de
trabalho respiratoacuterio dos pacientes com diagnoacutestico de insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
(RODRIGUES et al 2012 p 3)
Portanto eacute importante para o conhecimento informar os tipos de acesso das vias
aeacutereas superiores para que a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva seja feita com sucesso e
que pode ser obtido atraveacutes dos acessos por intubaccedilatildeo orotraqueal (ITO) intubaccedilatildeo
nasotraqueal (INT) cricotireotomia ou traqueostomia A Maacutescara lariacutengea e o
combitubo satildeo os tipos de dispositivos que podem ser utilizados nos pacientes com
acesso de via aeacuterea e ainda a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva que por sua vez pode ser
conduzida com o uso dos dispositivos que natildeo atravessam a traqueia bem como as
como maacutescaras faciais maacutescaras nasais e ou os capacetes (CUNHA 2013)
Um dos fatores que contribuiu para a evoluccedilatildeo dos equipamentos e para
crescimento o uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica segundo Carvalho Toufen e Franccedila
(2007 p 65) foi o surgimento da aacuterea de Terapia Intensiva nos anos 60 tornando o
seu uso rotineiro e auxiliando na recuperaccedilatildeo do paciente contudo ldquomesmo com
este desenvolvimento tecnoloacutegico o prognoacutestico era reservado se tornando uma
preocupaccedilatildeo para os profissionais que atuavam nessas unidades devido agrave alta taxa
de mortalidade dos pacientes com insuficiecircncia respiratoacuteriardquo
Como todo processo e equipamento que se aplica ao tratamento recuperaccedilatildeo e
36
preservaccedilatildeo da sauacutede a ventilaccedilatildeo mecacircnica tem aspectos positivos e negativos
Embora tenha sido utilizada desde como suporte agrave respiraccedilatildeo ainda nos anos de
1950 somente mais de trinta anos depois em 1985 eacute que os efeitos colaterais
negativos causados pelo uso da ventilaccedilatildeo mecacircnica comeccedilaram a aparecer assim
o ldquoconceito de lesatildeo induzida pela ventilaccedilatildeo mecacircnica artificial passou a receber
atenccedilatildeo especial pois se comprovou que a VM inadequada era capaz de lesar as
microestruturas pulmonares e ser deleteacuteria ou ateacute fatal para o pacienterdquo
(NEPOMUCENO RODRIGUES 2012 p 790) 231 Indicaccedilotildees da assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica
Vale ressaltar e entender que de acordo com Dias (2012) a ventilaccedilatildeo mecacircnica
em terapia intensiva pode ser utilizada tanto na sua forma invasiva nos pacientes
que estatildeo intubados e tambeacutem traqueostomizados como em sua forma natildeo
invasiva sendo por meio de maacutescaras Assim para utilizar a VM sabemos que eacute um
procedimento de intubar e de ventilar um paciente deve ser uma decisatildeo feita no
feita no momento certo da necessidade do paciente portanto este procedimento
requer conhecimento e teacutecnica a fim de evitar mortes e morbidade e deve ser feitos
nos paciente sob a anestesia geral e nos paciente em UTI dependentes de cuidados
intensivos
Dias (2012) descreve abaixo as indicaccedilotildees para ventilaccedilatildeo mecacircnica que variam
para diferentes distuacuterbios e raramente satildeo absolutas Em termos praacuteticos e de
alguma forma simplista incluem
A Siacutendrome do desconforto respiratoacuterio (SDR) Pneumonia Asma Doenccedila obstrutiva crocircnica Fraqueza dos muacutesculos respiratoacuterios Trauma toraacutecico Edema pulmonar Ventilaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria eletiva e ex-trauma muacuteltiplo ou choque seacuteptico (DIAS 2012 p 19)
Vejamos abaixo outras indicaccedilotildees de acordo com Carvalho et al (2007) em sua
pesquisa
Reanimaccedilatildeo por motivo de parada cardiorrespiratoacuteria
Hipoventilaccedilatildeo e apneacuteia A elevaccedilatildeo na PaCO2 (com acidose respiratoacuteria) indica que estaacute ocorrendo hipoventilaccedilatildeo alveolar seja de forma aguda como em pacientes com lesotildees no centro respiratoacuterio intoxicaccedilatildeo ou abuso de drogas e na embolia pulmonar ou crocircnica nos pacientes portadores de doenccedilas com limitaccedilatildeo crocircnica ao fluxo aeacutereo em fase de agudizaccedilatildeo e na obesidade moacuterbida
37
(CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Insuficiecircncia respiratoacuteria devido a doenccedila pulmonar intriacutenseca e hipoxemia Diminuiccedilatildeo da PaO2 resultado das alteraccedilotildees da ventilaccedilatildeoperfusatildeo (ateacute sua expressatildeo mais grave o shunt intrapulmonar) A concentraccedilatildeo de hemoglobina (Hb) o deacutebito cardiacuteaco (DC) o conteuacutedo arterial de oxigecircnio (CaO2) e as variaccedilotildees do pH sanguiacuteneo satildeo alguns fatores que devem ser considerados quando se avalia o estado de oxigenaccedilatildeo arterial e sua influecircncia na oxigenaccedilatildeo tecidual (CARVALHO JUNIOR FRANCcedilA 2007 p 56)
Falecircncia mecacircnica do sistema respiratoacuterio
Fraqueza geral do muacutesculo doenccedilas neuromusculares e a paralisia
Controle respiratoacuterio de forma irregular (acidente vascular encefaacutelico
traumatismo craniano intoxicaccedilatildeo exoacutegena e ao excesso das drogas)
232 Modos e paracircmetros de ventilaccedilatildeo
Define-se sistema ventilatoacuterio como meacutetodo pelo qual o ventilador pulmonar
mecacircnico estabelece parcialmente ou totalmente a forma tal como e quando os
ciclos respiratoacuterios mecacircnicos e concedido ao paciente Dessa maneira a
modalidade ventilatoacuteria controla impreterivelmente a forma do padratildeo respiratoacuterio do
paciente dependente a ventilaccedilatildeo mecacircnica e durante toda ventilaccedilatildeo mecacircnica A
literatura refere ainda que haacute uma obrigaccedilatildeo de se ter um consenso ou um padratildeo
internacional sobre ventilaccedilatildeo mecacircnica pois sucede nos dias de hoje uma
nomenclatura e umas definiccedilotildees confusas e que ainda natildeo satildeo normalizadas
(HOLANDA 2014)
Diante da interatividade entre a interface-circuito-ventilador a escolha do ventilador
e do modo ventilatoacuterio eacute determinante e fundamental para o sucesso da Ventilaccedilatildeo
Natildeo Invasiva (VNI) principalmente na fase aguda Ultimamente com o aumento do
conhecimento e da aplicaccedilatildeo da VNI cresceu a preocupaccedilatildeo dos fabricantes dos
ventiladores mecacircnicos no que diz respeito em incluir as funccedilotildees especiacuteficas no que
tange facilitar a aplicaccedilatildeo da teacutecnica que promove o conforto e melhora a sincronia
Todos os modos ventilatoacuterios tecircm as suas vantagens e suas limitaccedilotildees Portanto a
escolha do modo ventilatoacuterio tem como premissa obter o melhor resultado
fisioloacutegico e cliacutenico para o paciente (CRUZ ZAMORA 2013 p 98)
38
Quadro 2- Principais caracteriacutesticas dos modos ventilatoacuterios baacutesicos
Fonte Holanda 2014
O avanccedilo tecnoloacutegico proporciona uma monitoraccedilatildeo da interaccedilatildeo do paciente com o
ventilador que cada vez mais a tecnologia nos ajuda a compreender as dificuldades
que encontramos na estrateacutegia ventilatoacuteria escolhida seja ela de forma invasiva ou
natildeo-invasiva Para termos uma maior evidecircncia e aprimorarmos o conhecimento eacute
de suma importacircncia sabermos diferenciar a ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva da
ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva assim posto esta diferenccedila eacute na VM invasiva
usa-se tipos de proacuteteses traqueal para que a intubaccedilatildeo aconteccedila sendo que a
ventilaccedilatildeo natildeo invasiva usa-se as maacutescaras faciais na sua forma nasal ou facial que
facilita a respiraccedilatildeo do paciente no seu leito (JERRE et al 2007 ANDRADE 2013)
Ainda sobre os modos ventilatoacuterios convencionais e diante da literatura pesquisada
podemos dizer que existem diversos tipos de ventilaccedilatildeo bem como diversos tipos
de variaacuteveis de fases o que chamamos de modo ventilatoacuterio ou melhor modos
ventilatoacuterios Portanto padronizar o sistema de classificaccedilatildeo e a descriccedilatildeo dos
39
modos entendemos que se faz necessaacuterio jaacute que alguns autores relatam uma
definiccedilatildeo confusa para o termo No entanto mantecircm-se muitos modos acessiacuteveis
nos ventiladores com graus diferentes de complexidade tecnoloacutegica contudo os
mais tradicionais satildeo os mais aproveitados no cotidiano da assistecircncia diaacuteria
(HOLFF 2008 CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Modo ventilatoacuterio e suas variaacuteveis descritos abaixo satildeo apresentados por Gonzales
(2013) e Barbas (2013) como
CONTROLE Se manteacutem constante durante a fase inspiratoacuteria podendo ser a
volume ou a pressatildeo
FASE Variaacuteveis de fase (pressatildeo volume fluxo e ou tempo) satildeo mediccedilotildees
utilizadas para iniciar ou terminar alguma da fase do ciclo ventilatoacuterio dessa
forma tais variaacuteveis incluem disparo (abertura vaacutelvula inspiratoacuteria) e ciclagem
(passagem da fase inspiratoacuteria para a expiratoacuteria)
CONDICIONAL Sozinha ou de maneira combinada eacute determinado pelo
ventilador que analisa qual de dois ou mais de dois ciclos ventilatoacuterios seraacute
possiacutevel essa verificaccedilatildeo usualmente e vista em modos convencionais
entendido como modos ventilatoacuterios avanccedilados
Diante do apresentado podemos exprimir que um modo ventilatoacuterio eacute entatildeo uma
combinaccedilatildeo especiacutefica de variaacuteveis de controle fase e condicionais estabelecidas
tanto para ciclos mandatoacuterios quanto para ciclos espontacircneos Dessa maneira satildeo
quatro os modos ventilatoacuterios baacutesicos
1) Ventilaccedilatildeo Mandatoacuteria Controlada (CMV)
2) Ventilaccedilatildeo Assistido-Controlado (AC)
3) Ventilaccedilatildeo de forma Mandatoacuteria intermitente Sincronizada (SIMV) e
4) Ventilaccedilatildeo com a Pressatildeo Positiva e Contiacutenua nas Vias Aeacutereas (CPAP) (HOLANDA [2000])
233 Ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte De acordo com Holff 2008 a ventilaccedilatildeo com pressatildeo suporte (PSV) foi introduzida
nos anos 80 sendo modo ventilatoacuterio simples no entanto requer aparelhos
sofisticados e conhecimento teacutecnico e cliacutenico para seus paracircmetros utilizada
40
ultimamente como modo isolado de ventilaccedilatildeo em 15 dos pacientes em VMI Eacute um
modo ventilatoacuterio parcial auxiliando na ventilaccedilatildeo espontacircnea por meio de pressatildeo
positiva predeterminada e constante durante a inspiraccedilatildeo Sendo portanto um
modo ventilatoacuterio disparado pelo paciente limitado agrave pressatildeo e geralmente ciclado a
fluxo
Dessa forma o volume corrente que ocorre proveacutem do esforccedilo inspiratoacuterio e da
pressatildeo de suporte jaacute preacute-estabelecida e tambeacutem da forma mecacircnica que ocorre no
sistema respiratoacuterio Com isso a desvantagem que ocorre esta modalidade funciona
apenas quando o paciente exibe um drive respiratoacuterio (CARVALHO JUNIOR
FRANCA 2007)
234 Novas modalidades respiratoacuterias Em virtude agrave evoluccedilatildeo e a inclusatildeo que ocorre dos microprocessadores dos
ventiladores mecacircnicos a viabilidade de sofisticar-se os modos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica tornou-se enorme considerando que novos meacutetodos sejam
criados para diminuir as limitaccedilotildees presentes e agregar meacutetodos baacutesicos de
ventilaccedilatildeo mecacircnica Sendo necessaacuterios mais avanccedilos pois ainda existe pouca
clareza quanto agrave efetividade e seguranccedila de alguns desses modos (LUZ 2012
CARVALHO JUNIOR FRANCA 2007)
Existem dois novos modos apresentados recentemente segundo Holff (2008) que
utilizam a pressatildeo diafragmaacutetica e atividade eleacutetrica do diagrama NAVA (neurally
adjusted ventilatory assisted ndash assistecircncia ventilatoacuteria ajustada neuramente)
Portanto as teacutecnicas relacionadas acima satildeo certamente promissoras visto que os
disparos que ocorrem nos modos citados natildeo afetam de certa forma o auto-PEEP
sendo este a diferenccedila positiva que ocorre da pressatildeo alveolar positiva no final da
expiraccedilatildeo e tambeacutem da pressatildeo positiva que ocorre na expiratoacuteria final assim
determina o auto-PEEP
235 Complicaccedilotildees da ventilaccedilatildeo mecacircnica A VM eacute um tratamento e um procedimento artificial utilizado na terapia intensiva
41
sendo eficaz e seguro para promover a troca gasosa pulmonar diante disso os
profissionais da enfermagem requerem cuidados de enfermagem criteriosos tais
como a aspiraccedilatildeo traqueal o controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT
alteraccedilatildeo do decuacutebito realizar transporte seguro para setores do hospital implantar
accedilotildees que previnem complicaccedilotildees como a pneumonia por aspiraccedilatildeo ou por VM
evitar uacutelceras de pressatildeo a extubaccedilatildeo acidental os barotraumas e pneumotoacuterax
como forma de prevenir tais complicaccedilotildees enunciadas (MELO 2014 GOMES et al
2010)
De acordo com a literatura encontrada uma das maiores indicaccedilotildees da VM eacute a
insuficiecircncia respiratoacuteria aguda (IRpA) e o seu uso estaacute completamente associado
agraves complicaccedilotildees existentes como
[] lesatildeo pulmonar microscoacutepica induzida pela ventilaccedilatildeo artificial barotrauma pneumonia com associaccedilatildeo agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica lesatildeo de via aeacuterea fraqueza da musculatura respiratoacuteria e comprometimento gastrointestinal e cardiovascular Tambeacutem o suporte ventilatoacuterio prolongado pode elevar a possibilidade dessas complicaccedilotildees e dessa mesma forma a retirada prematura da intubaccedilatildeo que pode levar agrave reintubaccedilatildeo aumentando o risco de morbidade e mortalidade bem como ao aumento do tempo de internaccedilatildeo na UTI (GOLDWASSER 2007 p 133)
Nemer e Barbas (2011) citam em uma pesquisa outras complicaccedilotildees associadas agrave
VM prolongada O desmame deve ser feito o mais breve possiacutevel afim de se evitar
problemas tais como disfunccedilatildeo diafragmaacutetica induzida pela VM polineuropatia do
doente criacutetico entre outras Portanto para evitar essas e outras complicaccedilotildees o
desmame da VM deve ser feito o mais breve possiacutevel
Discorreremos a seguir as principais complicaccedilotildees associadas agrave VM encontradas
na literatura pesquisada segundo Faraco (2013) Carvalho Junior Franca (2007)
Deacutebito Cardiacuteaco diminuiacutedo Sabemos que o Deacutebito cardiacuteaco eacute o volume ou a
frequecircncia de sangue bombeado pelo coraccedilatildeo em um minuto para tanto o deacutebito
cardiacuteaco diminuiacutedo eacute quando este bombeamento cardiacuteaco natildeo ocorre da forma
correta dentro de um minuto no entanto com relaccedilatildeo em pacientes com VM com
distensatildeo pulmonar ocorre a pressatildeo positiva acrescentada com a pressatildeo
intratoraacutecica prejudicando o retorno venoso principalmente quando eacute utilizado o
PEEP
Alcalose Respiratoacuteria Aguda Eacute um fato que ocorre dificultando a oxigenaccedilatildeo
42
cerebral alteraccedilatildeo do ritmo cardiacuteaco prejudicando o desmame de forma
concomitante Tambeacutem o momento da falta de ar secundaacuteria inquietaccedilatildeo ou dor o
aumento de ar que ocorre no alveacuteolo que resulta de uma regulagem de forma natildeo
adequada do ventilador e pelo fato de ser alterado pelos acertos da frequecircncia
respiratoacuteria do volume corrente de acordo que propotildee as exigecircncias do paciente
Com isso ocorre o aumento da pressatildeo intracraniana (PIC) onde o fluxo sanguiacuteneo
do ceacuterebro fica prejudicado pois a VM exerce pressatildeo positiva sob a pressatildeo
intracraniana aumentada isso ocorre de fato quando se utiliza o PEEP elevado
diminuindo o retorno venoso e aumentando a PIC
Meteorismo (Distensatildeo Gaacutestrica Maciccedila) Os pacientes que estatildeo sob a
ventilaccedilatildeo artificial ainda mais aqueles pacientes que decorre com baixa toleracircncia
no pulmatildeo-toacuterax podendo apresentar alongamento intestinal ou distensatildeo gasosa
gaacutestrica Isto previsivelmente pode ocorrer quando o vazamento do gaacutes em volta do
tubo endotraqueal ultrapassa o esfiacutencter esofaacutegico inferior Problema este que pode
ser resolvido e ateacute amenizado pela introduccedilatildeo de uma sonda nasogaacutestrica ou com o
ajuste da pressatildeo do balonete
Pneumonia Rotinas de troca implementadas no setor e os cuidados com os
circuitos e com os nebulizadores e tambeacutem desinfecccedilatildeo e esterilizaccedilatildeo adequada
de alto niacutevel dos mesmos com diminuiccedilatildeo da incidecircncia de complicaccedilotildees Os
nebulizadores pequenos para administrar broncodilatadores e ateacute outras
medicaccedilotildees satildeo fontes de infecccedilatildeo quando natildeo satildeo manuseados corretamente de
forma esteacuteril adequadamente Assim o condensado que se acumula no circuito
expiratoacuterio se contamina pelos microrganismos por vias respiratoacuterias do paciente
que tambeacutem se natildeo for manuseado de forma correta pode de fonte de infecccedilatildeo
nosocomial Tambeacutem a lavagem das matildeos de forma adequada diminui infecccedilatildeo
Atelectasia A atelectasia e suas causas estatildeo associadas com a ventilaccedilatildeo
mecacircnica e tambeacutem referente a intubaccedilatildeo programada ou seletiva A atelectasia
tambeacutem esta associada a presenccedila de secreccedilatildeo secreccedilotildees espessas existentes no
tubo traqueal e nas vias aeacutereas e da hipoventilaccedilatildeo alveolar
Barotrauma O ar extra-alveolar traduzem situaccedilotildees como pneumotoacuterax
pneumomediastino e tambeacutem de enfisema intercutacircneo A pressatildeo e o volume
corrente de forma elevado ficam relacionados ao barotrauma nos pacientes com
43
ventilaccedilatildeo mecacircnica
Fiacutestula Broncopleural No suceder da ventilaccedilatildeo mecacircnica a fuga broncopleural
contiacutenua de ar ou a fiacutestula broncopleural (FBP) pode advir agrave ruptura alveolar
espontacircnea ou correspondente a laceraccedilatildeo direta da pleura visceral Com isso a
introduccedilatildeo de um sistema de drenagem deixado ao dreno de toacuterax (Sistema de
aspiraccedilatildeo contiacutenua) faz com que o gradiente de pressatildeo aumente cada vez mais
atraveacutes do sistema e pode aumentar o vazamento particularmente se o pulmatildeo natildeo
expandir perfeitamente
A frequecircncia de desenvolvimento de FBP eacute desconhecida como complicaccedilatildeo direta
da VM Estudo aborda e demonstra a heterogeneidade de formato padratildeo de dano
pulmonar que ocorre na siacutendrome da anguacutestia respiratoacuteria do adulto (SARA) dessa
forma a antiga noccedilatildeo reforccedila que o barotrauma pode ser mais uma doenccedila que se
manifesta do que de seu tratamento mesmo quando ocorre de forma tardia na
evoluccedilatildeo da siacutendrome e da existecircncia de sepse
Lesotildees de Pele eou laacutebios (TOT TNT e TQT) As ulceraccedilotildees de pele e dos laacutebios
sucede devido agrave forma da fixaccedilatildeo do tubo orotraquel todavia do tipo de material
utilizado como esparadrapo e agrave falta de movimentaccedilatildeo da cacircnula nos intervalos de
tempos regulares
Lesotildees Traqueais As lesotildees da traqueia satildeo lesotildees que provocadas pelos fatores
como o aumento da pressatildeo do cuff ou do tracionamento dos TOT ou TQT Por
pressotildees aumentadas do balonete que assim levam agrave menor quantidade de
atividade do epiteacutelio ciliado da diminuiccedilatildeo ou suspensatildeo do sangue (isquemia) e da
necrose ateacute fiacutestulas traqueais
Granuloma Eacute um tecido de granulaccedilatildeo benigno Eacute uma lesatildeo que se prolifera e se
estabelece em torno das cordas vocais levando a rouquidatildeo ou afonia se
caracteriza de forma esbranquiccedilada amarela ou vermelha Sua forma eacute
arrendondada bilobada ou multibolada
236 Desmame ventilatoacuterio
44
Saber o momento certo da interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica a qual chamamos de
extubaccedilatildeo pode ateacute ser considerada uma maneira simples nos casos em que
pacientes que se despertam depois de um procedimento com anesteacutesico mas pode
ser bastante difiacutecil e complicado nos pacientes que estatildeo sob a ventilaccedilatildeo mecacircnica
haacute vaacuterios dias ou ateacute por vaacuterias semanas Nesse uacuteltimo caso precisamos lanccedilar
matildeo de alguns criteacuterios para nos certificarmos de que eacute o momento cabiacutevel para a
retirada pois do contraacuterio a reintubaccedilatildeo que ocorre nas primeiras 48 horas sendo
de forma precoce e definida como falha na extubaccedilatildeo (CUNHA 2013)
Portanto a retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute um procedimento ou uma tomada de
decisatildeo importantiacutessima na terapia intensiva pois a forma e a utilizaccedilatildeo dos vaacuterios
termos para definir este processo da retirada da VM pode se tornar difiacutecil no que
tange a avaliaccedilatildeo da sua duraccedilatildeo dos diferentes modos dos protocolos e do
prognoacutestico existente O desmame eacute um processo de substituiccedilatildeo que ocorre da
ventilaccedilatildeo artificial para a espontacircnea nos pacientes que continuam na ventilaccedilatildeo
mecacircnica invasiva por tempo maior que 24 horas O Quadro 3 identifica alguns
criteacuterios que podem ser consideraacuteveis de um paciente apto ao desmame (NEMER
BARBAS 2011)
Quadro 3 - Criteacuterios cliacutenicos para considerar o paciente apto ao desmame
Criteacuterios cliacutenicos para o desmame
Motivo do iniacutecio da ventilaccedilatildeo mecacircnica solucionado ou amenizado Paciente sem hipersecreccedilatildeo (necessidade de aspiraccedilatildeo superior a 2h) Tosse eficaz (pico de fluxo expiratoacuterio gt 160 Lmin) Hemoglobina gt 8-10 gdl Adequada oxigenaccedilatildeo (PaO2FiO2 gt 150 mmHg ou SaO2 gt 90 com FiO2 lt 05) Temperatura corporal lt 385-390degC Sem dependecircncia de sedativos Sem dependecircncia de agentes vasopressores (Ex dopamina lt 5 μg Kgˉsup1 minˉsup1) Ausecircncia de acidose (pH entre 735 e 745) Ausecircncia de distuacuterbios eletroliacuteticos Adequado balanccedilo hiacutedrico
Fonte (NEMER BARBAS 2011 p25)
Para aprimorar o conhecimento eacute importante ressaltar que o processo de desmame
do sistema ventilatoacuterio eacute possiacutevel de complicaccedilotildees tais como
O adiamento desnecessaacuterio da extubaccedilatildeo traqueal ateacute a ocorrecircncia do risco de complicaccedilatildeo secundaacuteria pela extubaccedilatildeo precoce e a necessidade de
45
reintubaccedilatildeo do paciente Portanto as diretrizes baseadas em evidecircncias recomendam a realizaccedilatildeo do teste de respiraccedilatildeo espontacircnea ou da retirada progressiva realizada antes da extubaccedilatildeo a fim de fornecer informaccedilotildees sobre a capacidade respiratoacuteria do paciente Entre as mais estudadas estatildeo agrave ventilaccedilatildeo mandatoacuteria intermitente (SIMV) a pressatildeo de suporte (PSV) e o tudo T (TT) (PEREIRA et al 2013 p506)
24 PNEUMONIA ASSOCIADA COM A VENTILACcedilAtildeO MECAcircNICA
241 Definiccedilatildeo e diagnoacutestico
A pneumonia pode ser compreendida de duas formas tais como precoce ou tardia
a primeira ocorre ateacute 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal e instalaccedilatildeo da VM tem
um melhor prognoacutestico normalmente ocasionada por bacteacuterias sensiacutevel a
antibioacuteticos e a outra se manifesta apoacutes 96 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e
inicio da VM tendo essa com maior possibilidade da causa ser atraveacutes de bacteacuterias
multirresistentes aumentando a permanecircncia hospitalar a mortalidade e a
morbidade (FREIRE FARIAS RAMOS 2006 BORGES 2012)
A pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica (PAVM) eacute a infecccedilatildeo nosocomial mais comum no ambiente de cuidados intensivos Tem prevalecircncia variaacutevel com taxas desde 6 ateacute 50 casos por 100 admissotildees na unidade de terapia intensiva (UTI)(12) Tal variabilidade se deve principalmente a dois aspectos a presenccedila de diferentes case-mix em diferentes unidades avaliadas na literatura e a inexistecircncia de criteacuterios diagnoacutesticos precisos que permitam um diagnoacutestico operacional acurado tornando a subjetividade um aspecto importante na definiccedilatildeo dos casos e nas decisotildees terapecircuticas(3) Vaacuterios estudos demonstram que a incidecircncia dessa infecccedilatildeo aumenta com a duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3 por dia durante os primeiros 5 dias de ventilaccedilatildeo (DALMORA et al 2013 p81)
Quanto ao tipo de Pneumonia por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica eacute o tipo hospitalar que
acomete os pulmotildees causada por bacteacuterias gram-negativas viacuterus ou fungos em
pacientes em VM por mais de 48 horas apoacutes intubaccedilatildeo endotraqueal (POMBO
ALMEIDA RODRIGUES 2010)
Diante disso no acircmbito da literatura haacute conflitos em relaccedilatildeo ao diagnoacutestico cliacutenico
da PAVM em funccedilatildeo da dificuldade de ser feito um diagnoacutestico diferencial com
infecccedilotildees de vias respiratoacuterias inferiores como traqueobronquites Aleacutem disto outras
doenccedilas apresentam caracteriacutesticas semelhantes como por exemplo a
tromboembolia pulmonar a atelectasia o dano alveolar difuso o edema pulmonar e
46
a toxicidade por faacutermacos e hemorragia alveolar (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al
2007 SELIGMAN et al 2006)
ldquoAinda eacute realizada a coleta do material das vias aeacutereas e alveacuteolos teacutecnica de
broncoscopias e natildeo-broncoscoacutepicas para realizaccedilatildeo de culturas e se ter o
diagnoacutesticordquo (SELIGMAN et al 2006 p 341)
Esses procedimentos satildeo testes executados em pacientes que carecem da VM
prolongada que oferece um resultado precoce e especifico para VM No modelo natildeo
broncoscoacutepio e realizado um aspirado traqueal quantitativo (QEA) no broncoscoacutepio
o escovado protegido (PSB) ou lavado alveolar (BAL) satildeo ferramentas mais
minuciosas para identificaccedilatildeo de PAVM seguro o exame tecidual direto (VIEIRA
2009 LIMA 2007 MATURANA 2011)
Segundo Oliveira e Pombo Almeida Rodrigues (2010) a suspeita de que o
paciente estaacute desenvolvendo uma PAVM eacute quando estaacute em evidecircncia o infiltrado
pulmonar novo ou progressivo agrave radiografia de toacuterax (presente mais que 48 horas)
associado agrave presenccedila de febre leucocitose ou leucopenia ou secreccedilatildeo brocircnquica
purulenta
Neste sentido eacute importante destacar a classificaccedilatildeo e o local de ocorrecircncia dos
diferentes tipos de pneumonia conforme descrito no quadro 4
Quadro 4 ndash Classificaccedilatildeo e locais de ocorrecircncia da PAVM Classificaccedilatildeo Local de ocorrecircncia Pneumonia Comunitaacuteria
Ocorre fora do hospital em pacientes sem fatores de risco para pneumonia associada aos cuidados de sauacutede
Pneumonia associada ao cuidado em sauacutede
Ocorre em pacientes que tem sua residecircncia nos asilos ou satildeo admitidos e ou tratados em sistema de internaccedilatildeo domiciliar pacientes que receberam medicamentos antimicrobianos por via endovenosa ou quimioterapia nos 30 dias anterior agrave infecccedilatildeo clientes em tratamento renal de substituiccedilatildeo e aqueles que foram internados com risco iminente de morte por dois ou mais dias nos uacuteltimos 90 dias de infecccedilatildeo
Pneumonia hospitalar
Ocorre apoacutes 48 horas de admissatildeo hospitalar eacute precoce quando ocorre ate 96 horas de internaccedilatildeo e tardia apoacutes 96 de hospitalizaccedilatildeo
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Surge apoacutes 48 a 72 horas da intubaccedilatildeo endotraqueal e a introduccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica (VM) invasiva Tambeacutem e classificada como precoce e tardia eacute precoce quando ocorre ate 96 horas apoacutes intubaccedilatildeo e VM tardia apoacutes 96 da intubaccedilatildeo e VM
Traqueobronquite Hospitalar
Descreve pelo aparecimento de sinais de pneumonia sem diagnoacutestico de opacidade radioloacutegica nova ou gradual desconsiderando outras possibilidades de anaacutelises que seja capaz de comprovar tais sintomas sobretudo febre
Fonte (VIEIRA 2009 TEIXEIRA et al 2007)
47
Percebe-se pela classificaccedilatildeo apresentada por Teixeira e outros (2007) que cada
tipo de pneumologia tem caracteriacutesticas especiacuteficas e no caso da hospitalar O
tempo miacutenimo de ocorrecircncia varia entre 48 e 72 horas e em se tratando da PAVM o
prazo eacute mesmo a contar da intubaccedilatildeo endotraqueal ou seja ventilaccedilatildeo mecacircnica
invasiva
Os fatores de riscos relacionados agrave pneumonia se classificam em modificaacuteveis
aqueles cujas medidas podem ser realizadas com implementaccedilatildeo das praacuteticas para
a prevenccedilatildeo e o controle da IH (limpeza das matildeos vigilacircncia epidemioloacutegica uso
racional de antimicrobianos) nuacutemero adequados de profissionais na assistecircncia ao
paciente confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo de protocolos sobre desmame ventilatoacuterio e natildeo
modificaacuteveis aqueles que satildeo inerentes ao hospedeiro (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PNEUMONIA E TISIOLOGIA 2007)
Com relaccedilatildeo ao microrganismo associado aacute pneumonia hospitalar tecircm-se bacilos
gram-negativos (Pseudomonas aeruginosas Proteus spp Acinetobacter spp) e
Staphylococcus aureus A microbiota pode variar dependendo do tempo e
internaccedilatildeo na UTI o uso de VM antimicrobianos e a sensibilidade do hospedeiro
(SELIGMAN 2013 AMARAL 2009)
Ainda assim Gomes (2014 p 11) descreve os agentes mais envolvidos na PAH que
satildeo
Enterobacteriaceae Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus Entre as bacteacuterias multirresistentes destacam-se Staphylococcus aureus meticilinorresistente Pseudomonas aeruginosas Acinetobacter crsquoalcoaceticus baumannii Stenotrophomonas maltophilia dentre outras
O risco de infecccedilatildeo aumenta mais ainda em torno de 86 dos casos de pneumonia
(PNM) hospitalar quando satildeo associados agrave VM A prevalecircncia citada eacute de 205 a
344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em
pacientes natildeo ventilados
Aleacutem disso a patogecircnese da PNM estaacute inteiramente ligada aos cuidados prestados
na UTI compreende ldquoa relaccedilatildeo de patoacutegeno hospedeiro e variaacuteveis epidemioloacutegicas
que facilitam esta dinacircmica dessa forma vaacuterios mecanismos existentes contribuem
para a infecccedilatildeo ditardquo (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 p
11)
48
Diante do exposto vale ressaltar que diante da literatura pesquisada que o
desenvolvimento da PAVM eacute decorrente de aspiraccedilatildeo se secreccedilotildees da orofaringe
condensado gerado no circuito do ventilador mecacircnico ou conteuacutedo gaacutestrico
colonizado por microorganismos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E
TISIOLOGIA 2007)
As informaccedilotildees citadas acima satildeo de fato importantes pois elevam agrave discussatildeo de
outro ponto relevante em relaccedilatildeo agrave PAVM a sua fisiopatologia 242 Fisiopatologia Eacute essencial o entendimento da patogecircnese da PAVM para se estabelecer os
cuidados de prevenccedilatildeo (VIEIRA 2009 BORGES 2012) A seguir descreve-se o
mecanismo de defesa na prevenccedilatildeo da infecccedilatildeo respiratoacuteria no hospedeiro
Habitualmente as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo satildeo colonizados por
bacteacuterias Contudo as vias aeacutereas inferiores satildeo habitualmente esteacutereis a menos
que a pessoa tenha bronquite crocircnica ou sofrido manipulaccedilatildeo das suas vias aeacutereas
respiratoacuterias (VIEIRA 2009 GOMES 2014 AGENCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
Estudos mostram que 50 dos adultos aspiram agrave noite mas raramente
desenvolvem pneumonia Para desencadear uma pneumonia os patoacutegenos
necessitam chegar agraves vias aeacutereas inferiores e sobressair sobre os mecanismos de
defesa do aparelho respiratoacuterio Os maiores mecanismos de defesa envolvem as
barreiras anatocircmicas das vias aeacutereas o reflexo gloacutetico e da tosse e o sistema de
transporte mucociliar O transporte mucociliar tem uma significativa atribuiccedilatildeo nas
vias aeacutereas superiores na retirada de partiacuteculas inaladas e de microacutebios que ganham
alcance a aacutervore brocircnquica (GOMES 2014 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009)
A limpeza mucociliar eacute um meacutetodo composto que depende do movimento mucociliar
por meio de uma tosse eficaz Inferiormente dos bronquiacuteolos terminais os sistemas
imunes humorais e celulares satildeo elementos essenciais para a defesa do hospedeiro
Os linfoacutecitos e os macroacutefagos alveolares retiram materiais particulados e patoacutegenos
criando dessa forma as citoquinas para reforccedilar a resposta do sistema celular imune
49
que atuam como ceacutelulas antigecircnicas que ativam o braccedilo humoral da imunidade e
favorece a fagocitose (BERALDO 2008 TEIXEIRA et al 2007 GOMES 2014)
Satildeo inuacutemeros fatores que comprometem as defesas do Paciente em VM como
doenccedila criacutetica comorbidades sistema de defesa imune comprometida pela maacute
nutriccedilatildeo e intubaccedilatildeo traqueal a qual impede o reflexo de tosse compromete a
limpeza mucociliar traumatizando a superfiacutecie epitelial traqueal de certa forma
promovendo um meio direto e de faacutecil alcance das vias aeacutereas superiores para as
inferiores (AMARAL 2006 MORAIS 2006)
Os procedimentos de dispositivos invasivos e de terapecircutica antimicrobiana firmam
um ambiente favoraacutevel para os patoacutegenos hospitalares resistentes aos antibioacuteticos
colonizarem as vias aeacutereas superiores e o trato digestivo Essa combinaccedilatildeo
comprometem a defesa do hospedeiro e a exibiccedilatildeo contiacutenua das vias aeacutereas
inferiores e amplo nuacutemero de patoacutegenos por meio do tubo endotraqueal como
mostra a Figura 2 que evidencia o paciente em VM ao risco de desenvolver PAVM
(VIEIRA 2009 GADELHA ARAUacuteJO 2011)
Um dos pontos criacuteticos eacute a secreccedilatildeo que se concentra sobre o balonete do tubo
endotraqueal vinda da orofaringe que satildeo possiacuteveis reservatoacuterios formados nas
cavidades sinusais e do sistema digestivo superior Outro ponto eacute a presenccedila do
biolfilme dentro do tubo traqueal com contaminaccedilatildeo de bacteacuterias ldquoOutra fonte satildeo
os aerossoacuteis contaminados nas nebulizaccedilotildees e nos circuitos de ventilaccedilatildeo Natildeo
deve ser desprezada a translocaccedilatildeo bacteriana via trato intestinal na corrente
sanguiacuteneardquo (MATURANA 2011 p12)
Figura 2 ndash Pontos criacuteticos da secreccedilatildeo
Fonte (VIEIRA 2009)
50
A Figura 2 mostra como se formam os pontos criacuteticos decorrentes do acuacutemulo de
secreccedilatildeo acima do balonete A infecccedilatildeo pode ocorrer em qualquer etapa do
tratamento assim eacute preciso descrever a incidecircncia em pacientes internados na UTI
243 Fatores de risco
De acordo com Gomes (2014) o principal fator de risco para se adquirir a
pneumonia hospitalar eacute atraveacutes da ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva onde este risco se
eleva de 4 a 20 vezes por cada dia de VM invasiva Esta pneumonia com pacientes
em VM ocorre devido agrave colonizaccedilatildeo de patoacutegenos da orofaringe ocasionada pela
aspiraccedilatildeo no tubo traqueal Abaixo no quadro 5 mostraremos outros fatores de
risco que podem ocasionar esta infecccedilatildeo agrupadas em grupos
Quadro 5 - Fatores de risco para aquisiccedilatildeo de pneumonia associada agrave assistecircncia
agrave sauacutede Fatores que aumentam a colonizaccedilatildeo da orofaringe ou do estocircmago por microrganismos
Uso preacutevio de antibioacuteticos Presenccedila de doenccedila pulmonar crocircnica Permanecircncia numa Terapia Intensiva Contaminaccedilatildeo do circuito do ventilador
Condiccedilotildees que favorecem a aspiraccedilatildeo do trato respiratoacuterio ou refluxo do trato gastrintestinal
Intubaccedilatildeo orotraqueal Re-intubaccedilotildees Traqueostomia Utilizaccedilatildeo de sonda naso-enteacuterica Posiccedilatildeo supina (decuacutebito abaixo de 30ordm) Rebaixamento do niacutevel de consciecircncia Reduccedilatildeo do reflexo de tosse Procedimentos ciruacutergicos envolvendo a cabeccedila pescoccedilo toacuterax e abdome superior Imobilizaccedilatildeo Duraccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica Uso de antiaacutecidos ou antagonistas H2
Fatores do hospedeiro Sexo masculino Idade superior a 60 anos Desnutriccedilatildeo Imunossupressatildeo Paciente queimado Gravidade da doenccedila de base Imunossupressatildeo
Fonte (BRASIL 2014 p10)
Desta forma podemos trabalhar na prevenccedilatildeo principalmente com os fatores de
risco que podemos modificar segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (2014) como mostra o
quadro 6
51
Quadro 6 Prevenccedilatildeo para pneumonia cabeceira da cama do paciente deve estar elevada entre 30 e 45 graus prevenindo a infecccedilatildeo Checar a sedaccedilatildeo rotineiramente no intuito de sempre diminuir quando possiacutevel e que natildeo tenha risco para o paciente A aspiraccedilatildeo da subgloacutetica deve ocorrer sempre acima do balonete prevenindo riscos Realizar rotineiramente a higiene bucaloral com antisseacutepticos padronizados como a clorexidina prevenindo infecccedilotildees
Fonte (BRASIL 2014)
244 Incidecircncia
A infecccedilatildeo eacute a maior complicaccedilatildeo dos pacientes internados principalmente aqueles
doentes graves que necessitam de terapia intensiva A PAVM eacute uma das infecccedilotildees
mais recorrentes na UTI e por meio dela ocorre um elevado nuacutemero na taxa de
mortalidade de permanecircncia hospitalar e de custos para a instituiccedilatildeo (GUIMARAtildeES
ROCCO 2006 AMARAL CORTES PIRES 2009 SILVA NASCIMENTO SALLES
2014)
A incidecircncia da PAVM nas literaturas varia bastante Podendo ocorrer desta forma
em funccedilatildeo das diferentes interpretaccedilotildees ou mecanismo que eacute feito o diagnoacutestico
diferencial com infecccedilotildees do trato respiratoacuterio inferior como traqueobronquites As
taxas variam conforme a definiccedilatildeo da pneumonia e da populaccedilatildeo que sendo
investigada Nas diretrizes da American Thoracic Society ndash Infectious Disease
Society of America - ATSIDSA (2005) o diagnoacutestico de PAVM eacute duas vezes maior
que as culturas qualitativas ou semi-qualitativas que nas culturas quantitativas de
exame de secreccedilotildees das vias aeacutereas inferiores (RODRIGUES et al 2012 VIEIRA
2009)
A PAVM ocorre em 9 a 27 de todos os pacientes intubados e sua ocorrecircncia
estaacute relacionada com o tempo de VM (VIEIRA 2009 GOMES 2014) O aumento e
mais evidente nos trecircs primeiros dias 3 por dia com duraccedilatildeo nos cinco primeiros
dias 2 ao dia entre o 5ordm e 10ordm dia 1 ao dia apoacutes o 10ordm dia O risco de PAVM eacute
de fato maior nos primeiros quatro dias de VM quando a metade de todos os
acontecimentos de PAVM ocorre pois o tempo de VM da maioria dos casos eacute curto
(BUSTAMANTE 2011 GONCcedilALVES 2012 GOMES 2014)
Conforme estudos brasileiros as taxas de IH apresentadas variam de 20 a 40
52
(VIEIRA 2009 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009 GOMES
2014) Essa variaccedilatildeo de taxas mostra que haacute natildeo soacute no Brasil mas em todo
mundo tanto a dificuldade do diagnoacutestico como a necessidade de um olhar mais
desenvolvido para essa questatildeo A dimensatildeo desse problema e muito extensa pela
quantidade em nuacutemeros de eventos que podem ser evitados e pesquisas devem ser
feitas em busca de cuidados nos variados efeitos adversos Para aumentar a
seguranccedila do paciente e a qualidade nos serviccedilos de sauacutede eacute preciso implantar a
prevenccedilatildeo na praacutetica diaacuteria (DUARTE et al 2015)
De acordo com a Agecircncia Nacional De Vigilacircncia Sanitaacuteria (2009) ocorrem por ano
de 5 a 10 ocorrecircncias de PNM relacionados agrave assistecircncia agrave sauacutede por 1000
admissotildees Em 2008 a incidecircncia da PAVM nas UTIs cliacutenicas e ciruacutergicas dos
hospitais de ensino dos EUA foram de 23 casos por 1000 dias de uso do
ventilador e nas UTIs coronarianas foi 12 casos por 1000 dias de uso de
ventilador Jaacute na Ameacuterica Latina e no Brasil estudos demonstram que a incidecircncia
de PAVM para cada 100 dias de VM difere de 13 a 80 ou 26 a 62 casos com
mortalidade entre 20 a 75
Outros estudos mostram que a PNM eacute a segunda principal infecccedilatildeo associada agrave VM eacute a infecccedilatildeo que mais ocorre nos pacientes internados em UTI sendo que sua incidecircncia pode variar de 9 a 68 Aleacutem disso 86 dos casos de PNM hospitalar estatildeo associados agrave VM Por outro lado de 9 a 27 dos pacientes em ventilaccedilatildeo desenvolvem a PNM Sendo sua prevalecircncia de 205 a 344 casos de PNM por 1000 dias de VM e de 32 casos por 1000 dias em pacientes natildeo ventilados Haacute uma variaccedilatildeo de 10 a 50 dos pacientes intubados que podem desenvolver PNM com risco aproximado de 1 a 3 por dia de IOT e VM (GOMES 2014 p 107 )
O manual do trato respiratoacuterio da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2010)
diz respeito a acontecimentos nacionais de PAV tende a ser mais alta do que o
considerado visto que natildeo comunicados nacionais por ausecircncia de dados de forma
organizada e padronizada em todos os estados As taxas da pneumonia mudam
conforme o paciente e os meios de diagnoacutesticos disponiacuteveis perante a descriccedilatildeo
dos clientes atendidos nuacutemeros assistenciais de qualidade e aplicaccedilotildees na
educaccedilatildeo contiacutenua dos profissionais (VASCONCELOS 2015)
Dados do Ministeacuterio da Sauacutede atribuem a incidecircncia desta infecccedilatildeo ao tempo de
permanecircncia na ventilaccedilatildeo mecacircnica Portanto existem quatro fatores de risco da
PAV agrupados em quatro categorias que veremos descritas abaixo que assim
foram definidas pelo Ministeacuterio da sauacutede o uso prolongado contiacutenuo da ventilaccedilatildeo
53
mecacircnica por muito tempo fazendo com que os aparelhos e ou as matildeos dos
profissionais de sauacutede estejam cataminados causando uma condiccedilatildeo de risco para
a infecccedilatildeo o refluxo gastrointestinal e a aspiraccedilatildeo endotraqueal satildeo formas e
condiccedilotildees que predispotildeem a risco para infecccedilatildeo devido agrave colonizaccedilatildeo dos
microorganismos que podem existir no estocircmago e na orofaringe a idade do
paciente bem como a desnutriccedilatildeo doenccedilas de base e imunidade diminuiacuteda
predispotildee a infecccedilatildeo (BRASIL 2010b VASCONCELOS 2015)
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM ASSISTEcircNCIA
VENTILATOacuteRIA
Em 2012 foi publicada a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada (RDC) nuacutemero 26 que
dispotildee sobre os quesitos miacutenimos para o funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva com nuacutemero dos recursos humanos determina no seu Artigo 14 a
quantidade de um Enfermeiro que presta assistecircncia para cada 10 (dez) leitos em
cada turno e no miacutenimo 1 (um) Teacutecnico de Enfermagem para cada 2 (dois) leitos em
cada plantatildeo eou turno com isto nota-se que haacute um ocircnus de trabalho para o
profissional o que por sua vez impossibilita de prestar o cuidado individualizado e
especifico (BRASIL 2012)
Dentre os cuidados diaacuterios primordiais primeiramente o enfermeiro deve higienizar
as matildeos antes e apoacutes a manipulaccedilatildeo do aparelho de VM a fim de evitar infecccedilatildeo
respiratoacuteria
A enfermagem exerce primordial papel na instalaccedilatildeo e ajuste do ventilador eacute papel do enfermeiro testar o ventilador antes de iniciar a terapecircutica do paciente bem como conectar o aparelho a rede eleacutetrica e as saiacutedas de oxigecircnio e ar comprimido (OLIVEIRA MARQUES 2007 p 64)
A enfermagem realiza uma funccedilatildeo primordial no processo de avaliaccedilatildeo do paciente
em VM Dessa forma no momento que a avaliaccedilatildeo com enfacircse no sistema
neuroloacutegico o grau de consciecircncia e orientaccedilatildeo no tempo e no espaccedilo padrotildees para
iniciar o processo de desmame da proacutetese ventilatoacuteria (ANDRADE 2013)
Oliveira e Marques (2007 p 64) retratam com detalhes os cuidados essenciais aos
pacientes submetidos a VI
54
O enfermeiro deve estabelecer meios de comunicaccedilatildeo alternativos com os pacientes avaliar diariamente a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo avaliar altos e baixos picos de pressatildeo proteger pele e face nos locais de maior pressatildeo do cadarccedilo de fixaccedilatildeo evitar traccedilatildeo da cacircnula por meio de utilizaccedilatildeo de dispositivos do circuito respiratoacuterio acompanhar a realizaccedilatildeo de exames no leito por outros profissionais realizar ausculta pulmonar e avaliar o uso de musculatura acessoacuteria realizar aspiraccedilatildeo traqueal avaliando a caracteriacutestica da mesma manter mecanismos de monitorizaccedilatildeo invasiva e natildeo invasiva trocar circuitos a cada 15 dias conforme protocolo do CDC (Center for Disease Control and Prevention) e identificar sinais de infecccedilatildeo (leucocitose hipertermia e bastonetes acima de 10 no hemograma)
Outro autor ressalta em sua pesquisa sobre os cuidados de enfermagem criteriosos
aos pacientes com VM tais como
Aspiraccedilatildeo traqueal controle da pressatildeo do balatildeo (cuff) do TOT ou TQT mudanccedila de decuacutebito transporte seguro de pacientes para outras unidades do hospital accedilotildees para a prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees como pneumonia por aspiraccedilatildeo ou associada agrave ventilaccedilatildeo uacutelceras por pressatildeo extubaccedilatildeo acidental barotraumas e pneumotoacuterax (MELO et al 2014 p 58)
A fim de se ter um resultado favoraacutevel positivo para os pacientes em ventilaccedilatildeo
mecacircnica existem vaacuterios fatores que interferem neste resultado satisfatoacuterio entre
eles estatildeo entender e compreender o que eacute a ventilaccedilatildeo mecacircnica bem como seus
princiacutepios e sua manutenccedilatildeo eacute de extrema importacircncia a comunicaccedilatildeo entre a
equipe para um cuidado pleno baseado nas necessidades do paciente As metas da
terapia os protocolos de desmame todos devem estar alinhados com relaccedilatildeo a
qualquer alteraccedilatildeo feita no cuidado pertinente e nos procedimentos para com o
paciente (MELO et al 2014 RODRIGUES et al 2012)
O enfermeiro no centro do cuidado ao monitorar o ventilador deve observar o tipo de ventilador as suas modalidades de controle os paracircmetros existentes de volume corrente e frequecircncia respiratoacuteria os paracircmetros de fraccedilatildeo de inspiraccedilatildeo de oxigecircnio (FiO2) a pressatildeo inspiratoacuteria alcanccedilada e limite de pressatildeo a relaccedilatildeo inspiraccedilatildeoexpiraccedilatildeo o volume minuto os paracircmetros de suspiro quando aplicaacuteveis a verificaccedilatildeo da existecircncia de aacutegua no circuito e nas dobras ou a desconexatildeo das traqueias a umidificaccedilatildeo e a temperatura os alarmes que devem estar ligados e funcionando adequadamente e os niacuteveis da pressatildeo positiva no final da expiraccedilatildeo (PEEP) eou suporte de pressatildeo quando aplicaacutevel (RODRIGUES et al 2012 p 791)
Para tanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro assistencial na assistecircncia ventilatoacuteria e de
extrema importacircncia eacute intensa extensa complexa pela responsabilidade da
assistecircncia contiacutenua eacute extensa tambeacutem por iniciar-se antes da instalaccedilatildeo dos
dispositivos ventilatoacuterios ateacute a reabilitaccedilatildeo recuperaccedilatildeo do paciente Assim a
criaccedilatildeo de estudos e os treinamentos temaacuteticos devem ser frequentes regular a fim
de qualificar a equipe de enfermagem fornecendo conhecimento e teacutecnica
Compreender a correlaccedilatildeo entre as ocorrecircncias nas quais ocorrem o disparo dos
55
alarmes e os cuidados de enfermagem que orientam a aplicaccedilatildeo dos cuidados com
seguranccedila e competecircncia (NEPOMUCENO 2007)
Wagner (2015) e Primo (2007) em suas pesquisas discorrem sobre os cuidados de
enfermagem em pacientes com VM na prevenccedilatildeo da PAVM tais como
Quanto agrave elevaccedilatildeo da cabeceira
Posiccedilatildeo semi-fowler
Para evitar a broncoaspiraccedilatildeo deve-se manter a cabeceira do paciente entre
30 e 45 graus
Nos pacientes com trauma cervical e em estado grave a cabeceira deveraacute
estar com elevaccedilatildeo de no miacutenimo a 30 graus
Quando algum caso cliacutenico do paciente impedir a elevaccedilatildeo da cabeceira
mediante ao recomendado portanto deve-se adotar a posiccedilatildeo de
Trendelenburg reverso que eacute uma posiccedilatildeo de inclinaccedilatildeo da cama
Quanto agrave higiene oral
Recomenda-se o uso de clorexidina oral apenas em eventos de alto risco
haja vista que seu uso costumeiro pode acarretar agrave resistecircncia de germes
Recomenda-se a realizaccedilatildeo da higiene oral no miacutenimo 3x ao dia
Lembramos obedecer rigorosamente os horaacuterios de administraccedilatildeo das
dietas certificar-se da insuflaccedilatildeo do balonete das cacircnulas durante a
administraccedilatildeo das dietas trocar filtro de barreira a cada 24 horas e sempre
que necessaacuterio
Quanto agrave aspiraccedilatildeo endotraqueal
Aspiraccedilatildeo feita sob sistema fechado quando PEEP elevado
Todo o sistema da aspiraccedilatildeo eacute feita somente uma vez no paciente
A PAVM eacute transmissiacutevel e para que isso natildeo ocorra a troca do frasco deveraacute
ocorrer a cada paciente aspirado
Portanto devemos ressaltar como forma de prevenccedilatildeo a aspiraccedilatildeo enquanto
tipo de teacutecnica esteacuteril
56
Na evoluccedilatildeo de enfermagem deve conter os achados da secreccedilatildeo
encontrada
Quanto aos cuidados com traqueostomia
O tubo da traqueostomia eacute trocado de forma esteacuteril evitando contaminaccedilatildeo
Trocar o tubo de traqueostomia com a teacutecnica asseacuteptica
A traqueostomia melhora a retirada das secreccedilotildees
251 Interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo A retirada ou a diminuiccedilatildeo da medicaccedilatildeo para sedaccedilatildeo eacute uma medida primordial
recomendada em todos os bundles pois eacute fundamental na profilaxia da PAV
reduzindo o tempo de VM O protocolo de sedaccedilatildeo deve ser realizado diariamente
antes das 10 horas da manhatilde no entanto a sedaccedilatildeo deve ser suspensa para
anaacutelise do niacutevel de consciecircncia do paciente e se pertinente deveraacute ser desligada
252 Profilaxia da uacutelcera peacuteptica e a descontaminaccedilatildeo digestiva A prevenccedilatildeo de uacutelcera de estresse eacute destinada apenas para aqueles pacientes com
ameaccedila evidente de sangramento (uacutelcera gastrointestinal duodenal ativa sangrante
sangramento digestivo preacutevio) com traumatismo cracircnio-encefaacutelico em uso de
ventilaccedilatildeo mecacircnica com politrauma coagulopatia e em uso de corticosteroacuteides
(AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA 2009)
253 Profilaxia da trombose venosa profunda Portanto esse cuidado com a trombose venosa profunda tem grande impacto no
tempo de internaccedilatildeo e na diminuiccedilatildeo da mortalidade Eacute indicada em pacientes com
risco de trombose venosa profunda como obesos pacientes idosos histoacuteria de
estase venosa profunda imobilizaccedilatildeo prolongada cirurgias de grande porte e
doenccedilas vasculares e pulmonares preacutevias (AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA
SANITAacuteRIA 2009 RABELO 2010)
57
254 Aspiraccedilatildeo subgloacutetica
A drenagem da subgloacutetica avalia o uso de tubo endotraqueal com luz superior do
balonete planejando a prevenccedilatildeo da colonizaccedilatildeo das vias aeacutereas inferiores e da
PAV de iniacutecio preacutevio As intervenccedilotildees de enfermagem acima descritas estatildeo ligadas
diretamente ao cuidado com o paciente portanto para a prevenccedilatildeo da PAVM se faz
necessaacuterio uma intervenccedilatildeo atraveacutes de uma equipe multidisciplinar com abordagens
indispensaacuteveis como ldquohigienizaccedilatildeo das matildeos a pressatildeo do cuff a intubaccedilatildeo e
reintubaccedilatildeo bem como a limpeza e desinfecccedilatildeo de equipamentos meacutedicos
hospitalares Eacute importante refletir e executar estes cuidadosrdquo (VAGNER et al 2007
p 7906 )
Veremos abaixo o que Gonccedilalves (2012) diz sobre os cuidados de enfermagem
relacionados agrave profilaxia da pneumonia que estaacute associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
Realizar a montagem do ventilador com teacutecnica asseacuteptica
Descartar o condensado do ventilador mecacircnico de forma inadequada
Usar EPI para descartar o condensado
Trocar nebulizador apoacutes o uso
Realizar a mudanccedila de decuacutebito
Manter o acircngulo cabeceira da cama maior que 30 graus
Higienizar a liacutengua
Usar clorexidina apoacutes higiene bucal
Verificar pressatildeo do cuff antes do procedimento de higiene bucal
Realizar higiene brocircnquica quando necessaacuterio
Usar EPI durante higiene brocircnquica
Realizar higiene brocircnquica com teacutecnica asseacuteptica
58
Seguir a sequecircncia tubo- nariz -boca durante o procedimento de higiene
brocircnquica
Verificar a pressatildeo do cuff a cada periacuteodo
Manter a pressatildeo do cuff adequada
Avaliar radiografia apoacutes instalar a sonda nasoenteral
Os autores Silva e outros (2014) evidenciam em suas pesquisas os 17 cuidados
sobre a prevenccedilatildeo da PAV que se agrupam em cinco categorias e satildeo organizados
com seus respectivos niacuteveis de evidecircncia cientiacutefica podem assim serem
visualizados em siacutentese no quadro abaixo
Quadro 7 - Categorias cuidados relacionados agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada
agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e niacutevel de evidecircncia dos cuidados Florianoacutepolis-SC 2011
Categoria Cuidados de prevenccedilatildeo da PAV
Niacutevel de evidecircncia
dos cuidados
Higiene oral e das matildeos na
prevenccedilatildeo da PAV
Realizar higienizaccedilatildeo rigorosa das matildeos independente do uso de luvas Niacutevel I Realizar higiene oral com Gluconato de Clorexidina 012 Niacutevel I
A prevenccedilatildeo da broncoaspiraccedilatildeo
de secreccedilotildees
Manter cabeceira elevada (30deg-45ordm) se natildeo houver contraindicaccedilatildeo principalmente quando receber nutriccedilatildeo por sonda Niacutevel I Preferir sondagem orogaacutestrica ao inveacutes de nasogaacutestrica pelo risco de sinusite Niacutevel II Pausar a dieta nos momentos em que baixar a cabeceira da cama (PNR) Realizar controle de forma efetiva da pressatildeo do cuff do tubo endotraqueal manter entre 20 a 30 cm H2O Niacutevel II
Cuidados com a aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees e
circuito ventilatoacuterio
Realizar aspiraccedilatildeo das vias aeacutereas superiores de forma quando necessaacuterio com a ausculta pulmonar preacutevia e evitar instilar soluccedilatildeo fisioloacutegica a 09 ou de qualquer outra natureza
Niacutevel II
Ter todo cuidado pra natildeo fazer nenhuma contaminaccedilatildeo nesse momento Niacutevel I Preferir sistema fechado eou aberto de aspiraccedilatildeo para prevenccedilatildeo da PAV (PNR) Quando usar sistema fechado de aspiraccedilatildeo realizar avaliaccedilatildeo diaacuteria acerca das condiccedilotildees do cateter e capacidade de aspiraccedilatildeo pois eacute isso que determinaraacute a periodicidade da troca
(PNR)
Utilizar tubo de aspiraccedilatildeo subgloacutetica para prevenir PAV Niacutevel I
Natildeo realizar troca rotineira do circuito ventilatoacuterio Trocar apenas em casos de falhas sujidades ou quando o paciente receber alta Niacutevel I Manter o circuito do ventilador livre do acuacutemulo de aacutegua ou condensaccedilotildees Quando essas estiverem presentes devem ser descartadas Niacutevel II
Avaliaccedilatildeo diaacuteria da possibilidade de
extubaccedilatildeo
Evitar sedaccedilotildees desnecessaacuterias Niacutevel II Prever e antecipar o desmame ventilatoacuterio e extubaccedilatildeo Niacutevel II Realizar precocemente a traqueostomia para prevenir a PAV (PNR)
Educaccedilatildeo continuada da
equipe
Realizar educaccedilatildeo permanentecontinuada da equipe sobre todos os cuidados que envolvem a prevenccedilatildeo da PAV e de outras infecccedilotildees Niacutevel I
Fonte (SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 840)
59
A literatura pesquisada retrata que a intervenccedilatildeo educativa tem eficaacutecia para a
realizaccedilatildeo correta da montagem do VM com teacutecnica totalmente asseacuteptica a limpeza
da liacutengua e o cuidado da ordem correta tubo-nariz-boca durante a conduta de
higiene brocircnquica Portanto a educaccedilatildeo continuada eacute de grande relevacircncia para o
aprendizado com atividades desenvolvidas como workshop cartazes com charges
aprendizagem contiacutenua e constante que transforme a praacutetica em realidade
(GONCcedilALVES 2012 SOUZA 2013 SILVA 2014)
Diante do exposto Gonccedilalves (2012 p103) em sua pesquisa diz que O bundle brasileiro enfoca a manutenccedilatildeo da cabeceira elevada e a descontinuaccedilatildeo da sedaccedilatildeo E reforccedila os cuidados relacionados agrave avaliaccedilatildeo da presenccedila de condensados no circuito respiratoacuterio troca de nebulizadores e inaladores quando em uso e agrave avaliaccedilatildeo da troca de filtros umidificadores quando em uso seguindo protocolos institucionais
26 MEacuteTODOS DE AVALIACcedilAtildeO UTILIZADOS POR ENFERMEIROS EM
PACIENTES NA UTI COM PNEUMONIA
A literatura evidencia que a Pneumonia causada por Ventilaccedilatildeo Mecacircnica (PAVM) eacute
uma infecccedilatildeo pulmonar que se evidecircncia entre 48h a partir da intubaccedilatildeo e 72 h apoacutes
a intubaccedilatildeo endotraqueal eacute estudada como uma cliacutenica distinta conforme a sua
relevacircncia cliacutenica e tambeacutem do seu perfil epidemioloacutegico visto que sua ocorrecircncia
implica num maior periacuteodo de permanecircncia sob aporte ventilatoacuterio invasivo e
prolonga a internaccedilatildeo na UTI de forma significativa tendo em meacutedia 14 dias
(WAGNER et al 2015)
Os fatores de risco da PAVM satildeo idade avanccedilada acima de setenta anos coma niacutevel de consciecircncia intubaccedilatildeo e reintubaccedilatildeo traqueal condiccedilotildees imunitaacuterias uso de drogas imunodepressoras choque gravidade da doenccedila antecedecircncia de Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) tempo prolongado de ventilaccedilatildeo mecacircnica maior que sete dias aspirado do condensado contaminado dos circuitos do ventilador desnutriccedilatildeo contaminaccedilatildeo exoacutegena antibioticoterapia como profilaxia colonizaccedilatildeo microbiana cirurgias prolongadas aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees contaminadas colonizaccedilatildeo gaacutestrica e aspiraccedilatildeo desta o pH gaacutestrico (maior que 4) (POMBO ALMEIDA RODRIGUES 2010 p 1062)
Perante o conhecimento desses fatores de risco eacute imprescindiacutevel para a tomada de
resoluccedilatildeo do enfermeiro visando o melhor equiliacutebrio e cuidado das doenccedilas por meio
do processo de enfermagem (PE) sendo regra pela Resoluccedilatildeo COFEN nordm 3582009
por meio de uma ferramenta instrui o cuidado profissional de Enfermagem bem
60
como a fundamentaccedilatildeo da praacutetica profissional e estaacute estruturado em cinco etapas
relacionadas mutuamente e recorrentes satildeo elas histoacuterico de enfermagem o
diagnoacutestico de enfermagem tambeacutem o planejamento de enfermagem
implementaccedilatildeo da enfermagem avaliaccedilatildeo de enfermagem com estas medidas
implantadas garante a minimizaccedilatildeo de ocorrecircncias destas doenccedilas elencadas
(WAGNER et al 2015)
Desse modo o Decreto nordm 9440687 regulamenta a Lei nordm 749886 sobre o
exerciacutecio da Enfermagem em seu Art 8ordm no qual esclarece informes que ao
enfermeiro cabe enquanto elemento da equipe de sauacutede a cautela e o domiacutenio
organizado da infecccedilatildeo nosocomial e de doenccedilas contagiosas em geral (FARACO
2013)
Diante do exposto as avaliaccedilotildees encontradas na literatura satildeo de fato estrateacutegias
para prevenccedilatildeo da PAVM entatildeo a criaccedilatildeo de protocolos com medidas baseadas em
evidecircncias satildeo necessaacuterias para que depois de implantadas nos pacientes com VM
resultem em reduccedilotildees significativas na incidecircncia da pneumonia quando associada
VM Outra avaliaccedilatildeo encontrada se chama bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014 p 293)
Portanto a aplicaccedilatildeo dos protocolos na assistencial eacute de fato um desafio Para
tanto estudos publicados sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em parceria
com a equipe de sauacutede (SOUZA 2013 SILVA NASCIMENTO SALLES 2014)
27 PLANO DE ASSISTEcircNCIA DA ENFERMAGEM PARA A PREVENCcedilAtildeO DA
PAVM
De acordo com PRIMO (2007)
A higiene das matildeos deve ser feita antes e apoacutes qualquer procedimento
mesmo utilizando luvas
61
Os sinais vitais devem ser controlados e anotados bem como a
monitorizaccedilatildeo do coraccedilatildeo
Os sinais neuroloacutegicos devem ser observados
Monitorar o balaccedilo hidroeletroliacutetico e a hemodinacircmica do paciente
Glicemia capilar
A pressatildeo do balonete do tubo traqueal deve ser mantida maior ou igual a
20cmH2O bem como a cabeceira elevada entre 30 e 40 graus deve ser
mantida
A posiccedilatildeo da sonda em regiatildeo piloacuterica deve ser verificada
A antissepsia oral deve ser feita a cada 4 horas com antisseacuteptico
recomendado
Aspiraccedilatildeo das secreccedilotildees com anotaccedilotildees dos achados com ausculta pulmonar
antes e apoacutes a aspiraccedilatildeo
O aumento do resiacuteduo gaacutestrico deve ser verificado a cada seis horas
A troca do circuito do respirador dos nebulizadores com medicaccedilatildeo deve ser
feita a cada 24 horas
Troca do tubo ou traqueostomia e do filtro de barreira a cada 24 horas e se
for necessaacuterio
Desprezar a aacutegua condensada no circuito do ventilador deve ser desprezada
bem como resultados de culturas
Os alarmes dos respiradores devem ser obrigatoriamente observados e
anotados conforme protocolo como forma de controle e seguranccedila
28 SEGURANCcedilA DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTESIVA
281 Definiccedilatildeo Evidencia-se que existe um movimento global pela busca incessante e adequada
62
seguranccedila e qualidade nos prestadores de serviccedilos de sauacutede com a preocupaccedilatildeo
de proporcionar uma assistecircncia agrave sauacutede digna para a populaccedilatildeo com baixos
custos sendo este um grande desafio para a sociedade (GONCcedilALVES 2012)
Diante disso ultimamente com o advento dos programas de qualidade e
organizaccedilotildees acreditadores nacionais e internacionais observou-se portanto um
empenho extraordinaacuterio das instituiccedilotildees de sauacutede na mensuraccedilatildeo de resultados de
desempenho atraveacutes de indicadores Em face deste cenaacuterio e diante do mercado de
concorrecircncia observa-se uma dinacircmica e adequaccedilatildeo para a qualidade agrave
assistecircncia tais como reavaliaccedilatildeo de processo de trabalho formulaccedilatildeo de
estrateacutegias de negoacutecio e resoluccedilatildeo de problemas racionalizaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de
recursos velocidade e integraccedilatildeo de informaccedilotildees controle rigoroso dos gastos
entre outros com isso vislumbra-se uma necessidade fundamental pela qualidade
do cuidado (FARACO 2013)
Porto (2010) diz que cada vez mais os profissionais da aacuterea da sauacutede encontram-
se comprometidos em prestar e proporcionar as melhores condutas e condiccedilotildees
assistenciais mais determinadas com particularidade e conhecimento Isto comeccedilou
em 1859 por Florence Nightingale que jaacute clamava enunciar como dever
fundamental de um hospital natildeo proporcionar mal ao paciente Relacionado fatores
influentes para taxa de mortalidade agrave eacutepoca como a falta de condiccedilotildees sanitaacuterias
de higiene de qualidade nos hospitais Entatildeo a partir da deacutecada de 90 surge o
tema seguranccedila do paciente em niacutevel de interesse mundial
Duarte e outros (2015) afirma que contudo o enfermeiro eacute o responsaacutevel pelo
planejamento das accedilotildees de enfermagem no que diz respeito aos procedimentos que
necessitam de recursos materiais corretos e assegurados treinamento e
envolvimento de toda equipe e nas condiccedilotildees tanto de trabalho como nos ambientes
adequados para realizar o cuidado garantindo a seguranccedila do paciente
Eacute importante e especial destacar que na aacuterea de enfermagem foi criado em maio
de 2008 a Rede Brasileira de Enfermagem e Seguranccedila do Paciente
(REBRAENSP) que eacute vinculada a Rede Internacional de Enfermagem e Seguranccedila
do Paciente tendo como objetivo auxiliar as discussotildees teacutecnicas entre instituiccedilotildees
ligadas agrave sauacutede e a educaccedilatildeo de profissionais da aacuterea da sauacutede fortificando a
assistecircncia de enfermagem segura e de qualidade aleacutem de desenvolver diversos
63
programas conforme as necessidades no territoacuterio nacional (FARACO 2013)
O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem no seu artigo 12 diz sobre a responsabilidade em estar prestando uma assistecircncia livre de danos causados por imprudecircncia como omissatildeo precipitaccedilatildeo ato intempestivo e sem cautela negligecircncia falta de cuidado omissatildeo dos deveres e imperiacutecia como o resultado do desconhecimento ou uso equivocado do conhecimento teacutecnico adequado e da falta de habilidade (GOMES 2014 p60)
Ainda Porto (2010 p 12) ressalta que a Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede
(OPAS) [] aponta como relevante a questatildeo da seguranccedila do paciente uma vez que a incidecircncia de eventos adversos eacute uma consideraacutevel causa evitaacutevel de sofrimento humano que acarreta um alto ocircnus financeiro e custo de oportunidade para os serviccedilos de sauacutede (OPAS 2002 apud PORTO 2010 p12)
Conforme o documento divulgado pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) em
2009 a expressatildeo Seguranccedila do Paciente deve ser compreendida como a
diminuiccedilatildeo do perigo de falhas desnecessaacuterias relacionadas agrave assistecircncia em sauacutede
ateacute um ldquomiacutenimo aceitaacutevelrdquo A explicaccedilatildeo de Seguranccedila do Paciente tantas vezes natildeo
exprime com clareza a amplitude e extensatildeo do problema que ocasionalmente eacute
relacionado agrave qualidade do atendimento meacutedico-hospitalar e gestatildeo de riscos A
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (2013) facilita a resoluccedilatildeo para melhor
conhecimento da sua grandeza ldquoato de evitar prevenir e melhorar os resultados
adversos ou as lesotildees originadas no processo de atendimento meacutedico-hospitalarrdquo
(LUZ 2012 p12)
Luz (2012) e Gomes (2014) em suas pesquisas dizem que a Alianccedila Mundial para
a Seguranccedila do Paciente (WHO 2009) expotildee a ansiedade com a temaacutetica
mediante o primeiro desafio global ldquoCuidado limpo eacute cuidado segurordquo Diante dessa
orientaccedilatildeo o cuidado com a seguranccedila de um paciente criacutetico com ventilaccedilatildeo
mecacircnica deve ser o mesmo em qualquer lugar ou seja em qualquer tipo de leito
que ocupar no entanto a realidade que temos em nosso paiacutes eacute diferente pois natildeo
haacute leitos de UTI para todos pacientes em estado criacutetico fazendo com que ocorra os
cuidados intensivos fora do ambiente da UTI o que pode dificultar a seguranccedila do
cuidado
Em razatildeo disso os mesmos autores o Censo 2009 da Associaccedilatildeo de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou que apenas 519 dos estados brasileiros
64
apoderavam-se de escassez de leitos para a assistecircncia de pacientes criacuteticos com
isso o prolongamento da expectativa de vida e o envelhecimento da populaccedilatildeo
aumenta a escassez de vagas na terapia intensiva (GOMES 2014)
No Brasil o Ministeacuterio da Sauacutede instituiu o Programa Nacional de Seguranccedila do
Paciente (PNSP) por meio da Portaria MSGM nordm 529 de 1deg de abril de 2013 o qual
estabelece como objetivo geral cooperar para a destreza no cuidado na sauacutede em
todos os estabelecimentos de Sauacutede do territoacuterio brasileiro sendo eles puacuteblicos e
privados conforme o grau de prioridade agrave seguranccedila do paciente em entidades de
Sauacutede na agenda poliacutetica dos estados-membros da OMS e no decreto aprovado
durante a 57ordf Assembleia Mundial da Sauacutede (BRASIL 2014)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem implantados pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles o de seguranccedila na
prescriccedilatildeo e uso e administraccedilatildeo de medicamentos Ainda no mesmo ano a
Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria
Colegiada de nuacutemero 36 (RDC 362013) instituindo as accedilotildees para melhoria da
seguranccedila do paciente e visando progresso da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O
PNSP eacute regulamentado pela Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Segundo Porto (2010) a Who (2010) relaciona o termo seguranccedila do paciente com
o reconhecimento anaacutelise e controle de riscos e incidentes relacionados com
paciente objetivando um cuidado mais seguro minimizando possiacuteveis danos Desta
forma o conceito que temos atraveacutes da literatura encontrada sobre gestotildees dentro
do ambiente de UTI bem como os erros que podem ocorrer todos eles ferem a
seguranccedila do paciente Mas no entanto a literatura pouco retrata as expectativas
relacionadas a estes erros que podem ser cometidos
Uma referecircncia relevante sobre a seguranccedila do paciente eacute o relatoacuterio do Instituto
Americano de Medicina To err is Human Building a safer health care system pois
traz dados preocupantes quanto aos desacertos que podem ser evitados advindos
dos cuidados prestados agrave sauacutede Como exemplo citamos os erros de medicaccedilatildeo
que proporcionam 7391 mortes anualmente de americanos nos hospitais e mais de
10000 mortes nas instituiccedilotildees ambulatoriais De certo esses dados preocupam os
profissionais gestores da aacuterea da sauacutede A partir de entatildeo surgiu a Era da
65
Seguranccedila do Paciente que motivou vaacuterias empresas de instituiccedilotildees de sauacutede
nacional e internacional para modificar a metodologia de assistecircncia em sauacutede mais
estaacutevel e menos passiacutevel de erros (RADUENZ et al 2010)
Neste contexto a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) e a Joint Commission e
Agency for Healthcare Research amp Quality (AHRQ) satildeo referecircncia no assunto
seguranccedila do paciente no mundo Estas organizaccedilotildees iniciaram um processo de
construccedilatildeo para melhor compreensatildeo dos desafios na seguranccedila do paciente aleacutem
das soluccedilotildees de melhorias para os serviccedilos de sauacutede Com isso a Alianccedila Mundial
lanccedilou em 2005 para a Seguranccedila do Paciente e apontaram entre elas o progresso
de ldquosoluccedilotildees para a seguranccedila do paciente Assim sendo a Joint
Comission nomeada como o Centro Colaborador pela OMS constituiu e apresentou
a implantaccedilatildeo de seis metas internacionais de seguranccedila do paciente com vistas
assegurar melhorias especiacuteficas em ramos com maiores impasses da assistecircncia
em sauacutede (RADUENZ et al 2010)
O Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente (PNSP) definiu seis protocolos a
serem inseridos pelas instituiccedilotildees de sauacutede entre eles a aplicaccedilatildeo de
medicamentos e a certeza na prescriccedilatildeo Ainda no mesmo ano a Agecircncia Nacional
de Vigilacircncia Sanitaacuteria publicou a Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada de nuacutemero 36
(RDC 362013) com as accedilotildees para a promoccedilatildeo da seguranccedila do paciente e visando
agrave melhora da qualidade nos serviccedilos de sauacutede O PNSP eacute regulamentado pela
Portaria 529 de 2013 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (BRASIL 2014)
Em suma pesquisas tecircm reforccedilado a ideia de que os enfermeiros satildeo os principais
responsaacuteveis pela implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo de praacuteticas seguras nos serviccedilos de
sauacutede bem como de indicadores da qualidade do cuidado prestado
Complementamos portanto que a realizaccedilatildeo dos cuidados certos no momento
certo da maneira certa a pessoa certa visando obter os melhores resultados
possiacuteveis satildeo concepccedilotildees que constituem a qualidade da assistecircncia na sauacutede
(RADUENZ et al 2010)
66
67
3 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado atraveacutes de uma revisatildeo integrativa que compreende o
estudo de artigos importantes que datildeo assistecircncia para decisatildeo e o aperfeiccediloamento
da praacutetica cliacutenica permitindo a associaccedilatildeo do estado da ciecircncia de um definido
assunto aleacutem de determinar falhas no conhecimento que necessitam de ser
integradas com a produccedilatildeo de novos estudos
Esse meacutetodo de pesquisa proporciona a junccedilatildeo de vaacuterios estudos divulgados e
permite conclusotildees gerais a cumprimento de uma aacuterea especial de estudo Eacute uma
ferramenta valiosa para a enfermagem pois pela falta de tempo os profissionais natildeo
tecircm um periacuteodo para efetuar uma leitura de todo o conhecimento cientiacutefico acessiacutevel
(MENDES SILVEIRA GALVAtildeO 2008)
A base de construccedilatildeo do referencial teoacuterico foi um levantamento no banco de dados
do Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) Lilacs (Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) Foram
usadas as palavras chaves ventilaccedilatildeo mecacircnica pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo
mecacircnica cuidados e assistecircncia de enfermagem Os textos selecionados
correspondem ao periacuteodo de 1999 a 2014 Os criteacuterios de inclusatildeo foram livros
artigos e textos completos publicados na liacutengua portuguesa Os criteacuterios de exclusatildeo
foram textos incompletos artigos em liacutenguas estrangeiras e publicaccedilotildees que natildeo
contemplem a temaacutetica escolhida
Foram utilizadas as palavras-chave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Pneumonia e Cuidados
Enfermagem Cada qual foi selecionada com o intuito de realizar uma primeira
aproximaccedilatildeo com o tema abordado Em seguida a anaacutelise em conjunto dessas
palavras-chave trouxe uma compreensatildeo geral sobre o assunto em questatildeo
cruzando diferentes bibliografias sobre a mesma problemaacutetica avaliando seus
aspectos convergente e divergentes
Com base nos artigos selecionados foi realizada uma amostragem que veremos a
seguir Percebe-se atraveacutes da mesma que uma das medidas para a prevenccedilatildeo da
pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute a criaccedilatildeo de um protocolo baseado
em evidecircncias Quando aplicado tal protocolo pode reduzir significativamente a
68
siacutendrome infecciosa
Protocolo eacute a definiccedilatildeo de uma condiccedilatildeo especiacutefica de assistecircnciacuidado que
envolve particularidades operacionais e fundamentos sobre o que deve ser feito
quem e como se faz dirigindo os profissionais nas resoluccedilotildees da assistecircncia para
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou reabilitaccedilatildeo da sauacutede Um protocolo abrange vaacuterios
procedimentos pode antecipar accedilotildees de avaliaccedilatildeodiagnoacutestico ou de
cuidadotratamento
O uso de protocolos tende a melhorar a assistecircncia beneficiar o uso de praacuteticas
cientiacuteficas fundamentadas reduzir a instabilidade de informaccedilotildees e condutas entre
os membros da equipe de sauacutede estipular limites de accedilatildeo e participaccedilatildeo entre os
vaacuterios profissionais Construiacutedos a partir da praacutetica ordenado em evidecircncias fornece
a mais sensata opccedilatildeo disponiacutevel ao cuidado Haacute conceitos determinados para a
validaccedilatildeo e construccedilatildeo de protocolos de assistecircncia Um protocolo descreve a forma
de validaccedilatildeo pelos pares teacutecnicas de implementaccedilatildeo e a estruturaccedilatildeo dos
desfechos ou resultados esperados Protocolos de assistecircncia orientam o cuidado
natildeo orientam questotildees relacionadas agrave gestatildeo administrativa ou poliacutetica (PIMENTA
et al 2012)
Nos resultados e discussotildees seraacute apresentado o primeiro passo para o que poderaacute
ser o protocolo de assistecircncia agrave pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica
69
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO Os resultados deste trabalho foram agrupados em categorias de acordo com seu
enfoque principal que satildeo os objetivos Foram encontradas 297 publicaccedilotildees que
apoacutes a anaacutelise e aplicaccedilatildeo dos criteacuterios de inclusatildeo resultaram em 83 Da amostra
selecionada 06 artigos satildeo da base de dados Lilacs da Medline natildeo foi encontrado
nenhuma publicaccedilatildeo 26 da base de dados da Scielo da BDENF foram encontrados
2 e 49 foram resultantes da busca avanccedilada em outras bases como o Google
Acadecircmico Da Seleccedilatildeo pesquisada foram encontradas 39 publicaccedilotildees que estatildeo
de acordo com os objetivos propostos desta pesquisa Quanto ao objetivo de
verificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os
principais cuidados da assistecircncia de enfermagem foram utilizados 13 artigos
relacionados a este objetivo Quanto ao objetivo de verificar os meacutetodos de
avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia foram
utilizados 11 artigos relacionados a este objetivo e para verificar os principais
aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que
utilizam a ventilaccedilatildeo mecacircnica foram utilizadas 15 publicaccedilotildees conforme objetivo
proposto A descriccedilatildeo de cada categoria seraacute vista a seguir nas tabelas 1 2 3 e 4
respectivamente Os estudos selecionados na busca estatildeo de acordo com os
criteacuterios de inclusatildeo para o alcance dos objetivos
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continua)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
1 AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca
Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral
2009Scielo
2 ANDRADE D amp ANGERAMI ELS
Reflexotildees acerca das infecccedilotildees hospitalares agraves portas do terceiro milecircnio
1999Outros
3 ANDRADE Denise de LEOPOLDO Vanessa Cristina HAAS Vanderlei Joseacute
Ocorrecircncia de bacteacuterias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergecircncias
2006Scielo
4 ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de Moraes
Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
2013Outros
70
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
5 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Trato respiratoacuterio criteacuterios de infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2009Outros
6 AGEcircNCIA NACIONAL DE VIGILAcircNCIA SANITAacuteRIA
Assistecircncia segura uma reflexatildeo teoacuterica aplicada agrave praacutetica
2013Outros
7 BARBAS Carmen Siacutelvia Valente et al
Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
2013Scielo
8 BERALDO Carolina Contador
Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
2008Outros
9 BORGES Jacqueline Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
2012Outros
10 BRASIL Manual de Infecccedilotildees do Trato Respiratoacuterio Orientaccedilotildees para Prevenccedilatildeo de Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede
2010Outros
11 BRASIL Resoluccedilatildeo - RDC Nordm 26 2012 Dispotildee sobre os requisitos miacutenimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
2012Lilacs
12 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Documento de referecircncia para o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
2014Lilacs
13 BUSTAMANTE Eacuterik de Freitas Fortes
Traqueostomias em UTI - precoce ou tardia 2011Outros
14 CAcircNDIDO Rui Barbosa Rodrigues et al
Avaliaccedilatildeo das infecccedilotildees hospitalares em pacientes criacuteticos em um Centro de Terapia Intensiva
2012Outros
15 CARVALHO Carlos Roberto Ribeiro de JUNIOR Carlos Toufen FRANCA Suelene Aires
Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
2007Scielo
16 COLACcedilO Aline Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
2011Outros
17 CUNHA Sergio da Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais 2013Outros 18 CRUZ Mocircnica R ZAMORA Victor E C
Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva 2013Outros
19 DALMORA Camila Hubner et al
Definindo pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica um conceito em (des) construccedilatildeo
2013Scielo
20 DIAS Antonio Alexandre Guilherme
Anaacutelise comparativa entre condutas que utilizam o ventilador manual e manobras convencionais de fisioterapia respiratoacuteria em pacientes submetidos agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
21 DOURADO Victor Zuniga GODOY Irma
Recondicionamento muscular na DPOC principais intervenccedilotildees e novas tendecircncias
2004Scielo
22 DUARTE Sabrina da Costa Machado STIPP Marluci Andrade Conceiccedilatildeo SILVA Marcelle Miranda da OLIVEIRA Francimar Tinoco de
Eventos adversos e seguranccedila na assistecircncia de enfermagem
2015Scielo
23 DREYER E ZUNIGAcirc Q G P
Assistecircncia de enfermagem ao paciente gravemente enfermo 2005Outros
24 FARACO Michel Maximiano
Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
2013Outros
25 FERNANDES Antonio Tadeu et al
O desafio da infecccedilaumlo hospitalar a tecnologia invade um sistema em desequiliacutebrio
2000Lilacs
71
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
26 FERNANDES Antonio Tadeu
Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
2008Outros
27 FERNANDES HS et al
Gestatildeo em terapia intensiva conceitos e inovaccedilotildees 2011Outros
28 FEIJOacute RD Coutinho AP
Manual de prevenccedilatildeo de infecccedilotildees hospitalares do trato respiratoacuterio
2005Scielo
29 FILHO Manoel Lopes
Simulador virtual de assistecircncia ventilatoacuteria mecacircnica 2010Outros
30 FRANCISCO Leonardo Dias
Controle de infecccedilotildees hospitalares revisatildeo de literatura 2009Outros
31 FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS Cristiane da Silva
Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2006Outros
32 GARCIA Joseani Coelho Pascual et al
Impacto da implantaccedilatildeo de um guia terapecircutico para o tratamento de pneumonia nosocomial adquirida na unidade de terapia intensiva em hospital universitaacuterio
2007Scielo
33 GADELHA Raissa de Lima ARAUacuteJO Juacutelio Maciel Santos
Relaccedilatildeo entre a presenccedila de microorganismos patogecircnicos respiratoacuterios no biofilme dental e pneumonia nosocomial em pacientes em unidade de terapia intensiva revisatildeo da literatura
2011Outros
34 GONCcedilALVES FAF Brasil VV Ribeiro LCM Tipple AFV
Accedilotildees de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2012Scielo
35 GONZALEZ Maria Margarita et al
I diretriz de ressuscitaccedilatildeo cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergecircncia da Sociedade Brasileira de Cardiologia resumo executivo
2013Scielo
36 GOMES Andreacutea Rodrigues et al
Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
2010Outros
37 GOMES Regina Kelly Guimaratildees
Infecccedilotildees relacionadas agrave assistecircncia agrave sauacutede e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza-CE
2014Outros
38 GOLDWASSER Rosane et al
Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
39 GUIMARAES Maacutercio Martins de Queiroz ROCCO Joseacute Rodolfo
Prevalecircncia e prognoacutestico dos pacientes com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica em um hospital universitaacuterio
2006Scielo
40 GUIMARAES Munick Paula
Ocorrecircncia de Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenecircmicos em pneumonias associadas a ventilaccedilatildeo mecacircnica em uma unidade de terapia intensiva de adultos mista de um hospital universitaacuterio brasileiro fatores de risco e prognoacutestico
2011Outros
41 HOLANDA Marcelo Alcacircntara
Modos ventilatoacuterios baacutesicos 2014Outros
72
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 42 HOLFF Fabriacutecia Cristina
Dois modos de ciclagem em pressatildeo suporte estudo da mecacircnica respiratoacuteria conforto ventilatoacuterio e padrotildees de assincronia
2008Outros
43 JERRE George et al
Fisioterapia no paciente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica 2007Scielo
44 LIMA Mery Ellen ANDRADE Denise de HAAS Vanderlei Joseacute
Avaliaccedilatildeo prospectiva da ocorrecircncia de infecccedilatildeo em pacientes criacuteticos de unidade de terapia intensiva
2007Scielo
45 LINS Amanda Corfelis Pontes Grafes Oliveira Damian Maacutercia Melo
Infecccedilotildees Hospitalares em pacientes submetidos agrave clipagem de aneurisma internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitaacuterio Getuacutelio Vargas na Cidade de Manaus-AM
2013Lilacs
46 LUZ Marli da Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
2012Outros
47 MACHADO Ayanne Cris
Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
2013Outros
48 MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo Carlos
Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
2013Outros
49 MATARUNA Patriacutecia Cristina de Castro
Pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica 2011Outros
50 MELO Cristiane Ribeiro de
An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia
2008Outros
51 MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA Carlos Santos OLIVEIRA Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva Teixeira de VERAS Joelna Eline Gomes Lacerda de Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
2014Outros
52 MORAIS Teresa Maacutercia Nascimento de et al
A importacircncia da atuaccedilatildeo odontoloacutegica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
2008Scielo
53 MORITZ Rachel Duarte et al
Anaacutelise das UTIs do Estado de Santa Catarina e avaliaccedilatildeo do perfil dos pacientes internados nesses setores
2010Outros
54 NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
2007Outros
73
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo) Autor Tiacutetulo Ano Base de
Dados 55 NEMER Seacutergio Nogueira BARBAS Carmen Siacutelvia Valente
Paracircmetros preditivos para o desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Outros
56 OLIVEIRA Sidnei Antocircnio MARQUES Isaac Rosa
Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
2007Outros
57 OLIVEIRA Adriana Cristina de KOVNER Christine Tassone SILVA Rafael Souza da
Infecccedilatildeo hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitaacuterio brasileiro
2010Scielo
58 PADOVEZE M C Dantas S R P E amp Almeida V A
Infecccedilotildees hospitalares em UTI 2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
60 PEREIRA Milca Severino et al
A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
2005Scielo
61 PEREIRA Pacircmela Camila et al
Desmame da ventilaccedilatildeo mecacircnica comparaccedilatildeo entre pressatildeo de suporte e tubo Tndashuma revisatildeo de literatura
2013Outros
62 POMBO Carla Mocircnica Nunes ALMEIDA Paulo Ceacutesar de RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2010Scielo
59 PEREIRA Isabel Maria Teixeira Bicudo PENTEADO Regina Zanella MARCELO Vacircnia Cristina Marcelo
Promoccedilatildeo da sauacutede e educaccedilatildeo em sauacutede uma parceria saudaacutevel
2000Lilacs
63 PORTO Talita Padilha SILVA Francielle Maciel
A seguranccedila do paciente pediaacutetrico por meio da higienizaccedilatildeo das matildeos e da identificaccedilatildeo do paciente
2010Outros
64 PRIMO Dione Maria da Conceiccedilatildeo
Assistecircncia de enfermagem na prevenccedilatildeo da Pneumonia Associada agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica-PAVM
2007Outros
65 VASCONCELOS
Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
74
Amanda Michele vasco
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(continuaccedilatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
66 VICTORINO Ceacutelia Jurema Aito
Planeta aacutegua morrendo de sede uma visatildeo analiacutetica na metodologia do uso e abuso dos recursos hiacutedricos
2007Outros
67 VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
2009Outros
68 VILA Vanessa da Silva Carvalho ROSSI Liacutedia Aparecida
O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva muito falado e pouco vivido
2002Scielo
69 RABELO Lucielle Peres de Oliveira et al
Perfil de idosos internados em um Hospital Universitario 2010BDENF
70 Raduenz Anna Carolina Hoffmann Priscila Radunz Vera Marcon Dal Sasso Grace Teresinha Alves Maliska Isabel Cristina Beryl Marck Patricia
Cuidados de enfermagem e seguranccedila do paciente visualizando a organizaccedilatildeo acondicionamento e distribuiccedilatildeo de medicamentos com meacutetodo de pesquisa fotograacutefica
2010BDENF
71 RODRIGUES Yarla Cristine Santos Jales et al
Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
2012Scielo
72 SANTOS Daniella Fabiacuteola dos
Caracteriacutesticas microbioloacutegicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar de pacientes com infecccedilatildeo nosocomial
2006Outros
73 SELIGMAN Renato et al
Fatores de risco para multirresistecircncia bacteriana em pneumonias adquiridas no hospital natildeo associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Scielo
74 SILVA Sabrina Guterres NASCIMENTO Eliane Regina Pereira SALLES Raquel Kuerten
Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
2014Scielo
75 SILVA Leandra Terezinha Roncolato da et al
Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2011Scielo
76 SOUZA M T SILVA M D CARVALHO R
Revisatildeo integrativa o que eacute e como fazer 2010Outros
77 SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira EF
Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2013Outros
78 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Diretrizes Brasileiras para o tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das pneumonias associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Outros
79 SCHLESENER Vacircnia Frantz DALLA ROSA Uyara RAUPP Suziane Maria Marques
O cuidado com a sauacutede bucal de pacientes em UTI 2012Outros
80 SCHWONKE Camila Rose Guadalupe Barcelos
Conhecimento da equipe de enfermagem e cultura de seguranccedila anaacutelise sistecircmica dos riscos na assistecircncia ao doente criacutetico em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
2012Outros
75
Tabela 1 - Descriccedilatildeo da Amostra Selecionada para a pesquisa
(conclusatildeo)
Autor Tiacutetulo Ano Base de Dados
81 TEIXEIRA Paulo Joseacute Zimermann CORREcircA Ricardo de Amorim SILVA Jorge Luiz Pereira LUNDGREENm Fernando
Diretrizes brasileiras para tratamento das pneumonias adquiridas no hospital e das associadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
2007Scielo
82 WEY Sergio Barsanti DARRIGO Lucas Eduardo
Infecccedilotildees em Unidades de Terapia Intensiva 2002Lilacs
83 WAGNER Bruna Vanessa et al
O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
2015Outros
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Conforme mostra a tabela 1 e para integrar a amostra deste trabalho foram
selecionados 83 artigos com seus respectivos autores tiacutetulos ano de publicaccedilatildeo e
base de dados
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1 Recomendaccedilotildees brasileiras de ventilaccedilatildeo mecacircnica 2013
BARBAS Carmen Siacutelvia
Valente et al2014
Avaliar caracteriacutesticas particulares dos diferentes ventiladores de acordo com os recursos e as necessidades de sua unidade Ventiladores com recursos baacutesicos Apresentam um ou mais modos baacutesicos sem curvas Em sua maioria satildeo ventiladores utilizados para transporte de pacientes em VM Ventiladores com recursos baacutesicos com curvas Apresentam os modos baacutesicos de ventilaccedilatildeo (VCV PCV SIMV e PSV) e curvas baacutesicas de ventilaccedilatildeo (volume fluxo e pressatildeo) Ventiladores com curvas e recursos avanccedilados de ventilaccedilatildeo Apresentam aleacutem dos modos baacutesicos e das curvas baacutesicas modos avanccedilados como modos com duplo controle (PRVC por exemplo) modos diferenccedilados para ventilaccedilatildeo espontacircnea (como PAV-plus NAVA) e formas avanccediladas de monitorizaccedilatildeo (como medida de trabalho P 01 PImax capnometria volumeacutetrica e calorimetria indireta)
76
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (continuaccedilatildeo)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 O conhecimento do enfermeiro acerca das intervenccedilotildees destinadas agrave prevenccedilatildeo da pneumonia associada aacute ventilaccedilatildeo mecacircnica
WAGNER Bruna Vanessa et al
O cuidado deve ser norteado por princiacutepios cientiacuteficos o que exige dos enfermeiros mudanccedilas nas formas de pensar ser e agir diante das exigecircncias e requisitos da praacutetica assistencial
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jaqueline Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 A infecccedilatildeo hospitalar e suas implicaccedilotildees para o cuidar da enfermagem
PEREIRA Milca Severino et al
Caminha-se para um novo fazer de Enfermagem com modelos de cuidados mais seguros
5 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos BASTIAN Joatildeo
Carlos
O enfermeiro tem que estar preparado para cuidar dos pacientes na unidade de terapia intensiva pois estes pacientes natildeo desejam mais serem submetidos simplesmente agrave cura querem ser tratado como gente partilhar e interagir nos cuidados para alcanccedilar um bem viver
6 Percepccedilotildees de profissionais de sauacutede relativas agrave infecccedilatildeo hospitalar e agraves praacuteticas de controle de infecccedilatildeo
FERNANDES Antocircnio Tadeu
O enfermeiro organiza o plano de cuidado assistencial e gerencia a atividade dos auxiliares e teacutecnicos prestando cuidado aos pacientes Muitas vezes exerce um controle social sobre os doentes na manutenccedilatildeo da ordem e disciplina concedida pelos meacutedicos ou pela proacutepria instituiccedilatildeo
7Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados in-fluecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da De acordo com Leite (2009 p5) em se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em agravos ao paciente Este autor enfatiza que ldquoos cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de ventilaccedilatildeo artificial
77
Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais
cuidados da assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto
(continuaccedilatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
8 Ventilaccedilatildeo mecacircnica evidecircncias para o cuidado de enfermagem
RODRIGUES Yarla Cristine
Santos Jales et al
Tendo em vista o elevado nuacutemero de pacientes internados em UTI que estatildeo em uso de VM eacute de suma importacircncia que os enfermeiros estejam capacitados a prestar cuidados inerentes agrave monitorizaccedilatildeo dos paracircmetros ventilatoacuterios e dos alarmes agrave mobilizaccedilatildeo agrave remoccedilatildeo de secreccedilotildees ao aquecimento e agrave umidificaccedilatildeo dos gases inalados bem como ao controle das condiccedilotildees hemodinacircmicas do paciente visando a minimizar os efeitos adversos
9 Ventilaccedilatildeo mecacircnica princiacutepios anaacutelise graacutefica e modalidades ventilatoacuterias
CARVALHO Carlos Roberto
Ribeiro de JUNIOR Carlos
Toufen FRANCA
Suelene Aires
As caracteriacutesticas da curva de fluxo nos modos espontacircneos (pico e duraccedilatildeo) satildeo determinadas pela demanda do paciente O comeccedilo e o final da inspiraccedilatildeo satildeo normalmente minimamente afetados pelo tempo de resposta do sistema de demanda (vaacutelvulas) Poreacutem em casos de alta demanda (por parte do paciente) o retardo na abertura da vaacutelvula inspiratoacuteria pode gerar dissincronia paciente-ventilador
10 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Outras aplicaccedilotildees cliacutenicas devem ser cuidadosamente avaliadas para que o atraso na intubaccedilatildeo natildeo aumente a mortalidade nesses pacientes Alguns protocolos estatildeo disponiacuteveis na literatura mas o julgamento cliacutenico e conhecimento dos recursos disponiacuteveis pela equipe bem treinada sao fundamentais para o sucesso da ventilaccedilatildeo nao invasiva
11 Ventilaccedilatildeo mecacircnica natildeo invasiva
CRUZ Mocircnica R ZAMORA
Victor E C
Os ventiladores disponiacuteveis Bi-levels intermediaacuterios e microprocessados utilizados em UTI tecircm muitas diferenccedilas que podem impactar nos resultados Funccedilatildeo VNI atualmente disponiacutevel nos ventiladores das UTIs foi desenvolvida com objetivo de minimizar o impacto de vazamentos e otimizar a interaccedilatildeo com o paciente em todas as fases do ciclo ventilatoacuterio Ventiladores como o Nellcor Puritan Bennett 840 Siemens Servo 300 e Drager evita II e IV demonstraram menor atraso no tempo de disparo e pressurizaccedilatildeo em relaccedilatildeo a outros equipamentos
12 Ventilaccedilatildeo mecacircnica meacutetodos convencionais
CUNHA Sergio da
A ventilaccedilatildeo com pressatildeo positiva por sua vez pode ser conduzida com o uso de dispositivos que natildeo invadem a traqueia tais como mascaras faciais mascaras nasais ou capacetes caracterizando a ventilaccedilatildeo natildeo invasiva ou atraveacutes de tubos traqueais na ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
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Tabela 2 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informem as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da
assistecircncia de enfermagem conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Fonte Proacuteprio autor
Na tabela 2 destacamos 13 artigos selecionados com as informaccedilotildees pertinentes
que destacaram de modo a identificar as principais caracteriacutesticas relacionadas agrave
ventilaccedilatildeo mecacircnica e os principais cuidados da assistecircncia de enfermagem
conforme objetivo proposto Diante do exposto encontramos poucos trabalhos
publicados que retratam sobre as principais caracteriacutesticas relacionadas a
ventiladores mecacircnicos assim encontramos um acervo tambeacutem um pouco maior
com publicaccedilotildees referentes ao cuidado de enfermagem com a VM
Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
1Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE
Izaura Luzia Silveacuterio FARIAS Glaucea
Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Salientam a importacircncia dos registros de enfermagem no prontuaacuterio informando que os mesmos devem incluir a declaraccedilatildeo dos problemas frequentemente referidos pelos pacientes os diagnoacutesticos de enfermagem os tratamentos e as respostas tanto agrave assistecircncia meacutedica como agrave de enfermagem expressando o reflexo da avaliaccedilatildeo perioacutedica do paciente
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
13 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel
de Mendonccedila
Quanto ao ventilador a equipe de enfermagem centraliza o cuidado principalmente na atenccedilatildeo com circuitos umidificadores e filtros externos Contudo manteacutem certo afastamento do respirador propriamente dito Geralmente natildeo participa da definiccedilatildeo da modalidade ventilatoacuteria e talvez por isso limite a sua atuaccedilatildeo no controle dos paracircmetros e ajustes de alarmes
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de
verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia conforme objetivo proposto
(continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
2 Avaliaccedilatildeo das medidas de prevenccedilatildeo e controle de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SILVA Leandra
Terezinha Roncolato
da et al
Algumas medidas analisadas satildeo atividades realizadas rotineiramente pela enfermagem dentro da unidade o que aponta a necessidade de avaliaccedilatildeo sistemaacutetica que envolve aleacutem do processo educativo questotildees relacionadas agrave supervisatildeo e ao gerenciamento do cuidado na unidade uma vez que as normas embora instituiacutedas nem sempre foram incorporadas agrave praacutetica cliacutenica Outras estrateacutegias educativas devem ser discutidas e implementadas pela equipe de sauacutede dessas unidades A utilizaccedilatildeo de indicadores pode ser incorporada enquanto medida uacutetil para avaliaccedilatildeo da qualidade dos serviccedilos prestados
3 Avaliaccedilatildeo da implementaccedilatildeo de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
SOUZA AF Guimaratildees AC Ferreira
EF
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a criaccedilatildeo de um protocolo de medidas baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo denominada bundle da ventilaccedilatildeo O bundle de prevenccedilatildeo de pneumonia associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle - por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
4 Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica discursos de profissionais acerca da prevenccedilatildeo
SILVA Sabrina
Guterres da NASCIMENTO Eliane
Regina Pereira do SALLES Raquel
Kuerten de
Entretanto aplicar os protocolos na praacutetica assistencial eacute um desafio pois estudos sugerem que sejam dinacircmicos e implantados em conjunto com a equipe e que todos os envolvidos tenham motivaccedilatildeo permitindo a avaliaccedilatildeo da assistecircncia realizada e a criaccedilatildeo das metas propedecircuticas esclarecidas Normalmente tecircm sido bastante utilizados os Pacotes ou Bundles de Cuidados eles reuacutenem um pequeno grupo de intervenccedilotildees que quando implementadas em conjunto resultam em melhorias na aacuterea Diferente dos protocolos convencionais existentes nos bundles onde nem todas as formas de tratamento implantadas necessitam estar inclusas assim o objetivo natildeo eacute ser uma referecircncia mas ser um conjunto pequeno e simples das praacuteticas baseadas nas evidecircncias existentes que quando executadas de forma coletiva melhoram os resultados dos pacientes A decisatildeo de qual intervenccedilatildeo incluir no bundle deve ter custo facilidade de implantar e adesatildeo das medidas
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia
AutorAno
Comentaacuterios
5 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS
Amanda Michele vasco
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
6 Desmame e interrupccedilatildeo da ventilaccedilatildeo mecacircnica
GOLDWASSER Rosane
et al
A retirada da ventilaccedilatildeo mecacircnica eacute uma medida importante na terapia intensiva A utilizaccedilatildeo de diversos termos para definir este processo pode dificultar a avaliaccedilatildeo de sua duraccedilatildeo dos diferentes modos e protocolos e do prognoacutes-tico Por esse motivo eacute importante a definiccedilatildeo precisa dos termos
7 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B Ribeiro de
Moraes
A concepccedilatildeo deste trabalho pretende prevecirc que a assistecircncia de enfermagem seja pautada na avaliaccedilatildeo do paciente e que este dados forneccedilam instrumentos para que o diagnoacutestico de enfermagem seja identificado para que a partir disto metas sejam definidas para selecionar as intervenccedilotildees mais apropriadas agrave situaccedilatildeo especifica do paciente A elaboraccedilatildeo de uma ficha do algoritmo e sua aplicabilidade em uma unidade de terapia intensiva nesta cidade provecirc um guia que vem facilitando o processo de enfermagem e contribuindo para garantir boa qualidade de cuidados de enfermagem
8 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
A praacutetica baseada em evidecircncias (PBE) eacute a aplicaccedilatildeo sistemaacutetica da melhor evidecircncia disponiacutevel para a avaliaccedilatildeo de opccedilotildees e tomada de decisatildeo no cuidado do paciente e cenaacuterio poliacutetico Sua principal caracteriacutestica eacute o uso da evidecircncia cientiacutefica nas decisotildees do cuidado reconhecendo a experiecircncia cliacutenica como necessaacuteria mas natildeo o suficiente fornecer o melhor cuidado possiacutevel
9 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline
Daiane ROSADO Fernanda Menezes
Para o julgamento cliacutenico a enfermagem se alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados Para a etapa de avaliaccedilatildeo eacute utilizado pelos enfermeiros um instrumento de registro no formato de checklist
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Tabela 3 - Informaccedilotildees expressas nos textos que informam a modo de verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos enfermeiros em pacientes internados na UTI
com pneumonia conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia
AutorAno
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10 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF
Eacute recomendaacutevel que a unidade do estudo mantenha a avaliaccedilatildeo do resultado de suas accedilotildees como medida para o cuidado seguro e que novos estudos dessa natureza sejam realizados permitindo identificar o comportamento de outros grupos que trabalham com a prevenccedilatildeo da PAV
11 Iatrogenias accedilotildees do enfermeiro na prevenccedilatildeo de ocorrecircncias iatrogecircnicas em unidade de terapia intensiva
MAIA Luiz Faustino Santos
BASTIAN Joatildeo Carlos
A atuaccedilatildeo do enfermeiro em unidade de terapia intensiva visa ao atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e avaliaccedilatildeo dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma perspectiva humanista voltada para a qualidade de vida Eacute fundamental a adoccedilatildeo de protocolos assistenciais que contemple a magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vista a melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
12 Sauacutede Bucal na Terapia Intensiva Proposta de Protocolo para Cuidados de Enfermagem
MACHADO Ayanne Cris
eacute fundamental a implantaccedilatildeo de protocolos de higiene no ambiente hospitalar principalmente em UTIs com teacutecnicas e ferramentas adequadas bem como a implantaccedilatildeo de um meacutetodo de avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees da cavidade bucal no momento da internaccedilatildeo para que a equipe de enfermagem possa estabelecer as metas e planejar a assistecircncia para que se tenham paracircmetros de evoluccedilatildeo da mesma
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 3 destacamos 11 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que destacaram de modo a verificar os meacutetodos de avaliaccedilatildeo dos
enfermeiros em pacientes internados na UTI com pneumonia Diante do exposto
encontramos poucos trabalhos publicados que se referem sobre as formas de
avaliaccedilatildeo Portanto diante da pesquisa realizada verificamos que a aplicaccedilatildeo de
protocolos check list e bundles Bem como conhecimento cientiacutefico e praacutetica no
ambiente da UTI satildeo fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida
do paciente Que esta pesquisa possa servir de exemplo para novas pesquisas
acerca do tema
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
1 Proposta de Avaliaccedilatildeo de Enfermagem na Assistecircncia Ventilatoacuteria em Pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva em Hospital de Joatildeo Pessoa ndash Paraiacuteba
ANDRADE Rebecca de B
Ribeiro de Moraes
Nas uacuteltimas deacutecadas a assistecircncia agrave sauacutede inter e multidisciplinar no ambiente intensivo vem sendo compreendido na sua totalidade nas diversas faces do processo sauacutede-doenccedila a fim de orientar as linhas de cuidados centradas na humanizaccedilatildeo dignidade e respeito ao cliente e sua famiacutelia Os processos de trabalhos envolvidos na assistecircncia ao paciente portador de PAV requerem tecnologias em sauacutede comunicaccedilatildeo recursos humanos materiais empenho das equipes assistenciais processos de trabalhos definidos e na conduccedilatildeo do assistir em enfermagem o cuidar de forma sistematizado com uso de fundamentos teacutecnico-cientiacuteficos e accedilotildees de educaccedilatildeo permanente
2 Prevenccedilatildeo da Pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica revisatildeo integrativa
BERALDO Carolina Contador
O propoacutesito desse estudo avaliar a participaccedilatildeo da enfermagem na produccedilatildeo das evidecircncias cientiacuteficas sobre praacuteticas de prevenccedilatildeo da PAVM alguns aspectos merecem atenccedilatildeo considerando sua participaccedilatildeo ativa no cuidado do paciente hospitalizado na UTI como na aspiraccedilatildeo de secreccedilotildees respiratoacuterias higienizaccedilatildeo bucal e posicionamento do paciente no leito Em adiccedilatildeo o envolvimento da equipe eacute de suma relevacircncia com vistas ao controle das infecccedilotildees hospitalares
3 Medidas de Prevenccedilatildeo de Pneumonias Associadas agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica Invasiva na UTI adulto do HE da FMIt
BORGES Jacqueline
O bom funcionamento da UTI natildeo estaacute garantido somente pelos equipamentos mais tambeacutem pelo potencial humano Os enfermeiros teacutecnicos de enfermagem que atuam na UTI assumem grande parcela de cuidados diretos executam procedimentos complexos e de risco para o paciente Satildeo eles que realizam tambeacutem o trabalho mais pesado e imprescindiacutevel para o ser humano doente como higienizaccedilatildeo auxilio na alimentaccedilatildeo a promoccedilatildeo de conforto entre outros
4 Avaliaccedilatildeo de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva
COLACcedilO Aline Daiane
ROSADO Fernanda Menezes
No plano de cuidados individualizados a avaliaccedilatildeo de enfermagem investiga mudanccedilas no estado de sauacutede do indiviacuteduo certifica se todos os dados do histoacuterico de enfermagem satildeo exatos e estatildeo completos determina se os diagnoacutesticos de enfermagem estatildeo solucionados ou ocorreram novos problemas verifica se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados e as accedilotildees satildeo adequadas e examina a forma com que o plano de cuidados foi implementado identificando fatores que afetaram ou contribuiacuteram para o sucesso do plano
5 Eventos adversos associados agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva no paciente adulto em uma unidade de terapia intensiva
FARACO Michel Maximiano
O emprego da VM eacute uma decisatildeo meacutedica sendo de sua responsabilidade a escolha dos paracircmetros respiratoacuterios necessaacuterios para o iniacutecio do tratamento Entretanto eacute a equipe de enfermagem em seus cuidados ininterruptos e vigilacircncia constante que participa ativamente na continuidade da terapia implementada Ao enfermeiro cabe o conhecimento sobre a funccedilatildeo e as limitaccedilotildees dos modos ventilatoacuterios as causas de desconforto respiratoacuterio e assincronia com o ventilador e manejo adequado a fim de proporcionar atendimento de alta qualidade centrado no paciente com reconhecimento imediato dos problemas e a accedilatildeo para intervir na anguacutestia respiratoacuteria aguda dispneia aumento do trabalho ventilatoacuterio e prevenccedilatildeo de EA
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (continua)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
6 Prevenindo pneumonia nosocomial cuidados da equipe de sauacutede ao paciente em ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva
FREIRE Izaura Luzia Silveacuterio
FARIAS Glaucea Maciel de RAMOS
Cristiane da Silva
Sabemos que inuacutemeros fatores podem contribuir para que o paciente tenha PAVM como vimos na literatura Poreacutem mesmo natildeo podendo afirmar que a pneumonia ocorreu devido ao uso inadequado dos passos na realizaccedilatildeo dos cuidados nos pacientes com VM estamos convictos de que a falta de diretrizes satildeo fatores que sinalizam o risco para que esses pacientes desenvolvam PAVM e mesmo para aqueles que por outras razotildees natildeo tiveram pneumonia
7 Eficaacutecia de intervenccedilatildeo educativa relacionada agrave profilaxia da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
GONCcedilALVES FAF Os pesquisadores recomendam que o posicionamento de
45deg para indiviacuteduos em ventilaccedilatildeo mecacircnica deve tornar-se praacutetica comum no cenaacuterio da UTI pois esse cuidado reduz significativamente a incidecircncia de PAV em relaccedilatildeo ao paciente posicionado em decuacutebito dorsal e horizontal
8 Complicaccedilotildees no trato respiratoacuterio desenvolvidas por pacientes submetidos agrave Ventilaccedilatildeo Mecacircnica na Unidade de Terapia Intensiva
GOMES Andreacutea Rodrigues et al O manuseio dos equipamentos e o cuidado como
paciente deve entretanto seguir padrotildees estipulados nos regulamentos da instituiccedilotildees de sauacutede e entidades reguladoras entretanto cabe ao profissional enfermeiro conhecer e saber como evitar as complicaccedilotildees causadas pela Ventilaccedilatildeo Mecacircnica nos pacientes em UTI
9 Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados Influecircncias no cuidado da enfermagem Assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados influecircncias no cuidado da enfermagem
LUZ Marli da Os resultados apontam para o principal fator identificado
pelos profissionais de enfermagem como influente na prestaccedilatildeo de um cuidado aos pacientes dependentes de assistecircncia ventilatoacuteria invasiva em unidades de leitos natildeo especializados a infraestrutura que se expressa atraveacutes do ambiente das dificuldades com os recursos tecnoloacutegicos da carecircncia de insumos especiacuteficos para o paciente criacutetico da ausecircncia de protocolos norteadores da pressatildeo assistencial e particularmente pela falta do investimento em seguranccedila
10 Cuidados de enfermagem ao utente sob ventilaccedilatildeo mecacircnica internado em unidade de terapia intensiva
MELO Elizabeth Mesquita TEIXEIRA
Carlos Santos OLIVEIRA
Rogeacuteria Terto de ALMEIDA Diva
Teixeira de VERAS Joelna
Eline Gomes Lacerda de
Freitas STUDART Rita Mocircnica Borges
Relativamente agraves dificuldades dos profissionais nos cuidados ao utente em VM foram identificadas falta de conhecimento e seguranccedila tempo insuficiente para aprender e falta de oportunidade Com este estudo reforccedila-se a necessidade do profissional que interveacutem junto de utentes em estado criacutetico ampliar seu conhecimento a fim de oferecer assistecircncia qualificada sendo essencial a formaccedilatildeo permanente em serviccedilo Deste modo estudos com amostras maiores devem ser realizados de forma a promover evidecircncias cientiacuteficas abrangentes e ampliar o conhecimento acerca da temaacutetica reduzindo os riscos e agravamentos ao utente em suporte ventilatoacuterio invasivo
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Tabela 4 - Informaccedilotildees expressas nos textos verificando os principais aspectos dos cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI que utilizam a
ventilaccedilatildeo mecacircnica conforme objetivo proposto (conclusatildeo)
Referecircncia AutorAno
Comentaacuterios
11 Condutas de enfermagem diante da ocorrecircncia de alarmes ventilatoacuterios em pacientes criacuteticos
NEPOMUCENO Raquel de Mendonccedila
As autoras citadas comentam acerca das complicaccedilotildees decorrentes de iatrogenias ao cuidado direto com o paciente em uso de ventilaccedilatildeo mecacircnica e afirmam que satildeo duas as medidas fundamentais para preveni-las a presenccedila de profissionais experientes para o cuidado de pacientes graves e dependentes e a necessidade de melhor capacitaccedilatildeo da equipe como um todo
12 Assistecircncia de enfermagem ao paciente submetido agrave ventilaccedilatildeo invasiva
OLIVEIRA Sidnei Antocircnio
MARQUES Isaac Rosa
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees necessaacuterias
13 Conhecimento dos profissionais de sauacutede na Unidade de Terapia Intensiva sobre prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
POMBO Carla Mocircnica Nunes
ALMEIDA Paulo Ceacutesar
RODRIGUES Jorge Luiz Nobre
As UTI satildeo fontes de atenccedilatildeo especializada a pacientes criacuteticos e contam com equipes multidisciplinares capacitadas experientes que satildeo apoiadas pela Comissatildeo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar dos hospitais Dessa forma ao refletirmos sobre o agir do profissional que faz intensivismo nos veio a inquietaccedilatildeo em descobrirmos se esse profissional teve ou natildeo uma formaccedilatildeo suficiente para praacutetica da prevenccedilatildeo da PAVM
14 Tecnologias e avanccedilos nos estudos da assistecircncia ao paciente com pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica
VASCONCELOS Amanda Michele
vasco
No estudo como resultado fica notoacuteria a existecircncia de avanccedilos tecnoloacutegicos nos estudos da assistecircncia ao paciente com PAV e que os mesmos facilitam o processo de cuidado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos Por fim conclui-se que devido aos avanccedilos e tecnologias observados nas UTIrsquos faz-se necessaacuterio profissional capacitado para utilizar as inovaccedilotildees presentes em tal ambiente
15 Implantaccedilatildeo de protocolo de prevenccedilatildeo da pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica impacto do cuidado natildeo farmacoloacutegico
VIEIRA Deacutebora Feijoacute Villas Boas
Na maioria dos protocolos de prevenccedilatildeo da PAVM disponiacuteveis na literatura a educaccedilatildeo da equipe de sauacutede eacute niacutevel de evidecircncia 1 e grau de recomendaccedilatildeo A Jaacute a compreensatildeo da extensatildeo do problema e o conhecimento dos cuidados de prevenccedilatildeo passam a ser fatores motivadores para a equipe de sauacutede Como a maioria dos cuidados de prevenccedilatildeo tem um foco nas accedilotildees de enfermagem ressalta a importacircncia das enfermeiras dominarem esse conhecimento
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Na tabela 4 destacamos 15 artigos publicados e selecionados com as informaccedilotildees
pertinentes que se destacaram de modo a verificar os principais aspectos dos
cuidados de enfermagem junto aos pacientes internados na UTI e que utilizam a VM
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Diante do exposto encontramos um maior nuacutemero de trabalhos publicados
referentes a este cuidado de enfermagem aos pacientes na UIT com VM no entanto
a literatura mostra que nem sempre os protocolos e outros meacutetodos de avaliaccedilatildeo
estatildeo sendo praticados de fato para que a prevenccedilatildeo da pneumonia prevaleccedila com
qualidade e seguranccedila ao paciente Diante da pesquisa realizada podemos dizer
que toda equipe que pratica a assistecircncia na UTI em especial aos enfermeiros
detentores do conhecimento cientiacutefico e da experiecircncia no ambiente da UTI satildeo
fundamentais para qualidade do cuidado preservando a vida do paciente Que esta
pesquisa venha despertar novos conhecimentos e novas pesquisas acerca do tema
86
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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O presente trabalho concluiu segundo os objetivos da pesquisa no melhor
entendimento do tema e mostrou o quanto o profissional enfermeiro deve estar
presente fazendo melhorias para prevenccedilatildeo das doenccedilas relacionadas agrave VM
Portanto a atuaccedilatildeo do enfermeiro na UTI com os pacientes com VM visa ao
atendimento do cliente incluindo-se o diagnoacutestico de sua situaccedilatildeo intervenccedilotildees e
anaacutelise dos cuidados especiacuteficos de enfermagem a partir de uma concepccedilatildeo
humanista voltada para a qualidade e seguranccedila do paciente A enfermagem se
alicerccedila em modelos de praacutetica como o Processo de Enfermagem (PE) que se
estrutura em cinco etapas interrelacionadas e recorrentes coleta de dados de
enfermagem (histoacuterico de enfermagem) diagnoacutestico de enfermagem planejamento
de enfermagem implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de enfermagem Estas fases tecircm por
finalidade identificar as necessidades do indiviacuteduo planejar uma estrateacutegia de
atuaccedilatildeo traccedilar os objetivos a serem alcanccedilados intervir sobre a situaccedilatildeo e avaliar
os resultados de seu trabalho Portanto o PE caracteriza uma praacutetica que promove
um cuidado humanizado e orientado para a obtenccedilatildeo de resultados
O enfermeiro necessita ter conhecimentos especiacuteficos sobre a mesma para garantir
a qualidade da assistecircncia Estaacute qualidade poderaacute ser verificada na evoluccedilatildeo cliacutenica
do paciente submetido a esta terapia - O enfermeiro deve ter discernimento e
conhecimento suficientes para identificar indiacutecios de infecccedilatildeo alteraccedilotildees
gasomeacutetricas e sempre buscar o controle de complicaccedilotildees atraveacutes de teacutecnicas que
preservem assepsia e antes dos procedimentos envolvidos nas intervenccedilotildees
necessaacuterias
Se tratando da ventilaccedilatildeo mecacircnica ldquoinfelizmente nem todos os profissionais
sabem como lidar e nem sabem manuseaacute-la corretamenterdquo o que pode resultar em
agravos ao paciente ldquoOs cuidados de enfermagem tem repercussotildees importantes
no quadro cliacutenico do paciente ventilado artificialmenterdquo exigindo observaccedilatildeo
constante para evitar complicaccedilotildees em outros oacutergatildeos vitais ou seja haacute necessidade
de planejar o cuidado para que eventuais intervenccedilotildees de enfermagem sejam
realizadas adequadamente e o paciente esteja livre de iatrogenias eventos
88
adversos e o profissional da ocorrecircncia de erros destaca a ldquonecessidade de
cuidados de enfermagem fundamentaisrdquo holiacutesticos voltados para quem precisa de
ventilaccedilatildeo artificial
A estrateacutegia para a prevenccedilatildeo de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo mecacircnica foi a
criaccedilatildeo de um protocolo denominado ldquoBundle da ventilaccedilatildeordquo com medidas
baseadas em evidecircncias que quando implementadas em conjunto para todos os
pacientes em ventilaccedilatildeo mecacircnica resultam em reduccedilotildees significativa na incidecircncia
de pneumonia associada agrave ventilaccedilatildeo O ldquoBundle de prevenccedilatildeo de pneumonia
associado agrave ventilaccedilatildeo mecacircnicardquo possui quatro componentes principais a elevaccedilatildeo
da cabeceira da cama entre 30 e 45 graus a interrupccedilatildeo diaacuteria da sedaccedilatildeo e a
avaliaccedilatildeo diaacuteria das condiccedilotildees de extubaccedilatildeo a profilaxia de uacutelcera peacuteptica (uacutelcera
de stress) e a profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) (a menos que contra
indicado) Nem todas as estrateacutegias terapecircuticas possiacuteveis estatildeo incluiacutedas no bundle
- por exemplo a higiene bucal Na escolha de quais intervenccedilotildees adotar deve-se
considerar uma seacuterie de fatores como custo facilidade de implementaccedilatildeo e
comprovada aderecircncia agraves medidas preventivas mais baacutesicas em primeira instacircncia
Contudo os indicadores da qualidade eacute a higidez do cliente a qual conduzem ao
bem estar do paciente no aspecto fiacutesico mental e espiritual Acredita-se que a
atuaccedilatildeo de enfermagem pode ser favorecida pela implementaccedilatildeo de um instrumento
de avaliaccedilatildeo de enfermagem que oriente os profissionais caso o cliente admitido na
UTI apresente ou natildeo fatores de risco e que estes sejam evitados
Diante do estudo realizado eacute de fundamental importacircncia a criaccedilatildeo e a adoccedilatildeo de
protocolos assistenciais baseado nas recomendaccedilotildees vigentes que contemplem a
magnitude desses fatores e condiccedilotildees identificadas e discutidas com vistas a
melhorar a qualidade da assistecircncia tornando-a mais humanizada reduzindo
complicaccedilotildees decorrentes das iatrogenias
Esta pesquisa reforccedila que as instituiccedilotildees voltadas para assistecircncia agrave sauacutede devem
se empenhar em promover transformaccedilotildees associadas no que diz respeito agrave
inserccedilatildeo de novas tecnologias e melhorias que visem evoluccedilatildeo na qualidade dos
trabalhos prestados trazendo seguranccedila agilidade e manejo do trabalho da equipe
de enfermagem
Diante disso a enfermagem se encontra frente a um desafio que leva a rever seus
89
processos de atividades diaacuterias por isso ela pode ajudar de maneira mais
fundamentada tendo como objetivo principal a prestaccedilatildeo de atividade de maneira
individual e assim instituir a diferenccedila na assistecircncia de qualidade
Acredita-se que este estudo poderaacute contribuir para novas discussotildees a despeito da
praacutetica assistencial uma vez que o conhecimento associado agrave adesatildeo das
intervenccedilotildees de caraacuteter preventivo satildeo a base para qualidade do cuidado
90
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REFEREcircNCIAS AMARAL Simone Macedo CORTES Antonieta de Queiroacutez PIRES Faacutebio Ramocirca Pneumonia nosocomial importacircncia do microambiente oral J bras pneumol Satildeo Paulo v 35 n 11 p 1116-1124 Nov 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-37132009001100010amplng=enampnrm=isogt Acesso em 03 jul 2015
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