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CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PARA O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ 1 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcuros.com.br CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PARA O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ AULA DEMONSTRATIVA - APRESENTAÇÃO PESSOAL Bom dia, boa tarde, boa noite! Saiu o edital para o concurso do CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – CNJ - cargo de ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA. Sou a professora Márcia Albuquerque, natural de Fortaleza e ocupo atualmente o cargo de Procuradora da Fazenda Nacional em São Paulo. Sou Mestre em Direito Constitucional, Especialista em Direito Público e vou ministrar a disciplina Direito Civil. O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA O cargo de ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA tem como requisitos diploma, devidamente registrado, de curso de nível superior de graduação em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Realiza atividades de nível superior, de natureza técnica, relacionadas ao planejamento, organização, coordenação, supervisão, assessoramento, estudo, pesquisa e execução de tarefas que envolvam processamento de feitos, apoio a julgamentos, análise e pesquisa de legislação, de doutrina e de jurisprudência, bem como elaboração de laudos, de atos, de pareceres e de informações jurídicas. A remuneração é de R$ 6.611,39 (seis mil, seiscentos e onze reais e trinta e nove centavos). APRESENTAÇÃO DO CURSO O nosso curso on line (teoria e exercícios) de Direito Civil será voltado para a preparação do concurso público para o cargo de ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA e abordará todos os itens constantes do edital.

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CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA DO

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AULA DEMONSTRATIVA - APRESENTAÇÃO PESSOAL

Bom dia, boa tarde, boa noite!

Saiu o edital para o concurso do CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇA – CNJ - cargo de ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA

JUDICIÁRIA. Sou a professora Márcia Albuquerque, natural de

Fortaleza e ocupo atualmente o cargo de Procuradora da Fazenda

Nacional em São Paulo. Sou Mestre em Direito Constitucional,

Especialista em Direito Público e vou ministrar a disciplina Direito

Civil.

O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA

O cargo de ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA tem

como requisitos diploma, devidamente registrado, de curso de nível

superior de graduação em Direito, fornecido por instituição de ensino

superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Realiza

atividades de nível superior, de natureza técnica, relacionadas ao

planejamento, organização, coordenação, supervisão,

assessoramento, estudo, pesquisa e execução de tarefas que

envolvam processamento de feitos, apoio a julgamentos, análise e

pesquisa de legislação, de doutrina e de jurisprudência, bem como

elaboração de laudos, de atos, de pareceres e de informações

jurídicas. A remuneração é de R$ 6.611,39 (seis mil, seiscentos e

onze reais e trinta e nove centavos).

APRESENTAÇÃO DO CURSO

O nosso curso on line (teoria e exercícios) de Direito Civil será

voltado para a preparação do concurso público para o cargo de

ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA e abordará todos os itens constantes do edital.

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Contemplará resoluções de questões da Banca CESPE pertinentes

tanto ao mencionado concurso, quanto a outros, como meio de “treinar” e fixar cada vez mais o aprendizado, bem como o modo

como a banca “cobra” o conteúdo. Será composto de 10 aulas, além

desta.

A BANCA CESPE

As provas do CESPE avaliam HABILIDADES e CONHECIMENTOS.

Como assim? Para avaliar habilidades elaboram questões com alto

grau de subjetividade.

Devido ao grau de subjetividade, necessita que o candidato aprimore

a aprendizagem da “interpretação” dos enunciados e das opçõesapresentadas. Muitas vezes a banca constrói um enorme enunciado

com apenas uma palavra que o torna errado. Assim, é preciso

aprender a detectá-la, a ter a perspicácia de encontra-las e mais, de

enxergá-las com rapidez.

Para avaliar conhecimentos exige não só o domínio da literalidade

da lei (alto grau de literalidade), como também a doutrina.

A Banca CESPE se utiliza de várias ferramentas para selecionar

candidatos com um adequado PERFIL PROFISSIONAL para o cargo

pretendido. Para tanto, usa diversos tipos de provas, vários níveis de

dificuldade, notas altas de eliminação e penas para os erros.

Por isso, a abordagem do material de estudo deve contemplar lei

seca e doutrina, mas a doutrina como suporte de explicação dos

diversos conceitos do Direito Civil, como estratégia para alcançar o

resultado da sua aprovação, indicando os assuntos que a banca cobra

a lei seca e quais serão necessários o aprofundamento na doutrina. O

material também deve ensinar a você estratégias para uma ótima

capacidade de memorização.

Pois bem! Estamos aqui no Ponto para orientar o seu estudo e

direciona-lo no caminho rumo à aprovação! Para tanto, há a

necessidade de muito treino e dedicação.

A PROVA OBJETIVA

A sua prova objetiva será constituída de itens para julgamento,

agrupados por comandos que deverão ser respeitados.

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O julgamento de cada item será CERTO ou ERRADO, de acordo com

o(s) comando(s) a que se refere o item. Haverá, na folha de

respostas, para cada item, dois campos de marcação: o campo

designado com o código C, que deverá ser preenchido pelo candidato

caso julgue o item CERTO, e o campo designado com o código E, que

deverá ser preenchido pelo candidato caso julgue o item ERRADO.

Para obter pontuação no item, o candidato deverá marcar um, e

somente um, dos dois campos da folha de respostas.

DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROVAS OBJETIVAS

A nota em cada item da prova objetiva de conhecimentos

específicos para todos os cargos (todas as áreas), feita com base

nas marcações da folha de respostas, será igual a: 2,00 pontos, caso

a resposta do candidato esteja em concordância com o gabarito

oficial definitivo das provas; 2,00 pontos negativos, caso a resposta

do candidato esteja em discordância com o gabarito oficial definitivo

das provas; 0,00, caso não haja marcação ou haja marcação dupla (C

e E).

MÉTODOS DE ESTUDO

Neste tópico vou abordar algumas das metodologias utilizadas ao

longo do curso. É preciso ter em mente que:

Numa mesma aula NÃO serão utilizadas TODAS as

metodologias/técnicas de memorização; A metodologia muda conforme o assunto da aula a ser

abordada.

Para conseguirmos nosso maior objetivo (sua aprovação), importante

utilizarmos técnica de estudo voltada para a banca mencionada.

Técnica significa, no popular, a melhor maneira (modo) de se fazer

algo. Como assim?

Gestão da informação: para este curso on line, elaborei a “gestão

da informação”, ou seja, “desenhei as informações” (conteúdo

programático), fiz a “reprodução gráfica de ideias” através de

associações criativas, voltadas eminente para a memorização; usei

esta estratégia como forma de você lembrar o conteúdo na hora da

prova.

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Para tanto, criei uma sequência lógica de ideias, de modo a construir

um raciocínio que te leve a aprender definitivamente os diversos

conceitos do Direito Civil e a diferenciá-los. Usei e abusei das

ferramentas “desenhos, figuras e exemplos”, para que, ao final, você seja conduzido através da visualização a memorizar somente o que

vai ser cobrado na prova. Os desenhos e exemplos servirão, vão te

levar ao ponto culminante do objetivo: acertar as questões!

Usei técnicas que oriente você a aprender, dominar, diferenciar (e

decorar) a lei, os conceitos, a identificar as “pegadinhas” e “cascas de

bananas”. Enfim, orientação e gerenciamento do seu estudo: como

enxergar o modo que a banca aborda a matéria, numa metodologia

(método) voltada unicamente para a sua aprovação! Vamos abusar

dos mapas mentais, dos métodos da associação, do empilhamento e

repetitivo.

Metodo da Repetição: consiste em ler e reler várias vezes o

texto (literal) da lei, grifando palavras chaves, pontos importantes. Em qualquer concurso o candidato precisa saber a lei. Aqui, você vai

fotografar e guardar as palavras chaves dos artigos da lei. Este

método não pode ser dispensado, mas ele por si só, na minha

opinião, faz com que você leve mais tempo para assimilar todo o

conteúdo. Por isso, este aliado aos outros encurta o caminho para a

sua aprovação. Então você deve ler e reler a lei seca, o material de

estudo, fixando, fotografando as palavras chaves.

Resolução de Provas anteriores: Como ressaltado, usei questões anteriores dos concursos para os cargos de Analista e Técnico de

diversas bancas, bem como de outros concursos que cobrem a

matéria de modo literal. Seguiremos fielmente tópico a tópico do

programa do edital, apresentando-os com ilustrações, mapas

mentais, desenhos e esquema, de modo associativo e repetitivo, e,principalmente, aplicando uma construção e sequência lógicas de

raciocínio (ideias), encurtando a barreira entre você e a disciplina,

mesclando com questões pertinentes ao tema e sempre numa

didática a tornar mais fácil a marcar o “X” na resposta correta.

Método da Associação: também como estratégia para sua

aprovação, é necessário praticar o método associativo. Este parte do

que, até então, é desconhecido associando-o ao que é conhecido por

você.

Método do Empilhamento: consiste em dar vida àquilo que

queremos lembrar, criar paisagem mental.

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associar a uma

CONHECIDO:

Afinal, estamos aqui para CONDUZIR RESULTADO (SUA

APROVAÇÃO) do TAMANHO da MARCA que o PONTO representa!

Dito isto, apresento com conteúdo programático.

Cada item a ser lembrado Figuras em sequência

DESCONHECIDO:

Art. 202. A interrupção da prescrição,

que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo

incompetente, que ordenar a citação;

II - por protesto (boleto protestado);

III - por protesto cambial (cheque, notapromissória, duplicata protestada);

IV - pela apresentação do título de

crédito em juízo de inventário ou emconcurso de credores (falência);

V - por qualquer ato judicial que

constitua em mora o devedor =

citação;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo

devedor = parcelamento, acordo.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA DEMONSTRATIVA: Prescrição e Decadência.

AULA 01. Lei de introdução às normas do direito brasileiro. Vigência,

aplicação, interpretação e integração das leis. Conflito das leis no

tempo. Eficácia da lei no espaço.

AULA 02. Pessoas naturais. Existência. Personalidade. Capacidade.

Nome. Estado. Domicílio. Direitos da personalidade. Ausência.

Pessoas jurídicas. Constituição. Associações. Sociedades, Fundações.

Desconsideração da personalidade jurídica. Responsabilidade.

Extinção. Domicílio. Bens. Diferentes classes de bens.

AULA 03. Ato jurídico. Fato e ato jurídico. Fatos e atos jurídicos:

negócios jurídicos; requisitos; defeitos dos negócios jurídicos;

modalidades dos negócios jurídicos; forma e prova dos atos jurídicos;

nulidade e anulabilidade dos negócios jurídicos; caso fortuito e força

maior.

AULA 04. Atos ilícitos; abuso de direito; Responsabilidade civil.

AULA 05. Direito das Obrigações: modalidades; transmissão;

adimplemento e extinção; inadimplemento.

AULA 06. Contratos. Contratos em geral. Disposições gerais.

Extinção. Preferências e privilégios creditórios.

AULA 07. Direito de empresa. Empresário. Sociedades de fato, grupos

despersonalizados, Estabelecimento. Falência e recuperação judicial.

AULA 08. Direitos reais; espécies.

AULA 09. Direito de família. Casamento. Relações de parentesco.

Regime de bens entre os cônjuges. União estável. Tutela. Curatela.

AULA 10. Lei nº 6.015/1973 e alterações (Registro de imóveis).

Noções gerais, registros, presunção de fé pública, prioridade,

especialidade, legalidade, continuidade, transcrição, inscrição e

averbação. Procedimento de dúvida. Direitos autorais. Lei nº

8.069/1990 e alterações (Estatuto da Criança e do

Adolescente). Disposições preliminares, direitos fundamentais,

prevenção, medidas de proteção, perda e suspensão do poder

familiar, destituição de tutela, colocação em família substituta.

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Questão 01. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção A prescrição

representa a perda do exercício do direito objetivo.

A questão nos remete ao estudo da prescrição e da decadência, um

dos assuntos mais árduos na preparação para concurso (na minha

opinião) seja no Direito Civil, Tributário ou em qualquer outro ramo

do Direito. Todos os concursos que contemplam a disciplina de Direito

Civil no edital, incluem e exigem na prova, a prescrição e a

decadência.

O Código Civil brasileiro traça as normas gerais sobre a prescrição

e a decadência a ser aplicada a todo o ordenamento jurídico. A partirdaí, os outros ramos do Direito dispõem, especificamente sobre a

matéria, traçando suas especificidades, detalhes.

A aplicação da prescrição e da decadência rege-se pelo “princípio da

especialidade”. Este revela que a norma especial afasta a incidência

da norma geral, “Lex specialis derogat legi generali”, naquilo que lhe

for contrário.

A norma se diz especial quando contiver os elementos de outra

(geral) e acrescentar pormenores. A norma será preponderante,

quando especial. Assim, por exemplo, o Direito Tributário possui

normas específicas sobre a prescrição e decadência, afastando aregra geral quando lhe for contrária.

Assim, vamos, de um modo prático, dominar o tema.

PRESCRIÇÃO: para você entender a prescrição bem como a

diferença entre ela e a decadência vamos usar o seguinte exemplo:

um devedor “A” e um credor “B”:

Relação de crédito e débito: veja a sequência de ideias:

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(1)

“A” devedor

(2) (3)

”B” credor

(3)

(4)

Explico: No Direito Civil (norma geral), a PRESCRIÇÃO SEMPRE se

refere a uma RELAÇÃO DE CRÉDITO E DÉBITO. SEMPRE! NUNCA

DEIXE A PROVA “PEGAR” VOCÊ, lhe INDUZIR AO ERRO! A

decadência no Direito Civil NUNCA decorre de uma relação de

crédito e débito.

NÃO PAGA

no vencimento

Início da contagem do

prazo prescricional

no vencimento

VIOLA O

DIREITO do

credor

Nasce para o credor

uma PRETENSÃO

(Direito de Ação)

PRETENSÃO

(Direito de Ação)

Direito de exigir (cobrar) seu crédito

no prazo estabelecido pela lei.

Se o credor NÃO exercer sua PRETENSÃO (direito de

ação) dentro do PRAZO = PRESCRIÇÃO (extingue a

pretensão).

PRESCRIÇÃO: PERDA DO DIREITO DE AÇÃO pela inércia

do titular do direito por não o ter exercido dentro do

prazo previsto em lei. Ocorrida à prescrição, o credor não

pode mais exigir, cobrar o seu crédito.

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Então vamos imaginar uma relação de crédito e débito, em que o

devedor “A” deve ao credor “B” uma quantia “X” com vencimento

para o dia 20.

Qual é a obrigação do devedor no dia 20? Pagar o que deve. Caso ele

venha a pagar, a obrigação se extingue pelo pagamento, havendo o

cumprimento espontâneo da obrigação.

Porém, sabemos que nem sempre ocorre dessa forma. Por vários

motivos, o devedor NÃO PAGA NO VENCIMENTO a sua obrigação,

o seu débito (dívida).

Qual a consequência do NÃO PAGAMENTO do débito (dívida)

NO VENCIMENTO?

O NÃO PAGAMENTO NO VENCIMENTO por parte do devedor

VIOLA O DIREITO DO CREDOR, faz nascer para este, uma

PRETENSÃO.

A PRETENSÃO nada mais é do que um DIREITO DE AÇÃO. Direito

de ação para que? Para EXIGIR (COBRAR) seu crédito. Veja que a

PRETENSÃO (DIREITO DE AÇÃO) surge a partir da VIOLAÇÃO

DO DIREITO (guarde bem isto!).

A partir do momento em que o devedor viola o direito do credor,

nesse momento é que surge a pretensão e, consequentemente inicia-

se a contagem do prazo prescricional dentro do qual o credor pode

exigir seu crédito.

Mas veja: o credor possui todo o tempo do mundo para cobrar seu

crédito? NÃO! A lei estabelece, dispõe sobre os prazos de prescrição,

elenca estes prazos, dentro dos quais o credor dispõe para exigir,

cobrar seu crédito.

Se o credor NÃO exercer sua PRETENSÃO (direito de ação) dentro

do PRAZO, se o credor NÃO EXIGIR, NÃO COBRAR seu crédito no

prazo estabelecido pela lei, ocorrerá a PRESCRIÇÃO (extinção da

pretensão, do direito de ação).

A PRESCRIÇÃO é a PERDA DO DIREITO DE AÇÃO pela inércia dotitular do direito não o ter exercido dentro do prazo previsto em

lei. Ocorrida à prescrição, o credor não pode mais exigir, cobrar o seu

crédito.

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Ambas (prescrição e decadência) baseiam-se na estabilidade que a

ordem jurídica deve assegurar às relações jurídicas.

Prescrição é a extinção de uma suposta (possível) ação judicial, emvirtude da inércia de seu titular (não exerceu o direito de ação no

prazo, no lapso de tempo estabelecido pela lei).

A decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular,

quando sua eficácia (produção de efeitos do direito) foi subordinada à

condição de seu exercício (do direito) dentro de um prazo prefixado,

e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado.

A inércia e o tempo são elementos comuns à decadência e à

prescrição. Diferenciam, entretanto, quanto ao seu objetivo e

momento de atuação: na decadência, a inércia diz respeito ao

exercício do direito e o tempo opera os seus efeitos desde o

nascimento deste (direito). Na prescrição, a inércia diz respeito ao

exercício da ação judicial e o tempo opera os seus efeitos desde a violação do direito, que, em regra, é posterior ao nascimento do

direito por ela protegido.

(contrai um empréstimo com vencimento dia 20/06)

Devedor 20/05 20/06

Credor

DEVE $ 500,00

20/05: NASCE O

DIREITO para o

credor: possui um

direito de crédito;

porém o direito ainda

não é exercitável; só se

torna exercitável após odia 20/06 (vencimento

sem pagamento).

NÃO PAGA

500,00

VIOLA O

DIREITO DO

CREDOR

PRETENSÃO (Nasce o direito de ação):

início da contagem do prazo

prescricional

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Tudo bem até aqui? Então vou prosseguir:

Assim dispõe o Código Civil (veja o primeiro artigo do Código Civil

referente à prescrição):

A prescrição prejudica a quem? Ao credor (que não exigiu o seu crédito noprazo legal, foi inerte e não pode mais exigir devido ter ocorrido a prescrição).

Agora veja a interpretação, o comentário sobre o artigo:

Na nova concepção do Código Civil de 2002, a prescrição

extingue a pretensão (direito de ação), que é a exigência de

subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio.

De acordo com o art.189 do Código Civil de 2002, o direito material

(crédito) violado dá origem à pretensão, que é deduzida em

juízo por meio da ação. Extinta a pretensão, não há ação.Portanto, a prescrição extingue a pretensão (direito de ação).

Pense antes responder: a prescrição favorece a quem?

Ao devedor, que não pagou o seu débito e, se cobrado após a

prescrição ter se consumado, pode alega-la como meio de defesa

para não efetuar o pagamento.

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a

qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os

arts. 205 e 206.

Art. 189. Violado o direito (pelo NÃO PAGAMENTO, no

VENCIMENTO), nasce para o titular (credor, titular do

direito) a pretensão (DIREITO DE AÇÃO, para exigir, cobrar seu

crédito), a qual se extingue (a pretensão, o DIREITO DE AÇÃO se extingue), pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts.

205 e 206.

Atenção! Prazos de prescrição: inicia-se a contagem do prazo no

momento da violação do direito; prazos de decadência: inicia-se a

contagem no momento do nascimento do direito. Voltarei ao tema

do início da contagem dos prazos no tópico diferenças entre a

prescrição e decadência.

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A prescrição prejudica a quem? Ao credor, que não exigiu, não

efetuou a cobrança do seu crédito no prazo estabelecido em lei e não

pode mais fazê-lo.

Mais uma coisa: se a prescrição favorece ao devedor, este pode

renunciá-la e pagar seu débito mesmo prescrito? Pode ou não pode

haver renúncia à prescrição?

Sim, pode! Guarde bem isso: pode haver renúncia à prescrição: o

devedor pode renunciar a prescrição e pagar o débito. Adiante

tratarei do tema renúncia à prescrição.

DECADÊNCIA: no Direito Civil, a prescrição (ou os prazos sujeitos

à prescrição) decorre sempre de uma RELAÇÃO DE CRÉDITO E

DÉBITO. A decadência no Direito Civil NUNCA decorre de uma relação de crédito e débito; os prazos sujeitos a decadência

regulam e se refere aos chamados DIREITOS POTESTATIVOS.

Exemplifiquemos:

DECADÊNCIA: Decorre do não exercício dos “Direitos

Potestativos”. Direitos Potestativos são direitos que NÃO

decorrem de uma PRETENSÃO (direito de ação para exigir um

crédito) – são direitos SEM PRETENSÃO.

São direitos que não dependem de nenhuma prestação da outra

parte. O único objetivo destes direitos é constituir ou

desconstituir ou modificar relações jurídicas.

São poderes, deveres, direitos que se exercitam com uma simples

DECLARAÇÃO DE VONTADE. É aquela espécie de direito, ao qual

não corresponde nenhum dever jurídico da outra parte, do outro

sujeito, mas tão-somente uma situação de sujeição do outro

sujeito da relação jurídica. Uma pessoa faz uma declaração de

vontade. A lei incide nessa declaração de vontade e confere efeitos a

ela.

À título exemplificativo, o mandato (procuração), que pode a

qualquer tempo ser revogado – e o direito à separação, a que deve a

parte se sujeitar ao pedido de outrem, já que ninguém é obrigado a

permanecer casado.

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A lei confere consequência jurídica (efeitos) à declaração de vontade.

O outro sujeito está em ESTADO DE SUJEIÇÃO: NADA PODE

FAZER, É DISPENSADA SUA VONTADE.

Ex: Esposa por erro essencial sobre seu cônjuge tem direito de anular

casamento. O prazo decadencial tem início, nasce com o direito. Na

prescrição o prazo só se inicia quando o direito do credor é violado

(vencimento e não pagamento).

Tomemos como exemplo um casal (casamento):

Maria por erro essencial sobre seu cônjuge tem direito de anular

casamento

Cônjuge: Estado de sujeição (é dispensada sua vontade)

Note que NÃO há uma relação de crédito e débito. Não há credor ou

devedor. Não há uma pretensão (direito de exigir, cobrar um crédito).

A decadência está relacionada eminentemente aos direitos

potestativos, direitos sem pretensão; direitos que são exercitáveis

com uma simples declaração de vontade, produzindo eficácia (efeitos

jurídicos) desejada.

DECLARAÇÃO DE

VONTADE

(exercida no prazo “X”)

NÃO exercício do direito

no prazo

DECADÊNCIA

Nascimento do direito:

início da contagem do

prazo decadencial

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DIFERENÇAS ENTRE A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA

PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA

Decorre de um direito de

crédito; uma relação de crédito

e débito.

Decorre de Direitos

Potestativos (direitos sem

pretensão): insuscetíveis de

violação.

Direitos patrimoniais. Direitos não patrimoniais.

A prescrição é a perda do

direito de ação (de reivindicar

esse direito por meio da ação

judicial cabível).

A decadência é a perda do

direito em si por não ter sido

exercido no prazo.

Não “corre” contra algumas

pessoas: arts. 197, 198, 199.

Aplica-se à prescrição a

SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO e

IMPEDIMENTO do prazo.

Regra: o prazo “corre” contra

todos. Há uma exceção – art.

207. Em regra NÃO se aplica à

decadência a SUSPENSÃO,

INTERRUPÇÃO e

IMPEDIMENTO do prazo.

Só há Prescrição legal (prazos

legais): TODOS os prazos de

prescrição decorrem

exclusivamente da lei. NÃO se

pode criar prazos prescricionais.

A Decadência pode ser Legal

(lei) ou Convencional (contrato).

Não há prescrição

convencional (as partes não

podem “criar” prazos

prescricionais).

As partes podem “criar”,

estabelecer prazo decadencial

(convencional, por exemplo, num

contrato)

Pode ser decretada de ofício

pelo juiz (independente de

alegação das partes) – art. 219,

parágrafo quinto do CPC (revogou

o art. 194 do CC).

Art. 210. Deve o juiz, de ofício,

conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei (legal).

Art. 211. Se a decadência for

convencional, a parte a quem

aproveita pode alegá-la em

qualquer grau de jurisdição,

mas o juiz não pode suprir a

alegação.

Só a decadência legal é

decretada de ofício pelo juiz. A decadência convencional não

pode ser decretada de ofício

pelo juiz. A parte a quem

aproveita deve arguir, alegar a

decadência convencional.

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Somente as ações

condenatórias estão sujeitas a

prazos prescricionais.

Somente as ações

constitutivas e

desconstitutivas estão sujeitas

a prazo decadencial.

A ação declaratória é

imprescritível.

Repito: Os prazos

prescricionais estão sujeitos a

suspensão, interrupção e ao

impedimento.

Repito: Regra: os prazos

decadenciais não se

suspendem nem se

interrompem; há uma exceção

(absolutamente incapaz) - art.

207. Salvo disposição legal em

contrário, não se aplicam à

decadência as normas que

impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Art.

208. Aplica-se à decadência o

disposto nos arts. 195 e 198,

inciso I (não corre a prescrição

contra absolutamente incapaz – o

mesmo se aplica à decadência)

Início do prazo: o prazo

somente começa a fluir com a

violação do direito (quando o

direito é violado).

Início do prazo: o prazo começa

a fluir com o direito com o

nascimento do direito (quando

o direito nasce).

Renúncia: Pode haver

RENÚNCIA (expressa ou

tácita) da prescrição – art. 191

Renúncia: Somente pode haver

renúncia do prazo de

decadência convencional. Art.209. É nula a renúncia à

decadência fixada em lei (legal).

Pode haver RENÚNCIA a

decadência CONVENCIONAL.

Comentários à questão 01: Questão 01. CESPE - 2012 - TJ-RR -

Agente de Proteção A prescrição representa a perda do exercício do

direito objetivo.

Comentários: - Prescrição é a perda de uma pretensão de exigir um

crédito; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do

tempo.

- Decadência é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu

titular no prazo previsto em lei; é a perda do direito em si, em razão

do decurso do tempo.

Gabarito: errado

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Questão 02. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. A

prescrição extingue tanto a pretensão quanto o direito de ação.

Comentários: DECADENCIA: É a perda do próprio direito (objetivo).

Essa perda por obvio atingirá o direito de ação.

PRESCRIÇÃO: Violado o DIREITO, nasce a PRETENSÃO, a qual se

extingue pela PRESCRIÇÃO.

Gabarito: errado

Feitas as diferenças, passo a análise dos tópicos:

RENÚNCIA A PRESCRIÇÃO

Questão 03. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção Assim como

a decadência legal, a decadência convencional pode ser reconhecida

de ofício pelo juiz, e não pode ser renunciada após a consumação,

conforme disposição legal.

Relembremos o explanado acima:

A prescrição prejudica a quem? Ao credor (que não exigiu o seu

crédito no prazo legal, foi inerte e não pode mais exigir devido ter

ocorrido a prescrição).

A prescrição favorece a quem? Ao devedor que não pagou o seudébito e, se cobrado após a prescrição ter se consumado, pode alega-

la como meio de defesa para não efetuar o pagamento.

Se a prescrição favorece ao devedor, este pode renunciá-la e pagar

seu débito mesmo prescrito? Sim, pode! Guarde bem isso: pode

haver renúncia à prescrição: o devedor pode renunciar a

prescrição e pagar o débito. Mas professora, quem é louco de estar

com um débito prescrito e pagá-lo? Às vezes o sujeito nem sabe que

está prescrito! Veja em que moldes ocorre a renúncia à prescrição.

Dispõe o Código Civil:

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e

só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a

prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume

de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

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Vamos às observações:

A renuncia à prescrição SÓ valerá após sua consumação: após

esgotado o último dia do prazo que o credor teria para exigir seu

crédito do devedor. Imagine agora que o prazo de prescrição seja de

1 ano (o credor tem 1 ano para exigir seu crédito, sob pena de

prescrição):

(débito, dívida dia 20/06)

Devedor 20/05 20/06 vencimento

Credor

20/06/2010 --- 1 ano --- 20/06/2011 Vencimento Consumação

1) A renúncia à prescrição pode ser expressa ou tácita. Éexpressa, quando o devedor paga um débito prescrito, renunciando

ou por escrito ou verbalmente: “chega” no credor diz que veio

pagar. Pode ser por vários motivos, até porque esse devedor ache

que tem um dever moral, íntimo ou que nem saiba que o débito está

prescrito, enfim... ele paga. A renúncia tácita ocorre de atos do

interessado, atos incompatíveis com a prescrição, atos inequívocos

que induzem a renúncia, como por exemplo, um parcelamento.

2) A renúncia da prescrição só valerá depois que a prescrição se

consumar.

DEVE $ 500,00

20/05: NASCE O DIREITOpara o credor: possui um direito de crédito; porém odireito ainda não é exercitável; só se tornaexercitável após o dia 20/06 (vencimento sem pagamento).

NÃO PAGA

500,00

VIOLA O

DIREITO DO

CREDOR

PRETENSÃO (Nasce o direito de ação):

início da contagem do prazo

prescricional

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A prescrição se consumou dia 20/06/2011. A partir daí, se houver

pagamento (renúncia expressa) ou parcelamento (renúncia tácita) é

que pode houve renúncia à prescrição.

Somente a partir da consumação da prescrição (crédito prescrito) é

que pode haver a renúncia, pelo simples fato de que NINGUÉM PODE

RENUNCIAR O QUE AINDA NÃO EXISTE.

A contagem do prazo prescricional iniciou-se em 21/06/2010. Até

supostamente meia noite do dia 20/06/2010 o devedor pode pagar.

Vencimento sem pagamento viola direito do credor. Inicia-se a

contagem do prazo. O credor possui 1 (um) ano (no nosso exemplo)

para exigir seu crédito.

Até o final do dia 20/06/2011 o credor pode exigi-lo! Ainda não háprescrição. Note que dentro desse período de tempo, o devedor pode

pagar espontaneamente, ou ser cobrado pelo débito e paga-lo, mas

NÃO CARACTERIZA A RENÚNCIA porque a prescrição ainda se

consumou. O prazo prescricional está “correndo”.

Após o dia 21/06/2011, aí sim, se o devedor paga ou pratica

qualquer ato incompatível com a prescrição, qualquer ato inequívoco

que induza a prescrição caracteriza a RENÚNCIA.

Cuidado com as pegadinhas, “casca de banana”. São comuns as

questões de concurso, do tipo:

A renúncia à prescrição só pode ser expressa (errada).

A renúncia à prescrição só pode ser tácita (errada). A renúncia à prescrição pode ser expressa ou expressa e pode

ocorrer antes dela se consumar (errada).

Não pode haver renúncia à prescrição (errada).

A renúncia à prescrição não pode ocorrer com prejuízo de terceiros. O

exemplo é da prescrição contra o absolutamente incapaz.

3) A renúncia da prescrição só valerá sem prejuízo de terceiro.

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RENÚNCIA A DECADÊNCIA

Você já sabe que os prazos de decadência podem ser: legal,

convencional.

a) Decadência legal: o prazo decorre da lei. A lei fixa o prazo

para se exercer um direito. Exemplo: art. 45, parágrafo único

do CC: “Decai em três anos o direito de anular a

constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por

defeito do ato respectivo” (...) e art. 48, parágrafo único:

“Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou

forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude”.

Note que a lei estabeleceu o prazo decadencial para se exercer esse

direito. Note também que aí não se trata de relação de crédito e

débito. Pois bem! Primeira regra: O prazo de decadência fixada em lei

(DECADÊNCIA LEGAL) NÃO PODE SER RENUNCIADO. Caso haja

renúncia, esta será NULA.

b) Decadência Convencional: as partes (por exemplo, num

contrato) podem estabelecer, criar um prazo para que ambas

ou uma delas possa exercer um direito. Passado o prazo, sem

exercita-lo, decai do direito. O prazo de DECADÊNCIACONVENCIONAL PODE SER RENUNCIADO.

Comentários à Questão 03. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de

Proteção Assim como a decadência legal, a decadência convencional

pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, e não pode ser renunciada

após a consumação, conforme disposição legal.

Comentários: Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em LEI.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, QUANDO

estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for CONVENCIONAL, a parte a quem

aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz

não pode suprir a alegação.

Gabarito: errado

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei (legal).

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IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

Questão 04. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área

Administrativa Não corre prescrição contra os excepcionais sem

desenvolvimento mental completo.

As mesmas hipóteses (causas) ora impedem, ora suspendem a

prescrição; dependem do momento em que elas ocorrem.

IMPEDIMENTO (do início do prazo prescricional): a contagem do

prazo de prescrição pode ser impedida de ter início.

Exemplo: um homem e uma mulher se conhecem; iniciam umnamoro. Um dia ele pede uma quantia de dinheiro emprestado a ela

(com prazo para pagamento “X”).

Antes de vencimento do prazo para pagamento, eles casam. Após o

casamento a dívida vence; porém, mesmo que ele não realize o

pagamento, o casamento impede o início da contagem do prazo

prescricional.

Note a sequência: 1. Contrai a dívida; 2. Casamento; 3. Vencimento

e não pagamento.

A constância da sociedade conjugal impede o início, a fluência do prazo prescricional

1. Débito 2. casamento 3. vencimento e não pagamento

A constância da sociedade conjugal (casamento) impede o início da

contagem do prazo para, p. ex., a mulher cobrar a dívida do marido

para com ela.

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SUSPENSÃO:

Início da contagem do prazo prescricional O casamento suspende a fluência do prazo prescricional

“corre” o prazo de prescrição

1.Débito 2. Vencimento + não pagamento 3. Casamento

Na suspensão do prazo prescricional ocorre o seguinte:

1. O débito foi contraído;

2. Houve vencimento do débito sem pagamento, e aí se inicia a

fluência, a contagem do prazo prescricional; o prazo prescricional tem

início, começa a “correr”..... acontece que:

3. Eles casam e aqui, nesse caso, a constância da sociedade conjugal

(durante o período em que estiverem casados) é hipótese de

suspensão do prazo prescricional.

Durante a constância da sociedade conjugal não “corre” a prescrição,

não podendo ela exigir, cobrar do seu cônjuge o empréstimo

contraído. Se um dia houver a separação judicial, o prazo

prescricional continuará a correr. Atenção!

Veja que pela mesma causa, hipótese (constância da sociedade

conjugal) pode vir a ocorrer o impedimento ou a suspensão do prazo.

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Note que no impedimento, o débito foi contraído e como o casamento

ocorreu antes do vencimento da dívida, quanto este vier a ocorrer, o

prazo de prescrição será impedido de ter início. Já na suspensão, o

débito vence sem pagamento; o prazo inicia sua contagem e o posterior casamento suspende o prazo.

NA SUSPENSÃO CONTA-SE O PRAZO ANTERIOR E O PRAZO

POSTERIOR; SOMAM-SE OS PRAZOS ANTERIOR E POSTERIOR.

NA INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL, O PRAZO É

ZERADO E VOLTA A CORRER PELO TEMPO TOTAL.

SUSPENSÃO:

Ainda não são casados; está correndo o prazo

prescricional para ela cobrar a ele:

prazo anterior restante do prazo posterior começa a “correr”

Casamento: suspende Separação judicial

a contagem do prazo

vencimento

O Código Civil dispõe nos arts. 197, 198 e 199 sobre as hipótese de

impedimento e suspensão da prescrição:

INTERRUPÇÃO:

Reinicia a contagem do prazo

Prazo anterior

Causa que interrompe a prescrição - zera o prazo

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PRESCRIÇÃO: IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO

Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores,

durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente);

II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos

Estados ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em

tempo de guerra.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Das Causas que Interrompem a Prescrição

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a

citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei

processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou

em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que

importe reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da

data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para

a interromper.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

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Vamos às diferenças, dicas, bizus, macetes, enfim as DECOREBAS de

como marcar o “X” na resposta correta:

SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO

Contempla PESSOAS:

cônjuges, ascendentes,

descendentes, tutelados,

curatelados, incapazes

(absolutamente), ausentes do

País em serviço público da União,

dos Estados ou dos Municípios;

pessoas que se acharemservindo nas Forças Armadas, em

tempo de guerra.

As hipóteses de interrupção

NÃO contemplam PESSOAS

(cônjuges, ascendentes,

descendentes, ausentes, etc.).

Cuidado para as questões do

tipo: O prazo de prescrição entre

os cônjuges é interrompido

durante a constância dasociedade conjugal (errada).

Falou em “pessoa” NÃO é caso de

interrupção!

Contempla FATOS: condição

suspensiva; não vencido o

prazo; pendendo ação de

evicção. Decore os três fatos (condição suspensiva, evicção e

não vencimento do prazo). Os

outros fatos são causas de

interrupção!

TODAS as hipóteses contemplam

ATOS/FATOS (despacho do juiz,

protesto, ato inequívoco, etc.).

A suspensão da prescriçãopoderá ocorrer tantas vezes

quantas ocorram as hipóteses.

A interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma vez

Cessada a causa que suspendeu

a prescrição, o prazo “corre” pelo tempo restante; somam-se os

prazos anterior e posterior a

suspensão.

Zera o prazo, que recomeça a

contagem do início.

Hipóteses: Hipóteses (decorar):

Pessoas: Cônjuges

(constância da sociedadeconjugal)

Ato Judicial:Despacho do juiz, mesmo

incompetente, que ordenar a

citação.

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Pessoas:Ascendentes e descendentes,

durante o poder familiar.

Protesto:

boleto venceu; devedor não pagou;

credor protesta no Cartório (Ato).

Pessoas: Tuteladosou curatelados e seus tutores

ou curadores, durante a tutela ou

curatela. Tutor se dá ao menor;

curador se dá ao enfermo.

Protesto cambial: protesto dos títulos de

crédito (cheque, nota promissória,duplicata)= Ato.

Pessoa: Incapazes de

que trata o art. 3º

(absolutamente); contra os

relativamente incapazes o prazo

prescricional corre, flui

normalmente.

Ato: Apresentação do

título de crédito (cheque, nota

promissória, duplicata) em juízo

de inventário ou em concurso de

credores (=falência).

Pessoa: Ausentes do Paísem serviço público da União, dosEstados ou dos Municípios.

Ato judicial:Qualquer ato judicial que

constitua em mora o devedor:

o melhor exemplo é a citação e a

interpelação judicial (art. 397,

parágrafo único do CC.

Pessoa: Servindo

nas Forças Armadas, em

tempo de guerra. Cuidado: servindo nas Forças Armadas em

tempo de paz, corre a

prescrição!

Ato: Qualquer ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe

reconhecimento do direito

pelo devedor: parcelamento,

acordo.

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Fato: Pendência de

condição suspensiva. Se um

dos contratantes não realizou,

ainda, a condição estipulada no

contrato, não há como se

suspender a prescrição.

Fato: Não vencido o

prazo: se o prazo não estávencido, não há como ocorrer a

suspensão da prescrição.

Fato: Pendência de açãode evicção.

OBSERVAÇÕES: A interrupção do prazo prescricional SOMENTE

PODE OCORRER UMA VEZ, por expressa disposição do art. 202 do

Código Civil. Note que quanto à suspensão, o prazo prescricional

pode ser suspenso várias vezes. Cada vez que ocorrer uma hipótese

de suspensão (arts. 197, 198 e 199) o prazo prescricional será

suspenso.

DECADÊNCIA – IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO:

Regra: Não se aplicam à decadência as normas que impedem,

suspendem ou interrompem. Em regra, o prazo de decadência

não se suspende, não se interrompe e não é impedido o início

da contagem.

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam àdecadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição.

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198,

inciso I.

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Exceção: salvo se a lei dispuser que “tal” prazo de decadência será

suspenso, interrompido ou impedido de ter início. E a lei dispõe no

art. 208 que “Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I”.

Comentários à questão 04. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário

- Área Administrativa Não corre prescrição contra os excepcionais

sem desenvolvimento mental completo.

Comentários: Art. 198, CC. Também não corre a prescrição: I -

contra os incapazes de que trata o art. 3o:

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente osatos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o

necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que,

mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

E os excepcionais sem desenvolvimento mental completos são

relativamente incapazes (art. 4).

Corre prescrição normalmente para os relativamente incapazes. Eles

possuem a prerrogativa de ter ação contra os seus assistentes que

derem causa a prescrição - art. 195.

Não corre prescrição para os ABSOLUTAMENTE INCAPAZES.

Gabarito: errado

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente);

DECADÊNCIA

Conclusão: não corre a decadência contra os absolutamente

incapazes, bem como estes, enquanto durar a incapacidade, terá o

prazo impedido de ter início. ÚNICO CASO DE IMPEDIMENTO E

SUSPENÇÃO DA DECADÊNCIA.

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ALTERAÇÃO DOS PRAZOS

Questão 05. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

Com relação aos institutos da prescrição e da decadência julgue o

próximo item. Admite-se a renúncia tácita da prescrição, mas a

alteração de seus prazos depende de acordo expresso das partes

envolvidas.

Os prazos de prescrição NÃO podem ser alterados por acordo das

partes. Lembre: TODOS os prazos de prescrição são prazos “legais”,

decorrem de lei; não há prazo de prescrição convencional (por acordo

entre as partes de um contrato) e por isso as partes não podem

alterar o prazo de prescrição, porque decorrente de lei.

Igualmente os PRAZOS de DECADÊNCIA fixada em LEI

(DECADÊNCIA LEGAL) NÃO PODEM SER ALTERADOS. Porém, os

PRAZOS de DECADÊNCIA CONVENCIONAL PODEM SER

ALTERADOS PELAS PARTES (eles estabeleceram, criaram o prazo,

podem altera-los).

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por

acordo das partes.

ACORDO NÃO PODE ALTERAR OS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO – OS

PRAZOS DE PRESCRIÇÃO SÃO PRAZOS LEGAIS, DECORREM

SOMENTE DA LEI E AS PARTES NÃO PODEM ALTERÁ-LOS!

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Comentários à questão 05. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de

Controle Externo Com relação aos institutos da prescrição e da

decadência julgue o próximo item. Admite-se a renúncia tácita da

prescrição, mas a alteração de seus prazos depende de acordo expresso das partes envolvidas.

Comentários: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa

ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois

que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume

de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por

acordo das partes.

A primeira parte da assertiva ora em análise está absolutamente

CORRETA, pois, conforme se depreende da redação do artigo 191,

CC, ADMITE-SE sim a renúncia ao prazo prescricional, o que pode ocorrer de maneira expressa ou tácita.

A RENÚNCIA EXPRESSA não significa necessariamente uma

renúncia na forma escrita, sendo possível, pois, a renúncia verbal,

provada por todos os meios permitidos.

Ao contrário, renunciar-se-á TACITAMENTE à prescrição quando o

prescribente, ou seja, o maior interessado em ver declarada a

prescrição, praticar atos incompatíveis com ela, reconhecendo, desta

forma, a validade de um direito cuja pretensão já foi atingida pela

OS PRAZOS DE DECADÊNCIA CONVENCIONAL PODEM SER

ALTERADOS PELAS PARTES.

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prescrição.

Não importa se o prescribente sabia ou não do decurso do prazo

prescricional. Se praticou o ato incompatível, entende-se que abriu mão do instituto da prescrição.

No que se refere à segunda parte da afirmação contida na questão,

você deve saber que é proibido alterar os prazos prescricionais por

acordo entre as partes: NÃO SE ADMITE A DILAÇÃO OU A

REDUÇÃO de tais prazos (art. 192), tornando o enunciado ERRADO.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS entre a prescrição e a decadência:

PRESCRIÇÃO: 1. extingue a pretensão (que se materializa na ação),

e, por via reflexa, o direito; 2. o prazo prescricional não nasce

simultaneamente com o direito, mas sim, a partir do momento em que este direito sofre alguma violação; 3. A prescrição pressupõe um

direito que nasceu e que se tornou efetivo, mas que se perdeu em

virtude da falta de proteção, por meio de uma ação, em razão da

violação sofrida; 4. O prazo prescricional pode ser suspenso ou

interrompido, nos casos expressos da lei (Arts. 197, 198, 199 e 202,

todos do CC); 5. O prazo prescricional é fixado pela lei; 6. Admite-se

renúncia ao prazo prescricional (Art. 191).

DECADÊNCIA: 1. extingue o direito, e, por via reflexa, a pretensão;

2. o prazo decadencial começa a correr no mesmo momento em que

nasce, para o titular, o direito. Nasce, portanto, simultaneamente

com o direito; 3. a decadência pressupõe um direito que nasceu, mas

que não chegou a se tornar efetivo, já que nunca foi exercido por seutitular; 4. o prazo decadencial não pode ser suspenso ou

interrompido. Só se impede a decadência pelo exercício do direito; 5.

O prazo decadencial pode ser fixado pela lei ou pelas partes; 6. Não

se admite renúncia à decadência (Art. 209.

Gabarito: errado

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ALEGAÇÃO DA PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA

Questão 06. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) Se o prazo

decadencial tiver sido fixado no contrato, é defeso ao juiz conhecê-lo de ofício.

Primeira regra: O art. 219, § 5o. do CPC REVOGOU o ART. 194 do

CC: atualmente o juiz pode decretar de ofício a prescrição

(sem a necessidade que uma das partes alegue). O art. 194 do

CC, dispunha: art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação

de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz. Suprir

significa decretar a prescrição. O juiz não podia, de ofício (sem que a

parte do processo a quem se beneficiaria da prescrição) decretar,

declarar a prescrição, salvo se esta favorecesse ao absolutamente

incapaz. Repito: este artigo foi revogado pelo CPC.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de

jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem

aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o

juiz não pode suprir a alegação.

Art. 219, § 5o (CPC): O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando

estabelecida por lei.

JUIZ PODE DE OFÍCIO RECONHECER A PRESCRIÇÃO.

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Segunda regra: a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de

jurisdição, seja em primeiro grau de jurisdição (num processo que

“corre” numa Vara, num Juiz singular), seja em segundo grau de

jurisdição (no Tribunal); mas não pode ser alegada pela primeira vez em sede de Recurso Extraordinário, por exemplo, porque nesse caso

exige-se o prequestionamento (a matéria prescrição, no caso, deve

ter havido pronunciamento sobre ela em grau inferior). Mas NÃO se

preocupe com esse tipo de conhecimento. Bastas decorar: “prescrição

pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem

aproveita”.

JUIZ TRIBUNAL

Terceira regra: Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência

LEGAL (estabelecida por lei). O juiz NÃO PODE DE OFICIO

DECRETAR A DECADÊNCIA CONVENCIONAL (final do art. 211)!

PODEM DE OFÍCIO DECRETAR, ALEGAR A PRESCRIÇÃO.

PODE DE OFÍCIO DECRETAR, ALEGAR A DECADÊNCIA LEGAL (LEI).

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Quarta regra: Se a decadência for convencional, a parte a quem

aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

Ou seja: quando o prazo for de decadência legal o juiz pode declarar

de ofício.

Quando o prazo for de DECADÊNCIA CONVENCIONAL SÓ A

PARTE A QUEM SE BENEFICIA DA DECADÊNCIA PODE ARGUIR,

ALEGAR (e pode alegar em qualquer grau de jurisdição), MAS

O JUIZ NÃO PODE DECLARA DE OFÍCIO!

Comentários à questão 06. Questão 06. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-

RJ/2010) Se o prazo decadencial tiver sido fixado no contrato, é

defeso ao juiz conhecê-lo de ofício.

Comentários: Art. 211: se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o

juiz não pode suprir a alegação.

Gabarito: correto

JUIZ NÃO PODE DECRETAR A

DECADÊNCIA CONVENCIONAL.

A PARTE A QUEM SE APROVEITA

DA DECADÊNCIA CONVENCIONAL

PODE ALEGÁ-LA.

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RELATIVAMENTE INCAPAZES E PESSOAS JURÍDICAS

Questão 07. CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário Assinale a

opção correta a respeito da prescrição.

a) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das

partes, desde que haja homologação judicial.

b) A prescrição só pode ser alegada em primeiro grau de jurisdição.

c) O absolutamente incapaz não tem ação contra os seus assistentes

se estes derem causa à prescrição.

d) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr

contra o seu sucessor, pois a fluência do prazo prescricional deve ser

reiniciada no momento da sucessão.

e) A renúncia da prescrição pode ser tácita, que ocorre quando se

presume de fatos do interessado incompatíveis com a prescrição.

Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas direito de acionar

seus assistentes e representantes legais, casos eles deixarem um

credito prescrever (derem causa à prescrição: não cobrar o crédito de

seu devedor), ou não alegarem a prescrição contra algum de seus

credores.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm

ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem

causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

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Assistente do relativamente incapaz

Representante da Pessoa Jurídica

Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas direito de acionar

seus assistentes e representantes legais, casos eles deixarem derem

causa à decadência (não arguir, alegar um direito seu no prazo), ou

não alegar a decadência quando esta lhe beneficiaria.

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198,

inciso I.

Causou a prescrição: não arguiu a prescrição em favor do relativamente/pessoa jurídica

(nesse caso, eles são devedores e a prescrição os favorecia) ou por exemplo não cobrou o

crédito de algum credor e este prescreveu.

Direito de ação contra o

representante/assistente

.

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Comentários à questão 07. Questão 07. CESPE - 2012 - TJ-AL -

Auxiliar Judiciário Assinale a opção correta a respeito da prescrição.

a) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo daspartes, desde que haja homologação judicial.

b) A prescrição só pode ser alegada em primeiro grau de jurisdição.

c) O absolutamente incapaz não tem ação contra os seus assistentes

se estes derem causa à prescrição.

d) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr

contra o seu sucessor, pois a fluência do prazo prescricional deve ser

reiniciada no momento da sucessão.

e) A renúncia da prescrição pode ser tácita, que ocorre quando se

presume de fatos do interessado incompatíveis com a prescrição.

Comentários: A) Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes.

B) Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de

jurisdição, pela parte a quem aproveita.

C) Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm

ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem

causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

D) Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a

correr contra o seu sucessor.

E) Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e

só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que aprescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de

fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Gabarito: e

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HERDEIROS E SUCESSORES

Questão 08. CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista - Processual No que serefere aos atos jurídicos ilícitos e ao instituto da prescrição, julgue os

itens a seguir, à luz do Código Civil e da jurisprudência pertinente. A

prescrição iniciada contra determinada pessoa não continua a correr

contra seu sucessor, que tem direito ao prazo prescricional em sua

integralidade.

Prescrição iniciada contra seu João

morto

A prescrição continua a “correr” contra os seus herdeiros/

Sucessores

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a

correr contra o seu sucessor.

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Caso o prazo de prescrição seja iniciado contra uma pessoa e esta

venha a falecer, por exemplo, o prazo continua a correr contra seus

herdeiros/sucessores (filhos).

Comentários à questão 08. CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista -

Processual No que se refere aos atos jurídicos ilícitos e ao instituto da

prescrição julgue os itens a seguir, à luz do Código Civil e da

jurisprudência pertinente. A prescrição iniciada contra determinada

pessoa não continua a correr contra seu sucessor, que tem direito ao

prazo prescricional em sua integralidade.

Comentários: Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa

continua a correr contra o seu sucessor. Gabarito: errado

EXCEÇÃO (DEFESA)

Questão 09. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008) Prescrita a pretensão,

considera-se também prescrita a exceção material.

Todas as vezes que vou abordar esse artigo em sala de aula, ouço a

mesma coisa: “Professora, eu leio e releio esse artigo e fico namesma!” Então chegou a hora de descompactá-lo. Primeiro: o

vocábulo “exceção” significa “defesa”.

Leia-se o artigo assim: “A defesa prescreve no mesmo prazo da

pretensão”. Ainda lembra o que significa “pretensão”? ah, tá!

Significa “direito de ação”. Lembra do primeiro desenho? Então vamos

lá, vamos revisar:

Art. 189. Violado o direito (vencimento sem pagamento), nasce para

o titular a pretensão (direito de ação por parte do credor para exigir

seu crédito), a qual se extingue (a pretensão), pela prescrição

(perda do direito de ação por inércia do credor em não ter

exigido seu crédito no prazo legal), nos prazos a que aludem os

arts. 205 e 206.

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a

pretensão.

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Art. 190. A exceção (defesa) prescreve no mesmo prazo em que a

pretensão (direito de ação).

Seguinte: no momento em que prescreve a pretensão (prescreve odireito de ação), prescreve também a exceção (prescreve todas as

defesas que o credor possivelmente teria contra o devedor). Vamos

exemplificar:

Situação 1) “A” (devedor) ----- deve a -------- “B” (credor): dois

amigos “A” e “B”.

“A” pede dinheiro emprestado à “B”. No vencimento, não houve

pagamento por parte de “A”. “B”, por ser muito amigo de “A”, não

cobra seu crédito e este prescreve.

Devedor A 20/06 vencimento

Credor B

Situação 2) Agora “B” ------- deve a ------- “A”: ou seja,

posteriormente, “B” pede emprestado um dinheiro a “A”: No

vencimento, não houve pagamento por parte de “B”.

“A”, cobra, exige seu crédito.

“B” pode alegar o anteriormente ocorrido? (que emprestou a ele “B”,

e que este não pagou, e que por amizade não cobrou a dívida e

deixou esta prescrever?).

“B” NÃO PODE ALEGAR COMO MEIO DE DEFESA O ANTERIORMENTE

OCORRIDO! Não pode ir a juízo e usar em sua defesa que: “ah! Anos atrás, eu te emprestei um dinheiro, você não pagou e nem te cobrei,

não intentei ação de cobrança”.

DEVE $ 500,00 NÃO PAGA

500,00

NÃO COBRA

PRESCRIÇÃO Todas as defesas (exceções) que “B”

teria contra “A”, prescreveram

juntamente com a pretensão

(prescreveu juntamente com a

prescrição do direito de ação).

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E por que “B” não pode alegar o ocorrido anteriormente? Porque

TODAS as DEFESAS (EXCEÇÕES) que “B” teria contra “A”,

prescreveram juntamente com sua pretensão (prescreveu

juntamente com a prescrição do direito de ação). É isso!

Credor A

Devedor B

Comentários à questão 09. Questão 09. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008)

Prescrita a pretensão, considera-se também prescrita a exceção

material.

Comentários: Art. 190 do Código Civil, a exceção prescreve no

mesmo prazo em que a pretensão.

Gabarito: correto

DEVE $ 500,00

COBRA,

exige seu

crédito!

NÃO PAGA

NÃO PODE alegar como meio de defesa o

anteriormente ocorrido (que dispensou o débito do

amigo, que não exigiu, não cobrou a dívida) porque

TODAS as DEFESAS (EXCEÇÕES) que “B” teria contra

“A”, prescreveram juntamente com a pretensão

(prescreveu juntamente com a prescrição do direito de ação).

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TABELA DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO

A tabela dos prazos de prescrição é muito cobrada em concurso. É o

“calo” dos candidatos. Para DECORAR (desculpe!!! Mas é decoreba mesmo! rsrs), fiz a tabela.

Hipótese: Prazo:

REGRA GERAL – Art. 205: 10 anos (A prescrição ocorre em

dez anos, quando a lei não lhe

haja fixado prazo menor).

Única hipótese que prescreve

em 2 anos:

Prestações alimentares

(pensão alimentícia, § 2º, art.

206)

Única hipótese que

prescreve em 4

anos:

Tutela (§ 4º, art.

206)

Hipóteses que prescrevem em 1

ano:

Hospedeiros;

Segurado contra o segurador;

Tabeliães, auxiliares da justiça,

serventuários judiciais, árbitros e

peritos; Credores não pagos (§

1º, art. 206).

Hipóteses que prescrevem em 5

anos:

Cobrança de dívidas;

Profissionais liberais;

Procuradores judiciais;

Curadores e professores;

Vencedor para haver do vencido

(vencido no processo, § 5º, art.

206)

Por EXCLUSÃO TODAS as

demais hipóteses prescrevem em

3 anos: (§ 3º, art. 206).

Aqui chamo a atenção apenas na

hipótese “beneficiário contra o

segurador”. Note que segurado

contra segurador e vice versa é

hipótese de 1 ano de prescrição.

Aqui trata-se do beneficiário (as

vezes o seguro tem como

destinatário um terceiro e não a

se próprio (pai que faz seguro de

vida e põe como beneficiário

terceiros: esposa e filhos). As

bancas costumam trocar esses prazos de prescrição.

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Quanto aos prazos de prescrição (muito cobrados em todos os

concursos), você vai decorar assim:

Ao final desta aula, você já vai ter que saber (até passar) que: Só existe um prazo de prescrição que prescreve em 2 anos:

prestação alimentícia.

Só existe um prazo de prescrição que prescreve em 4 anos:

tutela. Não precisa saber nem o que “isso” significa.

Decore as hipóteses que prescrevem em 1 ano.

Decores as hipóteses que prescrevem em 5 anos.

Por EXCLUSÃO, TODAS as outras hipóteses prescrevem em 3

anos.

Conclusão: você só vai decorar as hipóteses de 1 e 5 anos!

Transcrevo a letra da lei: Art. 205. (Regra geral): A prescrição

ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:

I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres

destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento

da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste

contra aquele, contado o prazo:

a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da

data em que é citado para responder à ação de indenização proposta

pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a

anuência do segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da

pretensão;

III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça,

serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de

emolumentos, custas e honorários;

IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens queentraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado

da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;

V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou

acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de

encerramento da liquidação da sociedade.

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestaçõesalimentares, a partir da data em que se vencerem.

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§ 3o Em três anos: (PASSE SÓ UMA “VISTA” NESSAS HIPÓTESES): I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas

temporárias ou vitalícias;

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer

prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um

ano, com capitalização ou sem ela;

IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem

causa; V - a pretensão de reparação civil (costuma ser muito cobrada em

concurso);

VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos

recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada

a distribuição;

VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por

violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:

a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da

sociedade anônima;

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos

sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha

sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;

c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à

violação;

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a

contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do

terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil

obrigatório.

§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar dadata da aprovação das contas.

§ 5o Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de

instrumento público ou particular;

II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores

judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado

o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos

contratos ou mandato;

III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que

despendeu em juízo.

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Questão 10. CESPE - 2012 - AGU - Advogado A respeito da prescrição

julgue os itens seguintes. Considere a seguinte situação hipotética. Carla, vítima de atropelamento, pretende, passados mais de três

anos do fato, ajuizar, contra o agente que a vitimou, ação de

reparação pelos danos materiais e morais sofridos. Nessa situação,

Carla, em razão de sua inércia, perdeu o direito de agir com o

referido objetivo em face do agente.

Comentários: vamos resolver a questão do jeitinho que ensinei na

tabela:

Hipótese: Prazo:

REGRA GERAL – Art. 205: 10 anos (A prescrição ocorre em

dez anos, quando a lei não lhe

haja fixado prazo menor).

Única hipótese que prescreve

em 2 anos:

Prestações alimentares

(pensão alimentícia, § 2º, art.

206)

Única hipótese que

prescreve em 4 anos:

Tutela (§ 4º, art.

206)

Hipóteses que prescrevem em 1

ano:

Hospedeiros;

Segurado contra o segurador;

Tabeliães, auxiliares da justiça,

serventuários judiciais, árbitros e

peritos; Credores não pagos (§1º, art. 206).

Hipóteses que prescrevem em 5

anos:

Cobrança de dívidas;

Profissionais liberais;

Procuradores judiciais;

Curadores e professores;

Vencedor para haver do vencido(vencido no processo, § 5º, art.

206)

Por EXCLUSÃO TODAS as

demais hipóteses prescrevem em

3 anos: (§ 3º, art. 206).

Aqui chamo a atenção apenas na

hipótese “beneficiário contra o

segurador”. Note que segurado

contra segurador e vice versa é hipótese de 1 ano de prescrição.

Aqui trata-se do beneficiário (as

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vezes o seguro tem como

destinatário um terceiro e não a

se próprio (pai que faz seguro de

vida e põe como beneficiário

terceiros: esposa e filhos). As

bancas costumam trocar esses

prazos de prescrição.

Por exclusão, a ação para haver responsabilidade civil prescreve em 3

anos. Art. 206. Prescreve: § 3o Em três anos: V - a pretensão de

reparação civil.

Gabarito: errado

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SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO - CREDORES SOLIDÁRIOS

Você vai ver os trocadilhos, pegadinhas, cascas de bananas dos arts.

201, 204 e seus parágrafos. As bancas adoram esses artigos porque

sabem da dificuldade que os candidatos têm em absorver esses

conteúdos. Mas calma!!! Iremos abordar e decorar (é isso mesmo!!

Decorar!!! Esses artigos dependem de decoreba sim!) de maneira

bem simples, através de desenhos, mapas mentais.

Credores solidários

A B C

Deve a A, B e C

Devedor X

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores

solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for

indivisível. REGRA DO SSS (três S).

Regra 1: Suspensa a prescrição em favor de

um dos credores solidários (C)

NÃO APROVEITA aos outros credores

solidários (A e B).

Regra 2: SÓ APROVEITA aos outros credores

solidários (A e B) se a obrigação for

indivisível.

Obrigação indivisível

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Só para você compreender melhor:

OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA

A indivisibilidade diz respeito ao

OBEJTO da obrigação. Uma coisa

(bem) é indivisível quando ela

não puder ser dividida sem

prejuízo do todo, como por

exemplo, o cavalo.

Pela solidariedade, o credor

poderá ser exigir a totalidade da

dívida.

Art. 201 – veja o exemplo: supondo que ocorra uma das hipóteses

dos arts. 197, 198 ou 199 (suspensão da prescrição): devedor se

casa com a credora solidária.

A constância da sociedade conjugal suspende o prazo de prescrição. A

regra é a de que havendo credores solidários e ocorrendo a

suspensão da prescrição, a suspensão NÃO aproveita aos outros credores. SÓ aproveita aos outros credores solidários se a obrigação

for indivisível. Imagine que a obrigação do devedor seja a de

entregar um cavalo da raça quarto de milha ou manga larga.

Como o cavalo é indivisível (não pode ser dividido), nesse caso fica

também suspensa a prescrição para os outros credores solidários.

Note que o CC NÃO disciplina o caso de suspensão da prescrição com

credores comuns (sem solidariedade entre eles), ao contrário do que

faz com a interrupção da prescrição:

Regra dos 3 S: S de Suspensão; S de credor Solidário e S de SÓ.

Na suspensão da prescrição com credor solidário = SÓ suspende se

a obrigação for indivisível.

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INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO – CREDORES COMUNS E

CREDORES SOLIDÁRIOS:

Credores Comuns (NÃO há solidariedade entre eles):

A B C

Credores Solidários:

A B C

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não

aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada

contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais

coobrigados.

Regra 1: Interrompida a prescrição por um

dos credores comum (C)

NÃO APROVEITA e aos outros credores

comuns (A e B). E NÃO PREJUDICA aos

codevedores ou seus herdeiros.

§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos

outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor

solidário envolve os demais e seus herdeiros.

Regra 1: Interrompida a prescrição por um

dos credores Solidários (C)

APROVEITA aos outros credores solidários (A

e B).

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Devedores solidários

E F G G Herdeiros H I J K

§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedorsolidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão

(salvo) quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

A interrupção contra um dos

herdeiros do devedor solidário

c

o

n

t

r

a

Não prejudica os outros

herdeiros (H, I e J), salvo se

a obrigação for indivisível.

Não prejudica

os outros

devedores (E

e F), salvo se

a obrigação

for indivisível.

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SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO

Art. 201 CREDOR SOLIDÁRIO:Só existe 1 (uma) regra (e

sempre se refere a credor

solidário):

Art. 204, § 1o CREDORSOLIDÁRIO:

Regra: Suspensão da

prescrição (para um) NÃO

APROVEITA aos OUTROS

A interrupção por um dos

credores solidários

APROVEITA AOS OUTROS

Exceção: Suspensão SÓ

APROVEITA aos OUTROS se a

OBRIGAÇÃO for INDIVISÍVEL

Art. 204. CREDOR COMUM:

A interrupção da prescrição

por um credor NÃO APROVEITA AOS OUTROS.

Art. 204, § 2o DEVEDORSOLIDÁRIO:

A interrupção contra um dos

herdeiros do devedor

solidário NÃO prejudica os

outros herdeiros, salvo se a

obrigação for indivisível.

A interrupção contra um dos

herdeiros do devedor

solidário NÃO prejudica os

outros devedores, salvo se a

obrigação for indivisível.

§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor(locatário, inquilino) PREJUDICA o fiador.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer

interessado.

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Questão 11. CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Assinale a opção

correta no que se refere a prescrição.

a) O prazo prescricional suspenso contra servidor ausente do país em

serviço público da União voltará a fluir caso esse servidor retorne ao

Brasil ainda que por breve período, como o de férias, por exemplo.

b) Se um dos credores solidários em dívida pecuniária se casar com a

devedora, o prazo prescricional da pretensão relativa à cobrança da

prestação será suspenso em relação a todos.

c) A demonstração, pelo devedor, de ciência da dívida é suficiente

para interromper a prescrição.

d) Falecendo o autor da herança antes de decorrida a metade do

prazo de prescrição para o exercício de determinada pretensão, oprazo voltará a correr a favor do sucessor.

e) Ação consignatória presta-se para interromper a prescrição.

Comentários:

A- Art. 198- Também não corre a prescrição:

II- contra os ausentes do País em serviço público da União, dos

Estados ou dos Municípios.

B- Art. 201- Suspensa a prescrição em favor de um dos credores

solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

C- Art. 202- A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á: VI- por qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo

devedor. D - ART. 196 - A prescrição iniciada contra uma pessoa

continua a correr contra o seu sucessor.

Não se interrompe. Continuidade da prescrição, tanto em decorrência

de ato mortis causa (testamento ou legado) quanto inter vivos

(compra ou sucessão de empresas).

Gabarito: e

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser

apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da

respectiva sentença definitiva.

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QUESTÕES

Neste tópico apresento as questões recentes dos concursos do CESPEdos últimos três anos (2012, 2011 e 2010). Elas serão seguidas dos

comentários e gabarito. Após, apresento a lista das questões

apresentadas para que você possa resolvê-las; depois, o gabarito.

Questão 01. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção A prescrição

representa a perda do exercício do direito objetivo.

Comentários: - Prescrição é a perda de uma pretensão de exigir um

crédito; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do

tempo.

- Decadência é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu

titular no prazo previsto em lei; é a perda do direito em si, em razão do decurso do tempo.

Gabarito: errado

Questão 02. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. A

prescrição extingue tanto a pretensão quanto o direito de ação.

Comentários: DECADENCIA: É a perda do próprio direito (objetivo).

Essa perda por obvio atingirá o direito de ação.

PRESCRIÇÃO: Violado o DIREITO, nasce a PRETENSÃO, a qual se

extingue pela PRESCRIÇÃO.

Gabarito: errado

Questão 03. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção Assim como

a decadência legal, a decadência convencional pode ser reconhecida

de ofício pelo juiz, e não pode ser renunciada após a consumação,

conforme disposição legal.

Comentários: Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em LEI.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, QUANDO

estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for CONVENCIONAL, a parte a quemaproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz

não pode suprir a alegação.

Gabarito: errado

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Questão 04. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área

Administrativa Não corre prescrição contra os excepcionais sem

desenvolvimento mental completo.

Comentários: Art. 198, CC. Também não corre a prescrição: I -

contra os incapazes de que trata o art. 3o:

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os

atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por

enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário

discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por

causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

E os excepcionais sem desenvolvimento mental completos são

relativamente incapazes (art. 4).

Corre prescrição normalmente para os relativamente incapazes. Elespossuem a prerrogativa de ter ação contra os seus assistentes que

derem causa a prescrição - art. 195.

Não corre prescrição para os ABSOLUTAMENTE INCAPAZES.

Gabarito: errado

Questão 05. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

Com relação aos institutos da prescrição e da decadência julgue o

próximo item. Admite-se a renúncia tácita da prescrição, mas a

alteração de seus prazos depende de acordo expresso das partes

envolvidas.

Comentários: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressaou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois

que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume

de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por

acordo das partes.

A primeira parte da assertiva ora em análise está absolutamente

CORRETA, pois, conforme se depreende da redação do artigo 191,

CC, ADMITE-SE sim a renúncia ao prazo prescricional, o que pode

ocorrer de maneira expressa ou tácita.

A RENÚNCIA EXPRESSA não significa necessariamente uma

renúncia na forma escrita, sendo possível, pois, a renúncia verbal,

provada por todos os meios permitidos.

Ao contrário, renunciar-se-á TACITAMENTE à prescrição quando o

prescribente, ou seja, o maior interessado em ver declarada a

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prescrição, praticar atos incompatíveis com ela, reconhecendo, desta

forma, a validade de um direito cuja pretensão já foi atingida pela

prescrição.

Não importa se o prescribente sabia ou não do decurso do prazo

prescricional. Se praticou o ato incompatível, entende-se que abriu

mão do instituto da prescrição.

No que se refere à segunda parte da afirmação contida na questão,

você deve saber que é proibido alterar os prazos prescricionais por

acordo entre as partes: NÃO SE ADMITE A DILAÇÃO OU A

REDUÇÃO de tais prazos (art. 192), tornando o enunciado ERRADO.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS entre a prescrição e a decadência:

PRESCRIÇÃO: 1. extingue a pretensão (que se materializa na ação),e, por via reflexa, o direito; 2. o prazo prescricional não nasce

simultaneamente com o direito, mas sim, a partir do momento em

que este direito sofre alguma violação; 3. A prescrição pressupõe um

direito que nasceu e que se tornou efetivo, mas que se perdeu em

virtude da falta de proteção, por meio de uma ação, em razão da

violação sofrida; 4. O prazo prescricional pode ser suspenso ou

interrompido, nos casos expressos da lei (Arts. 197, 198, 199 e 202,

todos do CC); 5. O prazo prescricional é fixado pela lei; 6. Admite-se

renúncia ao prazo prescricional (Art. 191).

DECADÊNCIA: 1. extingue o direito, e, por via reflexa, a pretensão;

2. o prazo decadencial começa a correr no mesmo momento em que

nasce, para o titular, o direito. Nasce, portanto, simultaneamentecom o direito; 3. a decadência pressupõe um direito que nasceu, mas

que não chegou a se tornar efetivo, já que nunca foi exercido por seu

titular; 4. o prazo decadencial não pode ser suspenso ou

interrompido. Só se impede a decadência pelo exercício do direito; 5.

O prazo decadencial pode ser fixado pela lei ou pelas partes; 6. Não

se admite renúncia à decadência (Art. 209.

Gabarito: errado

Questão 06. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) Se o prazo

decadencial tiver sido fixado no contrato, é defeso ao juiz conhecê-lo

de ofício.

Comentários: Art. 211: se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o

juiz não pode suprir a alegação.

Gabarito: correto

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Questão 07. CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário Assinale a

opção correta a respeito da prescrição.

a) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo daspartes, desde que haja homologação judicial.

b) A prescrição só pode ser alegada em primeiro grau de jurisdição.

c) O absolutamente incapaz não tem ação contra os seus assistentes

se estes derem causa à prescrição.

d) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr

contra o seu sucessor, pois a fluência do prazo prescricional deve ser

reiniciada no momento da sucessão.

e) A renúncia da prescrição pode ser tácita, que ocorre quando se

presume de fatos do interessado incompatíveis com a prescrição.

Comentários: A) Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes.

B) Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de

jurisdição, pela parte a quem aproveita.

C) Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm

ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem

causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

D) Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a

correr contra o seu sucessor.

E) Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e

só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que aprescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de

fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Gabarito: e

Questão 08. CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista - Processual No que se

refere aos atos jurídicos ilícitos e ao instituto da prescrição, julgue os

itens a seguir, à luz do Código Civil e da jurisprudência pertinente. A

prescrição iniciada contra determinada pessoa não continua a correr

contra seu sucessor, que tem direito ao prazo prescricional em sua

integralidade.

Comentários: Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoacontinua a correr contra o seu sucessor.

Gabarito: errado

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Questão 09. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008) Prescrita a pretensão,

considera-se também prescrita a exceção material.

Comentários: Art. 190 do Código Civil, a exceção prescreve no

mesmo prazo em que a pretensão.

Gabarito: correto

Questão 10. CESPE - 2012 - AGU - Advogado A respeito da prescrição

julgue os itens seguintes. Considere a seguinte situação hipotética.

Carla, vítima de atropelamento, pretende, passados mais de três

anos do fato, ajuizar, contra o agente que a vitimou, ação de

reparação pelos danos materiais e morais sofridos. Nessa situação,

Carla, em razão de sua inércia, perdeu o direito de agir com o

referido objetivo em face do agente.

Comentários: vamos resolver a questão do jeitinho que ensinei na

tabela:

Hipótese: Prazo:

REGRA GERAL – Art. 205: 10 anos (A prescrição ocorre em

dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor).

Única hipótese que prescreve

em 2 anos:

Prestações alimentares

(pensão alimentícia, § 2º, art.

206)

Única hipótese que

prescreve em 4

anos:

Tutela (§ 4º, art.

206)

Hipóteses que prescrevem em 1

ano:

Hospedeiros;

Segurado contra o segurador;

Tabeliães, auxiliares da justiça,

serventuários judiciais, árbitros e

peritos; Credores não pagos (§

1º, art. 206).

Hipóteses que prescrevem em 5

anos:

Cobrança de dívidas;

Profissionais liberais;

Procuradores judiciais;

Curadores e professores;

Vencedor para haver do vencido

(vencido no processo, § 5º, art.

206)

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Por EXCLUSÃO TODAS as

demais hipóteses prescrevem em

3 anos: (§ 3º, art. 206).

Aqui chamo a atenção apenas na

hipótese “beneficiário contra o

segurador”. Note que segurado

contra segurador e vice versa é

hipótese de 1 ano de prescrição.

Aqui trata-se do beneficiário (as

vezes o seguro tem como

destinatário um terceiro e não a

se próprio (pai que faz seguro de

vida e põe como beneficiário terceiros: esposa e filhos). As

bancas costumam trocar esses

prazos de prescrição.

Por exclusão, a ação para haver responsabilidade civil prescreve em 3

anos. Art. 206. Prescreve: § 3o Em três anos: V - a pretensão dereparação civil.

Gabarito: errado

Questão 11. CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Assinale a opção

correta no que se refere a prescrição.

a) O prazo prescricional suspenso contra servidor ausente do país em

serviço público da União voltará a fluir caso esse servidor retorne ao

Brasil ainda que por breve período, como o de férias, por exemplo.

b) Se um dos credores solidários em dívida pecuniária se casar com a

devedora, o prazo prescricional da pretensão relativa à cobrança da

prestação será suspenso em relação a todos.

c) A demonstração, pelo devedor, de ciência da dívida é suficiente

para interromper a prescrição. d) Falecendo o autor da herança antes de decorrida a metade do

prazo de prescrição para o exercício de determinada pretensão, o

prazo voltará a correr a favor do sucessor.

e) Ação consignatória presta-se para interromper a prescrição.

Comentários: A- Art. 198- Também não corre a prescrição:

II- contra os ausentes do País em serviço público da União, dos

Estados ou dos Municípios.

B- Art. 201- Suspensa a prescrição em favor de um dos credores

solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

C- Art. 202- A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á: VI- por qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo

devedor.

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D - ART. 196 - A prescrição iniciada contra uma pessoa

continua a correr contra o seu sucessor.

Não se interrompe. Continuidade da prescrição, tanto em decorrência de ato mortis causa (testamento ou legado) quanto inter vivos

(compra ou sucessão de empresas).

Gabarito: e

Questão 12. CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário Assinale a

opção correta no que se refere a decadência.

a) Apenas a parte beneficiada pode renunciar à decadência, desde

que o prazo decadencial esteja fixado em lei.

b) Ao contrário do que ocorre com os prazos prescricionais, é vedado

ao juiz, de ofício, conhecer da decadência, ainda que esta esteja

estabelecida por lei.

c) Tratando-se de decadência convencional, a parte a quem aproveitapode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, vedando-se ao juiz

suprir a alegação.

d) Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, que se

extingue, pela decadência, nos prazos previstos no Código Civil.

e) Conforme previsão do Código Civil, em regra, aplicam-se à

decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição.

Comentários: A) INCORRETA - Art. 209. É nula a renúncia à

decadência fixada em lei.

B) INCORRETA - Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da

decadência, quando estabelecida por lei.

C) CORRETA Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o

juiz não pode suprir a alegação.

D) INCORRETA: Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a

pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que

aludem os arts. 205 e 206.

E) INCORRETA rt. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se

aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição. Gabarito: c

Questão 13. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. Os

prazos decadenciais podem ser legais ou convencionais.

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Comentários: Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em

LEI.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, QUANDOestabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for CONVENCIONAL, a parte a quem

aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz

não pode suprir a alegação.

Gabarito: correto

Questão 14. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. O

prazo prescricional é estabelecido por lei ou por convenção das

partes, ao passo que o prazo decadencial só se estabelece por lei.

Comentários: Prescrição é determinada pela lei (legal). Decadência é

legal ou por convenção das partes.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por

acordo das partes.

Gabarito: errado

Questão 15. CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça Acerca dos

institutos da prescrição e decadência, assinale a opção correta.

a) Mesmo que haja ação de evicção pendente, a contagem do prazo

de prescrição corre normalmente.

b) A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita.

c) Prescrição corresponde ao prazo estabelecido em lei ou pelavontade das partes para o exercício de um direito potestativo.

d) De acordo com o Código Civil, os prazos de prescrição podem ser

alterados por acordo das partes.

e) A prescrição corre normalmente entre companheiros, na

constância da união estável.

Comentários:

a - art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

III - pendendo ação de evicção.

b – correta: Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou

tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de

fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

c - Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual

se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e

206.

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d - Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por

acordo das partes.

e – errada: prescrição: art. 168, I, do Código Civil, não corre aprescrição entre cônjuges na constância do casamento, ou seja, o

casamento é uma causa que impede ou suspende a prescrição. Ora, o

mesmo paralelismo deve ser aplicado à união estável, na medida em

que, conforme já dito, ambos são entidades familiares. Daí que, entre

companheiros, na constância da união estável, não corre a

prescrição.

Gabarito: b

Questão 16. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área

Processual No que concerne a prescrição e decadência, julgue o item

subsecutivo. Violado o direito, nasce para o seu titular a pretensão,

que se extingue com a prescrição, nos prazos determinados pela parte especial do Código Civil.

Comentários: Conforme o art. 189 do CC: "Violado o direito, nasce

para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos

prazos a que aludem os arts. 205 e 206."

Gabarito: errado

Questão 17. CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária

Embora seja incontestável o seu amplo espectro de abrangência, que

permeia todos os direitos, a prescrição encontra limitações, pois o

legislador estabeleceu algumas ações imunes a ela, a exemplo das

que versam sobre bens confiados à guarda de terceiros, a título de

depósito, mandato ou penhor.

Comentários:

Ações imprescritíveis: todas as ações são prescritíveis; a

prescritibilidade é a regra, a imprescritibilidade, a exceção; são

imprescritíveis as que versam sobre:

a) os direitos da personalidade;

b) o estado das pessoas;

c) os bens públicos;

d) bens confiados à guarda de outrem, a título de depósito, penhor

ou mandato;

e) a direito de família no que concerne à questão inerente à pensãoalimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens;

f) a pretensão do condômino de a qualquer tempo exigir a divisão da

coisa comum, de pedir-lhe a venda ou a meação do muro divisório;

g) a exceção de nulidade; sempre será possível pleitear sua

invalidade por meio de exceção de nulidade.

Gabarito: errado

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Questão 18. (Analista de Controle/Área Jurídica/TCE/PR/dez/2011)

Interrompe-se a prescrição a) durante a demora que tiverem as repartições públicas no estudo

do direito pleiteado pelos particulares.

b) pelo casamento entre devedor e a credora.

c) se sobrevier incapacidade absoluta ou relativa ao credor.

d) durante o período no qual o servidor público estiver trabalhando

em país estrangeiro no exercício de seu cargo ou função.

e) pelo protesto cambial.

Comentários: A questão aborda a interrupção do prazo prescricional.

Conforme você aprendeu os casos de interrupção do prazo

prescricional estão estampados no art. 202 do Código Civil, que assim

dispõe: Art. 202. A interrupção da prescrição, que somentepoderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz,

mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a

promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto,

nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV

- pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em

concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em

mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da

data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para

a interromper.

SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO

Contempla PESSOAS:cônjuges, ascendentes,

descendentes, tutelados,

curatelados, incapazes

(absolutamente), ausentes do

País em serviço público da União,

dos Estados ou dos Municípios;

pessoas que se acharem

servindo nas Forças Armadas, em

tempo de guerra.

As hipóteses de interrupçãoNÃO contemplam PESSOAS

(cônjuges, ascendentes,

descendentes, ausentes, etc.).

Cuidado para as questões do

tipo: O prazo de prescrição entre

os cônjuges é interrompido

durante a constância da

sociedade conjugal (errada).

Falou em “pessoa” NÃO é caso de

interrupção!

Contempla FATOS: condição

suspensiva; não vencido o

prazo; pendendo ação de

evicção. Decore os três fatos

(condição suspensiva, evicção e

não vencimento do prazo). Os

outros fatos são causas de

TODAS as hipóteses contemplam

ATOS/FATOS (despacho do juiz,

protesto, ato inequívoco, etc.).

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interrupção!

A suspensão da prescrição

poderá ocorrer tantas vezes quantas ocorram as hipóteses.

A interrupção da prescrição

somente poderá ocorrer uma vez

Cessada a causa que suspendeu

a prescrição, o prazo “corre” pelo

tempo restante; somam-se os prazos anterior e posterior a

suspensão.

Zera o prazo, que recomeça a

contagem do início.

Dá pra resolver por exclusão: A alternativa “a” essa hipótese não

existe, seja como causas de suspensão ou interrupção do prazo

prescricional.

A alternativa “b”, o casamento (PESSOAS) é hipótese de suspensão

do prazo de prescrição.

Na alternativa “c” SOMENTE a incapacidade absoluta (PESSOA) é

causa de suspensão do prazo prescricional. A incapacidade RELATIVA

NÃO É CAUSA DE SUPENSÃO/IMPEDIMENTO.

A alternativa “d” está incorreta porque somente contra os ausentes

(PESSOAS) do País em serviço público da União, dos Estados ou dos

Municípios é que o prazo prescricional se suspende.

Gabarito: e

Questão 19. Considere as seguintes afirmações sobre a prescrição e a

decadência:

I – a prescrição ocorre em 15 anos, quando a lei não lhe haja fixado

prazo menor.

II – em nenhuma hipótese o juiz pode suprir, de ofício, a alegação da

prescrição.

III – deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a

convencional, quanto a estabelecida em lei.

IV – entre as causas que interrompem a prescrição, inclui-se o

protesto, salvo o cambial.

Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações:

a) I e II, somente.

b) III e IV, somente.

c) I, II, III, somente.

d) I, II, III e IV.

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Comentários: O item I está incorreto. A regra geral está contemplada

no art. 205: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe

haja fixado prazo menor. Ou seja, se a lei não fixar o prazo de prescrição, este será de 10 anos.

O item II está incorreto. Vejamos: Art. 219, paragrafo quinto do

Código de Processo Civil: O juiz pode decretar de oficio a

prescrição. Este artigo revogou o art. 194 do Código Civil que previa

que o juiz não poderia decretar de ofício a prescrição. O vocábulo

“suprir”, nesse contexto, significa decretar, decretar a prescrição.

O item III está incorreto. Vejamos o que reza o art. 210: Deve o juiz,

de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei(legal). Veja: o juiz só pode decretar a DECADÊNCIA LEGAL, o

prazo de decadência fixado pela lei. O JUIZ NÃO PODE CONHECER

(DECRETAR) A DECADÊNCIA CONVENCIONAL (aquele prazo

decadencial fixado por um acordo entre as partes, por exemplo, num

contrato). Está lá naquela tabela das diferenças entre a prescrição e a

decadência.

O item IV está incorreto. O art. 202 transcrito logo acima assim

dispõe: A interrupção da prescrição, que somente poderá

ocorrer uma vez, dar-se-á: II - por protesto, nas condições do

inciso antecedente; III - por protesto cambial.

O item exclui o protesto cambial como hipótese de interrupção da

prescrição.

Gabarito: d

Questão 20. A respeito da prescrição e da decadência, considere:

I. A renúncia à prescrição só ser expressa e valerá antes de se

consumar.

II. É causa interruptiva da prescrição ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

III. A decadência prevista em lei pode ser objeto de renúncia ou

alteração por convenção das partes.

Está correto o que se afirma apenas em

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II. e) I.

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Comentários: O item I está errado, vejamos o porquê: o item afirma

que a renúncia à prescrição só pode ser expressa e que valerá antes da prescrição se consumar. O item contém dois erros cruciais! Veja:

art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e

só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a

prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume

de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. Como

explicado acima, a renúncia pode ser expressa ou tácita e só valerá

(dois requisitos cumulativos) se não prejudicar a terceiros e depois

que ela prescrição se consumar.

O item II está correto porque afirma que é causa interruptiva da

prescrição ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe

reconhecimento do direito pelo devedor. Está totalmente de acordo

com o art. 202: A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: VI - por qualquer ato inequívoco, ainda

que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo

devedor.

O item III está errado. O item afirma que a decadência prevista em

lei pode ser objeto de renúncia ou alteração por convenção das

partes. Vimos que o art. 209 diz que “É nula a renúncia à

decadência fixada em lei (legal). Consequente, pode haver

RENÚNCIA a decadência CONVENCIONAL. Além disso, contém outro

erro, ao mencionar que a decadência legal (é essa decadência que o

item aborda!) pode ser alterada por convenção (acordo) das partes.

As partes podem alterar os prazos de decadência convencional

(porque foi um prazo criado por elas, por exemplo, dentro de um

contrato); mas não podem alterar um prazo que é estipulado por lei(legal)!

Gabarito: d

Questão 21. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) A renúncia

antecipada dos efeitos da prescrição é válida exclusivamente entre as

partes contratantes.

Comentários: Não existe renúncia antecipada da prescrição. A

renúncia à prescrição só é válida depois que a prescrição se

consumar (art. 191 do CC).

Gabarito: errado

Questão 22. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2011)

As normas que estipulam os prazos prescricionais são dispositivas e,

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por isso, podem ser livremente alteradas pela manifestação de

vontade das partes interessadas.

Comentários: Art. 192: os prazos de prescrição não podem seralterados por acordo das partes. As normas que regulam a prescrição

são de ordem pública.

Gabarito: errado

Questão 23. (CESPE/Oficial de Justiça/TJRR/2011) Os prazos de

prescrição não podem ser alterados por acordo entre as partes e não

se aplicam aos absolutamente incapazes e aos que se acharem

servindo nas forças armadas em tempo de guerra.

Comentários: Art. 192: Os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes. Art. 198, I e III do CC: Não corre a

prescrição contra os absolutamente incapazes, nem contra os que seacharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Gabarito: correto

Questão 24. (CESPE/Analista judiciário/TJ-ES/2011) Não corre

prescrição contra os excepcionais sem desenvolvimento mental

completo.

Comentários: Art. 198, I: Esses excepcionais são considerados

relativamente incapazes, e, só não corre a prescrição contra os

absolutamente incapazes.

Gabarito: errado

Questão 25. (CESPE/Juiz Federal/TRF - 5ª Região/2011) Se um doscredores solidários em dívida pecuniária se casar com a devedora, o

prazo prescricional da pretensão relativa à cobrança da prestação

será suspenso em relação a todos.

Comentários: Art. 197, I do CC, não corre prescrição entre os

cônjuges, na constância da sociedade conjugal. Ocorrendo o

casamento de um dos credores com o devedor, haverá a suspensão

da prescrição em relação a esse credor. Art. 201: suspensa a

prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os

outros se a obrigação for indivisível, que é o caso da questão.

Gabarito: errado

Questão 26. (CESPE/Analista/STM/ 2011) Uma das causas queinterrompem a prescrição é o despacho do juiz que ordena a citação,

ainda que esse juiz seja incompetente.

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Comentários: Art. 202, I: Um peguinha comum nesse tipo de questão

é dizer que esse despacho é uma das causas que suspendem a

prescrição. Atenção quanto a isso! Veja também que é o despacho

que interrompe a prescrição, e não a citação em si. Gabarito: correto

Questão 27. (CESPE/Oficial de Justiça/TJRR/2011) Em regra, a

prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe houver fixado

prazo menor.

Comentários: Art. 205: Regra geral, a prescrição ocorre em dez anos,

podendo a lei fixar prazo menor.

Gabarito: correto

Questão 28. (CESPE/Analista judiciário/STM/2011) Em caráter

excepcional, mediante provimento judicial fundamentado, pode o juizinterromper prazo decadencial já iniciado, devendo constar da

decisão o dia em que o prazo deve voltar a correr.

Comentários: Art. 207: A decadência só pode ser interrompida se

houver determinação legal.

Gabarito: errado

Questão 29. Acerca da prescrição e da decadência, assinale a opção

correta.

a) O titular do direito patrimonial, desde que maior e capaz,

poderá renunciar ao direito de invocar a decadência ou a prescrição,

de forma expressa ou tácita, mesmo antes de decorrido o prazo

estabelecido por lei. b) Os direitos acessórios prescrevem quando há também a

prescrição dos principais, e o juiz, ao decidir sobre a ocorrência dessa

prescrição, deverá extinguir o processo sem resolução de mérito.

c) O juiz, de ofício, poderá reconhecer a prescrição de direitos

patrimoniais, ainda que, assim, seja favorecida pessoa maior e capaz.

Entretanto, se a decadência for convencional, ela poderá ser alegada

pela parte interessada, mas não poderá ser declarada de ofício pelo

juiz.

d) Se a prescrição for suspensa em favor de um dos credores

solidários, contra os outros credores, o prazo prescricional fluirá

normalmente, salvo quando a obrigação for indivisível. Suspensa a

prescrição, o prazo anterior já transcorrido não é computado, iniciando-se nova contagem após o ato que a suspendeu.

Comentários:

Letra A – ERRADA: Embora seja possível renunciar à prescrição

(expressa ou tacitamente), é necessária a concorrência de dois

requisitos: I) A renúncia não pode implicar prejuízos a terceiros; II) o

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ato de renúncia somente pode ser exercido após consumada a

prescrição, por não se admitir renúncia antecipada (art. 191, CC).

Com relação à decadência, esta, via de regra, é irrenunciável (art.

209, CC).

Letra B – ERRADA: A primeira parte da assertiva está correta, pois,

de acordo com o princípio segundo o qual o destino do acessório

segue o do principal, a prescrição relativa à obrigação principal

induzirá à alusiva às acessórias. No entanto, a decisão do juiz que

declara a prescrição é causa de extinção do processo COM

RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos termos do art. 269, IV, do CPC.

Letra C – CORRETA: Assertiva de acordo com os arts. 211 do CC e

219, § 5º do CPC.

Letra D – ERRADA: Primeira parte da assertiva está de acordo comart. 201, do CC. Porém, a segunda parte está errada, na medida em

que a suspensão determina o reinicio da contagem, na qual NÃO SE

DESPREZA O TEMPO TRANSCORRIDO ATÉ A SUSPENSÃO. Em outras

palavras, o prazo já computado até a ocorrência da suspensão será

considerado para todos os efeitos legais.

Gabarito: c

Questão 30. As causas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição aplicam-se à decadência, ante a similitude dos institutos.

Comentários: Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se

aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição.

Gabarito: errado

Questão 31. O prazo prescricional é fruto de previsão legal, enquanto

o decadencial tanto pode ser legal como resultar de acordo entre as

partes.

Comentários: O prazo prescricional é fruto de previsão legal (lei),

enquanto o decadencial tanto pode ser legal (lei) como resultar de

acordo (voluntária/ ex voluntatis) entre as partes.

Gabarito: correto

Questão 32. A decadência, de regra, não se aplicam as causas que

impedem, suspendem ou interrompem a prescrição, por expressa

disposição legal.

Comentários: Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se

aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição.

Gabarito: correto

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Questão 33. O Juiz não pode conhecer a decadência de ofício, quando

ela for convencional.

Comentários: Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da

decadência, quando estabelecida por lei.

Gabarito: correto

Prezado aluno, a partir daqui apresento as questões “antigas” do

CESPE com relação à matéria estudada. Você pode se perguntar o

porquê.

É simples: preste atenção que, apesar das questões serem dos

concursos de mais de três anos atrás, elas continuam completamente

atuais. Se você esconder com a mão o ano da questão e tentar

resolvê-las verá que elas estão em perfeita sintonia com a legislação

atual.

Qual é o nosso objetivo aqui? Sua aprovação. Sua aprovação

depende de treino; todo campeão necessita de treino e eu sou sua

treinadora!

Você precisa treinar bastante e mais: é o método repetitivo que vai te

levar a pegar as “manhas” da banca. E ainda te asseguro mais:

TODAS as bancas têm “bancos de questões” e elas repetem as

questões. Então você não está perdendo tempo não! Você está é

estudando, repetindo. Vamos lá, então?

Questão 34. (CESPE/Advogado/SERPRO/2008) A prescrição e a

decadência são exemplos de fatos jurídicos em sentido estrito e

classificam-se entre os ordinários.

Comentários: Fato jurídico em sentido estrito ou fato jurídico natural

é aquele que independe da ação humana para acontecer. Fato ordinário é o que ocorrem normalmente: nascimento, morte; fato

extraordinário: caso fortuito e a força maior. A prescrição e a

decadência dependem fator tempo (que “corre” normalmente) e são

exemplos de fato jurídico em sentido estrito ordinário.

Gabarito: correto

Questão 35. (CESPE/Analista de trânsito/DETRAN-DF/2008) A

prescrição extintiva atinge o direito subjetivo do lesado, mas preserva

a ação em sentido material.

Comentários: É ao contrário. A prescrição extingue o direito de ação,enquanto que a pretensão preserva o direito subjetivo.

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Gabarito: errado

Questão 36. (CESPE/Área Jurídica/MEC/2003) A prescrição e a

decadência são prazos extintivos, sendo que a decadência começa a

correr, como prazo extintivo, desde o momento em que o direito

nasce, enquanto a prescrição corre a partir da violação do direito,

porque é nesse momento que é gerada a ação contra a qual se volta

a prescrição.

Comentários: A partir do momento do surgimento do direito, inicia-se

o prazo de decadência. O prazo de prescrição, segundo o art. 189 do

Código Civil, violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qualse extingue pela prescrição.

Gabarito: correto

Questão 37. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) A prescrição é causa de

extinção da pretensão do titular do direito.

Comentários: A prescrição extingue o direito de ação; a pretensão

preserva o direito subjetivo.

Gabarito: correto

Questão 38. (CESPE/Defensor público/DPE-CE/2008) Caso o devedor

pague uma dívida e posteriormente tome conhecimento de que aquela obrigação estava prescrita, ele poderá propor ação para

reaver o que indevidamente pagou. Essa prescrição pode ser alegada

em qualquer grau de jurisdição, inclusive em recurso especial ou

extraordinário, desde que tenha ocorrido prequestionamento.

Comentários: A prescrição extingue apenas a pretensão,

permanecendo o direito material. Assim, o credor não possuía meio

jurídico para forçar o pagamento da dívida, porém, uma vez paga

pelo devedor, não tem ele direito à devolução, pois a dívida ainda

existia (obrigação natural).

Gabarito: errado

Questão 39. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda dodireito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente,

aos conceitos de prescrição e decadência.

Comentários: Prescrição é a perda da pretensão; a decadência

representa a perda do próprio direito material.

Gabarito: errado

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Questão 40. (CESPE/DEFENSOR/DPE-AL/2009) A renúncia da

prescrição, que pode ser realizada de forma expressa ou tácita,

somente pode ser feita validamente após ter-se consumado a

prescrição, ou seja, a renúncia prévia não é aceita pelo Código Civil.

Comentários: Art. 191 dispõe que a renúncia da prescrição pode ser

expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,

depois que a prescrição se consumar.

Gabarito: correto

Questão 41. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Se, após

prescrita a dívida, o devedor ajuizar ação de consignação em

pagamento, não deve o juiz decretar de ofício a prescrição, uma vez

que o Código Civil não extinguiu a renúncia à prescrição.

Comentários: Art. 191 do Código Civil, a renúncia da prescrição podeser tácita e somente realizada depois que a prescrição se consumar.

Nesse caso, presume-se que o houve renúncia da prescrição.

Gabarito: correto

Questão 42. (CESPE/Juiz de direitoTJ-AL/2008) Desde que feita de

forma expressa, é possível a renúncia prévia de prazo prescricional.

Comentários: A renúncia da prescrição só vale se feita depois que a

prescrição se consumar (art. 191 do CC). Não há renúncia prévia da

prescrição.

Gabarito: errado

Questão 43. (CESPE/Especialista/ANAC/2009) Não se admite renúnciaprévia da prescrição nem de prescrição em curso, somente sendo

admitida renúncia da prescrição consumada.

Comentários: Art. 191: a renúncia da prescrição pode ser expressa

ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que

a prescrição se consumar ;tácita é a renúncia quando se presume de

fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Gabarito: correto

Questão 44. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008) De acordo com o Código

Civil, admite-se renúncia prévia ou antecipada à prescrição, que pode

ser expressa ou tácita e só valerá se feita sem prejuízo de terceiro.

Comentários: Art. 191: A renúncia da prescrição pode ser expressa

ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois

que a prescrição se consumar.

Gabarito: errado

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Questão 45. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) As partes poderão, desde que mediante mútuo

acordo, diminuir os prazos prescricionais previstos no código citado,

já que as normas que regulam a prescrição são consideradas dispositivas.

Comentários: Art. 192: os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes.

Gabarito: errado

Questão 46. Questão (CESPE/Analista Judiciário/TRT-ES/2009) A

alteração dos prazos por acordo entre as partes é admissível na

decadência, porém não o é na prescrição.

Comentários: Art. 192: O prazo de decadência convencional pode ser

alterado (prazos por acordo entre as partes). Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Gabarito: correto

Questão 47. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Os contratantes

podem, desde que mediante prévio acordo por escrito, diminuir os

prazos prescricionais estabelecidos no Código Civil, mas não é lícito

que eles aumentem o referido prazo, pois isso configuraria violação

de norma de ordem pública.

Comentários: Art. 192: os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes. Não podem ser nem diminuídos nem

aumentados.

Gabarito: errado

Questão 48. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Contanto que não haja

ofensa ao princípio da boa-fé objetiva, seja respeitada a função social

do contrato e haja prévio acordo, as partes poderão diminuir ou

aumentar os prazos prescricionais estabelecidos no código.

Comentários: Art. 192: os prazos de prescrição não podem ser

alterados por acordo das partes.

Gabarito: errado

Questão 49. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) O juiz não

pode conhecer, de ofício, a prescrição, salvo se favorecer a pessoa absolutamente incapaz.

Comentários: O art. 194 do Código Civil foi revogado pelo art. 219,

parágrafo quinto do CPC.

Gabarito: errado

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Questão 50. (CESPE/Delegado/SSP-PB/2009) O juiz não pode suprir de

ofício a alegação de prescrição.

Comentários: O art. 194 do Código Civil foi revogado pelo art. 219,parágrafo quinto do CPC.

Gabarito: errado

Questão 51. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2008) Não correrá a

prescrição contra pessoa que se encontre ausente do país.

Comentários: Art.198, inciso II: Não corre a prescrição contra os

ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos

Municípios.

Gabarito: errado

Questão 52. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) A interrupçãoda prescrição dar-se-á em favor dos servidores públicos ausentes do

País em serviço público da União, dos estados ou dos municípios.

Comentários: Art. 198, II: não corre a prescrição contra os ausentes

do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.

Assim, não se trata de causa de interrupção.

Gabarito: errado

Questão 53. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-MA/2005) Há a

interrupção da prescrição quando corre contra os que se encontram

ausentes do país em serviço público da União.

Comentários: Art. 198, II: não corre a prescrição contra os ausentesdo País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.

Assim, não se trata de causa de interrupção.

Gabarito: errado

Questão 54. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) Não corre a prescrição

contra os ausentes do país.

Comentários: Art. 198, II: não corre a prescrição contra os ausentes

do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.

Gabarito: errado

Questão 55. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Quando uma ação seoriginar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, ficará

suspensa a prescrição até despacho do juiz que tenha recebido ou

rejeitado a denúncia ou a queixa-crime.

Comentários: Art. 200: quando a ação se originar de fato que deva

ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da

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respectiva sentença definitiva. Assim, não se trata de suspensão da

prescrição.

Gabarito: errado

Questão 56. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) Quando a ação se originar de fato que deva ser

apurado no juízo criminal, fica interrompida a prescrição até o

recebimento da denúncia ou da queixa-crime.

Comentários: Art. 200: quando a ação se originar de fato que deva

ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da

respectiva sentença definitiva. Assim, não se trata de interrupção da

prescrição, mas sim de causa impeditiva.

Gabarito: errado

Questão 57. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Quando a açãose originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não

correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Comentários: Art. 200. Gabarito: correto

Questão 58. (CESPE/Procurador/PGRR/2004) Quando a ação se

originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a

prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Comentários: Art. 200: quando a ação se originar de fato que deva

ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da

respectiva sentença definitiva. Perceba que se trata da cópia literal do

Código Civil. Gabarito: correto

Questão 59. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) A prescrição suspensa em favor de um dos credores

solidários aproveitará aos outros, uma vez que a solidariedade impõe

a todos a totalidade da prestação.

Comentários: Art. 201: suspensa a prescrição em favor de um dos

credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for

indivisível.

Gabarito: errado

Questão 60. (CESPE/Defensor público/DPE-CE/2008) Considere a

seguinte situação hipotética. Lucas, funcionário público estadual que

foi designado para prestar serviços no Distrito Federal, é credor de

João, por uma dívida vencida e não paga. Nessa situação, o prazo

prescricional para propositura da execução contra o devedor

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inadimplente será suspenso a partir da data que Lucas foi designado

para prestar serviços públicos em local diverso de sua lotação.

Comentários: A mudança de lotação de um funcionário público nãointerfere na prescrição.

Gabarito: errado

Questão 61. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Se duas pessoas

forem credoras solidárias de determinada obrigação indivisível, então

o casamento de um dos credores com o devedor suspenderá a

prescrição em favor do outro credor.

Comentários: Art. 197, I: não corre prescrição entre os cônjuges, na

constância da sociedade conjugal. Ocorrendo o casamento de um dos

credores com o devedor, haverá a suspensão da prescrição em

relação a esse credor. Art. 201: suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação

for indivisível, que é o caso da questão.

Gabarito: correto

Questão 62. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-ES/2009) Se a prescrição

for suspensa em favor de um dos credores solidários, só aproveitará

aos demais se a obrigação for indivisível.

Comentários: Art. 201: suspensa a prescrição em favor de um dos

credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for

indivisível.

Gabarito: correto

Questão 63. (CESPE/Juiz/TJ-TO/2007) Se a prescrição for suspensa em

favor de um dos credores solidários, contra os outros credores, o

prazo prescricional fluirá normalmente, salvo quando a obrigação for

indivisível. Suspensa a prescrição, o prazo anterior já transcorrido

não é computado, iniciando-se nova contagem após o ato que a

suspendeu.

Comentários: Art. 201: suspensa a prescrição em favor de um dos

credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for

indivisível. Porém, suspensa a prescrição, o prazo anterior já

transcorrido é computado, continuando a correr de onde foi

suspenso. Gabarito: errado

Questão 64. (CESPE/Procurador/AGU/2008) O despacho do juiz que

ordenar a citação, mesmo quando este for incompetente para tanto,

interrompe a prescrição, se o interessado promovê-la no prazo e na

forma da lei processual.

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Comentários: Art. 202, I: a interrupção da prescrição dar-se-á por

despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o

interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. Gabarito: correto

Questão 65. (CESPE/Procurador/AGU/2008) No Código Civil de 2002,

está previsto o princípio da unicidade da interrupção e da suspensão

da prescrição.

Comentários: Correto para a interrupção (art. 202 do CC), mas não

para a suspensão, que pode ocorrer mais de uma vez.

Gabarito: errado

Questão 66. (CESPE/Procurador/AGU/2007) O despacho do juiz que

ordenar a citação, mesmo quando este for incompetente para tanto, interrompe a prescrição, se o interessado promovê-la no prazo e na

forma da lei processual.

Comentários: Art. 202, inciso I. Gabarito: correto

Questão 67. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) Prescreve em um ano a

pretensão dos tabeliães pela percepção de emolumentos.

Comentários: Art. 203, §1º, III. Gabarito: correto

Questão 68. (CESPE/Defensor público/DPU/2008) Havendo

solidariedade entre devedores, a interrupção da prescrição atinge a

todos, devedor principal e fiador.

Comentários: Art. 204, §1º: a interrupção efetuada contra o devedor

solidário envolve os demais e seus herdeiros.

Gabarito: correto

Questão 69. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Caso um dos

credores solidários interpele judicialmente o devedor quanto à

interrupção da prescrição, tal fato não aproveitará aos demais

credores que se quedaram inertes.

Comentários: Art. 204, §1º: a interrupção por um dos credores

solidários aproveita aos outros. Perceba que no caso de suspensão da prescrição, ela só aproveita aos outros credores se a obrigação for

indivisível.

Gabarito: errado

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Questão 70. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Se um dos credores

solidários interpelar judicialmente o devedor, tal iniciativa não

aproveitará aos demais quanto à interrupção da prescrição.

Comentários: Art. 204, §1º: a interrupção por um dos credores

solidários aproveita aos outros.

Gabarito: errado

Questão 71. (CESPE/Defensor/DPU-ES/2009) A interrupção da

prescrição, quando efetuada contra o devedor solidário, envolverá os

demais, incluindo os seus herdeiros.

Comentários: Art. 204, §1º: a interrupção da prescrição efetuada

contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.

Gabarito: correto

Questão 72. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) A interrupção da prescrição por um dos credores não

aproveitará aos outros, ressalvando-se o caso de serem credores

solidários.

Comentários: Art. 204: A interrupção da prescrição por um credor

não aproveita aos outros. §1º: a interrupção por um dos credores

solidários aproveita aos outros.

Gabarito: correto

Questão 73. (CESPE/Procurado Especial de Contas/TCE-ES/2009) Os

efeitos da prescrição são pessoais. No entanto, a interrupção da

prescrição por um credor aproveitará os demais, ainda que não hajasolidariedade.

Comentários: Art. 204: a interrupção da prescrição por um credor

não aproveita aos outros. §1º: Só aproveitará aos outros credores se

eles forem solidários.

Gabarito: errado

Questão 74. (CESPE/Procurador/TCE-PE/2004) Considere a seguinte

situação hipotética. Caio propôs ação de execução por título

executivo extrajudicial contra Fábio e Lucas, devedores solidários.

Após a citação válida de Fábio, o processo permaneceu inerte por

sete anos consecutivos. Nessa situação, é correta a afirmação de que restou interrompida a prescrição, uma vez que a interrupção efetuada

contra o devedor solidário envolve os demais devedores e seus

herdeiros.

Comentários: Art. 204, §1º: a interrupção efetuada contra o devedor

solidário envolve os demais e seus herdeiros.

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Gabarito: correto

Questão 75. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Nos termos

preconizados no Código Civil, a interrupção da prescrição por um

credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção

operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica os

demais coobrigados, mas a interrupção produzida contra o principal

devedor prejudica o fiador.

Comentários: Art. 204: a interrupção por um credor não aproveita

aos outros; assim como a interrupção operada contra codevedor, ou

seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. A interrupção

produzida contra o principal devedor prejudica o fiador, nos termos

do art. 204,§3º do CC, que reflete a regra geral de que o acessório (fiador) segue a sorte do principal.

Gabarito: correto

Questão 76. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda do

direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente,

aos conceitos de decadência e prescrição.

Comentários: Prescrição é a perda da pretensão, enquanto

decadência representa a perda do próprio direito material.

Gabarito: correto

Questão 77. (CESPE/Advogado/SERPRO/2010) Não se aplicam àdecadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição, salvo disposição em contrário, que poderá decorrer,

inclusive, de prévia e expressa vontade das partes.

Comentários: Art. 207: salvo disposição legal em contrário, não se

aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição. Assim, para que essas normas sejam

aplicadas à decadência, tem que existir lei determinando.

Gabarito: errado

Questão 78. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) Contra o

absolutamente incapaz não correm os prazos prescricionais, apenas os decadenciais.

Comentários: Art. 198, I: Contra os absolutamente incapazes não

correm nem os prazos prescricionais nem os prazos decadenciais (art.

208, I do CC).

Gabarito: correto

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Questão 79. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Não é possível

que haja renúncia prévia de prazo prescricional legal, mas pode haver

renúncia de prazo decadencial fixado em lei, desde que seja feita deforma expressa, já que a sua aplicação é adstrita aos direitos

potestativos.

Comentários: Art. 209: Não há realmente renúncia prévia da

prescrição (art.191 do CC), porém, o Código Civil considera nula a

renúncia à decadência fixada em lei.

Gabarito: errado

Questão 80. (CESPE/Juiz/TJ-TO/2007) O titular do direito patrimonial,

desde que maior e capaz, poderá renunciar ao direito de invocar a

decadência ou a prescrição, de forma expressa ou tácita, mesmo

antes de decorrido o prazo estabelecido por lei.

Comentários: Art. 191: A renúncia à prescrição só pode ser realizada

depois que a prescrição se consumar. Art. 209: é nula a renúncia à

decadência fixada em lei.

Gabarito: errado

Questão 81. (CESPE/Analista judiciário/TST/2007) A renunciabilidade é

uma das diferenças fundamentais entre a prescrição e a decadência.

Enquanto a renúncia pode ocorrer em relação à prescrição, ela é

vetada em relação à decadência fixada em lei. Além disso, se a

prescrição só pode sobrevir de expressa disposição legal, a

decadência é mais flexível, pois, além da lei, pode advir do

testamento e do contrato.

Comentários: Art.191: A renúncia da prescrição é possível, desde que

feita após a prescrição se consumar. O art. 209: é nula a renúncia à

decadência fixada em lei. Art. 210: A prescrição só pode derivar da

lei, já a decadência pode ser legal ou convencional (art. 211 do CC).

Gabarito: correto

Questão 82. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) A decadência convencional

é reconhecível, de ofício, pelo juiz.

Comentários: Art. 211: se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

Gabarito: errado

Questão 83. (CESPE/Analista judiciário/TJ-CE/2008) Se a decadência

for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em

qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

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Comentários: Art. 211: A decadência legal, deve o juiz, de ofício,

conhece-la.

Gabarito: correto

Questão 84. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Deve o juiz, de

ofício, conhecer da decadência convencional, mas se isso não ocorrer,

aparte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de

jurisdição.

Comentários: Art. 211: se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o

juiz não pode suprir a alegação.

Gabarito: errado

Questão 85. (CESPE/Analista de trânsito/DETRAN-DF/2008) Se adecadência for a convencional, a parte a quem aproveita poderá

alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não poderá suprir

a alegação.

Comentários: Art. 211: A decadência legal, deve o juiz, de ofício,

conhece-la.

Gabarito: correto

Questão 86. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda do

direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente,

aos conceitos de ação e omissão.

Comentários: A perda do direito potestativo e a perda da pretensão

vinculam-se, respectivamente, aos conceitos de decadência e

prescrição.

Gabarito: errado

Questão 87. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-MA/2005) A decadência

convencional pode ser alegada pela parte a quem aproveita em

qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir, de ofício, a

alegação.

Comentários: Art. 211: se a decadência for convencional, a parte a

quem aproveita pode alega-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

Gabarito: correto

Questão 88. Nos termos da legislação atualmente vigente, não

correrá contra Teodoro o prazo prescricional estabelecido para a

pretensão de reparação de dano, uma vez que o Código Civil

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estabelece expressamente que os prazos de prescrição não correm

contra nenhum incapaz.

Comentários: Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra osincapazes de que trata o art. 3o. A prescrição corre normalmente para

os relativamente incapazes.

Gabarito: errado

LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

Questão 01. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção A prescrição

representa a perda do exercício do direito objetivo.

Questão 02. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. A

prescrição extingue tanto a pretensão quanto o direito de ação.

Questão 03. CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção Assim como

a decadência legal, a decadência convencional pode ser reconhecida

de ofício pelo juiz, e não pode ser renunciada após a consumação,

conforme disposição legal.

Questão 04. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área

Administrativa Não corre prescrição contra os excepcionais sem

desenvolvimento mental completo.

Questão 05. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

Com relação aos institutos da prescrição e da decadência julgue opróximo item. Admite-se a renúncia tácita da prescrição, mas a

alteração de seus prazos depende de acordo expresso das partes

envolvidas.

Questão 06. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) Se o prazo

decadencial tiver sido fixado no contrato, é defeso ao juiz conhecê-lo

de ofício.

Questão 07. CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário Assinale a

opção correta a respeito da prescrição.

a) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das

partes, desde que haja homologação judicial.

b) A prescrição só pode ser alegada em primeiro grau de jurisdição.

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c) O absolutamente incapaz não tem ação contra os seus assistentes

se estes derem causa à prescrição.

d) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr

contra o seu sucessor, pois a fluência do prazo prescricional deve ser reiniciada no momento da sucessão.

e) A renúncia da prescrição pode ser tácita, que ocorre quando se

presume de fatos do interessado incompatíveis com a prescrição.

Questão 08. CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista - Processual No que se

refere aos atos jurídicos ilícitos e ao instituto da prescrição, julgue os

itens a seguir, à luz do Código Civil e da jurisprudência pertinente. A

prescrição iniciada contra determinada pessoa não continua a correr

contra seu sucessor, que tem direito ao prazo prescricional em sua

integralidade.

Questão 09. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008) Prescrita a pretensão,considera-se também prescrita a exceção material.

Questão 10. CESPE - 2012 - AGU - Advogado A respeito da prescrição

julgue os itens seguintes. Considere a seguinte situação hipotética.

Carla, vítima de atropelamento, pretende, passados mais de três

anos do fato, ajuizar, contra o agente que a vitimou, ação de

reparação pelos danos materiais e morais sofridos. Nessa situação,

Carla, em razão de sua inércia, perdeu o direito de agir com o

referido objetivo em face do agente.

Questão 11. CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Assinale a opção

correta no que se refere a prescrição.

a) O prazo prescricional suspenso contra servidor ausente do país emserviço público da União voltará a fluir caso esse servidor retorne ao

Brasil ainda que por breve período, como o de férias, por exemplo.

b) Se um dos credores solidários em dívida pecuniária se casar com a

devedora, o prazo prescricional da pretensão relativa à cobrança da

prestação será suspenso em relação a todos.

c) A demonstração, pelo devedor, de ciência da dívida é suficiente

para interromper a prescrição.

d) Falecendo o autor da herança antes de decorrida a metade do

prazo de prescrição para o exercício de determinada pretensão, o

prazo voltará a correr a favor do sucessor.

e) Ação consignatória presta-se para interromper a prescrição.

Questão 12. CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário Assinale a

opção correta no que se refere a decadência.

a) Apenas a parte beneficiada pode renunciar à decadência, desde

que o prazo decadencial esteja fixado em lei.

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b) Ao contrário do que ocorre com os prazos prescricionais, é vedado

ao juiz, de ofício, conhecer da decadência, ainda que esta esteja

estabelecida por lei.

c) Tratando-se de decadência convencional, a parte a quem aproveitapode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, vedando-se ao juiz

suprir a alegação.

d) Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, que se

extingue, pela decadência, nos prazos previstos no Código Civil.

e) Conforme previsão do Código Civil, em regra, aplicam-se à

decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição.

Questão 13. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. Os

prazos decadenciais podem ser legais ou convencionais.

Questão 14. CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Julgue os

itens subsequentes, a respeito da prescrição e da decadência. O

prazo prescricional é estabelecido por lei ou por convenção das

partes, ao passo que o prazo decadencial só se estabelece por lei.

Questão 15. CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça Acerca dos

institutos da prescrição e decadência, assinale a opção correta.

a) Mesmo que haja ação de evicção pendente, a contagem do prazo

de prescrição corre normalmente.

b) A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita.

c) Prescrição corresponde ao prazo estabelecido em lei ou pela

vontade das partes para o exercício de um direito potestativo.

d) De acordo com o Código Civil, os prazos de prescrição podem seralterados por acordo das partes.

e) A prescrição corre normalmente entre companheiros, na

constância da união estável.

Questão 16. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área

Processual No que concerne a prescrição e decadência, julgue o item

subsecutivo. Violado o direito, nasce para o seu titular a pretensão,

que se extingue com a prescrição, nos prazos determinados pela

parte especial do Código Civil.

Questão 17. CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária

Embora seja incontestável o seu amplo espectro de abrangência, que permeia todos os direitos, a prescrição encontra limitações, pois o

legislador estabeleceu algumas ações imunes a ela, a exemplo das

que versam sobre bens confiados à guarda de terceiros, a título de

depósito, mandato ou penhor.

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Questão 18. (Analista de Controle/Área Jurídica/TCE/PR/dez/2011)

Interrompe-se a prescrição

a) durante a demora que tiverem as repartições públicas no estudo

do direito pleiteado pelos particulares. b) pelo casamento entre devedor e a credora.

c) se sobrevier incapacidade absoluta ou relativa ao credor.

d) durante o período no qual o servidor público estiver trabalhando

em país estrangeiro no exercício de seu cargo ou função.

e) pelo protesto cambial.

Questão 19. Considere as seguintes afirmações sobre a prescrição e a

decadência:

I – a prescrição ocorre em 15 anos, quando a lei não lhe haja fixado

prazo menor.

II – em nenhuma hipótese o juiz pode suprir, de ofício, a alegação da

prescrição.

III – deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a

convencional, quanto a estabelecida em lei.

IV – entre as causas que interrompem a prescrição, inclui-se o

protesto, salvo o cambial.

Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações:

a) I e II, somente. b) III e IV, somente.

c) I, II, III, somente.

d) I, II, III e IV.

Questão 20. A respeito da prescrição e da decadência, considere:

I. A renúncia à prescrição só ser expressa e valerá antes de se

consumar.

II. É causa interruptiva da prescrição ato inequívoco, ainda que

extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

III. A decadência prevista em lei pode ser objeto de renúncia ou

alteração por convenção das partes.

Está correto o que se afirma apenas em a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II.

e) I.

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Questão 21. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) A renúncia

antecipada dos efeitos da prescrição é válida exclusivamente entre as

partes contratantes.

Questão 22. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2011)

As normas que estipulam os prazos prescricionais são dispositivas e,

por isso, podem ser livremente alteradas pela manifestação de

vontade das partes interessadas.

Questão 23. (CESPE/Oficial de Justiça/TJRR/2011) Os prazos de

prescrição não podem ser alterados por acordo entre as partes e não

se aplicam aos absolutamente incapazes e aos que se acharem

servindo nas forças armadas em tempo de guerra.

Questão 24. (CESPE/Analista judiciário/TJ-ES/2011) Não corre

prescrição contra os excepcionais sem desenvolvimento mental

completo.

Questão 25. (CESPE/Juiz Federal/TRF - 5ª Região/2011) Se um dos

credores solidários em dívida pecuniária se casar com a devedora, o prazo prescricional da pretensão relativa à cobrança da prestação

será suspenso em relação a todos.

Questão 26. (CESPE/Analista/STM/ 2011) Uma das causas que

interrompem a prescrição é o despacho do juiz que ordena a citação,

ainda que esse juiz seja incompetente.

Questão 27. (CESPE/Oficial de Justiça/TJRR/2011) Em regra, a

prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe houver fixado

prazo menor.

Questão 28. (CESPE/Analista judiciário/STM/2011) Em caráter

excepcional, mediante provimento judicial fundamentado, pode o juiz interromper prazo decadencial já iniciado, devendo constar da

decisão o dia em que o prazo deve voltar a correr.

Questão 29. Acerca da prescrição e da decadência, assinale a opção

correta.

a) O titular do direito patrimonial, desde que maior e capaz,

poderá renunciar ao direito de invocar a decadência ou a prescrição,

de forma expressa ou tácita, mesmo antes de decorrido o prazo

estabelecido por lei.

b) Os direitos acessórios prescrevem quando há também a

prescrição dos principais, e o juiz, ao decidir sobre a ocorrência dessa

prescrição, deverá extinguir o processo sem resolução de mérito.

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c) O juiz, de ofício, poderá reconhecer a prescrição de direitos

patrimoniais, ainda que, assim, seja favorecida pessoa maior e capaz.

Entretanto, se a decadência for convencional, ela poderá ser alegada

pela parte interessada, mas não poderá ser declarada de ofício pelo juiz.

d) Se a prescrição for suspensa em favor de um dos credores

solidários, contra os outros credores, o prazo prescricional fluirá

normalmente, salvo quando a obrigação for indivisível. Suspensa a

prescrição, o prazo anterior já transcorrido não é computado,

iniciando-se nova contagem após o ato que a suspendeu.

Questão 30. As causas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição aplicam-se à decadência, ante a similitude dos institutos.

Questão 31. O prazo prescricional é fruto de previsão legal, enquanto

o decadencial tanto pode ser legal como resultar de acordo entre as partes.

Questão 32. A decadência, de regra, não se aplicam as causas que

impedem, suspendem ou interrompem a prescrição, por expressa

disposição legal.

Questão 33. O Juiz não pode conhecer a decadência de ofício, quando

ela for convencional.

Questão 34. (CESPE/Advogado/SERPRO/2008) A prescrição e a

decadência são exemplos de fatos jurídicos em sentido estrito e

classificam-se entre os ordinários.

Questão 35. (CESPE/Analista de trânsito/DETRAN-DF/2008) A

prescrição extintiva atinge o direito subjetivo do lesado, mas preserva

a ação em sentido material.

Questão 36. (CESPE/Área Jurídica/MEC/2003) A prescrição e a

decadência são prazos extintivos, sendo que a decadência começa a

correr, como prazo extintivo, desde o momento em que o direito

nasce, enquanto a prescrição corre a partir da violação do direito,

porque é nesse momento que é gerada a ação contra a qual se volta

a prescrição.

Questão 37. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) A prescrição é causa de

extinção da pretensão do titular do direito.

Questão 38. (CESPE/Defensor público/DPE-CE/2008) Caso o devedor

pague uma dívida e posteriormente tome conhecimento de que

aquela obrigação estava prescrita, ele poderá propor ação para

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reaver o que indevidamente pagou. Essa prescrição pode ser alegada

em qualquer grau de jurisdição, inclusive em recurso especial ou

extraordinário, desde que tenha ocorrido prequestionamento.

Questão 39. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda do

direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente,

aos conceitos de prescrição e decadência.

Questão 40. (CESPE/DEFENSOR/DPE-AL/2009) A renúncia da

prescrição, que pode ser realizada de forma expressa ou tácita,

somente pode ser feita validamente após ter-se consumado a

prescrição, ou seja, a renúncia prévia não é aceita pelo Código Civil.

Questão 41. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Se, após

prescrita a dívida, o devedor ajuizar ação de consignação em pagamento, não deve o juiz decretar de ofício a prescrição, uma vez

que o Código Civil não extinguiu a renúncia à prescrição.

Questão 42. (CESPE/Juiz de direitoTJ-AL/2008) Desde que feita de

forma expressa, é possível a renúncia prévia de prazo prescricional.

Questão 43. (CESPE/Especialista/ANAC/2009) Não se admite renúncia

prévia da prescrição nem de prescrição em curso, somente sendo

admitida renúncia da prescrição consumada.

Questão 44. (CESPE/Promotor/MPE-RO/2008) De acordo com o Código

Civil, admite-se renúncia prévia ou antecipada à prescrição, que pode

ser expressa ou tácita e só valerá se feita sem prejuízo de terceiro.

Questão 45. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) As partes poderão, desde que mediante mútuo

acordo, diminuir os prazos prescricionais previstos no código citado,

já que as normas que regulam a prescrição são consideradas

dispositivas.

Questão 46. Questão (CESPE/Analista Judiciário/TRT-ES/2009) A

alteração dos prazos por acordo entre as partes é admissível na

decadência, porém não o é na prescrição.

Questão 47. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Os contratantespodem, desde que mediante prévio acordo por escrito, diminuir os

prazos prescricionais estabelecidos no Código Civil, mas não é lícito

que eles aumentem o referido prazo, pois isso configuraria violação

de norma de ordem pública.

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Questão 48. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Contanto que não haja

ofensa ao princípio da boa-fé objetiva, seja respeitada a função social

do contrato e haja prévio acordo, as partes poderão diminuir ou

aumentar os prazos prescricionais estabelecidos no código.

Questão 49. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) O juiz não

pode conhecer, de ofício, a prescrição, salvo se favorecer a pessoa

absolutamente incapaz.

Questão 50. (CESPE/Delegado/SSP-PB/2009) O juiz não pode suprir de

ofício a alegação de prescrição.

Questão 51. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2008) Não correrá a

prescrição contra pessoa que se encontre ausente do país.

Questão 52. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) A interrupçãoda prescrição dar-se-á em favor dos servidores públicos ausentes do

País em serviço público da União, dos estados ou dos municípios.

Questão 53. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-MA/2005) Há a

interrupção da prescrição quando corre contra os que se encontram

ausentes do país em serviço público da União.

Questão 54. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) Não corre a prescrição

contra os ausentes do país.

Questão 55. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Quando uma ação se

originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, ficará

suspensa a prescrição até despacho do juiz que tenha recebido ourejeitado a denúncia ou a queixa-crime.

Questão 56. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) Quando a ação se originar de fato que deva ser

apurado no juízo criminal, fica interrompida a prescrição até o

recebimento da denúncia ou da queixa-crime.

Questão 57. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Quando a ação

se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não

correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Questão 58. (CESPE/Procurador/PGRR/2004) Quando a ação seoriginar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a

prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Questão 59. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura de

Natal/RN/2008) A prescrição suspensa em favor de um dos credores

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solidários aproveitará aos outros, uma vez que a solidariedade impõe

a todos a totalidade da prestação.

Questão 60. (CESPE/Defensor público/DPE-CE/2008) Considere aseguinte situação hipotética. Lucas, funcionário público estadual que

foi designado para prestar serviços no Distrito Federal, é credor de

João, por uma dívida vencida e não paga. Nessa situação, o prazo

prescricional para propositura da execução contra o devedor

inadimplente será suspenso a partir da data que Lucas foi designado

para prestar serviços públicos em local diverso de sua lotação.

Questão 61. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Se duas pessoas

forem credoras solidárias de determinada obrigação indivisível, então

o casamento de um dos credores com o devedor suspenderá a

prescrição em favor do outro credor.

Questão 62. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-ES/2009) Se a prescrição

for suspensa em favor de um dos credores solidários, só aproveitará

aos demais se a obrigação for indivisível.

Questão 63. (CESPE/Juiz/TJ-TO/2007) Se a prescrição for suspensa em

favor de um dos credores solidários, contra os outros credores, o

prazo prescricional fluirá normalmente, salvo quando a obrigação for

indivisível. Suspensa a prescrição, o prazo anterior já transcorrido

não é computado, iniciando-se nova contagem após o ato que a

suspendeu.

Questão 64. (CESPE/Procurador/AGU/2008) O despacho do juiz que

ordenar a citação, mesmo quando este for incompetente para tanto,interrompe a prescrição, se o interessado promovê-la no prazo e na

forma da lei processual.

Questão 65. (CESPE/Procurador/AGU/2008) No Código Civil de 2002,

está previsto o princípio da unicidade da interrupção e da suspensão

da prescrição.

Questão 66. (CESPE/Procurador/AGU/2007) O despacho do juiz que

ordenar a citação, mesmo quando este for incompetente para tanto,

interrompe a prescrição, se o interessado promovê-la no prazo e na

forma da lei processual.

Questão 67. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) Prescreve em um ano a

pretensão dos tabeliães pela percepção de emolumentos.

Questão 68. (CESPE/Defensor público/DPU/2008) Havendo

solidariedade entre devedores, a interrupção da prescrição atinge a

todos, devedor principal e fiador.

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Questão 69. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Caso um dos

credores solidários interpele judicialmente o devedor quanto à interrupção da prescrição, tal fato não aproveitará aos demais

credores que se quedaram inertes.

Questão 70. (CESPE/Juiz de direito/TJ-AL/2008) Se um dos credores

solidários interpelar judicialmente o devedor, tal iniciativa não

aproveitará aos demais quanto à interrupção da prescrição.

Questão 71. (CESPE/Defensor/DPU-ES/2009) A interrupção da

prescrição, quando efetuada contra o devedor solidário, envolverá os

demais, incluindo os seus herdeiros.

Questão 72. (CESPE/Procurador Municipal/Prefeitura deNatal/RN/2008) A interrupção da prescrição por um dos credores não

aproveitará aos outros, ressalvando-se o caso de serem credores

solidários.

Questão 73. (CESPE/Procurado Especial de Contas/TCE-ES/2009) Os

efeitos da prescrição são pessoais. No entanto, a interrupção da

prescrição por um credor aproveitará os demais, ainda que não haja

solidariedade.

Questão 74. (CESPE/Procurador/TCE-PE/2004) Considere a seguinte

situação hipotética. Caio propôs ação de execução por título

executivo extrajudicial contra Fábio e Lucas, devedores solidários.

Após a citação válida de Fábio, o processo permaneceu inerte porsete anos consecutivos. Nessa situação, é correta a afirmação de que

restou interrompida a prescrição, uma vez que a interrupção efetuada

contra o devedor solidário envolve os demais devedores e seus

herdeiros.

Questão 75. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Nos termos

preconizados no Código Civil, a interrupção da prescrição por um

credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção

operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica os

demais coobrigados, mas a interrupção produzida contra o principal

devedor prejudica o fiador.

Questão 76. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda do

direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente,

aos conceitos de decadência e prescrição.

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Questão 77. (CESPE/Advogado/SERPRO/2010) Não se aplicam à

decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a

prescrição, salvo disposição em contrário, que poderá decorrer, inclusive, de prévia e expressa vontade das partes.

Questão 78. (CESPE/Juiz do trabalho/TRT-RJ/2010) Contra o

absolutamente incapaz não correm os prazos prescricionais, apenas

os decadenciais.

Questão 79. (CESPE/Juiz Federal/TRF/5ª Região/2009) Não é possível

que haja renúncia prévia de prazo prescricional legal, mas pode haver

renúncia de prazo decadencial fixado em lei, desde que seja feita

deforma expressa, já que a sua aplicação é adstrita aos direitos

potestativos.

Questão 80. (CESPE/Juiz/TJ-TO/2007) O titular do direito patrimonial,

desde que maior e capaz, poderá renunciar ao direito de invocar a

decadência ou a prescrição, de forma expressa ou tácita, mesmo

antes de decorrido o prazo estabelecido por lei.

Questão 81. (CESPE/Analista judiciário/TST/2007) A renunciabilidade é

uma das diferenças fundamentais entre a prescrição e a decadência.

Enquanto a renúncia pode ocorrer em relação à prescrição, ela é

vetada em relação à decadência fixada em lei. Além disso, se a

prescrição só pode sobrevir de expressa disposição legal, a

decadência é mais flexível, pois, além da lei, pode advir do

testamento e do contrato.

Questão 82. (CESPE/Tabelião/TJDFT/2008) A decadência convencional

é reconhecível, de ofício, pelo juiz.

Questão 83. (CESPE/Analista judiciário/TJ-CE/2008) Se a decadência

for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em

qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

Questão 84. (CESPE/servidor nível IV/Direito/MC/2008) Deve o juiz, de

ofício, conhecer da decadência convencional, mas se isso não ocorrer,

aparte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de

jurisdição.

Questão 85. (CESPE/Analista de trânsito/DETRAN-DF/2008) Se a

decadência for a convencional, a parte a quem aproveita poderá

alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não poderá suprir

a alegação.

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Questão 86. (CESPE/Exame de Ordem 134/OAB-SP/2007) A perda do

direito potestativo e a perda da pretensão em virtude da inércia do

titular no prazo determinado por lei vinculam-se, respectivamente, aos conceitos de ação e omissão.

Questão 87. (CESPE/Analista Judiciário/TRT-MA/2005) A decadência

convencional pode ser alegada pela parte a quem aproveita em

qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir, de ofício, a

alegação.

Questão 88. Nos termos da legislação atualmente vigente, não

correrá contra Teodoro o prazo prescricional estabelecido para a

pretensão de reparação de dano, uma vez que o Código Civil

estabelece expressamente que os prazos de prescrição não correm

contra nenhum incapaz.

GABARITO

01. e 02. e 03. e 04. e 05. e

06. c 07. e 08. e 09. c 10. e

11. e 12. c 13. c 14. e 15.b

16. e 17. e 18. e 19.d 20.d

21. e 22. e 23. c 24. e 25. e

26. c 27. c 28. e 29. c 30. e

31. c 32. c 33. c 34. c 35. e

36. c 37. c 38. e 39. e 40. c

41. c 42. e 43. c 44. e 45. e

46. c 47. e 48. e 49. e 50. e

51. e 52. e 53. e 54. e 55. e

56. e 57. c 58. c 59. e 60. e

61. c 62. c 63. e 64. c 65. e

66. c 67. c 68. c 69. e 70. e

71. c 72. c 73. e 74. c 75. c

76. c 77. e 78. c 79. e 80. e

81. c 82. e 83. c 84. e 85. c

86. e 87. c 88. e

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SIMULADO – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

01. Quanto à prescrição e à decadência, é correto afirmar que:

A) o prazo prescricional é estabelecido por lei ou por vontade das

partes, o prazo decadencial somente é estabelecido por lei;

B) a decadência e a prescrição são conhecidas de ofício pelo

magistrado;

C) a decadência e a prescrição são renunciáveis;

D) a decadência não corre contra os ausentes;

E) a prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

02. Quanto à decadência, é INCORRETO afirmar que:

A) o prazo de decadência não corre contra os absolutamente

incapazes.

B) o juiz deve, de ofício, conhecer da decadência, quandoestabelecida por lei.

C) a renúncia à decadência fixada em lei é nula.

D) aplicam-se à decadência as normas que impedem, suspendem ou

interrompem a prescrição.

E) parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de

jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação, se a decadência for

convencional.

03. De acordo com o Código Civil brasileiro, prescreve em 5 (cinco)

anos a pretensão:

A) relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

B) de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público

ou particular.

C) para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou

vitalícias.

D) do beneficiário contra o segurador, no caso de seguro de

responsabilidade civil obrigatório.

E) de obter ressarcimento de enriquecimento sem causa.

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04. Corria uma prescrição contra Joaquim e ele veio a morrer. Nesse

caso, a

A) morte interrompe o curso da prescrição, recomeçando a contar do

início contra os herdeiros.

B) prescrição continua a correr contra seus herdeiros, se não

existirem causas impeditivas ou suspensivas.

C) morte suspende o curso da prescrição, que recomeça a correr

contra os herdeiros trinta dias depois.

D) prescrição deixa de correr e é considerada extinta para todos os

fins.

E) prescrição continua a correr, mas o prazo prescricional é contado

em dobro.

05. A prescrição e a decadência não correm:

A) pendendo condição suspensiva ou aço de evicção.

B) contra os ausentes do país em serviço público da União.

C) enquanto o autor do ato ilícito considerado crime não fordefinitivamente condenado no juízo criminal.

D) se o prazo para o pagamento da dívida não estiver vencido.

E) contra os absolutamente incapazes.

06. Tendo em conta o disposto no Código Civil vigente a respeito dos

prazos prescricionais, é INCORRETO afirmar que prescreve em:

A) 2 anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da

data em que vencerem.

B) 3 anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou

rústicos.

C) 4 anos a pretensão relativa à tutela, a contar da data de

aprovação das contas.

D) 5 anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes deinstrumento público ou particular.

E) 20 anos a aço sempre que a lei não haja fixado prazo menor.

07. Já promovida a interdição, quando necessária, não corre

prescrição contra:

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A) pródigos e menores de dezesseis anos.

B) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua

vontade e os maiores de dezesseis mas menores de dezoito anos.

C) menores absoluta ou relativamente incapazes.

D) menores de dezesseis anos os que, por enfermidade ou deficiência

mental, não tiverem necessário discernimento para a prática desses

atos.

E) menores de 16 anos e os viciados em tóxicos.

08. Assinale a alternativa correta: A prescrição, que alude à extinção

da pretensão de um direito material, por seu não exercício no prazo

legal,

A) poderá ser alegada, em qualquer grau de jurisdição, pela parte a

quem aproveita.

B) será sempre interrompida, por qualquer ato judicial.

C) não correrá contra as pessoas jurídicas de direito público interno.

D) ocorrerá em vinte anos, quando a lei não lhe tenha fixado prazomenor.

09. Considere as seguintes afirmações sobre prescrição e decadência:

I. a prescrição ocorre em 15 (quinze) anos, quando a lei não lhe haja

fixado prazo menor;

II. deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a

convencional, quanto a estabelecida por lei;

III. entre as causas que interrompem a prescrição , inclui-se o

protesto, salvo o cambial.

Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações:

A) I e II, somente. B) III e IV, somente.

C) I, II, III, somente. D) Nenhuma está correta.

10. Quanto à prescrição, tendo em vista o novo Código Civil e asseguintes assertivas:

I - A exceção (meio de defesa) prescreve no mesmo prazo que a

pretensão (direito de ação).

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II - Podem as partes, por acordo, promover a alteração de prazos de

prescrição.

III - A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

IV - Dá-se em dez anos a prescrição quando a lei não lhe haja fixadoprazo menor.

Assinale a alternativa correta:

A) Somente as assertivas I, II, III e IV estão corretas.

B) Somente as assertivas I, II e IV estão corretas.

C) Somente as assertivas I, III e IV estão corretas.

D) Somente as assertivas II, III estão corretas.

E) Todas as assertivas estão corretas.

11. A pretensão de reparação civil, de acordo com o vigente

Código Civil, prescreve. Assinale a alternativa correta:

A) em vinte anos; B) em cinco anos;

C) em três anos; D) em dez anos.

12. Assinale alternativa correta. No âmbito do direito civil, é correto

afirmar-se:

I - as pessoas jurídicas estão sujeitas aos efeitos da prescrição e

podem invocá-los sempre que lhes aproveitar;

II - a renúncia da prescrição pode ser expressa, ou tácita;

III - tácita é a renúncia, quando se presume de fatos do interessado

incompatíveis com a prescrição;

A) as assertivas II e III estão corretas;

B) as assertivas I e II estão incorretas;

C) somente a assertiva III está correta;

D) as assertivas I, II e III estão corretas;

E) somente a assertiva I está correta.

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13. A prescrição:

A) não corre pendendo aço de evicção.

B) é suspensa pela citação válida, ainda que ordenada por juizincompetente.

C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveita-se em

qualquer caso a todos os outros credores.

D) pode ser interrompida nos casos legais, mas não suspensa.

14. A prescrição:

A) iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu

sucessor.

B) correrá, mesmo pendendo aço de evicção.

C) suspensa em favor de um dos credores solidários, aproveitará aos

outros, independentemente da espécie da obrigação.

D) ocorre em 20 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

15. Assinale o item incorreto. Com relação aos institutos da

prescrição e da decadência:

A) O Código Civil em vigor deixou claro o antigo entendimento

doutrinário no sentido de que a prescrição atinge a pretensão;

B) A decadência atinge direitos não-dotados de pretensão;

C) A prescrição é renunciável, expressa ou tacitamente; a decadência

fixada em lei, não;

D) A suspensão da prescrição em favor de um dos credores aos

outros aproveita

16. Quanto à prescrição é correto afirmar:

A) A prescrição pode ser alegada, em qualquer instância, pela parte aquem aproveita;

B) As pessoas jurídicas não estão sujeitas aos efeitos da prescrição;

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C) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordos das

partes.

D) A prescrição iniciada contra uma pessoa não corre contra o seu

herdeiro.

17. Marque a única questão verdadeira:

A) Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal, corre a

prescrição.

B) Não corre a prescrição contra os ausentes do Brasil em serviço

público da União, dos Estados, ou dos Municípios.

C) A prescrição só é interrompida por ato judicial que constitua em

mora o devedor.

D) Ocorre a prescrição contra os que se acharem servindo nas Forças

Armada, em tempo de guerra.

18. Considerando-se o que determina a lei específica, é CORRETOafirmar que:

A) a prescrição é irrenunciável.

B) a prescrição somente pode ser alegada em sede de contestação.

C) A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o

seu sucessor.

D) os prazos de prescrição podem ser alterados por convenção das

partes.

19. Assinale a alternativa INCORRETA: A prescrição não corre:

A) Não estando vencido o prazo.

B) Contra os relativamente incapazes.

C) Pendendo condição suspensiva.

D) Entre cônjuges, na constância do matrimônio.

20. É incorreto afirmar que a prescrição pode ser:

A) Renunciada tacitamente pela parte interessada.

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B) Renunciada previamente a sua consumação.

C) Alegada somente pela parte a quem ela aproveite.

D) Alegada em qualquer instância.

21. Prescreve em 1 (um) ano:

A) pretensão para haver prestações alimentares;

B) pretensão para haver aluguéis de prédios rústicos;

C) pretensão dos credores não pagos contra os sócios da sociedade;

D) pretensão relativa à tutela.

Gabarito do Simulado:

01. E (art. 203) 02. D (art. 207) 03. B (art. 206,§5º, I)

04. B (art. 196) 05. E (art. 198,I e 208) 06. E (art. 205)

07. D (art. 3º) 08. A (art. 193) 09. D (art.205,210,202 III)

10. C (art.190,203,205) 11. C (art. 206,§3º,V) 12. D (art. 191)

13. A (art. 199, III) 14. A (art. 196) 15. D (art. 2004)

16. A (art. 193) 17. B (art. 198, II) 18. C (art. 196)

19. B (art. 197 a 199) 20. B (art. 191) 21. C (art. 206, §1º, V)

Abraços,

Prof. Márcia Albuquerque